I-Press.biz Economia & Mercado | Edição 079 | Ano I

Mundo está "à beira de recessão", diz FMI
O diretor-gerente do FMI - Fundo Monetário Internacional -, Dominique Strauss-Kahn, ontem em Washington que o mundo está entrando em uma "recessão global" e que o sistema financeiro internacional só deve começar a se recuperar da atual crise, na segunda metade de 2009. "Nosso parecer é que o crescimento das economias avançadas será próximo de zero no ano que vem e de cerca de 3% na economia global", disse Strauss-Kahn. "Assim, estamos à beira de uma recessão global." "Na primavera (no hemisfério norte, outono no Brasil), o FMI foi criticado por ser pessimista demais", acrescentou. "Infelizmente, fomos otimistas demais." Strauss-Kahn também comentou o avanço da crise bancária na Europa, e afirmou que os países da União Européia precisam adotar ações coordenadas em relação ao problema. Para o diretor-gerente do FMI, qualquer ação unilateral - como as que foram anunciadas nos últimos dias por vários países do bloco - "precisa ser evitada ou mesmo condenada". "Faço um apelo aos países europeus para que trabalhem juntos", acrescentou. "Não há solução doméstica para uma crise como esta."
Preço para os pobres
Em outra coletiva em Washington, o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, alertou que existe o risco de a crise financeira piorar a situação dos países mais pobres, com um impacto negativo que pode nunca mais ser superado, especialmente pelas crianças dessas nações. "Não podemos deixar que uma crise financeira se transforme e uma crise humana", disse Zoellick. "Não se pode pedir aos mais pobres que paguem o preço mais alto." "As crianças podem sofrer as conseqüências de longo prazo dos choques econômicos de curto prazo, e nunca se recuperar totalmente." "Estimamos que mais 44 milhões de pessoas, vão sofrer de desnutrição nesse ano, como resultado da alta dos preços dos alimentos e, para as crianças, isso significa um potencial perdido que nunca será recuperado." As declarações de
Strauss-Kahn e Zoellick foram feitas às vésperas do encontro anual do FMI e do Banco Mundial, que será realizado nesse fim de semana, na capital americana, em meio à intensificação da crise financeira mundial. Na quarta-feira, sete bancos centrais de todo o mundo anunciaram juntos uma redução nas taxas de juros, em uma ação coordenada para tentar frear o desaquecimento econômico.


Hoje é o Dia Mundial do OVO

A data foi criada pelo International Egg Commission (IEC) para celebrar o produto como um dos mais nutritivos e versáteis alimentos à dieta humana, além de integrar pessoas de todas as partes do mundo para um intercâmbio de informações nutricionais e receitas sobre o ovo.
Quando e como a data é comemorada?
O Dia Mundial do Ovo é celebrado na segunda sexta-feira do mês de outubro. Países como México, Austrália, Argentina, Reino Unido, Dinamarca, Holanda, Hungria, Nigéria e Estados Unidos (só para citar alguns exemplos) costumam organizar grandes eventos para comemorar o dia do ovo. Entre as atividades realizadas estão palestras, lançamento de livros de receitas, competições esportivas, corrida de balões, degustações coletivas de receitas com ovos, além de muita música e muita alegria. Ano passado, na Dinamarca, durante o Dia Mundial do Ovo, a Sanovo Staalkat Group convidou todos os seus colaboradores e a imprensa local para a desgustação de sanduíches de ovos. Já na Hungria, o Dia Mundial do Ovo é transformado em um verdadeiro festival internacional. Os seus organizadores convocam os mais renomados chefs de cozinha para preparar pratos à base do ovo. Em 2007, os chefs húngaros prepararam um gigantesco prato com ovos para celebrar a data. A enorme receita exigiu nada mais nada menos que 7.500 ovos, mil ovos cozidos, 50 kg de bacon, 50 kg de presunto, 35 kg de banha, 80 kg de páprica e 80 kg de cebolas. O presidente do Instituto Latinoamericano del Huevo (ILH), James Abad, diz que aproveita a data para intensificar os trabalhos de divulgação sobre a qualidade nutricional do ovo, apresentando informações científicas que comprovam os benefícios do ovo à dieta diária humana. “Desta forma, contribuímos para elevar o consumo de ovos nos países latino-americanos, oferecendo um valioso aporte para a saúde humana em todos os sentidos”, destaca.


Banco Central volta a vender dólares
O Banco Central voltou a vender dólares ontem, depois de ter realizado três leilões, ontem. A venda direta foi a uma taxa de R$ 2,17, a menor das três de ontem (R$ 2,44, R$ 2,37 e R$2,35). O BC não informa os valores que colocou no mercado. Desde 13 de março de 2003, início do governo Lula, o BC não fazia esse tipo de venda direta. Nesse tipo de venda, a moeda norte-americana efetivamente sai das reservas e passa às mãos dos compradores. Depois do agravamento da crise financeira, o BC vendeu dólares com compromisso de compra, ou seja, no vencimento esses recursos vão voltar ao BC. A autoridade monetária também atuou no mercado futuro, com operações de swap cambial (contratos que trocam o rendimento em juros pela oscilação do dólar), no valor de cerca de US$ 2,7 bilhões. Também nessa modalidade, os dólares voltam ao BC depois de determinado tempo. Com as vendas de dólares no mercado futuro, há uma contribuição para impedir que o dólar negociado à vista, suba.

BID diz que crise afetará pequenas e médias empresas
O BID - Banco Interamericano de Desenvolvimento - declarou que a crise financeira mundial afetará as pequenas e médias empresas no curto prazo, e deve atingir as remessas monetárias feitas por imigrantes a seus países de origem. "A curto prazo, a crise financeira impõe grandes desafios às microfinanças, já que afetará a magnitude e o custo do financiamento (externo e interno), e vai impactar o fluxo real das remessas" feitas por imigrantes, afirmou Luis Alberto Moreno, presidente do BID, em Assunção. Moreno disse que a resposta a esses desafios são os mecanismos que a entidade vem aplicando nos programas de assistência às médias e pequenas empresas, como os elevados padrões de disciplina financeira, a proximidade com o cliente e a diversificação das fontes de financiamento. O BID "reitera seu compromisso de trabalhar para preservar a fortaleza das microfinanças na região. Continuaremos juntos com vocês na expansão e na consolidação desse sistema", declarou o presidente do BID. "Ainda estamos no olho do furacão, de modo que é difícil determinar se a instabilidade financeira será passageira ou se prejudicará, de forma duradoura, o progresso da América Latina e do Caribe, como foi o caso da crise da dívida externa nos anos 80",
acrescentou.

