Edição 543 | Ano IV





São Paulo / SP
Empresas usam brechas do Mercosul para não pagar imposto no Brasil
Vários setores estão sofrendo com a concorrência de empresas que se instalam no Mercosul para utilizar brechas nas regras do bloco e pagar menos imposto. O objetivo é vender no Brasil, mas transferir parte da produção aos vizinhos garante vantagens que tornam o produto mais competitivo que o fabricado localmente. Ao se estabelecer na Argentina, no Uruguai ou no Paraguai, empresas brasileiras e multinacionais obtêm benefícios como importar insumos sem pagar tarifa de importação e isenção de Imposto de Renda. Além disso, aproveitam a guerra fiscal no Brasil e trazem o produto por portos que cobram menos ICMS.
Como os países do Mercosul integram um mercado comum, os produtos circulam sem pagar impostos. Também há reclamações contra Chile, Bolívia e México, nações com as quais o Brasil mantém acordos que permitem a movimentação de mercadorias sem taxas aduaneiras. A Agência Estado apurou que o esquema se repete nos setores químico, automotivo, têxtil, siderúrgico e máquinas. São máquinas da Argentina, carros do Uruguai, lençóis do Paraguai, chapas de aço do México. Um dos casos mais delicados em investigação pela Receita Federal é a importação de veículos montados no Uruguai pela chinesa Lifan.
O governo está investigando e punindo fraudes na origem do produto quando ocorre "maquiagem" - o valor agregado dentro do Mercosul é menor que o exigido. No entanto, se as empresas utilizam brechas do bloco, o Brasil fica de mãos atadas. Brechas. Três brechas técnicas no Mercosul são as mais usadas: regras de origem, drawback e ex-tarifários. As regras de origem determinam se um produto pode ser considerado fabricado no Mercosul. Criadas em 1994, as regras variam conforme a mercadoria. Em geral, preveem um porcentual de valor agregado e/ou mudança na nomenclatura.
Segundo a Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), tecidos da China, Paquistão e Índia recebem uma costura no Paraguai e se tornam lençóis, entrando no Brasil sem tarifa de importação. Na confecção, a regra de origem é "frouxa" e diz que basta o produto mudar de nome para ser "made in Mercosul". De janeiro a julho, o País importou 250 toneladas de lençóis paraguaios, 63% mais que nos primeiros sete meses de 2010. Em lençóis de fios sintéticos (especialidade asiática), o volume saiu de zero para 120 toneladas. "Está na hora de uma profunda revisão nas regras de origem do Mercosul", diz Aguinaldo Diniz Filho, presidente da Abit.
A segunda brecha é o drawback, que permite importar insumos sem tarifa desde que o produto final seja exportado. No Mercosul, o benefício vale mesmo que o destino seja outro país do bloco. Na União Europeia, só vale se o destino for extrazona. Segundo uma empresa do setor químico, resinas termoplásticas estão sendo importadas sem pagar tarifa em regime de drawback no Uruguai e Paraguai. As resinas são processadas nesses países por empresas que gozam de isenção de IR e os produtos chegam ao Brasil por portos com incentivos fiscais.
A terceira brecha é falta de harmonização nas exceções à Tarifa Externa Comum (TEC). A Argentina possui mais de 600 concessões para importar insumos sem tarifa. É o caso do aço inox, que os fabricantes de máquinas trazem da Europa. "As máquinas pesadas argentinas, como reatores, já tomam o lugar das brasileiras ", diz Nelson Deoduque, diretor da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). (Agência Estado)


São Paulo / SP
Planejamento em obra pública é ficção
Quase todas as obras públicas executadas no Brasil não terminam como planejadas. No meio do caminho, os prazos são estendidos, as tecnologias alteradas, os materiais de construção trocados e os preços, elevados. Em alguns casos, até as empreiteiras contratadas são substituídas. Um efeito claro da falta de planejamento do País para tirar projetos importantes do papel e que recai sobre a sociedade.
Cada mudança feita no empreendimento representa não só o encarecimento da obra como também uma privação da população, que não pode usufruir dos serviços, como a duplicação de uma estrada ou a expansão de uma rede de esgoto. O setor de transportes é um dos campeões em alterar características básicas de projetos licitados.
Conforme levantamento feito,  em 2,2 mil contratos mostra que, entre 2008 e 2010, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) publicou quase 3 mil aditivos para modificar condições de serviços e obras contratadas. Na média, todos os contratos passaram por algum tipo de mudança durante a vigência (1,4 alteração). Em 2008, foi 1,81 mudança; em 2009, 1,48; e em 2010, 0,67.
A redução do número de aditivos nos dois últimos anos deve-se ao fato de a maioria das obras e serviços ainda estar em execução. Até o fim do contrato, a média tende a alcançar (e ultrapassar) nível semelhante ao de 2008, que tem boa parte dos contratos encerrados.
Apesar de a média ficar na casa de uma mudança por contrato, há obras que têm 11 aditivos. Até obras corriqueiras, como a manutenção de uma estrada ou a construção de uma passarela, que deveria ser tarefa simples para o Dnit, passam por uma série de mudanças no decorrer do contrato. Na BR-282, em Santa Catarina, por exemplo, a recuperação da pista exigiu seis aditivos, que prorrogaram o prazo em um ano e elevaram o valor dos serviços em 72%.
Segundo o Dnit, o aumento é decorrente de adequações nos volumes de materiais para a obra e da extensão do prazo em 365 dias. Um outro caso é a ampliação de uma ponte na BR-101, no Espírito Santo. O prazo da obra foi alterado quatro vezes, atrasando em mais de um ano a conclusão. O valor do projeto subiu 24,5% - de acordo com a lei, os preços podem ser aumentados em até 25% por meio de aditivos.
Os exemplos de alterações em projetos também podem ser conferidos no Diário Oficial, que publica todos os dias centenas de aditivos. Também podem ser verificados numa rápida análise dos empreendimentos incluídos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Quase toda a extensão da BR-101, no Nordeste, uma das principais obras do programa, foi submetida a mudanças. Na Paraíba, o cronograma previa o término das obras em 2009, mas até agora ainda há trechos em construção. O Tribunal de Contas da União levantou uma série de práticas com indícios de irregularidades. (Agência Estado)


