Edição 674 | Ano IV

Nova Iorque / EUA
Fusões e aquisições no Brasil corresponderam a 78% do total na AL
 
O volume de fusões e aquisições (F&A) na América Latina atingiu US$ 27,2 bilhões no primeiro trimestre de 2012, o que representa uma queda de 27% ante o mesmo período de 2011, quando o volume chegou a US$ 37,3 bilhões, segundo dados divulgados esta semana pela Dealogic. Foi o menor volume desde o primeiro trimestre de 2009, auge da última crise. As F&A no Brasil corresponderam a 78% do total na região no primeiro trimestre, acima da média de pouco mais de 50% desde 2005. Na mesma base de comparação, as fusões e aquisições no Brasil caíram 14% em volume no primeiro trimestre deste ano em relação a igual período de 2011, com total de US$ 21,9 bilhões, embora tenha havido um aumento de 13% em relação ao quarto trimestre do ano passado. A maior parte das fusões foi no setor financeiro, com US$ 7,3 bilhões.Em número de negócios, no entanto, o primeiro trimestre deste ano foi o segundo mais ativo para a América Latina, com 427 fusões e aquisições, perdendo apenas para o quarto trimestre de 2011, com 448 acordos fechados. (Agência Estado)


Da redação - São Paulo / SP
Brasileiros lideram lista de executivos latino-americanos
Um ranking elaborado pela revista americana "Harvard Business Review", especializada em administração e negócios, mostrou 26 brasileiros entre os 50 CEOs (presidentes-executivos) de melhor desempenho da América Latina entre 1995 e 2009. É a primeira vez que a publicação faz um levantamento com líderes empresariais da região. O primeiro estudo do gênero, que avaliou os melhores do mundo, foi publicado em janeiro de 2010.
Na lista latino-americana, o Brasil é o país com o maior número de líderes indicados; o México é o segundo, com dez profissionais -os demais são de Chile, Colômbia, Venezuela, Peru e Argentina.Na primeira posição está Maurício Botelho, que comandou a Embraer entre 1995 e 2007. Em seguida vêm Roger Agnelli, ex-Vale, Benjamin Steinbruch, da CSN, e Manoel Arlindo Zaroni Torres, da Tractebel Energia, e Miguel Gomes Sarmiento Gutierrez, das Lojas Americanas -todos brasileiros.
Entre os dez melhores, há no total oito nascidos no Brasil, dois mexicanos e um argentino (são 11 porque houve empate na sexta posição). Executivos de empresas de bens de consumo dominam a lista, respondendo por 20% dos indicados. Nesse setor, alguns dos incluídos são José Galló, da Renner, e João Castro Neves, da Ambev.
Segundo a revista, os melhores "CEOs" da América Latina tiveram um desempenho superior ao de colegas de outras partes do mundo.
Em média, eles garantiram um retorno total ao acionista de 1.440% (descontados efeitos cambiais) no cargo, durante o período. No ranking mundial elaborado pela revista americana, o retorno gerado pelos presidentes-executivos foi de 997%.

FORMAÇÃO ACADÊMICA
Dos 50 profissionais com melhor desempenho, apenas 12 possuem MBA (especialização em administração de empresas). Entre os dez primeiros, apenas um. Segundo a revista, "diferentemente de outros países em desenvolvimento, como a Índia, na América Latina a formação acadêmica não parece importar tanto quanto ter raízes profundas na cultura e sociedade locais".
Outra peculiaridade regional, de acordo com a publicação, é a existência de três tipos de líderes distintos: os formados por integrantes de empresas familiares, os que representam executivos independentes que trabalham em colaboração com famílias e, por fim, aqueles que dirigem antigas estatais.
A Petrobras teve dois ex-presidentes indicados na lista: Henri Philippe Reichstul (1999-2001) e José Eduardo Dutra (2003-2005).
Para a elaboração do ranking, foram considerados profissionais que assumiram a presidência de companhias abertas entre janeiro de 1995 e junho de 2009. O desempenho de cada um foi medido com base na valorização na Bolsa das companhias, em comparação com concorrentes do mesmo país. Foram avaliados 294 presidentes-executivos de 197 empresas de sete países.

