I-Press.biz Economia & Mercado | Edição 086 | Ano I

Governo anuncia mais R$ 2,5 bilhões para safra e sinaliza até R$ 4 bilhões para construção

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, informaram nessa segunda-feira, a liberação de mais recursos para o financiamento da safra 2008/2009, ajuda para o setor de construção civil e possibilidade dos bancos oficiais federais agirem mais agressivamente na concessão de crédito. Na área rural, para onde o governo já direcionou R$ 5,5 bilhões, através de liberações do depósito compulsório, agora também, aumentará a porcentagem de recursos captados pela poupança rural para o financiamento de safra. Atualmente, 65% da captação têm essa finalidade, e o governo pretende aumentá-la para 70%. Essa medida, segundo Mantega, pode injetar mais R$ 2,5 bilhões no financiamento da safra. "Não há motivo para redução da safra 2008/2009, exceto por fatores fora do controle, como questões climáticas ou falta de crédito que não conseguimos detectar", afirmou. Para a área de construção, Mantega sinalizou medidas para injetar de R$ 3 bilhões a R$ 4 bilhões para capital de giro. "[Esse financiamento] será via BNDES, que já apresentou uma proposta, ou da Caixa [Econômica Federal], através de participação acionária das construtoras", afirmou Mantega. A ajuda para a safra foi oficializada ontem. Para a área da construção, a proposta deve ser concluída em alguns dias.
Bancos oficiais – Durante o dia de ontem, a equipe econômica do governo realizou reuniões com os principais bancos oficiais, onde revisaram suas ações diante da crise como, por exemplo, a compra de carteiras de financiamento de bancos médios e pequenos. Segundo Meirelles, agora eles devem partir para o aumento da concessão de crédito. "Os bancos oficiais estão se preparando para aumentar sua participação na concessão de crédito para capital de giro para as empresas, para pessoas físicas e consumo, e o BNDES para investimentos", afirmou. A autoridade monetária, também disse que há ainda, "uma boa margem" de depósitos compulsórios para serem liberados para bancos médios caso seja necessário. O mesmo pode ser aplicado para o caso dos leilões de dólares com garantias para financiamento às exportações que começaram a ser feitos ontem.



Apesar de crise Meirelles reafirma combate à inflação

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, deixou claro nessa segunda-feira, que o ciclo de aperto da taxa de juro deve continuar até que a inflação esteja sob controle. Para ele, a demanda doméstica tem força suficiente para manter a economia crescendo. Durante evento em São Paulo, Meirelles argumentou que as medidas adotadas pelo BC nas últimas semanas, para tentar garantir o fluxo normal de recursos nos mercados de crédito no país, não devem ser entendidas como uma mudança no foco de atuação da autoridade monetária. "Engana-se quem vê nas medidas adotadas pelo Banco Central, uma mudança na sua estratégia de atuação", afirmou Meirelles, que completou: "Temos um compromisso é com o regime de metas de inflação. É importante que isso esteja bem claro para a sociedade." O Copom - Comitê de Política Monetária - do BC se reúne na próxima semana para definir a meta da taxa básica de juro do país, a Selic. O Comitê iniciou em abril um ciclo de aperto monetário que elevou juro a 13,75% ao ano. Analistas consultados pelo próprio BC esperam que a taxa encerre o ano em 14,50%, o que embute um aumento de 0,75 ponto percentual a ser definido ao longo das próximas duas reuniões do comitê em 2008, a primeira em outubro, e a última em dezembro. "As decisões do Copom continuarão... a ser condicionadas pelas nossas projeções para a inflação e o balanço de riscos associados a essas projeções, e levarão em conta, todos os desenvolvimentos recentes dos mercados", disse Meirelles. Os aumentos consecutivos do juro promovidos pelo Copom, até agora foram feitos com o intuito de levar a inflação de volta ao centro da meta já em 2009. O governo definiu para 2008, 2009 e 2010 uma meta de inflação anual de 4,5%, com margem de variação de 2 pontos percentuais, para cima ou para baixo. Em contrapartida, Meirelles afirmou que a demanda doméstica forte vai continuar sustentando o crescimento da economia, mesmo com os efeitos da crise internacional. "A pujança da economia doméstica, alicerçada no mercado de trabalho, deve continuar sustentando a expansão do produto nos próximos meses, ainda que em ritmo mais modesto", afirmou. Reservas Internacionais - Meirelles também aproveitou para defender a política de acumulação de reservas internacionais, praticada pela instituição nos últimos anos. Desde 2003, o estoque de reservas subiu de cerca de 15 bilhões de dólares para mais de 200 bilhões de dólares. "Foi por ter acumulado um volume expressivo de reservas no período de bonança, que agora dispomos de um vasto arsenal de recursos para prover a adequada liquidez do sistema", disse. Segundo ele, por causa dessa política o país chegou hoje a uma condição em que, cada queda de 10% do real, frente ao dólar, produz uma diminuição de 1,1 ponto percentual da dívida líquida em relação ao PIB. "Isso faz com que, dessa vez, as contas públicas sejam um fator estabilizador da crise", disse.


Balança comercial registra superávit de US$ 334 milhões na semana
A balança comercial registrou um superávit de US$ 334 milhões na terceira semana de outubro. O resultado é a diferença entre exportações de US$ 4,093 bilhões e importações de US$ 3,759 bilhões. No mês, o saldo comercial está positivo em US$ 874 milhões. O resultado é 46,4% menor que o registrado em todo o mês de setembro último e, 56,9% menor, que o índice de todo o mês de outubro de 2007. As exportações foram de US$ 10,941 bilhões e as importações, de US$ 10,067 bilhões no período. Na comparação com setembro, as exportações caíram 7,5% e as importações recuaram 1,3%. Em relação a outubro do ano passado, houve aumento de 17,4% nas exportações e de 38,1% nas importações. No ano, o superávit comercial acumula um resultado de US$ 20,530 bilhões (média diária de US$ 101,6 milhões), resultado 37,7% menor que o saldo médio diário apresentado no mesmo período do ano passado. As exportações totalizaram US$ 161,809 bilhões, aumento de 28% na média diária. Já as importações somaram US$ 141,279 bilhões, uma alta de 51,2%.



Lula afirma que crise pertence aos países ricos, mas todos são afetados
Ao avaliar o cenário traçado pelos reflexos da crise financeira mundial, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva avaliou ontem, 20/10, no programa "Café com o Presidente", que o país precisa ficar "de antena ligada", analisando e acompanhando diariamente o que acontece no mundo. Lula voltou a afirmar que a crise pertence apenas aos países ricos, mas não descartou a possibilidade de que nações como Rússia, China, Índia e o próprio Brasil, e outras que integram o G20, sejam atingidas. "Na medida em que houver recessão na Europa e nos EUA, vai ter implicações em outros países", disse. Ele afirmou que o governo cuida "com carinho" para não permitir que falte crédito no país por meio da garantia da liquidez dos bancos. Segundo o presidente, setores mais necessitados, como a agricultura e a construção civil, estão recebendo cuidados. Os efeitos da crise na economia brasileira e a adoção de possíveis medidas pontuais, sobretudo na área da construção civil, devem ser os principais assuntos da reunião de coordenação política hoje, no Palácio do Planalto. Além de Lula, devem participar os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e da Secretaria de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro. Rodada Doha - Lula disse ainda, que espera a retomada das negociações da Rodada de Doha para logo após o fim da eleição presidencial nos EUA. "Foi assunto discutido entre eu e o primeiro-ministro Singh, na Índia. Eu tinha conversado com o presidente Bush, e o acordo da Rodada Doha não se deu por causa de uma divergência, sobretudo entre os subsídios americanos, por seus produtos agrícolas, e o tratamento especial que a Índia deseja que seja dado. Eu senti que há grandes possibilidades, depois das eleições americanas, de conseguirmos concluir a Rodada Doha. Eu estou convencido que há o interesse do primeiro-ministro indiano, que há interesse dos EUA, da União Européia, do G20. Nós não podemos morrer na praia por conta de detalhes", disse. (Agência Brasil/AB)


Strauss-Kahn pede desculpas, mas nega abuso de poder
O diretor-gerente do FMI - Fundo Monetário Internacional -, Dominique Strauss-Kahn, pediu desculpas à sua equipe ontem, pelo que chamou de "um incidente envolvendo a mim e a uma integrante do staff". Ele se referia a um caso que teve com uma ex-membro da divisão do FMI para a África, Piroska Nagy. Ele afirmou que não abusou de sua autoridade. O relacionamento está sendo investigado por um escritório de advocacia externo que deverá determinar se a questão significa abuso de poder. "Muitos de vocês sentem que eu lhes decepcionei, mas eu entendo essa sensação", afirmou Strauss-Kahn em e-mail enviado após uma reunião do conselho diretor do fundo. "Embora esse incidente tenha sido um erro de julgamento da minha parte, pelo qual eu assumo total responsabilidade, eu acredito firmemente que não abusei de minha posição", disse o diretor na mensagem. (Agência Dow Jones/ADJ, de Washington)


