I-Press.biz Economia & Mercado | Edição 136 | Ano I

Prezado leitor
A redação do I-Press.biz Economia & Mercado vai entrar em férias coletivas a partir de 1 de janeiro de 2009 e volta na segunda-feira dia 12 de janeiro de 2009.

Esperamos que o ano de 2009, seja repleto de inúmeras realizações para você!

O I-Press.biz está preparando grandes novidades para 2009, com a ampliação de sua cobertura nacional e internacional. O domínio
www.i-press.biz – em breve – estará disponível e trará um novo layout e serviços para você.
Só não irá mudar a qualidade e a credibilidade das informações econômicas e de mercado que você está acostumado a ler e a confiar aqui no I-Press.biz.
Dentre a novidades para 2009 está a parceria com renomados economistas do mercado de capitais, que estarão escrevendo com exclusividade para o I-Press.biz, com artigos e análises semanais sobre as tendências e o balanço da semana nas bolsas de valores.
Honramo-nos em tê-lo como nosso leitor e todos os nossos esforços são pensados e desenvolvidos para lhe proporcionar o máximo de informação, sobre o universo econômico do Brasil e do mundo. Esperamos continuar contando com sua confiança em 2009.

Nosso compromisso continua: trazer as notícias que você precisar saber sobre o mercado nacional e internacional.

Grande abraço e ótimos negócios em 2009,
Kátya Desessards
Editora-chefe
katya@i-press.biz

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Retrospectiva dos principais fatos ocorridos
na economia do Brasil e do mundo em 2008

O ano de 2008 foi um dos mais intensos para a economia mundial, com resultados negativos de bancos, falências, planos bilionários de governos, quedas importantes nos mercados, alta do dólar no Brasil, derretimento do preço do petróleo e muita discussão sobre os melhores caminhos para tirar o mundo de uma das principais crises econômicas de todos os tempos.

Veja a seguir os principais fatos que marcaram o ano de 2008 na economia no Brasil e no mundo:

DEZEMBRO
19 de dezembro

O governo americano anuncia que deve ajudar o setor automobilístico com até
US$ 17,4 bilhões, tirados do chamado Tarp - Programa para Alívio de Ativos Problemáticos -, o pacote de US$ 700 bilhões aprovado em outubro e destinado inicialmente, a resgatar empresas do setor bancário com problemas ligados a papéis 'podres' (com alto risco de calote).
17 de dezembro
Banco Central divulga que balanço da liberação de depósitos compulsórios, que
soma R$ 98 bilhões. O compulsório é o dinheiro dos clientes que os bancos são obrigados a deixar depositados no BC. BC também divulga que já fez atuações no mercado de câmbio no valor de US$ 53,4 bilhões, entre os dias 19/9 e 16/12 para segurar a disparada do dólar.
16 de dezembro
Os bancos pequenos terão
R$ 5,4 bilhões a mais para utilizarem em operações de crédito para pessoas físicas e jurídicas. O CMN - Conselho Monetário Nacional - aprova a liberação de recursos do FGC - Fundo Garantidor de Crédito - para essas instituições.
16 de dezembro
Em uma decisão surpreendente, o
Federal Reserve (Banco Central americano) reduziu sua taxa de juros de 1% para uma margem entre zero e 0,25% ao ano, o menor patamar de sua história. O presidente eleito dos EUA, Barack Obama, disse após a decisão do Fed que os EUA estão "ficando sem a munição que é usada normalmente em períodos de recessão", ou seja, reduções de juros.
15 de dezembro
O BNDES concede empréstimo de R$ 528 milhões para a construção da plataforma que irá operar no
campo de Mexilhão, na bacia de Santos.
12 de dezembro
Em uma economia já em recessão afetada pela crise financeira global, os EUA ainda recebem outro golpe:
Bernard Madoff, ex-presidente da Bolsa de empresas de tecnologia Nasdaq, é acusado de ser responsável por um esquema de fraude que pode ter gerado prejuízos de US$ 50 bilhões a bancos, investidores e mesmo instituições de caridade. Madoff foi preso e seu fundo de investimentos foi liquidado pela SEC - Securities and Exchange Commission, a autoridade de regulação dos mercados americanos.
12 de dezembro
Um plano de resgate de US$ 14 bilhões GM, Ford e Chrysler é
rejeitado no Senado após ter passado pela Câmara dos representantes; no mesmo dia, o governo americano informou que considera empregar recursos do pacote de US$ 700 bilhões, inicialmente destinados a comprar papéis "podres" (de alto risco de calote) dos bancos, para salvar as montadoras.
12 de dezembro
A União Européia
concordou em executar medidas de estímulo à economia que devem somar cerca de 200 bilhões de euros - aproximadamente 1,5% do PIB do bloco - para impulsionar atividade e emprego, a fim de combater a recessão.
12 de dezembro
O governador de São Paulo, José Serra, anunciou um
pacote de medidas fiscais e financeiras para ajudar na redução dos impactos da crise financeira global. Entre as medidas tomadas pelo governo paulista, está uma linha de crédito de R$ 1,2 bilhão para empresas de autopeças e máquinas e mudanças nos regulamentos do ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - e da Nota Fiscal Paulista.
11 de dezembro
O CMN - Conselho Monetário Nacional - anuncia que vai ampliar as alternativas de aplicação das reservas internacionais do Brasil. O Banco Central ficará autorizado a disponibilizar parte desse dinheiro, por meio dos bancos, para as empresas brasileiras que precisem rolar financiamentos feitos no exterior. O governo estima gastar
mais de US$ 10 bilhões das reservas, que até então estão acima de US$ 200 bilhões.
11 de dezembro
Governo Federal anuncia medidas para reduzir impostos e aliviar os efeitos da crise econômica que pretendem injetar
R$ 8,4 bilhões na economia. Entre as principais mudanças anunciadas estão a nova tabela do Imposto de Renda, a redução do IOF - Imposto sobre Operações Financeiras - para o consumo e do IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados - para as montadoras.
8 de dezembro
Impactada pela crise, a Companhia Vale do Rio Doce anuncia a suspensão das operações de duas unidades no porto de Tubarão, no Estado do
Espírito Santo. Dias antes, a empresa já havia anunciado a suspensão das atividades de minas de níquel, no Canadá.
4 de dezembro
As fabricantes de automóveis no país vivem, no final de ano, uma das maiores quedas nas vendas, prejudicadas pela falta de crédito e aumento dos juros. Apesar da produção reduzida, para acompanhar a demanda desaquecida, as montadoras têm 305 mil veículos parados em seus pátios, segundo dados divulgados pela Anfavea - Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores.
4 de dezembro
A moeda americana atinge o seu maior preço em reais desde abril de 2005: R$ 2,53, poucos meses após a pior fase da crise financeira internacional. Apesar das intervenções do Banco Central, a taxa de câmbio é alvo de forte especulação de agentes financeiros, que lucram com o enfraquecimento do real frente ao dólar. Entre a menor e a maior cotação do ano a taxa cambial variou 63% em menos de cinco meses, o que devastou os balanços de algumas das principais empresas brasileiras.
3 de dezembro
A Vale informa a
demissão de 1,3 mil trabalhadores no mundo, e dá férias coletivas a outros 5,5 mil.
1º de dezembro
O Nber - Escritório Nacional de Pesquisa Econômica - divulgou que a economia dos
EUA está em recessão desde dezembro de 2007. Nesse ano, os EUA não tiveram dois trimestres sucessivos de contração econômica, que é o parâmetro usual para dizer que o país está em recessão, mas o NBER afirmou que a piora do emprego e os dados ambíguos sobre a produção justificam a decisão.
1º de dezembro
Entra em vigor novas regras para o atendimento aos consumidores pelo
call center. Entre as novas normas, está o prazo máximo de um minuto para o contato direto com o atendente, o cancelamento do serviço, imediatamente após o pedido do cliente e a opção de falar com o atendente no primeiro menu eletrônico e em todas as subdivisões.
1º de dezembro
O BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - anuncia a criação de uma nova linha de capital de giro de empresas brasileiras, de
até R$ 6 bilhões. A nova linha visa recuperar a concessão de crédito para as empresas, que segundo o BC - Banco Central - começou a se recuperar, ainda que em patamares tímidos. O prazo da linha vai até 30 de junho de 2009.
NOVEMBRO
27 de novembro

O senador Tasso Jereissati (PSDB/CE) contesta empréstimo da
Petrobras junto à Caixa Econômica Federal, de R$ 2 bilhões. A empresa garante que não tem problemas de caixa e que a busca pelo crédito é normal. A estatal alega que a crise financeira dificultou as condições no exterior, e que buscou melhores condições ao recorrer ao mercado interno.
25 de novembro
O sinal vermelho para a economia americana, aceso desde outubro, ficou mais intenso: O PIB do país sofreu uma
contração de 0,5% no terceiro trimestre, contra a estimativa de 0,3% divulgada então.
21 de novembro
Governo publica no "Diário Oficial" da União o decreto que aprova o
novo PGO - Plano Geral de Outorgas. Com isso, fica permitido que uma empresa de telefonia fixa compre outra em área diferente - o que, na prática, dá base legal para a compra da Brasil Telecom pela Oi. O processo de mudança do decreto começou em fevereiro e em outubro, foi aprovado pela Anatel.
21 de novembro
O governo publica o decreto que
reduz o IOF - Imposto sobre Operações Financeiras - cobrado nos financiamentos para a compra de motos por pessoas físicas. A alíquota agora vai passar de 3,38% para 0,38%. Poderão ser financiadas com imposto mais baixo: motocicletas, motonetas e ciclonetas. No início do ano, o governo elevou o IOF de 1,5% para 3,38% para recompor a perda da CPMF, cuja alíquota era de 0,38% sobre qualquer movimentação financeira.
21 de novembro

Petrobras encontra
grande volume de petróleo no pré-sal da bacia de Campos, na parte do Espírito Santo, abaixo dos campos de Baleia Franca, Baleia Azul e Jubarte.
20 de novembro
O Banco do Brasil fechou a compra da Nossa Caixa, banco estadual de São Paulo. A negociação foi concluída por R$ 5,386 bilhões e foi o primeiro passo do BB no sentido de retomar a liderança de mercado, perdida após a fusão entre o Unibanco e o Itaú.
19 de novembro
O Ibama dá
licença preliminar para a usina hidrelétrica de Jirau, no rio Madeira/RO. A licença foi dada para a construção do canteiro de obras e as ensecadeiras (barreiras de cascalho e terra para desviar o leito do rio do local de construção da usina) a nove quilômetros do lugar original, conforme pedido pelo consórcio vencedor, a Enersus - Energia Sustentável do Brasil -, liderada pela francesa Suez. Para o início da construção da usina, será necessária nova licença.
16 de novembro
O governo publica medida provisória que
altera as datas de pagamento de tributos federais como o IR - Imposto de Renda - recolhido na fonte, a contribuição previdenciária, do PIS/Cofins e o IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados. O pagamento do IR e da contribuição para a Previdência, passam a ser pagos não mais no dia 10, mas no dia 20 do mês seguinte ao fato gerador. O pagamento do IPI será adiado do dia 15 para o dia 25 de cada mês. O PIS/Cofins terá uma ampliação menor de prazo, do dia 20 para 25.
15 de novembro
Termina a
reunião de cúpula do G20 (que reúne os países mais ricos e os principais emergentes), realizada em Washington, com uma extensa declaração de princípios e propostas de reformas dos mercados financeiros.
14 de setembro
Menos de dois meses depois de a primeira economia da zona do euro - a da Irlanda - ter entrado em recessão, o bloco como um todo,
também seguiu o mesmo caminho: a Eurostat - Agência Européia de Estatísticas - informou que o PIB - Produto Interno Bruto - da região teve uma contração de 0,2% no terceiro trimestre do ano, na comparação com o segundo trimestre, quando também, houve contração de 0,2% na comparação com o período imediatamente anterior.
12 de novembro
A Caixa Econômica Federal
libera R$ 2 bilhões para financiar bens de consumo diretamente no varejo e estimular a economia brasileira. Segundo informou a instituição, a medida abrange a compra de eletrodomésticos, eletrônico, móveis, TV e vídeo, além de material de construção.
11 de novembro
O governo de São Paulo lançou uma linha de crédito de R$ 4 bilhões, por intermédio do
banco Nossa Caixa, para os bancos e financeiras ligadas às montadoras de veículos em todo o país, que sofrem com a escassez de crédito. No mesmo dia, à tarde, a Caixa Econômica Federal divulgou a ampliação do limite de financiamento para compra de material de construção de R$ 7 mil para R$ 25 mil.
À noite, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, anunciou
conjunto de medidas de alívio tributário e de aumento do crédito para o setor produtivo para ajudar as pequenas e médias empresas.
6 de novembro
O ministro da Fazenda Guido Mantega anunciou durante reunião do chamado Conselhão (o CDES, Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social), uma
série de novas medidas que, juntas, disponibilizam R$ 19 bilhões em linhas de crédito para diversos setores via BNDES e Banco do Brasil. O anúncio com valor mais alto refere-se ao BNDES, que terá mais R$ 10 bilhões para financiar o capital de giro de empresas e para empréstimos em linhas de exportação pré-embarque, ou seja, os valores serão usados para permitir as vendas externas. Outros R$ 5 bilhões, provenientes do Banco do Brasil, serão usados para abrir uma linha de crédito para capital de giro de pequenas e médias empresas. Como já era esperado, Mantega confirmou R$ 4 bilhões, também do BB, para ajudar os bancos de montadoras a elevar o crédito aos consumidores.
3 de novembro
O grupo Itaú anunciou
fusão com o Unibanco, nesse dia, formando o maior banco do país e o maior grupo financeiro do Hemisfério Sul. Segundo as duas instituições, o total de ativos combinado é de mais de R$ 575 bilhões.
OUTUBRO
31 de outubro
A crise financeira faz com que a Vale
reduza a produção de minério de ferro em diversos locais do mundo.
30 de outubro
O primeiro sinal vermelho para a economia dos EUA se acende: no terceiro trimestre, o PIB - Produto Interno Bruto - do país registra
contração de 0,3%, o dado viria a ser revisado e mostraria um desempenho ainda mais fraco.
30 de outubro
BC anuncia regra para forçar os bancos a liberar o crédito obtido com o alívio no compulsório. Até então, o dinheiro do compulsório sobre
depósitos a prazo é recolhido na forma de títulos públicos. Ou seja, o banco recebe uma remuneração igual a do título. Com as mudanças, os bancos passam a recolher apenas 30% em títulos. Os outros 70% serão recolhidos em espécie, ou seja, vão ficar parados no BC sem remuneração. Para não sofrer essa "punição", os grandes bancos terão de comprar carteiras de crédito e outros papéis de bancos menores que estejam com problemas de liquidez.
29 de outubro
A
Caixa Econômica Federal confirmou informa que irá disponibilizar uma linha de crédito de capital de giro de R$ 3 bilhões para empresas de construção civil.
27 de outubro
A Bovespa chega ao fundo do poço, após quase dois meses de oscilações violentas nunca vistas por boa parte dos investidores, que surfaram a grande onda de cinco anos de ganhos consecutivos. Os mesmos aplicadores, que testemunharam as ações chegarem a preços recordes em maio, vêem seus recursos desabarem 60% em apenas cinco meses.
22 de outubro
O presidente Lula assinou
medida provisória que autoriza os bancos públicos brasileiros, a Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, a adquirirem participações em instituições financeiras no país sem passar por um processo de licitação. A MP é ampla (leia íntegra), composta de sete artigos, e inclui todo tipo de instituição financeira: seguradoras, instituições previdenciárias, empresas de capitalização, etc.
Lula assina outro decreto que zera a alíquota do
IOF para a aplicação no mercado de capitais e operação de empréstimos e financiamentos externos. Com a decisão, o capital que entra no país tem maior rentabilidade, ou seja, trazer dólares para o Brasil fica mais atraente ao investidor.
15 de outubro
Um mês após a quebra do
banco Lehman Brothers, a Bovespa amarga sua pior queda em dez anos: 11,4%. Os investidores antecipam o que os governos das maiores economias admitiriam algumas semanas depois: a recessão nos EUA ganhou dimensão global.
9 de outubro
CMN - Conselho Monetário Nacional - regulamenta as regras para que o BC possa socorrer os bancos que precisem de crédito em dólares ou reais. A regulamentação
dá ao BC poderes para interferir na administração dos bancos que venderem suas carteiras de crédito à instituição em busca de recursos. 7 de outubro
Seis dos principais bancos centrais do mundo - Federal Reserve (EUA), Banco do Canadá, Banco da Inglaterra (BC britânico), Banco do Japão, BCE (Banco Central Europeu) e SNB (Banco Nacional da Suíça) anunciam ação coordenada para oferecer ajuda ao sistema bancário a fim de combater a crise de crédito.
6 de outubro
Governo anuncia a criação de uma
linha internacional de crédito para ajudar os exportadores, com o dinheiro das reservas internacionais do BC. O governo também reforça a linha de financiamento para exportações pré-embarque do BNDES, com mais R$ 5 bilhões. O presidente Lula edita uma medida provisória que dá mais poderes ao BC para atuar durante a crise. Entre elas, está a autorização para o BC comprar carteiras de crédito de bancos em dificuldades no Brasil.
3 de outubro
A Câmara dos Representantes (deputados) dos EUA aprova o
plano de resgate de US$ 700 bilhões, destinado a salvar as instituições financeiras. Cerca de 2 horas depois, o presidente George W. Bush já havia assinado o texto, transformando-o em lei. Mas nem mesmo a tão esperada aprovação segurou os mercados acionários, que registraram queda.

