Edição 471 | Ano III



Basiléia / Suíça
BCs do G10 alertam para risco de inflação alta
O presidente do BCE - Banco Central Europeu -, Jean-Claude Trichet, porta-voz dos governadores dos bancos centrais do G10 (grupo dos países mais industrializados do mundo), pediu nesta segunda-feira "solidez fiscal" para que se consolide a recuperação econômica. No entanto, os bancos centrais do G10 não discutiram sobre a situação fiscal de Portugal e as recentes pressões dos mercados financeiros sobre esse país e outras economias da zona do euro com elevado deficit, segundo disse Trichet.
Na reunião bimestral na sede do BIS - Banco para Pagamentos Internacionais - na cidade suíça de Basileia, os bancos centrais do G10 concordaram com a importância de que todas as economias em nível global tenham "solidez fiscal" para que se mantenha a recuperação econômica. Trichet recusou fazer referência aos comentários de alguns operadores dos mercados que disseram que o BCE comprou nesta segunda-feira dívida pública de Portugal.
O BCE comprou dívida soberana emitida por países da periferia da zona do euro, segundo disseram vários operadores da Dow Jones à Agencia Efe, que concretamente afirmaram que o organismo adquiriu dívida portuguesa, irlandesa e grega. Os mercados financeiros pressionam atualmente Portugal para que finalmente solicite ajuda do fundo de resgate da União Europeia.
A taxa de risco portuguesa subia ligeiramente até 413 pontos básicos desde os 409 da abertura, enquanto a taxa de risco da Grécia avançava até 967 e a da Irlanda caia até 609. Desde maio do ano passado, o BCE compra dívida dos países da zona do euro para contribuir com o bom funcionamento do mercado de bônus públicos, já que é um segmento muito importante para a estabilidade do sistema financeiro europeu. O BCE publica o volume semanal de compra de dívida, mas não dá detalhes da procedência dos bônus adquiridos.
O medo da inflação - O G10 alertou sobre a forte alta dos preços de alguns alimentos e sobre a ameaça inflacionária para as economias emergentes. Trichet descartou a existência de pressões inflacionárias nas economias avançadas. O grupo confirma a recuperação econômica global e qualifica de "impressionante" o caso das economias emergentes. "A recuperação econômica global foi melhor do que indicavam as projeções iniciais", disse Trichet.
Destacou também "as ameaças inflacionárias" nesses países, como uma das principais diferenças com as economias avançadas, que não apresentam este problema. O G10 observa que, por trás da atual alta dos preços de alguns alimentos, existe um fenômeno de natureza estrutural, que corresponde a mudanças nos modelos de consumo familiar no mundo emergente e que é um elemento da possível ameaça inflacionária.
Neste sentido, é possível que algumas economias emergentes devam aumentar suas taxas de juros para frear a inflação, o que elevará mais o diferencial com as economias avançadas e atrairá a entrada de capital estrangeiro. Trichet lembrou que em algumas economias emergentes ocorrem aumentos das entradas de capital a curto prazo como consequência do vigoroso crescimento. Nos Estados Unidos os juros se situam atualmente entre 0 e 0,25%, no Japão estão em 0,1%, na zona do euro 1%, e no Reino Unido 0,5%, enquanto na Austrália estão no 4,75%, na Índia no 6,25%, na China no 5,56%, na Coreia do Sul no 2,25% e no Brasil no 10,75%. (Agência EFE)

Filadélfia / EUA
Apollo e outras empresas de private equity miram Sara Lee
Um grupo de empresas de private equity, incluindo a Apollo Global Management, está interessado em comprar a empresa de bebidas e alimentos Sara Lee e entrou em contato com a companhia, afirmou uma fonte próxima do assunto no domingo, dia 9/1. O Wall Street Journal afirmou no domingo que o grupo ainda inclui Bain Capital e TPG Capital. A compra alavancada da Sara Lee, que tem valor de mercado de US$ 11 bilhões, seria a maior desde a crise de crédito.
O futuro da Sara Lee tem estado na pauta do noticiário econômico há alguns meses. Representantes da empresa e do grupo de investidores interessado na companhia não estavam imediatamente disponíveis para comentar o assunto. A Bloomberg publicou no domingo que a brasileira JBS estava considerando fazer outra oferta de aquisição da Sara Lee e que os executivos da maior processadora de carne do mundo estavam viajando para os Estados Unidos nesta semana.
A Sara Lee tem mantido negociações para vender seus ativos para o grupo JBS, mas as empresas enfrentaram dificuldades para acertar o preço, afirmou uma fonte à Reuters anteriormente. Em novembro, a Sara Lee vendeu os negócios norte-americanos de panificação para a mexicana Bimbo por US$ 925 milhões e analistas citaram que o novo foco da empresa - carnes nos Estados Unidos e café na Europa - tem pouca sobreposição.
A Sara Lee também tem considerado outras opções, como separar suas operações de carne e bebidas, disse uma fonte próxima do assunto à Reuters anteriormente. O conselho da companhia deve decidir até o final de janeiro se vai dividir a empresa, mas qualquer decisão será baseada em potenciais custos tributários, disse uma fonte. (Agência Reuters)


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ESPECIAL CESS 2011

(Las Vegas / EUA)

Fabricantes de TVs de olho no futuro atiram para todos os lados
Os fabricantes de produtos eletrônicos estão cobrindo todas as bases em sua corrida desenfreada rumo ao mercado de televisores "inteligentes", na tentativa de descobrir o que os consumidores querem nas salas de suas casas. Dos gigantes do setor, Samsung, Sony, LG, Panasonic, a empresas iniciantes como a Vizio, fabricantes de bens tecnológicos se esforçaram para oferecer as mais recentes versões de seus televisores conectáveis durante a feira Consumer Electronics Show (CES), em Las Vegas.
O uso final mais aparente pode ser uma maneira simples de ganhar acesso a esportes, filmes e conteúdo de televisão padronizado, sem a necessidade de cabos, satélite ou dos consoles de videogames a que muitos domicílios nos Estados Unidos recorrem agora para assistir a vídeos em formato stream. "Estamos fazendo TV pela Net há mais de dois anos, especialmente no mercado norte-americano", disse Masaaki Osumi, diretor da divisão de TV da Toshiba. "Ela substituiu o tipo de coisas que as pessoas costumavam alugar em vídeo e não serve tanto para acompanhar preços de ações ou realizar buscas. O uso é parecido com aquele que as pessoas sempre deram aos televisores", disse.
É por isso que Sony e Samsung anunciaram acordos de conteúdo com a Warner Cable na CES, na semana passada, e a Samsung fez o mesmo com a maior operadora de cabos dos Estados Unidos, a Comcast. Essas conexões estão sendo estimuladas pela necessidade das operadoras de cabos de proteger sua base de clientes contra a crescente ameaça da Web, na qual muitos telespectadores assistem a programas gratuitamente. Para além do conteúdo convencional de TV, o futuro é menos claro. Jogos, música, compras, redes sociais, galerias de foto e aplicativos de saúde e exercícios físicos foram apenas alguns dos inúmeros usos propostos por fabricantes de televisores na CES. "O que os fabricantes estão compreendendo é que não existe maneira de prever qual será o próximo fenômeno, e portanto o melhor é abrir espaço para colaboração com terceiros", disse Kurt Scherf, analista principal da Parks Associates.
A Microsoft mostrou como TVs podem ser controladas com um celular inteligente da LG equipado com Windows. Basta o usuários movimentar o aparelho para controlar o que aparece na tela grande. Outras aplicações mais futuristas envolvem as maneiras como as pessoas utilizam a TV. Microsoft e Toshiba mostraram tecnologias em que o telespectador executa comandos com a mão ou com a voz. Uma opção menos cara seria um novo aparelho da Sony Ericsson, o Experia Arc, que pode ser conectado à porta HDMI de uma TV e por meio de uma ligação sem fio exibir conteúdo do YouTube na tela. "Não é uma Google TV completa, mas dá acesso ao seu email e conteúdo como o YouTube", disse Peter Farmer, diretor de marketing para América do Norte da fabricante de celulares.