Aracruz perde grau de investimento pela Moody's
A agência de classificação de risco de crédito Moody's Investors Service rebaixou ontem, o rating da Aracruz Celulose na escala global de Baa3 para Ba2, e de Aa1.br para A1.br na escala nacional brasileira. Com a decisão, a empresa perde o chamado grau de investimento. Em comunicado, a Moody's destaca que as notas continuam em revisão para possível rebaixamento. A revisão da Aracruz teve início em 3/10, após o anúncio sobre potenciais perdas da empresa com instrumentos derivativos de moedas bem como da planejada fusão com a VCP - Votorantim Celulose e Papel. Na semana passada, no dia 15/10, a agência já havia rebaixado os ratings de emissor da Aracruz de Baa2 para Baa3 em sua escala global e, de Aaa.br para Aa1.br, em sua escala nacional. Segundo a Moody's, sua decisão reflete um aumento da pressão na liquidez da companhia advindo das operações existentes com derivativos de moedas. O recente balanço da empresa, em 17/10, revelou uma exposição a derivativos bastante superior àquela originalmente anunciada, incluindo cerca de US$ 2,16 bilhões em transações relacionadas a empréstimos de pré-pagamento de exportação, ademais dos contratos de venda futura de dólar já anteriormente, reportados com um valor nacional de aproximadamente, US$ 4,1 bilhões, que incluem uma alavancagem de 2 vezes, caso o preço de exercício da opção seja superado. Além disso, "ainda que a maioria dos contratos não possua chamadas de margem, eles possuem liquidação financeira mensal que colocam crescente pressão na posição de liquidez da Aracruz, na medida em que sua posição de caixa de aproximadamente, US$ 594 milhões, seja utilizada para cobrir liquidações mensais, bem como no repagamento de dívidas vincendas", acrescenta a Moody's. Em sua revisão, a Moody's deve se concentrar na exposição da Aracruz aos instrumentos derivativos e no potencial impacto na sua alavancagem e liquidez. "Também importante para a revisão, será a probabilidade e o tempo para conclusão da anunciada aquisição pela VCP da participação de 28% da Arapar no capital votante da Aracruz, e a esperada fusão com a Aracruz", afirmam os analistas. (Agência Estado/AE)


Governo japonês considera que EUA estão em recessão
O governo do Japão considera em seu relatório econômico mensal que os EUA estão em recessão, além de ter se mostrado pessimista sobre as perspectivas para a economia nipônica. "A economia americana está em recessão", diz o relatório. No mês passado, o documento governamental destacava que a economia americana corria o risco de cair em uma recessão. O breve informe é elaborado cada mês por um painel governamental, com base em indicadores econômicos publicados no Japão e outros países. No entanto, não se apóia em nenhuma estatística com números. A recessão é geralmente definida como pelo menos dois trimestres de crescimento nulo ou negativo do PIB - Produto Interno Bruto -, o que ainda não aconteceu nos EUA. "A economia do Japão se fragilizou mais", afirma o documento a respeito do mercado local. (Agência France Presse/AFP, de Tóquio)


Crescimento da China desacelera com crise e fica em 9,9% até setembro
Apesar das dificuldades que a China enfrenta nesse ano, devido aos desastres naturais sofridos e ao impacto da crise financeira mundial, sua economia cresceu 9,9% nos primeiros nove meses de 2008, número que está dentro das previsões do governo, mas que mostra certa desaceleração. O NBS - Escritório Nacional de Estatísticas - publicou ontem, os dados macroeconômicos dos nove primeiros meses do ano, no qual destacou uma nova queda do crescimento trimestral (9% no terceiro trimestre, frente a 10,4% do período entre abril e junho e 10,6%, entre janeiro e março). Em 2006 e 2007, o crescimento econômico trimestral da China nunca ficou abaixo de 10%. O PIB - Produto Interno Bruto - da China, nesse período, subiu para US$ 2,95 trilhões, em sua corrida para alcançar a Alemanha e se transformar na terceira potência econômica mundial, depois de EUA e Japão. Ao apresentar os números macroeconômicos, o porta-voz do NBS, Li Xiaochao, destacou que, nos primeiros nove meses do ano, a China, em um ano muito complicado, "fez balanço da situação, tomou decisões e adotou políticas que mantiveram um crescimento rápido e estável". Destacou também, a publicação dos números de inflação, que entre janeiro e setembro foi de 7%, 2,9 pontos percentuais a mais que no mesmo período de 2007, mas nove décimos a menos que na primeira metade desse ano, mostrando que as medidas para controlar os preços estão surtindo efeito. Nos dados do NBS, foram lembrados que o comércio exterior mantém forte crescimento e subiu para US$ 1,96 trilhão, 25,2% a mais que no período entre janeiro e setembro de 2007, consolidando o país como terceiro maior parceiro comercial mundial. As importações cresceram de forma mais rápida (29%) que as exportações (22,3%) e, a China continua mantendo um superávit comercial elevado (aproximadamente US$ 180 bilhões). No entanto, esse superávit foi menor que o do ano passado em US$ 4,7 bilhões, graças, entre outros fatores, à valorização do iuane frente às moedas americana e européia. O consumo interno, outro pilar fundamental do surpreendente crescimento econômico chinês, alcançou US$ 1,13 trilhão, um aumento de 22% em comparação ao período de janeiro a setembro de 2007. (Efe, de Pequim)

OCDE não deve se recuperar antes de 2010
Abatidas pela crise financeira e pela retração do mercado de crédito, as economias dos países mais industrializados do mundo devem registrar crescimento nulo ou, na melhor das hipóteses, baixo em 2009, e voltar a crescer somente em 2010. A declaração foi feita por Angel Gurría, secretário-geral da OCDE - Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico -, bloco econômico que reúne 30 países, que produzem mais da metade de toda a riqueza do mundo. O Brasil não faz parte da organização. Segundo Gurría, o crescimento deve ser nulo na maioria dos países da OCDE pelo restante de 2008, e "podemos ver alguns países caindo em recessão". Para ele, a expectativa geral, era de que 2008 seria turbulento, mas, com uma melhora no fim desse ano; os países membros da OCDE deverão estar bem melhor no fim de 2009. "Ninguém está prevendo números para 2010, mas o primeiro ano no qual deveremos ver um crescimento normal (ajustado pela inflação) de cerca de 3% deve ser 2010", disse Gurría, acrescentando que essa previsão dependerá do comportamento do preço do petróleo. Em suas Perspectivas Econômicas de meio de ano, publicadas em junho antes da crise financeira, a OCDE previu crescimento de 1,8% para seus 30 países membros em 2008 e 1,7%, para 2009. Economistas independentes dizem que esses números são agora, extremamente, otimistas e serão revisados para baixo quando a organização divulgar suas novas estimativas, em novembro. Commodities - Um fator positivo para a economia mundial é que os preços de alimentos e matérias-primas (commodities), impulsionados pela especulação, começam a refletir os fundamentos da economia, lembrou Gurría. "Se a demanda está mais fraca, os preços caem e o mercado de petróleo é mais compreensível", disse ele. "O que é mais importante é que isso acalma as pressões do lado da inflação, fator que havia feito alguns países apertarem suas políticas monetárias. Se eles agora produzem certo alívio em razão da desaceleração econômica, haverá espaço para a política monetária ser, de alguma forma, mais fácil de ser adaptada", acrescentou. No início desse mês, os maiores bancos centrais do mundo fizeram cortes em suas taxas de juros, num esforço para amortecer a iminente desaceleração ampla da economia real, ao reduzir o custo do crédito. A engrenagem que foi colocada em ação, pelas maiores economias do mundo, para reduzir os efeitos da crise de crédito e para servir de base para o sistema bancário são extremamente importantes para restaurar a confiança, afirmou Gurría. "Estabilizar o sistema financeiro e fortalecê-lo é uma ferramenta contracíclica muito forte", disse ele. Rodada Doha - Gurría expressou sua frustração com o fato, de os principais líderes mundiais, serem capazes de se reunir rapidamente, e de orquestrar uma pesada operação de resgate para o sistema financeiro global, mas não conseguirem chegar a um acordo para as conversações da Rodada Doha de comércio multilateral, da OMC - Organização Mundial do Comércio -, que fracassou em julho em meio a disputas sobre importações agrícolas. "Nós estávamos tão perto. Poderíamos discutir o assunto novamente", disse ele. (Agência Dow Jones, de Paris)

John Deere retrai investimento no País
Temendo possível redução do consumo por causa da crise financeira internacional, a John Deere, empresa americana fabricante de máquinas agrícolas, que possui fábricas de colhedoras de cana-de-açúcar no Brasil, decidiu adotar postura conservadora com relação a investimentos para 2009. Segundo o gerente nacional de Vendas Corporativas da Unidade de Negócios Cana-de-Açúcar da John Deere, José Luis Coelho, a empresa aguardará os desdobramentos da crise para decidir se aumenta ou não a capacidade de sua fábrica, em Goiás, que é de até quatro máquinas por dia, para até oito máquinas diárias. Coelho disse que, embora a companhia tenha dinheiro em caixa suficiente para investir na duplicação de sua capacidade, a John Deere esperará que as estimativas de aumento de 20% na demanda por colhedoras no Brasil, feitas no início do ano, se confirmem. Em suas contas, 20 usinas sucroalcooleiras poderão entrar em operação no País em 2009. Atualmente, há 386 em operação. "A crise pode mudar muita coisa. Pode ser que essas novas usinas não operem por conta de restrições ao crédito. Caso isso não ocorra, podemos aumentar nossa capacidade de três maneiras: contratando mais funcionários, adicionando mais turnos a algumas etapas produtivas ou terceirizando parte da produção. Temos dinheiro gerado por nossa operação e, dessa forma, não precisaríamos pedir dinheiro para a matriz", afirmou Coelho. Em sua avaliação, contudo, a valorização da cotação do dólar frente ao real, como efeito direto da crise, pode ser positiva para o agronegócio nacional, já que o ritmo das exportações poderá aumentar. Devido a esses fatores, explicou, as empresas poderão engordar sua receita, o que permitirá a John Deere aumentar suas vendas. "Isso tudo é apenas especulação. Teremos que aguardar para saber o resultado", disse. Sem dar detalhes de faturamento, Coelho garantiu que 2008 será melhor que 2007. Ele disse que há espaço para novas encomendas na carteira John Deere e que o prazo de entrega das colhedoras é de 6 a 8 meses. A empresa possui 35 fábricas em 12 países. Somente no Brasil, a empresa tem 3 fábricas, uma em Goiás e duas no Rio Grande do Sul. É na unidade de Goiás que são produzidas as colhedoras de cana. A fábrica fica no município de Catalão e deu início a suas atividades em 1999. Ela tem 22 mil metros quadrados de área construída e emprega diretamente, 400 pessoas. Segundo Coelho, o município tem uma localização estratégica para o atendimento dos produtores de cana-de-açúcar, por sua proximidade com São Paulo e da área de cerrado do Brasil Central, onde há grande concentração de usinas. Além da fábrica goiana, a John Deere produz máquinas colhedoras de cana-de-açúcar nos EUA. Em uma unidade que produz outros equipamentos, a empresa fabrica de duas a três colhedoras por dia. Coelho explica que tudo o que é feito no Brasil é destinado à demanda nacional, cabendo às exportações à fábrica americana. Segundo ele, atualmente, há 1,4mil colhedoras em operação no mundo. Do total, 1,1 mil estão no Brasil. "O Brasil é o maior mercado consumidor de máquinas colhedoras de cana. Mais de 60% do açúcar que é consumido mundialmente vêm do Brasil. Há três investimos em capacidade produtiva. Antes disso, nós fabricávamos quatro máquinas por dia", disse. Em maio desse ano, a John Deere inaugurou fábrica de tratores em Montenegro/RS, município a 50 quilômetros de Porto Alegre. Segundo o site oficial da empresa, foram investidos US$ 250 milhões na unidade, que emprega 715 funcionários. "A John Deere tem o costume de, anualmente, investir 4% de seu faturamento total", completou Coelho.