Crise - Em uma medida coletiva para estancar a crise, o Fed - Federal Reserve -, em conjunto com outros cinco bancos centrais - Banco do Canadá, Banco da Inglaterra (BC britânico), BCE -Banco Central Europeu -, Sveriges Riksbank (da Suécia) e SNB - Banco Nacional da Suíça -, - reduziram suas taxas de juros em 0,5 ponto percentual. O primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, anunciou ontem, um plano de resgate de 50 bilhões de libras (cerca de US$ 87 bilhões) aos moldes do pacote dos EUA, para evitar que os bancos do Reino Unido tenham destino semelhante ao do Lehman Brothers, que quebrou no dia 15/9 e marcou o início do segundo ciclo da crise, iniciado no ano passado. Além do Lehman, outras instituições que tiveram problemas, tanto nos EUA como na Europa, foram: Merrill Lynch, AIG, Wachovia, Dexia, Fortis, Hypo Real Estate, Bradford & Bingley, HBOS e o
Washington Mutual - que também quebrou no mês passado. Na quarta-feira, dia 8/10, a porta-voz da Casa Branca, Dana Perino, disse que a crise financeira já afeta mercados como o brasileiro e mexicano, e ressaltou que medidas precisam ser tomadas. "Isso está afetando todo o mundo, incluindo mercados emergentes como Brasil e México. Por isso há muito trabalho pela frente (...) e continuamos trabalhando", afirmou a porta-voz da Casa Branca. (Efe)


Suzano também avalia reduzir produção de celulose
O presidente da Suzano Papel e Celulose, Antonio Maciel, disse ontem, que a companhia também
analisa a possibilidade de reduzir sua oferta de celulose. Mais cedo, o presidente da VCP - Votorantim Celulose e Papel -, José Luciano Penido, havia afirmado que as empresas do setor deveriam diminuir suas ofertas, de modo a limitar os estoques da cadeia e evitar uma queda brusca nos preços do insumo, utilizado na fabricação de papel. Maciel esteve ontem em congresso organizado pela consultoria Risi, em São Paulo, e destacou que a decisão sobre um possível corte na produção ainda está em análise. Com relação aos projetos da empresa, o executivo disse que os cronogramas estão mantidos, uma vez que a decisão sobre grande parte dos investimentos, não precisa ser feita no momento. "Em relação ao projeto do Piauí, só precisamos tomar a decisão sobre a compra dos equipamentos em 2012", explicou. No caso do projeto da companhia para o Maranhão, essa decisão só precisa ser tomada em 2011. A situação menos confortável é em relação à expansão de capacidade prevista para Mucuri/BA, cuja definição deve ser tomada em 2009. "Se tomarmos a decisão de fazer Mucuri, a unidade entrará em operação apenas em 2012", disse o executivo, destacando que a atual crise econômica não deve balizar o investimento de longo prazo.


CNA prevê descompasso entre preço e custo de produção
A assessora técnica da CNA - Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil - Rosemeire Santos, afirmou ontem, 8/10, que a elevação do dólar frente ao real - movimento verificado nos últimos dias - pode não compensar o aumento dos custos de produção da atividade agrícola. Os gastos foram impulsionados principalmente pelo aumento dos preços dos fertilizantes. De acordo com ela, pode se repetir o descasamento entre preços agrícolas e custos de produção ocorrido em 2004 e 2005, com sérias conseqüências para a renda do setor. A falta de crédito para financiamento da produção pode agravar ainda mais o quadro nesse ano, avaliou Rosemeire. Dados divulgados ontem, pela CNA, em estimativa em conjunto com o Cepea - Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - da USP - Universidade de São Paulo -, mostram que o PIB - Produto Interno Bruto - do agronegócio, cresceu 6,79% no acumulado do ano até julho. Ela lembrou, no entanto, que o ritmo de crescimento do setor já começou a reduzir no início do segundo semestre do ano, antes mesmo de registrar as pressões
geradas pelo atual cenário de crise internacional. Em nota, a CNA informou que, apesar de
considerados positivos, os resultados do primeiro semestre demonstram certo desequilíbrio no
crescimento do agronegócio esse ano. Os segmentos de insumos agropecuários e da produção dentro da porteira, que sustentaram o crescimento do primeiro semestre, começaram a dar sinais de desaceleração em julho. O segmento de insumos agropecuários cresceu 1,79% no mês, registrando o menor nível desde fevereiro, e bem próximo ao observado em janeiro, de 1,75%.


Concessionárias de carros reajustam taxas e prazos
Ainda que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha pedido que o brasileiro mantenha o nível de consumo, quem precisa de um financiamento já começa a pagar mais pelo crédito. Comprar um carro zero-quilômetro deve ficar ainda mais difícil no fim de semana. Ligamos para 12 concessionárias em São Paulo de seis marcas diferentes, que trabalham não só com bancos das próprias montadoras (GM e Ford, por exemplo), mas também com os de varejo (caso do Santander). Todas reajustaram a taxa de juros entre sexta-feira e segunda-feira: passou, em média, de 1,4% para 1,7% nos planos de 60 meses. Lojistas, porém, estimam que chegará a 1,8% até domingo e passará para 2% na próxima semana. Isso significa que uma das 60 parcelas de um Volkswagen Gol 1.0 (cujo preço fica em torno de R$ 30 mil) era de R$ 839 na semana passada. Agora, é de R$ 907. Para um Fiat Punto 1.4 (R$ 43,5 mil), os valores subiram de R$ 1.102 (taxa de 1,42%) para R$ 1.175 (1,70%). Esses valores são para financiamentos sem entrada, modalidade que já começa a rarear. As financeiras começam a exigir um pagamento mínimo de 10% do valor do carro zero-quilômetro para os parcelamentos de 60 ou 72 meses - o percentual é de 20% para os usados. Os planos de 72 meses, muito divulgados na época de crédito fácil, já saíram de cena. Hoje, o máximo são 60 meses, e vendedores dizem que, no fim de semana, é provável que sejam reduzidos para 36 meses. O clima de incerteza é tanto que, segundo um vendedor, o Itaú (dono do Banco Fiat) chegou a suspender os planos de financiamento na terça-feira. Já a Finasa, reajustou a tabela três vezes desde sexta-feira. O Banco GM passou a alterar sua tabela semanalmente - antes, o fazia uma vez por mês. (Folha Online)