SETEMBRO
29 de setembro
A Bolsa de Valores desaba 10,16% e uma expressão, antes restrita ao jargão de corretores, ganha as ruas, o circuit-breaker: a interrupção dos negócios devido a uma oscilação muito brusca nos preços das ações. A perspectiva de uma recessão global leva pânico à Bolsa de Valores. Naquela segunda-feira, havia sido a primeira vez desde 1999, que o "circuit-breaker" era acionado. Mas não seria última: por mais cinco vezes o pregão seria interrompido para que os investidores "esfriassem" a cabeça.
26 de setembro
Petrobras anuncia a
descoberta de óleo leve em outra área do bloco BM-S-40, acima do pré-sal, na bacia de Santos.
25 de setembro
A Irlanda se torna o
primeiro país da zona do euro a entrar em recessão, ao apresentar uma contração de 0,5% no PIB - Produto Interno Bruto - do segundo trimestre, depois de uma contração de 0,3% no primeiro.
24 de setembro
A crise internacional de confiança nos bancos e a falta de crédito externo afetam os bancos pequenos e médios no Brasil. O BC anuncia a primeira mudança no
recolhimento de depósitos compulsórios, que beneficia bancos menores e instituições que trabalham com leasing. Com isso, o BC garante a injeção de R$ 13 bilhões no mercado. Outras mudanças como essa foram adotadas.
16 de setembro
O Fed - Federal Reserve - faz sua primeira grande intervenção no mercado bancário ao
conceder um empréstimo de US$ 85 bilhões para a AIG - American International Group -, a maior seguradora do mundo. A empresa estava em sérias dificuldades, e tinha se tornado a "bola da vez" do mercado, após o Lehman Brothers quebrar. Na prática, o governo americano se tornou, com essa medida, o sócio majoritário da seguradora. Em novembro, essa ajuda foi elevada para US$ 150 bilhões.
15 de setembro
As
Bolsas de Valores mundiais desabaram com a quebra do Lehman Brothers Holdings, até então, o quarto maior banco de investimentos dos EUA. Os problemas enfrentados por outros dois gigantes financeiros - o banco Merrill Lynch e a seguradora AIG - também afetaram os mercados.
10 de setembro
A Petrobras informa que o prospecto de Iara, na camada pré-sal da bacia de Santos, tem entre
3 bilhões e 4 bilhões de barris em reservas recuperáveis de petróleo e gás. Protestos da oposição resultam na explosão de parte do gasoduto Bolívia-Brasil, prejudicando o fornecimento do insumo energético ao Brasil.
7 de setembro
Em um prenúncio do que viria a ocorrer dias depois, a partir da quebra do Lehman Brothers, o Departamento do Tesouro dos EUA anuncia uma intervenção federal nas empresas
Freddie Mac e a Fannie Mae, duas das maiores companhias de financiamento imobiliário do país, e profundamente afetadas pela crise dos créditos "subprime". Ambas recebem, no total, US$ 200 bilhões. Ambas respondem por quase metade dos US$ 12 trilhões em empréstimos para a habitação nos EUA.
2 de setembro
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou de cerimônia que marcou o
início da produção na camada pré-sal, no Espírito Santo. A chamada camada pré-sal é uma faixa que se estende por cerca de 800 quilômetros abaixo do leito do mar, entre os Estados do Espírito Santo e Santa Catarina, e engloba três bacias sedimentares (Espírito Santo, Campos e Santos).
1º de setembro
Entra em vigor a
portabilidade numérica - a possibilidade de trocar de operadora de telefone e manter o número. Inicialmente, o serviço é disponibilizado apenas para Avaré, Bauru, Lins e Marília (DDD 14) e Barretos, Catanduva, Santa Rita D'Oeste, São José do Rio Preto (DDD 17), em São Paulo, além dos DDDs 27, no Espírito Santo, 37, em Minas Gerais, 43, no Paraná, 62, em Goiás, 67, no Mato Grosso do Sul e 86, no Piauí. Para o restante do país, o serviço será implementado até fevereiro de 2009.
AGOSTO
27 de agosto
Morre o empresário
Olavo Egydio Setubal, presidente do conselho de administração da Itaúsa, holding que controla a instituição financeira Itaú. Foi prefeito da cidade de São Paulo de 1975 a 1979, no período militar. De março de 1986 a fevereiro de 1987, ocupou a função de ministro das Relações Exteriores. Após sair da pasta, nunca mais retornou à presidência do Itaú.
7 de agosto
A Petrobras anuncia nova descoberta no bloco BM-S-11, na camada pré-sal da bacia de Santos. O prospecto encontrado, vizinho ao de Tupi,
é denominado Iara.
1º de agosto
O dólar comercial desce para R$ 1,55 - o seu menor nível desde 1999 - poucos meses depois que o Brasil é promovido a país "investment grade", e em meio a especulações de que a taxa básica de juros deve atingir 13,75% ao ano. O boletim Focus, do Banco Central, mostra que a maioria dos bancos e corretoras projeta uma taxa de R$ 1,61 para dezembro.
JULHO
29 de julho
As negociações para avançar na
Rodada Doha, de liberalização do comércio mundial, fracassaram após nove dias de reunião em Genebra. EUA, Índia e China não conseguiram chegar a um acordo sobre tarifas de importação para o setor agrícola.
23 de julho
Ibama concede licença prévia para a usina nuclear de
Angra 3. Foram impostas 60 condições para a construção da obra, entre elas uma solução definitiva para o lixo nuclear produzido na usina, a contratação de uma empresa independente para o monitoramento da radiação e a resolução de problemas de saneamento básico da cidade de Angra dos Reis e Paraty (ambas no Rio). Antes do início das obras, porém, o Ibama terá de conceder a licença de instalação.
11 de julho
Preço do petróleo atingiu o
recorde de US$ 147,27 na Nymex - Bolsa Mercantil de Nova Iorque -. Cinco meses depois de atingir a marca, a cotação da matéria-prima caiu a menos da metade.
3 de julho
Com média de 1,867 milhão de barris/dia, a Petrobras registra em junho novo
recorde de produção.

JUNHO
20 de junho
Morre o empresário
Girsz Aronson, 91, que ficou conhecido como o "rei do varejo" em São Paulo com a venda de eletrodomésticos. Ele estava internado desde fevereiro no hospital Sírio-Libanês, por causa de um linfoma [câncer no sistema linfático].
13 de junho
Descoberta nova acumulação de petróleo e gás no bloco BM-S-9, na camada pré-sal da bacia de Santos. Desta vez, no
prospecto de Guará.
MAIO
29 de maio
A Fitch Ratings segue o "exemplo" da agência Standard & Poor's e também promove o "rating" (nota de risco de crédito) do Brasil a "grau de investimento", grupo de países com menores chances de atrasar ou suspender o pagamento de suas dívidas externas. Com a nota, o Brasil poderá receber recursos de grandes fundos internacionais que só têm autorização para investir em mercados que já conquistaram essa chancela de bom pagador.
29 de maio
A Petrobras anuncia mais uma descoberta, dessa vez, acima da camada pré-sal, no bloco BM-S-40, na
bacia de Santos.
21 de maio
A Petrobras anuncia descoberta de petróleo e gás no bloco BM-S-8, na camada pré-sal da bacia de Santos, no prospecto de Bem-Te-Vi.
20 de maio
A Bovespa teve um período inédito de cinco anos de ganhos, ao atingir o seu pico histórico no dia 20. Quem tivesse investido dinheiro na Bolsa de Valores no último dia útil de 2002, teria visto seus recursos mais que sextuplicarem até a terça-feira, em que o índice Ibovespa atingiu a marca dos 73.516 pontos. Menos de dois meses depois, no entanto, o mal-estar com a crise dos EUA já contaminava o mercado, antecipando a derrocada global que traumatizaria uma geração de investidores.
19 de maio
Consórcio liderado pelas empresas Suez e Camargo Corrêa vence
leilão da usina de Jirau, no rio Madeira. O grupo ofereceu R$ 71,40/MWh, valor 21,54% inferior ao preço máximo, que era de R$ 91/MWh. O leilão durou sete minutos e foi encerrado com um lance único. A Odebrecht, que concorria, deu lance de R$ 85/MWh.
2 de maio
Depois de pouco mais de dois anos e meio, a Petrobras reajusta os
preços da gasolina e do diesel nas refinarias. Para evitar que o aumento chegue ao consumidor, o governo anuncia a redução da cobrança da Cide - Contribuição de Intervenção de Domínio Econômico.
ABRIL
30 de abril
A agência de classificação de risco Standard & Poor's
elevou o rating soberano (que é a nota de risco de crédito) do Brasil para grau de investimento, a melhor classificação para receber investimentos estrangeiros. Com a nota, o Brasil poderá receber recursos de grandes fundos internacionais que só têm autorização para investir em mercados que já conquistaram essa chancela de bom pagador.
Quase um mês depois, foi a vez da agência Fitch Ratings acompanhar a opinião da S&P e promover o
"rating" (avaliação de risco de crédito) do Brasil a "grau de investimento".
25 de abril
O grupo de telefonia Oi fecha a
compra da Brasil Telecom por R$ 5,863 bilhões. Com o negócio, criou-se uma megatele de controle nacional. O negócio ainda depende de mudança na legislação do setor - já que atualmente, é proibido uma empresa de telefonia fixa, comprar outra de diferente área de atuação.
14 de abril
O diretor-geral da ANP, Haroldo Lima, declara que o prospecto de Carioca, situado na camada pré-sal do bloco BM-S-9, na bacia de santos, teria cerca de
33 bilhões de barris de petróleo e gás. A afirmação faz as ações da Petrobras dispararem, causando rebuliço no mercado. A informação não é confirmada pela estatal.
7 de abril
O presidente Lula anuncia programa de
inclusão digital que levará internet banda larga a todas as 56.685 escolas públicas urbanas do país. O projeto é resultado de quase um ano de negociações com as empresas de telefonia fixa. As teles acordaram com o governo levar redes de internet a todos os municípios do país. Em contrapartida, o governo modificou o PGMU - Plano Geral de Metas para Universalização - trocando a obrigação de levar postos de serviço telefônico - que incluem orelhões e acesso à internet discada - pela infra-estrutura de internet.
MARÇO
26 de março
A Bovespa - Bolsa de Valores de São Paulo - e a BM&F - Bolsa de Mercadorias e Futuros -
anunciaram oficialmente, a fusão entre as duas empresas, criando uma das maiores Bolsas de Valores do mundo. Um mês depois, definiu-se que a nova companhia se chamaria BM&FBovespa.
22 de março
Morre o empresário
Cecílio do Rego Almeida, em Curitiba/PR, aos 78 anos. C.R. Almeida, como era conhecido, era dono da empreiteira que leva seu nome e de negócios no setor agropecuário, de concessão de rodovias e na área química.
16 de março
Morre em São Paulo empresário
Valentim dos Santos Diniz, 94, fundador da rede de supermercados Pão de Açúcar. O empresário nasceu em 1913, no interior de Portugal, e veio ao Brasil em 1929. Ele abriu uma doçaria em 1948, a que deu o nome de Pão de Açúcar.
12 de março
IBGE divulga crescimento de 5,4% da economia em 2006. O resultado foi puxado pelo forte desempenho do
mercado interno.
FEVEREIRO
14 de fevereiro
A Petrobras confirma o
furto de dados sigilosos de pesquisas sísmicas que estava sendo transportadas pela americana Halliburton. Membros do governo sugerem que a ação teria sido espionagem industrial. Depois de chegar a descartar crime comum, a Polícia Federal conclui que funcionários do Porto do Rio foram os responsáveis pelo sumiço do material, e não tinham idéia do que estavam levando.
13 de fevereiro
O presidente dos EUA, George W. Bush, sanciona o
pacote de estímulo econômico ao país que dará cheques de restituição de impostos a milhões de norte-americanos. O objetivo é impedir a desaceleração do consumo e evitar que os EUA caiam em recessão.
JANEIRO
26 de janeiro
A polícia francesa prende o operador de Bolsa
Jerome Kerviel, 31, acusado de arquitetar um esquema responsável por uma fraude de cerca de US$ 7,16 bilhões do banco francês Société Générale.
24 de janeiro
A Petrobras anuncia a descoberta de indícios de petróleo e gás no bloco BM-S-24, no prospecto denominado Júpiter, na camada pré-sal da bacia de Santos. Segundo a companhia, a área tem grande potencial de
gás natural.
17 de janeiro
O empresário Eike Batista vende parte de sua mineradora, a MMX, à Anglo Americam,
por US$ 5,5 bilhões.
22 de janeiro
O FED - Federal Reserve - surpreendeu e reduziu sua taxa básica de juros para 3,5%, uma redução de 0,75 ponto percentual. Foi a
primeira vez, desde os ataques terroristas de 11 de Setembro, que o FED recua os juros fora do período de suas reuniões regulares.
2 de janeiro
Governo divulga as primeiras medidas para
compensar o fim da CPMF - Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira. A Fazenda optou por elevar a alíquota do IOF e da CSLL - Contribuição Social sobre Lucro Líquido.

