Edição 236 | Ano II

Brasília / DF
Crise de Dubai não vai chegar ao Brasil
O abalo nos mercados financeiros provocado pela proposta de Dubai de adiar os pagamentos de dívidas é passageiro e não terá maiores consequências para o Brasil, disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega. "Acho que não vai pegar. O medo de calote mexeu um pouco com os mercados, mas acho que aqui não vai ter maiores consequências", disse o ministro a jornalistas, após participar de evento com banqueiros. Falando à Reuters, o presidente-executivo do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, disse também não acreditar em maiores reflexos de Dubai sobre o Brasil. "Foi até melhor que essas notícias vieram num dia de feriado do Dia de Ação de Graças, nos Estados Unidos", que paralisou os negócios em Wall Street, comentou. "Assim dá tempo de os investidores pensarem melhor", disse Trabuco, ao considerar que não há exposição de bancos brasileiros naquele mercado.
A empresa de investimentos estatal Dubai World admitiu na noite de quarta-feira, dia 25/11, sua incapacidade para honrar obrigações financeiras ao pedir uma moratória da dívida. O emirado indicou então sua intenção de pedir aos credores de seu conglomerado Dubai World seis meses de moratória para o pagamento de uma dívida. "A Dubai World tem a intenção de pedir aos que estão entre os seis credores e aos credores da Najeel que esperem ao menos até 30/6/2010 para o pagamento de dívidas vencidas", afirmou em um comunicado o Fundo de Apoio Financeiro de Dubai, que vigia os efeitos da crise na economia do emirado. A Najeel, uma das gigantes do setor imobiliário do emirado, que é controlada pela Dubai World, deve pagar em dezembro quase US$ 3,5 bilhões de dívida sob a forma de obrigações islâmicas. Também na quarta-feira o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou que o Brasil "tem condições de sair com sucesso de uma crise externa", durante palestra no Ibef - Instituto Brasileiro dos Executivos de Finanças -, em Brasília. Meirelles disse que, tendo passado pela crise, o governo brasileiro já começa a pensa nos desafios a longo prazo que o país pode enfrentar. "Começamos a perder o interesse pela crise e isso é excelente", afirmou. O presidente do BC reforçou que o Brasil saiu da crise rapidamente por dedicar-se a uma reorganização financeira do Estado brasileiro e a metas ajustadas de inflação. Além disso, ele ressaltou que o governo acumulou um colchão de liquidez com os depósitos compulsórios. (Agência Reuters)

Londres / Inglaterra
Crise em Dubai pode ameaçar países emergentes
Os grandes bancos britânicos, que, em grande parte, só atravessaram a crise no ano passado graças à intervenção do governo, são os mais expostos às dívidas de Dubai e dos demais seis emirados que compõem os Emirados Árabes. Lideradas pelo HSBC, as instituições financeiras britânicas tinham emprestados US$ 50 bilhões para empresas da região em 2008, de um total de US$ 123 bilhões concedidos pelos bancos estrangeiros, segundo o BIS - Banco para Compensações Internacionais. O HSBC, o maior banco da Europa, é o que aparece como o mais exposto a possíveis dívidas, com US$ 17 bilhões em empréstimo, seguido pelo Standard Chartered (instituição que tem participação da holding Dubai World), com US$ 7,8 bilhões, e pelo RBS, com US$ 3,6 bilhões -os três bancos são britânicos, o que reflete o foco deles em mercados emergentes e as ligações históricas entre os dois países. O presidente-executivo do HSBC, Michael Geoghegan, disse estar "confiante" de que Dubai e o restante do país vão "superar quaisquer problemas de curto prazo que enfrentem".
No início deste ano, o governo do Reino Unido assumiu o controle de dois dos maiores bancos do país, o RBS e o Lloyds, que tinham dívidas bilionárias e colaboraram para a paralisia do crédito que levou a economia à recessão. A preocupação com os efeitos da crise em Dubai nos bancos britânicos fez o governo Gordon Brown se manifestar sobre o caso. Segundo porta-voz, a visão do governo é que as instituições financeiras estão suficientemente capitalizadas depois de serem submetidas a "rigorosos testes de estresse." Nesses testes, foi analisada a capacidade dos bancos de enfrentarem novas perdas.
A preocupação com o possível calote de US$ 59 bilhões pela Dubai World (que possui empresas no emirado e participação em dezenas de outras pelo resto do mundo), porém, não está restrita aos bancos. Entre analistas, existe o temor de que, caso a proposta de Dubai de reestruturação da dívida não seja aceita pelos credores, se transforme em uma moratória com efeitos parecidos aos da feita pela Argentina, no início desta década, e pela Rússia, no fim dos anos 90. Ou seja, o temor se espalharia para os demais mercados emergentes e secaria o fluxo de capital para essas economias. Para Benoit Anne e Daniel Tenengauzer, analistas do Bank of America, a moratória por parte de Dubai pode levar a "uma parada brusca no fluxo de capital para os mercados emergentes" e ser "um grande passo para trás" na recuperação da crise financeira global.
Mas também há quem diga que a reação nos mercados, especialmente anteontem, foi exagerada e que é preciso esperar pelo menos até a semana que vem, quando o governo de Dubai promete mais detalhes de seu plano para as dívidas. "Dubai, na verdade, é mais um sintoma, um legado de um boom anterior, do que um indicativo de um começo de uma série de questões que vão criar uma crise sistêmica nos mercados emergentes", afirmou Kevin Grice, economista da Capital Economics, de Londres. "Os mercados pressupõem o pior cenário possível."
Mohamed El-Erian, presidente da Pimco, um dos maiores fundos do mundo, afirmou que os problemas de Dubai podem servir para uma correção nos preços das ações em Bolsa, mas descartou que as quedas nos mercados desde o anúncio de quarta-feira por Dubai sejam indício de mais uma crise. Na s sábado, dia 28/11, as Bolsas na Ásia e nos EUA (onde ela não funcionou anteontem devido a feriado) tiveram perdas, enquanto os mercados no Brasil e na Europa recuperaram parte das quedas da quinta-feira, 26/11. (Agence France Presse / AFP)