Venda de veículos importados registra queda de 10% em setembro
A venda de veículos importados registrou queda de 10,58% em setembro na comparação com agosto, segundo dados da Abeiva - Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores. Na comparação com setembro do ano passado, no entanto, as vendas mantiveram alta recorde de 185,29%. Segundo a entidade, foram vendidos 3.549 veículos no atacado em setembro desse ano, abaixo das 3.969 de agosto, mas à frente das 1.244 unidades de setembro de 2007. No acumulado desse ano, as empresas fecharam nove meses com a venda de 24.980 veículos, 230,9% acima dos 7.549 do mesmo período do ano passado. As empresas mantiveram a projeção de 32 mil unidades ao término do ano, mesmo diante da instabilidade cambial das últimas semanas. "Faltam apenas 7.000 unidades para se alcançar a previsão de 32 mil unidades em 2008. Nos próximos três meses, ainda que o dólar e o euro sofram expressiva alteração, nossas associadas estão estimando comercializar no mínimo mais 10 mil unidades. A CN Auto e a Suzuki, que já começaram a vender, vão colaborar muito nessa contagem", afirmou o vice-presidente da Abeiva, Marcel Visconde. A Abeiva reúne as empresas BMW, Chana, Chrysler, CN Auto, Dodge, Effa Motors, Ferrari, Jeep, Kia Motors, Maserati, Pagani, Porsche, Ssangyong e Suzuki. Diante da crise financeira internacional e da instabilidade do dólar e do euro, as associadas à Abeiva voltaram a reivindicar alíquota de importação igual a dos acordos com o México e Mercosul, cuja alíquota é zero. "Levamos uma desvantagem
inconcebível, em especial nesses momentos de volatilidade das moedas estrangeiras, com as quais trabalhamos", afirmou o vice-presidente da Abeiva, Marcel Visconde. Segundo o executivo, "o cenário econômico-financeiro internacional preocupa os importadores oficiais de automóveis, já que a valorização das duas principais moedas estrangeiras aconteceu muito rapidamente". Para ele, tal instabilidade "pode provocar uma retração nas vendas" já que, "em 18 anos importação de veículos, nosso maior trunfo sempre foi a estabilidade da moeda". Visconde argumenta ainda que, com o desencadeamento da crise norte-americana, os mercados emergentes já iniciaram o processo de seletividade de crédito a bens de consumo e de duráveis. O desempenho de vendas da Abeiva em setembro, no atacado, significou às associadas participação de 1,39% no mercado total de veículos de passageiros e comerciais leves. No mês anterior, a participação havia sido de 1,50%.


Cartão de crédito deve faturar 22% mais em outubro
O mercado de cartões de crédito deverá atingir em outubro faturamento de R$ 19,9 bilhões, o maior valor já registrado nesse ano, segundo pesquisa divulgada pela Itaucard. Em relação ao mesmo período de 2007, a expansão deverá ser de 21,8%. A projeção para esse mês, é que sejam realizadas 253 milhões de transações, 18,09% mais que no mesmo mês de 2007. O número de plásticos em circulação deverá crescer 17,9%, para 106,7 milhões de unidades. Segundo a Itaucard, o volume total de cartões circulando no país deverá fechar 2008 em 110 milhões de unidades, 18,43% mais que em dezembro de 2007.

Mercado de trabalho deve ser afetado por crise já em 2009
O mercado de trabalho deve sentir os efeitos da crise financeira que atinge os EUA a partir do primeiro trimestre de 2009. A diminuição do ritmo de criação de vagas deve ser um dos primeiros reflexos, especialmente nos segmentos exportadores e no comércio, segundo avaliam economistas e sindicalistas. O comércio paulista já prevê a criação de menos vagas temporárias nesse ano, do que as inicialmente esperadas. Nesse ano, 2 milhões de vagas com carteira assinada devem ser criadas, segundo estima o governo federal a partir do Caged - Cadastro Geral de Empregados e esempregados. O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, disse que a crise financeira não deverá afetar a criação de vagas nesse ano. Para 2009, deve haver redução em torno de 300 mil a 500 mil postos, de acordo com o Dieese. Dessa forma, a criação de vagas no próximo ano seria de 1,5 milhão a 1,7 milhão, já que a economia deve crescer menos do que nesse ano. Ao longo do ano passado, os novos empregos somaram 1.617 milhão. O impacto no mercado de trabalho ainda depende, no entanto, das medidas que o governo irá adotar para amenizar os efeitos da crise na economia brasileira.

Crédito mais escasso tira força do varejo nesse Natal
O crédito mais escasso e mais caro, como reflexo da crise financeira internacional, deve reduzir o fôlego financeiro do consumidor nesse final de ano, e atingir as vendas para o Natal. Segundo a Anefac - Associação dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade -, na compra de um produto no valor de R$ 1.500, o consumidor pagava, no mês passado, uma prestação de R$ 105,42, considerando um prazo de financiamento de 36 meses e uma taxa de juros de 6,17% ao mês (taxa média de juros em setembro). Nesse caso, o consumidor teria de ter uma renda mínima de R$ 421,68 para poder comprometer, com a prestação, no máximo 25% de sua renda. Nesse mês, considerando que a taxa de juros média, subiu para 6,23% ao mês e que os prazos vão até 24 meses, o valor da prestação para aquisição de um produto de R$ 1.500, subiria para R$ 122,07 e, para obter esse
financiamento, precisaria ter renda mínima de R$ 488,28. Vale lembrar que a maioria das lojas parcela a compra hoje em até 12 meses. Nesse caso, a prestação seria de R$ 181,18 ao mês e a renda mínima necessária para obter esse financiamento seria de R$ 724,72. Isso significa que pessoas com renda menor ficarão excluídas do crediário. A Anefac refez a previsão de vendas para o Natal. A expectativa agora é de crescimento de 5% ante 2007. A previsão anterior era de alta entre 6% e 10%.