Brasília / DF
Ativistas protestam no Brasil e no exterior contra Belo Monte
Os movimentos "Brasil pela Vida nas Florestas", "Xingu Vivo para Sempre" e a "Frente Pró-Xingu" fizeram do último sábado, dia 20/8, o Dia Internacional da Ação em Defesa da Amazônia , um dia de protesto contra a construção da Usina de Belo Monte, no rio Xingu, no Pará. As organizações alegam que 80% das águas do Xingu serão desviadas e que mais de 20 etnias indígenas ficarão desabrigadas após a construção da hidrelétrica. Na tarde deste sábado acontecem manifestações em Belém, Brasília, no Rio de Janeiro e em São Paulo, e protestos contra a obra em mais 11 cidades. Segundo os movimentos sociais, haverá manifestações também hoje, dia 22/8, em cerca de 20 cidades em 16 países - entre eles, os Estados Unidos, a Alemanha, a Inglaterra, a Noruega, o Irã, a Turquia e a Austrália. Os protestos serão em frente às embaixadas e consulados brasileiros. Para Clarissa Beretz, do Movimento Brasil pela Vida nas Florestas, a mobilização internacional contra a usina é estratégica. "Quando vira uma questão mundial, os holofotes voltam-se para ela". Este ano, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA) recomendou que o Brasil suspendesse as obras da usina.
Além da OEA, organização da qual o Brasil faz parte, entidades estrangeiras com forte influência na opinião pública internacional, como a Amazon Watch e a Anistia Internacional, criticam a obra. Clarissa Beretz espera que, com a visibilidade no exterior, o governo mude a posição "intransigente" e converse "democraticamente" com as os movimentos contrários à hidrelétrica. "Sabemos que o país precisa de energia, mas queremos discutir alternativas", disse ela, ressaltando que o o potencial da luz solar e dos ventos (energia eólica) podem ser mais bem aproveitados.
Na opinião da jornalista Verena Glass, a construção de Belo Monte chama a atenção internacionalmente por causa do impacto na Amazônia, por causa da violação de direitos humanos dos povos indígenas e porque fere tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário. "Com que cara vamos sediar a Rio+20?", pergunta Verena, referindo-se à principal conferência ambiental internacional que o Brasil sediará no próximo ano.
Segundo a jornalista, os movimentos sociais também vão questionar a atuação de bancos públicos e privados no financiamento de obras como Belo Monte. De acordo com Verena, os principais bancos brasileiros participam de acordos internacionais que restringem o financiamento de atividades de impactos social e ambiental negativo. Em nota, o consórcio Norte Energia S.A., responsável pela construção da usina, diz que "respeita as opiniões contrárias ao projeto de Belo Monte, embora sejam fruto da desinformação".
Segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), ligada ao Ministério das Minas e Energia, o Brasil faz uso de fontes alternativas de energia. De 2004 a 2010, foram contratados cerca de 10 mil megawatts (MW) de energia solar, eólica e de biomassa. A Usina de Belo Monte terá capacidade plena de 11 mil MW por ano e vai operar em média com 4,5 mil MW. A obra já rendeu 13 ações de contrárias do Ministério Público, entre elas uma que questiona a constitucionalidade do processo que autorizou a obra. O Congresso Nacional, em julho de 2005, autorizou o Executivo a fazer "o aproveitamento hidroelétrico" de Belo Monte, mas sem ouvir as comunidades indígenas afetadas, como prevê o Artigo 231 da Constituição Federal. (Agência Brasil)


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INDICADORES ECONÔMICOS


RESUMO da Semana – 15 a 19 se agosto de 2011


Confiança da indústria pernambucana volta a cair - O Índice de Confiança da Indústria de Transformação de Pernambuco (ICI-PE) recuou em 2,7% entre junho e julho de 2011, ao passar de 116,9 para 113,7 pontos, considerando-se dados com ajuste sazonal. No mesmo período, o ICI Nacional caiu 2,0%.

IPC-S acelera em quatro capitais - O IPC-S de 15 de agosto de 2011 registrou variação de 0,17%, 0,18 ponto percentual (p.p.) acima da taxa divulgada na última apuração. Quatro das sete capitais pesquisadas registraram acréscimo em suas taxas de variação.


Clima Econômico da América Latina fica estável - O Índice de Clima Econômico (ICE) da América Latina - elaborado em parceria entre o Instituto alemão Ifo e a FGV – ficou estável entre abril e julho, em 5,6 pontos. O índice vinha apresentando tendência levemente declinante nos últimos trimestres, partindo dos 6,0 pontos de julho de 2010. 

IGP-10 tem alta em agosto - O IGP-10 variou 0,20% em agosto. Em julho, a taxa foi de -0,12%. Em 12 meses, o índice ficou em 8,31%. No ano, a variação foi de 3,37%. Os três componentes do IGP-10 apresentaram as seguintes trajetórias na passagem de julho para agosto: IPA, de -0,21% para 0,26%, IPC, de -0,13% para -0,03% e INCC, de 0,48% para 0,31%.