Brasília / DF
Ajuda ao governo reduz capacidade de empréstimos da Caixa
Para reforçar o cofre do governo num momento de queda de receita e risco de descumprimento da meta de superavit primário em 2009, a Caixa Econômica Federal foi obrigada a pagar R$ 2,4 bilhões ao Tesouro Nacional ao longo deste ano. Para conseguir repassar esse dinheiro, que é 20% maior do que todo o lucro acumulado entre janeiro e setembro deste ano, o banco foi obrigado a sacar das reservas de lucros de anos anteriores. Isso é o mesmo que dizer que a Caixa reduziu seu patrimônio e diminuiu a capacidade de exercer sua principal atividade: conceder empréstimos. O repasse da maior parte dos dividendos ocorreu no terceiro trimestre. Nesse período, o banco transferiu R$ 1,931 bilhão da reserva de anos anteriores e outros R$ 500 milhões foram sendo pagos ao longo do ano a partir dos lucros de 2009.
Em agosto, o Tesouro Nacional só registrou resultado positivo em suas contas porque as estatais contribuíram com R$ 7,8 bilhões em repasses de dividendos. Se não fosse isso, haveria deficit de R$ 4,2 bilhões naquele mês. Após o pagamento ao governo, além de outros pequenos ajustes, o patrimônio líquido (PL) da Caixa caiu 8,6% e passou de R$ 13,502 bilhões em junho para R$ 12,339 bilhões no final de setembro.
O PL é a referência mais importante para a capacidade de um banco realizar empréstimos. Pelas regras em vigor, para cada R$ 100 que um banco empresta, ele precisa ter o equivalente a R$ 11 de patrimônio. Essa relação, chamada de Índice de Basileia, é o que determina a capacidade de o banco se alavancar e avançar sobre a concorrência. No caso da Caixa, no último trimestre deste ano esse índice caiu de 18,8% para 16,1%. Além da transferência de parte das reservas ao Tesouro, também pesou para essa diminuição o aumento da carteira de empréstimos do banco.
O Tesouro Nacional explica que o pagamento dos dividendos não afetou a capacidade de empréstimos da Caixa. "Essa decisão só é tomada quando não há prejuízo para atender às políticas do governo. O banco continua com capacidade para expandir o crédito. A cobrança de dividendos foi uma política adotada neste ano. Todas as estatais pagaram, e a Caixa foi mais uma", disse André Paiva, secretário-adjunto do Tesouro. O vice-presidente da Caixa, Marcos Vasconcelos, disse por meio da assessoria de imprensa que "os desembolsos ocorreram por decisão do controlador e não tiveram impacto para as atividades desempenhadas pela instituição".
Essa avaliação, no entanto, não é consenso. "A folga para essa política de atender a gregos e troianos - de tentar ajudar as finanças públicas, exigir atuação comprando outros bancos e ainda ampliar a participação no mercado - está diminuindo", diz o analista da área de bancos Luiz Miguel Santacreu. "Se a Caixa acelerar a destinação de reservas para o Tesouro, não terá o mesmo dinamismo para crescer na concessão de crédito, mesmo comprando outros bancos."
Se, por um lado, o Tesouro retirou dividendos da Caixa para reforçar as receitas que compõem o superavit primário, por outro colocou recursos no banco para melhorar a situação patrimonial, mas que não são contabilizados como deficit. Serão R$ 6 bilhões no total. No mês passado, já foram emitidos R$ 2 bilhões. Segundo Paiva, essa capitalização não foi feita para compensar o efeito negativo do aumento nos dividendos. (Agência Folha)

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INDICADORES ECONÔMICOS


- O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) registrou em novembro variação de 0,10%. No mês anterior, a taxa foi de 0,05%. Os três componentes do IGP-M apresentaram as seguintes trajetórias, na passagem de outubro para novembro: IPA, de 0,04% para 0,08%; IPC, de 0,03% para 0,14% e INCC, de 0,13% para 0,18%.

- O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getulio Vargas - composto por cinco quesitos contidos na Sondagem de Expectativas do Consumidor - elevou-se em 1,5% entre outubro e novembro de 2009, ao passar de 113,7 para 115,4 pontos, considerando-se dados com ajuste sazonal.

- O IPC-S de 22 /11 registrou variação de 0,22, taxa 0,02 ponto percentual (p.p.) acima da apurada na última divulgação. A principal contribuição para o acréscimo partiu do grupo Alimentação, que segue influenciado pelo avanço da taxa dos alimentos in natura.


ECONOMIA NACIONAL

Indicadores Financeiros
Base monetária registra aumento de 0,3% em outubro
A base monetária, considerada a média dos saldos diários, alcançou R$145,6 bilhões em outubro, registrando aumentos de 0,3% no mês e de 4,1% em doze meses. Entre seus componentes, o saldo médio do papel-moeda emitido cresceu 1,2% no mês, ao contrário das reservas bancárias que recuaram 2,5%. Dentre os fatores de emissão monetária, destacaram-se as compras líquidas de divisas pelo Banco Central no mercado interbancário de câmbio, que somaram R$11,9 bilhões, compensadas, em parte, pelo impacto contracionista das operações do Tesouro Nacional, que atingiram R$6,3 bilhões.