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ÚLTIMAS NOTÍCIAS DE 2008


Lula diz que pobres não vão pagar a conta da crise financeira mundial
No último compromisso oficial de 2008, pouco antes de iniciar um período de recesso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva inaugurou ontem, 30/12, em Recife/PE, a primeira etapa de um parque que leva o nome de sua mãe, Dona Lindu.
No discurso, ele afirmou que 2008 foi um ano "excepcional" para o Brasil e, ao falar sobre a crise financeira mundial, disse que os pobres não irão sofrer as conseqüências. "Os pobres não pagarão a conta da crise nesse país, não vamos travar a economia por conta da crise, não queremos que os empresários deixem de fazer investimentos."
Segundo Lula, "tem gente torcendo para a crise arrebentar o Brasil". "Agora a crise vai pegar o Lula, vamos ver se ele vai continuar bom nas pesquisas, agora ele vai se lascar. Essa gente que fala assim ou não me conhece ou não conhece o retirante nordestino", disse o presidente.
"É muito fácil escrever um artigo sentado em uma mesa tomando uísque. O difícil é ficar com a caneta na mão. Faço ou não faço. Assino ou não assino", reclamou.
Na presença de seus irmãos e parentes de Pernambuco, o presidente inaugurou a primeira etapa do Parque Dona Lindu, no Bairro de Boa Viagem. O espaço foi projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer e a primeira etapa inclui brinquedos para crianças, quadra de esportes, pistas para caminhada e espaço para ginástica. A previsão é de que a obra seja concluída em março de 2009.
Na ocasião, foi inaugurado também, o Memorial dos Retirantes, um conjunto de esculturas do artista plástico pernambucano Abelardo da Hora, que representa Dona Lindu e seus filhos. As esculturas buscam homenagear pessoas que, a exemplo da família do presidente Lula, deixaram suas casas em busca de oportunidades em outros cidades. As esculturas estão fixadas no terreno do parque, de frente para o mar.

Confiança da indústria cai 11% e atinge nível mais baixo desde 1998
O ICI - Índice de Confiança da Indústria -, medido pela FGV - Fundação Getúlio Vargas -, caiu 11% entre novembro e dezembro de 2008, ao passar de 83,9 para 74,7 pontos, o nível mais baixo desde outubro de 1998, considerando-se dados com ajuste sazonal. "O resultado consolida o quadro de diminuição da produção industrial no quarto trimestre desse ano, frente ao trimestre anterior", explica a FGV em comunicado divulgado nessa terça-feira. Nas previsões para os meses seguintes, houve aumento da proporção de empresas pessimistas em relação ao ambiente de negócios. Em dezembro, tanto o chamado ISA - Índice da Situação Atual - quanto o IE - Índice deExpectativas -, que mensura a confiança nos negócios futuros, recuaram em relação ao mês anterior. O primeiro, de 85,3 para 76,1 pontos, e o segundo, de 82,5 para 73,3 pontos, atingindo o nível mais baixo da série histórica, iniciada em abril de 1995. Entre novembro e dezembro de 2008, a parcela de empresas que avaliam a situação atual dos negócios como boa, aumentou de 10,9% para 13,6%. Já as empresas que consideram a situação fraca foi de 26,4% para 43,7%. Em relação ao trimestre dezembro-fevereiro, as previsões para a atividade industrial continuam desfavoráveis. Das 1.086 empresas consultadas entre 1º e 23/12, 24,7% projetam ampliar a produção nesse período, enquanto 33,8% planejam reduzi-la. De acordo com a FGV, trata-se "do pior resultado para esse quesito da pesquisa desde janeiro de 1991, quando 23,1% das empresas, previam aumento e 43,7%, diminuição da produção no trimestre seguinte".

Setor público economiza R$ 1,944 bilhão em novembro
O setor público consolidado, que reúne as contas do governo central, Estados, municípios e empresas estatais, economizou R$ 1,944 bilhão em novembro, sem contar os gastos com juros. De acordo com dados divulgados ontem, pelo Banco Central, no acumulado do ano de janeiro a novembro, o setor público registrou um superávit primário de R$ 134,83 bilhões, o equivalente a 5,08% do PIB - Produto Interno Bruto. O resultado no acumulado de 2008 é superior ao registrado no mesmo período de 2007, quando as contas do setor público acumulavam até novembro, um superávit de R$ 113,387 bilhões, ou 4,78% do PIB. Ainda segundo o BC, incluindo os gastos com pagamento de juros da dívida pública, o setor público teve em novembro um déficit nominal de R$ 8,917 bilhões. Com o resultado, o setor público inverte os superávits nominais registrados nos meses de setembro e outubro. Segundo o BC, no acumulado do ano de janeiro a novembro, o setor público continua deficitário em R$ 10,752 bilhões, o equivalente a 0,40% do PIB. Em novembro, o déficit foi determinado pelo gasto com juros da dívida, despesa que somou R$ 10,861 bilhões. De janeiro a novembro desse ano, essa despesa soma R$ 145,582 bilhões, o que corresponde a 5,48% do PIB.
Dívida líquida - A dívida líquida do setor público consolidado caiu para 34,9% do PIB - Produto Interno Bruto - em novembro, no menor patamar desde maio de 1998. Segundo dados do BC, a dívida líquida do setor público caiu de R$ 1,088 trilhão em outubro para R$ 1,047 trilhão em novembro. Na passagem de um mês para o outro, houve uma queda de 1,4 ponto percentual do PIB, já que em outubro o estoque da dívida líquida correspondia a 36,3% do PIB. Segundo o Banco Central a desvalorização cambial, ocorrida em novembro, foi o principal responsável pela queda do endividamento do setor público. No acumulado do ano até o mês passado, a dívida líquida apresenta uma queda de 7,1 ponto percentual do PIB. No fim do ano passado, em dezembro, a dívida estava em 42% do PIB, ou R$ 1,150 trilhão.

Madoff tem até hoje para entregar lista completa de bens e investimentos
As vítimas da pirâmide financeira montada pelo investidor e ex-presidente da Nasdaq Bernard Madoff vão saber até hoje, onde está o dinheiro que deixaram com o ele, anunciaram fontes judiciais na tarde de ontem, terça-feira, dia 30/12. Uma corte federal de Nova Iorque informou que havia ordenado esse mês a Madoff, 70, apresentar no mais tardar em 31/12 um informe completo sobre seus bens à SEC - Securities and Exchange Commission, a CVM americana. De acordo com a ordem judicial, Madoff terá que entregar uma lista de "contas bancárias, de investimentos, juros, empréstimos, assim como linhas de crédito e propriedades." Madoff está sob detenção domiciliar em seu apartamento de Manhattan, depois de pagar fiança de US$ 10 milhões. Estão entre suas vítimas bancos, investidores privados, universidades, organizações beneficentes e entidades judaicas. Segundo o próprio Madoff, a fraude pode chegar a US$ 50 bilhões. Se o valor for confirmado, será a segunda maior fraude econômica da história americana, perdendo apenas para a da Enron, em 2001. A empresa declarou falência após reconhecer que havia contabilizado centenas de créditos como operações de compra e venda, com prejuízo de US$ 63,4 bilhões. Para os procuradores do "Caso Madoff", o ex-presidente da Nasdaq pode pegar uma pena de até 20 anos de prisão e ser obrigado a pagar multa de até US$ 5 milhões.

Inadimplência de empresas dispara 13,9% em novembro, diz Serasa
A inadimplência das empresas apresentou forte alta em novembro na comparação com o mesmo mês do ano anterior e com outubro, informou na terça-feira, dia 30/12, a Serasa Experian. Segundo a empresa de análise de crédito, as pessoas jurídicas apresentaram em novembro uma inadimplência 28,2% maior do que em novembro de 2007. Na comparação com outubro, a alta foi de 13,9%. Os dados são bem menores quando a comparação é feita em relação ao acumulado do ano até novembro de 2007 e 2008. Nesse recorte a alta é de 2,1%. Segundo os técnicos da Serasa Experian, o principal fator que levou ao aumento do calote entre as empresas, é o efeito da crise financeira global sobre o crédito - que ficou mais cara e difícil de se obter, inclusive em linhas importantes como as de capital de giro e ACC - Adiantamento de Contrato de Câmbio. "Anteriormente aos efeitos da crise, as empresas brasileiras já passavam por um encarecimento do crédito, por conta da evolução da Selic [taxa básica de juros] no período de abril a setembro, acompanhado pelo crescimento da inadimplência do consumidor, que afeta a rentabilidade das empresas menos capitalizadas", explicou a empresa. Apesar da forte alta da inadimplência nos últimos meses do ano, a Serasa espera que o indicador tenha uma alta mais leve em 2008, do que em 2005 e 2006, quando fecharam respectivamente com ganhos de 13,5% e 5,4%. Isso aconteceria porque a inadimplência teve seguidas quedas nos primeiros meses do ano. No acumulado do ano, os líderes em representatividade na inadimplência das empresas, foram os títulos protestados, com 41,8% de participação. Os cheques devolvidos somam 39,1%, e as dívidas nos bancos representam 19,2%. Por valor médio das dívidas, as dívidas com os bancos são as maiores: R$ 4.387,62, ou 7,2% maior do que no mesmo período de 2007. Em seguida vieram os títulos protestados (R$ 1.559.89, alta de 5,2%) e os cheques devolvidos (R$ 1.319,45, elevação de 13,1%).