Índices de Preços ao Consumidor


IPC da Fipe registra alta de 0,41% na segunda semana de agosto - A segunda quadrissemana de agosto do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apontou inflação de 0,41% na cidade de São Paulo, segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O resultado representou aceleração ante  0,33% da prévia anterior. Nas sete classes de despesa que compõem o IPC da Fipe, os resultados apurados foram: Habitação (0,49%), Alimentação (0,57%), Transportes (0,10%), Despesas Pessoais (0,17%), Saúde (0,69%), Vestuário (0,53%) e Educação (0,14%). (fonte: Fipe)


IPCA-15 varia 0,27% em agosto - O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) variou 0,27% em agosto, 0,17 ponto percentual acima da taxa de julho. O acumulado no ano foi para 4,48% e fechou acima de igual período do ano anterior (3,21%). Nos últimos 12 meses, o IPCA-15 ficou em 7,10%, acima dos 12 meses imediatamente anteriores (6,75%). Em agosto de 2010, a taxa havia sido de -0,05%. (fonte: IBGE)




Economia Internacional


Produção industrial dos EUA avança 0,9% em julho - A produção industrial dos Estados Unidos subiu 0,9% em julho, o maior aumento mensal registrado desde dezembro de 2010, segundo o Federal Reserve. O resultado ficou acima da previsão de analistas, que esperavam crescimento de 0,6%. (fonte: FED)
Índice de Preços ao Produtor dos EUA sobe 0,2% em julho - Segundo o Departamento de Trabalho norte-americano, o Índice de Preços ao Produtor dos EUA subiu 0,2% em julho, com ajuste sazonal. A alta veio após um declínio de 0,4% em junho e de 0,2% em maio. (fonte: BLS)


Em julho, Índice de Preços ao Consumidor acelera 0,5% nos EUA - O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do país subiu 0,5% em julho (após variação de 0,2% em junho) e teve o maior aumento desde março, de acordo com o Departamento de Trabalho dos Estados Unidos. Excluídos os preços de energia e alimentos, o IPC norte-americano ficou em 0,2%. (fonte: BLS)




Da redação – São Paulo / SP
IGP-10 tem alta em agosto
O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) variou 0,20%, em agosto. A taxa apurada em julho foi de -0,12%. Em 12 meses, o IGP-10 variou 8,31%. A taxa acumulada no ano é de 3,37%. O IGP-10 é calculado com base nos preços coletados entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência. 


O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou 0,26%, em agosto. Em julho, a variação foi de -0,21%. Os Bens Finais registraram taxa de variação de 0,49%, em agosto, ante 0,06%, em julho. Contribuiu para esta aceleração o subgrupo alimentos processados, que teve sua taxa elevada de -0,91% para 2,40%. O índice relativo a Bens Finais (ex), calculado sem os subgrupos alimentos in natura e combustíveis, registrou variação de 0,86%. No mês anterior, a taxa foi de -0,12%. 


O índice do grupo Bens Intermediários registrou variação de -0,52%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,25%. Dois dos cinco subgrupos apresentaram desaceleração, com destaque para materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa passou de 0,14% para -1,20%. O índice de Bens Intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, registrou variação de -0,57%. No mês anterior, foi registrada variação de 0,31%. 


O índice de Matérias-Primas Brutas registrou variação de 1,03%. Em julho, a taxa foi de -1,11%. Neste grupo, vale destacar as seguintes acelerações: bovinos (-1,43% para 2,26%), suínos (-10,97% para 17,52%) e soja (em grão) (-1,03% para 2,60%). Em sentido oposto, citam-se: milho (em grão) (1,19% para -1,07%), leite in natura (2,31% para 0,86%) e algodão (em caroço) (-1,05% para -3,44%). 


O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou variação de -0,03%, em agosto, ante -0,13%, em julho. Quatro das sete classes de despesa componentes do índice apresentaram aceleração, com destaque para Transportes (-0,54% para 0,14%) e Alimentação (-0,88% para -0,57%). No primeiro grupo, vale mencionar o comportamento dos preços dos itens: gasolina (-1,94% para 0,23%) e álcool combustível (-1,46% para 2,42%). No segundo, os destaques couberam aos itens: frutas (-6,15% para -0,13%), laticínios (-0,22% para 0,53%) e arroz e feijão (-1,97% para -0,16%). 


Também apresentaram acréscimo em suas taxas de variação os grupos: Despesas Diversas (0,05% para 0,11%) e Habitação (0,30% para 0,35%). Os itens que mais contribuíram para estes movimentos foram: cerveja (-0,09% para 0,54%) e aluguel residencial (0,49% para 0,83%), respectivamente. 


Em sentido contrário, apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos: Vestuário (0,68% para -0,25%), Educação, Leitura e Recreação (0,31% para -0,15%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,44% para 0,35%). Nestas classes de despesa, destacam-se os itens: roupas (0,60% para -0,37%), passagem aérea (3,85% para -10,68%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (0,46% para 0,15%), respectivamente. 


O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em agosto, taxa de variação de 0,31%, abaixo do resultado do mês anterior, de 0,48%. Dois dos três grupos componentes do índice apresentaram desaceleração: a taxa do grupo Materiais e Equipamentos passou de 0,39% para 0,26%, enquanto a do grupo Mão de Obra recuou de 0,60% para 0,32%. Em sentido inverso, o grupo Serviços apresentou aceleração, tendo a taxa avançado de 0,26% para 0,44%.


