Edição 296 | Ano II

Tóquio / Japão
Petrobras obtém financiamento de US$ 497 mi do JBIC
O Banco do Japão para a Cooperação Internacional (JBIC) vai conceder um total de US$ 497 milhões à Petrobras, a fim de ajudar a estatal a desenvolver campos de petróleo em águas profundas, informou o jornal japonês "The Nikkei" em sua edição vespertina de hoje, dia 31/3, quarta-feira. Segundo o jornal, o empréstimo, o primeiro do tipo a ser concedido pelo JBIC, tem por objetivo ajudar os trabalhos de perfuração da Petrobras em águas profundas desde o estágio inicial, de forma a diversificar as fontes de importação para o Japão, que hoje depende fortemente do petróleo do Oriente Médio. O empréstimo será concedido ao empreendimento controlado igualitariamente pela Petrobras e pela Mitsui & Co. e será usado para a construção e manutenção de navios de perfuração em águas profundas. A Japan Drilling Co. prestará assessoria à Petrobras como consultora tecnológica. Os navios de perfuração serão equipados para mergulhar uma escavadeira a 3 km de profundidade. A escavadeira, por sua vez, poderá perfurar o leito oceânico em até 8 km. O navio usará informações de GPS para permanecer no mesmo ponto em alto mar por um período prolongado. De acordo com o "Nikkei", o financiamento deve aumentar as importações de petróleo do Brasil pelo Japão e possibilitar um forte envolvimento das companhias japonesas na promissora exploração de petróleo em águas profundas. (Agência Dow Jones)


Brasília / DF
Senadores apresentam emenda para mudar distribuição de royalties
Os senadores Francisco Dornelles (PP/RJ) e Renato Casagrande (PSB/ES) apresentaram ontem no final da tarde, dia 30/3, uma emenda para modificar a distribuição dos royalties da exploração do petróleo. Pela proposta, não se mexe na distribuição dos recursos das áreas já licitadas, cujos contratos de exploração já foram firmados. "Vamos discutir a distribuição dos royalties de agora para frente", disse o senador Dornelles. "Ao se alterar as regras vigentes está criando insegurança jurídica para os estados e municípios afetados, agredindo inclusive, princípios federativos", acrescentou.
Segundo o senador Dornelles, a emenda dá tratamento diferenciado a estados e municípios produtores e maior participação dos estados e municípios não produtores na questão dos recursos. Pelo texto, no caso da exploração do petróleo em terra, os estados produtores ficarão com 6,125 %, os municípios produtores com 1,75 %, os municípios afetados por embarque e desembarque com 0,875 % e a União com 6,25 %. Isso, no caso da manutenção do percentual dos royalties ser de 15 % do que for arrecadado com a exploração, mesmo percentual aprovado pela Câmara, anteriormente era 10%.
O percentual a ser repassado à União de 6,25 % deverá ser distribuído com estados e municípios não produtores, de acordo com as regras dos fundos de participação, sendo 2,5% para estados e 2,5 % para os municípios e 1,25 % para o Ministério da Ciência e Tecnologia para financiar programas de amparo à pesquisa científica e ao desenvolvimento tecnológico aplicados à indústria do petróleo, do gás natural, dos biocombustíveis e à indústria petroquímica. Para a exploração do petróleo no mar, mantido o mesmo percentual de 15 %, a distribuição seria de 4,5 % para os estados produtores, 3,125 % para os municípios produtores, 0,875 % para os municípios afetados por embarque e desembarque e 6,5 % para a União distribuir 2,5 % para estados e igual percentual para municípios não produtores de petróleo, de acordo com as regras dos fundos de participação especial, 0,5 % para a Marinha, 0,5 % para o Ministério da Ciência e Tecnologia e 0,5 % para o Fundo especial do meio Ambiente.
Ainda de acordo com a emenda, a receita da União proveniente da comercialização de petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos fluídos, obtida nos contratos de partilha de produção será destinada à formação do Fundo Social, no percentual de 55%, sendo 21,5% para a constituição do fundo especial, distribuído a todos os estados e Distrito Federal obedecendo as regras dos fundos de participação e os outros 23,5% destinados aos municípios pelas regras do Fundo de Participação dos Municípios. A emenda terá agora que ser apreciada pelas comissões técnicas por onde o projeto que trata da exploração do petróleo sob o sistema de partilha está tramitando. Os senadores Dornelles e Casagrande disseram que essa emenda foi discutida entre os representantes do Espírito Santo, do Rio de Janeiro e também de outros estados. Eles informaram que agora vão começar a negociar a proposta com representantes de outros estados e também com lideranças da Câmara. Caso a emenda seja aprovada, o texto retornará à Câmara onde passara por nova apreciação. (Agência Brasil)


Brasília / DF
Contas do governo central pioram e têm deficit de R$ 1 bilhão em fevereiro
As contas do governo central (Tesouro, Previdência e Banco Central) registraram deficit de R$ 1,1 bilhão em fevereiro, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira pelo Tesouro Nacional. O número representa uma piora em relação ao resultado do mês anterior, quando as contas fecharam com superavit de R$ 13,9 bilhões. Em janeiro o Tesouro havia registrado o segundo melhor resultado da série histórica para o mês, atrás apenas de 2008, quando o Tesouro registrou superavit de R$ 15,4 bilhões. O resultado do mês passado ficou praticamente inalterado na comparação com mesmo mês do ano passado, quando o deficit ficou em R$ 1,11 bilhão. O governo central somou R$ 57,1 bilhões em receitas no mês contra os R$ 73,90 bilhões em janeiro. As despesas caíram para R$ 45,24 bilhões em fevereiro. No primeiro mês do ano, elas chegaram a R$ 49,38 bilhões. No acumulado dos dois primeiros meses deste ano, o governo central apresentou avanço em comparação ao resultado de janeiro e fevereiro do ano passado. Em 2009, as contas somavam R$ 2,86 bilhões, contra R$ 12,77 bilhões neste ano. O superavit acumulado no primeiro bimestre representa 2,45% do PIB (Produto Interno Bruto). No mesmo período do ano passado, representava 0,61%. A meta do governo para o primeiro quadrimestre do ano é de R$ 18 bilhões, e a meta para o ano é de R$ 71,8 bilhões de superavit. (Agência Estado)