Semp Toshiba suspende venda por alta do dólar

A Semp Toshiba suspendeu a venda de seus produtos para os fornecedores no Brasil. A decisão foi tomada pela alta volatilidade do mercado, principalmente da cotação do dólar. Como mais de 90% dos produtos da Semp Toshiba contam com componentes importados, a empresa terá que avaliar de que forma vai repassar os custos elevados pela alta do dólar. A expectativa é que ainda nessa semana, a empresa volte a vender os produtos, mas com um reajuste significativo de preços. O aumento de preços dos produtos, somado a uma conjuntura de restrição ao crédito juros elevados, deve obrigar a Semp Toshiba a reduzir sua projeção de crescimento para esse ano, que era de 10%.

Inscrições para o Salão Design Casa Brasil encerram dia 24 de outubro
Falta apenas 13 dias para o final das inscrições do Salão Design Casa Brasil, evento que vem se firmando como um dos maiores espaços de promoção do design moveleiro em território brasileiro. Até o dia 24 de outubro, arquitetos, designers, estudantes e indústrias podem inscrever seus projetos no concurso realizado pelo Sindmóveis - Sindicato das Indústrias do Mobiliário de Bento Gonçalves. No Salão Design, será possível conhecer projetos inovadores do Brasil e do mundo. A direção do evento vem trabalhando de forma incessante para promover o Salão nacional e internacionalmente. Até o momento, mais de 100 projetos foram inscritos, incluindo, além de brasileiros, colombianos, cubanos, argentinos, mexicanos, chilenos e uruguaios. O Salão Design Casa Brasil conta com uma comissão julgadora composta por profissionais que conhecem o design moveleiro do mundo todo e que levam em consideração na hora da avaliação aspectos como: ergonomia, forma, funcionalidade, impacto ambiental, inovação, perspectiva mercadológica, relação custo-benefício e viabilidade de produção. O
concurso busca incentivar criatividade, empreendedoismo, inovação tecnológica, e destaca a capacidade e o talento dos designers do mercado mobiliário. São aceitos projetos de produtos nacionais e internacionais nas modalidades: Profissional, Estudante e Indústria. Ao todo, serão distribuídos R$ 100 mil em prêmios. Informações complementares podem ser obtidas no site:
http://www.salaodesign.com.br.

Começa a definição do perfil das empresas ao Distrito Industrial Guajuviras
Mais de 50 empresas já manifestaram interesse em se estabelecer no Distrito Industrial Guajuviras, participando de cadastro informativo que está sendo desenvolvido pela SMDE - Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico. O cadastro que está sendo desenvolvido poderá ser realizado até o dia 31/10 pelo site
www.canoas.rs.gov.br, através de link do Projeto, ou diretamente na Secretaria (Av. Getúlio Vargas, 5558 – Centro). "Esse trabalho vem sendo desenvolvido paralelamente às obras da preparação da área como terraplanagem, construção de vias e definições jurídicas para determinar a forma de venda dos lotes. O objetivo do cadastro é conhecer o perfil das indústrias, para que, assim, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico junto com a Secretaria de Planejamento Urbano, possam elaborar o Projeto Global do Distrito", explica o Secretário da SMDE, João Pierotto. Inicialmente, serão disponibilizados 22 lotes, com 2.000 m² cada um, para empresas com baixo potencial poluidor.

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BASTIDORES

- Darf de milhões. O empresário Eike Batista pagou na segunda-feira, dia 29/9, R$ 654,8 milhões por Darf à Receita Federal. Esse valor é o imposto sobre a operação de venda de ações da MMX para a Anglo American.

- Cyrela freia no mercado. O empresário Elie Horn tomou uma decisão preventiva. Puxou o freio da sua empresa Cyrela, que é a maior construtora do Brasil. Horn vai reduzir em 40% o volume de lançamentos para o ano que vem. Para Horn, a crise do crédito vai sim ter reflexos no País, e a melhor alternativa é tomar uma posição mais prudente, ainda em 2008.

- E-mail fantasma para empresários. Sim a notícia é essa mesmo. Essa é mais uma idéia do
empresário Alexsander Mandic, pioneiro da internet no Brasil. Ele vai lançar um serviço de e-mail sob medida para empresários paranóicos ou que estão muito preocupados com o festival de grampos e invasões na rede. Esse serviço, apelidado de ‘Mandic Gasparzinho’, além de criptografado, é um e-mail fantasma e só pode ser aberto pelo seu dono, nunca por um hancker ou delegado da PF. Falasse no mercado que o serviço já tem fila de interessados... Só prepare o bolso, pois o ‘Mandic Gasparzinho’ é salgado.


- E-commerce em alta. O Grupo Pão de Açúcar vai investir R$ 40 milhões na logística do seu comércio eletrônico até 2010. O objetivo é a redução do tempo de entrega das compras ao consumidor. Com esse investimento o Pão de Açúcar vai ser o market-share nacional do setor no e-commerce.

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MERCADO de Ações & Futuros
(Informações: Dow Jones, Bovespa e Reuters)

Bovespa fecha em queda de 3,9%; mercado acumula perda de 25% em seis dias
A Bovespa já perdeu mais de 25% nos últimos seis dias, sem que o mercado encontre o "fundo do poço" em preços das ações. Nessa quinta-feira, o mercado não conseguiu sustentar a recuperação vista em boa parte do dia, e desabou na última hora de fechamento. O câmbio, após duas intervenções do Banco Central, cedeu para R$ 2,19.

- O termômetro da Bolsa, o índice Ibovespa, desabou 3,92% e desceu para os 37.080 pontos. O giro financeiro foi de R$ 5,53 bilhões. E a Bolsa de Nova York, principal referência global dos mercados de ações, despencou 7,33%.