Halliburton sofre prejuízo no 3º trimestre e corta investimentos
A companhia de serviços e produtos para o setor petrolífero Halliburton, divulgou prejuízo líquido nessa segunda-feira, pressionada por encargos de aquisição. O prejuízo líquido somou US$ 21 milhões, ou US$ 0,02 por ação, comparado com lucro líquido um ano antes, de US$ 727 milhões, ou US$ 0,79 por ação. Excluindo itens excepcionais, a empresa teve lucro de US$ 0,47 por ação ante previsão de US$ 0,76 recolhida entre analistas pela Reuters Estimates. A receita no trimestre passado cresceu 23,5%, para US$ 4,85 bilhões, superando previsão de analistas que esperavam em média, US$ 4,62 bilhões. A empresa reduziu previsão de investimento em 2008 para entre US$ 1,8 bilhão e US$ 1,9 bilhão, por causa do fechamento temporário de poços de petróleo. A companhia informou que os negócios internacionais ainda não foram impactados pela crise financeira e pela queda nos preços das commodities.



BNDES abre crédito para pequenas e médias empresas
As micro e pequenas empresas terão crédito garantido (do BNDES). Essa é uma decisão estratégica do banco", afirmou o superintendente da Área de Operações Indiretas do BNDES -Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social -, Cláudio Bernardo Guimarães de Moraes. Até agora, os indicadores demonstram que a crise global não tem afetado significativamente as MPEs. De acordo com informações da Agência Sebrae, entre outubro de 2006 e setembro de 2007, o BNDES destinou R$ 10,4 bilhões ao setor, referentes a 73 mil operações. Já entre outubro de 2007 e setembro de 2008, foram contabilizadas 104 mil operações, com recursos da ordem de R$ 15 bilhões, e a previsão é de que sejam liberados mais R$ 1 bilhão até o final do ano. Para 2009, o banco trabalha com um valor de R$ 17 bilhões.Efeitos da crise - Na opinião do superintendente, os efeitos da crise poderão ser melhor avaliados a partir de novembro. A percepção é que eles devem ser detectados em pequena escala. Até o momento, as informações repassadas pelos bancos ao BNDES, é de que não está havendo cancelamento das operações já previstas. O cartão BNDES, outro instrumento utilizado para medir os efeitos da crise, também apresenta uma evolução crescente. Em setembro, foram desembolsados R$ 80 milhões e em outubro, houve um acréscimo de R$ 5 milhões, totalizando R$ 85 milhões. "Até setembro, não há sinais de desaceleração. Ao contrário, a aprovação e o desembolso das operações feitas pelos bancos para micro e pequenas empresas, mostram uma curva ascendente. O que temos percebido, é que a maior parte dos recursos, foi destinado à compra de bens de capital, como: máquinas e equipamentos, para atender à demanda do mercado interno", afirma Moraes. O Brasil tem escapado da crise graças a um cenário particular, diz o superintendente. O País tem grandes projetos estruturantes, registrou um crescimento real da renda e possui um sistema bancário sólido e conservador, "que aprendeu muito com crises passadas". Segundo ele, as micro e pequenas empresas teriam se capitalizado, graças a um cenário econômico favorável. É difícil para um trem em movimento - Embora trabalhe com um cenário positivo, sem ameaça de recessão, o superintendente do BNDES não descarta mudanças. "Deve ocorrer uma adequação do consumo e um choque de realidade quanto às commodities, o que deve desacelerar o crescimento, mas é difícil parar um trem em movimento. O nível de desemprego seria um dado preocupante, mas não é isso que está acontecendo", avalia. Ele garante que o BNDES acompanha a crise de perto, estando de prontidão para intervir e manter a normalidade. Nesse contexto, Moraes destaca a importância das micro e pequenas empresas para a economia. "As MPEs são grandes empregadoras. O BNDES está atento e trabalha para que elas não sejam afetadas pela ausência de recursos. Se faltar crédito, morre todo mundo", afirma.

Salão do Automóvel de São Paulo tem carros conceitos 100% brasileiros
O Salão do Automóvel de São Paulo, desse ano, terá a apresentação de carros conceitos desenvolvidos no Brasil. Esse é o caso de pelo menos duas montadoras, a Renault e a GM -General Motors. A empresa de origem francesa irá mostrar no evento um carro 100% desenvolvido pela Renault do Brasil. O modelo ainda não teve o nome divulgado, aliás, a única coisa que a montadora fala é que sua principal característica é a versatilidade. Já a GM, por meio de sua marca Chevrolet, irá apresentar o carro conceito GPiX, também desenvolvido totalmente pela engenharia brasileira da montadora. O veículo, também, poderá servir de base, para os futuros modelos compactos, desenvolvidos para mercados emergentes. Segundo a montadora, o GPiX é um ensaio de um crossover compacto, segmento do qual ainda não participa na região do Mercosul. A Toyota é outra montadora que irá apresentar um carro conceito. Trata-se do I/X, que vem equipado com um conjunto de motor e transmissão híbrido. O motor a combustão adota a tecnologia Flex, enquanto o elétrico é do tipo plug-in, que permite recarga a partir de fonte de energia externa. O Salão do Automóvel de São Paulo acontece entre os dias 30/10 e 9/11, no Pavilhão de Exposições do Anhembi.



GM dá férias coletivas a 2 mil funcionários em SP
Cerca de dois mil trabalhadores da GM - General Motors - de São José dos Campos, no interior do Estado de São Paulo, onde são produzidos os modelos Corsa, Zafira e S-10 da montadora, entraram em férias coletivas ontem. A folga de 15 dias - o retorno será em 2/11 - ocorre, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, para minimizar os reflexos da crise internacional nas exportações da multinacional americana, cuja redução deve ser de 10%. O início das férias coletivas ocorreu sem protestos por parte dos metalúrgicos, que na semana passada paralisaram a produção de veículos e motores nas unidades da S-10, Powertrain e MVA, reunindo cerca de 5 mil trabalhadores. As manifestações foram motivadas pela decisão da GM em conceder férias coletivas. Segundo a diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos, além do Corsa, a folga ainda compromete a produção da Zafira e Montana, bem como a Powertrain, subsidiária que faz motores. O diretor sindical, Vivaldo Moreira Araújo, observa que o período provoca medo entre os trabalhadores. "A empresa precisou colocar um aviso no mural, na quinta-feira da semana passada, 16/10, para que os funcionários não ficassem tão apreensivos". Segundo o sindicato, o clima entre os que estão de férias é de tensão. "No mês passado, cerca de 200 pessoas saíram da empresa, no PDV - Plano de Demissão Voluntária -, então, diante disso, tudo pode acontecer. O que esperamos é que todos possam voltar ao trabalho com tranqüilidade". A assessoria de imprensa da GM confirmou as férias, mas não fez outros comentários a respeito.


Fundador da rede Sendas morre no Rio
O empresário Arthur Antonio Sendas morreu na madrugada dessa segunda-feira, após ser baleado em sua casa, na zona sul do Rio. Filho do comerciante português Manoel Antonio Sendas e da carioca Maria Soares Sendas, Arthur nasceu em São Mateus, São João de Meriti (Baixada Fluminense). A vida no comércio de alimentos começou em família. Manoel veio para o Brasil quando tinha 14 anos, começando a trabalhar com um parente, que tinha uma mercearia chamada Sendas. Depois de casado, em 1960, abriu seu próprio negócio, que ainda não levava o sobrenome da família - era Armazém Transmontano, que depois virou Casa do Povo. O terceiro de sete filhos, Arthur Antonio Sendas começou a trabalhar cedo, ajudando no atendimento da loja, e assumiu os negócios aos 17 anos, quando o pai morreu. Pouco tempo depois, resolveu adotar o nome de Casa Sendas. Os negócios começaram a crescer nos anos 60, quando a família comprou o primeiro armazém na Pavuna. "Dali fomos até a Penha, o Méier. E aí começamos descendo gradativamente, conquistando bairro por bairro. Hoje praticamente nós estamos na maior parte dos bairros do Rio de Janeiro e nos municípios", contou Sendas em entrevista ao Museu da Pessoa. Após dezenas de lojas, o empresário diversificou os negócios: criou o hipermercado Bon Marché, paralelamente ao supermercado Sendas, com a diferença focada no tamanho da loja. Antes disso, em 1985, criou também a Casa Show, setor de material de construção. Em 2001, o Grupo Sendas, então com 80 lojas no Rio, sendo a quinta maior rede de supermercados do país, informou que iria abrir capital. Em 2003, o Pão de Açúcar comprou 42% do Sendas e iniciou a parceria com o grupo carioca. Engajado nas políticas do setor em que trabalhava, Arthur Antonio Sendas presidiu a Abras - Associação Brasileira de Supermercados - de 1987 a 1990. O empresário deixa mulher e três filhos. (Folha Online, do Rio)


