Edição 603 | Ano IV

Da redação - São Paulo / SP
Brasil tem o maior juro real do mundo há quase dois anos
O Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) decide hoje, dia 30/11, o rumo da taxa básica da economia, a Selic, atualmente em 11,5%. Mas mesmo que a autoridade monetária opte por reduzir o juro em 0,5 ponto percentual, como parece ser o consenso do mercado financeiro, levando a Selic a encerrar o ano em 11%, o Brasil seguirá liderando o ranking mundial de juros reais com uma taxa de 5,1%.
O Brasil ocupa o primeiro lugar do ranking há 23 meses, desde janeiro de 2010, portanto, quase dois anos. Segundo o economista Jason Vieira, analista do setor internacional da Cruzeiro do Sul Corretora, e responsável pela elaboração do ranking, a taxa de juros brasileira destoa tanto das taxas praticadas no restante do mundo, que mesmo com uma redução não haverá mudança.
Somente um corte drástico de 3,5 pontos percentuais retiraria o país da primeira colocação entre os maiores pagadores de juros do mundo. Nesse cenário, a Hungria assumiria a primeira posição com uma taxa de juros real de 2,5% e a do Brasil recuando dos atuais 5,6% para 2,3%. O Brasil só deixou de liderar o ranking, duante curtos períodos, entre 2007, 2008 e 2009, quando a Turquia assumiu a liderança. Mas a Turquia aproveitou o cenário de crise econômica em 2008 para reduzir de forma mais acentuada sua taxa de juros, colocando o Brasil que oscilava entre a primeira e a segunda posição novamente no topo.
O ranking destaca a taxa de juros praticada nas 40 maiores economias do planeta. Da taxa básica de juros praticada pelos países, foi descontada a inflação projetada para os próximos 12 meses. “É necessário uma sequência de cortes para que o Brasil deixe de liderar essa lista”, diz. “A Turquia fez um ajuste na crise de 2008 aproveitando aquele momento. O Brasil pode estar seguindo a mesma trilha. Mas não pode cair no mesmo erro do passado, estimulando a economia com corte de juros e depois cobrar o preço mais na frente”, acrescentou Vieira.
Enquanto o Brasil, ao que tudo indica, deve iniciar 2012 ainda na liderança na lista, mais da metade dos países do ranking, 26 de um total de 40 nações, registram juro real negativo. A taxa média geral dos países analisados ficou em -1% no cenário com corte de 0,5 ponto percentual da Selic. Os últimos lugares do ranking são ocupados por Hong Kong, com -5%, Cingapura, -5,1%, e Venezuela com juro real de -7,4%. Mesmo com uma elevação em algumas projeções de inflação, inclusive a do Brasil, o país ocupa em todos os cenários o topo do ranking como o melhor pagador de juros reais do mundo, acima do maior pagador nominal da atualidade, que é a Venezuela que pratica atualmente uma taxa de juros de 18,30% ao ano.

São Paulo / SP
Brasil gera 19 milionários por dia desde 2007 por conta do crescimento
Com a economia em forte expansão, o Brasil tem ganhado em média 19 milionários por dia desde 2007, segundo reportagem da "Forbes". De acordo com a revista, esse cenário deverá continuar se repetindo pelos próximos três anos. Os principais responsáveis por esse resultado, segundo a "Forbes", são o crescimento do consumo e a alta do PIB - Produto Interno Bruto.
Outro fator apontado é os altos salários pagos a executivos e bancários, que muitas vezes ultrapassam aqueles pagos nos EUA. A reportagem cita uma conferência de bancos privados da América Latina, que ocorreu na semana passada. Nela, Guilhermo Morales, chefe de operações da portuguesa Millenium BCP, disse que o consumo no Brasil continua crescendo fortemente, aumentando a fortuna de varejistas, bancos e inúmeras indústrias. "Há muitas companhias emergentes que estão crescendo muito rapidamente, especialmente no varejo, mas também na área de saúde, construção e outras indústrias básicas", disse.
Para o levantamento, foi considerada a riqueza individual dos brasileiros, que inclui valores depositados em conta corrente, investimentos, propriedades, poupança e outros ativos. A pesquisa levou em conta que cada R$ 1 milhão equivale a US$ 540 mil. O Brasil tem atualmente 137 mil milionários e 30 bilionários, sendo 70% da riqueza do país concentrada nos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo. (Agência FolhaNews)