Panasonic aposta nas três dimensões
Diferente de outros fabricantes de aparelhos de TV, como Samsung e LG, a Panasonic resolveu continuar investindo pesado na tecnologia 3D como seu carro chefe para este ano. A promessa foi feita pelo CEO da Panasonic América Joseph Taylor e pelo presidente da empresa, Shiro Kitajima, durante a CES 2011, que acontece em Las Vegas. Além de mostrar uma nova linha de TVs 3D, a empresa mostrou suas novas câmeras com lentes para captação de imagens em três dimensões para o mercado não profissional, a empresa também reassumiu seu compromisso com o meio ambiente, apresentando uma plataforma ecológica para seus produtos.
Segundo Kitajima, a Panasonic teve um aumento em suas vendas no final de 2010 de 30%. Em 2011, a tecnologia 3D será muito importante para nós. Estamos projetando que até 2014, 32% dos aparelhos comercializados nos Estados Unidos serão 3D, comentou o Shiro Kitajima. Outro aparelho importante é um cartão SD 3D que permite gravar as imagens em três dimensões e depois passar diretamente em um aparelho compatível, via porta SD integrada. Uma câmera de fotos Lumix com lente especial 3D também foi apresentada ao público.
Mas a TV não é mais apenas um eletrodoméstico comum. Ela evoluiu, não é mais passiva como antes. O usuário tem cada vez mais o controle e a demanda por TVs que se conectam à internet está aumentando, acrescentou o presidente da Panasonic. Por isso, a emrpesa também lançou seu modelo Smart, uma evolução da Viera Conect, com acesso a sites de conteúdos como YouTube e Netflix, e redes sociais, como Twitter e Facebook, além de muitos jogos que são baixados diretamente da Web na TV. E uma tablet da Panasonic? Vamos anunciar a Viera Tablet, mas não agora, disse Shiro Kitajima segurando um protótipo do aparelho. Por enquanto, os fãs da marca terão que se contentar com 27 modelos de TV para o ano de 2011. Sérgio Miranda participa da CES 2011 a convite da Case-Mate . Fotos e vídeos foram capturados com a câmera Sony Nex-3.

Airstash, um drive externo Wi-Fi para o iPad
Imagine a situação de estar sem espaço disponível no iPad para guardar uma apresentação importante ou um filme que você queria assistir. Apesar de ter um adaptador SD para iPad, ele só permite transferir as fotos do cartão para a tablet, sem caminho de volta. Agora não mais. O AirStash é o companheiro ideal de quem viaja ou vive precisando transferir arquivos do iPod (ou do iPhone) para o computador e vice-versa. Ele funciona via rede sem fio (Wi-Fi) e, em vez de ter memória flash interna, usa um cartão SD comum de qualquer capacidade. Ele tem uma ponta USB que pode ser conectada em qualquer computador, Mac e PC, facilitando a transferência de arquivos passados via Wi-Fi.
O procedimento é bem simples. Depois de ligar o AirStash, é só selecionar a rede criada por ele (que você pode dar o nome que quiser) no iPad. Para passar um documento ou foto para o cartão, use a opção Copiar para o WebDAV e digite airstash.net. Você poderá escolher a pasta onde o arquivo será gravado. Para copiar do SD para o iPad, o processo é parecido, bastando apertar o botão Download e tocar em Copiar do WebDAV.
Mas também é possível acessar os dados no AirStash via Safari, digitando o endereço airstash.net. Se você tiver um filme armazenado no cartão, o software do aparelho faz o streaming do arquivo diretamente na tela do iPhone ou iPad, sem soluços. Perfeito para quem tem pouco espaço de sobre no dispositivo iOS. De acordo com os criadores do AirStash, em pouco tempo deve chegar à App Store um aplicativo que fará essa conexão do iPad e iPhone com o gadget sem a necessidade de abrir o Safari. Sérgio Miranda participa da CES 2011 a convite da Case-Mate. Fotos e vídeos foram capturados com a câmera Sony Nex-3.

Mini-Arcade para iPad é apresentado ao público
Depois do dia no qual vários tablets disputaram os holofotes para mostrar quem seria o principal concorrente do iPad, um acessório muito interessante, compatível com o tablet da Apple, ganhou notoriedade. O pessoal do site ThinkGeek surpreendeu muita gente ao apresentar, na CES 2011, um produto que transforma o iPad em um fliperama. Segundo informações dos sites Kotaku e iPadmodo , a ideia para a criação deste Mini-Arcade surgiu como uma piada de primeiro de abril, mas se tornou realidade na CES deste ano.
A ThinkGeek é uma loja virtual com muitos produtos geeks em suas prateleiras virtuais. O iCade ficou exposto no estande da empresa e era possível jogar o clássico Asteroids, um dos games que já possui suporte ao SDK da plataforma. Os comandos são precisos e o tempo de resposta é satisfatório. Infelizmente, contudo, a alimentação do sistema todo utiliza a bateria do iPad. Não há recarga enquanto conectado ao pequeno fliperama. Além disso, a conexão entre o gabinete e o tablet é feita por Bluetooth, que é uma rede conhecida por consumir muita energia.O software do iCade foi planejado para se parecer com um emulador Mame , bem difundido entre os gamers. Tudo indica que esse programa será disponibilizado gratuitamente para quem adquirir o Mini-Arcade.
O fabricante está buscando uma parceria com a Atari. Um apoio oficial como esse pode permitir que outros desenvolvedores criem jogos compatíveis. Até o fechamento desta nota, o item encontrava-se indisponível na loja virtual ( goo.gl/ATcQj ), mas o preço é o mesmo informado na feira, US$ $99,99. Pode parecer caro para um produto como esse, mas vale a pena para jogadores apaixonados pelos títulos de arcade, principalmente se surgir algum tipo de apoio a desenvolvedores independentes ou produtoras menores, fazendo aumentar o número de jogos disponíveis.