Pesquisa da Troiano, diz que marcas precisam ganhar confiança dos consumidores
Após algumas pesquisas sobre o comportamento da classe C, a Troiano Consultoria de Marca desenvolveu, em parceria com o Ibope Inteligência, um estudo para entender quais as marcas que estão presentes e influenciam na vida desses consumidores brasileiros com menor poder aquisitivo. O levantamento mostra que para o consumidor da classe C é importante confiar em uma marca porque assim ele não corre o risco de errar na compra, evitando o desperdício de verba. Apesar de apenas 3% das marcas estudadas estabelecerem alguma relação com o público, a pesquisa diz que a comunicação ainda tem grande papel na conquista da confiança das pessoas. A melhoria na renda de consumidores da classe C fez com que esse público, projetasse novos horizontes. Marcas que antes eram sonhos de consumo passaram a fazer parte da lista de compras das classes menos ricas. Os produtos de maior qualidade oferecem segurança na hora da compra e, para esse público, apresenta até personalidade própria e faz com que eles projetem uma visão otimista do futuro. Essa característica não é exclusividade da classe mais numerosa do Brasil. De acordo com Marcelo Coutinho, Diretor de Análise de Mercado do Ibope Inteligência, acontece em todas as classes sociais.



Toshiba vai comprar participação da SanDisk em joint venture de flash
A Toshiba vai comprar parcialmente a participação da SanDisk em duas fabricas de memória flash que as companhias possuem em joint venture, no Japão. A criação da joint venture para produção de memórias foi anunciada em 2004, com investimentos de mais de 2 bilhões de dólares. A Sandisk passa por momentos delicados após ter recusado proposta de aquisição da Samsung por mais de 5,8 bilhões de dólares. Atualmente, as memórias flash produzidas nas duas fábricas em Yokkaichi, Japão, são divididas igualitariamente entre a Toshiba e a SanDisk. Cada uma tinha 50% de participação. Com o acordo, a Toshiba vai ser dona de 30% da produção, com a divisão entre as duas empresas acontecendo apenas para os 70% restante. Isso significa que a Toshiba vai ter 65% dos chips produzidos e a SanDisk 35%. Os termos financeiros do acordo não foram divulgados. A Toshiba espera concluir um memorando de entendimento e assinar um acordo definitivo no início de 2009. (IDG News Service, do Japão)


Sadig lança novo produto gerencial
A Sadig, empresa especializada em informações gerenciais e Businness Intelligence, está lançando o Sadig Painéis, ferramenta que permite a criação de painéis gráficos para simplificar informações, facilitando o acompanhamento de resultados e a tomada de decisões. O lançamento na capital gaúcha será feito para clientes e prospects no dia 23/10, das 8h30min às 10h30min, no Hotel Deville em Porto Alegre. Desenvolvido para facilitar o trabalho dos gestores, o Sadig Painéis possui uma interface simples onde o cliente pode criar uma gama de painéis personalizados, escolhendo elementos como gráficos, tabelas, sinalizadores, que irão compor tabelas de controle. Esses painéis auxiliam na análise e na qualificação do processo decisório e podem ser acessados através da Web, ou pela rede interna, mantendo as mesmas características e facilidades. Segundo Maurício Voltolin, Diretor de Mercado da SADIG “esse produto permitirá a construção parametrizada e personalizada de cockpits pelos próprios usuários, em um ambiente tecnológico novo, amigável e poderoso. É uma enorme surpresa para o mercado, especialmente para os nossos clientes”. O novo produto, que também será lançado em São Paulo no dia 28/10, complementa a linha de ferramentas gerenciais da Sadig. A empresa já possui o Análises, responsável por integrar e consolidar dados originados de sistemas e plataformas diferentes, fornecendo diversas informações gerenciais; e o Performance, que oferece a estrutura para acompanhamento de projetos relacionados a metas, objetivos, iniciativas e ações, fornecendo informações precisas e relevantes sobre o desempenho de qualquer área da empresa. Com esse lançamento a empresa mostra que cresce mais a cada ano, incorporando novas tecnologias que facilitam a gestão dos seus clientes e pretende superar a meta de 30% de aumento em seu faturamento, alcançando os R$ 4 milhões até o final de 2008. Com mais de 20 anos de atuação, a SADIG é reconhecida como especialista em informações gerenciais, apoiando profissionais de organizações de diversos portes e segmentos. São mais de 500 empresas clientes e 4 mil usuários, distribuídos em 16 estados do Brasil. Além de uma completa infra-estrutura própria, a SADIG conta com uma rede de parceiros comerciais e de serviços, o que lhe permite atuar nacionalmente. As soluções SADIG se caracterizam por praticidade, objetividade e excelente relação investimento/benefícios. Toda a sofisticação tecnológica é utilizada para gerar resultados verdadeiramente úteis, tendo a simplicidade e o bom-senso como bases fundamentais. Alguns clientes da empresa são: Royal Canin, Demobile, Dell Anno, Moval, Grupo Simbal, Ceusa, Rede Dudony, Super Muffato, Lojas Gang, Calçados Beira-Rio, Tintas Killing, Mangels, Brasmetal, Nutrella, Seven Boys, Vigor, Speedo, Hospital Samaritano, Unimed, entre outros.


Itaú investe em Endomarketing
O Itaú realizou esse mês, três eventos voltados para o público interno e seus familiares. O primeiro deles aconteceu no Dia das Crianças, a Corrida Itaú Criança, com filhos de colaboradores. No mesmo dia o banco promoveu o Passeio Ciclístico com mais de 300 participantes, ambos realizados em São Paulo, na Cidade Universitária. Domingo, 19/10, também em São Paulo, o banco promoveu a Corrida Itaú 10K com aproximadamente 2000 colaboradores. Com essas ações de Endomarketing, o Itaú reforça a parceria de 13 anos com a Gayotto Marketing Esportivo, que assina os eventos.


Etna faz promoções em dias úteis
A Etna, fabricante de móveis com loja de bazar de São Paulo, quer aumentar as vendas em dias úteis. Para isso, está oferecendo 15% de desconto na compra de móveis nas lojas de São Paulo e Campinas de segunda a sexta-feira. Cada dia da semana os móveis para cômodos diferentes participam da promoção. Uma campanha publicitária em jornais, revistas e TV reforçam a ação.


Inadimplência dos consumidores aumenta 7,6% no ano
Números divulgados pela Serasa mostram que a inadimplência dos consumidores, aumentou 7,6% nos primeiros sete meses de 2008, em relação ao mesmo período do ano passado. Essa é a maior alta registrada na comparação anual. A inadimplência das pessoas físicas apresentou evolução de 15,4% em setembro sobre o mesmo mês de 2007. Já em relação a agosto, houve crescimento de 1,2%. A inadimplência foi liderada pelas dívidas com bancos, com 43,2% do total, contra 39,1% de janeiro a setembro de 2007. Em seguida, com peso de 32,9% nesse ano, estão as dívidas com cartões de crédito e financeiras. No mesmo período de 2007, as pendências com cartões de crédito e financeiras registraram 30,6% de participação na inadimplência. Para a Serasa, a alta da inadimplência reflete a piora da capacidade de pagamento dos consumidores e o maior endividamento, sobretudo em linhas de crédito mais caras, como cheque especial e rotativo do cartão de crédito. As condições de crédito vêm piorando ao longo do ano, com o aumento nos custos dos financiamentos em razão da elevação do IOF, da Selic e do spread bancário. Mais recentemente, com o maior grau de incerteza pela crise financeira global, os bancos e as financeiras tornaram mais rígidos os critérios de concessão de empréstimos.


Aperto do crédito com a crise já afeta o comércio
Apesar da crise financeira ter se intensificado em setembro, o comércio brasileiro começou a sentir algum efeito da turbulência internacional um mês antes, segundo avaliação do IBGE -Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Para o coordenador de pesquisa mensal de comércio, Nilo Lopes de Macedo, agentes econômicos temerosos com o agravamento da situação, passaram a ser mais rigorosos na concessão de crédito e elevaram as taxas de juros. O resultado, segundo ele, foi um desempenho um pouco pior das vendas do comércio tanto na comparação de agosto com julho, como em relação a agosto do ano passado.

Luizacred tem novo diretor geral
O engenheiro de produção Marcelo Barp de Almeida é o novo diretor-geral da Luizacred, Joint Venture do Magazine Luiza com o Unibanco. O executivo assume o cargo com o compromisso de incrementar o resultado da empresa, focado na emissão de cartão de crédito da financeira, além de outros produtos e serviços. Com experiência no setor administrativo e financeiro, Almeida trabalhou na Shell Brasil por alguns anos e fez MBA na University of Michigan/EUA. Desde 2003 no Unibanco, foi Diretor de Produtos de Consumo e também responsável pelas parcerias da Fininvest com as grandes empresas de varejo.



Hotel Everest e Câmara Brasil-Alemanha convidam para Stammtisch
A Câmara Brasil-Alemanha de Porto Alegre e o Hotel Everest convidam os associados e amigos para um Stammtisch [Happy Hour] nas dependências do hotel. O evento será uma confraternização entre amigos e uma excelente oportunidade para conhecer pessoas e estabelecer novos contatos. O Stammtisch será gratuito e exclusivo para associados da Câmara e convidados especiais desta e do Hotel Everest. O evento se realiza no dia 28/10, das 18h às 20h30min, no restaurante Roof do Hotel Everest (Rua Duque de Caxias, 1357). Inscrições e mais informações por
ahkpoa@ahkpoa.com.br ou 51 3222-5766, com Letícia.