Londres / Inglaterra
Rolls-Royce ganha contratos da Petrobras de até US$ 650 milhões
O grupo britânico de engenharia Rolls-Royce obteve contratos de até US$ 650 milhões para dar suporte à Petrobras nas atividades de produção marítima no Brasil. A Rolls-Royce, que tem negócios nos setores aeroespacial, de defesa, marinho, energético e nuclear, anunciou nesta quarta-feira que fornecerá à Petrobras 32 pacotes de turbinas a gás, incluindo unidades de recuperação de calor, para ajudar no fornecimento de energia a oito navios de armazenamento e descarga. "Para cumprir esses contratos vamos futuramente desenvolver nossa rede de fornecimento local para fornecer componentes importantes para nossa turbina de geração de energia a gás", disse o diretor da Rolls-Royce para a América do Sul, Francisco Itzaina. Os navios da Petrobras com turbinas da Rolls-Royce vão operar nos campos de Lula e Guará, na Bacia de Santos. A Rolls-Royce, que também é a segunda maior fabricante do mundo de motores para avião, tinha anunciado em fevereiro planos para construir uma instalação de 100 milhões de dólares no Rio de Janeiro para montar e testar turbinas a gás, com previsão de começar as operações no primeiro trimestre de 2013. A companhia britânica também afirmou que deseja aumentar a presença na China continental por meio do desenvolvimento de um novo centro de serviços marítimos na ilha de Tsing Yi, em Hong Kong, com abertura planejada para 2012. (Agência Reuters)

Brasília / DF
Alstom anuncia investimento de R$ 15 milhões em centro de tecnologia
O presidente mundial da francesa Alstom, Patrick Kron, anunciou ontem, dia 29/11, novos investimentos de R$ 15 milhões da empresa de engenharia no Brasil. O executivo teve um encontro na tarde desta terça-feira com a presidente Dilma Rousseff. O montante será destinado à instalação de um centro mundial de tecnologia em Taubaté/SP, focado no desenvolvimento de turbinas de modelo Kaplan. As atividades do centro devem ter início a partir de 2012. "Eu tive a impressão de que a presidente recebeu positivamente as notícias, que no meu entender, seguem a política do governo de aliar desenvolvimento econômico, empregos e também tecnologia elevada no país", afirmou Kron. Amanhã, a Alstom inaugura sua oitava fábrica no Brasil, localizada em Camaçari, região metropolitana de Salvador. As turbinas eólicas produzidas na capital baiana estão voltadas tanto para o mercado brasileiro como para a América Latina. A expectativa é de que o empreendimento gere 150 empregos diretos e outros 500 indiretos, afirmou o presidente mundial da empresa. O investimento nessa fábrica é de R$ 50 milhões.

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INDICADORES ECONÔMICOS


Brasília / DF
FGTS lucra mais do que os grandes bancos do país
A combinação de crescimento econômico, aumento do emprego, juros elevados e captação de recursos a baixo custo fez o resultado do FGTS bater o dos grandes bancos do país nos últimos dois anos. Em 2009, após quitadas todas as despesas, sobraram R$ 11,4 bilhões no fundo, que é dos trabalhadores. Esse valor é maior do que o lucro do Banco do Brasil e do Bradesco. No ano passado, foram outros R$ 13 bilhões, perdendo apenas para o ganho de R$ 13,3 bilhões registrado pelo Itaú Unibanco. O lucro oficial do FGTS, no entanto, fica bem abaixo desse montante apurado porque o governo federal vem se apropriando de uma parte expressiva das receitas do fundo para financiar a construção de casas populares dentro do programa Minha Casa, Minha Vida. Além disso, o fundo ainda teve que fazer nesse período ajuste contábil referente à correção de planos econômicos que já foram pagos anteriormente aos trabalhadores, mas só estão sendo registrados agora.

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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)

Rio de Janeiro / RJ
Inbrands compra 100% da Cia das Marcas
A Inbrands informou ao mercado a aquisição de 100% da Companhia das Marcas, dona da marca Richards e acionista controladora das marcas Salinas e Bintang. A operação teve um custo de aquisição de R$ 135 milhões e foi realizada por meio de entrega de ações da Inbrands. Segundo comunicado da companhia, os acionistas da Cia das Marcas passaram a deter, por meio de subscrição de aumento de capital, 18,6% do capital social da Inbrands, em um total de 17.118.360 ações. Anteriormente, sua participação era de 4% (correspondente a 783.703 ações).
O fundador da Richards, Ricardo Dias da Cruz Affonso Ferreira, continuará envolvido na operação como acionista e membro do Conselho de Administração da Inbrands. Em maio deste ano, a Inbrands registrou na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) pedido de uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). No entanto, em setembro, a companhia avisou ao mercado que havia desistido da operação.
A emissão incluía lotes primário (ações novas) e secundário (papéis de sócios). Os recursos novos que a companhia pretendia levantar seriam usados para pagamento da aquisição da VR Holdings, compras de novas empresas com marcas de alto padrão e desenvolvimento de um centro de distribuição no Estado do Rio de Janeiro. (Agência Reuters)