Muitas novidades sobre Windows Phone 7
O Windows Phone 7, novo sistema operacional móvel da Microsoft, ainda está restrito aos mercados americano e europeu. A estratégia da Microsoft é a de lançar o sistema aos poucos, privilegiando a qualidade, já que ele depende de outros serviços que, também, não estão disponíveis em todo lugar. Mas, ao que parece, teremos o produto no Brasil muito antes do que se imagina. O WMPoweruser afirma que Greg Sullivan , gerente sênior de produtos para Windows Phone, revelou na CES 2011 que o WP7 está na ‘Fase Um’ de distribuição, e que a segunda tem previsão de início para o segundo semestre desse ano . Embora não tenha dito especificamente quais países receberão o sistema, ele deixou escapar os idiomas que serão incluídos. São esses: chinês simplificado, russo, japonês, coreano e… português brasileiro! Sendo o único país do mundo que fala o português brasileiro, ligando um ponto a outro chega-se à conclusão de que, hey, Windows Phone 7 no Brasil ainda em 2011!
Ainda na base do rumor , outras novidades sobre o Windows Phone 7 foram reveladas. Uma das mais interessantes, levantada pelo site Neowin , é a possibilidade da Microsoft estar trabalhando numa versão própria do FaceTime , aplicativo para iOS/Mac OS X que permite realizar vídeochamadas de maneira descomplicada. O rumor surgiu da dica de um “funcionário-chave do WP7”. Esse recurso estaria intimamente ligado ao Windows Live, o que significa que as vídeochamadas poderão ser feitas tanto para outros usuários do sistema móvel, quanto para quem usa o Windows Live Messenger no Windows, ou, ainda, o Video Kinect, no Xbox 360. Para tanto, a Microsoft precisaria mexer nos requisitos mínimos do WP7, para incluir a câmera frontal como tal. No arquivo Microsoft.Phone.Media.Extended.dll já existe referência a esse recurso:
Por fim, Aaron Woodman, diretor de comunicações empresariais da Microsoft, fez uma declaração ao Seattle Times que indica que alguns recursos do finado KIN , como o interessante KIN Studio, podem aparecer no WP7 como parte dos serviços gratuitos oferecidos via Windows Live Phone. Segundo ele, o Windows Phone Live ( windowsphone.live.com ) ainda está num estágio bastante inicial e tem muito a crescer. Vale lembrar, ainda, que a primeira grande atualização para Windows Phone 7 será lançada em fevereiro, com suport a “copiar-e-colar”, melhorias no navegador e outras novidades menores. A briga com Android e iPhone é grande, e a disputa por donos de dumbphones, também. Pelo menos a Microsoft vem cumprindo sua parte, enriquecendo o sistema e melhorando-o constantemente. Se isso será o bastante, ainda é cedo para dizer.

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INDICADORES ECONÔMICOS


Da redação - São Paulo / SP
IPC-Fipe acelera para 0,61% na 1ª prévia de janeiro
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), apurado pela Fipe - Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas -, registrou alta de 0,61% na primeira quadrissemana de janeiro, acelerando em relação à alta de 0,54% com que fechou o mês de dezembro. O indicador que mede a inflação da cidade de São Paulo ficou acima da mediana das estimativas do AE Projeções, que era de 0,59%. As previsões iam de 0,50% a 0,66%. O IPC desacelerou na comparação com a primeira quadrissemana de dezembro, quando ficou em 0,67%.
Na comparação entre o fechamento de dezembro e a primeira prévia de janeiro, quatro dos sete grupos pesquisados registraram aceleração da alta de preços: Alimentação (de 1,38% para 1,39%), Transportes (de 0,39% para 0,77%), Despesas Pessoais (0,31% para 0,37%) e Educação (de 0,10% para 0,96%). Os preços desaceleraram nos grupos Saúde (de 0,23% para 0,17%) e Vestuário (de 0,67% para 0,26%). No grupo Habitação, a variação foi a mesma do levantamento anterior (0,21%).
Veja como ficaram os itens que compõem o IPC:
Habitação: 0,21%
Alimentação: 1,39%
Transportes: 0,77%
Despesas Pessoais: 0,37%
Saúde: 0,17%
Vestuário: 0,26%
Educação: 0,96%
Índice Geral: 0,61%

Brasília / DF
BC afirma que mercado elevou previsão de inflação para 5,34%
O mercado elevou a previsão para a inflação oficial, o IPCA - Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -, neste ano para 5,34%, um pouco acima da estimativa anterior (5,32%). Para 2012, a projeção permaneceu em 4,50%, segundo o boletim Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira. Esta é a quinta semana consecutiva que o relatório aponta alta do IPCA. A taxa acumulada em 2010 bateu em 5,91%, maior variação desde 2004 e patamar superior ao centro da meta do governo de 4,5%, com intervalo de dois pontos para cima ou para baixo. Já a projeção para o crescimento do PIB - Produto Interno Bruto - foi mantida em 4,50% para este ano. Até o terceiro trimestre, houve expansão de 8,4%. No início deste mês, a autoridade monetária anunciou uma série de medidas para reduzir o ritmo de aumento do crédito e intensificar o processo de desaceleração da economia, a fim de evitar o aumento dos preços. Na última reunião do ano passado, o Copom - Comitê de Política Monetária - decidiu manter a taxa básica de juros, a Selic, em 10,75% ao ano. Para 2011, a expectativa do mercado foi mantida em 12,25%. A estimativa para o dólar ao final de 2011 ficou em R$ 1,75 e, para 2012, a previsão dos economistas permanece em R$ 1,80. (Agência Brasil)