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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)


HOJE – Abertura das Bolsas Asiáticas:


Londres / Inglaterra
Bolsas europeias operam em alta nesta segunda
As principais Bolsas de Valores europeias operam em alta no pregão desta segunda-feira.
- Em Londres, o índice Financial Times subia 2,16% às 9h35 (horário de Brasília), para 5.149 pontos.
- Em Frankfurt, o índice DAX registrava alta de 1,70%, atingindo 5.573 pontos. J
- Já em Paris, o índice CAC-40 apresentava alta de 2,47%, alcançando 3.091 pontos.
- As Bolsas da Ásia encerraram o pregão em queda, com as preocupações sobre a saúde da economia dos Estados Unidos ainda abatendo os investidores. O índice MSCI das ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão perdia 0,43% pela manhã.
- Em Tóquio, o Nikkei caiu 1,04%, a 8.628 pontos, o menor fechamento desde 15 de março.




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MERCADO FINANCEIRO


Brasília/DF e São Paulo/SP
Classe C eleva lucro de banco
Enquanto o número de contas-correntes praticamente duplicou nos últimos oito anos, impulsionado pela ascensão da classe C, a oferta de produtos e serviços no setor bancário se concentrou em poucas instituições. Juntos, os cinco grandes bancos que operam no varejo hoje são maiores do que eram as 50 principais instituições em funcionamento no final de 2002. Eles têm 70% a mais em dinheiro e em bens para administrar e somam 17 mil agências, total que os 50 maiores bancos tinham há oito anos.
Apesar da concentração, o que diminui a concorrência, o maior problema dessa expansão bancária, na avaliação de especialistas, é a falta de conhecimento dos bancos sobre os costumes da nova clientela -que ainda prefere tomar empréstimo em loja. Segundo pesquisa do instituto Data Popular, 58% da classe C tomaria crédito pessoal prioritariamente em lojas populares, mesmo que a taxa de juros fosse 5% maior.
Para Renato Meirelles, sócio do instituto, a pesquisa feita com 5.000 consumidores em todo o país mostra que "o sistema financeiro não está preparado para atender essas pessoas". Na avaliação do pesquisador, esse desconhecimento explica a busca dos grandes bancos por parcerias com as redes de varejo. "Os bancos estão, na verdade, comprando o relacionamento das lojas com esse público."
Desconfiança do mercado - Estagiária de administração, Rayane Cristina da Silva abriu sua primeira conta em 2010 e usa o cartão do banco só para débito. Quando quer comprar, prefere o financiamento de lojas populares. "O banco me liga oferecendo serviços e nem entendo. Dizem que querem aumentar o limite, mas não sei", conta, desconfiada.
Segundo o Data Popular, a classe C já representa cerca de 55% dos clientes bancários e mais de 40% deles dizem ter dificuldade para entender as finanças bancárias. "Essa classe tem mais dificuldade porque foi incluída há pouco tempo [no sistema bancário]", afirma Maria Inês Dolci, coordenadora do ProTeste, entidade de defesa do consumidor.
Mesmo sem entender os bancos, clientes como Rayane ajudam a engordar o lucro dessas instituições ao usar uma conta-corrente e pagar tarifas. Somente no ano passado, Banco do Brasil, Itaú, Bradesco, Caixa Econômica Federal e Santander lucraram R$ 43 bilhões, quase o dobro do valor estimado pelo governo para as obras da Copa do Mundo de 2014.
Em oito anos, foram cerca de 64 milhões de novas contas-correntes, de acordo com a Febraban (entidade que representa os bancos). Ao mesmo tempo, as fusões acentuaram a concentração da oferta de serviços. Das dez instituições que estavam no topo do ranking em dezembro de 2002, três foram compradas pelos concorrentes maiores. O BB adquiriu a Nossa Caixa, o Itaú comprou o Unibanco, e o Santander levou o ABN Amro. (Agência Folha)




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INDÚSTRIA


Da redação – São Paulo / SP
Electrolux compra chilena CTI por US$ 691 milhões
A Electrolux anunciou hoje, dia 22/8, acordo para comprar a fabricante de eletrodomésticos chilena CTI, além de uma subsidiária da empresa, buscando aumentar presença em mercados emergentes. A companhia informou que o negócio foi avaliado em 4,4 bilhões de coroas suecas (US$ 691,5 milhões). Segundo dados da Reuters, o valor de mercado da CTI com base na cotação de fechamento das ações na sexta-feira era de US$ 534 milhões. "Essa aquisição se baseia nos pontos fortes da Electrolux e da CTI, e oferece oportunidades de crescimento significativas que seriam difíceis de se alcançar por qualquer uma das empresas individualmente", disse o presidente-executivo da Electrolux, Keith McLoughlin, em nota. Sob o acordo, a Electrolux irá comprar 64% das ações da CTI detidas por Sigdo Koppers e outros acionistas. A companhia sueca também poderá fazer uma oferta para adquirir 100% das ações remanescentes da CTI, por 34,87 pesos chilenos (US$ 0,074) por papel. A Electrolux poderá fazer ainda uma oferta pelas ações restantes da subsidiária da CTI, Somela, a 325 pesos por papel. A CTI, por sua vez, se comprometeu a abrir mão da participação de 78,5% que possui na empresa.