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INDICADORES ECONOMICOS


Da redação - São Paulo / SP
Confiança da indústria atinge em março 2º maior nível desde 1995
O ICI - Índice de Confiança da Indústria - registrou elevação de 0,6% entre fevereiro e março, ao passar de 115,8 para 116,5 pontos, considerando-se os dados com ajuste sazonal divulgados hoje, dia 31/3, pela FGV - Fundação Getulio Vargas. Após a décima quarta alta consecutiva, a taxa atingiu o segundo maior nível da série histórica, iniciada em abril de 1995, atrás apenas de novembro de 2007 (116,9 pontos). O resultado, de acordo com a FGV, mostra que o mercado interno segue aquecido, influenciando no retorno do índice aos elevados níveis pré-crise.
Em março, o ISA - Índice da Situação Atual - avançou 3,4%, para 117,3 pontos, o maior desde julho de 2008. Já o IE - Índice de Expectativas - recuou 2,2%, para 115,7 pontos. Dos quesitos que compõem o índice de confiança relacionados ao presente, um dos destaques é a avaliação da demanda. A a proporção de empresas que consideram o nível atual como forte cresceu de 21,8% em fevereiro para 23,9% em março, enquanto a parcela das que o avaliam como fraco diminuiu de 9,5% para 6,3%.
Sobre a evolução do ambiente dos negócios nos próximos seis meses, o indicador, mesmo tendo recuado em relação ao mês anterior, é o segundo maior da série. Das 1.165 empresas consultadas, 65,3% esperam melhora da situação no período que vai de março a agosto e apenas 1,6%, piora. Em fevereiro, estes percentuais haviam sido de 71,2% e 1,6%, respectivamente. O nível de utilização da capacidade instalada alcançou 84,3% em março, o maior desde outubro de 2008 (85,1%). Na análise por categorias, o indicador em bens de consumo e em bens intermediários apresentaram avanços, enquanto o setor de bens de capital mostrou estabilidade após sete meses em alta. (Fonte: Assessoria de Imprensa da FGV)


São Paulo / SP
Venda de veículos bate recorde no último mês de IPI reduzido
A venda de veículos bateu recorde em março antes mesmo do mês terminar, segundo dados da Fenabrave - associação das concessionárias. Até o dia 29/3, foram comercializadas 453.780 unidades. Os dados incluem automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus e motos. O resultado é 29,86% acima do registrado em fevereiro, quando as vendas somaram 349.433, e foi impulsionado pela redução de IPI, que termina nesta quarta-feira. Segundo as estimativas da Fenabrave, o setor deverá negociar, no total, 508.593 unidades, que resultará em um crescimento de 45,55%. No acumulado, o crescimento global foi de 8,3% no trimestre. "Segundo as nossas projeções, será o melhor mês da história para os segmentos de automóveis, comerciais leves e caminhões, mostrando que o governo acertou ao reduzir a alíquota do IPI para os veículos e também a redução significativa do custo do Finame para caminhões", afirmou Sérgio Reze, presidente da Fenabrave. A entidade ressaltou ainda que a oferta de crédito ajudou a estimular as vendas do setor. Para Reze, a volta do IPI aos patamares originais não deve alterar significativamente os resultados esperados para o setor em 2010, quando a entidade projeta crescimento de 8,8%. Considerando apenas automóveis e comerciais leves, o aumento nas vendas foi de 34,70% em relação a fevereiro. Foram vendidas 284.712 unidades, contra 211.371 do mês passado.


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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP e Associated Press)

São Paulo / SP
Ecorodovias faz 1º IPO no ano dentro de faixa estimada
A Ecorodovias, concessionária de estradas, precificou a ação em seu IPO (oferta pública inicial, na sigla em inglês) a R$ 9,50. O giro financeiro da operação totaliza R$ 1,37 bilhão, incluindo as novas ações e aquelas que estão sendo vendidas por sócios. Os coordenadores da operação estimavam preço por ação entre R$ 9 e R$ 12. Ainda que o valor tenha ficado perto do piso da faixa projetada, trata-se do primeiro IPO do Brasil em 2010 em que a oferta é colocada dentro do intervalo sugerido no prospecto preliminar. Os quatro IPOs anteriores neste ano - Aliansce, Multiplus, BR Properties e OSX - saíram com preço por ação inferior ao originalmente projetado. A oferta primária da Ecorodovias, cujos recursos irão para o caixa da companhia, envolve 92 milhões de novas ações, representando R$ 874 milhões, de acordo com informações disponíveis no site da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) ontem, dia 30/3. Já a oferta secundária, com 52 milhões de ações que estão sendo vendidas por sócios da empresa, soma R$ 494 milhões. A Ecorodovias administra a concessão do sistema Anchieta-Imigrantes, ligação entre a região metropolitana de São Paulo com o Porto de Santos, e o sistema Ayrton Senna-Carvalho Pinto, ligação entre a capital paulista e o Vale do Paraíba, entre outras rodovias. As ações começam a ser negociadas na Bovespa em 1º de abril. O Itaú BBA é o coordenador-líder do IPO da Ecorodovias. (Agência Reuters)


HOJE – Fechamento das Bolsas asiáticas

Tóquio / Japão
Bolsa da Ásia recuam, Japão atinge máxima em 18 meses
As principais bolsas de valores da Ásia fecharam em queda nesta quarta-feira, mas o mercado japonês alcançou maior nível em 18 meses, continuando a eclipsar seus pares na região diante da recuperação da confiança do consumidor dos Estados Unidos que reforça expectativa de investidores de que a recuperação econômica vai se provar sustentável.
- O índice MSCI que acompanha as bolsas da região da Ásia Pacífico exceto Japão tinha queda de 0,75%, aos 422,55 pontos, acumulando alta de aproximadamente 2% no primeiro trimestre do ano. - O índice Nikkei da bolsa de TÓQUIO fechou em leve baixa de 0,06%, aos 11.089 pontos, mas ainda acumula valorização de 5,2% no ano. O entrada firme de investidores estrangeiros, que mais venderam do que compraram no mercado japonês no ano passado, contribuiu para o rali trimestral. Eles compraram cerca de 1,9 trilhão de ienes (US$ 20,5 bilhões) em ações japonesas até o momento em 2010.
- Em HONG KONG, o índice Hang Seng fechou em queda de 0,63%%, a 21.239 pontos.
- Em XANGAI, a bolsa recuou 0,62%, a 3.109 pontos.
- TAIWAN cedeu 0,53% para 7.920 pontos.
- Na Coreia do Sul, a bolsa de SEUL perdeu 0,43%, para 1.692 pontos.
- CINGAPURA caiu 1,57%, a 2.887 pontos.
- SYDNEY teve desvalorização de 0,84%, a 4.875 pontos.
Análise - "A melhora na economia global e nos mercado de ações - o Dow está perto do nível que tinha quando o Lehman quebrou - significará ainda mais melhoras no Nikkei em abril a junho", disse Fumiyuki Nakanishi, gestora de grupo no SMBC Friend Securities em Tóquio. Todos os principais índices mundiais devem encerrar o ano melhores do que estão agora, segundo uma pesquisa da Reuters divulgada em meados de março.