Da redação – São Paul / SP
IGP-M desacelera na primeira prévia do ano
O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) variou 0,42%, no primeiro decêndio do mês de janeiro. Para o mesmo período de apuração do mês anterior, a variação foi de 0,83%. O primeiro decêndio do IGP-M de janeiro compreendeu o intervalo entre os dias 21 e 31 do mês de dezembro. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) registrou variação de 0,40%, no primeiro decêndio de janeiro. No mesmo período do mês de dezembro, a taxa foi de 0,97%. A taxa de variação do índice referente a Bens Finais recuou de 0,69% para 0,36%. Contribuiu para este movimento o subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de 3,25% para 0,19%. No estágio dos Bens Intermediários, a taxa de variação passou de 0,98% para 0,28%. A maior contribuição para esta desaceleração partiu do subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa passou de 1,44% para 0,30%.
O índice referente a Matérias-Primas Brutas registrou variação de 0,59%. No mês anterior, a taxa foi de 1,28%. Os itens que mais contribuíram para a trajetória de desaceleração deste grupo foram: bovinos (0,90% para -2,12%), milho (em grão) (4,94% para 0,93%) e suínos (4,88% para -6,31%). Com taxas em sentido ascendente, destacam-se: minério de ferro (-4,91% para -2,29%), café (em grão) (2,07% para 7,44%) e laranja (-2,66% para 5,64%). O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou, no primeiro decêndio de janeiro, taxa de variação de 0,41%. No mesmo período do mês anterior, a taxa foi de 0,69%. Quatro das sete classes de despesa componentes do índice registraram decréscimos em suas taxas de variação, com destaque para o grupo Alimentação (1,43% para 0,64%). Neste grupo, as principais contribuições partiram dos itens: carnes bovinas (5,75% para -0,55%), frutas (2,84% para 0,95%) e adoçantes (6,92% para 1,33%).
Também contribuíram para o recuo da taxa do índice os grupos: Habitação (0,33% para 0,13%), Educação, Leitura e Recreação (0,32% para 0,20%) e Vestuário (1,19% para 1,08%). Nestas classes de despesa, cabe destacar os itens: aluguel residencial (0,96% para 0,08%), passagem aérea (10,48% para -2,98%) e roupas (1,19% para 1,01%), respectivamente. Em sentido oposto, apresentaram acréscimos em suas taxas de variação os grupos: Transportes (0,31% para 0,43%), Despesas Diversas (0,27% para 0,34%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,43% para 0,44%). Nestas classes de despesa, os destaques partiram dos itens: álcool combustível (2,46% para 4,36%), cerveja (1,46% para 3,12%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (0,50% para 0,60%), respectivamente.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) apresentou, no primeiro decêndio de janeiro, taxa de 0,62%. No primeiro decêndio de dezembro, a taxa foi de 0,28%. O índice que representa o custo da Mão de Obra apresentou variação de 1,22%, no primeiro decêndio de janeiro. Na apuração referente ao mesmo período do mês anterior, o índice variou 0,36%. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,06%, após elevação de 0,20%, no mês anterior. (Fonte: Assessoria de Imprensa da FGV)


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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP e Associated Press)

HOJE – Fechamento das Bolsas da Ásia

Cingapura / China
Asiáticas fecham voláteis por temor com a zona do euro
As bolsas de valores da Ásia encerraram em leve alta nos pregões de hoje, dia 11/1, terça-feira, mas de olho nos problemas da zona do euro e com a possibilidade de Portugal se tornar mais uma vítima da crise de dívida da região. Em um dia em que o Japão anunciou plano para comprar eurobonds, o euro chegou a avançar, mas inverteu o movimento e se aproximou do menor nível em quatro meses.
- A bolsa de Tóquio recuou 0,29%, a 10.510 pontos. Investidores demonstraram preocupação com a situação da zona do euro e fraqueza em Wall Street depois que o mercado atingiu maior nível em oito meses na sexta-feira. Os mercados na capital japonesa estiveram fechados na segunda-feira por feriado.
- O índice MSCI que reúne bolsas da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão mostrava alta ligeira de 0,2 por cento, a 474,30 pontos.
- A Bolsa de Xangai subiu 0,44%.
- A Bolsa de Hong Kong teve ganho de 0,995.
- A Bolsa Seul avançou ligeiros de 0,36%.
- Em Taiwan, o mercado teve valorização de 1,3%.
- Cingapura fechou em alta de 0,38%.
- Sydney encerrou com oscilação negativa de 0,03%.
Análise - Todos os olhos estão sobre Lisboa e a capacidade de Portugal de levantar recursos nos mercados de dívida na quarta-feira, o primeiro leilão de bônus do ano, ou se os custos em disparada vão forçar o país a buscar ajuda no Fundo Monetário Internacional e União Europeia. Apesar do anúncio do Japão de que iria comprar bônus em euros este mês para um plano de resgate da Irlanda, o mercado acabou duvidando de que a medida possa dar alívio à crise."Não creio que estes comentários (do ministro das Finanças do Japão, Yoshihiko Noda) vão mudar o cenário para o euro", disse Todd Elmer, estrategista de moedas do Citi, em Cingapura. O Japão não revelou a divisão de moedas de suas reservas de US$ 1 trilhão e analistas acreditam que apenas uma pequena porção do total é em euro. Portugal é considerado por muitos nos mercados como o próximo país na série de nações da zona do euro com necessidade de ajuda financeira depois da Grécia e da Irlanda, mas o governo de Lisboa tem repetidamente negado que buscará ajuda externa. Na segunda-feira, o Banco Central Europeu comprou alguns dos bônus de Portugal, disseram operadores.

HOJE – Abertura das Bolsas da Europa
- Londres / Inglaterra -
O principal índice da Bolsa de Valores de Londres, o FTSE-100, abriu a sessão de hoje, dia 11/1, terça-feira, em alta de 0,48%, aos 5.985,07 pontos. O barril de petróleo Brent para entrega em fevereiro abriu a sessão desta terça-feira em baixa no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres e às 5h19 de Brasília era cotado a US$ 95,48, US$ 0,22 menos que no fechamento do pregão anterior.
- Frankfurt / Alemanha - O indicador principal da Bolsa de Valores de Frankfurt, o DAX-30, abriu a sessão desta terça-feira, dia 11/1, em alta de 0,34%, aos 6.880 pontos. O euro abriu a sessão desta terça-feira em alta no mercado de divisas de Frankfurt e às 4 de Brasília era cotado a US$ 1,2943, frente aos US$ 1,2937 do pregão anterior. O Banco Central Europeu (BCE) fixou na segunda-feira o câmbio oficial do euro em US$ 1,2903.
- Roma / Itália - O indicador principal da Bolsa de Valores de Milão, o FTSE-MIB, abriu a sessão de hoje em alta de 0,38%, aos 20.135 pontos. á o índice geral FTSE Itália All Share abriu com alta de 0,36%, aos 20.901 pontos.
- Madri / Espanha - O principal indicador da Bolsa de Valores de Madri, o Ibex-35, abriu a sessão desta terça-feira, dia 11/1, em alta de 0,28%, aos 9.465 pontos.
- Paris / França - O índice geral da Bolsa de Valores de Paris, o CAC-40, abriu a sessão de hoje, dia 11/1, em alta de 0,44%, aos 3.818,88 pontos.