VEJA OS 25 EXECUTIVOS DA AMÉRICA LATINA MAIS BEM COLOCADOS
No ranking da revista americana "Harvard Business Review", sobre o período 1995-2009

1. Maurício Novis Botelho (Embraer, 1997-2005, Brasil)
2. Roger Agnelli (Vale, 2001-2011, Brasil)
3. Benjamim Steinbruch (CSN, 2002-presente, Brasil)
4. Manoel Arlindo Zaroni Torres (Tractebel Energia, 1999-presente, Brasil)
5. Miguel Gomes Pereira Sarmiento Gutierrez (Lojas Americanas, 2001-presente, Brasil)
6. Renato Alves Vale (CCR, 1998-presente, Brasil)*
6. Paolo Rocca (Tenaris, 2002-presente, Argentina)*
8. José Antonio Fernandez Carbajal (Femsa, 1995-presente, México)
9. Daniel Hajj Aboumrad (América Movil, 2000-presente, México)
10. Moisés Afonso Sales Filho (Coelba, 2003-presente, Brasil)
11. José Sidnei Colombo Martini (CTEEP, 1999-2009, Brasil)*
12. Marco Antonio Bologna (TAM, 2004-2007, Brasil)*
13. José Galló (Lojas Renner, 1999-presente, Brasil)
14. Marcelo Awad (Antofagasta, 2004-presente, Chile)
15. Roque Eduardo Benavides Gonzaga (Compañia de Minas Buenaventura, 2001-presente, Peru)*
16. Oscar González Rocha (Southern Cooper Corporation, 2004-presente, México)*
17. José Humberto Gutiérrez Olvera-Zubizarreta (Grupo Carso, 2000-presente, México)
18. José Armando de Figueiredo Campos (CST/Arcelor Mittal Tubarão, 1997-2009, Brasil)
19. José Calderón Muñoz de Cote (El Puerto de Liverpool, 2004-presente, México)
20. Abraham Chahuan Abedrabo (Compañia Minera Milpo, 1999-2010, Peru)*
21. Carlos Henrique Piedrahita Arocha (Grupo Nacional de Chocolates, 2003-presente, Colômbia)*
22. Djalma Bastos de Morais (Cemig, 1999-presente, Brasil)*
23. Carlos Felices (Telecom Argentina, 2002-2007, Argentina)*
24. Marco Antonio Slim Domit (Grupo Financeiro Inbursa, 1997-presente, México)
25. Oscar Von Chrismar Carvajal (Banco Santander-Chile, 1997-2009, Chile)
(Fonte: Assessoria de Imprensa da Harvard Business Review)

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INDICADORES ECONÔMICOS

Da redação - São Paulo / SP
Ir ao cinema é programa acima da inflação
O programa típico dos fins de semana nas grandes cidades do país subiu em média 7,87%, nos últimos 12 meses até março de 2012. Esse aumento venceu a inflação apurada pelo IPC/FGV, no mesmo período, que foi de 5,50%.
Na lista composta por sete itens, bombons e chocolates (0,10%) e doces e salgados (1,74%) foram os únicos que subiram menos que a inflação. Entre os vilões, segundo o levantamento feito pelo economista do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE/FGV), André Braz, estão: estacionamento (15,03%), ingresso para o cinema (8,60%) e o fast food (8,36%). A pesquisa do Índice de Preços ao Consumidor não contempla o acompanhamento do preço da pipoca. (Fonte: Assessoria de Imprensa da FGV)

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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)

HOJE – Abertura das Bolsas Asiáticas:

Tóquio / Japão
Bolsas da Ásia caem com temores sobre Europa
As Bolsas da Ásia fecharam em baixa, uma vez que o salto nos custos dos empréstimos nas Espanha manteve os problemas fiscais na Europa no foco, com muitos papéis do setores financeiro e de commodities caindo fortemente na região. Também pesou o anúncio do Banco do Povo da China de dobrar para 1% a banda de flutuação do yuan frente o dólar em relação à taxa de referência diária.
- A Bolsa de Hong Kong terminou em baixa, seguindo os declínios no Ocidente, acompanhando os fracos dados econômicos da China e novas preocupações com os problemas de dívidas soberanas na Europa. O índice Hang Seng caiu 0,44% e encerrou aos 20.610,64 pontos.
- As Bolsas da China fecharam praticamente estáveis, com viés para baixo. A fraqueza nos mercados externos e as crescentes preocupações sobre a desaceleração da economia doméstica pesaram no mercado. As esperanças de uma política de flexibilização interromperam as perdas. O índice Xangai Composto caiu apenas 0,1% e terminou aos 2.357,16 pontos. O índice Shenzhen Composto perdeu 0,2% e encerrou aos 949,23 pontos.O yuan caiu ante o dólar em meio a crescente volatilidade na primeira sessão desde que o Banco do Povo permitiu ampliar a banda de flutuação sobre a moeda americana. No mercado de balcão, o dólar fechou cotado em 6,3150 yuans, de 6,3030 yuans sexta-feira. A moeda chinesa recuou pelo menos 0,46% sobre a taxa de referência diária, mas freou suas perdas mais tarde uma vez que o yuan acompanhou a condução do banco central para apenas uma suave desvalorização. A taxa de paridade central dólar-yuan foi fixada em 6,2960 yuans, de 6,2879 yuans sexta-feira,
- A Bolsa de Taiwan fechou em baixa de 0,75%, aos 7.729,86 pontos, acompanhando a fragilidade dos mercados nos EUA e na Ásia, em meio às preocupações com a economia global.
- Na Coreia do Sul, a Bolsa de Seul caiu influenciada pelo aumento de empréstimos pela Espanha e a desaceleração do ritmo da economia na China e nos EUA. O índice Kospi recuou 0,81% e fechou aos 1.992,63 pontos.
- Na Austrália, o índice S&P/ASX 200 da Bolsa de Sydney fechou em queda de 0,49%, aos 4.302,34 pontos, também influenciado por declínios na economia chinesa e as inquietações com a zona do euro.
- Já a Bolsa de Manila, nas Filipinas, fechou em alta, com os ganhos em empresas de investimentos e de serviços financeiros dando suporte ao mercado. O índice PSE subiu 0,4% e terminou aos 5.117,46 pontos, com pesado volume de negociações.
- A Bolsa de Cingapura terminou estável, com os investidores considerando notícias positivas na economia local em contraposição às vindas da Europa. O índice Straits Times subiu 0,1% e fechou aos 2.992,12 pontos.
- O índice composto da Bolsa de Jacarta, na Indonésia, perdeu 0,3% e fechou aos 4.146,58 pontos, com as baixas nos demais mercados asiáticos levando investidores a realizar lucros.
- O índice composto de cem blue chips da Bolsa de Kuala Lumpur, na Malásia, cedeu 0,4% e fechou aos 1.597,51 pontos, com preocupações sobre a Europa.

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MERCADO FINANCEIRO

Nova Iorque / EUA
Lucro do Wells Fargo liquido sobe a US$ 4,2 bilhões no 1º trimestre
O banco norte-americano Wells Fargo divulgou hoje, dia 16/4, que teve lucro de US$ 4,25 bilhões no primeiro trimestre deste ano, uma alta de 13% na comparação com o lucro do mesmo período do ano passado, de US$ 3,76 bilhões. O lucro por ação, que reflete o pagamento de dividendos preferenciais, subiu para US$ 0,75, de US$ 0,67. A previsão dos analistas ouvidos pela Thomson Reuters era de lucro de US$ 0,73 por ação.
Com uma unidade de mercados de capital menor que outros grandes bancos dos EUA, o Wells Fargo é acompanhando mais atentamente pela comunidade de investimento pelos resultados da sua unidade de hipotecas. O banco forneceu US$ 129 bilhões em empréstimos hipotecários no primeiro trimestre, de US$ 120 bilhões no quarto trimestre do ano passado e US$ 84 bilhões no primeiro trimestre de 2011. A receita da unidade (excluindo juros) avançou para US$ 2,87 bilhões, uma alta anual de 42%.
A receita total do Wells Fargo no primeiro trimestre aumentou 6,4%, para US$ 21,64 bilhões, o maior nível em nove trimestres. Analistas esperavam receita de US$ 20,51 bilhões. As provisões para perdas com empréstimos totalizaram US$ 2 bilhões, abaixo dos US$ 2,21 bilhões no primeiro trimestre de 2011. O volume de empréstimos ruins (que provavelmente não serão recuperados) caiu para 1,25% do total de empréstimos, de 1,73% no mesmo período do ano passado. Por volta das 10h10 (de Brasília), as ações do Wells Fargo caíam 0,03% no pré-mercado em Nova Iorque. (Agência Dow Jones)