HOJE – Abertura das Bolsas Européia

- Londres / Inglaterra - A Bolsa de Valores de Londres abriu praticamente estável nesta quarta-feira, dia 31/3, e seu índice geral, o FTSE-100, ganhou 0,77 pontos (0,01%), até 5.673,09.
- Frankfurt / Alemanha - A Bolsa de Valores de Frankfurt em baixa nesta quarta-feira, e seu principal índice, o DAX 30, perdeu 0,23%, até 6.142 pontos. O euro abriu em baixa nesta quarta-feira no mercado de divisas de Frankfurt, cotado a US$ 1,3405 dólares, contra US$ 1,3425 da jornada anterior. O Banco Central Europeu (BCE) fixou na sexta-feira o câmbio oficial do euro em US$ 1,3482.
- Madri / Espanha - A Bolsa de Valores de Madri abriu em baixa nesta quarta-feira, e seu principal indicador, o Ibex-35, perdeu 34,90 pontos (0,34%), até 10.946.
- Roma / Itália - A Bolsa de Valores de Milão abriu com leve tendência de baixa nesta quarta-feira, e seu índice seletivo, o FTSE-MIB, desceu 0,03%, até 22.996,19 pontos.
- Paris / França - A Bolsa de Valores de Paris abriu em baixa nesta quarta-feira, e seu índice geral, o CAC 40, perdeu 0,10%, chegando a 3.983,45 pontos, contra 3.987,41 do fechamento de terça..


ONTEM – Fechamento das Bolsas: Bovespa, NY e Europa

São Paulo / SP
Bovespa fecha com alta modesta; cautela predomina no mercado
A Bovespa esbarrou mais uma vez na barreira dos 70 mil pontos, patamar de preços que o mercado de ações brasileiro perdeu há mais de três meses. As Bolsas americanas também tiveram um dia de oscilações modestas, numa semana em que os investidores ainda aguardam indicadores que podem definir o rumo dos negócios, a exemplo do "payroll" (relatório de emprego) na sexta.
- O Bovespa teve leve alta de 0,03% no fechamento, aos 69.959 pontos.
- O giro financeiro foi de 5,47 bilhões.
- O dólar comercial foi vendido por R$ 1,795, em queda de 0,22%.
- A taxa de risco-país marca 180 pontos, número 0,55% abaixo da pontuação anterior.
Análise 1 - "Todo o mercado está com esse número [70 mil pontos] na cabeça. Pode ser 70.300 ou 70.500, mas está muito próximo desse nível. A questão é que estão faltando notícias mais consistentes, ou indicadores, que justifiquem um movimento mais forte", avalia Expedito Araújo, da mesa de operações da corretora Alpes. Por seu "peso" no mercado doméstico, a ação da Petrobras restringiu, mais uma vez, qualquer recuperação mais acentuada. Investidores ainda temem e aguardam novidades sobre o processo de capitalização da estatal do petróleo. Essas dúvidas têm travado os negócios com o papel desde pelo menos a segunda metade de 2009. Hoje, o diretor financeiro Almir Barbassa declarou que a empresa conta com a aprovação no Congresso para o plano de capitalização até maio, e a conclusão da operação até julho. A ação preferencial teve queda de 0,22% e foi alvo de R$ 432 milhões em negócios.
Análise 2 - Com um giro de R$ 564 milhões, a ação da Vale subiu 0,18%. Hoje, a imprensa japonesa apontou que a Nippon Steel aceitou o reajuste do minério de ferro em torno de 90% proposto pela gigante brasileira, o que animou os investidores. Entre as principais notícias do dia, o instituto privado Conference Board apontou uma melhora na confiança do consumidor americano na economia de seu país, em um registro acima das expectativas do setor financeiro. Outro indicador que mostrou desempenho melhor do que o esperado veio do setor imobiliário: o influente índice S&P/Case-Shiller apontou uma contração de 0,7% nos preços dos imóveis nos EUA em janeiro. Economistas esperavam uma queda ainda maior. No front doméstico, a FGV apontou inflação de 0,94% em março ante 1,18% em fevereiro, pela leitura do IGP-M. No acumulado dos últimos 12 meses, a variação é de 1,94%.


Nova Iorque / EUA
Bolsa de NY fecha em alta animada com iPhone da Apple
- O índice Dow Jones Industrial, de referência em Wall Street, fechou o pregão de ontem, dia 30/3, em alta de 0,11%, para 10.907,42 pontos, impulsionado pela repercussão em torno do iPhone da Apple.
- O índice seletivo S&P 500 fechou praticamente estável, com queda de 0,01%, para 1.173,27 pontos.
- O indicador da Bolsa eletrônica Nasdaq avançou 0,26%, até os 2.410,69, puxado pela alta de 1,48% nas ações da Apple.
Análise - O jornal "The Wall Street Journal" publicou anteontem que a Apple está trabalhando em uma nova versão do iPhone compatível com a tecnologia da operadora de telefonia celular Verizon. Ontem, os títulos da Verizon subiram 2,56% e ficaram atrás apenas dos da 3M (3,59%) no Dow Jones. A informação do "Wall Street Journal" fez com que as ações da operadora AT&T, que até agora tem exclusividade sobre as operações no iPhone nos Estados Unidos, registrasse a maior perda no Dow Jones (-2,11%). Além da AT&T, também perderam valor as ações de Bank of America (-1,55%), Travelers (-1,52%) e JPMorgan (-0,62%), Boeing (-0,78%), Merck (-0,61%), General Electric (-0,54%) e Caterpillar (-0,50%). Após 3M e Apple, as que mais subiram no Dow Jones foram Microsoft (0,61%), HP (0,55%) e Cisco (0,53%). Também se destacaram Wal-Mart (0,30%), Home Depot (0,28%), McDonald's (0,25%) e Coca-Cola (0,18%). A dívida pública americana manteve uma rentabilidade de 3,87% nos bônus para dez anos.