Da redação – São Paulo / SP
HP fecha divisão que fabricava tablets e smartphones
A HP anunciou em comunicado, no dia 18/8, que está abandonando o mercado de tablets e smartphones. Produtos como o tablet HP TouchPad, que chegou ao mercado há pouco mais de um mês, e os smartphones das famílias Pre (Pre, Pre Plus, Pre 2 e Pre 3), Pixi (Pixi e Pixi Plus) e Veer deixarão de ser comercializados. Todos são resultado da aquisição da Palm em Abril de 2010, uma transação avaliada em 1.2 bilhões de dólares.
Com o fim dos aparelhos, o futuro do sistema operacional WebOS é incerto. A empresa irá "explorar opções para otimizar o valor do WebOS no futuro", diz o comunicado, embora nenhuma ação concreta seja mencionada.
A notícia do fim das operações de hardware com o WebOS vem um dia após um artigo no site All Things Digital, que mencionava que a rede varejista Best Buy, parceira no lançamento do TouchPad nos EUA, teria vendido apenas 25 mil das 270 mil unidades do produto que recebeu, e estaria pressionando a HP para aceitar de volta o estoque excedente.
No comunicado a HP também diz estar considerando "estratégias alternativas" para o Personal Systems Group (PSG), a divisão da empresa responsável pelo mercado de computadores pessoais (desktop e notebook) e eletrônicos de consumo. Entre elas está a possibilidade da separação da divisão do restante da companhia.




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AGROBUSINESS


Da redação – São Paulo / SP
Sobra de carne suína faz preço cair
Excesso de oferta no mercado paulista está derrubando o preço da carne suína. Ontem, a arroba era vendida a R$ 47,40 nos frigoríficos de São Paulo, em média, com queda de 7,8% na semana, segundo pesquisa. Em 30 dias, a perda é de 16%. Levantamento do Cepea também apontou tendência de queda. Entre 29 de julho e 18 de agosto, a carcaça comum desvalorizou 8,7%. Estimulada pelo embargo russo, a queda nas exportações brasileiras contribui para a sobra da carne no mercado interno - em julho, os embarques caíram 17% e o cenário adverso continua. Ontem, a Rússia retirou mais um frigorífico da lista de habilitados a exportar para o país. Agora, resta apenas uma unidade, em todo o Brasil, apta a vender carne suína para os russos.


Da redação – Porto Alegre / RS
Clima favorece trabalhos de manejo das pastagens no RS
O tempo seco registrado nos últimos dias possibilitou aos produtores rurais gaúchos a retomada dos trabalhos de manejo das pastagens . O estado sanitário do rebanho de corte é bom, com redução da incidência de carrapato e mosca do chifre na maioria das regiões onde se desenvolve a atividade. Já o estado corporal é considerado regular.  O gado mantido em campo nativo está magro, principalmente o rebanho de cria, que já apresenta alguma mortalidade de animais devido à desnutrição. Na Região de Bagé, a taxa de mortalidade de vacas é maior do que em outras regiões produtoras, devido ao alto grau de desnutrição causada por excesso de lotação ou campos de baixa qualidade. Nesta região, o índice de prenhez está em torno de 40%, enquanto que na Fronteira Oeste esse índice fica entre 45% e 50%. Esses baixos índices são atribuídos à prolongada estiagem durante a primavera e verão, seguida de um inverno rigoroso.   


Da redação – São Paulo / SP
Vigilância Sanitária reconhece melhora na higiene do pescado vendido em Santos 
Comerciantes de pescado estão cada vez mais preocupados com a higiene dos produtos, de acordo com avaliação de fiscais de serviços de Vigilância Sanitária. Mas apesar da melhora, eles reconhecem que falta fiscalização e que ainda são encontradas situações irregulares no comércio do pescado. 
Em Santos, no litoral paulista, um seminário de higiene e tecnologia do pescado discutiu problemas que são antigos, mas que o setor precisa superar. Na cidade, no Mercado do Peixe, algumas embalagens, por exemplo, estão sem rótulo, uma funcionária não usa luva e a camada de gelo em cima dos peixes deixou de ser colocada. “Nos peixes, a gente pede que eles coloquem camadas de peixe, gelo, peixe, gelo, peixe, gelo. Interessante é que seja feito em camadas e depois que seja coberto com plástico”, disse Juliana Cabral Francisco de Oliveira, chefe da Vigilância Sanitária Estadual em Santos.
Embora os pedidos sejam feitos, Juliana reconhece que ainda há problemas. Mas, segundo ela, são pequenas irregularidades que não comprometem a qualidade do produto. De maneira geral, ela considera boa a condição sanitária do mercado. “Às vezes, um ralo quebrado, uma faca que não é adequada, as tábuas que não estão em condições muito boas, a gente pede que sejam renovadas. Nada é 100%. A gente vem, faz com que eles prezem pela excelência, mas a excelência muitas vezes é impossível de se atingir. O que a gente assegura é uma segurança alimentar para quem vem aqui fazer suas compras”, disse Juliana.
Do outro lado da rua, no terminal pesqueiro, onde a responsabilidade pela fiscalização é do governo federal, as condições são consideradas satisfatórias. Toda semana são descarregadas toneladas de peixes. A preocupação com a higiene cresceu nos últimos anos. “Levamos em conta, primeiro, a temperatura da descarga, então quando o barco chega, há a separação do pescado, o que dá e o que não dá para o consumo”, observou Manoel dos Santos Martins, gerente do terminal pesqueiro de Santos.
Se as condições no mercado e no terminal são boas, ainda há locais em que a realidade é muito distante da ideal. Situações que foram discutidas em um seminário em Santos. Lugares sujos, sem lixos adequados, restos misturados com objetos e locais sem a mínima infraestrutura. Uma das dificuldades, segundo o chefe da Vigilância Sanitária de Peruíbe, Antônio Carlos Abude, é a falta de uma regulamentação maior do setor, que não tem apenas um órgão de controle. “A produção do pescado é atribuída ao Ministério da Agricultura. E o comércio no município à Vigilância Sanitária, uma situação hibrida, porque ali você tem a pesca, o recebimento, duas atividades em uma, sendo que uma é competência do Ministério e outra da Vigilância Sanitária”, declarou Abude.