ONTEM – Fechamento da Bovespa, NY e Europeias:

São Paulo / SP
Apesar da crise européia Bovespa vira na última hora e fecha em alta de 0,1%
O mercado brasileiro de ações abriu, e quase encerrou, suas atividades no campo negativo, no pregão de ontem, dia 10/1. Nos minutos finais da rodada de negócios, a recuperação das ações da Vale e da Petrobras (as mais negociadas da Bolsa brasileira) ajudaram o índice Ibovespa a subir, ainda que modestamente.
- O Ibovespa ascendeu 0,10%, aos 70.127 pontos.
- O giro financeiro foi de R$ 4,8 bilhões, abaixo da média do mês passado (mais de R$ 6 bilhões/dia).
- O dólar comercial foi cotado por R$ 1,688, em um avanço de 0,11%.
- A taxa de risco-país marca 171 pontos, número 1,18% acima da pontuação anterior.
Análise 1 – Analistas destacam dois fatores de tensão para as Bolsas de Valores ao longo desta semana: o início da temporada de balanços corporativo nos EUA, o que sempre afeta os negócios com ações nos demais países; e os novos desdobramentos da crise europeia, já que nos próximos dias várias nações do velho continente devem buscar recursos nas praças financeiras. "Neste momento, o foco dos analistas recai principalmente sobre Portugal, com especulações da imprensa de que o país estaria sendo pressionado a aceitar um plano de ajuda financeira - fato negado pela Alemanha. De todo modo, os resultados destes leilões em termos de demanda e yields [taxas de rendimento oferecidas] irão indicar o grau de preocupação dos mercados com a saúde financeira dos países", comenta Silvio Campos Neto, economista-chefe do banco Schahin, em relatório.
Análise 2 - A FGV - Fundação Getulio Vargas - apontou uma inflação de 0,42%, na primeira estimativa prévia do IGP-M para o mês de janeiro. Na primeira estimativa de dezembro, esse índice apresentou variação de 0,83%. No acumulado dos últimos doze meses, a variação registrada chegou a 11,09%. O boletim Focus, elaborado pelo Banco Central, mostrou que a maioria dos economistas do setor financeiro elevou novamente suas projeções para a inflação deste ano - o IPCA previsto passou de 5,32% para 5,34%. Para 2012, a projeção permaneceu em 4,50%.

Nova Iorque / EUA
Wall St cai dividido entre balanços e Portugal
As bolsas de valores dos EUA se recuperaram de parte das perdas no fim dos pregões de ontem, dia 10/1, encerrando com variações discretas em meio a um fraco volume de negócios. Perspectivas de fortes balanços corporativos ofuscaram temores de que Portugal seja forçado a buscar ajuda.
- O índice Dow Jones, referência da bolsa de Nova Iorque, recuou 0,32%, para 11.637 pontos.
- O Standard & Poor's 500 perdeu 0,14%, para 1.269 pontos.
- Mas o termômetro de tecnologia Nasdaq subiu 0,17%, para 2.707 pontos.
Análise - Investidores dizem que a tendência de alta do mercado está intacta, mas a terceira baixa seguida do S&P 500 sugere que o viés positivo estagnou. Operadores também citaram as perspectivas positivas para a temporada de balanços corporativos como um elemento que favoreceu a recuperação."(Os balanços de) empresas do S&P 500 têm surpreendido o mercado positivamente nos últimos seis trimestres, e espero que isso continue", afirmou Doug Cote, que ajuda a gerenciar cerca de US$ 50 bilhões como estrategista sênior de mercado da ING Investment Management, em Nova Iorque. Entre as notícias de fusões e aquisições da segunda-feira, a Duke Energy concordou em comprar a Progress Energy por US$ 13,7 bilhões em ações. Também a DuPont planeja adquirir a Danisco, empresa dinamarquesa de ingrediente de alimentos, por US$ 5,8 bilhões. As ações da Progress caíram 1,6%, enquanto as da Duke perderam 1,2%. Os papéis da DuPont, componente do Dow Jones, recuaram 1,5%, ao passo que os da Danisco dispararam 24%. O Nasdaq subiu amparado pela alta de 1,9% nas ações da Apple, por apostas em fortes vendas em meio à expectativa por um comunicado anunciando o final do contrato de exclusividade - que durou mais de três anos - que permita a venda de iPhones apenas pela AT&T. Os papéis da AT&T caíram 1,8%.

Londres / Inglaterra
Ações europeias caem por cauda da dívida na zona do euro
O mercado de ações europeu registrou queda nos pregões de ontem, dia 10/1, dispersando ganhos da semana passada em meio à retomada das preocupações sobre a crise de dívida da zona do euro antes dos leilões de dívida soberana que ocorrerão nesta semana.
- O índice FTSEurofirst 300, que mede as principais ações da região, fechou com baixa de 0,85%, a 1.134 pontos, após avançar 2% na semana anterior.
- Em Londres, o índice Financial Times fechou em baixa de 0,47%, a 5.956 pontos.
- Em Frankfurt, o índice DAX caiu 1,31%, para 6.857 pontos.
- Em Paris, o índice CAC-40 perdeu 1,64%, a 3.802 pontos.
- Em Milão, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 2,36%, para 20.058 pontos.
- Em Madri, o índice Ibex-35 retrocedeu 1,29%, a 9.437 pontos.
- Em Lisboa, o índice PSI20 encerrou em queda de 1,6%, para 7.285 pontos.
Análise - O influente setor bancário, que tem ligações com a dívida soberana de países periféricos da zona do euro, foi um dos que mais pesou. BNP Paribas, Banco Santander, Intesa SanPaolo, Société Générale e UniCredit caíram entre 2,5% e 5,7%. "Há uma preocupação de que os spreads de bônus e de inadimplência estão se ampliando e um nervosismo geral após um período de bonança, com um leve movimento de realização de lucros", disse o gerente de fundos da Canada Life, Mark Bon. Uma fonte da zona do euro afirmou que as pressões vêm aumentando sobre Portugal de países como Alemanha e França, entre outros, para que busque ajuda financeira da UE - União Europeia - e do FMI - Fundo Monetário Internacional - para impedir que a crise de dívida se espalhe, embora a Alemanha tenha dito que a ajuda a Lisboa não está na agenda para a próxima reunião de ministros de finanças da UE.

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INDÚSTRIA

Nova Iorque / EUA
Lucro da Alcoa no 4º trimestre aumenta com demanda forte
A Alcoa reportou ontem, dia 10/1, um salto no lucro do quarto trimestre, superando estimativas de Wall Street graças aos fortes preços e demanda crescente por alumínio, depois de dois anos de resultados fracos. A empresa teve lucro líquido de US$ 258 milhões, ou US$ 0,24 por ação. O lucro de operações contínuas ficou em US$ 0,21 por ação. A receita trimestral cresceu 4%, para US$ 5,7 bilhões, informou a companhia, tradicionalmente a primeira das integrantes do índice de ações Dow Jones a divulgar balanço. Analistas esperavam, em média, lucro de US$ 0,19 por ação e receita de US$ 5,71 bilhões. Os preços do alumínio, que caíram drasticamente durante a recessão global, subiram 11% no ano passado - 5% apenas no quarto trimestre - e agora estão perto do pico de dois anos de US$ 2,5 mil por tonelada. (Agência Reuters)