Londres / Inglaterra
Bolsas europeias recuam mas índice de ações do continente tem leve alta
O principal índice europeu de ações encerrou com leve avanço nesta terça-feira, com ganhos no setor de serviços públicos ofuscando a queda de bancos, embora os papéis do UBS tenham avançado por notícias sobre a performance de suas operações ligadas a renda fixa.
- O FTSEurofirst 300, índice que mede o comportamento das mais importantes ações do continente, terminou com oscilação positiva de 0,07%, a 1.079 pontos. Mais cedo, o indicador chegou a alcançar 1.086 pontos, maior nível desde o início de outubro de 2008. O índice, que ganhou 26% ao longo de 2009, acumula apreciação de 3,3% neste ano até agora.
- Em Londres, o índice Financial Times fechou em baixa de 0,67%, a 5.672 pontos.
- Em Frankfurt, o índice DAX caiu 0,23%, para 6.142 pontos.
- Em Paris, o índice CAC-40 recuou 0,33%, para 3.987 pontos.
- Em Milão, o índice Ftse/Mib encerrou em queda de 0,44%, a 23.003 pontos.
- Em Madri, o índice Ibex-35 registrou desvalorização de 0,99%, para 10.980 pontos.
- Em Lisboa, o índice PSI20 cedeu 0,23%, para 8.142 pontos.
Análise - Os papéis de empresas do setor de serviços públicos continuaram atraindo demanda após a valorização da véspera, uma vez que investidores buscaram ações defensivas. E.ON, GDF Suez e RWE subiram entre 0,7% e 1,3%. "O primeiro trimestre parece ter sido bom, mas agora estamos tendo realização de lucros pré-Páscoa", disse Jim Wood-Smith, presidente do departamento de pesquisa da Williams de Broe. Os papéis do banco suiço UBS avançaram 3%, após a instituição dizer esperar que a receita de primeiro trimestre em suas operações com renda fixa fique pouco em abaixo de 2,3 bilhões de dólares. O setor bancário como um todo, porém, estendeu o movimento do último pregão e cedeu. HSBC, Barclays, Lloyds Banking Group e BNP Paribas caíram entre 0,9% e 3%.

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MERCADO FINANCEIRO

São Paulo / SP
Cartões viram motor de ganho dos bancos
Os cartões de crédito e débito, cujo mercado passa por reformulação devido ao fim da exclusividade das bandeiras Visa e Mastercard, viraram um dos negócios mais lucrativos e de maior expansão dos bancos. Em um ano de crédito fraco, os principais bancos brasileiros conseguiram faturar alto com cartões, meio de pagamento que cresce 20% ao ano e absorve as transações feitas antes por cheques e dinheiro. Só com serviços envolvendo cartões, como anuidades e percentual das transações, os quatro maiores bancos brasileiros (Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander) faturaram R$ 12,8 bilhões em 2009, volume 43,8% maior do que no ano anterior. A participação dos cartões no total da receita de serviços desses bancos saltou de 21,9% para 31% em um ano. Os cartões envolvem uma gama diversificada de fontes de receita para os bancos: tarifas de anuidade, comissão das transações, processamento de dados, operações de crédito rotativo e adiantamento ao lojista de compras parceladas. Para os bancos, o aumento das receitas com cartões decorre de duas forças: crescimento da base de clientes e aumento das transações via cartões. Os cartões são hoje o meio de pagamento de 25% das transações de consumo, segundo a consultoria Boanerges & Cia. Nos EUA, 48% do consumo passa pelo cartão. Até 2019, a expectativa é que processem 43% do consumo no Brasil.


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INDÚSTRIA


São Paulo / SP
Indústria praticamente apagou perdas da crise
O Indicador de Nível de Atividade (INA), calculado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), mostra que a indústria praticamente zerou as perdas provocadas pela crise financeira internacional. De acordo com a entidade, o INA atingiu em fevereiro de 2010 o maior nível desde outubro de 2008 e está apenas 2,6% abaixo do registrado em setembro de 2008, mês que marcou o agravamento da turbulência internacional que abalou a produção da indústria. Segundo o levantamento da Fiesp, seis dos dezessete setores pesquisados não só eliminaram as perdas como já operam com nível superior ao observado em setembro de 2008. É o caso da fabricação de Produtos Químicos, cujo nível de atividade cresceu em fevereiro deste ano 10,4% em relação a setembro de 2008; Alimentos e Bebidas (12,5%); Outros Equipamentos de Transporte (11,8%); Celulose, Papel e Produto de Papel (7,3%); Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos (7,3%) e Móveis e Indústrias Diversas (2,6%). Segundo o diretor do Departamento de Estudos e Pesquisas Econômicas da Fiesp, Paulo Francini, esses dados confirmam uma trajetória vigorosa de recuperação da indústria, tendência que deve prosseguir nos próximos meses. Francini destacou que o setor de Máquinas e Equipamentos está com resultado muito inferior ao observado em setembro de 2008 (-8,6%), bem como está apresentando um ritmo importante de recuperação. Esse setor, termômetro para investimentos na capacidade produtiva da indústria, foi o que mais sofreu no período de crise econômica, mas já está avançando a taxas superiores a outros setores. Em fevereiro de 2010, o nível de atividade do setor de máquinas e equipamentos avançou 0,5% com ajuste sazonal. Mas na comparação com fevereiro de 2009, a expansão foi de 40,9%. Para se ter uma ideia, somente no primeiro bimestre do ano, na série sem ajuste sazonal, a expansão foi de 36,3% ante igual período de 2009. Ainda assim, no acumulado dos últimos doze meses, o nível de atividade continua registrando queda de 14,1%. "O setor de Máquinas e Equipamentos carrega o ônus de ter sofrido a queda mais forte da indústria, mas agora tem a recuperação a taxas mais fortes", destaca. Outra observação positiva feita pela Fiesp é que há sinais de recuperação das exportações do setor industrial, o que vai contribuir para a reabilitação industrial ao longo do ano. Como exemplo, ele citou a indústria automobilística. A Fiesp prevê que a exportação de produtos manufaturados este ano cresça 21%, em nível nacional, em relação a 2009. No ano passado, por causa da contração do mercado internacional, as exportações caíram quase 27%. "Se a atividade externa da indústria de São Paulo foi um fator negativo em 2009, ela deve ser em 2010 um ponto positivo", afirma Francini. (Agência Estado)


Seul / Coréia do Sul
Samsung vê lucro de mais de US$ 3,5 bilhões com chips no 1º semestre
A Samsung Electronics deve registrar um lucro operacional de mais de 4 trilhões de won (3,5 bilhões de dólares) com seus negócios de chips no primeiro semestre de 2010, informou o jornal Korea Economic Daily nesta terça-feira. Inicialmente, a Samsung, maior fabricante de chips de memória do mundo, esperava um lucro de até 4,4 trilhões de won de sua divisão de chips para o ano todo, segundo noticiou o jornal em sua edição de quarta-feira, citando uma fonte anônima da empresa. Um porta-voz da Samsung se recusou a comentar o fato. Os preços maiores de chips de memória para computadores e a recuperação na demanda por PCs ajudaram a Samsung, que havia afirmado estar considerando aumentar o investimento de capital deste ano em chips de memória. A empresa deve divulgar seu guidance para os resultados do primeiro trimestre na semana que vem. (Agência Reuters)