HOJE – Fechamento das Bolsas Asiáticas: e Abertura das Européias:

Tóquio / Japão
Bolsa japonesa cai 0,5%, com realização de lucros
A Bolsa de Tóquio fechou em baixa hoje, dia 30/11, em grande parte pela realização de lucros, após duas sessões de fortes ganhos. O rebaixamento da nota de vários bancos globais pela agência de classificação de risco Standard & Poor's gerou um atrativo adicional para a venda de ações no setor financeiro.
- O índice Nikkei caiu 0,5%, em 8.434,61 pontos, após os ganhos de 2,3% obtidos na terça-feira, e de 1,6%, na segunda-feira.
Análise - O volume foi um pouco mais forte do que em sessões recentes, totalizando 1,76 bilhão de ações negociadas, o maior volume desde 10 de novembro. "As instituições financeiras japonesas dizem que sua exposição à Europa é relativamente limitada, mas as preocupações permanecem", comentou um especialista de mercado. "As ações dos bancos estão próximas de patamares baixos para perspectivas de médio e longo prazo, mas não está claro quando isso repercutirá", disse o especialista. Os exportadores fizeram realização de lucros, bem como as peso-pesadas Fanuc, cujos papéis caíram 2,5%, e a Kyocera, que recuou 1,6%. Por outro lado, as ações da gigante de tecnologia Pioneer subiram 6,7%.

ONTEM – Fechamento da Bovespa, NY e Europeias:

São Paulo / SP
Ibovespa cai com impacto de siderurgia e mineração

A Bolsa brasileira encerrou o pregão de ontem, dia 29/11, em baixa, na contramão dos mercados externos e influenciada pelo comportamento negativo das ações dos setores de siderurgia e mineração.
- O Ibovespa caiu 1,28%, a 55.299 pontos.
- O giro financeiro do pregão foi de R$ 5,8 bilhões.
- O dólar cedeu ligeiramente ante o real no pregão de ontem, dia 29/11 A moeda teve desempenho parecido em diferentes mercados, em um dia de menos aversão a risco nas praças financeiras. Dados preliminares mostram que o dólar comercial terminou em queda de 0,16%, a R$ 1,848 na compra e R$ 1,850 na venda.
- Na BM&F, os contratos futuros com vencimento em dezembro apontavam queda de 0,32%, a R$ 1,850.
- O Dollar Index, que mede o desempenho da moeda ante seis outras, cedia 0,16%, a 79,05 pontos, enquanto o euro tinha valorização de 0,02%, a US$ 1,332.
Análise 1 - "Houve mais um impacto setorial do que do ambiente macroeconômico (no Ibovespa)", explicou o economista-sênior da CM Capital Markets, Maurício Nakahodo. A ordinária da Usiminas registrou queda de 5,26%, a R$ 18, ainda sob influência da notícia de que a entrada da Techint no capital da empresa não implica em tag-along para os acionistas minoriotários. As preferenciais da empresa também caíram, em 6,33%, a R$ 10,21, assim como as ações da Gerdau, com queda de 4,07%, a R$ 12,95, e da CSN, com recuo de 4,06%, a R$ 14,17.
Análise 2 - Em mineração, MMX caiu 5,83%, a R$ 6,14, enquanto a preferencial da Vale recuou 1,65%, a R$ 38,85. Algumas instituições como Barclays e Société Générale reduziram seus preços-alvos para os recibos de ações (ADRs) da última empresa, seguindo a queda no guidance de investimentos para 2012 da mineradora.
Análise 3 – A preferencial da Petrobras teve leve queda, de 0,42%, a R$ 21,41. Entre as altas, os destaques ficaram com MRV, que subiu 3,98%, e Cyrela, com alta de 2,25%. Fora do índice, o destaque positivo ficou com Lupatech, que subiu 16,81%, estendendo a alta dos últimos dois pregões, após o BNDES demonstrar apoio à empresa que enfrenta dificuldades de capital. Na outra ponta ficou Anhanguera Educacional, com recuo de 4,28%.