Análise - Operadores citaram o pessimismo com o início da temporada de divulgação dos balanços de grandes bancos americanos. Entre os rumores que circularam nas mesas de operações, as instituições financeiras devem revelar novos rombos com os créditos "subprimes". Em Nova York, foram justamente os papéis desse setor que arrastaram a Bolsa, com perdas acima de 20%. A notícia que provocou o desabamento dos mercados, no entanto, veio da economia real: a Standard & Poor's rebaixou o "rating" (nota de risco de crédito) da General Motors, e colocou a "nota" da Ford em perspectiva negativa (uma sinalização que pode fazer o "downgrade" num futuro próximo).

Bolsas americanas amargam forte queda no fim do pregão
Após uma abertura positiva, as Bolsas americanas oscilaram perto da estabilidade para, no final do pregão, desabarem. Quedas nos setores financeiros, energia e de saúde ofuscaram o otimismo com os resultados da IBM. O temor de um agravamento da crise financeira, seguido de uma recessão global, pesa sobre o ânimo dos investidores.

- Às 16h30min (hora de Brasília), a pouco mais de meia hora, a Nymex estava em baixa de
3,99%,
indo para 8.889,10 pontos no índice Dow Jones Industrial Average, enquanto o S&P 500 caía 4,75%, para 938,12 pontos.

- A Bolsa Nasdaq operava em variação negativa de 2,92%, indo para 1.689,51 pontos.

Análise - As preocupações no mercado quanto ao desempenho da economia global, devido à paralisia no fluxo de crédito, não cederam, mesmo depois de ações de governos no mundo todo para tentar restaurar a confiança nos mercados. A taxa Libor (juro interbancário no mercado internacional) subiu para 4,75%, contra 4,52% ontem, o que sinaliza que permanece a desconfiança entre as instituições bancárias sobre a capacidade de tomadores conseguirem honrar seus compromissos. A escassez de crédito vem sendo atacada por uma série de bancos centrais, que tentam normalizar as operações do mercado com injeções maciças de dinheiro: no dia 29/9, dez BCs anunciaram uma oferta de US$ 620 bilhões em liquidez [oferta de dinheiro]; em outra ação conjunta posterior, outros seis BCs anunciaram leilões de US$ 450 bilhões até o fim do ano para garantir que não ocorra falta de dinheiro. Além disso, ontem seis dos principais BCs do mundo – Fed - Federal Reserve -, Banco do Canadá, Banco da Inglaterra (BC britânico), Sveriges Riksbank (da Suécia) e SNB - Banco Nacional da Suíça - reduziram suas taxas de juros, na expectativa de que, com o crédito mais barato, empréstimos e financiamentos se tornem mais acessíveis, estimulando a economia.

Petróleo fecha em baixa mesmo com anúncio de reunião da Opep
Os preços do petróleo caíram em Nova York nessa quinta-feira, afetados pelos temores dos investidores sobre as perspectivas da demanda da commodity ante a crise financeira. Nem mesmo o anúncio de uma reunião de emergência da Opep - Organização de Países Exportadores de Petróleo - acalmou os ânimos dos investidores.

- Na Nymex (Bolsa Mercantil de Nova Iorque), os contratos do barril de petróleo para entrega
em novembro fecharam em baixa de 2,65%
, aos US$ 86,59, ante o fechamento da sessão anterior (US$ 88,95).


- Em Londres, o barril do petróleo brent (referência na Europa) para entrega em novembro perdeu 2,01%, para US$ 82,66.

Análise - "Os preços não poderiam estar mais altos dada a situação [de instabilidade dos mercados]. Mas isso não tem nada que ver com os fundamentos do mercado. Os preços estão sob influência da crise financeira até que ela seja resolvida", advertiu Randy Ollenberger, da BMO Capital Markets. Os temores quanto à crise financeira e as dificuldades econômicas que se anunciam em nível mundial, geram dúvidas em relação à demanda do petróleo. Assim, o relatório semanal do Departamento de Energia americano, divulgado ontem, 8/10, mostrou um novo decréscimo do consumo na semana passada. Segundo o departamento, as reservas americanas de petróleo aumentaram em 8,1 milhões de barris na semana passada, e alcançaram o total de 302,6 milhões. A maior parte dos analistas esperava elevação de pouco mais de dois milhões de barris. Os dados dos estoques dos EUA reforçaram a idéia de que o mercado petrolífero pode apurar em breve um excedente significativo.

Opep - A queda dos preços foi contida, em parte, pelo anúncio de uma reunião extraordinária da Opep no dia 18/11, em Viena. O objetivo é discutir os efeitos da queda dos preços da commodity, informou a Opep em comunicado divulgado ontem. "Em meio a um crescente mal-estar sobre essa situação, a Opep decidiu realizar uma reunião extraordinária terça-feira, dia 18 de novembro de 2008", indicou. "A reunião será em Viena, para discutir a crise financeira mundial, a situação econômica mundial e os impactos no mercado de petróleo."

Bolsas européias invertem o sinal e fecham em baixa
As principais bolsas européias encerraram em queda, após passarem grande parte do dia em território positivo, pressionadas por receios sobre o desaquecimento da economia mundial e pelo esgotamento do entusiasmo gerado pelos cortes coordenados nas taxas de juros, ontem. Os investidores também mostram apreensão sobre a disponibilidade de crédito e os empréstimos interbancários.

Análise - As taxas interbancárias serão examinadas de perto nos próximos dias, assim como qualquer outra medida do Fed - Federal Reserve - para forçar os bancos dos dois lados do Atlântico a emprestar dinheiro. Para Henk Potts, estrategista do Barclays Wealth em Londres, "a confiança está baixa e o sentimento frágil, e não há soluções rápidas". "Os investidores aproveitarão esse período para analisar as implicações das políticas anunciadas recentemente", acrescentou. Os participantes do mercado avaliam que o corte de juros sincronizado entre os bancos centrais, ocorrido ontem, sinaliza que as autoridades estão prontas para salvar a economia mundial e enfrentar a crise financeira. "Levando em consideração que estamos em um ambiente de recessão, com declínio nos preços das commodities (matérias-primas) e expectativas de estabilização da inflação, há espaço para ações significativas", disse James Knightley, do ING Financial Markets em Londres. "Futuramente é provável que haja um afrouxamento da política monetária mundial."