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AGRONEGÓCIOS


São Paulo / SP
JBS no Canadá
A JBS Friboi comprou a empresa canadense Weddel Ltd. por US$ 3,750 milhões. Em nota enviada na noite da última sexta, dia 26/3, como esclarecimento à BM&FBovespa sobre direito de recesso, a companhia diz que "o preço de compra não constitui investimento relevante". O grupo cita o parágrafo único do artigo 247 da Lei nº 6.404/76, que considera valor relevante o investimento em cada sociedade coligada ou controlada, se o valor contábil é igual ou superior a 10% do valor patrimonial líquido da companhia ou 15% no conjunto das sociedades coligadas e controladas. A Weddel é uma empresa distribuidora de produtos processados e para animais (Pet). A operação, explica a JBS, não ensejará aos acionistas o direito de recesso. (Agência Estado)


Da redação – São Paulo / SP
Frango em baixa
O mercado disponível de frango vivo do interior de São Paulo não suportou a pressão do excesso de oferta e operou em baixa de R$ 0,05, com o preço básico recuando para R$ 1,45 por quilo na granja, porém com relatos de fechamentos a valores inferiores. O fato é que, além do frango criado especificamente para este mercado, continua a haver boas disponibilidades de aves oriundas de integrações que costumam vender excedentes, o que vem fragilizando os negócios do segmento. O volume comercializado foi simplesmente regular, num momento em que se esperava alguma antecipação de demanda motivada pelo feriado da sexta-feira. Em Minas Gerais, o mercado também trabalhou com cotação em queda e o frango vivo passou ao patamar de R$ 1,55 por quilo na granja.



São Paulo / SP
Pesquisadores identificam genes para modificar cheiro das flores
Pesquisadores do Instituto de Alimentos e Ciências Agrícolas da Universidade da Flórida (UF) identificam genes para modificar cheiro das flores. Dar aroma às flores que não o possuem, tornar a fragrância mais suave ou doce, ou modificá-la completamente serão alternativas disponíveis para quem se dedica à floricultura, informou uma equipe de pesquisadores do Instituto de Alimentos e Ciências Agrícolas da Universidade da Flórida (UF). Os cientistas descobriram os genes da complexa mistura química que produz a fragrância de uma flor, e abriram novos caminhos para modificar ou aumentar os compostos de aroma e produzir os cheiros desejados. "Durante muito tempo os cultivadores se focaram especialmente no aspecto da flor, seu tamanho, sua cor e quanto tempo dura, mas a fragrância ficou esquecida", afirmou David Clarck, professor de horticultura ambiental da universidade. No futuro isso poderá mudar e as pessoas terão como escolher entre uma variedade de aromas, ou ainda uma sem cheiro, da mesma flor, disseram os cientistas. Por mais de dez anos, Clark e outros pesquisadores analisaram este fenômeno através dos genes de 8 mil petúnias e chegaram a algumas conclusões. Por exemplo, eles concluíram que o gene responsável pela fragrância do leite de rosas é o mesmo que dá sabor aos tomates. Por manipulação desse gene, os cientistas conseguiram gerar tomates mais saborosos, e atualmente se dispõem a preparar sua comercialização, assim como com a fragrância das rosas. (Folha Online)


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SETOR AUTOMOTIVO

Nova Iorque / EUA
Vendas da Toyota nos EUA sobem cerca de 35% em março
As vendas da Toyota Motors nos EUA saltaram cerca de 35% em março em relação ao mesmo mês do ano passado, depois de ofertas da montadora para reconquistar consumidores que haviam fugido após o grande número de recalls. O diretor de vendas da Toyota nos EUA, Jim Lentz, afirmou que a companhia está revendo os planos de incentivo a vendas para abril, além de estar avaliando se manterá o financiamento com 0% de juros e outros descontos sem precedentes depois de março. "Por uma semana ou mais em janeiro nós perdemos muita força no mercado. Nós precisamos ter certeza de que o mercado e nossos revendedores entenderam que nós estamos abertos para os negócios", disse Lentz a repórteres ontem, dia 30/3. "Os incentivos são um plano de curto prazo. Nossa intenção não é mantê-los por um longo período." Segundo Lentz, o desempenho da Toyota nos EUA em março superou a média da indústria. Em março de 2009, a montadora japonesa vendeu 132.802 veículos no mercado norte-americano. As grandes montadoras dos EUA devem divulgar seu desempenho referente a março na quinta-feira. Atingida por uma onda de recalls, a participação de mercado da Toyota nos EUA caiu para 13,4% nos primeiros dois meses do ano, abaixo dos cerca de 17% em todo o ano de 2009. A maior montadora do mundo ficou atrás da General Motors e da Ford em vendas nos EUA em 2010 até agora. (Agência Reuters)


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VAREJO & SERVIÇO

Da redação – São Paulo / SP
Camarão & Cia quer abrir 100 lojas até 2014
A rede de franquias Camarão & Cia possui, atualmente, 36 lojas em operação. No ano passado, a empresa registrou um faturamento de cerca de R$ 36 milhões e planeja, a partir de 2010, crescer principalmente nas regiões Sul e Sudeste, com início no interior de São Paulo. Até 2014, a franquia quer estar com 100 unidades em operação no mercado Brasileiro, sendo que 18 serão abertas ainda em 2010.

Da redação – São Paulo / SP
Camarão & Cia quer abrir 100 lojas até 2014
A rede de franquias Camarão & Cia possui, atualmente, 36 lojas em operação. No ano passado, a empresa registrou um faturamento de cerca de R$ 36 milhões e planeja, a partir de 2010, crescer principalmente nas regiões Sul e Sudeste, com início no interior de São Paulo. Até 2014, a franquia quer estar com 100 unidades em operação no mercado Brasileiro, sendo que 18 serão abertas ainda em 2010.

Da redação – Porto Alegre / RS
Carrefour quer abrir 23 lojas na Argentina
O grupo varejista francês Carrefour pretende abrir 23 hipermercados na Argentina este ano, em um investimento de 250 milhões de pesos (US$ 65,4 milhões). A empresa, que investiu 1,25 bilhão de pesos (US$ 330 milhões) entre 2006 e 2009, quer aproveitar a retomada do varejo local depois de anos de crise para reforçar sua presença no país, onde conta hoje com 68 hipermercados e 117 supermercados.