Londres / Inglaterra
Bolsas europeias fecham em alta à espera de reunião
As principais Bolsas europeias fecharam a sessão de ontem, dia 29/11, com tímidas altas em comparação com a véspera, em uma sessão marcada pela expectativa diante da reunião de ministros de Finanças da Eurozona em Bruxelas.
- Na Bolsa de Londres, o índice Footsie-100 dos principais valores subiu 0,46%, para 5.337 pontos.
- O DAX, principal índice da Bolsa de Frankfurt, subiu 0,95%, aos 5.799,91 pontos.
- Em Paris, o CAC 40 fechou em alta de 0,46%, aos 3.026,76 pontos, em sua terceira alta consecutiva, após ter atingido na véspera ganhos de 5,46%.
- Na Bolsa de Madri, o IBEX 35 ganhou modestos 0,10%, fechando aos 8.128 pontos.
- O FTS MIB, principal índice da Bolsa de Milão subiu também 0,34% para fechar aos 14.627,37 pontos.

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MERCADO FINANCEIRO


São Paulo / SP
Itaú aposta alto em eficiência e descarta disputa por Losango
Um melhora agressiva dos índices de eficiência. Essa é a principal aposta revelada pelo Itaú Unibanco para elevar a lucratividade do grupo que emergiu da fusão há três anos. "A integração deu mais trabalho do que o esperado agora para 2012 e 2013, esse vai ser nosso projeto central", disse o presidente-executivo do grupo, Roberto Setubal, a investidores ontem, dia 29/11, referindo-se à meta de levar o índice de eficiência operacional dos atuais 47,9% para 41% nos próximos dois anos.
O índice em questão mede quanto da receita o banco gasta com clientes. Assim, quanto menor, melhor a eficiência. Pelos cálculos do executivo, se tal nível fosse alcançado hoje, isso representaria um acréscimo aproximado de cerca de R$ 3 bilhões ao lucro anual do banco, que atualmente gira em torno de R$ 14 bilhões.
Entre outros fatores, o plano inclui redução agressiva de custos com correios, call center e marketing, além de melhora operacional das agências e unificação das plataformas de cartões de crédito. Para Setubal, esse mix vai ajudar o grupo a entregar resultados crescentes de lucro por ação, independentemente dos desafios macroeconômicos que virão nos próximos anos - entre eles a possibilidade de intensificação dos efeitos da crise européia sobre a economia brasileira.
A previsão do Itaú é de que a economia brasileira crescerá cerca de 3,5% no ano que vem e que a taxa básica de juros recuará para 9% até o final do período. Ainda assim, a perspectiva é de desaceleração das operações de crédito, ante um ritmo de cerca de 20% esperado para este ano.
O raciocínio é que as margens tendem a cair um pouco, à medida que o banco se concentra em linhas mais seguras, que proporcionam menores spreads, porém com menores riscos de calotes. Em setembro, o Itaú tinha um índice de inadimplência com mais de 90 dias de 4,7% da carteira, a maior dentre os grandes bancos de varejo. Segundo Setubal, indicadores antecedentes agora indicam melhora. "Não há tendência de deterioração... temos confiança de que o que vem pela frente é melhor", disse.
AQUISIÇÕES - O executivo reiterou os planos de expansão internacional do grupo na América Latina (com especial interesse na Colômbia) e, eventualmente, nos Estados Unidos. Não há planos nesse sentido para Europa, Ásia, África e Oriente Médio. No mercado doméstico, Setubal afirmou à Reuters que a disputa pela Losango, braço financiamento ao consumo do HSBC, não está nos planos do Itaú. "Não estamos na (disputa pela) Losango", afirmou. (Agência Reuters)

 
Brasília / DF
Banco do Brasil quer 1 milhão de cartões pré-pagos em 1 ano
O Banco do Brasil quer multiplicar o número de cartões pré-pagos por sete nos próximos 12 meses. Atualmente com 150 mil plásticos emitidos nessa categoria, a instituição pretender completar o primeiro milhão de clientes no segmento em um ano. Para atingir a meta, a instituição planeja desenvolver cartões específicos para atender setores da economia. Hoje, lança um desenhado para caminhoneiros e as empresas de transporte rodoviário. "Essa é uma importante porta de entrada para os clientes que atualmente não estão no sistema bancário", disse o vice-presidente de negócios de varejo do Banco do Brasil, Paulo Rogério Caffarelli, à Agência Estado. Um dos alvos do banco são os milhões de brasileiros que ascenderam para as classes C e D nos últimos anos e estão cada vez mais próximos dos serviços bancários. "Muitas dessas pessoas não têm conta corrente, mas já contam com um cartão de crédito". Adolescentes também são alvo desse produto.
Caffarelli explica que a característica de "pré-pago" dos cartões permite que os novos clientes - muitos sem experiências com as operações bancárias - possam ter maior controle do dinheiro. Ao comparar com os telefones celulares pré-pagos, o vice-presidente do BB diz que os cartões também trazem como vantagem o fato de não haver surpresa no fim do mês. Atualmente, o banco soma 150 mil cartões pré-pagos. Entre o um milhão de plásticos previstos para o fim de 2012, pelo menos 20% devem ser do setor rodoviário. Nesse segmento, o BB lança hoje um cartão desenhado especificamente para o caminhoneiro autônomo, aquele que recebe por frete realizado e não tem vínculo formal com a empresa. Nesse cartão pré-pago, as transportadoras poderão depositar o frete aos caminhoneiros, além de incluir a verba para cobrir os custos da viagem, como combustível, pedágio e refeições.
No cartão, o BB oferece carência de dez dias. Ou seja, o caminhoneiro tem hoje o crédito no cartão e a transportadora pode depositar o dinheiro até dez dias depois. Além disso, o plástico poderá ser usado nos vizinho do Mercosul. O novo cartão é resultado da mudança da legislação federal que acaba com a chamada "carta-frete". Esse documento é uma espécie de adiantamento do pagamento e é emitido pelas transportadoras para os autônomos. Para transformar a carta em dinheiro, os caminhoneiros precisam procurar um posto de combustível ou outro estabelecimento comercial. O problema é que muitos desses pontos exigem que o caminhoneiro compre valor mínimo naquele local ou ainda pague uma comissão pela troca. (Agência Estado)