Universal corta US$ 500 milhões de orçamento para 2009
A ordem no grupo americano NBC Universal é economizar e, para o orçamento de 2009, foram cortados US$ 500 milhões (R$ 1 bilhão), informa nessa segunda-feira, a versão on-line da revista especializada em entretenimento "Variety". O executivo Jeff Zucker anunciou a medida em uma reunião na última sexta-feira, dia 17/10, em um memorando interno. O corte equivale a cerca de 3% do orçamento da companhia, segundo o texto. Zucker culpou a situação econômica pelo corte de orçamento e argumentou que a empresa necessita tomar precauções, apesar de ultimamente ter apresentado lucros.


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MERCADO de Ações & Futuros
(Informações: Dow Jones, Bovespa e Reuters)


Bovespa valoriza 8,26%, em dia de recuperação do mercado mundial
A Bovespa - Bolsa de Valores de São Paulo - registra forte recuperação nessa segunda-feira, com o desempenho positivo das Bolsas internacionais. Analistas começam a observar a circulação de recursos entre os bancos, o que representa uma melhora na "crise de confiança" que paralisa o crédito e abala a economia global.


- O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, avança 8,26% e marca os 39.406 pontos. O giro financeiro é de R$ 4,91 bilhões. A ação preferencial da Petrobras dispara 10,87%, num dia em que o barril de petróleo, que chegou abaixo a US$ 70 na semana passada, foi cotado a US$ 73 na praça de Nova York (Nymex).

- O dólar comercial foi cotado a R$ 2,125 na venda, em alta de 0,23%. A taxa de risco-país marca 494 pontos, número 0,29% abaixo da pontuação anterior.



- No setor siderúrgico, os ganhos também colaboraram com o avanço do Ibovespa: Gerdau PN subiu 11,61%, Usiminas PNA aumentou 9,09% e CSN valorizou-se 7,45%. Também ajudaram as elevações das ações de bancos: Bradesco PN registrou alta de 7,74%, Itaú PN, 7,16%, Banco do Brasil ON, 10,01% e Unibanco Unit, 8,14%.


- No Ibovespa, as altas foram lideradas por Gafisa ON (+17,57%), Sabesp ON (+14,56%) e Cosan ON (+13,90%). No outro extremo, apenas três ações registraram baixas: Transmissão Paulista PN caiu 1,21%, Telesp PN cedeu 0,96% e Gol ON recuou 0,61%.



Análise - No ambiente doméstico, a segunda-feira contou com vencimento dos contratos de opções sobre ações na Bovespa. O vencimento movimentou cerca de R$ 993,906 milhões na Bovespa. Assim como as ações da Petrobras, os papéis da Vale - que também tiveram influência do exercício - encerraram o dia com apreciação expressiva: Vale PNA ganhou 12,70% e Vale ON disparou 13,29 . Ainda vale destacar que a mineradora informa o balanço do terceiro trimestre, na quinta-feira.




Bolsas de Nova York fecham com forte alta confiantes na normalização do crédito
A Bolsa de Nova York terminou em forte alta nessa segunda-feira, influenciada pela confiança com o desbloqueio do mercado de créditos e pela perspectiva de um eventual segundo plano de reativação econômica nos EUA.

- O índice DJIA - Dow Jones Industrial Average - fechou com alta de 4,61%, aos 9.260,09 pontos. O mercado Nasdaq, das empresas de tecnologia e internet, subiu 3,43%, aos 1.770,03 pontos, enquanto o S&P 500 teve alta de 4,73%, aos 985,02 pontos. "O Dow Jones e o Nasdaq conservaram fortes lucros diante de sinais de distensão do crédito e da esperança de que os consumidores americanos possam se beneficiar de outro plano de reativação econômica", explicou Al Goldman, da Wachovia Securities.

Análise - A redução nos juros interbancários foi vista como um sinal de confiança voltando ao sistema bancário. Com isso, os mercados de crédito podem retornar a seu ritmo normal aos poucos, o que significaria uma restauração dos níveis de empréstimos e financiamentos, reativando a economia americana. A taxa Libor (taxa de juros interbancários internacional) caiu para 4,06%.




As Bolsas européias fecharam com fortes altas
O mercado europeu de ações registrou valorização nessa segunda-feira, tendo rali pela segunda sessão. As ações ligadas ao petróleo e de bancos subiram, com sinais de destravamento de empréstimos interbancários e a possibilidade de um segundo pacote de estímulo nos EUA.


- O índice FTSEurofirst 300 das principais ações européias, fechou com valorização de 3,8% para 928 pontos, a máxima do dia. O indicador teve valorização de 4,2% na sexta-feira, mas perdeu mais de 38% até o momento nesse ano, com a crise de crédito que colocou a economia global à beira de uma recessão. "Os mercados têm exagerado no pessimismo", disse Peter Dixon, economista do Commerzbank em Londres. "A maioria das notícias ruins já foi dada nesse momento."

Análise - O rali na Europa se estendeu ontem após Wall Street ter levado em consideração a notícia de que o chairman do Federal Reserve dos EUA, Ben Bernanke, ter dito que outro plano econômico pode ser necessário para reanimar o crescimento lento. Entre outros bancos europeus, o Royal Bank of Scotland registrou valorização de 23,2%, os papéis do Barclays subiram 7,1% e do HSBC registraram alta de 5,4%. "Pela primeira vez em um tempo, os operadores puderam chegar em suas mesas e não tiveram de agir com pressa", disse David Evans, analista de mercado do BetOnMarkets.com. "As ações coordenadas dos governos centrais parecem ter atingido as suas marcas e as tentativas de rali de ontem pode continuar à medida que caçadores de pechinchas aparecem." Mas o Société Générale registrou queda de 3% e o BNP Paribas recuou 1,9%.


- Londres, o índice Financial Times fechou em alta de 5,41%, a 4.282 pontos.
- Frankfurt, o índice DAX subiu 1,12%, para 4.835 pontos.
- Paris, o índice CAC-40 avançou 3,56%, para 3.448 pontos.
- Milão, o índice Mibtel encerrou em alta de 2,65%, a 16.969 pontos.
- Madri, o índice Ibex-35 registrou valorização de 2,99%, para 9.944 pontos.
- Lisboa, o índice PSI20 teve avanço de 2,03%, para 6.824 pontos.


O governo da Suécia apresentou ontem, um plano de 1,5 trilhão de coroas (cerca de US$ 203 bilhões) para ajudar o sistema financeiro de seu país. Além da Suécia, recentemente os governos da Holanda, China, Índia e Coréia do Sul apresentaram medidas para enfrentar os desdobramentos da crise financeira. Ontem, o presidente do Fed (Fed, Ben Bernanke, defendeu um novo plano de estímulo à economia.


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ÍNDICES ECONÔMICOS


Mercado prevê inflação maior, com juro e crescimento menores
A piora na crise financeira internacional levou os economistas ouvidos pelo Banco Central, a reduzirem suas previsões para o crescimento da economia em 2008 e 2009. Também caiu a estimativa de aumento para a taxa básica de juros nesse ano e aumentou a previsão para a inflação e o dólar nos dois anos. Segundo a pesquisa semanal Focus, a expectativa para o crescimento do PIB - Produto Interno Bruto -, soma das riquezas produzidas em 2009, principal preocupação do governo, caiu de 3,50% para 3,35%. Para 2008, teve um pequeno recuo de 5,23% para 5,22%. O governo ainda prevê um crescimento de até 4,5% no próximo ano e uma expansão de até 5,5% nesse. Os economistas também esperam que a taxa básica de juros, a Selic, suba menos no final do ano. Apesar de ter sido mantida a expectativa de que os juros subam dos atuais 13,75% para 14,25% na reunião do Copom - Comitê de Política Monetária do BC - da próxima semana, o mercado espera uma alta para 14,50% em dezembro (o Copom se reúne a cada 45 dias, aproximadamente). A previsão anterior era de que os juros subiriam para 14,75% ao ano. A previsão para a taxa básica no final do próximo ano ficou estável em 13,50% ao ano.


Dólar e inflação - A previsão para o dólar no final do ano subiu de R$ 1,85, na semana passada, para R$ 1,90. Há quatro semanas, estava em R$ 1,70. Para dezembro de 2009, a estimativa também passou de R$ 1,85 para R$ 1,90. Em relação à inflação, a expectativa para o IPCA -Índice de Preços ao Consumidor Amplo -, que serve como meta para o BC, passou de 6,20% para 6,23%. A estimativa para a inflação para os próximos 12 meses passou de 5,13% para 5,25%. A meta de inflação é de 4,5%, podendo chegar a 6,5% no intervalo de tolerância (teto da meta). Para o próximo ano, a taxa prevista subiu, depois de recuar por cinco semanas seguidas, e passou de 4,80% para 4,90%. A queda da inflação em 2009 para o centro da meta de 4,5% é um dos principais motivos que tem levado o BC a aumentar os juros nesse ano. Outros indicadores - A estimativa para o saldo da balança comercial em 2008 subiu de US$ 23,88 bilhões para US$ 24 bilhões. Para 2009, passou de US$ 12 bilhões para US$ 12,70 bilhões. A expectativa para o déficit em conta corrente, nesse ano, ficou em US$ 29 bilhões. Para 2009, subiu de US$ 33,1 bilhões para US$ 33,23 bilhões. Foi mantida a expectativa de investimentos estrangeiros diretos de US$ 35 bilhões em 2008 e US$ 30 bilhões em 2009. A previsão para a relação dívida/PIB nesse ano caiu de 40,50% para 40,45%. Para 2009, caiu de 38,98% para 38,90%.