Lucro da Gazprom no 1º semestre sobe 83% a US$ 19 bilhões
A companhia russa Gazprom, maior produtora de gás natural do mundo, afirmou que seu lucro líquido nos primeiros seis meses desse ano, cresceu 83%, para 573,8 bilhões de rublos (US$ 19,6 bilhões), de 313,2 bilhões de rublos no primeiro semestre de 2007. O resultado foi impulsionado pelos preços mais altos e pelo aumento do volume das vendas na Europa. No período entre janeiro e junho desse ano, as vendas cresceram 53%, para US$ 1,74 trilhão de rublos (US$ 59,3 bilhões), de 1,14 trilhão de rublos no primeiro semestre do ano passado, apoiadas no aumento de 25% nas tarifas domésticas do gás e no maior volume exportado. A Gazprom informou que o lucro operacional no período mais que dobrou, passando para 716,6 bilhões de rublos (US$ 24,4 bilhões), ante 351,7 bilhões de rublos no mesmo semestre do ano passado. (Agência Dow Jones, de Moscou)

John Deere inaugura centro de distribuição em Campinas
A John Deere inaugurou um Centro de Distribuição de Peças para a América do Sul, localizado no município de Campinas, a 90 quilômetros de São Paulo. O Centro possui área construída de 40 mil m² e vai atender à rede de concessionários de todo o continente. O investimento em sua instalação foi de U$ 18 milhões. A localização é estratégica. Fica ao lado de Viracopos, maior aeroporto de carga sul-americano, e a 96 quilômetros de Guarulhos. A distância até o Porto de Santos é de 150 quilômetros. Já o Porto de São Sebastião fica a 280 quilômetros. Campinas também está ligada às principais rodovias e ferrovias da região. A transferência para Campinas das peças atualmente localizadas nos Centros de Distribuição de Horizontina/RS e Catalão/GO foi iniciada em novembro e deverá estar concluída no primeiro semestre de 2009. O transporte desse inventário, para o novo Centro de Campinas, vai mobilizar uma logística envolvendo mais de 800 caminhões de carga. Em São Paulo, a John Deere conta com uma Unidade de Negócios voltada para o segmento de cana-de-açúcar, localizada em Ribeirão Preto, além de uma rede com mais de 20 concessionários. São Paulo também concentra grande número de indústrias fornecedoras de peças, que vão passar a serem distribuídas através do novo Centro.

Alitalia mantém nome e inicia operação dia 13 de janeiro
A companhia de aviação Alitalia, adquirida em dezembro por um consórcio de empresários italianos que se somaram à Air One, manterá o nome Alitalia e começará a voar no próximo dia 13 de janeiro, informaram fontes da empresa nessa terça-feira. Depois de uma assembléia geral feita em Milão (norte da Itália), os novos proprietários decidiram conservar o nome. "Mudamos o nome e a razão social, a sociedade se chamará simplesmente Alitalia", afirmou o vice-presidente da CAI - Companhia Aérea Italiana -, Salvatore Mancuso. Depois de vários meses de difíceis negociações com os sindicatos, que rejeitavam o plano de compra que prevê a eliminação de 3.250 postos de trabalho, a CAI adquiriu em meados de dezembro, o setor de transporte de passageiros da Alitalia por 1,052 bilhão de euros. A Alitalia vai se somar à Air One, a segunda companhia de aviação da península, assegurando as conexões com 70 destinos, 23 nacionais, 34 internacionais e 13 intercontinentais, com 670 vôos diários contra 1.050 no passado. Os novos proprietários deverão assinar em breve, uma aliança com um sócio estrangeiro, que deverá comprar entre 20% e 25% da nova companhia. A franco-holandesa Air France-KLM, a alemã Lufthansa e a inglesa British Airways, estão entre os interessados, embora a imprensa especializada assinale a primeira como favorita. "Estamos trabalhando, concluiremos logo" o acordo, assegurou Mancuso. (Agência France Presse/AFP, em Milão)

Tráfego aéreo internacional despenca em novembro
As companhias aéreas registraram mais dificuldades em novembro, quando a cifra do transporte de carga caiu 13,5%, indicou na terça-feira, dia 30/12, a Iata - Associação Internacional de Transporte Aéreo -, com sede em Genebra. As companhias aéreas da região Ásia-Pacífico foram as que tiveram maiores perdas e serão muito afetadas pela queda do tráfego de carga, advertiu a Iata. "A indústria está em plena contração. Podemos esperar profundas perdas no quarto trimestre', indicou o presidente da Iata, Giovanni Bisignani. O tráfego internacional de passageiros caiu em novembro 4,6% em relação ao mesmo período do ano passado, sua maior queda em três meses. Em outubro, o tráfego de passageiros havia caído 1,3%, depois de uma baixa de 2,9% em setembro, recordou Iata. As companhias do Ásia-Pacífico foram as mais afetadas, com uma redução de sua capacidade de 5,1%. O tráfego nas companhias aéreas norte-americanas caiu 4,8%, afetado pelo 'quase colapso do setor dos bancos de investimentos e as conseqüentes reduções nas viagens empresariais. Além disso, o tráfego internacional de carga registrou em novembro, sua maior queda desde os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001. "A queda de 13,5% no transporte de carga internacional é um choque. Como a carga aérea representa 35% do valor das mercadorias negociadas internacionalmente, destaca a rápida queda do comércio mundial e o crescente impacto da desaceleração econômica", indicou Bisignani. A Iata estimou nesse mês, que a indústria perderá US$ 2,5 bilhões (1,9 bilhão de euros) em 2009, devido à crise econômica, depois das perdas de US$ 5 bilhões registradas nesse ano. (Agência France Presse, em Genebra)

MMX antecipa parcelas da compra de mineradora e obtém desconto
A mineradora MMX anunciou na tarde de ontem, terça-feira, dia 30/12, que antecipou o pagamento de duas parcelas da compra da concorrente AVG, obtendo assim um desconto no preço final da aquisição. Além disso, a empresa também renegociou o prazo de pagamento de duas parcelas da aquisição da mina de Bom Sucesso. No acordo com a AVG, as parcelas da compra que seriam pagas em agosto de 2009 e agosto de 2010, no valor de US$ 45 milhões cada, serão liquidadas ainda nesse ano, por um valor de US$ 79,1 milhões. Com isso, a MMX obteve um desconto de US$ 10,9 milhões. A última parcela da aquisição, que está programada para agosto de 2011, permanece inalterada. Para realizar o pagamento antecipado para a AVG, a MMX utilizará parte dos recursos vindas de uma linha de crédito obtida pela empresa junto ao ItaúBBA - braço de banco de investimentos do Itaú - no valor de US$ 120 milhões, que foram cedidos nesse mês, e será paga em 35 meses. Sobre a mina de Bom Sucesso, a MMX realizou um acordo redefinindo a data de pagamento das parcelas. A que venceria em janeiro de 2009, no valor de US$ 43,2 milhões, foi antecipada para esse mês. Já a parcela que venceria em agosto de 2009 foi postergada para novembro. A MMX adquiriu a AVG e a Bom Sucesso em julho desse ano. A mineradora custou US$ 224 milhões, e a mina foi comprada por US$ 193,3 milhões. (Agência Estado)

El Al Israel Airlines terá vôo direto entre Tel-Aviv e São Paulo
A partir de abril de 2009 será mais fácil fazer turismo em Israel. A El Al Israel Airlines acaba de anunciar que irá operar vôos diretos entre Tel-Aviv e São Paulo. Os vôos vão partir três vezes por semana. No ano passado, Israel recebeu mais de 30 mil turistas brasileiros. A expectativa é a de que, com essa nova rota, aumente ainda mais o número de brasileiros por lá. Em contrapartida, a El Al acredita que deve aumentar também, o número de israelenses que virão ao Brasil para fazer turismo. O presidente da Cambici - Câmara Brasil-Israel de Comércio e Indústria -, Jayme Blay, se mostrou empolgado com a novidade: “2009 promete ser um ano de grandes mudanças no turismo entre Brasil e Israel. Esperamos que a El Al tenha seu destaque nessas mudanças”, afirmou Blay.

Casas Bahia fecha oito lojas no Rio Grande do Sul
A rede de varejo Casas Bahia decidiu fechar oito lojas no Rio Grande do Sul "que não alcançaram o faturamento esperado desde sua abertura", conforme explicou a companhia. Foram fechadas unidades em Novo Hamburgo, Sapucaia do Sul, Gravataí, Alvorada, Cachoeirinha, Pelotas, Porto Alegre e Erechim. A decisão foi atribuída pela empresa ao "cenário incerto da economia, em função da crise mundial". As atividades dessas lojas foram transferidas para outros pontos-de-venda. Após a medida, a Casas Bahia opera seis lojas no Rio Grande do Sul, nas cidades de Viamão, Caxias do Sul, Canoas e Porto Alegre, que tem três unidades.


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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters e AFP)


Bovespa fechou em alta ontem, mas termina o ano em queda de 41%
O ano de 2008 não vai deixar saudades, principalmente para quem tinha suas economias investidas na Bovespa. A Bolsa termina 2008 registrando o pior desempenho desde 1994 - último dado fornecido pela BM&FBovespa. Desde então, a marca mais negativa havia sido verificada em 1998, quando o Ibovespa registrou queda de 33,4%, aos 6.784 pontos, e interrompendo a seqüência de cinco anos consecutivos de valorização expressiva.

- O Ibovespa fechou ontem, dia 30/12, último dia de negócios do ano, com alta de 1,32%, aos 37.550,31 pontos. No mês, o índice paulista conseguiu encerrar no azul (+2,61%), mas no ano o declínio foi de 41,22%.
- O giro financeiro ficou em R$ 2,61 bilhões.

Análise 1 - Para 2009, os analistas esperam um cenário mais positivo; no entanto, essa perspectiva só deve começar a se mostrar a partir de meados do segundo semestre. "Para o primeiro semestre a expectativa, ainda é de perda e de volatilidade acentuada", diz um profissional, ressaltando que a reação positiva só deve começar a aparecer quando as medidas tomadas esse ano para enfrentar a crise financeira, principalmente nos EUA, começarem a surtir efeito. Além das ações adotadas até agora, o profissional não descarta mais iniciativas do novo presidente dos EUA, Barack Obama, que assume o comando do país em 20/01o. "O mercado espera que Obama solte algo coerente que faça o mercado se ajustar e reagir", comenta, ressaltando que "para 2009 a expectativa é positiva, mas vamos ver se não vai ter nada para frustrar no meio do caminho, como aconteceu esse ano", disse.

Análise 2 - Já um outro operador acredita que a Bolsa pode começar a reagir a partir do início do segundo trimestre, após as empresas soltarem os balanços referentes a 2008. "Essa reação tanto pode ser positiva, quanto negativa, tudo vai depender dos números das empresas", disse, reforçando ainda, que acredita em um 2009, mais tranqüilo e aposta que a Bovespa pode chegar ao final do próximo ano, acima dos 50 mil pontos. "Isso (50 mil pontos) significa uma valorização de mais de 32% sobre esse ano; é algo bastante relevante, mas ainda não zera as perdas de 2008".

Reação das ações - As ações da Vale, que chegaram a tocar o terreno negativo pela manhã, iniciaram à tarde, em alta e se mantiveram nesse terreno até o fechamento. Vale PNA terminou com ganho de 0,38% e ON subiu 2,40%. Petrobras também fechou no azul: a ação PN ganhou 1,42% e a ON, 1,48%. No mês, Petrobras PN acumula valorização de 18% e, no ano, queda de 46,11%; Petrobras ON teve alta de 19,30% em dezembro e queda de 45,74% no ano. Já as ações PNA da Vale, não tiveram a mesma "sorte" e encerraram o mês e o ano em queda, de 2,53% e 51,13%. As ON subiram 0,58% em dezembro e caíram 51,72% em 2008.
- As ações das companhias aéreas que segunda-feira fecharam no vermelho, em razão do avanço do petróleo no mercado internacional, ontem terminaram com valorização. Embraer ON subiu 0,69% e TAM PN, 4,66%. Já a Gol PN não se sustentou e fechou com queda de 2,27%. Além do declínio do petróleo, que fechou ontem, a US$ 39,03 por barril, outra notícia favorável para o setor foi a queda no preço do querosene de aviação. Segundo o Snea - Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias -, o QAV vai recuar 16,76% a partir de 1º de janeiro.

Nova carteira do Ibovespa amplia fatia da Petrobras
A Bolsa de Valores de SãoPaulo divulgou terça-feira, dia 30/12, a terceira e última prévia da carteira teórica do índice Bovespa, que irá vigorar de janeiro a abril do próximo ano. Essa prévia não registrou alterações em relação a anterior e mantiveram-se as 66 ações da carteira vigente, sem a entrada ou exclusão de nenhum ativo.
Os cinco ativos que apresentaram o maior peso na composição do índice foram: Petrobras PN (16,723%), Vale PNA (11,902%), BM&F Bovespa ON (4,356%) Bradesco PN (3,702%) e Itaubanco PN (3,468%).
Para efeitos de comparação, os ativos com maior peso na composição do Ibovespa para o período de setembro e dezembro desse ano, foram: as ações preferenciais (PN) da Petrobras, com 15,387%, seguidas pelos papéis PN classe A (PNA) da Vale, com 12,639%. Depois, aparecem, nessa ordem: as ações ordinárias (ON) da BM&F Bovespa (3,944%), Bradesco PN (3,55%) e Vale ON (3,271%).
Para manter a representatividade dos índices, a Bovespa promove a reclassificação das carteiras dos índices ao fim de cada quadrimestre, vigorando para os períodos de janeiro a abril, maio a agosto e setembro a dezembro. Para efeito de cálculo, as três prévias consideram os pregões do último dia útil do mês anterior, o do dia 15 do mês corrente e o do dia anterior ao início da vigência da nova carteira.

Bolsas de Nova Iorque terminam o dia de ontem em alta superior a 2%
O mercado de ações norte-americano acelerou os ganhos no finalzinho da penúltima sessão de 2008, impulsionado por compras de final de ano. O movimento de compra de pechinchas beneficiou algumas das ações que mais caíram em 2008, incluindo General Motors, Citigroup e Alcoa. No entanto, apesar do fechamento positivo, até agora no ano, faltando uma sessão, o índice Dow Jones acumula uma queda de mais de 35%; o Nasdaq, uma perda de mais de 42%; e o S&P-500, um declínio de mais de 39%.
- O índice Dow Jones subiu 184,46 pontos, ou 2,17% e fechou com 8.668,39 pontos.
- O Nasdaq avançou 40,38 pontos, ou 2,67%, e fechou com 1.550,70 pontos.
- O S&P-500 subiu 21,21 pontos, ou 2,44%, e fechou com 890,63 pontos.
- O NYSE Composite avançou 135,36 pontos, ou 2,45%, e fechou com 5.670,00 pontos.