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INDÚSTRIA


Lisboa/Portugal e São Paulo/SP
Cimpor diz que oferta da Camargo Corrêa é baixa
O conselho da cimenteira portuguesa Cimpor considera que os 5,50 euros (R$ 13,23) que a Camargo Corrêa ofereceu por cada ação da empresa é "demasiado baixo", e a proposta da brasileira carece de informação crucial.
Por isso, o Conselho da Cimpor informou não ter condições de recomendar que os acionistas mantenham ou vendam as ações da companhia à Camargo Corrêa. A Camargo Corrêa lançou no final de março uma OPA (Oferta Pública de Aquisição) para comprar os 67,1% da Cimpor que não possui.
Para o conselho da Cimpor, o preço oferecido pelo grupo brasileiro não reconhece o valor da empresa, não incorpora um adequado prêmio de controle, implica um múltiplo inferior ao de transações comparáveis e não partilha sinergias que a Camargo vai capturar.
Segundo a resposta da administração da Cimpor à OPA, a proposta também carece de informação fundamental quanto à reorganização societária futura e do portfólio de ativos, bem como sobre o tratamento a acionistas minoritários, questões financeiras, dívida e política de dividendos.
"O conselho não está em posição de recomendar aos acionistas que vendam as suas ações, já que o preço é baixo e subavalia significativamente a Cimpor, e, na ausência de adequada informação sobre o futuro da Cimpor depois da oferta, também não pode o Conselho recomendar que mantenham o investimento na Cimpor."
Em entrevista à Reuters no dia 12/4, o presidente-executivo da InterCement, subsidiária da Camargo Corrêa que lançou a OPA, José Edison Franco, afirmou que o preço é justo, que reflete o valor real da empresa e está em linha com as práticas de mercado. A Semapa apresentou em 5 de abril à CGD (Caixa Geral de Depósitos) e à gestora do fundo de pensão do português BCP, ambas sócias da cimenteira, "uma proposta relativa à aquisição por uma sociedade a constituir do conjunto das participações daquelas entidades na Cimpor", com um preço implícito não inferior a 5,75 euros por ação.
Em comunicado nesta sexta-feira, a InterCement disse que o suposto preço de 5,75 euros "não pode ser considerado um valor efetivo".
A Camargo alertou ainda que, "se a proposta da Semapa, na versão divulgada pela mídia, viesse a ser aceita pelas entidades a quem foi dirigida, entende a InterCement que a mesma dará origem a uma OPA obrigatória a lançar por todas as entidades envolvidas". A Cimpor tinha sido alvo de uma oferta hostil da também brasileira CSN que, apesar de ser falhado em 2010, aguçou o apetite de Camargo e Votorantim, outro sócio da cimenteira portuguesa, atraídos pelo portfólio internacional do grupo, exposto a mercados emergentes de forte crescimento. (Agência Reuters)