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INDÚSTRIA

São Paulo / SP
Produção de aço no Brasil deve subir 6% em 2012
A produção de aço bruto brasileira no ano que vem deverá atingir 37,49 milhões de toneladas, número que representa um aumento de 6,3% sobre a estimativa para 2011, que é 35,26 milhões de toneladas. Os dados foram divulgados hoje pelo IABr (Instituto Aço Brasil), que prevê ainda um consumo aparente de 26,73 milhões de toneladas, uma alta de 7,1% na comparação com a estimativa de 24,97 milhões de toneladas para 2011. As vendas internas no ano que vem deverão somar 23,31 milhões de toneladas, o que representa um crescimento de 8,4% frente aos 21,51 milhões de toneladas previstos para 2011. Em relação ao comércio exterior, as siderúrgicas brasileiras deverão exportar 10,92 milhões de toneladas, com valor total de US$ 8,5 bilhões, o que representa uma alta de 1,8% e de 2,4%, respectivamente, na comparação com a previsão para 2011. Já as importações devem somar 3,64 milhões de toneladas, com valor de US$ 4,6 bilhões. A projeção do IABr presume uma queda de 0,7% no volume importado e uma alta de 4,5% no valor das compras externas, na comparação com as projeções para 2011.

São Paulo / SP
Ternium quer ampliar mercado no Brasil
O presidente do Grupo Gerdau, André Gerdau Johannpeter, acha que os planos da ítalo-argentina Techint - que entrou no grupo de controle da Usiminas depois de comprar 27,7% das ações com direito a voto da companhia - sejam de buscar o crescimento no Brasil. "A Ternium, do Grupo Techint, é um player grande de aço na América Latina", afirmou Johannpeter, que também é presidente do conselho diretor do IABr (Instituto Aço Brasil).
O executivo lembrou que a Ternium, que pertence ao grupo ítalo-argentino, já tinha um projeto para erguer uma usina no Complexo do Açu, em São João da Barra, no norte do Estado do Rio de Janeiro. Além disso, a Techint já atua no país com a Confab. O executivo disse não acreditar que a Usiminas sofrerá grandes guinadas com a saída de Camargo Corrêa e Votorantim do bloco de controle da empresa. Segundo Johannpeter, a companhia trocou dois controladores por um em uma empresa de capital aberto.
Gerdau e Usiminas deverão começar a competir diretamente em novembro do ano que vem, quando a empresa gaúcha vai inaugurar uma linha de laminados a quente na Açominas, em projeto anunciado depois da crise internacional de 2008. Johannpeter disse ainda que haverá mercado para esses laminados no ano que vem, uma vez que a estimativa do IABr é de um avanço de 3,5% da economia brasileira e de 4% na média mundial. O instituto também prevê um avanço de 6,3% na produção de aço bruto no ano que vem no país, para 37,49 milhões de toneladas, enquanto o consumo aparente deverá avançar 7,1%, para 26,73 milhões de toneladas. (Agência ValorOnline)

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AGROBUSINESS


Brasília / DF
Marfrig pode ter de vender frigoríficos no RS
Para preservar a concorrência no setor de frigoríficos, a Seae (Secretaria de Acompanhamento Econômico) quer que a Marfrig venda unidades de abate de bovinos no Rio Grande do Sul. A recomendação foi feita em parecer enviado ao Cade - Conselho Administrativo de Defesa Econômica - que analisou o arrendamento de plantas industriais da empresa Mercosul feito pela Marfrig em 2009. No parecer, a Secretaria afirma que a concentração das duas empresas juntas no Rio Grande do Sul ultrapassa 20%, que a operação dificulta a entrada de novos concorrentes no setor e prejudicou "as condições de rivalidade pré-existentes". A secretaria recomendou ao Cade - que julga operações de fusão e aquisição - que determine a venda de unidades de abate no RS, correspondentes à participação de mercado que a Marfrig tinha no Estado antes da operação.