Análise 1 - As ações da GM subiram 5,56% depois que sua unidade de financiamento de veículos, a GMAC, obteve status de banco e recebeu US$ 6 bilhões em ajuda do governo federal do Tarp - Programa de Alívio de Ativos Problemáticos. Isso vai permitir à montadora de Detroit lançar novos incentivos para financiamento de veículos. Faltando uma sessão para encerrar o ano, as ações da GM acumulam até agora uma desvalorização de 85%. As ações da rival Ford fecharam em alta de 3,15%. "Existe uma aceitação da realidade que, considerando o estado vulnerável da economia permitir a falência daquelas companhias agora seria simplesmente exacerbar os problemas do desemprego", disse Quincy Krosby, estrategista-chefe de investimentos da Hartford, observando que as montadoras e indústrias relacionadas respondem por até 1 em cada 10 empregos nos EUA.

Análise 2 - O sistema financeiro, que esteve no centro dos problemas, com muitos bancos tendo que buscar socorro do governo, está entre os setores com melhor desempenho nesses últimos dias do ano. JPMorgan subiu 4,13%, Citigroup ganhou 3,50%, Bank of America avançou 2,32% e American Express registrou alta de 1,69%. Algumas ações de empresas do setor de consumo discricionário subiram, apesar da queda da confiança do consumidor norte-americano para novo nível recorde em dezembro (AT&T subiu 1,33%; McDonald's, 2,25%; e HP, 1,71%). Os dados apontando novo declínio nos preços das residências, também não impediram a alta das ações das construtoras. Meritage avançou 16,32% e Beazer ganhou 8,66%. As ações da Alcoa fecharam em alta de 9,87% com ajuda da alta dos metais.

Bolsas da Europa avançaram ontem, mas caem acumulado de 2008

As principais bolsas européias fecharam em alta em uma sessão de pouco volume e de poucas notícias corporativas ou na frente macroeconômica. O setor de tecnologia liderou os ganhos, com destaque para as alemãs Infineon e SAP. As ações do setor automotivo receberam suporte do socorro de US$ 6 bilhões do governo dos EUA concedido ao braço financeiro da General Motors, o banco GMAC: Peugeot subiu 5,93%; Renault avançou 5,57%; Daimler, 4,20%; BMW, 1,46%; e Michelin, 1,56%.
- As bolsas de Frankfurt, Madri, Lisboa e Milão encerraram o ano ontem, no qual acumularam perdas expressivas. No ano, Frankfurt caiu 40,37%, Madri recuou 39,43%, Milão registrou uma queda de 49,53% e Lisboa sofreu uma desvalorização de 51,17%.
- As bolsas de Londres e de Paris vão abrir apenas parcialmente hoje, com a primeira encerrando os negócios às 10h30min (horário de Brasília), e a segunda às 11 horas (horário de Brasília).
- O índice FT-100, da Bolsa de Londres, subiu ontem 73,33 pontos, ou 1,70%, e fechou com 4.392,68 pontos no penúltimo pregão de 2008. O mercado londrino deverá encerrar o ano hoje, com o pior desempenho anual desde seu início, em 1986. David Fineberg da CMC Markets disse que a incerteza com relação à duração do conflito Israel-Palestina, vai levar muitos a procurarem ativos de segurança, como ouro e metais. As ações da Eurasian Natural Resources subiram 4,95%. As financeiras lideraram as perdas: HBOS cedeu 2,27% e Lloyds TSB, 1,17%.
- O índice CAC-40, da Bolsa de Paris, subiu 86,41 pontos, ou 2,76%, e fechou com 3.217,13 pontos, sustentado pela firme tendência em Nova Iorque. Com poucas notícias corporativas, os investidores buscaram pechinchas nas ações mais castigadas.
- Em Frankfurt, o índice Dax-30 subiu 105,34 pontos, ou 2,24%, e fechou com 4.810,20 pontos, ao final de uma sessão mais curta com pouco volume, com os fundos buscando embelezar suas carteiras e os investidores fazendo compras diante da compensação tributária de ganhos de capital até 2009.
- Em Madri, o índice Ibex-35 encerrou o ano com uma alta de 178,10 pontos, ou 1,98%, com 9.195,80 pontos, graças a um impulso recebido no final da sessão da abertura positiva de Wall Street. Entre os principais papéis espanhóis, as ações da Iberdrola lideraram os ganhos com uma alta de 4,64% em reação à notícia de que sua unidade de energia renovável assumiu o controle da companhia grega Rokas. As ações da Union Fenosa foram as únicas que terminaram o ano em alta entre as componentes do Ibex-35, com uma valorização de 16%. As da Sacyr registraram o pior desempenho do ano, com uma queda de 73%.
- Em Milão, o índice S&P/MIB subiu 293 pontos, ou 1,53%, e fechou com 19.460 pontos; em Lisboa, o índice PSI-20 avançou 68,05 pontos, ou 1,08%, e fechou com 6.357,78 pontos.


HOJE – No último pregão de 2008, Hong Kong sobe e Xangai tem queda
- O índice de referência na Bolsa de Valores de Xangai fechou o último pregão do ano com baixa de 0,66%, para 1.820,81 pontos.
- Em Hong Kong, a Bolsa fechou com alta de 1,07% no índice Hang Seng, para 14.387,48 pontos.


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ÍNDICES ECONÔMICOS


RESUMO dos dias 29 e 30 de dezembro de 2008

ICI de dezembro apresenta redução de 11%
O ICI - Índice de Confiança da Indústria - da Fundação Getulio Vargas reduziu-se em 11,0% entre novembro e dezembro de 2008, ao passar de 83,9 para 74,7 pontos, o nível mais baixo desde outubro de 1998, considerando-se dados com ajuste sazonal.

IGP-M varia -0,13% no último mês do ano
O IGP-M - Índice Geral de Preços-Mercado - variou -0,13%, em dezembro. Em novembro, a taxa alcançou 0,38%. O IGP-M é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência. Os três componentes do IGP-M apresentaram as seguintes trajetórias na passagem de novembro para dezembro: IPA, de 0,30% para -0,42%; IPC, de 0,52% para 0,58% e INCC, de 0,65% para 0,22%.


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MERCADO FINANCEIRO


Febraban apresenta pesquisa de projeções e expectativas de mercado para 2009
A atividade econômica em 2009 deve ter contração no primeiro semestre e recuperação no segundo. Essa é a opinião da maior parte dos analistas das 33 instituições financeiras consultadas pela Pesquisa Febraban de Projeções e Expectativas de Mercado. Segundo a mediana das projeções dessas instituições, a taxa básica de juros da economia (taxa Selic) deve ser reduzida para 12% até o final de 2009 enquanto a taxa de câmbio deve ser R$ 2,25/ US$.

Dos bancos participantes da pesquisa:
- 56% não alteraram significativamente suas projeções macroeconômicas e financeiras após a última decisão e Ata do Copom.

- 44% alteraram suas projeções macroeconômicas e financeiras após a última decisão e Ata do Copom. Diante dos atuais desdobramentos da crise financeira internacional, comparativamente ao período agudo verificado em Setembro/Outubro.

- 50% têm avaliação mais pessimista para o cenário econômico em 2009 que no período agudo da crise.

- 33% têm a mesma avaliação para o cenário econômico em 2009 que no período agudo da crise.

- 17% têm avaliação mais otimista para o cenário econômico em 2009 que no período agudo da crise.

- 70% acreditam que a nova equipe econômica que assumirá o governo do presidente eleito Barack Obama, está de acordo com o esperado.

- 30% acreditam que a nova equipe econômica que assumirá o governo do presidente eleito Barack Obama, está melhor do que o esperado.

- 96% acreditam que a curva esperada para atividade econômica em 2009 deve ser de contração no primeiro semestre e recuperação no segundo.

- 4% acreditam que a curva esperada para atividade econômica em 2009 deverá ser de
crescimento/estabilidade ao longo do ano.

Pesquisa de Projeções Macroeconômicas e de Variáveis do Setor Bancário
As projeções macroeconômicas obtidas nessa pesquisa, para 2008, apresentaram uma mudança relevante, provavelmente por influência positiva do resultado do PIB do terceiro trimestre e da revisão dos dados das contas nacionais trimestrais divulgadas pelo IBGE. A expectativa para o PIB de 2008 passou de 5,23% na pesquisa anterior para 5,60% na pesquisa atual. Da mesma forma, houve melhora na variação da formação bruta de capital fixo, esperada em 14,49% para esse ano.
Nos demais dados projetados para 2008, ocorreram poucas mudanças nas expectativas das instituições consultadas. A redução da projeção de crescimento da produção industrial para o ano, está em linha com os indicadores divulgados mais recentemente, que apontaram sinais de desaceleração. As preocupações com a inflação se tornaram menos acentuadas e a expectativa para o IPCA está em 6,10%, indicando que a inflação não deve ultrapassar o limite superior da banda em 2008. E mesmo com a expressiva desvalorização cambial registrada nos últimos meses, a projeção média para o IGP-M teve redução de 11,04% na última pesquisa, para 10,14% nessa edição.
Exceto pela taxa de câmbio mais elevada, estimada em R$ 2,33 /US$ e pelo risco Brasil, que deve encerrar o ano acima dos 400 pontos-base, as variáveis do setor externo tiveram pouca modificação em relação à pesquisa anterior. Nas contas do governo, a expectativa para o resultado primário está em 4,25% do PIB e a dívida líquida em 36,85% do PIB.
Nas variáveis do setor bancário, o crescimento do crédito teve certo reajuste em relação à pesquisa anterior, tendo em vista o crescimento divulgado nos dados de setembro e outubro, momento mais agudo da crise financeira. A taxa estimada para a inadimplência, por seu turno, permaneceu estável (4,31%).

Expectativas de Mercado
A última decisão e a ata do Copom - Comitê de Política Monetária - tiveram impacto nas projeções de 44% dos analistas das 33 instituições financeiras consultados nessa pesquisa, que revisaram suas expectativas para 2009, em geral, antecipando o início do ciclo de queda da taxa de juros para a primeira reunião do comitê em 2009. No entanto, a maior parte dos analistas (56%) considerou que a manutenção da taxa de juros em 13,75% e a sinalização para cortes em 2009, já eram esperadas.
As expectativas para as próximas reuniões do Copom ainda estão um pouco dispersas. A mediana aponta para uma queda de 175 bps em 2009, sendo a primeira de 50 bps na primeira reunião e outras cinco reduções de 25 bps, ao longo do ano. Por outro lado, parte significativa dos resultados indica uma redução mais acentuada, com cortes de 50 bps ao longo do ano, num ciclo total de 250 bps, de modo que a taxa Selic possa retornar aos 11,25% no fim de 2009, que foi nível da taxa atingido em setembro de 2007 e mantido até abril desse ano.
Para a economia brasileira, 96% dos analistas acreditam que a curva esperada para atividade econômica em 2009, deverá ser de contração no primeiro semestre e recuperação no segundo. Sobre a intensidade desse processo, 58% dos analistas avaliam que os impactos da crise na economia real no Brasil, tendem a acontecer em linha com a expectativa de mercado, enquanto outros 29% acreditam que os impactos da crise na economia real no Brasil, tendem a acontecer numa profundidade maior do que a expectativa média do mercado.
Com relação a algumas análises que apontam para um cenário de forte queda do juro real no Brasil em 2009, 54% discordam, pois consideram que o corte de juros pelo Copom não deve ser agressivo e os riscos inflacionários serão menores. Já outros 42% acreditam que esse cenário é possível, diante da desaceleração econômica que pode se estabelecer.
Considerando os atuais desdobramentos da crise econômica internacional frente ao período agudo observado em setembro e outubro, 50% dos analistas avaliam que o cenário econômico para 2009 está mais pessimista. Os analistas apontam que a desaceleração dos países desenvolvidos e seus efeitos sobre os países emergentes, se tornaram mais evidentes, indicando que o ano de 2009 será mais difícil que 2008, apesar da tendência de recuperação do mercado de crédito. Para outros 33% dos analistas, o cenário econômico para 2009 permanece o mesmo se comparado ao do período agudo da crise.
De acordo com 70% dos analistas, a nova equipe econômica que assumirá o governo do presidente eleito Barack Obama, está de acordo com o esperado, incluindo profissionais acadêmicos e de mercado bastante qualificados para atuar em períodos de turbulência. Para 30% dos analistas consultados, a nova equipe econômica de Barack Obama, está melhor do que o esperado.
No cenário internacional, os principais fatores que podem alterar as projeções macroeconômicas e financeiras dos analistas estão centrados nos possíveis desdobramentos da crise, como desaceleração do crescimento da China; evolução da crise financeira na economia norte-americana; risco de recessão/depressão nos EUA e Europa; possível cenário de deflação nos EUA. No cenário doméstico, os fatores que estão sob maior atenção são: desvalorização da taxa de câmbio; aumento da pressão inflacionária; desaceleração da atividade econômica, indicando assim menor preocupação com o mercado de crédito, que deve se restabelecer.


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AGRONEGÓCIOS

Crise não vai afetar expansão do setor sucroenergético
Apesar da crise financeira global, que atingiu fortemente o setor sucroalcooleiro, a produção de cana deve continuar em expansão no país na safra 2009/10. O mix de produção também deve continuar mais alcooleiro, impulsionado pelo aumento do consumo dos carros flexfuel, acredita Alexandre Strapasson, diretor de Cana-de-açúcar e Agroenergia do Ministério da Agricultura. A cana deverá aumentar sua participação na matriz energética brasileira. A cana e seus subprodutos são a segunda fonte de energia no país e representam 16% da oferta, atrás do petróleo. Segundo Strapasson, o zoneamento agroecológico da cana-de-açúcar, em conjunto com políticas públicas, vai propiciar um crescimento equilibrado e sustentável do cultivo canavieiro no país. O zoneamento permitirá, também, a definição das melhores áreas de expansão da cultura preservando as florestas, reservas legais e áreas já ocupadas por outras atividades do agronegócio brasileiro. A cana ocupa 8,4 milhões de hectares, menos de 1% do território nacional, enquanto a pecuária abrange mais de 170 milhões de hectares. São 417 usinas em operação no Brasil, incluindo a incorporação de 30 novas unidades. As exportações brasileiras de etanol deverão alcançar cerca de 5 bilhões de litros, contra os 3,5 bilhões de 2007.