Londres - Em Londres, o índice FTSE 100 caiu 52,90 pontos, ou 1,21%, para 4313,8 pontos. Apesar disso, as ações de mineradoras subiram, com a BHP Billiton avançando 6,53% e a Rio Tinto 4,68%. Entre os bancos, o HBOS subiu 31,20%, o Barclays recuou 13,12% e o HSBC perdeu 2,08%.
Paris - O índice CAC-40, da Bolsa de Paris, terminou em baixa de 54,19 pontos, ou 1,55%, a 3.442,70 pontos. A ArcelorMittal subiu 9,11% após confirmar as previsões de lucro do terceiro trimestre. O BNP avançou 5,45%; o Credit Agricole, 2%; e o Société Générale, 0,34%. O Dexia, por outro lado, caiu 2,87%, enquanto a GDF Suez perdeu 13,08%.
Frankfurt - Em Frankfurt, o índice DAX caiu 126,62 pontos, ou 2,53%, para 4.887 pontos. Os temores dos investidores locais aumentaram por conta do fechamento abaixo de 5 mil pontos, de acordo com um operador. A Infineon e a E.ON tiveram as quedas mais acentuadas do dia, recuando 13,70% e 10,74%, respectivamente. Alguns papéis do setor financeiro tiveram recuperação. O Commerzbank subiu 7,98% e a Hypo Real Estate avançou 7,04%.
Madri - O índice Ibex-35, da Bolsa de Madri, terminou em queda de 394,70 pontos, ou 3,83%, para 9.902,9 pontos, encerrando abaixo dos mil pontos pela primeira vez desde agosto de 2005. As ações de prestadoras de serviços públicos tiveram baixa acentuada, após o ministro de energia da Bélgica, ter proposto a diminuição dos preços da eletricidade. A Iberdrola caiu 8,56%, a Enagas recuou 7,56% e a Endesa perdeu 6,43%. Os grandes bancos também recuaram. O Santander teve declínio de 3,29% e o BBVA, cedeu 3,34%.

Bolsas da Ásia fecham em tendência
As Bolsas da Ásia fecharam ontem, sem tendência definida, mesmo após o corte realizado por seis Bancos Centrais mundiais e abriram no azul, após fortes perdas nessa semana. Alguns mercados zeraram os ganhos, após operar parte do dia no azul - como Tóquio/Japão -, enquanto outros encerraram o pregão em terreno positivo. Análise - Comparados com os resultados de ontem - quando as Bolsas do continente fecharam em quedas que variaram entre 3% e 10% -, a quinta-feira foi de certo alívio. "Os investidores voltaram às compras, e ficaram aliviados em ver alguma ação de governos para evitar as incertezas da crise financeira", afirmou Kazuhiro Takahashi, da Daiwa Securities.

- O índice Nikkei terminou o pregão com retração de 0,5%, aos 9.157,49 pontos, um dia depois de despencar 9,38%, na pior queda em 21 anos, diante da persistência da crise financeira mundial e da alta do iene em relação ao dólar. Nem a decisão do BoJ (Banco do Japão, o BC do país) de injetar mais 4 trilhões de ienes (US$ 39,781 bilhões) para aliviar a situação dos mercados financeiros, melhorou os ânimos em Tóquio. Essa é a 17ª injeção monetária seguida promovida pelo banco, que já soltou mais de US$ 312 bilhões no mercado desde a quebra do banco de investimento americano Lehman Brothers, em setembro.
- A Bolsa de Hong Kong fechou com alta de 3,31%, aos 15.943,20 pontos.- Em Seul/Coréia do Sul, o mercado subiu 0,64% no final do dia.- Na Austrália e na China, as Bolsas recuaram 1,80% e 0,84%, respectivamente.- Na Indonésia, a Bolsa ficou fechada após a queda de 10%, ontem.

Bolsa da Islândia suspende cotações até a próxima semana
A Bolsa de Reykjavík/Islândia, abalada pela crise que atinge o setor financeiro do país, suspendeu suas cotações até a próxima segunda-feira, dia 13/10, anunciou ontem a operadora OMX. "Em razão das condições de mercado pouco comuns, a OMX Iceland decidiu ontem, suspender temporariamente os intercâmbios em seus mercados de ações. Os mercados reabrirão na segunda-feira, 13/10", informa um comunicado. O governo islandês anunciou a nacionalização da maior instituição de crédito do país, o banco Kaupthing, na terceira medida do gênero em três dias. No dia 7/10 e no dia 8/10, o país tomou o controle do segundo e do terceiro maiores bancos, respectivamente, Landsbanki e Glitnir. A medida tem como objetivo evitar o colapso do país, informou a FME - Autoridade Supervisora Financeira Islandesa. O governo ditou, no começo da semana, um decreto no que se atribui a capacidade de nacionalizar os institutos bancários privados para evitar o colapso financeiro do país e a falência prática da Islândia. O presidente da direção do Kaupthing, Sigurdur Einarsson, afirmou que a situação financeira do banco era boa há duas semanas, mas que os problemas de sua filial britânica, tinham levado à situação atual. O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, anunciou ontem, que
tomará "medidas legais contra as autoridades islandesas para recuperar o dinheiro perdido" pelos britânicos que depositaram suas economias em filiais de bancos da Islândia, no Reino Unido.