Da redação – São Paulo / SP
Cargill conclui compra da Provimi
A multinacional americana Cargill, líder global do setor de agronegócios, concluiu na semana passada a aquisição do controle da Provimi, uma das maiores empresas de nutrição animal do mundo. O negócio foi fechado por 1,5 bilhão de euros (US$ 2,1 bilhões), conforme proposta apresentada em 15 de agosto.

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SERVIÇOS e VAREJO


São Paulo / SP
L’Oréal traça plano para ser a “pílula da beleza”da farmácia
Há cerca de um mês, a L’ Oréal, maior fabricante de produtos de beleza do mundo, recrutou Délio de Oliveira para assumir sua divisão de cosmética ativa, que inclui marcas como La Roche Posay, Vichy e Skinceuticals. Por mais de uma década, Oliveira deu expediente na Johnson & Johnson e no Laboratório Lilly. A equação que envolve a experiência do executivo em laboratórios passa pela consolidação das redes brasileiras de farmácias, que está longe de acabar. Especialistas do setor preveem que, em cinco anos, as americanas Walgreens e CVS e a britânica Boots poderão aparecer na lista das cinco maiores redes de farmácias do país, ao lado de bandeiras expressivas como Drogasil/Droga Raia, Onofre, Drogaria São Paulo e Pague Menos.
Atenta a este movimento, a L’Oréal convocou Oliveira,um dos executivos que mais entende do ramo farmacêutico no país, para assumir a divisão de maior taxa e potencial de crescimento de todo o grupo no país. Os dermocosméticos são produtos prescritos por dermatologistas e as vendas da divisão comandada por Oliveira são realizadas exclusivamente em farmácias. Essa categoria de produtos vem ganhando a atenção das mulheres por apresentarem uma alta concentração de ativos e pesquisas clínicas com comprovação de resultados. O Brasil vendeu R$ 1,2 bilhão de dermocosméticos em 2010. De janeiro a outubro deste ano, as vendas de dermocosméticos e nutricosméticos (pílulas como Innéov) cresceram 17% em valor e 10% em volume em relação ao mesmo período de 2010. Os dados são da consultoria IMS Health. Para 2012, seu objetivo é continuar expandindo o negócio tanto nas farmácias onde a L’Oréal já atua, de forma a ampliar o ticket médio, quanto debuta em novos endereços. A estratégia de expansão vem acompanhada de uma política de preços promocionais para vários produtos e da oferta de embalagens menores, o que torna o produto mais acessível. (Agência Brasil Econômico)

Da redação – Rio de Janeiro / RJ
Brazil Pharma comprará lojas de rede baiana
A Brazil Pharma firmou um memorando de entendimento para adquirir dez drogarias e um centro de distribuição da rede Estrela Galdino, marcando a entrada da empresa do banco BTG Pactual na Bahia. O valor da operação é de até R$ 18 milhões, sendo R$ 11 milhões referentes à transferência das lojas e outros R$ 3 milhões para compra obrigatória de ações ordinárias da Brazil Pharma. A Brazil Pharma pagará, ainda, até R$ 4 milhões com base no faturamento médio mensal das lojas nos últimos três meses do período de um ano a partir da transferência da última loja, ou da transferência completa das quotas da sociedade detentora à Brazil Pharma. A operação inclui também o estoque total da Estrela Galdino e seu centro de distribuição, cujo valor será apurado após realização de inventário pela Brazil Pharma.

Da redação – São Paulo / SP
Portuguesa Selecta quer investir em shoppings
A Selecta, gestora de ativos imobiliários portuguesa, vai formar uma carteira de investimentos para comprar shopping centers no Brasil. Sem citar nomes, a companhia diz que já negocia um aporte de recursos de uma empresa estrangeira de shoppings que quer investir no País. A Selecta também está desenvolvendo estudos preliminares sobre esse mercado no Brasil e, em 2012, vai mapear ativos que poderão ser alvos de aquisições. Os investimentos devem acontecer em 2013. A Selecta abriu neste ano um escritório no Brasil e conseguiu em agosto a aprovação para lançar seu primeiro fundo no País. A empresa pretende captar R$ 200 milhões para investir em galpões industriais e escritórios. De agosto para cá, os executivos participaram de uma bateria de reuniões com cerca de 30 investidores institucionais para oferecer o fundo. Segundo o presidente da Selecta, José António de Mello, esse é apenas o primeiro negócio da gestora no Brasil. Ainda não há um número fechado, mas o investimento em shopping, por exemplo, deve movimentar, no mínimo, outros R$ 200 milhões.