Mato Grosso terá centro de biocombustível
A UFMT - Universidade Federal de Mato Grosso - vai coordenar o Centro Interdisciplinar de Biocombustíveis, que será construído no Estado até 2011. Dos R$ 12 milhões de investimentos, R$ 8 milhões serão recursos da Finep - Financiadora de Estudos e Projetos - e R$ 4 milhões da Secitec - Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia. Os recursos para execução serão liberados em 2009. Além da UFMT, a Unemat - Universidade Estadual de Mato Grosso - também será beneficiada. De acordo com o coordenador do projeto, professor Paulo Teixeira de Sousa Júnior, "é um programa de grande envergadura, que permitirá, durante três anos, pesados investimentos em obras e equipamentos, visando à melhoria de todas as etapas da cadeia produtiva do biodiesel e à formação de recursos humanos nessa área". Desde 2002 a UFMT atua no desenvolvimento de tecnologia em Biodiesel, com a criação do Programa de Biocombustíveis no Estado. Grupos de pesquisa trabalham produzindo conhecimento em diferentes campos, desde a produção química, passando pelo controle de qualidade, testes em motores e uso de tortas resultantes da extração do óleo como ração animal, como forma de aproveitamento de subproduto.
Crédito rural: Fazenda eleva recursos para equalização de encargos
O Ministério da Fazenda aumentou de R$ 300 milhões para R$ 350 milhões o volume de recursos destinados à equalização de encargos sobre saldos médios diários de financiamentos rurais, concedidos pelo Banco do Brasil. Portaria nesse sentido foi publicada ontem, no Diário Oficial da União. Em outra portaria, o Ministério regulamentou decisão da última reunião do Conselho Monetário Nacional sobre o pagamento de equalização de encargos financeiros ao BNDES sobre os saldos médios diários dos financiamentos concedidos a programas de investimentos agropecuários.


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SETOR AUTOMOTIVO

O que será da indústria automotiva mundial em 2009?
2009 é um ano de muitas interrogações na indústria automotiva. Há marcas que lutam para evitar a falência, sem liquidez suficiente para continuar a operar, outras estão à venda, enquanto noutros casos, a fusão com outros construtores é a solução para ultrapassar a crise econômica global que está a afetar toda a indústria automotiva. Com isso, projetos são cancelados, outros adiados, enquanto que em muitos outros, simplesmente se desconhece o futuro. Mas nem tudo são más notícias, há marcas que se mantém alheias à crise e continuam a desenvolver novos modelos, mantendo as datas de lançamento.
A Aston Martin é uma das que se pode orgulhar de manter todas as novidades na agenda. A marca Britânica prepara-se para lançar o exclusivo One-77 e o seu coupé de quatro portas Rapide, concorrente do Porsche Panamera, no final do ano.
A Alfa Romeo tem na agenda a apresentação do sucessor do 147. Com o nome de 149, o novo pequeno familiar da marca Italiana, irá seguir as linhas do Mito e deverá chegar ao mercado no final do ano, quando serão conhecidas também as linhas principais do sucessor do 166 e quem sabe do primeiro SUV da marca.
A Audi, indiferente à crise, vai dar continuidade à expansão da sua oferta com o lançamento, durante o segundo semestre dos A5 e S5 Cabrio, a versão aberta do belo coupé A5. Mais para o final do ano irá surgir a variante Sportback do A5, uma linha mais esportiva baseada no modelo original Mantendo a mesma tônica da esportiva, a marca dos quatro anéis deverá apresentar, também no final do ano, o R8 Spyder, o lançamento do R8 V10 e a versão R do TT, provavelmente equipada com um motor 2.5 turbo.
Em 2009, a BMW vai continuar a ampliar a sua oferta de SUV's com o lançamento, em Novembro, do X1, o primeiro da marca com tração exclusivamente, nas rodas traseiras. Bem menor que o X3, esse modelo vai contar praticamente, com a mesma potência de motor que o modelo maior o X1. A nova geração do roadster Z4 chega pouco antes do verão europeu, com novos argumentos na aparência e o imprescindível teto retrátil. Para o final do ano, a BMW planeia mostrar o Série 5 PAS (Progressive Activity Sedan), um conceito que pretende misturar a plataforma da atual Série5 com as linhas de um coupé.
A grande novidade da Chevrolet para 2009 chama-se Cruze e tem como objetivo substituir a dupla Lacetti/Nubira. Chega em maio, com motores a gasolina e um diesel de 2 litros e 150 cavalos de potência. Para o final do ano, a linha será reforçada com mais este modelo.
A Citroen prapara-se para fechar um ciclo com a apresentação da nova geração do C3, no Salão de Genebra, em março. Pouco antes chega ao mercado português o C3 Picasso, um monovolume compacto baseado no novo C3, com vista a concorrer com modelos como o Renault Modus, Opel Meriva, entre outros.
A Dacia marca - low cost - da Renault, prepara-se para renovar o Logan MCV e lançar a pick-up do Logan.
As três marcas da Chrysler, Dodge, Jeep e Chrysler, por estarem atravesando um período muito conturbado com o cenário de falência, não têm na sua agenda novidades para 2009, esperando-se apenas algumas versões dos modelos atuais e eventualmente, no final do ano, o novo Chrysler 300C.
A marca do - Cavallino -, a Ferrari irá lançar o seu novo modelo, o Califórnia, em março.
Na Fiat, a marca Italiana pretende em reforçar a linha do bem sucedido 500 com o lançamento da versão do modelo Italiano. Ainda no 500, vamos também, assistir a apresentação de um novo modelo e de um SUV, que aproveita a transmissão do Panda 4x4. As versões ecológicas em toda a linha e motores mais potentes para o Bravo serão outras das novidades da montadora.
A nova geração do Ka, desenvolvido em paralelo com o Fiat 500, e o Focus RS serão as principais novidades da Ford. O primeiro iniciou uma campanha de pré-lançamento ainda em dezembro, enquanto o segundo deverá chegar no segundo semestre.
A Honda guardou para 2009, o lançamento dos renovados Civic e Civic Hybrid e possivelmente, mais para o final do ano, devemos assistir ao lançamento do novo Insight, um novo híbrido da marca Japonesa.
A Hyundai prepara-se para lançar o i20, sucessor do Getz, já no final de fevereiro. Ainda antes, chega o ix55, um jipe de sete lugares, baseado no modelo Veracruz, comercializado no mercado norte-americano. Em destaque o motor V6 de 3 litros diesel com 240 cavalos.
Agora nas mãos da Indiana Tata, a Jaguar preparou algumas novidades de relevo para 2009. A primeira será o XF-R, a versão esportiva da linha XF para concorrer com modelos como o BMW M5 e Audi RS6. A linha XK e XKR será também, alvo de uma ligeira renovação, colocando-se a hipótese de ser introduzida com motor a diesel. As primeiras imagens do novo XJ devem também serem apresentados até o final do ano.
Soul é o nome da grande novidade da Kia. Trata-se de um pequeno crossover, direcionado para um público jovem e urbano, que irá contar com a evolução do motor diesel 1.6 CRDi para 126 cavalos. Mais para o final de 2009 será lançada a versão com motor diesel de 1,4 litros, as versões ecológicas do Cee'd e a apresentação do novo Sorento.
A Lamborghini irá lançar a sua última novidade (Gallardo LP 560-4 Spyder) e confirmar ou não a passagem do Estoque à linha de produção.
Na Land Rover, a renovação do Discovery e uma versão Start&Stop do Freelander são as únicas novidades confirmadas.
A Lancia irá continuar a expansão da linha Delta com a introdução de novos motores, como um diesel biturbo de 1,9 litros com 190 cavalos de potência e versões ecológicas. Em setembro, a marca planeia apresentar o novo Ypsilon.
A divisão de luxo da Toyota, a Lexus vai iniciar o ano com o lançamento dos renovados IS 250 e IS 220d, que mais tarde, em junho, recebem o reforço do inédito IS cabrio. No mesmo período (junho), chega também a nova geração do SUV RX, com a versão híbrida RX450h como estrela da montadora.
A Lotus e a Maserati terão também um ano de muitas novidades, nomeadamente a segunda com o lançamento do renovado Quattroporte e a apresentação do GranTurismo Spyder. Quanto à Lotus, o ano será marcado pela chegada do Évora, o seu novo esportivo 2+2, no final da primavera.
O novo Mazda 3 será o centro das atenções da marca Nipônica em 2009, até porque a apresentação mundial do modelo irá acontecer primeiro em Portugal, com o lançamento nacional ainda na primavera européia. O renovado MX-5 irá juntar-se ao novo conceito de motores a diesel de 2,2 litros, a ser instalado no Mazda6 e CX-7, como outra das novidades na marca japonesa.
Mercedes Benz. Passados dois anos do lançamento do atual Classe C, em 2009 é a vez da Mercedes lançar a nova geração do Classe E, cujo lançamento está agendado para abril. Poucos meses depois, chega o Classe E Coupé, substituto do CLK e mais para o final do ano com novidades no design. A partir de março, o SUV GLK deverá receber a popular versão 220 CDi.
A Mini irá lançar o seu novo Cabrio, que deverá chegar a Portugal ainda no verão europeu, com versões de motores 1.6 de 120 e 175 cavalos. No final do ano, a linha será reforçada com a versão 4x4 do Mini, denominada Crossman.
A grande novidade da Mitsubishi chama-se Lancer Sportback e chega em março. Trata-se da versão com design de cinco portas do Lancer que assume uma vocação mais esportiva que será reforçada com detalhes Ralliart, de 240 cavalos, no final do ano. A marca japonesa deverá dar notícias do ponto de situação do seu SUV compacto, baseado no concept Cx.
Na Nissan, o ano arranca com a chegada do renovado Note, seguindo-se do lançamento nacional do GT-R, o super-esportivo da marca Nipônica, ficando para o final do ano o lançamento do 370Z, sucessor do 350Z. Ainda sem data de lançamento está o Pixo, um modelo para cidade desenvolvido em parceria com a Suzuki, de onde resultou também, o novo Suzuki Alto.
A Opel arranca o ano com o lançamento do Insígnia, mas, o verdadeiro cavalo de batalha da marca, para fazer face à crise, vai aparecer em setembro. Trata-se do novo Astra, cuja apresentação está agendada para Frankfurt e irá caracterizar-se por uma estética mais arrojada e uma elevada dotação tecnológica. Meses antes, chega ao modelo do Insígnia com as mesmas característica de motor do sucessor do Vectra.
A Peugeot tem agendado para o inicio do ano o lançamento do renovado 107 ainda no verão europeu, o novo 308 CC. Mas teremos de esperar até ao final do ano para vermos um modelo totalmente novo na marca, com o lançamento do 3008, um modelo que concilia os conceitos de monovolume com os de um crossover.
Para a Porsche, 2009 será um ano marcante na sua longa historia. Em fevereiro chega a Portugal a inédita versão diesel do Cayenne, equipado com um V6 de 3 litros de origem Audi com 240 cavalos. No arranque do outono, será a vez do lançamento do Panamera, uma berlina de quatro portas seguidora do conceito de coupé de quatro portas, com motores de seis e oito cilindros e potencias entre os 300 e os 500 cavalos.
A Renault tem na manga uma mão cheia de novidades para 2009, quase todas pertencentes à linha Megane. Primeiro será a apresentação da Megane Break, seguida dos novos Scenic e Grand Scenic e mais tarde do megane de quatro portas e o coupé-cabrio. A juntar a isso, a marca irá apresentar o renovado Clio.
Com o seu futuro indefinido, a Saab vai apresentar em Genebra a nova geração do 9-5 e no final do ano, a versão final do 9-X Air, um novo modelo com vista a concorrer com modelos como o Série1 da BMW, Audi A3 e Volvo C30.
A Seat vai reforçar a linha Ibiza com o lançamento das versões Cupra e Ecomotive, a primeira equipada com o motor 1.4 TFSi de 180 cavalos, e a segunda de conceito ecológico, recorre ao conhecido 1.4 TDi de 80 cavalos. Em março chega o Exeo, uma nova versão do modelo anterior dageração do Audi A4, onde a marca Espanhola deposita muitas esperanças para a sua recuperação financeira. Mais tarde, a linha será ampliada.
Na Skoda, o Octavia recebe a nova identidade da marca, com uma dianteira semelhante a do novo Superb, a partir de março, enquanto, mais para o final do ano, iremos assistir ao lançamento do Yeti, um pequeno crossover, baseado no protótipo revelado a três anos, no Salão de Genebra.
O Impreza boxer diesel será a grande aposta da Subaru em 2009. Mas até ao final do ano, a marca que decidiu abandonar o mundial de ralis, vai apresentar o novo Legacy (protótipo estará presente no Salão de Detroit).
Na primavera européia, a Suzuki irá lançar o novo Alto, um novo carro de passeio para cidade da marca japonesa que ficará abaixo do Splash, e contará com um motor a gasolina de 1 litro. A marca também vai apresentar a versão final da família de protótipos Kizashi, que dará origem a uma nova berlina top de linha com espírito totalmente esportivo.
Para a Toyota, 2009 promete ser um ano muito agitado, repleto de novidades. Logo no início do ano chegam os renovados Aygo e Yaris, que irão contar com um novo motor a gasolina de 1,33 litros com 101 cavalos, que estará igualmente presente no Auris. Em março chega a nova geração Avensis. Com novos argumentos de qualidade, prazer no dirigir e um novo design, a terceira geração Avensis estará equipada com três na versão a diesel e duas a gasolina com potências entre os 126 e os 177 cavalos. Ao mesmo tempo será lançado o compacto iQ, um carro de passeio 3+1 lugares e antes do verão, chega o Urban Cruiser, um pequeno SUV de lazer. Como se isso não bastasse, a marca Nipônica vai lançar o renovado RAV4, apresentar o Auris Verso e a nova geração do híbrido Prius.
Na Volkswagen, a grande novidade do ano será a nova geração do Pólo. A sua apresentação terá lugar no último trimestre e promete uma radical evolução face ao modelo atual, recorrendo à plataforma estreada pelos novos Seat Ibiza e Skoda Fabia e a adoção dos motores TSi de 1,4 litros e dos novos TDi de 1,6 litros, que devem chegar no verão ao novo Golf. Por falar em Golf, a nova geração do ícone da marca Alemã será reforçada no decorrer do ano com o lançamento da versão GTi, Golf Plus (março), a versão Bluemotion (junho) e no final do ano o modelo Variant. Ainda esse ano, será conhecida a pick-up da Volkswagen, possivelmente chamada Robust, que terá comercialização garantida na Europa.
As principais novidades da Volvo para 2009 passam pelo lançamento da família ecológica eDrive, composta pelos C30, S40 e V50, todos com o motor diesel de 1,6 litros. Antes do final do ano, devemos conhecer as formas definitivas da nova geração S60, do qual o protótipo será mostrado no Salão de Genebra, em março.