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SERVIÇOS & VAREJO


Da redação – São Paulo / SP
Riachuelo terá loja premium em 2012
Após anunciar a criação de um formato de lojas só para mulheres, a rede de moda Riachuelo também se prepara para atender o público de alta renda. A rede planeja inaugurar a primeira Riachuelo premium no próximo ano. Já existe uma negociação com um grupo de shopping centers voltado para a classe A para a abertura do primeiro ponto, conta Flávio Rocha, presidente da empresa. “Serão lojas com uma série de serviços e atendimento personalizado. Da iluminação ao desenho do projeto, tudo seguirá um conceito de modernidade", diz ele. Com 129 lojas no país, a Riachuelo tem registrado altas fortes em vendas, lucro e rentabilidade ao longo do ano. No segundo trimestre, o lucro líquido teve crescimento de 71%. De janeiro a junho foram investidos quase R$ 150 milhões em abertura e reforma de pontos de venda. A estratégia é uma forma de reagir ao aumento no número de shoppings voltados para o consumidor de alta renda nas capitais. As varejistas já perceberam que não é possível fazer uma migração direta do atual formato de loja para esses empreendimentos para a classe A. Já teria sido discutida a possibilidade de inauguração de um ponto premium no novo JK Iguatemi, do empresário Carlos Jereissati. O Shopping Iguatemi São Paulo, também do grupo Jereissati, já opera com uma loja conceito da C&A, que reabriu o ponto em outubro de 2010, e atende o público de alta renda do local. Existe nesse projeto a busca por uma operação com margens de retorno maiores nesses formatos de lojas. É que nesses pontos de venda a parcela de produtos que entram na categoria P3 (jargão do mercado para itens com preços mais altos) é sempre maior. 


Da redação – São Paulo / SP
Multiplan prepara desembarque na região Nordeste
O empresário José Isaac Peres prepara investimentos na região Nordeste. A Multiplan, maior empresa de shopping centers do país em vendas, vai construir o primeiro empreendimento com a bandeira BarraShopping na região. Ainda não está definido se o novo shopping será aberto em Recife/PE ou Salvador/BA. 


Da redação - São Paulo / SP
Griletto abre 40ª loja no mercado paulista
A rede de franquias Griletto, especializada em grelhados e parmegianas, inaugurou no Shopping West Plaza sua 40ª unidade no Estado de São Paulo. A nova franquia será administrada pela publicitária Mirella Borghi Garbuglio e pelo empresário Henrique Caruso Garbuglio. Nos próximos 12 meses, a marca, fundada em 2004 em Itu/SP e que hoje possui mais de 70 lojas no país, pretende inaugurar mais 40 unidades. 


Da redação – Rio de Janeiro / RJ
Le Lis Blanc lança grife de moda masculina
Única grife brasileira com capital aberto, a Le Lis Blanc está entrando no segmento de moda masculina. No primeiro trimestre do próximo ano, a companhia lançará a marca Noar, que deve ter dez lojas próprias até o fim de 2012. A grife será voltada para o público que tem renda semelhante ao das clientes da Le Lis. A expectativa é que o tíquete médio da Noar seja da ordem de R$ 480. A estreia da Le Lis no universo masculino acontece menos de um mês depois do anúncio de compra da marca de jeanswear John, John. A aposta em dois novos negócios quase que simultaneamente é inédito na companhia que, desde sua abertura de capital, em 2008, havia adquirido apenas a marca premium Bo.Bô. 




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COMÉRCIO EXTERIOR


Da redação – Brasília / DF
Irã foi o principal destino do milho mato-grossense no primeiro semestre
Segundo dados do Instituto Mato-Grossense de Economia Agrícola (IMEA) o Irã foi o principal destino do milho exportado pelo Mato Grosso no acumulado do primeiro semestre de 2011. De janeiro a junho foram embarcados 1,8 milhões de toneladas de milho em grão, sendo 417 mil toneladas destinados ao Irã. Em segundo lugar ficou a Espanha, responsável pela compra de 232 mil toneladas. O porto de Santos -SP segue como a principal porta de saída da produção mato-grossense de milho, com 56,5% dos embarques durante o primeiro semestre.