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AGROBUSINESS


Da redação - Brasília / DF
Cenário para confinamento bovino ainda é incerto em 2012
O cenário para confinamento bovino para esse ano ainda é incerto, na opinião do setor da pecuária em Mato Grosso. De acordo com os produtores, o preço pago hoje pela a arroba do boi confinado não é animador. Porém, o setor ainda tem dois meses para tomar uma decisão referente à prática, pode ser que esse cenário mude. A Associação Nacional dos Confinadores (Assocon) argumenta que para o confinamento em todo o país é esperado um aumento de 15% no panorama nacional. Contudo, no cenário regional, os aumentos dos custos da produção - como a alta do preço do boi magro e o menor preço pago à arroba do boi gordo - prejudicam a valorização da atividade.
Em 2011 o pecuarista mato-grossense confinou 763,94 mil bovinos. O volume representa aumento de 29% sobre o desempenho de 2010, quando foram terminados a cocho 592,83 mil animais. Todavia se comparado aos 117,87 mil animais de 2005, o avanço é de 548%. As informações fazem parte do 3º Levantamento de Confinamento em Mato Grosso do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
De acordo com o superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, o cenário esse ano no Estado vai depender das conjunturas econômicas e políticas públicas que incentivarem a atividade. Segundo ele, Mato Grosso tem todas as condições de se tornar o maior confinador de gado do Brasil. “Isso em médio prazo, já que temos o maior rebanho comercial e também somos o maior produtor de grãos”. Porém, Vacari lembra que o confinamento é um negócio rentável, portanto é necessário pesar o custo da engorda e valor que será vendido. “Por enquanto não há vantagem”, explica.
Os problemas - Os principais motivos para esse cenário de incertezas segundo alguns produtores, é o valor pago pela arroba do boi que continua baixa, e a falta de frigoríficos no Estado. De acordo com o produtor de Pontes e Lacerda, Luciomar Machado, o confinamento não fará parte de seus planos esse ano. Segundo ele, o custo do grão em relação a arroba não tem animado o setor. Outro problema, de acordo com o pecuarista, são os frigoríficos que compram dos produtores, pois uma parcelas deles tem seu próprio confinamento, o que acaba desvalorizando o boi confinado do produtor. “Você fica preso ao mercado, uma vez que aqui no Estado ele ainda é restrito”, conclui.


Da redação - São Paulo / SP
Ovo enfrenta o efeito pós-Quaresma e encerra quinzena em baixa
Pressionado durante toda a semana, o ovo encerrou a primeira quinzena de abril com baixa de preço. Após 33 dias de estabilidade e sem ter obtido a valorização típica de todo período de Quaresma, o produto foi comercializado no sábado (14, último dia de negócios da quinzena) com perda de R$2,00/caixa em relação aos valores praticados desde 12 de março passado.
É a manifestação do, também típico, efeito pós-Quaresma. Ele está bem visível no gráfico abaixo, na curva relativa a 2011. A única diferença, aqui, é que o recuo ocorreu na última semana de abril – o que é explicado pelo fato de a Páscoa do ano passado ter caído na segunda quinzena do mês.
Em outras palavras, “tudo continua como dantes”. Mas é possível mudar. E só depende do setor produtivo. Acelerar descartes é a palavra de ordem.

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SETOR AUTOMOTIVO

Frankfurt / Alemanha
Volkswagen eleva participação de voto na MAN

A fabricante de caminhões MAN informou que a sua acionista majoritária, a Volkswagen, elevou sua participação de voto para 73%, de apenas 60%, no mais recente sinal de que a maior montadora de veículos da Europa em vendas está avançando em seu plano de formar uma parceria no setor de caminhões. A Volkswagen detém 71,1% do capital acionário total da MAN, de acordo com um comunicado da companhia baseada em Munique. A Volkswagen adquiriu uma participação majoritária na MAN em novembro e está buscando uma cooperação mais próxima com sua unidade de caminhões sueca Scania, a fim de formar uma parceria no setor de caminhões que pode desafiar as líderes globais de mercado Daimler e Volvo. Até então, a Volkswagen detinha 59,58% de participação de voto na MAN e 57,33% de seu capital acionário. A companhia detém ainda 70,94% de participação de voto na Scania e 45,66% de seu capital acionário. Já a MAN detém 17,37% de participação de voto na Scania e 13,35% de seu capital acionário após uma fracassada tentativa assumir o controle da empresa em 2006. (Agência Dow Jones)