Conheça a agenda de lançamentos e novidades das montadoras para 2009:

Janeiro
Citroen C1 (lançamento)
Kia Cee¿d Start&Stop (lançamento)
Nissan note (lançamento)
Peugeot 107 (lançamento)
Renault Megane Coupé (lançamento)
Seat Ibiza Ecomotive (lançamento)
Lexus IS (lançamento)

Fevereiro
Hyundai i20 (lançamento)
Toyota Aygo (lançamento)
Opel Insígnia (lançamento)
Toyota Avensis (lançamento)
Volvo S80 D5 205cv (lançamento)

Março
Aston Martin Lagonda
Mini Cabrio (lançamento)
Citroen C3 Picasso (Lançamento)
Citroen C3 (apresentação)
Honda Civic (lançamento)
Kia Soul (lançamento)
Mercedes Classe E (apresentação)
Nissan GT-R (lançamento)
Peugeot 308 CC (lançamento)
Porsche Cayenne diesel (lançamento)
Dacia Logan Pick-up (lançamento)
Rolls Royce RR4 (apresentação)
Seat Exeo (lançamento)
Skoda Octavia (lançamento)
Toyota iQ (lançamento)
VW Golf Plus (lançamento)

Abril
Aston Martin One-77 (lançamento)
Audi R8 V10 (lançamento)
Fiat 500 Cabrio (apresentação)
Mercedes GLK 220CDi (lançamento)
Nissan 370Z (lançamento)
Renault Clio (restlying)
Seat Ibiza Cupra (lançamento)
Suzuki Alto (lançamento)
VW Polo (apresentação)

Maio
Chevrolet Cruze (lançamento)
Ford Focus RS (lançamento)
Mercedes Classe E Coupé (apresentação)
Toyota Urban Cruiser (lançamento)
Lexus RX (lançamento)
VW Golf GTi (lançamento)
Mazda3 (lançamento)
Mazda MX-5 (restlying)

Junho
Audi A5/S5 Cabrio (lançamento)
BMW Z4 (lançamento)
Lotus Evora (lançamento)
Renault Scenic/Grand Scenic (apresentação)
Seat Exeo Vario (apresentação)
VW Golf Bluemotion (lançamento)

Julho
Audi TT RS (lançamento)
Nissan Pixo (lançamento)
VW pick-up Robust (apresentação)

Agosto
Maserati GranTurismo Spyder (apresentação)
Mercedes Classe E Station (apresentação)

Setembro
Alfa Romeo 149 (apresentação)
Kia Sorento (apresentação)
Lancia Ypsilon (restlying)
Opel Astra (apresentação)
Peugeot 3008 (apresentação)
Peugeot 308 RC-Z (apresentação)
Porsche Panamera (lançamento)
Subaru Legacy (apresentação)

Outubro
Audi A8 (restlying)
BMW Série5 PAS (apresentação)
Saab 9-5 (apresentação)
Toyota Prius (lançamento)

Novembro
Aston Martin Rapide (apresentação)
Audi A5 Sportback (apresentação)
BMW X1 (lançamento)
Mini Crossman (lançamento)
Saab 9-5 Sport Wagon (apresentação)
VW Golf Variant (lançamento)

Dezembro
Jaguar XJ (apresentação)
Nissan Cube (apresentação)
Skoda Yeti (lançamento)
Volvo S60 (apresentação)


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COMÉRCIO EXTERIOR


Agronegócio leva Brasil a bater recorde nas exportações
O Brasil tem demonstrado nos últimos anos, saber aproveitar as oportunidades para ocupar novos mercados. A afirmação é do secretário de Relações Internacionais do Agronegócio do Mapa - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento -, Célio Porto. Ele acredita que, mesmo com a crise financeira, o País continuará sendo um grande exportador de produtos agropecuários. “Quando os preços caem, como está ocorrendo agora, poucos são tão competitivos quanto o Brasil e, em termos históricos, a agricultura sempre respondeu na forma de estímulo ao câmbio desvalorizado”, explicou. O dirigente vê 2008 como um ano muito positivo para o setor. A alta dos preços dos alimentos, antes da crise econômica mundial, ajudou o País a bater recorde nas exportações. A previsão é de que cheguem a US$ 72 bilhões, com superávit de US$ 60 bilhões. Porto aponta como responsáveis pela alta dos preços, além da especulação, fatores fundamentais como o aumento da demanda na Ásia, principalmente na China, os efeitos das mudanças climáticas sobre a agricultura, o uso de produtos agrícolas, como milho e oleaginosas, para a produção de biocombustíveis nos EUA e na Europa, respectivamente; e os baixos estoques.
Missões Internacionais
Para inserir ainda mais o agronegócio no mercado externo, a SRI realizou, em 2008, 22 missões internacionais com finalidades comerciais e para reuniões com autoridades da área agrícola. “Começamos com Emirados Árabes e Arábia Saudita em fevereiro e terminamos em dezembro, na China”, lembrou o secretário. Ele destaca a ida ao Japão, EUA, Coréia do Sul e Rússia. No apoio ao recebimento de missões estrangeiras, a SRI contabilizou 23 visitas, entre elas a dos ministros de Agricultura do Japão, Masatoshi Wakabayashi, e da Rússia, Alexey Gordeev. A agenda de 2008 da secretaria incluiu, ainda, a participação em quatro CCAs - Comitês Consultivos Agrícolas - com Indonésia, EUA, Canadá e Coréia do Sul e em reuniões de 18 comitês ou grupos de trabalho do Codex Alimentarius, com trabalhos positivos em lácteos, carnes, óleos e açúcar.
Camex
O apoio ao ministro Reinhold Stephanes nas reuniões da Camex - Câmara de Comércio Exterior - também concentrou esforços da secretaria. Em 2008, com a participação direta do Mapa, foram conquistadas a redução do antidumping do glifosato importado da China de 35,8% para 2,9%, a eliminação do antidumping sobre o nitrato de amônia da Rússia (32,1%) e da Ucrânia (19%), além da redução a 0% da TEC - Tarifa Externa Comum - para fosfato bicálcico e binários. ucça e da Ucre o nitrato de am% para 2,9%.
Capacitação
Com a intenção de disseminar visões estratégicas do agronegócio brasileiro e estimular as cadeias produtivas a aumentar a participação no mercado internacional, foram realizados, esse ano, oito Seminários do AgroEx - Agronegócio para Exportação - e cinco Cursos de AgroInt - Integração do Agronegócio para a Exportação.A iniciativa da SRI abordou temas como os mercados crescentes, o cooperativismo e a importância dos condomínios rurais e dos consórcios contratuais para exportar. Serão apresentados, ainda, os caminhos para exportar e as ferramentas institucionais que reforçam o processo de venda para o mercado externo.
Adidos
Em maio desse ano, as negociações bilaterais ganharam um reforço. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva publicou o Decreto Nº 6.464, que institui a função de adido agrícola para atuar nas missões diplomáticas no exterior. Esse especialista em agricultura será responsável por informações mais qualificadas nas negociações, principalmente em temas sanitários e fitossanitários nas embaixadas do Brasil em Buenos Aires/Argentina, Bruxelas/União Européia, Genebra/Suíça, Moscou/Rússia, Pequim/China, Pretória/África do Sul, Tóquio/Japão e Washington/EUA. De acordo com o secretário Célio Porto, o processo está em fase de regulamentação do processo seletivo. “A intenção é que possamos designar os adidos até o final do primeiro trimestre de 2009”, completou.

Exportação vai cair 16%, prevê Funcex
O cenário nebuloso para a economia, em 2009, está dificultando as projeções para o comércio exterior brasileiro, segundo especialistas da AEB - Associação de Comércio Exterior do Brasil - e da Funcex - Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior. "Fazer previsões para a balança comercial em 2009 é hoje um exercício que envolve elevada incerteza", afirma o economista-chefe da Funcex, Fernando Ribeiro. Mesmo com as dificuldades, Ribeiro avalia que "um cenário plausível para 2009" indica que as exportações "poderiam sofrer uma queda" de 16%, ficando em US$ 167 bilhões, enquanto as importações teriam redução menor, de 10%, com US$ 157 bilhões. O saldo comercial, segundo a Funcex, se reduziria para US$ 10 bilhões. Para o vice-presidente da AEB, José Augusto de Castro, a única certeza para o próximo ano é que as importações vão recuar em relação a 2008. As projeções da AEB para 2009 serão apresentadas em 6 de janeiro. Tradicionalmente, a instituição divulga as estimativas anuais em dezembro, mas, segundo Augusto de Castro, dessa vez haverá um pequeno atraso, já que será preciso aguardar os resultados fechados do ano do Ministério do Desenvolvimento, a serem apresentados na próxima sexta-feira. "Sempre pode haver erro nas projeções, mas antes havia um parâmetro, agora não há." As principais incertezas para o comércio exterior brasileiro em 2009, são, segundo Augusto de Castro, o desempenho da demanda interna e externa, o preço das commodities e a disponibilidade de crédito para exportações e importações. Para ele, haverá superávit na balança no ano que vem, mas por causa da queda nas importações e não do crescimento no total exportado. Para Ribeiro, da Funcex, o cenário internacional "permanece nebuloso", especialmente no que diz respeito à intensidade da queda dos preços das commodities e seus impactos sobre os preços de exportação e de importação do País.

Embarques de álcool por Santos deverão crescer em 2009
A Codesp - Companhia Docas do Estado de São Paulo -, que administra o porto de Santos, o maior da América Latina, estima que em 2008 o porto paulista opere um total de 79,1 milhões de toneladas, considerando o realizado até outubro e o previsto para os demais meses, com uma redução de 2,1% em relação a 2007. A queda é atribuída à redução na movimentação de líquidos e sólidos a granel. A carga conteinerizada deve movimentar um total estimado de 29,4 milhões de toneladas, um aumento de 7,4% sobre o movimento verificado em 2007 (de 27,3 milhões de toneladas). O movimento de álcool e soja em grão deve apontar um incremento de 38% e 53%, respectivamente, nesse ano. A Codesp projeta uma queda de 1,6% na movimentação de 2009 em relação ao estimado para 2008, em razão da crise financeira mundial. Com isso, o movimento do porto de Santos deverá ficar em torno de 77,8 milhões de toneladas. Para 2009, a expectativa é de que os embarques de açúcar repitam os mesmos números de 2008, em torno de 10,1 milhões de toneladas. Para álcool, os volumes embarcados deverão crescer 8% em 2009.