Da redação - Rio de Janeiro / RJ
Flytour projeta crescimento de 100% no Nordeste
O mercado de turismo no Nordeste brasileiro é um dos principais focos da Flytour. O objetivo é dobrar o número de lojas no Nordeste em 2010, para 20 unidades. Os investimentos no Nordeste devem contribuir com o crescimento global em vendas de 10% da divisão Franchising da empresa neste ano.

São Paulo / SP
Café do Ponto lança café sustentável e neutraliza emissões de carbono das lojas
A marca Café do Ponto, da americana Sara Lee, lançou um projeto de neutralização de carbono em suas cafeterias e em toda a cadeia de produção dos grãos oferecidos nas lojas. O projeto vai monitorar, pelos próximos dois anos, a emissão de gases do efeito estufa decorrentes de todas as atividades da marca, desde o plantio do café até sua comercialização nas cafeterias. O projeto abrange todas as operações das cafeterias Café do Ponto e o produto ícone da campanha, o Café do Ponto Safra Social, que é comercializado no varejo. A Sara Lee fez o inventário das emissões de todas as etapas da cadeia produtiva dos grãos consumidos nas cafeterias, de suas atividades e do Safra Social. Com isso, plantou aproximadamente 7 mil mudas de árvores em uma área de 4,6 hectares.



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MERCADO DE TECNOLOGIA


Murray Hill / EUA
HP anuncia oferta de infraestrutura convergente no Brasil
Mirando companhias que já possuem data centers complexos, a HP anuncia no mercado brasileiro sua oferta de infraestrutura convergente. A convergência, segundo a companhia, acontece quando todos os elementos estão virtualizados, com gestão automatizada, recursos otimizados e garantia de disponibilidade. Para oferecer o produto, a empresa está reunindo sua plataforma de integração de software, servidor, armazenamento e redes (HP BladeSystem Matrix), um ambiente para reduzir a complexidade de gestão de processos e aplicativos (HP Infrastrucuture Operating Environment), além de ferramentas para virtualização (HP FlexFabric e HP Virtual Resource Pools).
Um dos principais destaques da nova oferta é o HP Data Center Smart Grid, que permite o monitoramento do uso de energia da infraestrutura de data center. “As empresas chegavam a reservar o dobro da energia necessária para as instalações e máquinas, pois o consumo é imprevisível. Com a ferramenta, é possível monitorar como a energia é consumida e reduzir o consumo por conseqüência”, afirma o vice-presidente da unidade de Servidores, Storage e Redes (ESSN, da sigla em inglês), Bob Schultz. Para fortalecer a área, a empresa está reforçando investimentos nacionais em forças de vendas e em estratégias de distribuição. “Estamos buscando ampliar a cobertura do mercado nacional para ganhar penetração”, diz o diretor da área de ESSN no Brasil, Denoel Eller.
3Com - Na estratégia de infraestrutura convergente, a 3Com, cuja aquisição foi anunciada pela HP no final do ano passado, terá um papel importante. Segundo os executivos, a tecnologia complementa as plataformas da HP e vão dar força à empresa para competir com a Cisco. Para Bob Schultz, a Cisco é forte em um mercado de pouca competição e teve de migrar para o de servidores, altamente competitivo. “Não é tão simples assim entrar nesse mercado. Há toda uma questão de cadeia de distribuição e expertise de mercado”, diz. Por outro lado, a HP passaria a contar com a tecnologia de uma empresa que tem market share significativo no mercado asiático, em um mercado que ainda é pouco competitivo no Brasil. “Acredito que isso nos dá vantagem nesse cenário de competição”, avalia. (Agência EFE)


Redwood City / EUA
Oracle Brasil reforça estratégia para conquistar 2 mil PMEs
A Oracle Brasil quer atrair dois mil novos clientes do segmento de Pequenas e Médias Empresas (PMEs) para seus aplicativos de negócios. Com esse objetivo, a empresa reforçou sua estratégia de comercialização por meio de parceiros e investiu em mapeamento para entender as necessidades de TI desse setor no País. A vice-presidente de vendas de aplicativos para o mercado de empresas da Oracle Brasil, Sandra Vaz, informa que a companhia passou os últimos nove meses estudando esse segmento. De um universo de cinco mil empresas pesquisadas, duas mil foram consideradas alvo da Oracle. São negócios em crescimento no Brasil de diversos setores da economia que faturam de 50 milhões de reais até 500 milhões por ano. Sandra explica que essas empresas estão buscando melhorias para se tornar mais competitivas perceberam que TI não é mais custos e sim investimentos. Ela observa que esses negócios precisam crescer com sustentabilidade, mas que enfrentam diversos desafios. Entre os quais a executiva cita a necessidade de reter talentos, aumentar os controles internos e tomar decisão apoiadas em informações precisas. “Essas empresas têm que ter relações mais fortalecidas, conhecer seus clientes e ter o produto certo na hora certa”, afirma a executiva. Com essa necessidade, a Oracle espera atrair essas companhias para suas aplicações de negócios com ofertas de sistemas de gestão empresarial (ERP), de relacionamento com o cliente (CRM), Busiess Inteliigente (BI) e outras ferramentas. As soluções abrange também serviços no modelo on demand com o pagamento mensal por uso das aplicações.
Apoio do canal - Para ofertar soluções a esses clientes, a estratégia da Oracle é baseada em três fatores: foco em indústria, metodologia que acelera a implantação dos sistemas e cobertura para fazer as implementações via parceiros especializados.Atualmente a empresa conta com 35 parceiros especializados na venda de aplicações para PMEs. Segundo Sandra, são empresas que estão perto dos clientes e conhecem bem as necessidades deles. Para suportar esses canais, a executiva conta que a Oracle fez um mapeamento das oportunidades. Como resultado desse trabalho, a Oracle acabou de conquistar dois novos clientes de porte médio. Um deles é a Embracon, empresa nacional de consórcio, que adquiriu a ferramenta de CRM da empresa. A outra é a Sociedade Bíblica do Brasil que comprou o ERP da companhia. Com o reforço de sua estratégia para PMEs, a Oracle espera atrair uma média de 250 novos clientes desse setor por ano. Assim, a companhia atingiria sua meta de conquistar dois mil clientes em quatro anos. Porém, Sandra acredita que pode alcançar o número antes desse prazo. (Agência EFE)