Cotações do Dólar Comercial
Data R$/US$
23/11 1,7245
24/11 1,7282
25/11 1,7272
26/11 1,7409
27/11 1,7440*


Índices de Preços ao Consumidor
IPC da Fipe fica em 0,34% na terceira quadrissemana de novembro
A terceira quadrissemana de novembro do índice de Preços ao Consumidor (IPC) apontou inflação de 0,34% na cidade de São Paulo, informou a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), na última quarta-feira. O resultado ficou 0,01 ponto percentual (p.p.) abaixo do índice da segunda semana do mês (0,34%). Dos sete itens que compõem o IPC da Fipe, os resultados apurados foram: Habitação (0,36%), Alimentação (0,12%), Transportes (0,54%), Despesas Pessoais (0,45%), Saúde (0,29%), Vestuário (0,34%) e Educação (0,06%).


IPCA-15 de novembro fica em 0,44%
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) de novembro foi de 0,44% e ficou bem acima dos 0,18% de outubro (mais 0,26 ponto percentual). Mesmo com a alta no mês, o resultado do acumulado do ano, que ficou em 3,79%, situou-se bem abaixo dos 5,79% de igual período do ano anterior. Para os últimos doze meses, a taxa fechou em 4,09%, pouco abaixo dos doze meses imediatamente anteriores (4,14%). Em novembro de 2008, o IPCA-15 fora de 0,49%.

Setor Externo
Saldo comercial da terceira semana de novembro é positivo em US$ 345 milhões
A balança comercial da terceira semana de novembro de 2009 teve superávit de US$ 345 milhões (média diária de US$ 69 milhões), resultado da diferença entre as exportações e as importações do período entre 16 e 22 de novembro (cinco dias úteis). Na semana, as exportações foram de US$ 2,907 bilhões (média de US$ 581,4 milhões) e as importações de US$ 2,562 bilhões (média de US$ 512,4 milhões). A corrente de comércio (soma das exportações e importações) fechou
em US$ 5,469 bilhões (média de US$ 1,094 bilhão).


Balanço de pagamentos registrou superávit de US$ 9,2 bilhões em outubro
Segundo o Banco Central, a conta capital e financeira apresentou superávit de US$11,7 bilhões e as transações correntes, déficit de US$2,9 bilhões. No mês, destacaram-se os ingressos líquidos de investimentos estrangeiros em carteira, US$17,1 bilhões. A conta de serviços apresentou déficit de US$2 bilhões em outubro, 158,7% acima do registrado no mesmo mês de 2008. As despesas líquidas com viagens internacionais somaram US$785 milhões, com redução de 6,1% nas receitas e elevação de 59,6% nas despesas com viagens ao exterior. O item transportes registrou despesas líquidas de US$297 milhões, ante déficit de US$148 milhões em outubro do ano anterior.

Mercado de Trabalho
Taxa de desemprego diminui

De acordo com as informações da Pesquisa de Emprego e Desemprego, realizada pela Fundação Seade e pelo Dieese, na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), a taxa de desemprego total diminuiu em outubro, ao passar de 14,1%, no mês anterior, para os atuais 13,2%. Segundo suas componentes, tal resultado refletiu a redução da taxa de desemprego oculto (de 4,0% para 3,3%) e, em menor medida, da taxa de desemprego aberto (de 10,1% para 9,9%). Em outubro, o contingente de desempregados foi estimado em 1.398 mil pessoas, 84 mil a menos do que no mês
anterior. Este resultado deveu-se à criação de 162 mil ocupações, número superior às 78 mil pessoas que se incorporaram à força de trabalho da região. O nível de ocupação cresceu 1,8% em outubro.


Desocupação foi de 7,5%, em outubro, segundo o IBGE
A taxa de desocupação (7,5%) não teve variação estatisticamente significativa em relação a setembro último (7,7%) nem a outubro do ano passado (7,5%). A informação é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A população desocupada (1,8 milhão) não se alterou em ambos os períodos comparativos, mas duas regiões metropolitanas mostraram variações expressivas em relação a outubro de 2008: Rio de Janeiro (-21,8%) e São Paulo (+ 10,4%). A população ocupada (21,5 milhões) ficou estável nas comparações mensal e anual, assim como o número de trabalhadores com carteira assinada (9,5 milhões). O rendimento médio real habitual dos ocupados (R$ 1.349,70), ficou estável no mês e teve alta de 3,2% frente a outubro do ano passado. A massa de rendimento efetiva dos ocupados teve alta de 0,4% no mês e de 2,9% no ano. O rendimento domiciliar per capita habitual dos ocupados teve alta de 0,8% no mês e de 3,6% no ano.


Setor Público apresenta superávit no mês de outubro
Em outubro, o resultado primário do setor público consolidado foi superavitário em R$13,8 bilhões. Todos os segmentos do setor público apresentaram superávit no mês. No Governo Central, o superávit alcançou R$11,4 bilhões; nos governos regionais, R$2 bilhões; e nas empresas estatais, R$419 milhões. No acumulado no ano, o resultado primário foi superavitário em R$51,5 bilhões (2,06% do PIB), 3,28 p.p. do PIB inferior ao registrado no mesmo período de 2008, refletindo a queda na arrecadação acumulada no ano, determinada,sobretudo, pelo efeito da crise financeira internacional sobre o nível de atividade.