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LOGISTICA & infra-estrutura

Aplicação do FGTS em obras deverá injetar até R$ 8 bilhões em fundo de infra-estrutura
A aplicação de parte do saldo dos trabalhadores do FGTS - Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - em obras de infra-estrutura deverá injetar até R$ 8 bilhões em investimentos produtivos do fundo, disse na segunda-feira, dia 29/12, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi. Durante encontro com jornalistas, o ministro afirmou que espera, para o próximo ano, a adesão maciça dos trabalhadores à nova modalidade de aplicação.
Anunciado como uma das novidades do PAC - Programa de Aceleração do Crescimento - no final de 2006, o FI-FGTS - Fundo de Investimentos do FGTS - começou a vigorar em 2007 e já recebeu cerca de R$ 15 bilhões, diretamente do governo, para financiar obras nas áreas de energia, transporte e saneamento. O governo agora pretende permitir que o trabalhador aplique até 10% do valor que tem no FGTS nesses empreendimentos.
De acordo com Lupi, a proposta só será apresentada ao Conselho Curador do FGTS em reunião prevista para março, mas a operação tem aval do governo. Ele não descartou a possibilidade de ampliação do limite de 10% para o investimento. "Podemos propor que o trabalhador possa aplicar mais de 10% do FGTS em obras, mas nesse caso precisaríamos mudar a lei", destacou.
Para o ministro, o uso de parte do FGTS em obras, representa uma opção atrativa para o trabalhador por causa dos rendimentos previstos. Parado na conta do FGTS, o dinheiro rende o equivalente à TR - Taxa Referencial - mais 3% ao ano. Os investimentos em infra-estrutura renderão pelo menos a TR mais 6% ao ano, assegurados pelo Tesouro Nacional. "Isso representa uma opção para o trabalhador aumentar a conta no FGTS sem risco, porque tudo está garantido pelo Tesouro", argumentou Lupi. Em relação a uma possível reabertura de compra das ações da Petrobras com recursos do FGTS, o ministro disse ser pessoalmente favorável à medida, mas ressaltou que o assunto ainda não foi discutido pelo governo. (Agência Brasil)

Hidrovia parada ameaça escoamento da safra
O transporte da safra de grãos de parte do Centro-Oeste rumo ao porto de Santos, deve piorar muito em 2009. Uma disputa que foi parar na Justiça entre a DNP Indústria e Navegação, principal companhia de navegação da hidrovia Tietê-Paraná, e a Marinha, paralisou as operações dos sete comboios de soja operados no trecho entre São Simão, sul de Goiás, e os terminais graneleiros de transbordo para trens, em Pederneiras/SP, ou caminhões, em Anhembi/SP.É a primeira vez, desde o início das operações da hidrovia, há 15 anos, que o transporte ficará parado e sem perspectiva de retomada.
A Caramuru, um das maiores tradings de capital nacional e a maior usuária da hidrovia, ainda não anunciou o que pretende fazer para transportar mais de 1 milhão de toneladas de grãos, devido à paralisação de todo o complexo logístico da Tietê-Paraná. Em 2008, a DNP transportou 1,2 milhão de toneladas de soja e projetava elevar esse volume para 1,4 milhão a 1,5 milhão de toneladas nesse ano, não fosse a punição aplicada pela Marinha.
A paralisação das atividades da DNP foi determinada pela Capitania Fluvial do Tietê-Paraná, ligada ao 8º Distrito Naval da Marinha. Desde o dia 15/12, cinco tripulações da DNP estão suspensas, impedidas de comandar comboios de transporte de soja e açúcar. Outras duas tripulações já estavam suspensas por determinação da Marinha. A decisão foi tomada pelo vice-almirante Terenilton Souza Santos, depois que os comandantes fluviais da companhia de navegação desrespeitaram a exigência de desmembramento dos comboios de quatro barcaças que cruzam o vão sob a ponte SP-191, no interior de São Paulo, na região de Botucatu.
A Marinha exige que todos os comboios da DNP - a única armadora da hidrovia a operar nesse trecho para alcançar o terminal de Anhembi - sejam ancorados e as tripulações executem manobras de desmembramentos dos comboios para a passagem de duas barcaças por vez sob a ponte. A Capitania do Tietê-Paraná alega que a operação faz parte das medidas de segurança e tem como objetivo evitar acidentes, como choques entre os comboios e os pilares da ponte. Em nota, o 8º Distrito Naval afirmou que a empresa tem descumprido a exigência.
Tamanho do vão
Segundo a empresa, o vão de 77 metros - tamanho da passagem considerando as proteções dos dois pilares - é suficiente para a passagem dos quatro comboios de uma só vez, sem a necessidade de desmembramento. A empresa alega ainda, que a própria Marinha autoriza a passagem de comboios em vãos menores sem o desmembramento, como o vão livre das pontes SP-225, com 64 metros, e SP-595, com 68 metros. Mesmo depois do cumprimento da suspensão imposta pela Marinha, as tripulações não poderão voltar à navegação. Segundo a DNP, a Marinha exige da empresa o pagamento das multas aplicadas pelo não cumprimento da exigência. A companhia de navegação entrou com ações na Justiça questionando a aplicação das multas. O assunto está sub judice.
Sem a autorização para navegação, os comboios não podem transitar pelo canal. Criou-se um impasse cujo desfecho é imprevisível em relação ao tempo e à solução a que se chegará. Por conta dessa incerteza em relação ao retorno da operação, a DNP já informou à Caramuru, maior usuária do transporte hidroviário, que não tem como garantir a execução do contrato. "Já dissemos que não vamos ter como cumprir o contrato. Já disponibilizamos a estrutura para que a Caramuru possa usar", disse Pedro Burin, diretor da DNP. Em dezembro, a companhia diz que deixaria de transportar 60 mil toneladas de soja - prejuízo de R$ 2 milhões.
Disputa antiga
A disputa entre a DNP e a Marinha é antiga. A companhia navegadora alega que as regras impostas para a operação na Tietê-Paraná, representam um entrave ao desenvolvimento desse transporte. O desmembramento é uma exigência que reduz brutalmente, a produtividade da hidrovia e é apontada por usuários e pela maior armadora da Tietê-Paraná, como uma das razões para o baixo volume de carga transportada por essa modalidade no Estado. Basta observar os volumes de transporte realizados nesse ano.
A hidrovia Tietê-Paraná foi projetada para suportar o tráfego de 20 milhões de toneladas de carga por ano. Em 2008, as projeções indicam que pelo canal de navegação - que interliga regiões produtoras do Centro-Oeste aos terminais de Pederneiras e Anhembi - passaram 2 milhões de toneladas. Sem a maior transportadora da hidrovia, a previsão é que o volume de carga com destino ao porto de Santos, 97% do que transita pela hidrovia, passe a ser transportado sobre caminhões, uma modalidade de transporte muito mais cara, perigosa e poluente.
Os números sobre a capacidade de transporte dos comboios de soja mostram o potencial hoje ignorado pelo país. Uma única barcaça transporta 1.500 toneladas, volume equivalente a 15 vagões, ou mais de 50 carretas. Cada tonelada transportada pela hidrovia custa cerca de US$ 0,025 por quilômetro. O valor sobe para US$ 0,064 na ferrovia e para US$ 0,084, quando a carga é transportada em rodovias.

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ENERGIA & Telecomunicações


Com anuência prévia da Anatel, Net conclui a compra da BigTV
Depois de ganhar, no último dia 18, a anuência prévia da Anatel - Agência Nacional de Telecomunicações -, a Net Serviços anuncia ter concluído, ontem, a compra de 100% da BigTV. O valor acertado para a operação, de R$ 280 milhões, ainda está sujeito a ajustes, segundo reiterou a Net em fato relevante, enviado há pouco à CVM - Comissão de Valores Mobiliários. A operadora de TV a cabo Net anunciou no final de 2007, a compra da BigTV, presente em cerca de 12 cidades em São Paulo, Paraná, Alagoas e Paraíba. Antes disso, em 2006, a Net havia comprado a Vivax.

Carga de energia no país cai 5,6% em dezembro, aponta ONS
A carga de energia no país verificada em dezembro caiu 5,6% em relação a novembro, apontam valores preliminares da ONS - Operador Nacional do Sistema Elétrico - divulgados nessa terça-feira. Com relação a dezembro de 2007, verificou-se uma variação negativa de 3,1%. Segundo nota da entidade, "a continuidade da turbulência financeira internacional, tem se refletido na perda do dinamismo do crescimento da demanda praticamente em todos os países do mundo. A queda da produção de bens de capital e a diminuição das condições de crédito tem se refletido nos níveis de investimento".
A ONS destaca ainda, que "a retração das expectativas dos consumidores ao aumento do consumo e a limitação do crédito, têm contribuído para a diminuição do ritmo de expansão da indústria de bens duráveis". Também pesaram as paralisações temporárias e a antecipação de férias coletivas. Além disso, em dezembro, o comportamento da carga de energia, também foi influenciado pela ocorrência de chuvas, acompanhadas de temperaturas amenas durante todo o mês.
No acumulado dos últimos 12 meses, o SIN apresentou um crescimento de 2,8% em relação ao mesmo período anterior. Para o Subsistema Sudeste/Centro-Oeste, os valores preliminares de carga de energia verificados em dezembro, indicam uma variação negativa de 6,8% em relação a novembro. Com relação a dezembro de 2007, a variação negativa foi de 5,1%.
No Subsistema SE/CO, os valores preliminares de carga de energia verificados em dezembro, sinalizam uma variação negativa de 1,6%. Com relação a dezembro de 2007, houve crescimento de 0,2%. Já no Subsistema Nordeste, os valores preliminares de carga de energia verificados em dezembro sinalizam uma variação negativa de 6,9%, em relação ao mês de novembro e 1,7% sobre dezembro do ano passado. Por fim, no Subsistema Norte, a carga variou negativamente em 1,6% sobre novembro e cresceu 3,7%, sobre dezembro de 2007.

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MERCADO DE TI

Windows 7 beta vaza na internet e pode ser baixado em sites de torrent
Cópias pirateadas da versão
beta do Windows 7, que a Microsoft deve lançar em janeiro, vazaram na internet no fim de semana, de acordo com buscas em diversos sites de compartilhamento da rede BitTorrent. A rede Pirate Bay, por exemplo, retorna duas listas referências ao Windows 7 "Build 7000", ambas publicadas na sexta-feira, 26/12, como a versão de 32 bits do Windows 7 Ultimate Build 7000. Na manhã dessa segunda-feira, 29/12, há cerca de 10 mil pessoas fazendo o download do arquivo de 2.44 Gigabytes, no PirateBay, segundo apurou o IDG Now!.Essa não é a primeira vez que o Windows 7 escapa da rede de testes fechada da empresa. Algumas horas após o anúncio da primeira versão alpha do sistema operacional, em outubro, durante o evento Professional Developers Conference, o sistema já estava na rede de torrent. Embora a Microsoft tenha prometido abrir a versão beta do Windows para todos os usuários no início de 2009, ainda não há informação oficial sobre a data exata desse lançamento. Em seu site, a Microsoft sinalizou que a versão estará disponível até 13/01. Ainda há indícios de que o beta do Windows 7 seja revelado publicamente na feira CES - Consumer Electronics Show -, no dia 7/01, durante a apresentação de Steve Ballmer, CEO - Chief Executive Officer - da Microsoft, em Las Vegas, nos EUAs. O sucessor do Windows Vista está previsto para chegar ao mercado entre o final de 2009 e o início de 2010, de acordo com previsões de executivos da Microsoft.


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MERCADO ONLINE

Crescimento do comércio eletrônico no Brasil fica abaixo do previsto no Natal
O
comércio eletrônico brasileiro cresceu abaixo do esperado no Natal de 2008, informou nessa segunda-feira, a e-bit, consultoria sobre e-commerce. Ente 15/11 e 23/12 foram comercializados 1,25 bilhão de reais em produtos, uma evolução de 15% em relação ao mesmo período de 2007. A previsão, porém, era de crescimento de 25%, com faturamento na casa de 1,35 bilhão de reais. Segundo a e-bit, a crise econômica foi responsável pelo crescimento abaixo do esperado - não só no comércio online, mas em todo o setor varejista. Ainda assim, o crescimento do e-commerce foi bem superior ao registrado em shopping centers, que ficou em 3,5%, segundo a Alshop - Associação Brasileira de Lojistas de Shopping. Um dos destaques positivos do estudo da e-bit é que os produtos da categoria “Saúde e Beleza” (perfumes, cremes, maquiagens, cosméticos e medicamentos em geral) ganharam mais espaço no carrinho de compra do consumidor brasileiro.Para Pedro Guasti, diretor geral da e-bit, os produtos negociados via web na época de Natal, vêm sofrendo modificações nos últimos anos. As vendas de produtos eletrônicos e de informática aumentaram consideravelmente, disse ele, por meio de comunicado. “Há alguns anos, os líderes eram produtos mais baratos, como CDs e DVDs”, disse. Em 2008, os filmes e discos não ficaram nem entre os cinco primeiros no ranking de produtos mais vendidos. Os produtos mais vendidos no período, segundo a consultoria, foram os das categorias: livros, revistas e jornais (18%), saúde e beleza (13%), informática (9%), eletrônicos (7%) e telefonia celular (6%). O tíquete médio no período foi de 346 reais por compra.


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MERCADO DE LUXO


Imune às crises econômicas, mercado de luxo continua lucrando
Nem diminuição das vendas, nem redução dos lucros. O comércio de luxo não entende de crises. Apesar do ajuste anunciado por inúmeras empresas do segmento, o balanço final das empresas do mercado de luxo deve surpreender até mesmo os mais otimistas.
Segundo o jornal El Pais, a maior prova disso é que seu principal expoente, o grupo francês LVMH, confirmou as previsões de que fechará o ano com um "sensível" aumento nos ganhos, apesar da desaceleração da economia e da valorização do euro frente ao dólar.
O conselheiro da empresa, Bernard Arnault, afirmou durante a assembléia geral da companhia em Paris, que o grupo "está bem posicionado para cumprir o objetivo de um crescimento sensível dos lucros em 2008", como já havia planejado em abril do ano passado. A empresa é proprietária de marcas de prestígio como Moet & Chandon, Louis Vuitton, Christian Dior e Hublot.
A direção do grupo está convencida de que o potencial de crescimento lhes permitirá duplicar os ganhos durante os próximos cinco anos. De acordo com o jornal El Pais, o grupo anunciou nessa sexta, 26/12, que fechou o primeiro trimestre do ano com um lucro superior a 4 milhões de euros, um crescimento de cerca de 12% em relação ao mesmo período do ano passado.
O departamento de relógios e jóias foi o que mais melhorou seu balanço, com uma alta de 19% em seus lucros. Além de líder em volume de negócio no setor, a LVMH é considerada a empresa de luxo mais valiosa do mundo, segundo a revista Forbes. Arnault destacou que superar o atual período de turbulência mantendo os lucros, reforçou a estrutura e a política do negócio, ao mesmo tempo em que apontou para o grande potencial dos países emergentes, que já são responsáveis por 25% do total de vendas, com 447 lojas. Só na China, a LVHM abriu 21 lojas desde 1992.

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EXPEDIENTE


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