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MERCADO WEB


Londres / Inglaterra
Gastos com publicidade online da Grã-Bretanha sobem 4,2% em 2009
A publicidade online na Grã-Bretanha cresceu 4,2% em 2009, superando o desempenho do mercado como um todo no país, embora a uma taxa bem menor que a de 2008, sustentada pela demanda por anúncios pagos baseados em buscas e vídeos, segundo relatório divulgado ontem, dia 30/3. De acordo com o relatório conjunto do Internet Advertising Bureau e da PricewaterhouseCoopers, o setor sobreviveu à crise econômica e teve um segundo semestre positivo, permitindo que os gastos com publicidade online crescessem para 3,5 bilhões de libras (US$ 5,3 bilhões). A alta, no entanto, ficou bem abaixo dos 17,1% registrados em 2008, mas ainda foi melhor na comparação com o mercado de publicidade britânico como um todo, que teve retração de 13% em 2009, segundo estimativa de dezembro da ZenithOptimedia. A ZenithOptimedia também previu uma queda de cerca de 2% para o mercado em 2010. O setor foi dominado por resultados de buscas pagos, tipo de publicidade online que cresceu 9,5%, para 2,15 bilhões de libras, e representou 60,7% de todos os gastos com publicidade online, compensando uma pequena queda de 4,4% nos gastos com banners, segundo o relatório. Os gastos com banners e anúncios tradicionais de Internet caíram apesar de um aumento de 140% em anúncios em vídeo, comerciais apresentados antes, depois ou durante um vídeo na Internet, algo que está se tornando cada vez mais profissional e popular na Web. (Agência Reuters)

Mountain View / EUA
Chat do Orkut e iGoogle agora permite transferências de arquivos
A Google revelou ontem, no blog do Google Talk, o Talkabout , que os webapps de mensagem instantânea de seus sites Orkut e iGoogle agora permitem transferir arquivos. Os chats já suportavam funções de voz, vídeo e grupo. A funcionalidade deve ser estendida em breve também ao chat do Gmail. O compartilhamento permitirá o envio de fotos, documentos e outros arquivos, como, provavelmente, pequenos vídeos. Basta clicar em Send a file… no menu de ações, durante um chat. A função também é compatível com o sistema de transferências de arquivos no software para download do Google Talk, o Gtalk, que já existe há algum tempo. Isso permite compartilhar arquivos com quem usar a versão para desktop. Os recursos de bate-papo dos sites do Google são compatíveis e interligados entre si – uma pessoa pode, por exemplo, estar no Orkut e conversar com outra que esteja no Gmail, ou no software instalável Gtalk. Mas ainda assim, alguns recursos disponíveis para um site (ou para o programa) podem não estar para outro, e este é o caso, por enquanto, da transferência de arquivos. A Google não informou quando o recurso estará disponível para o Gmail, e recomenda aos interessados acompanhar o que é divulgado no Talkabout em googletalk.blogspot.com. (Agência EFE)


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LOGÍSTICA & INFRAESTRUTURA


São Paulo / SP
TAM reverte prejuízo e registra lucro de R$ 1,34 bilhão em 2009
A companhia aérea TAM registrou lucro líquido de R$ 1,343 bilhão no ano passado, revertendo o prejuízo apresentado em 2008 (R$ 1,51 bilhão). Considerando apenas o último trimestre, os ganhos chegaram a R$ 143,9 milhões, ante perdas de R$ 1,229 bilhão no mesmo período em 2008. No confronto com o desempenho nos três meses anteriores (R$ 348,0 milhões), houve queda de 58,6%. O Ebitdar (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, amortização, depreciação e leasing de aviões) da maior companhia aérea do país chegou a R$ 364,3 milhões de outubro a dezembro, com queda de 31,3% ante o mesmo período em 2008 e recuo de 3,4 no comparativo com o terceiro trimestre. No ano (R$ 1,436 bilhão), a redução foi de 8,3%. A receita líquida da empresa apresentou diminuição de 12,9% no quarto trimestre (R$ 2,544 bilhões) ante o mesmo período em 2008 e de 6,5% considerando todo o ano (R$ 9,9 bilhões). A receita doméstica recuou 12,7% no último trimestre de 2009, para R$ 1,433 bilhão, devido à queda de 25,3% no yield - que representa o valor médio pago por um passageiro para voar um quilômetro. No ano, houve queda de 18%, também como um dos reflexos da guerra tarifária entre as companhias aéreas. (Agência Estado)



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TELECOM & ENERGIA


São Paulo / SP
Eletrobras tem lucro menor em 2009, de R$ 170,5 milhões
A Eletrobras anunciou ontem, dia 30/3, que registrou lucro líquido de R$ 170,5 milhões em 2009, contra R$ 6,1 bilhões em 2008. A forte queda no lucro é explicada pela reversão da linha financeira, de positiva para negativa. No ano passado, a holding estatal elétrica teve despesa financeira líquida de R$ 5,3 bilhões, enquanto em 2008 a empresa contabilizou resultado financeiro positivo de R$ 3,4 bilhões. Por ter relevante parcela de recebíveis indexados a moedas estrangeiras, principalmente o dólar, a Eletrobras sentiu o efeito da valorização do real no ano passado no momento de contabilizar esses valores em reais. Em 2008, o efeito foi o contrário. A receita operacional consolidada do Sistema Eletrobras nos 12 meses de 2009 totalizou R$ 27,7 bilhões, queda de 9%. As despesas operacionais decresceram em ritmo inferior, com queda de 6,2%, para R$ 23 bilhões. Considerando apenas o quarto trimestre do ano passado, a estatal elétrica reportou lucro líquido de R$ 1,7 bilhão, que se compara ao ganho de R$ 3 bilhões nos três últimos meses de 2008. (Agência Reuters)