Economia Internacional
PIB dos EUA cresceu 2,8% no terceiro trimestre
Segundo o Departamento de Comércio dos EUA, o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos cresceu no terceiro trimestre em ritmo mais lento do que o anteriormente estimado, enfraquecido por fortes importações e baixos investimentos em estruturas não residencias, indicando uma lentidão na recuperação econômica. A segunda leitura do Produto Interno Bruto (PIB) apontou alta a uma taxa anualizada de 2,8%, contra leitura preliminar de expansão de 3,5% . Mesmo assim, é a taxa mais alta desde o terceiro trimestre de 2007. A volta da expansão econômica ocorre após quatro trimestres seguidos de declínio - na pior recessão em 70 anos no país - e com a ajuda do mercado imobiliário. No segundo trimestre deste ano, a economia americana havia encolhido 0,7%. O lucro das empresas cresceu, assim como a produção, apesar de ainda estarem cortando empregos.

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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP e Associated Press)



HOJE – Fechamento das Bolsas da Ásia

Tóquio / Japão
Bolsas encerram mês em forte alta
A redução dos temores sobre a crise de débito do Dubai World, o principal conglomerado dos Emirados Árabes Unidos, fez com que as bolsas da Ásia se recuperassem e fechassem com resultados expressivos nesta segunda-feira. Não houve negociações nas Filipinas por ser feriado.
- Na Bolsa de Hong Kong, o índice Hang Seng avançou 687 pontos, ou 3,3%, e terminou aos 21.821,50 pontos, após ter perdido 4,8% na sexta-feira.
- Já nas Bolsas da China, outro fator a dar suporte ao mercado foi a declaração de Pequim de que irá manter a política econômica. O Xangai Composto subiu 3,2% e encerrou aos 3.195,30 pontos. Já o Shenzhen Composto avançou 4,2% e terminou aos 1.185,94 pontos.
O declínio do dólar em relação às principais divisas internacionais, por conta das preocupações sobre Dubai, fez o yuan se valorizar sobre a moeda norte-americana. No mercado de balcão, às 4h30 (horário de Brasília), a cotação de compra e venda do dólar era de 6,8275 yuans, abaixo do fechamento de sexta-feira, que foi de 6,8284 yuans.
- Após atingir o pior fechamento em três semanas, a Bolsa de Taipé, em Taiwan, se recuperou no encalço dos demais mercados regionais. O Taiwan Weighted subiu 1,2% e encerrou aos 7.582,21 pontos.
- Na Coreia do Sul, o índice Kospi da Bolsa de Seul avançou 2%, para 1.555,60 pontos.
- Na Austrália, o índice S&P/ASX 200 da Bolsa de Sydney fechou com um ganho de 2,8%, aos 4.701,3 pontos.


HOJE – A abertura das Bolsas da Europa

- Londres / Inglaterra - O índice geral da Bolsa de Valores de Londres, o FTSE-100, abriu em alta de 9,60 pontos (0,18%), aos 5.255,33. O barril de petróleo Brent para entrega em janeiro abriu hoje em alta no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, cotado a US$ 77,68, US$ 0,50 a mais que no fechamento da sexta-feira.

- Frankfurt /Alemanha - O índice DAX-30 da Bolsa de Valores de Frankfurt abriu em alta de 0,51%, aos 5.715 pontos. O euro subiu nas primeiras horas de cotação no mercado de divisas de Frankfurt e era negociado a US$ 1,5055, frente a US$ 1,4977 da sexta-feira. O Banco Central Europeu (BCE) estabeleceu na sexta-feira o câmbio de referência do euro em US$ 1,4914.

- Paris / França - O principal indicador da Bolsa de Valores de Paris, o CAC-40, abriu em alta de 0,21%, aos 3.729,29 pontos.

- Roma / Itália - O índice seletivo FTSE-MIB da Bolsa de Valores de Milão abriu em alta de 0,27%, aos 22.265,44 pontos. O índice geral FTSE Italia All Share abriu também em positivo e subia 0,31%, para 22.718,73 pontos.


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MERCADO FINANCEIRO


São Paulo / SP
Itaú Unibanco e Magazine Luiza estendem parceria até 2029
O Itaú Unibanco pagará R$ 250 milhões para a rede varejista Magazine Luiza para estender até 31 de dezembro de 2029 o prazo de sua parceria exclusiva com a Luizacred, informou o banco nesta sexta-feira. "O valor a ser pago pelo Itaú Unibanco para a extensão do prazo da exclusividade não acarretará impactos materiais em seus resultados", informou o banco em comunicado enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários). A Luizacred, financeira detida em iguais proporções pelo Magazine Luiza e pelo Itaú Unibanco, faz a distribuição de crédito nas lojas físicas e virtuais da varejista, que teve faturamento anual de R$ 3,2 bilhões em 2008, segundo o comunicado. (Agência Reuters)