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SERVIÇOS e VAREJO


São Paulo / SP
Vendas da Cyrela sobem 22,2% no 1º trimestre
As vendas contratadas da Cyrela Brazil Realty somaram R$ 1,2 bilhão no primeiro trimestre, alta de 22,2% sobre o mesmo período do ano anterior, informou a companhia nesta sexta-feira. Segundo a Cyrela, sua participação atingiu 78,6%, 5,9 pontos percentuais inferiores aos 84,5% registrados no trimestre do ano anterior. Com esse volume de vendas, a Cyrela informou que atingiu 17,7% do ponto mínimo do guidance (projeções) para o ano.
Os lançamentos entre janeiro e março foram de R$ 890 milhões, queda de 22,8% em relação ao primeiro trimestre de 2011. A participação nos lançamentos do período atingiu 76,8%, 1,9 ponto percentual abaixo do apresentado um ano antes. As vendas da Living, unidade da Cyrela voltada à baixa renda, somaram R$ 383,9 milhões, 17,3% acima do apresentado no primeiro trimestre de 2011, representando 31,5% das vendas da companhia no período. Os lançamentos da Living foram de R$ 168,1 milhões, queda de 51,5% na mesma base de comparação e equivalentes a 18,9% do total de lançamenos da Cyrela entre janeiro e março de 2012. (Agência Reuters)


São Paulo / SP
Rede D'Or São Luiz compra dois hospitais em São Paulo
A Rede D''Or São Luiz assumiu o controle acionário do Hospital Nossa Senhora de Lourdes e do Hospital da Criança, ambos localizados no bairro do Jabaquara, zona Sul de São Paulo. O novo controlador terá 90% do Nossa Senhora de Lourdes e 70% do Hospital da Criança - o restante ficará em mãos de minoritários. Segundo a Rede D''Or, que tem como sócio o banco BTG Pactual, a operação proporcionará sinergias para o negócio, complementando a região de atuação do grupo. O valor do negócio não foi informado.
Atualmente, o Nossa Senhora de Lourdes e o Hospital da Criança possuem 285 leitos (55 de UTI) e 2,3 mil médicos cadastrados. Juntos, realizam por ano 250 mil atendimentos em pronto-socorro, 14,5 mil internações, 13,4 mil cirurgias e 185 mil consultas ambulatoriais. De acordo com a Rede D''Or, a ação está alinhada à sua estratégia de expansão e crescimento. O grupo já possui 3 mil leitos, 20 mil funcionários e realiza 5 milhões de atendimentos por ano. Também conta com 50 unidades de diagnóstico e 17 hospitais próprios, além de dois hospitais sob gestão e três em fase de construção. (Agência Estado)

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TI e e-COMMERCE

São Francisco / EUA

Facebook compra startup de gerenciamento de pontos no celular
A empresa iniciante Tagtile anunciou que foi comprada pela rede social Facebook. A startup criou um aplicativo que permite aos usuários gerenciar os pontos de fidelidade em seu celular. Sediada em São Francisco, na Califórnia, a Tagtile foi fundada por Abheek Anand, um especialista de programas de virtualização e ex-funcionário VMware, e Soham Mazumdar, quien trabalhou durante seis anos no Google.
Lançado no ano passado, o aplicativo Tagtile também possui um serviço para o varejo. Esse aplicativo permite aos comerciantes contabilizar as visitas dos usuários de celular para oferecer-lhes prêmios. As aquisições - É a segunda aquisição do Facebook no mês. No começo da semana passada, a rede de Mark Zuckerberg havia comprado o Instagram, por US$ 1 bilhão. Lançado em outubro de 2010, o serviço que permite ao usuário aplicar filtros digitais em fotos e compartilhá-las em redes sociais já foi baixado mais de 30 milhões de vezes. Alguns analistas apostam que a rede já atingiu os 40 milhões de usuários. Essa foi a maior aquisição do Facebook, que já havia comprado outras startups como FriendFeed, Hot Potato e Gowalla. Todos tiveram seus serviços interrompidos. (Agência EFE)