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TI, WEB&e-COMMERCE


Da redação – São Paulo / SP
Lucro da Lenovo cresce 98% no trimestre para US$ 108,8 milhões
A Lenovo divulgou hoje os resultados relativos ao primeiro trimestre do ano fiscal 2012 que terminou em 30 de junho de 2011. O lucro da companhia foi de 108,8 milhões de reais, aumento de 98% em relação a igual período do ano fiscal anterior. O faturamento consolidado da empresa cresceu 15%, atingindo 5,9 bilhões de dólares. 
A expansão da empresa chinesa foi maior que a média do mercado pelo sétimo trimestre consecutivo, o que a levou para a terceira posição entre os maiores fabricantes de PCs do mundo. As vendas de PCs da Lenovo cresceram 23,1% na comparação com o primeiro trimestre do ano fiscal 2011, ante um aumento de apenas 2,7% do faturamento de PCs do setor
"Os nossos resultados mostram que a aquisição por parte da Lenovo dos negócios PC da IBM tem-se tornado um sucesso. Nos próximos trimestres, vocês poderão ver claramente o que aprendemos em função da aquisição, aplicando tal conhecimento na nossa joint-venture com a NEC no Japão, e na nossa aquisição da Medion na Alemanha, afirmou o presidente da Lenovo, Liu Chuanzhi.
O mercado chinês, que representa 47,9% das vendas da empresa, registrou vendas de 2,8 bilhões, equivalente a 48% do faturamento da Lenovo. As entregas de PCs da Lenovo na China aumentaram 23,4% ano sobre o primeiro trimestre do ano fiscal 2011.
As vendas para os mercados emergentes atingiram 1 bilhão de dólares, com aumento de 46,5%; mais de três vezes a taxa de crescimento do setor nessa região, que foi de 14,7% ano sobre ano. Os emergentes representam 17,5% do total da receita da Lenovo. Já os mercados maduros, que inclui Europa, América do Norte, Japão, Austrália e Israel, tiveram redução das vendas de 9,4%, para 2,1 bilhões, com peso de 34,6% sobre o total das vendas da empresa. 



Da redação – São Paulo / SP
Benner e TBA anunciam fusão para liderar soluções em cloud
A Benner Sistemas e o Grupo TBA anunciaram uma joint-venture que combina aplicativos e serviços de infraestrutura e que já nasce com uma meta ambiciosa: liderar a oferta de soluções de computação em nuvem no País. Os termos do acordo preveem uma fusão entre a Benner Sistemas e a unidade Globalweb, do Grupo TBA. A combinação atenderá pelo nome Globalweb Corp S.A. A marca Benner será mantida e vai identificar a unidade de negócios de aplicativos de gestão empresarial da nova empresa. O fundador da Benner Sistemas, Severino Benner, será o CEO da nova empresa e, Cristina Boner, presidente do Grupo TBA, será a presidente do conselho.
“O mercado de TI passa por um processo de consolidação e tem espaço para a criação de uma empresa nacional forte com soluções verticais”, afirmou Benner. “Com a evolução dos modelos de Software as a Service (SaaS) e de cloud computing, não basta só oferecer serviços de infraestrutura ou de software, como faz a Benner até então. É importante que a empresa tenha um braço de software próprio, uma expertise de infraestrutura e de serviços gerenciados de ti. O mercado busca empresas que tenham músculo e condições de se autofinanciar. A fusão vem trazer isso.”
Três divisões - A Globalweb terá três divisões de negócio: aplicativos de gestão empresarial; outsourcing e serviços gerenciados de TI; e comercialização e desenvolvimento de soluções na plataforma Microsoft.
A divisão de aplicativos vai oferecer a plataforma de softwares Benner, com soluções para as áreas de logística, turismo, indústria, serviços e saúde. A divisão de outsourcing e serviços gerenciados de TI vai oferecer boa parte dos serviços que já eram atribuição da divisão Globalweb, como serviços de hosting, full outsourcing, e-mail e colaboração, consolidação de servidores, nota fiscal eletrônica, armazenamento e backup, gerenciamento e consultoria de operações de data centers e segurança da informação. “A unidade Globalweb foi definida para trabalhar com outsourcing completo de TI, portais e serviços de operação. Mas, para a expansão do portfólio, não adiantava ir ao mercado com aplicativos de terceiros. A Benner vem para preencher essa metade que estava faltando”, completa Cristina.
Pequeno desenvolvedor - A nova empresa nasce com uma projeção de faturamento para 2011 da ordem de R$ 240 milhões – um valor que representará de 35% a 40% do faturamento anual do Grupo TBA. “A Globalweb vai focar no mercado privado e o Grupo TBA continuará a tender o mercado público”, explica Cristina. A empresa terá 1,5 mil funcionários (800 deles da Benner), mais de 750 pessoas certificadas, mais de cem canais de distribuição e uma base inicial de 800 clientes. Até 2014, a expectativa é que a Globalweb supere 500 milhões de reais em faturamento, com uma taxa de crescimento anual de 28%. “A expansão vai ocorrer por meio de novas aquisições e pelo crescimento orgânico”, detalha Benner.
Um ponto importante da estratégia da Globalweb é o relacionamento com as pequenas empresas de software. A nova empresa pretende ampliar o número de canais de vendas de serviços, principalmente entre os desenvolvedores de aplicativos, saindo dos atuais 120 para cerca de 300 nos próximos 12 meses. “Vamos lançar um amplo programa de ISVs”, anuncia Benner. “Pelos dados da Assespro, o Brasil tem hoje cerca de 8 mil empresas de desenvolvimento de software, 95% delas com dez funcionários ou menos. Elas têm pouca estrutura de marketing e comercialização. Queremos atrair essas empresas, fornecendo o apoio necessário, e ajudá-los a migrar para as novas tecnologias de SaaS e cloud.”
Mercado externo - Outra frente na qual a Globalweb vê potencial é o mercado externo. Por enquanto, a iniciativa é modesta – a empresa tem um domínio internacional Globalweb.net registrado e um escritório ativo na Flórida (EUA), que oferece para o mercado americano os mesmos serviços de infraestrutura do portfólio brasileiro. Para isso, a então unidade Globalweb fechou, em julho,um acordo com o data center americano CoreSite. “O resultado [da operação americana] ainda é pequeno – devemos faturar us$ 500 mil no ano fiscal que se encerra em março de 2012”, reconhece Cristina. “Contudo, muitas empresas grandes brasileiras já desembarcaram nos EUA e, para eles, é importante ter o mesmo parceiro de tecnologia nos países em que atuam. Vamos fazer este movimento daqui para lá para atender aos mesmos clientes lá também.”
Embora tenha como base a oferta de serviços de infraestrutura, a empresa pretende no futuro adaptar seus aplicativos para outros países e línguas - o site, por exemplo, já está em três línguas, lembra Cristina. “Nós temos uma janela de oportunidades nos próximos dois anos para posicionar esta empresa de forma única no mercado mundial”, diz a presidente do Grupo TBA. “Nosso trabalho vai ser muito duro nos próximos dois anos para criar a base necessária de ISVs. Vamos dedicar um grande espaço a elas. Estamos fazendo uma experiência única. Com a captação dos ISVs vamos ter mais de centenas de soluções de outras empresas brasileiras.” “A Global nasce diferente porque não é uma simples união para formar faturamento”, completa Benner. “Elas serão complementares.” Para o CEO, a fusão também vai permitir a realização de um sonho. “A Globalweb será uma grande plataforma para que o pequeno desenvolvedor ofereça seus produtos, contando com uma infraestrutura adequada de serviços, que é o que o cliente procura. Desde os anos 1990 sonhei em construir um espaço para os desenvolvedores nacionais. Com a nuvem e o SaaS, esse sonho se torna possível.”