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INDÚSTRIA


Rio de Janeiro / RJ
Vale deve investir US$ 3,5 bilhões em infraestrutura em 2010
A Vale deve investir em torno de US$ 3,5 bilhões em empreendimentos de infraestrutura em 2010. A informação foi confirmada pelo diretor de Relações com Investidores da Vale, Roberto Castelo Branco. "Infraestrutura não é nosso core business, mas é muito impor tante para nossa competitividade no mundo", comentou o executivo. Em palestra no 1º Congresso do INI - Instituto Nacional dos Investidores -, realizado neste fim de semana, no Rio de Janeiro, o executivo detalhou o plano de investimentos para 2010. Do total destinado à infraestrutura, cerca de US$ 2,6 bilhões serão usados em projetos de logística e em torno de US$ 834 milhões, em empreendimentos de energia.A Vale e suas empresas controladas formam o maior grupo consumidor de energia elétrica do País. A empresa integra consórcios em seis usinas hidrelétricas que geram 1.422 megawatts de energia. Mais uma, a de Estreito, no Rio Tocantins/Maranhão, tem previsão de entrar em operação no ano que vem, com capacidade para 1.087 megawatts. Com a autogeração a Vale reduz consideravelmente seus custos de produção. Castelo Branco também chegou a citar alguns projetos no qual a empresa já está envolvida, como a construção de um píer no Terminal Marítimo de Ponta da Madeira, que faz parte do projeto de minério de ferro de Carajás Serra Sul/PA. Mas, após sua apresentação, preferiu não dar mais detalhes sobre os investimentos para o próximo ano.Em outubro, a Vale já havia anunciado que os investimentos totais para o próximo ano ficariam em torno de US$ 12,9 bilhões. O anúncio ocorreu em meio aos rumores de descontentamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva quanto ao pouco volume de investimentos da Vale no País durante a crise. Também presente ao evento, o analista da Vince Partners (formada por ex-sócios do banco Pactual) Pedro Batista comentou que o mercado e os investidores de uma maneira geral ficaram atentos aos rumores, como também "até que ponto o Estado pode estar interferindo nas empresas". (Agência Estado)

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AGRONEGÓCIOS


Da redação – Curitiba / PR
Pesquisadores sugerem uso sustentável de reservas em áreas rurais
Técnicos e pesquisadores ligados à área ambiental afirmaram que a reserva legal que cada propriedade rural deve preservar não pode ser vista como uma área improdutiva. O debate ocorreu durante audiência pública da comissão especial que analisa as propostas de novos códigos Ambiental e Florestal. Para Raul do Valle, representante do Instituto Sócio-Ambiental, é equivocado pensar que apenas as florestas plantadas, como as de eucalipto, podem ser utilizadas para produção de madeira, por exemplo. Segundo ele, a própria fiscalização deve ser orientada sobre o que a lei já permite em termos de manejo de florestas nativas. Valle informou que a fiscalização em alguns estados já atua para orientar os proprietários rurais, e não apenas para punir.
Prazos flexíveis - O pesquisador André Lima, do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), disse que é necessário estudar prazos mais flexíveis para que os produtores rurais que não cumprem a legislação possam se regularizar. "É importante pensar em soluções de longo prazo, para evitar novos 'remendos' no código", afirmou, ao participar da audiência.Também na audiência, o diretor de Políticas Públicas do Greenpeace, Sérgio Leitão, disse que o País precisa de uma legislação mais avançada. Ele afirmou que até o direito de propriedade é controverso no Brasil, dado o histórico de grilagem em algumas regiões.
Frencoop - Durante a audiência, o deputado Luis Carlos Heinze, membro da Frente Parlamentar do Cooperativismo, criticou a postura dos ambientalistas, que colocariam as suas preocupações acima dos interesses da população. "Eu tenho que olhar para os aspectos ambientais. Agora, eu não posso descuidar do social e, muito menos, do econômico", disse. A comissão especial foi criada para analisar o Projeto de Lei 1876/99 e outras cinco propostas que tramitam em conjunto (PLs 4524/04, 4395/08, 5020/09, 5226/09 e 5367/09). O projeto original, do ex-deputado Sérgio Carvalho, propõe um novo Código Florestal, em substituição ao atual (Lei 4.771/65). (Fonte: Assessoria de Imprensa da Ocepar/Sescoop-PR)


Da redação - Brasília / DF
Brasil busca novos mercados para açúcar
A abertura de novos mercados para o açúcar brasileiro e as principais tendências sucroalcooleiras estão sendo discutidas em Londres, no 18º Seminário da OIA - Organização Internacional do Açúcar. O diretor de Cana-de-açúcar e Agroenergia do Mapa - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento -, Alexandre Strapasson, e o coordenador-geral de Açúcar e Álcool, Cid Caldas, representam o governo brasileiro no evento. “Os seminários internacionais da OIA, tradicionalmente realizados em Londres, tornaram-se o principal encontro do setor açucareiro mundial”, enfatizou o diretor do Mapa. Neste ano, o debate é Momento para o Açúcar e o Etanol, com a participação de empresários e representantes governamentais de diversos países. Líder mundial na produção de açúcar e etanol de cana-de-açúcar, o Brasil hoje é responsável por mais de 50% do comércio internacional. A experiência brasileira com etanol combustível tornou-se referência mundial no campo das energias renováveis, como forma de reduzir as emissões dos gases de efeito estufa e a dependência de combustíveis fósseis. A produção de cana-de-açúcar no País tem crescido 11% ao ano. Em 2008, aproximadamente R$ 9 bilhões de investimento diretos foram destinados à construção de 30 novas usinas. (Fonte: Assessoria de Imprensa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento)