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AGROBUSINESS

Da redação – São Paulo / SP
Desempenho do ovo na primeira semana de 2011
Em se tratando de alimento de alto consumo que teve desempenho apenas regular no mês de Festas, era impossível depositar grandes expectativas sobre o ovo logo no início do Ano Novo. Efetivamente, o produto abriu o exercício já com preço menor que o do fechamento de 2010, além de enfrentar, no decorrer da semana, outras duas baixas.
Em decorrência, o fato de o preço médio da semana inicial de 2011 ter sido 15,30% superior à média de janeiro de 2010 não tem o menor significado. Porque foi insuficiente para neutralizar a redução de 14,97% observada no mesmo mês do ano passado. O que significa dizer, também, que 2011 está sendo iniciado com um preço médio inferior ao de dois anos atrás.
Aliás, essa é apenas meia verdade, porque, efetivamente, os atuais preços são inferiores, até, aos de janeiro de 2008. O que não é tudo, porque o ovo ainda registra, na média, o pior resultado dos últimos cinco anos.
O efeito maior, claro, cai sobre a capacidade aquisitiva do produtor. Em relação ao milho, por exemplo, ela caiu quase 23% nos últimos 12 meses – isto, a despeito da valorização de 15,30% no preço do produto em relação a janeiro de 2010.
Comparativamente ao salário, há um ganho (apenas aparente) em relação ao ano passado. Mas uma perda bastante significativa em relação a anos anteriores. Em janeiro de 2009, por exemplo, o pagamento de um salário mínimo (R$415,00/mês) necessitava (considerados os valores do atacado paulista) de 11,10 caixas de ovos. Já em janeiro de 2011, o suposto salário de R$540,00/mês vai exigir pelo menos 14,73 caixas de ovos. Ou seja: o pagamento de um simples salário mínimo exige, no momento, um terço a mais de ovos do que há dois anos. Ou, para quem não tem medo de ir mais longe, 51% a mais que em janeiro de 2008.


Da redação – São Paulo / SP
O desempenho da soja em 2011
A demanda por soja deve seguir influenciando as cotações em 2011, conforme pesquisas do Cepea. O mercado pode ser ainda mais impulsionado se houver algum problema relacionado à produção 2010/11 na América do Sul. Agentes de mercado estão com atenções voltadas ao desenvolvimento das lavouras neste início de ano, segundo levantamentos do Cepea. Até o momento, há informações de problemas no campo apenas na Argentina. Para o Brasil, a expectativa é de que a produção seja semelhante à do ano anterior. (Fonte: Assessoria da Cepea/Esalq)

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SETOR AUTOMOTIVO


Detroit / EUA
Salão de Detroit inicia guerra por título de terra "verde" do automóvel
O Salão Internacional do Automóvel da América do Norte (NAIAS) abriu ontem, dia 10/1, suas portas em Detroit com um evidente otimismo sobre o futuro e com o início de uma nova guerra automobilística para determinar quem é o rei "verde" do setor. Nas décadas de 1960 e 1970, a luta dos grandes do setor americano se centrou nos esportivos de grande potência, como o Ford Mustang, o Dodge Challenger e o Chevrolet Camaro. Na década de 1990 e nos primeiros anos do século XXI a luta foi entorno dos Off-Road, os Sport Utility Vehicles (utilitários), como são conhecidos na América do Norte. Após a grave crise dos dois últimos anos, que quase acabou com dois dos grandes do automóvel americano, General Motors e Chrysler, e com a nova ênfase no meio ambiente, com novas tecnologias e fontes de energia, o campo de batalha se transferiu para o terreno elétrico.
Os três principais adversários em nível mundial (General Motors, Toyota e Ford) chegaram ao salão de Detroit com suas principais cartas em jogo e ambiciosos planos para assumir o trono ecológico dos próximos anos. A Toyota, que foi o primeiro no campo da tecnologia híbrida com o Prius, revelou ontem, dia 10/1, em Detroit o modelo Prius V, uma versão de seu clássico híbrido, o protótipo Prius C, um híbrido pequeno e de preço reduzido, e o Prius recarregável. A empresa deixou claro na capital automobilística americana que apesar das dificuldades de 2010 (afetada por diversos recalls), a companhia brigará cada vez mais no competitivo campo dos veículos elétricos e híbridos.
O neto do fundador da empresa e atual presidente, Akio Toyoda, disse durante o salão que apesar das dificuldades de 2010, a Toyota foi capaz de continuar sendo a marca mais vendida."Temos a intenção de seguir ganhando esta lealdade dos clientes com uma maior dedicação à qualidade, segurança e atenção ao cliente", afirmou Toyoda, além de dizer que a empresa segue "comprometida com o meio ambiente".A Ford também defendeu suas credenciais em matéria ecológica. O bisneto do fundador da empresa americana, Bill Ford, se reconheceu como um ecologista enquanto mostrava os novos veículos elétricos e híbridos que a Ford lançará nos próximos meses na América do Norte e na Europa.
A companhia considera que os preços do combustível dispararão nos próximos anos, por isso Bill Ford disse que a empresa desenhou toda sua estratégia de acordo com essa presunção. Em Detroit, a empresa revelou os primeiros resultados práticos dessa filosofia, os veículos C-Max Energi, C-Max Hybrid e Focus Electric. Os dois primeiros serão produzidos na América do Norte no próximo ano e na Europa, na fábrica que a empresa tem em Almussafes, em 2013. Por sua parte, o Focus Electric começará a ser produzido e vendido nos EUA, embora em pequenas quantidades, no final deste ano.
A Ford disse que o C-Max Hybrid terá um consumo mais reduzido que as 41 milhas por tanque (5,74 litros por cada 100 km) do Ford Fusion Hybrid, o mais eficiente nos EUA, enquanto o Energi será capaz de percorrer mais de 500 milhas (cerca de 800 km) utilizando a bateria e o motor de combustão. A companhia também aproveitou o salão para revelar o protótipo do 4x4 Vertrek, um veículo compacto e que exibe detalhes da próxima geração de OffRoads do fabricante, assim como para anunciar que nos dois próximos anos contratará sete mil pessoas nos Estados Unidos para responder ao aumento da demanda.
A General Motors (GM) abriu o Salão de Detroit recebendo o prêmio de Carro do Ano na América do Norte por seu Chevrolet Volt, um veículo elétrico que começou a ser vendido em dezembro e com o qual quer revolucionar o setor. A empresa, em plena reconstrução, se limitou a mostrar em Detroit os novos Chevrolet Sonic (um compacto que substitui o Aveo) e Buick Verão (que competirá com veículos como o Audi 3). A empresa já assinalou que segue com seus planos para utilizar a fábrica do Volt em veículos futuros, em uma estratégia similar à de Ford e Toyota. Talvez o melhor representante do otimismo, outra tendência que domina Detroit, seja o Grupo Chrysler.
Ontem, dia 10/1, a empresa dirigida pelo italiano Sergio Marchionne proclamou seu "retorno" ao cenário mundial após o sofrimento dos dois últimos anos. Olivier Francois, executivo-chefe da Chrysler, acrescentou que este "é o momento de a empresa reaparecer no cenário do automóvel" e colocou grandes expectativas no Chrysler 300. Precisamente, nesta segunda-feira se soube que a Fiat aumentou sua participação no Grupo Chrysler de 20% para 25% ao confirmar a iminente produção nos Estados Unidos do motor de consumo reduzido FIRE, com o qual o Fiat 500, que será vendido na América do Norte, será equipado. (Agência EFE)