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TELECOM

Brasília / DF
Anatel poderá reduzir tarifas da Oi em 10,78%
A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) obteve nesta sexta-feira decisão judicial que permite aplicar redução líquida de 10,78% nas tarifas fixo-móvel da Oi. As informações são da agência reguladora. A decisão foi obtida por meio de recurso da AGU (Advocacia-Geral da União) junto ao STJ (Superior Tribunal de Justiça), contra decisão do último dia 23 de março, no Tribunal Regional Federal da 2ª Região (responsável por Rio de Janeiro e Espírito Santos).
A Oi havia obtido decisão que suspendia a redução das tarifas para a subsidiária Telemar Norte Leste, em sua área de concessão, que inclui os Estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Maranhão, Pará, Amapá, Amazonas e Roraima.
A decisão restabelece ainda valores de interconexão previstos no reajuste tarifário da empresa telefônica. A agência havia anunciado a redução nas tarifas de fixo para móvel no dia 25 de janeiro. Na ocasião, o órgão regulador estimou que a medida ajudaria a reduzir o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de 2012 em 0,05 ponto porcentual. (Agência Reuters)

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MERCADO DE LUXO

São Paulo / SP
Salários em lojas de luxo podem chegar a R$ 60 mil
Daniella Antunes, 18, acorda seis dias por semana às 6h30min, improvisa escova no cabelo, maquia o rosto com produtos caros, toma café e sai de casa, em Barueri (a 30 km da capital paulista), rumo ao shopping Iguatemi Alphaville. A garota simples da periferia fica do lado de fora. Às 10h, já de "uniforme", assume o papel de aprendiz de executiva de vendas da multimarcas Belier, onde um par de sapatos custa R$ 870. (LEIA na íntegra)


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SUSTENTABILIDADE


Washington / EUA
Projeto florestal no Brasil recebe 1o certificado de carbono
A Organização das Nações Unidas emitiu 4,1 milhões de créditos de carbono na sexta-feira para um projeto de reflorestamento no Brasil, o que fez dele o primeiro projeto florestal no mundo a receber Certificados de Reduções de Emissões temporários (tCERs, em inglês), informou o Banco Mundial. O Fundo BioCarbon, um fundo público-privado administrado pelo Banco Mundial, vai comprar os créditos de carbono em nome de seus participantes, que incluem alguns governos europeus e grandes companhias emissoras de gases estufa em países como Japão.
Certificados de Reduções de Emissões temporários são emitidos a participantes em projetos de reflorestamento enquadrados sob o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (CDM, em inglês) da ONU para representar a não permanência desses tipos de atividades. Há pouca demanda por esses créditos devido ao fato de expirarem no fim do período de compromisso de Kyoto no qual foram emitidos e precisarem ser substituídos no registro do UNFCC (Diretrizes para a Convenção sobre Mudança Climática as Nações Unidas) por outros créditos.
O projeto Plantar gera CERs para reduções de emissões produzidas a partir do corte no uso de combustíveis fósseis na indústria de ferro e aço do Brasil e com o uso de plantações de eucalipto como escoadouros de carbono.
O projeto de reflorestamento, que tem sido apoiado por fundos do Banco Mundial desde 2001, enfrentou uma longa jornada antes de alcançar a fase de emissão de certificados. "Temos trabalhado com o grupo Plantar por uma década e o fato de que eles são a primeira companhia no mundo a gerar tCERs é um testumunho à inovação e dedicação deles", disse Joelle Chassard, do Banco Mundial. Após vários atrasos no processo de registro junto ao CDM, o projeto recebeu aprovação da ONU em setembro de 2010. (Agência Reuters)


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ARTIGO


O Facebook tem medo da internet

por JOHN GAPPER


Não admira que Mark Zuckerberg tenha se comportado de modo tão defensivo na semana passada. Enquanto pagava US$ 1 bilhão para eliminar a ameaça que o Instagram representava para o Facebook, antigos gigantes da web passavam por momentos de humilhação. (LEIA na íntegra)








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