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VAREJO & SERVIÇO


Da redação - São Paulo / SP
Redes varejistas devem ter um dos melhores Natais
O consumidor deve gastar neste Natal até o dobro do que desembolsou no final de 2008, o que dever levar o comércio a ter um dos melhores faturamentos dos últimos anos. Condições mais favoráveis de crédito, renda, juros e prazos de financiamento farão com que, para algumas lojas, as vendas voltem a ter o desempenho de antes da crise financeira mundial, iniciada em setembro de 2008. Grandes redes varejistas avaliam que o resultado neste final de ano pode até ser o melhor já registrado no país.
Projeção feita pelo Provar (Programa de Varejo) da Fundação Instituto de Administração da USP, com base na Pesquisa Trimestral de Intenção de Compras, aponta que os consumidores vão gastar 25,2% mais com a compra de eletroeletrônicos, 14,8% mais com eletrodomésticos e 3,1% mais com produtos de informática e eletroportáteis. O gasto médio com eletroeletrônicos será da ordem de R$ 1.500 por compra. No ano passado, esse valor foi ao redor de R$ 1.200. As vendas no comércio devem crescer no próximo mês R$ 10,4 bilhões sobre dezembro do ano passado, segundo cálculo feito pela MB Associados, com dados do IBGE. Esse valor é quase dez vezes maior do que o de R$ 980 milhões alcançado em dezembro de 2008 (sobre igual mês de 2007).
"É verdade que grande parte dessa recuperação tem a ver com uma base de comparação muito fraca. Mas também é verdade que parte dessa recuperação se dá pelo dinamismo interno da economia", afirma Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados. No acumulado de 12 meses encerrados em agosto do próximo ano, o aumento de consumo deve alcançar R$ 103 bilhões, segundo estimativa da consultoria. "Este não será um Natal de presentinhos. Se no ano passado a compra média foi de R$ 50, neste ano será de, no mínimo, R$ 100", diz Abram Szajman, presidente da Fecomercio SP.
Os benefícios fiscais para alguns setores resultaram em antecipação de compra de produtos, o que levou à falta de componentes, modelos e marcas de produtos - caso de televisores de LCD e lavadoras de roupas. "Mas essa situação foi pontual, localizada. A indústria se preparou para vender em novembro e em dezembro deste ano 30% mais do que em 2008. Não vai faltar produto nas lojas", diz Lourival Kiçula, presidente da Eletros, associação da indústria eletroeletrônica. A Mabe, fabricante de eletrodomésticos, espera vender neste Natal 20% mais do que em igual período do ano passado e diz que a entrega de componentes pelos fornecedores está "praticamente normalizada". "No auge do problema, há cerca de três meses, deixamos de receber 30% do que prevíamos. Mas agora a situação está quase 100% resolvida", afirma Karim Nabi, diretor do Carrefour, que prevê aumento de 20% das vendas neste Natal na comparação com o de 2008.
No Wal-Mart, houve atraso na entrega de TVs de LCD. "A situação se normalizou neste mês", afirma Marcelo Vienna, vice-presidente da empresa. Wal-Mart, Magazine Luiza, Renner e Decico esperam crescimento de vendas entre 10% e 30% no Natal. "Será o Natal dos consumidores emergentes, novos clientes que se inseriram no consumo, que não curtiam Natal e que passarão a curtir", diz José Galló, diretor-presidente da rede Lojas Renner.


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COMÉRCIO EXTERIOR


Da Redação - São Paulo / SP
Empresa descobre novo mercado na África
A África é hoje um potencial cliente para as empresas brasileiras, sobretudo no que o Brasil tem de melhor, a tecnologia em produção de etanol. A Equilíbrio comprovou isso em um encontro recente na cidade de Maputo, em Moçambique. No evento “Biocombustíveis: Tecnologia Brasileira para a Agroindústria Produtora e Processadora de Cana-de-Açúcar”, a Equilíbrio teve contato com inúmeras usinas de açúcar e álcool não apenas de Moçambique, mas de países próximos como a África do Sul, Uganda, Zâmbia e Tanzânia. Para Roberta Toledo, responsável pelo Departamento de Comércio Exterior da Equilíbrio, a participação da empresa foi muito positiva. “Fizemos uma apresentação sobre nossas atividades no Brasil e percebemos um grande interesse dos produtores africanos em conhecerem mais sobre a tecnologia da Equilíbrio”, comentou. A empresa produz peneiras rotativas que otimizam a produção das usinas, ventiladores e exaustores para caldeiras e, também, telas em aço inox para diversas aplicações industriais. Segundo Roberta, durante todos os dias do evento, a Equilíbrio atendeu representantes de usinas locais. “O evento foi amplamente divulgado pela mídia africana e reuniu muita gente interessada. Trabalhamos muito e percebemos uma forte disposição em realizarem negócios com o Brasil”, comentou. Na oportunidade, a Equilíbrio também visitou algumas usinas em Moçambique, como a usina Açucareira Xinavane S.A, do grupo Tongaat Hullet Sugar, um dos maiores da África.