Inflação pelo IGP-M sobe 0,86% na segunda prévia de outubro

- O IGP-M - Índice Geral de Preços – Mercado - registrou alta de 0,86% na segunda leitura prévia do mês de outubro, contra ligeira variação positiva de 0,04% na mesma leitura de setembro. No ano, o indicador acumula alta de 9,40% e, nos últimos 12 meses, a alta acumulada é de 12,10%. Os dados foram divulgados nessa segunda-feira, pela FGV - Fundação Getulio Vargas. A metodologia aplicada na apuração do IGP-M é a mesma do IGP-10 e do IGP-DI - usados no reajuste, por exemplo, de contratos de aluguel -, também apurados pela FGV, com a única diferença de ter um período de coleta diferente. A segunda prévia do IGP-M compreende o intervalo entre os dias 21 do mês anterior e 10 do mês de referência.

- O IPA - Índice de Preços por Atacado - subiu 1,11% no período, contra ligeira deflação de 0,03% um mês antes. A taxa de variação dos Bens Finais passou de deflação de 0,05% para alta de 0,27%, com destaque para o subgrupo alimentos in natura (de -4,50% para -1,19%). O índice de Bens Intermediários passou de 0,78% em setembro para 1,19% nesse mês, com destaque para o subgrupo materiais e componentes para a manufatura (de 0,52% para 1,02%). O grupo Matérias-Primas Brutas passou de deflação de 1,22% para alta de 1,93%, com destaque para os itens tomate (-25,67% para 14,92%), mandioca (-2,10% para 27,84%) e minério de ferro (3,86% para 12,49%). Já os itens aves (1,49% para -0,81%), cana-de-açúcar (1,37% para estabilidade) e café em grão (3,04% para 0,38%) tiveram desaceleração.


- O IPC - Índice de Preços ao Consumidor - subiu 0,13% na segunda prévia desse mês, contra deflação de 0,12% um mês antes. O grupo Alimentação passou de deflação de 1,07% em setembro para deflação de 0,21% em outubro, com destaque para os itens hortaliças e legumes (-8,90% para -3,78%), arroz e feijão (-4,26% para 0,99%) e laticínios (-2,56% para -1,57%). Também desaceleraram os preços nos grupos Vestuário (-0,22% para 0,85%) e Habitação (0,22% para 0,33%), com destaque para roupas (-0,45% para 0,99%) e material para reparos de residência (0,23% para 3,35%). Os grupos Despesas Diversas (1,10% para 0,28%), Educação, Leitura e Recreação (0,38% para 0,04%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,32% para 0,19%) e Transportes (0,13% para 0,11%) tiveram desaceleração, com destaque para mensalidade para TV por assinatura (0,20% para -1,30%), salas de espetáculo (3,26% para -1,17%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,03% para -0,53%) e serviço de reparo em automóvel (2,02% para -0,03%).


- O INCC - Índice Nacional de Custo da Construção - teve ligeira desaceleração de 0,89% para 0,91% na leitura divulgada ontem. O índice de custo da Mão-de-Obra passou para alta de 0,13%, contra 0,29% em setembro. Já a taxa do índice relativo a Materiais e Serviços subiu de 1,45% na apuração de setembro para 1,54% em outubro.


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MERCADO FINANCEIRO


OIT prevê 20 milhões a mais de desempregados
A crise financeira pode colocar na rua 20 milhões de pessoas em todo o mundo até o final de 2009, afirmou o diretor geral da OIT - Organização Internacional do Trabalho -, Juan Somavía, em uma entrevista coletiva à imprensa. Segundo as estimativas da OIT apresentadas por Somavía, "o número de desempregados poderá subir de 190 milhões em 2007 para 210 milhões no final de 2009", e inclusive ser maior se a crise se agravar. "Precisamos de uma ação rápida e coordenada dos governos para evitar uma crise social que poderá ser grave, prolongada e mundial", acrescentou o chileno. Segundo o relatório anual da OIT, divulgado na semana passada, a globalização não apenas "falhou em contribuir no desenvolvimento da produtividade global e na criação de empregos" como também, "intensificou a instabilidade econômica". "Globalmente, crises no setor bancário foram 10 vezes mais freqüentes nos anos 90 do que no final dos anos 70", diz o documento. "O desemprego deve aumentar em conseqüência da queda no investimento e isso pode intensificar ainda mais as desigualdades de renda", afirmou a OIT. (Agência France Presse/AFP, de Genebra)



Governo ameaça reduzir remuneração a bancos
O governo estuda reduzir a remuneração dos depósitos compulsórios, a parcela dos depósitos bancários que hoje fica retida no Banco Central. Segundo o ministro Paulo Bernardo, essa medida funcionaria como uma "punição" aos bancos. O BC já liberou várias parcelas dos compulsórios, como uma forma de injetar recursos na economia. O governo detectou, porém, que esse dinheiro não entrou em circulação entre os bancos. Desde a piora da crise financeira, os bancos médios e pequenos relatam dificuldades em obter caixa para girar suas operações. Segundo o governo apurou, os grandes bancos têm devolvido ao BC parte do dinheiro já liberado. O ministro do Planejamento ressalta, no entanto, que ainda não há nenhuma decisão tomada sobre o assunto. "Mas se precisar, o governo vai fazer", disse ele. Na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já ameaçava medida semelhante. "O Banco Central vai ter que tomar uma atitude e tomar o dinheiro de volta, pegar o compulsório outra vez, porque o Banco Central só vai liberar o dinheiro [do compulsório] na medida em que houver a concessão dos empréstimos", disse o presidente. (Folha Online)



Governo português oferece US$ 27 bi em garantias a bancos
Os bancos que operam em Portugal podem, a partir de hoje, 21/10, recorrer às garantias de até 20 bilhões de euros (US$ 27 bi ou R$ 57 bilhões) oferecidas pelo governo do país. A lei que cria a possibilidade de concessão extraordinária de garantias pelo Estado foi publicada nessa segunda-feira, entrando em vigor hoje. As instituições de crédito que queiram se beneficiar das garantias terão que apresentar um pedido de concessão junto do Banco Central português e do Instituto de Gestão de Tesouraria e de Crédito Público. Posteriormente, essas duas entidades vão analisar o pedido e emitir uma proposta de decisão e uma análise do risco de crédito, cabendo depois ao ministro luso das Finanças emitir a autorização final. A partir disso, caso os bancos façam, por exemplo, uma emissão obrigatória, eles podem se beneficiar da cobertura do Estado, o que significa que a linha de crédito concedida tem um menor risco e, por isso, um custo mais baixo, já que se o banco não conseguir honrar os compromissos, o Estado os assegurará. De acordo com a lei, o governo português passa a ter a possibilidade de conceder, a título excepcional e no valor até 20 bilhões de euros (R$ 57 bilhões), em garantias às instituições de crédito em operações de financiamento, e também a emissão de obrigações ou papel comercial. As novas regras, que têm como objetivo reforçar a estabilidade e promover a liquidez do sistema financeiro, prevêem que o membro do governo responsável pela área das finanças defina, por portaria, os mecanismos de fixação e revisão das comissões que vão reger as entidades beneficiárias da garantia, em condições comerciais apropriadas. Esse regime tem um caráter transitório, devendo manter-se em vigor "enquanto a atual situação o justifique", não havendo, portanto, uma data limite para terminar. (Agência Lusa, de Lisboa)



Itaú e Marisa fecham parceria para cartão de crédito
O banco Itaú anunciou ontem, um acordo operacional com a rede de lojas de vestuário Marisa para operar um novo cartão de crédito Itaú/Marisa, pelo prazo de 10 anos. Na parceria, o banco vai ter exclusividade para oferecer, distribuir e comercializar produtos e serviços financeiros aos clientes da Marisa. Segundo fato relevante, a parceria representará um investimento para o Itaú de cerca de R$ 120 milhões, sendo R$ 65 milhões pela exclusividade e pelo uso da base de clientes da Marisa, durante o período em que vigorar o acordo operacional, e R$ 55 milhões que serão vinculados ao cumprimento de metas ao longo de cinco anos. O banco e a varejista dividirão, ainda, na proporção de 50% para cada, os resultados decorrentes da oferta, distribuição e comercialização de produtos e serviços financeiros. (Agência Estado/AE)



Suécia anuncia plano de US$ 200 bi para apoiar sistema financeiro
O governo da Suécia apresentou nessa segunda-feira, um plano de 1,5 trilhão de coroas (cerca de US$ 203 bilhões) para ajudar o sistema financeiro do país, em caso de pressões maiores provocadas pelas contrações mundiais de crédito. "O plano de estabilidade dá ao governo um mandato para administrar problemas como a falta de liquidez ou potenciais problemas de solvência no futuro, por meio de medidas previsíveis e com a proteção dos interesses dos contribuintes", informou o governo em um comunicado. A medida da Suécia se segue a medidas semelhantes já adotadas por outros países, tanto na Europa como em outros continentes. No total, as ajudas já oferecidas para resgatar os setores financeiros de países europeus como Alemanha, França e Reino Unido, já passam de US$ 2 trilhões. (Agência France Presse/AFP)