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ÍNDICES ECONÔMICOS

Inflação pelo IGP-M sobe 0,55% na primeira prévia de outubro
O IGP-M - Índice Geral de Preços–Mercado - registrou alta de 0,55% na primeira leitura prévia do mês de outubro, contra estabilidade apresentada na mesma leitura de setembro. No ano, o indicador acumula alta de 9,07% e, nos últimos 12 meses, a alta acumulada é de 11,76%. Os dados foram divulgados nessa quinta-feira, pela FGV - Fundação Getulio Vargas. A metodologia aplicada na apuração do IGP-M é a mesma do IGP-10 e do IGP-DI - usados no reajuste, por exemplo, de contratos de aluguel -, também apurados pela FGV, com a única diferença de ter um período de coleta diferente. A primeira prévia do IGP-M de outubro, compreendeu o intervalo entre os dias 21 e 30 do mês de setembro. O IPA - Índice de Preços por Atacado - subiu 0,71% na leitura divulgada ontem, contra deflação de 0,14% um mês antes. O índice referente a Bens Finais passou de deflação de 0,30% para deflação 0,17%, com o avanço nos preços do subgrupo alimentos in natura (de -4,24% para -0,75%). No estágio dos Bens Intermediários, houve alta de 1,03%, contra 0,89% um mês antes.
O destaque foi o subgrupo suprimentos (de 0,86% para 3,31%). O índice referente a Matérias-Primas Brutas subiu 1,20%, contra deflação de 1,50% na primeira prévia de setembro. Os destaques foram os itens tomate (-34,61% para 1,57%), mandioca (-4,58% para 23,20%) e minério de ferro (1,34% para 10,06%). Já os itens leite in natura (-7,25% para -12,87%), cana-de-açúcar (2,62% para -0,84%) e aves (2,15% para -0,74%) tiveram desaceleração. O IPC - Índice de Preços ao Consumidor - repetiu a variação vista na primeira prévia de setembro, -0,08%. Os grupos Alimentação (-1,02% para -0,87%), Vestuário (-0,28% para 0,77%), Habitação (0,25% para 0,27%) e Transportes (0,15% para 0,19%) subiram, com destaque para hortaliças e legumes (-8,42% para -7,14%), roupas (-1,17% para 0,57%), taxa de água e esgoto residencial (0,52% para 1,75%) e gasolina (-0,39% para 0,08%). Já os grupos Educação, Leitura e Recreação (0,51% para -0,08%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,44% para 0,10%) e Despesas Diversas (1,03% para 0,56%) desaceleraram, com destaque para salas de espetáculo (3,92% para -1,31%), artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,01% para -0,58%) e cigarros (2,11% para 1,74%). O INCC - Índice Nacional de Custo da Construção - teve alta de 0,97%, abaixo do 1,17% visto um mês antes. O índice relativo a Materiais e Serviços subiu 1,55%, contra alta de 1,99% na primeira prévia de setembro. O índice referente ao custo da Mão-de-Obra subiu 0,29%, pouco acima do 0,23% visto um mês antes.


Expectativa do comércio cai em setembro
A confiança dos comerciantes está em baixa. O Índice Fecap de Expectativas nos Negócios (Ifecap) registrou em setembro 122,99 pontos, queda de 0,56 ponto em relação ao mês anterior. As condições atuais dos negócios seguraram o indicador desse mês, já que o indicador da expectativa futura teve uma queda de 3,61 pontos, devido aos desdobramentos da crise financeira americana. A queda no Ifecap foi puxada pelas grandes companhias (-9,21 pontos) e microempresas (-2). Do ponto de vista regional, houve queda entre as empresas da capital (-3,56), enquanto que entre as empresas do interior foi registrada alta de 1,36 ponto.

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MERCADO FINANCEIRO

Banco Central não vai aceitar papéis podres como garantia
Durante encontro que teve ontem, com deputados da oposição, o presidente do Banco Central,
Henrique Meirelles, disse que os títulos ruins não serão aceitos como garantia nas operações de redesconto com os bancos e nas operações de empréstimos em moeda estrangeira, previstas na Medida Provisória 442, editada essa semana pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Carteira ruim é caso de intervenção", teria dito Meirelles, segundo relato do líder do PSDB na Câmara dos Deputados/SP, José Aníbal. A MP diz que caberá ao CNM - Conselho Monetário Nacional - "estabelecer critérios e condições especiais de avaliação e de aceitação de ativos" recebidos pelo BC em operações de redesconto em moeda nacional, ou em garantia de operações de empréstimo em moeda estrangeira. Esse dispositivo indicou para alguns especialistas, que o CMN poderia autorizar o BC a aceitar títulos considerados "podres". O presidente do BC fez uma avaliação da crise e das medidas que estão sendo tomadas pelo governo para amenizar os seus efeitos no Brasil. Meirelles disse que o Brasil enfrenta uma crise de liquidez, mas não há problemas de solvência bancária, de acordo com relato do líder do PPS/SC, deputado Fernando Coruja.


BCE anuncia refinanciamento a bancos com problemas de capital
O BCE - Banco Central Europeu - anunciou ontem, o lançamento de uma operação excepcional de
refinanciamento, em que colocará à disposição dos bancos toda a liquidez que necessitam a uma taxa fixa de juros de 3,75%. O banco se comprometeu a "satisfazer todos os pedidos" dos bancos com falta de liquidez, segundo comunicado divulgado ontem. Um refinanciamento de volume ilimitado é uma iniciativa rara do BCE. A instituição, no entanto, já havia realizado operações similares em agosto de 2007, no início da crise financeira ligada ao estouro da bolha dos empréstimos hipotecários nos EUA. O BCE baixou ontem, sua taxa básica de juros na zona do euro, para 3,75% contra 4,25% anteriores, no âmbito de uma ação combinada com outros cinco bancos centrais - Federal Reserve, Banco do Canadá, Banco da Inglaterra, Sveriges Riksbank (da Suécia) e SNB - Banco Nacional da Suíça. O BCE injeta também diariamente o mercado em dólares, em acordo com o Fed, com o objetivo de estabilizar os mercados atingidos pela crise financeira. O primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, disse que o corte dos juros servirá para garantir aos cidadãos que "estão sendo tomadas todas as ações" para permitir que a atividade econômica "se movimente para frente". O BCE e outros bancos têm colocado no sistema financeiro bilhões de dólares nos últimos meses. Em ações coordenadas, os bancos também têm feito ofertas bilionárias para o sistema bancário: no dia 29/9, dez BCs anunciaram uma oferta de US$ 620 bilhões em liquidez [oferta de dinheiro]; em outra ação conjunta posterior, outros seis BCs anunciaram leilões de US$ 450 bilhões até o fim do ano, para garantir que não ocorra falta de dinheiro. (France Presse)