Nova Iorque / EUA
Varejo americano fatura US$ 52,4 bilhões no início das vendas de Natal
Os Estados Unidos bateram recorde no início da temporada de compras de final de ano, atingindo um faturamento de US$ 52,4 bilhões, segundo levantamento da NRF. O valor significa um crescimento de 16% em relação ao mesmo período do ano passado. No total, cerca de 226 milhões de consumidores foram às compras, aumentando em 6,6% a frequência nas lojas online e off-line. (Agência EFE)

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COMÉRCIO EXTERIOR


São Paulo / SP
JBS não pretende fazer joint venture para atuar na China
O presidente da holding J&S Participações e do Conselho da JBS, Joesley Batista, disse, há pouco, que a empresa vê um grande potencial no mercado chinês, mas não prevê nenhuma joint venture para atuar na região, a exemplo das rivais Marfrig e Brasil Foods. "Nós temos três escritórios na China, mais uma fábrica de couro. O Brasil acertou questões sanitárias e agora entrou em um processo de habilitação de fábrica. Não pensamos em fazer joint venture na China. Em todos os setores, a demanda está crescendo e acho que com o setor de carnes não será diferente", afirmou o executivo. Batista afirmou que hoje a companhia vende majoritariamente frango para o país, mas vê grande potencial para carne bovina.
Campanha - Sobre a campanha publicitária que a empresa tem feito na televisão há um mês e meio, Batista afirmou que o resultado está sendo muito positivo e que, por ser regional, a iniciativa está fazendo as vendas de São Paulo crescerem. O executivo, porém, não informou a taxa de crescimento.

Da redação - Brasília / DF
Serviço veterinário da Rússia visita frigoríficos
Representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento receberam nesta segunda-feira, 28 de novembro, sete técnicos do Serviço Federal de Fiscalização Sanitária da Rússia (Rosselkhoznadzor), que vão visitar unidades exportadoras de carnes bovina, suína e de aves para aquele país. Na reunião inicial da missão, que fica no Brasil até 9 de dezembro, ficou decidido o roteiro dos técnicos. Serão visitados cinco frigoríficos de São Paulo, cinco de Mato Grosso e um de Goiás. Esta missão já havia sido agendada previamente desde outubro. Na ocasião, o Ministério da Agricultura enviou correspondência ao Rosselkhoznadzor confirmando a aceitação da proposta de vinda de missão de especialistas russos para a avaliação do sistema de inspeção nacional e a verificação de empresas brasileiras. A missão que está no Brasil vai verificar se os padrões estão dentro do que ficou acordado entre os dois países. A iniciativa integra as ações do governo brasileiro para ampliar as exportações para a Rússia. (Fonte: Asssessoria de Imprensa do Mapa)

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TI, WEB e e-COMMERCE


Nova Iorque / EUA
Vendas da "Cyber Monday" nos EUA batem recorde de US$ 1,25 bilhões
As vendas online da "Cyber Monday" (data comemorativa de descontos na Internet) atingiram recorde, lideradas pela lojas de departamentos e produtos para casa, de acordo com informações divulgadas ontem, dia 29/11, nos EUA. As vendas online alcançaram US$ 1,251 bilhão na segunda-feira, 22% acima do mesmo dia do ano passado, afirmou a comScore Inc, uma empresa de monitoramento da internet.
A IBM Benchmark, uma unidade da International Business Machines, apontou um crescimento de 33% comparado com o "Cyber Monday" em 2010. As lojas de departamentos viram as vendas online crescerem 60% nesta "Cyber Monday", na comparação com o ano passado, enquanto as vendas de artigo para casa aumentaram 68%, adicionou a IBM Benchmark.
A "Cyber Monday" é tradicionalmente a primeira segunda-feira após o dia de Ação de Graças, quando os empregados retornam aos escritórios e compram itens usando os seus computadores corporativos. Em 2010, a vendas da "Cyber Monday" alcançaram US$ 1 bilhão, de acordo com a comScore Inc. Neste ano, era esperado um novo recorde à medida que mais pessoas fazem compras pela internet e com seus dispositivos móveis. (Agência Reuters)