Brasília / DF
Latinos e UE discutem acordo sobre comércio de banana
Depois de 15 anos de disputa, os países latino-americanos e a União Europeia estão próximos de concluir as negociações sobre o comércio de banana. O entendimento poderia ser anunciado nesta semana, facilitando as exportações de bananas da região para o maior mercado consumidor hoje do produto, a Europa. A ideia do Brasil, Equador, Costa Rica e Colômbia é garantir que a tarifa de importação na Europa passe de 176 euros por tonelada para 148 euros. Em oito anos, a taxa cairia para 114 euros. Os países latino-americanos já conseguiram que a Organização Mundial do Comércio (OMC) condenasse as práticas europeias. Mas até hoje Bruxelas jamais implementou as correções nas tarifas. As dificuldades são duas: a produção da Espanha e o acesso que as ex-colônias africanas ainda se beneficiam no mercado europeu. No fundo, porém, a disputa é ainda uma guerra entre Europa e Estados Unidos. A maioria das exportações latino-americanas é feita por multinacionais americanas instaladas nos diversos países. Hoje, o maior fornecedor de bananas para a Europa é o Equador, com 1 milhão de toneladas por ano. No Brasil, as vendas chegam a 70 mil. Bruxelas insiste que, para um acordo ter validade, outros entendimentos precisarão ser estabelecidos. Um deles é um tratado geral sobre o comércio de produtos agrícolas tropicais, como frutas. A segunda exigência é de que os americanos também aceitem a proposta. (Agência Estado)

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MERCADO DE TI


Helsinque / Finlândia
Acer inicia vendas de seu 1º celular Android
A Acer começou a vender seu primeiro celular equipado com o sistema operacional Android, do Google, esta semana, e introduzirá novos modelos com a plataforma ano que vem, anunciou o presidente da divisão de telefonia da companhia. A segunda maior fabricante mundial de computadores pessoais entrou no mercado de celulares este ano com 10 modelos, todos os quais, exceto o equipado com o Android, operam com Windows Mobile, da Microsoft. "No ano que vem, o equilíbrio será bem maior", disse Aymar de Lencquesaing em entrevista à Reuters. "O Android claramente tem impulso. O ritmo de avanço é muito mais alto que se poderia antecipar um ano atrás", disse ele, acrescentando que a empresa não tem planos de usar outros sistemas operacionais.
O Android detinha 3,5 por cento do mercado mundial de celulares inteligentes no terceiro trimestre, ante zero no período um ano atrás, enquanto a participação de Microsoft caía de 13,6 por cento a 8,8 por cento no período, de acordo com o grupo de pesquisa Canalys. De Lencquesaing afirmou que a Acer não tem planos de acompanhar os grandes fabricantes de celulares, que introduzem de 50 a 100 modelos novos a cada ano. "Nosso ponto ideal é provavelmente de entre oito e 10 aparelhos, e com isso nos sentiremos confortáveis", disse.
O setor de celulares inteligentes, em rápido crescimento, se tornou campo de batalha entre os fabricantes tradicionais de celulares e os de computadores, com a Asustek, Hewlett-Packard, Lenovo e Dell também interessadas no mercado. "Trata-se de um mercado lotado", disse de Lencquesaing, acrescentando prever quedas fortes nos preços dos celulares inteligentes, o que beneficiará fabricantes de computadores como a Acer. "No setor de computadores, estamos todos acostumados a quedas acentuadas de preço. No final, quem sai ganhando é o consumidor, e isso expande o mercado", afirmou. Seguindo o caminho inverso, no mês passado a maior fabricante mundial de celulares, Nokia, começou a vender laptops. (Agência Reuters)



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MERCADO WEB

Paris / França
Ministro francês quer que UE enfrente Google sobre livros
Membros da União Europeia querem criar um projeto conjunto sobre a digitalização de livros, afirmou o ministro da Cultura da França, Frederic Mitterrand. A ideia é competir com os planos do Google de criar uma gigantesca biblioteca digital. Ministros da UE concordaram nesta sexta-feira em criar um comitê de "homens sábios" para elaborarem um plano em Bruxelas, disse Mitterrand em entrevista ao diário francês Journal du Dimanche que deve ser publicada no sábado. Miterrand também afirmou que a digitalização de livros não deve ser deixada a empresas privadas, e que os governos devem elaborar políticas apropriadas para lidar com o assunto. "O comitê receberá a missão de trazer as visões de cada país e esboçar uma posição conjunta", disse ao jornal. Os planos do Google de escanear milhões de livros e colocar trechos destes na Internet faz parte de um acordo feito com o Authors Guild dos Estados Unidos. O plano tem sido elogiado por dar amplo acesso a livros, mas também foi criticado por razões de antitruste, direitos autorais e violação de privacidade.Questionado se os ministros europeus eram a favor do acordo do Google, Mitterrand afirmou que não poderia fazer comentários no momento. "Da minha parte não há antiamericanismo. Mesmo assim, creio que os EUA não são um monolito, e opiniões diferentes devem ser manifestadas. É por isso que não quero que o Estado se submeta aos mercados", disse. "Não depende desse ou daquele grupo privado decidir sobre políticas em um assunto tão importante quanto a digitalização de nosso patrimônio global. Não vou deixar que essa decisão dependa de um simple laissez-faire", acrescentou. (Agência Reuters)