São Paulo / SP
Venda de consórcios de automóveis cresce 21% até novembro
A venda de cotas de consórcio para automóveis e comerciais leves cresceu 21,4% de janeiro a novembro de 2010, na comparação com igual período de 2009, segundo dados Abac -Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios. Foram 501 mil novos consorciados. contra 412,8 mi, no ano anterior. O tíquete médio da cota foi de R$ 41 mil, 13,6% acima da média de 2009, de R$ 36,1 mil. Considerando veículos em geral (inclui motos, caminhões), as novas cotas somaram 1,63 milhão até novembro, alta de 6% em relação a igual intervalo do ano anterior. No segmento de habitação, as vendas cresceram 11,4%, com 209,4 mil novos participantes de janeiro a novembro. O tíquete médio da cota foi de R$ 103,4 mil em novembro, alta de 15,6% em relação ao valor de um ano antes.
O consórcio de serviços é a modalidade que mais cresce percentualmente. De janeiro a novembro de 2010 foram 5,5 mil novos participantes, contra 2.970 em 2009, alta de 85,2%. O tíquete médio passou de R$ 5.653 para R$ 7.068. Segundo dados da Abac, o total de consorciados contemplados, que já utilizaram seus créditos, 30% foram em saúde e estética, 10% em eventos e festas, 5% em viagens e turismo, 2% em educação e 53% em outros tipos de serviços
Em relação aos números gerais de consórcio, considerando todas as categorias, a Abac informou que de janeiro a novembro foram vendidas 1,92 milhão de novas cotas, alta de 6,1%. De acordo com a Abac, o volume total de negócios, envolvendo todas as categorias, somou R$ 56,9 bilhões de janeiro a novembro de 2010, crescimento de 29% em relação ao igual período do ano anterior, quando somou. R$ 44,1 bilhões. "Baseado em 2010, os indicativos para este ano, considerando os mercados de veículos automotores, imóveis, eletroeletrônicos e serviços, são de um crescimento de 7% a 10% nas vendas globais, podendo atingir a marca de 2,15 milhões de novas cotas", afirmou o presidente-executivo da Abac, Paulo Roberto Rossi.

Paris / França
Renault mundial bate recorde de vendas em 2010
A montadora francesa Renault, sacudida por um caso de espionagem industrial, bateu em 2010 seu recorde de vendas mundiais e visa a um novo crescimento internacional este ano. "Celebramos os resultados de vendas recordes do grupo em 2010, superando o recorde de 2005", afirmou o vice-diretor-geral de comércio e veículos utilitários, Jérôme Stoll. A Renault vendeu 2,6 milhões de veículos no mundo, levando em conta todas suas marcas (Renault, Dacia e Samsung Motors), ou seja, um aumento de 14%. No mercado francês, a alta de vendas foi de 6,1%, ou 750.000 carros. A Renault havia vendido 2,3 milhões de veículos em 2009 e seu recorde anterior de vendas (2,5 milhões) data de 2005. A empresa está envolvida em uma investigação para apurar uma suspeita de espionagem em tecnologias desenvolvidas pela Renault para carros elétricos. Uma fonte do governo francês indicou na última semana ter recebido pistas de envolvimento de empresas chinesas no caso. Três diretores suspeitos de facilitar o vazamento de informações estratégicas foram afastados. A empresa afirmou que seus ativos estavam em risco e o ministro da Indústria do país considerou o caso grave. (Agence France Presse / AFP)


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COMÉRCIO EXTERIOR


Brasília / DF
Balança comercial registra deficit de US$ 486 milhões na 1ª semana de 2011 A balança comercial brasileira teve um deficit de US$ 486 milhões na primeira semana de janeiro, resultado de importações de ordem de US$ 3,267 bilhões e exportações de US$ 2,781 bilhões. A chamada corrente de comércio (soma das exportações e importações) atingiu US$ 6,048 bilhões, o que representa uma média diária de US$ 1,209 bilhão - o valor é 6,2% superior a média registrada no primeiro mês de 2010, mas está 23,7% abaixo da média verificada no mês passado. De acordo com o boletim Focus, elaborado pelo Banco Central, economistas do mercado financeiro projetam um superavit de US$ 8,85 bilhões para este ano. A balança comercial fechou 2010 com queda de 20,1% em seu saldo - o superavit do país (diferença entre exportações e importações) chegou a US$ 20,3 bilhões, influenciado por um crescimento maior das importações em comparação com as exportações.

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TI, WEB & e-COMMERCE

Nova Iorque/EUA e São Paulo/SP
Site MySpace vai demitir 50% do quadro de funcionários
O MySpace deve começar uma série de demissões da sua equipe de funcionários, segundo informou o blog All Things Digital, do diário econômico The Wall Street Journal, ontem, dia 10/1. A previsão é de que 50% dos 1,1 mil funcionários sejam demitidos - o que significa um número entre 500 e 600 pessoas. Ainda de acordo com o blog, as demissões seriam iniciadas amanhã. O site estaria finalizando a lista de quais os funcionários que deixariam a empresa. Isso incluiria um número significante de funcionários internacionais, diz o blog. Após as demissões, a News Corp., detentora da rede social, iria considerar opções de venda do MySpace - o blog afirma que a companhia está tentando vender o site para o Yahoo!.
A empresa joga a toalha - Em novembro, executivo-chefe do site, Mike Jones, declarou que o MySpace não era mais um adversário direto do Facebook dentro da arena de disputa das redes sociais. "O MySpace não é mais uma rede social. É, agora, um lugar de entretenimento social", declarou ele, em entrevista televisiva ao jornal britânico "The Telegraph". Ele confirmou que o enfoque do site permanece em música e bandas, ambicionando um público cuja faixa etária fica entre 13 e 35 anos. Um mês antes, o MySpace fez uma reformulação de lay-out que também incluiu a mudança do logo da companhia. Fundado em 2003, o MySpace chegou a ser a rede social mais popular da internet, com mais de 100 milhões de usuários. O site, no entanto, perdeu espaço com o surgimento do Facebook, em 2008, cuja base de usuários já ultrapassa os 500 milhões. Questionado sobre como o site se pareceria em 2015, disse que seria "tipo um produto móvel".
Saída do Brasil - O escritório do MySpace no Brasil, inaugurado com alarde no fim de 2007, encerrou as operações no dia 1º de julho de 2009. De acordo com Angelos Ktenas Jr., diretor de conteúdo do MySpace Brasil, a informação recebida com surpresa, já que, segundo ele, o escritório do site no país "sempre operou no azul". "Não sabemos o porquê de fechar no Brasil, um dos poucos que dava muito dinheiro entre os 30 países em que existe o MySpace. Acredito que isso se deva mais à situação nos Estados Unidos", afirmou Ktenas à reportagem. Outro funcionário da empresa, que preferiu não se identificar, também confirmou a informação. A reportagem tentou contato com Emerson Calegaretti, diretor-geral do MySpace Brasil, mas não teve sucesso.