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MERCADO DE LUXO


Da redação - São Paulo / SP
A Hospitalidade e o Luxo em 2010
O relatório “10 Crucial Consumer Trends for 2010”, do site Trendwatching.com, deixa claro que o relacionamento entre a sociedade de amanhã e as marcas mudarão radicalmente no próximo ano.
Mas o que será luxo nos próximos anos? A resposta é: “Tudo o que você quiser que seja”. Não há limites para o luxo, pois ele depende do “olhar” de quem o vivencia. Aplicando essa tendência ao mundo da hospitalidade, os hotéis deverão se tornar ainda mais inovadores para manter sua relevância na mente do hóspede.
Redes sociais (web 2.0), consciência ambiental e responsabilidade social são alguns itens que deverão fazer parte da estratégia dos negócios de luxo que almejam um futuro sustentável. Além disso, a entrega de produto / serviço “único”, ao invés de caro, deve ser o carro chefe para a entrega da “promessa da marca”.
De acordo com um Estudo do Consumidor, chamado “Spending & Saving Tracker”, lançado no segundo semestre de 2009 pela American Express, há um ano, dois terços dos típicos clientes do mercado de luxo disseram que pretendem gastar em roupas (43%), jantar fora (47%) e viagens de férias (56%).
Na última Luxury Travel Expo, que ocorre anualmente nos Estados Unidos, algumas tendências ficaram claras:
1. Mais viagens em família
Com as pessoas tendo filhos mais tarde e os avós ainda tendo mais condições financeiras que os pais, a velha idéia de que luxo e viagens em família não combinam está acabando.
Não é difícil você chegar a um hotel de luxo hoje em dia e encontrar a piscina cheia de crianças, um Kid´s Club parecendo a Disneylândia, muitas reservas de apartamentos conectados e inúmeros “amenities” infantis. Além disso, os “Concierges” estão sendo cada vez mais requisitados por excursões, passeios de aventuras e parques.
2. Experiências ainda mais profundas
Já se foi o tempo em que fazer compras em Milão ou Paris impressionava os amigos. Agora, o que vale é visitar lugares que nunca ninguém ouviu falar. Viagens de aventura, voluntariado e destinos exóticos estão no “cardápio do dia” para os viajantes de luxo. Lugares como Colômbia (recomendo Cartagena de Índias em especial), Nicarágua e Guatemala têm sido cada vez mais procurados na América Latina. Não é raro vermos turistas com alto poder aquisitivo viajando como “backpackers” (mochileiros), querendo se integrar à comunidade local e buscando experiências autênticas ao invés de ficarem presos no “mundo artificial” dos hotéis de alto luxo, que já não os surpreende mais.
3. Crescente procura por hotéis e viagens “verdes”
Os hóspedes estão cada vez mais exigentes em relação às práticas ambientais dos hotéis - 44% deles preferem hotéis com “consciência ambiental”. Luxo e “eco-friendly” são dois conceitos que devem caminhar juntos daqui para frente.
Mesmo com um 2009 difícil e uma baixa de 25% nas viagens de negócios, o lazer continua em alta. Os destinos de luxo da América Latina saíram muito bem da recessão (com exceção da Argentina, que já amargava uma crise interna quando a mundial chegou), em comparação com o restante do mundo, principalmente Europa e Estados Unidos.
Para 2010, o Tripadvisor, após pesquisa com 3.000 turistas americanos, afirma que 41% das pessoas gastarão mais em viagens e 92% farão duas ou mais viagens no próximo ano (diferente dos 89% de 2009). Para completar a pesquisa, 66% afirmaram que a economia não afetará seus planos de viagens em 2010.
O ITB World Travel Trends Report, realizado com 60 experts em turismo de 30 países, confirmou que 2009 foi um ano difícil em função da insegurança do consumidor. No ano de 2009 foram batidos todos os recordes de “last-minute booking” (reservas de última hora), dificultando enormemente a possibilidade de um correto forecast (previsão de negócios).
Com todo esse cenário descrito, os hotéis de alto padrão já se preparam para as novas tendências. Luxo na hospitalidade tem a ver com experiência e não excesso. Um serviço excepcional é uma arte. Aliás, exceder as expectativas dos hóspedes é resultado de paixão e acreditar que tudo é possível. E que o impossível pode, no máximo, demorar um pouco mais. Em geral, o verdadeiro luxo é, de longe, muito mais etéreo do que material.
O luxo e a hospitalidade não devem somente satisfazer, mas inspirar. Não somente exceder expectativas, mas transcendê-las. E, finalmente, oferecer um valor percebido muito além da sensação do preço.
Na última ILTM - International Luxury Travel Market -, que ocorreu em Cannes em dezembro de 2009, vários profissionais, referências no segmento do turismo de luxo mundial, expuseram seus conceitos de luxo. Tom Storey, Presidente da Rede Fairmont Hotels definiu a estratégia da marca: “O truque é unir o produto à história e criar memórias.”
Daniel Levine, expert em tendências e fundador da Avant-Guide Institute sugeriu que luxo é resultado de experiências com muito significado. A natureza dessas experiências é diferente do ano passado e mudará para o próximo. Estamos falando agora de educação, conhecimento e crescimento pessoal.
No artigo “Luxury Hospitality: Back to the Future”, da Revista Hotels, vários executivos do setor definem o luxo na hospitalidade dos mais variados pontos de vista. Mas o que realmente define luxo não é dar mais ou necessariamente ser o mais caro, mas fazer as coisas certas de maneira surpreendente. Em se tratando de hotelaria, é possível tangibilizar isso quando o capitão porteiro cumprimenta o hóspede pelo nome, mesmo sendo sua primeira hospedagem ou conhecendo a marca de seu café preferido e oferecendo a ele a qualquer hora do dia, mesmo não constando no cardápio.
Nos últimos anos, a hospitalidade de luxo se transformou em um “estado de riqueza” para um “estado de espírito”. O “estilo de vida” mudou para “a arte de viver”. No futuro, o consumidor de hotelaria de luxo considerará seus gastos como investimento, onde o ROI (return on investment) é tornar sua vida mais agradável, tanto pessoal quanto profissionalmente. Hóspedes escolherão uma marca em particular baseados nos benefícios, experiências e significados pessoais que o hotel poderá contribuir para suas vidas.
No Brasil, de acordo com a fornecedora de informação de crédito de consumidores e empresas Equifax, é esperado um aumento da inflação devido ao aquecimento da economia e conseqüente aumento da demanda para 2010.
Considerando a linha de investimento de 1 bilhão de reais que o BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - pretende colocar à disposição para o setor hoteleiro em 2010, o foco deverá ser nas categorias de luxo e low-cost. De acordo com o Diretor da ABIH-Nacional - Associação Brasileira da Indústria de Hotéis -, Alexandre Sampaio, o setor deve se voltar à categoria de luxo nos próximos anos, aquela em que as diárias superam os US$ 300. Além disso, os empreendimentos urbanos ganharão mais força que pousadas e resorts.
O cenário é positivo, mas também exigirá investimentos altos em infraestrutura para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Não é à toa que as marcas Four Seasons e Jumeirah já pensam em novos projetos de hotéis de alto padrão no Brasil nos próximos anos. É o nosso país (ainda emergente, mas amadurecendo rápido) se consolidando no mercado de luxo mundial. Bons ventos. (Fonte: Gabriela Otto – Gestão de Luxo/FAAP)


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