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AGRONEGÓCIOS


Ministério da Agricultura aprova incentivo para produção de biocombustível
A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural aprovaram a concessão de incentivos especiais ao proprietário rural que desenvolver projetos de pecuária intensiva associados ao cultivo de lavouras destinadas à produção de biocombustíveis. A proposta (PL 1056/07), da deputada federal Eliene Lima (PP-MT), altera a Lei Agrícola (8.171/91), que já prevê o benefício para os produtores que preservam o meio ambiente em suas propriedades. Eliene Lima acredita que sua proposta vai ajudar a diminuir o aquecimento global e reduzir a dependência brasileira do petróleo. Entre os incentivos previstos na proposta estão:
- prioridade na obtenção de apoio financeiro oficial, através da concessão de crédito rural e outros tipos de financiamentos; - prioridade na concessão de benefícios associados a programas de infra-estrutura rural, como energização, irrigação, armazenagem, telefonia e habitação; - fornecimento de mudas de espécies nativas e/ou ecologicamente adaptadas produzidas com a finalidade de recompor a cobertura florestal; - preferência na prestação de serviços oficiais de assistência técnica e de fomento; e - apoio técnico-educativo no desenvolvimento de projetos de preservação, conservação e recuperação ambiental.
O relator, deputado Vitor Penido (DEM-MG), defendeu a aprovação do projeto. Em sua avaliação, o estímulo à produção de biocombustíveis irá, ao contrário do que afirmam os críticos do etanol, ajudar a reduzir o preço dos alimentos. "É o preço do petróleo que influencia diretamente os preços das commodities agrícolas, tanto na produção quanto na distribuição." O projeto, que tramita em caráter conclusivo, também já foi aprovado nas comissões de Minas e Energia; e de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural. Agora a matéria será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Setor receia que o excedente de frango chegue a 12%
Com receio de uma oferta maior que a demanda no mercado interno e externo, as entidades que representam o setor avícola brasileiro estão propondo a redução em 5% na produção de frango de corte do Brasil. Essa recomendação partiu da CIA - Central de Informações Avícolas -, entidade que analisa cenários do setor de frango de corte da UBA- União Brasileira de Avicultura. Há indicadores que apontam para um possível excedente de 12% na produção de frango ou 135 mil toneladas. Segundo o diretor do setor de abatedouros e mercado interno da UBA e presidente do Sindiavipar - Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná -, Domingos Martins, quatro fatores motivaram essa decisão. "O Brasil atingiu em 2008 o maior número de alojamento de frango de toda a história (488 milhões de cabeças alojadas). Se esse ritmo de crescimento se mantiver, a probabilidade de sobrar frango no mercado é muito grande", diz ele. Em 2007 a avicultura brasileira retomou o seu ritmo de exportação e obteve ganhos no consumo interno, o que estimulou o segmento a investir ainda mais. Com isso, a estimativa é chegar em 2009 com uma capacidade de produção de carne de frango 15% maior que nesse ano e 25% maior que em 2007, desempenho capaz de ofertar, em média, perto de 1,1 milhão de toneladas mensais de carne de frango, contra 920 mil toneladas mensais em 2008. Historicamente, nos primeiros meses do ano, o ritmo de consumo cai tanto no mercado interno quanto no externo, o que pode ser agravado ainda mais com a crise econômica mundial. É comum diminuição do potencial de consumo nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro, período de férias escolares no Brasil. O inverno no Hemisfério Norte também reduz o ritmo de venda, por dificuldade de entrada dos produtos com o congelamento das geleiras. Diante desses percalços, a previsão dos membros da CIA é a de que em 2009, o segmento avícola produza em torno de 1,1 milhão de toneladas de frango de corte por mês, exportando em média 365 mil toneladas e destinando ao mercado interno uma média mensal de 600 mil toneladas. Esses indicadores, portanto, apontam para um possível excedente de 12% na produção de frango ou 135 mil toneladas.

Índia vai refinar açúcar brasileiro
Mumbai A Shree Renuka Sugars Ltd., maior refinaria da Índia, vai comprar até 80 mil toneladas de açúcar não-refinado, ou demerara, aproveitando o colapso dos preços mundiais, que chegaram ao nível mais baixo em quatro meses. A empresa vai comprar açúcar do Brasil, refiná-lo em sua usina que beneficia 2 mil toneladas por dia, em Haldia, cidade portuária do leste da Índia, antes de vendê-lo para países asiáticos, disse ontem Narendra Murkumbi, diretor-gerente da refinaria. O preço do açúcar demerara caiu na sexta-feira para 10,91 centavos de dólar a libra-peso em Nova York, o patamar mais baixo desde 10/6, devido à especulação de que o aperto do crédito contraia as compras. O BDI - Baltic Dry Index -, indicador dos custos do transporte marítimo de commodities, tocou ontem o patamar mais baixo em seis anos em Londres. "Os preços atuais são extremamente atraentes e os custos do frete caíram quase 80% nos últimos seis meses", disse Murkumbi. "Vai haver uma grande demanda por açúcar refinado na Ásia e queremos capitalizar nisso." As compras pela Índia, o maior consumidor mundial de açúcar, podem contribuir para sustentar os preços mundiais, que caíram 16% nesse mês. Isenção Fiscal - A Shree Renuka não tem encontrado dificuldade em garantir recursos para suas compras, disse Murkumbi. A empresa vai recebeu na sexta-feira, no porto de Haldia, uma carga de 30.000 toneladas de açúcar demerara, contratada em agosto. É o primeiro embarque do produto para a Índia em 2 anos e meio. A empresa importa açúcar demerara com isenção de impostos para ser refinado para exportação, disse ele. As importações para as vendas no país pagam impostos de 60%. A moagem da cana-de-açúcar na Índia foi atrasada em cerca de três semanas, em Maharashtra, devido às chuvas de monção, que foram prolongadas, disse Murkumbi. A empresa começou a moagem em apenas três de suas oito usinas, acrescentou ele. (Gazeta Online)

Gorduras Trans: a posição da ABIA
Tendo em vista distorções publicadas em recente reportagem sobre a posição da ABIA, referente às gorduras trans, tornam-se necessários os seguintes esclarecimentos:Desde meados de 2003, com o avanço das pesquisas sobre os efeitos à saúde do consumo de gorduras trans, a ABIA vem discutindo e buscando meios para que as indústrias de alimentos estabelecessem metas de redução, até a eliminação total das gorduras trans nos alimentos processados. Em Agosto de 2007, ocorreu o Workshop Gorduras trans organizado pela ABIA, com o apoio do ILSI e SBOG, cujo objetivo foi discutir e aprofundar conhecimentos sobre a presença de gordura trans nos alimentos, considerando todos os aspectos envolvidos, a evolução das medidas no mundo, bem como a visão da indústria, do governo e da universidade, para subsidiar as decisões do Brasil.
Dentre as conclusões desse evento, destaca-se que a gordura trans produzida pelo homem, proporciona um conjunto de problemas à saúde e deve ser substituída na produção e na composição de alimentos no Brasil. A substituição deve ser planejada e gradual e, desenhada como em outros países, uma transição, dentro da qual se procurará suplantar algumas dificuldades tais como: matéria-prima suficiente, tecnologia adequada e ambiente estrutural de produção e análise.Dentro desse enfoque, ainda em 2008 a ABIA esteve presente na Reunião Internacional sobre “Ácidos Graxos Trans (AGT): Desafios e oportunidades para a Agricultura, Indústria e Saúde Pública”, da OPAS/OMS - Organização Pan-Americana da Saúde/ Organização Mundial da Saúde, realizada nos dias 8 e 9 de junho de 2008, cujo objetivo foi identificar mecanismos que acelerem o processo de eliminação das Gorduras Trans nas Américas, dando continuidade aos esforços iniciados em 2007 pelo Grupo de trabalho sobre Gorduras Trans da OPAS/OMS.
Nessa ocasião foi gerado um documento qual a ABIA e outros signatários, comprometeram-se a despender esforços para que as indústrias de alimentos reduzam as gorduras trans de seus produtos gradativamente, considerando as dificuldades existentes anteriormente apresentadas no Workshop ABIA e ressaltando algumas preocupações técnicas. Finalmente, sempre com a mesma preocupação, em 29/11/07 a ABIA firmou Acordo de Cooperação Técnica com o Ministério da Saúde para discutir ações para promoção da alimentação saudável, inclusive a questão da substituição das gorduras trans. Nesse momento, estamos promovendo levantamentos que possam subsidiar as ações objeto do Acordo. É importante destacar que em função das citadas ações, muitas empresas já eliminaram e/ou reduziram substancialmente a presença das gorduras trans em seus produtos.

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COMÉRCIO EXTERIOR


Feira Internacional de Macau começa na quinta com 57 países
A 13ª edição da Feira Internacional de Macau tem início quinta-feira, com 256 delegações oriundas de 57 países e territórios, a maior participação de todos os tempos. Entre quinta-feira e domingo, a Feira Internacional de Macau vai estar de portas abertas no complexo de convenções do hotel The Venetian e com uma componente de “maior internacionalização” do evento, como destacou Lee Peng Hong, presidente do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento, que organiza o evento. Além da participação internacional, como a União Européia que representa 13% das participações, a edição 2008 da Feira Internacional de Macau, tem uma forte componente local, com a presença de 37 associações de Macau. Entre as mostras de produtos e bolsas de contatos, a feira de Macau terá também uma componente de fóruns e conferências nas quais participarão, entre outras, organizações internacionais como o Instituto de Cooperação Internacional, a Agência Internacional de Franchise, um ramo econômico ao qual será dada especial atenção. Lee Peng Hong explicou que 167 empresas, oriundas de países como a Indonésia, Canadá, Holanda, Brasil, Romênia, Dinamarca ou Malásia, solicitaram à organização oportunidade de realizarem negócios nessa área em Macau. Com a habitual presença lusófona, a feira de Macau conta ainda, com outras novidades como um pavilhão de empresas da América Latina e um dedicado especialmente à Exposição Mundial de Xangai de 2010. Já a presença chinesa - com mais de 70 delegações oriundas de 13 províncias continentais - volta a ter uma posição de destaque no evento que termina domingo. (Agência Lusa, de Macau/China)