São Paulo / SP
Apple já encomenda peças para o iPad 3
Menos de seis meses após ter lançado o iPad 2, a Apple já trabalha na terceira versão do aparelho. A informação é do "Wall Street Journal", que cita fontes próximas aos fornecedores asiáticos da empresa. De acordo com a publicação, fábricas na China e em Taiwan receberam pedidos de componentes essenciais para que a companhia possa começar os testes industriais a partir de outubro.
O lançamento oficial deve ser feito em 2012, segundo pessoas próximas à empresa. A Apple deve aprimorar a resolução da tela, mas a previsão é que o tamanho continue em 9,7 polegadas. Não está claro se os equipamentos terão outras mudanças. Um dos fornecedores diz ter recebido uma encomenda para produzir no quarto trimestre componentes para 1,5 milhão de unidades. Algumas peças do novo modelo já foram enviadas para a sede da Apple.
A empresa não fabrica os seus produtos, apenas os desenvolve. A produção é repassada aos parceiros asiáticos. Com a estratégia, a Apple se livra das dificuldades de manter grande quantidade de trabalhadores em linhas de produção e aproveita a capacidade dos asiáticos de fabricar com baixo custos de mão de obra, o que ajuda a reduzir o preço final do aparelho.
Aumento das vendas - As vendas do iPad quase triplicaram no trimestre passado na comparação com o ano anterior. Ao todo, foram 9,7 milhões de unidades comercializadas. O desempenho do aparelho ajudou a empresa a obter um lucro líquido de US$ 7,3 bilhões no período. A perspectiva de novos modelos tende a dar mais força aos números da empresa. Mais próximo do que o lançamento do novo iPad está a estreia da quinta versão do iPhone. A atualização é aguardada há meses, e o mercado estima a data de lançamento para o fim de setembro. A consistência dos resultados e as rápidas atualizações dão confiança aos investidores. A empresa superou a petroleira Exxon nas últimas semanas e passou a ser a mais valiosa, com cifra próxima dos US$ 340 bilhões.




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TELECOM


Da redação - São Paulo / SP
Skype compra empresa de mensagens GroupMe
O Skype, empresa de telefonia pela internet, acertou a compra do GroupMe, uma "startup" (companhia iniciante) que fornece serviços de mensagem para smartphones. Tanto o valor da transação como os termos do acordo não foram divulgados. O GroupMe, fundado em Nova York em 2010, oferece seus serviços para iPhones, BlackBerry e aparelhos com sistema operacional Android. Recentemente, lançou uma versão para o sistema Windows Phone 7. Vale recordar que a Microsoft anunciou em maio a aquisição do Skype por US$ 8,5 bilhões em dinheiro.


Brasília / DF
Amazonas pede intervenção em Oi e Embratel
Após coletar queixas contra a Oi e a Embratel nas dez maiores cidades do Estado, fora da capital, a Assembleia Legislativa do Amazonas irá pedir que a Anatel - Agência Nacional de Telecomunicações - intervenha na gestão das operadoras no Estado. O pedido será apresentado ao presidente da Anatel, Ronaldo Sardenberg, na próxima semana, por deputados, pelos presidentes do Tribunal de Justiça e do Tribunal de Contas, pelo procurador-geral do Estado e por representantes dos prefeitos. Por três meses, uma comissão da Assembleia reuniu indícios de que as teles estariam descumprindo metas de universalização do serviço de telefonia fixa e os compromissos de melhoria de serviços firmados com a Anatel. O presidente da comissão, deputado Chico Preto (PP), entregará o relatório das audiências e vídeos com 45 horas de gravações a Sardenberg, na próxima terça-feira. A Anatel admite que a manutenção dos equipamentos é precária na Amazônia. A Oi disse que as fotos apresentadas no relatório não refletem a situação atual dos prédios e equipamentos. A Embratel, que cumpre suas obrigações.




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MERCADO DE LUXO


The Rocco Forte Collection – The Art of Simple Luxury
"Como um viajante frequente, sei exatamente o tipo de serviço que faz toda a diferença na sua visita. Então, concentrando um número pequeno de hotéis, eu posso, pessoalmente, me envolver no seu gerenciamento e assegurar o mais alto padrão de serviços especialmente para você." Com essa mensagem, sir Rocco Forte, dono da luxuosa rede de hotéis Rocco Forte Collection, deixa claro seus valores e como posiciona sua marca no mercado. (LEIA +)

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