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TELECOM & ENERGIA


Rio de Janeiro / RJ
Inmetro vai avaliar qualidade do serviço de banda larga no Brasil
O Inmetro - Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - está instalando equipamentos em casas de voluntários que irão monitorar a qualidade do serviço de banda larga prestada pelas operadoras de telecomunicações. O trabalho será realizado a partir de convênio firmado este ano com a Anatel - Agência Nacional de Telecomunicações - e o NIC.br - Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR -, braço técnico do Comitê Gestor da Internet no Brasil. Os equipamentos irão monitorar a qualidade da rede por três meses, verificando também o atendimento aos usuários. Durante esse período, os voluntários não poderão usar o serviço de banda larga para fins pessoais. O Inmetro estima que, até o final do ano, os cem equipamentos programados já estarão instalados em sete das principais capitais do país. "A gente quer verificar como está o serviço real da operadora. Nós temos condições de medir com bastante precisão isso", afirmou o chefe da Divisão de Metrologia em Telecomunicações do Inmetro, Rodolfo Souza. Segundo ele, o objetivo do projeto "é fazer a avaliação da banda larga fixa dos principais provedores que existem no mercado, tanto por cabo, como por modem, [abrangendo] as diversas tecnologias que existem".
Métodos - A metodologia foi apresentada previamente às operadoras que, entretanto, desconhecem quais os serviços contratados que estarão sendo analisados. O Inmetro está coletando os comentários das empresas sobre o estudo. As cidades onde estão sendo efetuados os testes foram escolhidas pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil. Nessas capitais há pontos de troca de tráfego de todas as operadoras. Souza informou que isso permitirá ao Inmetro avaliar o comportamento de cada operadora. A expectativa é divulgar os resultados no início de 2010.
Ele ressaltou, contudo, que o trabalho não tem característica de fiscalização. "Ou seja, não vai aplicar uma multa". A finalidade é mostrar a qualidade do serviço que está sendo prestado. "É mais um cunho informativo". Até a primeira metade do ano que vem, Souza espera que seja iniciada a segunda fase do estudo, abrangendo a banda larga móvel. A metodologia de testes será, entretanto, diferente da pesquisa para banda larga fixa: a ideia é o Inmetro contratar cinco ou seis serviços de banda larga móveis, sem que a operadora saiba qual é a finalidade proposta, para poder analisar a mobilidade e área de cobertura, entre outros fatores.
Serão feitas divulgações parciais dos resultados, à medida em que eles sejam alcançados. O estudo deverá ocorrer em sete ou oito capitais brasileiras. A metodologia será apresentada em breve às operadoras. "Todo esse processo é muito transparente, muito claro e formal", afirmou Souza. (Agência Brasil)


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MERCADO DE LUXO


Londres / Inglaterra
Estudo mundial destaca sucesso de ações de promoção do Brasil durante a crise financeira
Estudo do Euromonitor Internacional cita ações e parcerias da Embratur na promoção do turismo de luxo e em mercados asiáticos como iniciativas de sucesso para combater efeitos da crise econômica. Copa do Mundo, Olimpíadas e fim da banda tarifária em passagens aéreas também são apontados pelo relatório, que mapeia as tendências para o turismo mundial. O World Travel Market Trends Report, realizado pelo Euromonitor (um dos principais institutos de pesquisa em turismo do mundo), aponta as inovações e medidas pró-ativas realizadas pelos governos e iniciativa privada em 2009, com o objetivo de reduzir o impacto causado ao setor devido à crise econômica mundial.
A América Latina é citada no relatório como exemplo de região que busca o reposicionamento de destinos, com o investimento em produtos de luxo. E destaca as ações da Embratur para promover o setor, em parceria com a Brazilian Luxury Travel Association (BLTA), como a participação em feiras e realização de caravanas de familiarização para operadores especializados no nicho. O estudo cita o acordo de cooperação assinado em julho, entre a Embratur e a BLTA, para promover produtos brasileiros de luxo em países como Estados Unidos, Itália, França, Portugal, Alemanha e Argentina. O objetivo é atrair visitantes que permanecem no destino oito vezes mais tempo do que o turista comum e gastam 20 mil dólares por viagem - enquanto a média é de 2,5 mil dólares, explica o relatório. “O fato de o Euromonitor mencionar o trabalho da Embratur mostra a importância de seguirmos investindo em promoção e apoio à comercialização mesmo em momentos difíceis”, aponta Jeanine Pires, presidente da Embratur.
O crescimento do Brasil como destino de luxo já havia sido destacado pela prestigiada revista norte-americana Condé Nast, que incluiu cinco hotéis do País na lista dos melhores do nicho na América Latina: Unique, Pousada Maravilha, Kiaroa Eco-Luxury Resort, Ponta dos Ganchos e Kurotel. A maior aposta do Brasil é a biodiversidade, tendo em vista o interesse crescente de produtos eco-luxuosos, que reúnem condições para atender o desejo do turista em conviver com a natureza em um ambiente de luxo. “Neste momento, em que surgem sinais de recuperação da economia nos principais países emissores de turistas do mundo, o Brasil continua bem posicionado e em condições de disputar os estrangeiros que voltam a viajar depois da crise”, disse.
Promoção conjunta Brasil/ Argentina - O fim da banda tarifária em passagens aéreas para voos nacionais e internacionais. O aumento da malha aérea entre o Brasil e o Oriente Médio, entre 2008 e 2009, também foi reportado pelo Euromonitor, devido ao alto potencial deste mercado - que emite turistas com altos gastos em viagens. Além disso, o estudo aponta as ações em conjunto entre Brasil e Argentina para atrair cada vez mais turistas japoneses, sul-coreanos e chineses para a América do Sul. O estudo cita ainda iniciativas como workshops, participação em eventos do setor e o lançamento, até o final do ano, de um voo direto entre a Coréia do sul e o Brasil, como apostas acertadas de promoção do País.
Copa do Mundo e Olimpíadas - Os dois maiores eventos esportivos do mundo foram apontados pelo Euromonitor, como a “chave para o crescimento” do turismo no Brasil. “Além de atraírem estrangeiros e implicarem na circulação da própria população brasileira dentro do País, a Copa 2014 e as Olimpíadas 2016 trazem uma grande exposição de imagem e impactam a opinião sobre o país e seu futuro como destino turístico e de eventos”, finaliza Jeanine Pires. (Agence France Presse / AFP)


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