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MATÉRIAL ESPECIAL

Indústria global de fundos de ações perde US$ 7,4 bilhões em pior semana, desde 2001
A segunda semana de outubro mostrou-se como outro período de forte turbulência à indústria global de fundos de investimentos. Assim demonstraram os números da consultoria EPFR Global, relativos aos sete dias anteriores a 15/10. O clima de alta aversão ao risco penalizou especialmente os fundos voltados à renda variável, que no mundo, registraram uma captação líquida negativa de US$ 7,4 bilhões no período - o pior desempenho, tanto em termos de montante total como de porcentagem sobre o patrimônio líquido, registrado nos últimos sete anos. A categoria norte-americana de fundos de ações assistiu à retirada líquida de US$ 6,45 bilhões, algo em torno de 7,5% de seu patrimônio líquido total. No mesmo sentido, os fundos de ações do Japão tiveram sua décima semana de captação negativa, em um intervalo de doze semanas. Uma das exceções a tal panorama negativo ficou com os fundos de ações europeus, que na segunda semana do mês, viram as aplicações superarem os resgates em US$ 2,1 bilhões, a melhor performance desde abril. Segundo a EPFR, o bom desempenho foi ocasionado principalmente, pelo corte no juro básico na região, em decisão tomada pelo BCE - Banco Central Europeu - em 8/10.
Déficits mais amenos entre emergentesCaptações negativas também deram o tom dos desempenhos semanais dos fundos de ações de mercados emergentes. Todavia, os déficits se mostraram menores que os registrados no começo do mês. A categoria de fundos de ações emergentes registrou no período, uma captação líquida negativa modesta, de US$ 61 milhões. No mesmo sentido, a fuga de capital dos fundos de ações latino-americanos veio abaixo da média registrada nas últimas semanas: US$ 359 milhões, dentre os quais US$ 20 milhões vieram da indústria brasileira. Tal montante também é pouco expressivo, quando comparado ao registrado na primeira semana do mês. Ainda assim, o resultado é o décimo oitavo de perfil negativo em dezenove semanas. Por sua vez, os fundos mexicanos, voltados à renda variável, conseguiram registrar aplicações superiores aos resgates, tendo encerrado a segunda semana de outubro com saldo positivo.
'Curto prazo' capta montante recordeDado seu caráter defensivo, os fundos de curto prazo foram a grande exceção dos resultados negativos predominantes à indústria global de fundos, na segunda semana de outubro, tendo registrado uma expressiva captação líquida positiva de US$ 44,4 bilhões, recorde histórico no segmento. Mas a performance não veio acompanhada de iguais números positivos entre demais fundos de renda fixa. A categoria de fundos emergentes de renda fixa mostrou captação deficitária em US$ 8,7 bilhões, pela décima semana consecutiva. Já os fundos norte-americanos de renda fixa completaram uma seqüência de quatro desempenhos semanais negativos. (Especial InfoMoney)

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MERCADO DE TI & Telecomunicações


Grupo restrito testará beta do Windows Vista SP2
A Microsoft começará a oferecer a versão beta do Service Pack 2 (SP2) do Windows Vista, para uma comunidade de testers selecionados em algumas semanas, segundo o site Neowin.net. O portal afirma que alguns testers receberam convites, na última sexta-feira, 17/10, para testar a versão beta do SP2 do sistema, que chegará às suas mãos em cerca de um mês, mas não irá a público. Entre as melhorias e novos recursos divulgados no pacote de atualizações, o Vista SP2 terá a última versão do buscador para o desktop Windows Search 4, suporte a Bluetooth 2.1 e ao processador de 64-bit da Via Technologies. O Vista SP1 teve sua versão final lançada em fevereiro desse ano, pouco mais de um ano após o sistema operacional ser lançado para os consumidores. Alguns usuários reclamaram de bugs que, por exemplo, causaram reinicialização infinita do computador após a instalação do service pack. Na semana passada, o Chief Executive Officer da Microsoft, Steve Ballmer, disse que o próximo sistema da empresa, oficialmente batizado de Windows 7, é “o Windows Vista, mas muito melhor”.

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ANÁLISE SETORIAL


A importância da pesquisa para gerar inovação
O IV Seminário Marketing 360º contou com a presença do americano Peter Krieg, CEO Mundial e um dos fundadores da Copernicus Marketing Consulting. A consultoria de marca atende clientes de todo o mundo através de seus escritórios localizados em Waltham, nos EUA, e em São Paulo. Peter Krieg apontou para a importância da pesquisa com consumidores e o mercado antes do desenvolvimento de novos produtos, já que as vendas costumam cair após um tempo quando não há inovações. “As marcas hoje em dia fazem extensão de linhas, mas a realidade é que raramente elas trazem novos consumidores”, explica. Uma das táticas aconselhadas pelo executivo, que tem gênios como Philip Kotler em seu círculo de amizades, é promover jogos entre consumidores. Segundo ele, é preciso não apenas perguntar o que eles gostam ou desgostam, mas estimulá-los a falar sobre uma marca e seus produtos.Fãs da marca e jovens são as melhores fontes de idéias“Os fãs da marca são quem trará os melhores resultados e respostas à marca em ações como essa. É preciso entendê-los e investir neles para então, pensar em novos consumidores”, alerta Krieg, que indica ainda os jovens como uma fonte rica de grandes idéias. Outra estratégia é acompanhar a rotina de alguns consumidores, desde antes da compra até o seu momento de uso, muitas vezes fazendo filmagens durante todo o processo. Krieg alerta ainda, a importância de manter-se antenado e procurar replicar tendências em novos produtos, mas sempre agregando inovação. Peter Krieg encerrou alertando do risco de ações de Marketing baseadas apenas em intuição, sem uma base de pesquisa ou testes de produto antes de investir milhões em lançamentos. “As que se baseiam apenas em intuição são as que acabam falhando. As empresas deveriam reservar 15% de sua verba para experimentos”, disse. Sobre a crise econômica mundial que tem o seu país natal, os EUA, como origem, Krieg fala que momentos como esse são idéias para que os profissionais de Marketing repensem suas estratégias para investir em pesquisa e inovação. “O sucesso não é uma questão de destino, mas de escolha”, diz Peter Krieg.



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MERCADO ONLINE

Vendas pela internet devem crescer 35% nesse ano
O faturamento do comércio eletrônico no Brasil deve fechar o ano com crescimento de 35% sobre 2007, aponta relatório divulgado pela consultoria e-bit. De acordo com o levantamento, as vendas on-line devem atingir faturamento de R$ 8,5 bilhões. A consultoria afirma que o resultado no comércio eletrônico está relacionado ao aumento no número de consumidores, que cresceu 42% de janeiro de 2007 a junho de 2008. As lojas virtuais conquistaram cerca de 3,5 milhões de novos compradores. Atualmente, mais de 11,5 milhões de pessoas já compraram algum tipo de produto pela internet. As principais vantagens que atraem os consumidores ao mundo digital são preços mais baixos, financiamento facilitado, frete grátis, facilidade de compra e a praticidade de comparar preços de produtos.



Yahoo! vai cortar gastos e demitir funcionários
O Yahoo! deve anunciar hoje, dia 21/10, um plano de redução de custos que envolve inclusive a demissão de funcionários. Segundo o jornal The Wall Street Journal, a empresa de internet sofre as conseqüências da crise mundial e também com os resultados financeiros pouco satisfatórios dos últimos meses. O jornal afirma que ainda não está claro qual será o número de demissões, mas que o corte deve ser maior que o anunciado em janeiro desse ano, de mil empregados - atualmente, a empresa emprega cerca de 14 mil pessoas. A empresa pediu ainda que gerentes identifiquem possibilidades de cortes de 15% no orçamento de suas áreas. O anúncio sobre o assunto deve ser feito junto com a divulgação dos resultados financeiros da empresa no terceiro trimestre, amanhã. O Yahoo! tem enfrentado problemas para competir com empresas como Google, MySpace e Facebook, consideradas mais inovadoras e preparadas para o atual cenário da internet. O cenário foi acentuado pela crise financeira mundial, que deve reduzir as verbas dos anunciantes. Nesse ano, a companhia recusou uma oferta de compra de cerca de US$ 45 bilhões feita pela Microsoft, afirmando ter condições de ficar independente e ser lucrativa. Entretanto, segundo o "WSJ", o valor das ações do Yahoo! caiu 43% nos últimos três meses. Entre as saídas cogitadas pelo Yahoo! está uma parceria com a AOL. A empresa também fez um acordo com o Google para o setor de publicidade on-line, que ainda não saiu do papel. O negócio foi contestado por anunciantes e está atualmente sob investigação do Departamento de Justiça dos EUA, para verificar seu impacto sobre a concorrência do setor. O Yahoo! espera que a aliança seja responsável por um faturamento de US$ 800 milhões por ano - o valor estimado para os primeiros 12 meses é de US$ 250 milhões a US$ 450 milhões. (Efe)



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MERCADO DE LUXO


Parece um Jaguar, mas não é...
Os engenheiros ingleses Barend Hemmes e Lee J. Rowland tiveram um momento de inspiração e criaram o desenho de uma moto em forma de jaguar. Até se pode imaginar que o modelo seria uma encomenda da montadora de mesmo nome, mas não foi. Além de ser uma peça única, o que já remete para sua exclusividade, é uma criação independente. A moto pesa 360 quilos e pode levar um motor de 1,2 mil cilindradas. O formato do felino jaguar é feito em aço e fibra de vidro. Preço da exclusividade: US$ 567 mil. Interessados em conhecer o modelo único podem acessar o site de um dos criadores:
www.leejrowland.com. Um lembrete apenas, a peça ainda não está à venda, informações de bastidores antecipam que a moto pode vir a ser leiloada. Aguardemos o desfecho.


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EXPEDIENTE

Produção: WLine.biz - Intelligent Business Strategies / wline@wline.biz
Revisão: Professora Lúcia Iná Sá d’Oliveira / + 55 51 9299.1274
Colaborador: Nilton Santolin / www.niltonsanolin.com.br



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