São Paulo / SP
HP reforça estratégia de arquitetura convergente
Com o objetivo de garantir mais disponibilidade e desempenho aos clientes, a HP anuncia o projeto Odyssey, que busca unificar arquiteturas de servidores Unix e x86. De acordo com a fornecedora, a plataforma única vai garantir ainda proteção ao investimento. Isso significa que a HP vai desenvolver plataformas que permitirão aos clientes escolher o ambiente mais alinhado às suas necessidades, afirma.
O roadmap de desenvolvimento inclui inovações contínuas nos servidores HP Integrity, soluções HP NonStop e os sistemas operacionais HP-UX e OpenVMS. O planejamento também inclui a disponibilidade de blades com processadores Intel Xeon para o HP Superdome 2 (nome código DragonHawk) e blades escaláveis c-Class (nome código HydraLynx), além de fortalecer ambientes Windows e Linux com inovações e características do HP-UX ao longo dos próximos dois anos, informa.
Segundo a HP, com o DragonHawk as companhias vão poder rodar plataformas de missão crítica em ambientes HP-UX em blades baseados na arquitetura Intel Itanium enquanto, simultaneamente, rodam tarefas em sistemas Microsoft Windows ou Linux sobre servidores blade baseados em Intel Xeon, dentro de um mesmo chassis Superdome 2. “Ao usar a flexibilidade do HP BladeSystem e combiná-la com inovações tecnlógicas-chave dos servidores Integrity e do HP-UX no ecossistema x86, planejamos transformar o mercado de servidores para a computação de missão crítica. Diferente de nossos concorrentes, a HP oferece uma plataforma aberta, integrada e única”, diz Martin Fink, vice-presidente sênior e gerente-geral de Business Critical Systems da HP.
Na opinião de Kirk Skaugen, gerente-geral do Data Center Group da Intel, HP e Intel estão oferecendo grande flexibilidade e escolha aos clientes. “Juntas, as empresas estão colocando novamente os clientes no controle das decisões sobre o futuro de suas aplicações de missão crítica”, afirma. Para Paul Cormier, vice-presidente-executivo e presidente de produtos e tecnologias da Red Hat ao levar as capacidades de missão crítica para ambientes x86 a novos patamares, a HP permitirá que clientes melhorem o desempenho, a escalabilidade e a segurança de suas aplicações oferecidas pelo Red Hat Enterprise Linux.

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INFRAESTRUTURA e LOGÍSTICA


Nova Iorque / EUA
American Airlines pede concordata
A holding AMR e sua subsidiária American Airlines entraram nesta terça-feira, 29, com pedido de concordata em um tribunal de Nova York, após anos tentando lidar com seus altos custos trabalhistas. O processo deve permitir que a companhia aérea continue com suas operações normalmente, enquanto reestrutura sua dívida. No início da tarde, as ações da companhia despencavam mais de 80%, a US$ 0,25. A companhia também nomeou Thomas Horton como chairman e executivo-chefe, no lugar de Gerard Arpey, que vai se aposentar. "Essa foi uma decisão difícil, mas é o caminho certo e necessário que nós temos de adotar - e adotar agora - para nos tornarmos uma companhia aérea mais eficiente, financeiramente forte e competitiva", disse Horton.
A AMR é a última entre as grandes aéreas norte-americanas a recorrer ao Capítulo 11 da Lei da Falências, nota o New York Times. "Nossa significativa desvantagem de custo em comparação com nossos concorrentes, que reestruturaram os seus custos e dívidas através de Capítulo 11, tornou-se cada vez mais insustentável, dado o impacto da incerteza econômica global, da instabilidade das receitas e dos preços voláteis dos combustíveis", completou Horton. A empresa atua em 260 aeroportos espalhados por mais de 50 países, com uma média de 3.300 voos diários.
A AMR tem cerca de US$ 4,1 bilhões em dinheiro sem restrições e investimentos de curto prazo,o que deve ser suficiente para pagar fornecedores e outros parceiros durante a proteção oferecida pelo Capítulo 11 da Lei de Falências dos EUA. A companhia acredita que não deve precisar de financiamentos "debtor in possession" (DIP). No mês passado, a AMR revelou que teve prejuízo de US$ 162 milhões no terceiro trimestre. Os resultados da companhia foram afetados novamente pelos aumentos nos custos dos combustíveis, que subiram 40% na comparação com o mesmo período do ano passado. (Agência Dow Jones)

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MERCADO DE LUXO

Da redação - São Paulo / SP
Art decó nas joias Ralph Lauren
O mais novo resgate de tendência do universo fashion são as jóias e acessórios no melhor estilo art déco, e as da Ralph Lauren, apresentadas nos desfiles de junho deste ano, acabaram de chegar ‘a loja conceito da marca, na Avenida Madison, em Nova Iorque. (LEI na íntegra)


 


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