Jerusalém / Israel
Netanyahu divulga seu contracheque pelo Facebook
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, surpreendeu nesta segunda-feira seus "amigos" do Facebook ao divulgar uma cópia do seu contracheque, revelando um salário líquido de apenas 15 mil shekels (4.200 dólares) por mês. A divulgação ocorre num momento em que autoridades e parlamentares pleiteiam um aumento salarial. Netanyahu disse que decidiu mostrar seu contracheque atendendo pedidos do público, para manter uma "total transparência" sobre seus ganhos. Vários analistas disseram que se tratou de um golpe publicitário do premiê, mas zombaram da "pobreza" dele em relação a outros líderes mundiais - como o primeiro-ministro de Cingapura, Lee Hsieng Loong, governante mais bem pago do mundo, com 2,8 milhões de dólares por ano, segundo um ranking divulgado no ano passado pela revista The Economist. O salário bruto citado no contracheque de Netanyahu em dezembro foi de 44 mil shekels, mas o valor cai bastante depois do desconto de impostos, seguro-saúde e previdência social. Além disso, Netanyahu tem também uma dedução de 11.590 shekels por causa do seu carro blindado. "Parece que o primeiro-ministro, como muitos empregados, fica surpreso ao abrir seu contracheque no final do mês", brincou o repórter Chico Menashe, do Canal 10. Mas vários comentaristas lembraram que gastos pessoais cobertos pelo governo não aparecem no contracheque. (Agência Reuters)

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INFRAESTRUTURA & LOGÍSTICA


Nova Iorque / EUA
Duke compra Progress Energy por US$ 13,7 bilhões
A Duke Energy informou ontem, dia 10/1, ter chegado a um acordo para comprar a Progress Energy por US$ 13,7 bilhões em ações, criando a maior empresa de energia dos Estados Unidos. A oferta da Duke significa um prêmio de 6,4% sobre a cotação das ações nos últimos 20 dias de negociações, disse a companhia, que prevê impacto em seus ganhos no primeiro ano após a operação. A transação pode criar um gigante da indústria com aproximadamente 7,1 milhões de clientes em sete estados norte-americanos, e 57 mil megawatts (MW) de capacidade de geração. Atualmente, a Duke é a terceira maior empresa de energia elétrica dos Estados Unidos e pode se tornar a maior tanto em valor de mercado quanto em capacidade de geração se o negócio for concretizado. No Brasil, a Duke Energy opera e administra oito usinas instaladas ao longo do rio Paranapanema, que totalizam 2.237 megawatts (MW) de capacidade instalada e representam cerca de 3% da energia produzida no país. A compra, entretanto, pode ser barrada por reguladores, que bloquearam ou criaram entraves em outras operações nos últimos anos. Segundo a Duke, os acionistas da Progress Energy irão receber 2.6125 ações ordinárias da Duke Energy para cada papel, ou US$ 46,48 por ação, o que significa um prêmio de 4% ante o preço de fechamento na bolsa de Nova York. A companhia afirmou ainda que vai assumir uma dívida de US$ 12,2 bilhões da Progress Energy. O presidente do conselho e presidente-executivo da Duke, Jim Rogers, deve se tornar presidente do conselho da nova companhia, enquanto o atual presidente do conselho e presidente da Progress, Bill Johnson, deve ser o presidente-executivo após a fusão. (Agência Reuters)

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TELECOM


São Paulo / SP
Mais de 4,5 milhões brasileiros trocaram de operadora em 2010
A portabilidade numérica foi utilizada por 4,54 milhões de usuários no Brasil durante 2010, alta de 3,8% em relação a 2009. Os dados foram divulgados ontem a tarde, dia 10/1, pela ABR Telecom - Associação Brasileira de Recursos em Telecomunicações -, entidade administradora da portabilidade numérica. Portabilidade numérica, no setor de telefonia, é a possibilidade de mudar de operadora mantendo o número de telefone fixo ou móvel que o consumidor já possui. Em dezembro, houve recorde de migrações no serviço móvel, com 300 mil transferências efetuadas - o resultado no mesmo período de 2009 foi de 296 mil. Na telefonia fixa, o pico de portabilidade também ocorreu no mês passado, com 163 mil transferências. A portabilidade numérica foi instituída no Brasil em 1º de setembro de 2008 e foi gradualmente implementada até 2 de março de 2009, quando passou a contemplar todo o território nacional com o novo serviço. Desde o início, já foram realizadas 8,04 milhões de transferências com a permanência do número do telefone e dessas, 2,55 milhões foram de telefones fixos e 5,49 milhões de móveis.


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MERCADO DE LUXO

Da redação – São Paulo / SP
Rolls-Royce busca atrair consumidores mais jovens
Os luxuosos automóveis Rolls-Royce foram utilizados pela aristocracia no século passado e atualmente continuam a ser utilizados por reis, rainhas e presidentes pelo mundo afora. Muitos atributos e qualidades vêm à nossa mente quando pensamos na prestigiosa marca, porém, jovialidade certamente não é um deles. Fundada em 1906 por Frederik Henry Royce e Charles Stewart Rolls, como resultado de uma parceria realizada entre eles em 1904 em Manchester, no Reino Unido, a marca inglesa que ficou famosa pela fabricação dos mais luxuosos automóveis do mundo quer mudar sua imagem e busca agora atrair jovens consumidores de alto poder aquisitivo. (LEIA na íntegra)

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MÍDIA

Nova Iorque / EUA
Playboy aceita oferta de fundador para fechar capital
O fundador da revista Playboy, Hugh Hefner, conseguiu acordo para fechar o capital da publicação após meses de negociações. A Playboy Enterprises, editora da revista, planeja fechar seu capital em uma operação que avalia a companhia em US$ 207 milhões. A dona da revista Penthouse havia feito uma oferta maior pela companhia. As ações da Playboy saltavam quase 17% no início da sessão. Hefner, que atualmente tem 84 anos de idade, fundou a Playboy com US$ 600 em 1953 quando publicou uma primeira edição mostrando fotos de Marilyn Monroe parcialmente nua. (LEIA na íntegra)






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