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AGRONEGÓCIOS

Crise pode afetar produção mundial de café, avalia OIC
A produção mundial de café em 2008/09 deve alcançar 131 milhões de sacas de 60 quilos, segundo estimativa da OIC - Organização Internacional do Café. O número foi mantido o mesmo em relação à previsão anterior, e representa uma alta de 11% no ano. No entanto, a OIC alertou que atual crise do crédito pode reduzir a oferta de café no médio prazo. "As restrições ao crédito causadas pela crise financeira nos EUA e na Europa, podem afetar os produtores. Eles podem ser forçados a diminuir seus investimentos na produção, reduzindo principalmente o uso de insumos agrícolas", afirmou a organização em um relatório. Apesar de preocupações sobre uma recessão global, o consumo de café deve continuar crescendo. O consumo mundial em 2008 é previsto em 128 milhões de sacas, em comparação a 124,6 milhões em 2007, segundo a OIC. (Agência da Dow Jones)

Minc é favorável ao aumento da produção de biocombustíveis
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse na quarta-feira, dia 8/10, durante audiência pública na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado Federal, que é favorável ao aumento da produção de etanol e biodiesel, "desde que ocorra com segurança técnica". Segundo Minc, o zoneamento agroecológico da cana-de-açúcar é a melhor forma para conduzir esse processo. O ministro participou da audiência sobre zoneamento agroecológico da cana-de-açúcar, junto com o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes. Minc reforçou que o etanol brasileiro é o mais competitivo do mundo, além de ser considerado um combustível “verde”. “Se temos 65 milhões de hectares no Brasil para escolher cinco e dobrar a produção de cana-de-açúcar, temos condições de fazer isso de forma técnica e considerando questões de infra-estrutura, escoamento da produção e fragilidades de bioma”, disse. O ministro afirmou que o Ministério da Agricultura não é um adversário do Ministério do Meio Ambiente e que as pastas estão preocupadas com a produção e a proteção ambiental. “Sem a proteção não há produção, pois quando a água fica escassa e o solo começa a rachar, não há possibilidade de o agricultor continuar produzindo”, disse.

CNA reduz estimativa de crescimento do PIB agrícola
A crise internacional que limitou a oferta de crédito e derrubou o preço das matérias-primas
(commodities) agrícolas no mercado internacional, levou a CNA - Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária do Brasil - a revisar para baixo a estimativa de crescimento do PIB - Produto Interno Bruto - do agronegócio em 2008. A projeção atual prevê crescimento de 9% a 9,5%, contra a estimativa anterior que era de 11% a 12%, no período que antecedeu a crise. No ano passado, o PIB do setor foi de R$ 582,6 bilhões, o que representou um crescimento de 7,88%. A assessora técnica da CNA, Rosimeire Santos, explicou que o bom resultado do PIB no primeiro semestre do ano, permite projetar um crescimento próximo de 10% em 2008. No acumulado do ano até julho, o PIB do agronegócio, cresceu 6,79%, mostram números da CNA e do Cepea - Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada -, da USP - Universidade de São Paulo. A CNA também reduziu as expectativas de exportação de produtos agrícolas. No mês passado, a CNA havia estimado que os embarques do agronegócio, renderiam US$ 74 bilhões. Hoje, a previsão é de embarques de US$ 72 bilhões. As importações também devem ser menores e somar US$ 11 bilhões, contra US$ 12 bilhões da previsão anterior. No ano passado, as importações de produtos agrícolas custaram US$ 8,7 bilhões. "Com o dólar volátil a tendência é de queda nas importações", disse o assessor técnico da Comissão Nacional de Comércio Exterior da CNA, Matheus Zanella. Com a falta de crédito resultante da crise financeira internacional, a CNA pretende encaminhar ainda hoje aos ministros da Fazenda, Guido Mantega, e da Agricultura, Reinhold Stephanes, um pedido para adiamento do pagamento das dívidas de investimento que vencem no dia 14/10. O pedido é para prorrogação para 30 de maio de 2009. Essas dívidas somam R$ 5 bilhões. O outro pleito é para que seja flexibilizada a resolução 2.682, de 1999, que define os critérios para a classificação de risco das operações do crédito rural. Com essa flexibilização, explicou a técnica, todos os produtores terão acesso ao crédito rural, o que não acontece agora. Reunião O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, relatou ontem, que conversou quarta-feira, 8/10, com seu colega da Fazenda, Guido Mantega, sobre as medidas emergenciais de apoio ao setor rural. Na conversa, Mantega disse que estaria de volta a Brasília na quarta-feira da próxima semana e que, então, os dois se reuniriam para tratar dessas medidas. O ministro Mantega embarcou ontem para Washington. Stephanes disse que as medidas que estão sendo pleiteadas pela Agricultura foram discutidas entre técnicos dos dois ministérios. A Agricultura pede a liberação de pelo menos R$ 10 bilhões para o setor. A metade desse valor seria disponibilizada aos bancos privados por meio da liberação dos compulsórios. Essa parte, segundo o ministro, é "mais fácil". A segunda medida é a venda de dólares para as tradings, com o compromisso de recompra. Essa alternativa permitiria que as tradings voltassem a emprestar recursos para os produtores rurais.


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MATÉRIA ESPECIAL

Equador não oficializa expulsão da Odebrecht
Apesar de o presidente equatoriano ter anunciado na quarta-feira, dia 8/10, a expulsão "definitiva" da construtora brasileira Norberto Odebrecht do país, até as 18h (horário de Brasília), dessa quinta-feira a medida não havia sido oficializada, por um decreto, pelo governo. Enquanto isso, os dois executivos brasileiros da empresa permanecem na embaixada do Brasil sem poder deixar o país vizinho. Impedidos de deixar o Equador desde o dia 23/9, Fernando Bessa e Eduardo Gedeon estão hospedados na residência oficial do embaixador brasileiro no país, Antonino Marques Porto e Santos. Naquela data, além de reter os brasileiros, o governo ordenou a militarização das obras que estavam sob responsabilidade da Odebrecht. A Odebrecht, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que não vai comentar a decisão do Equador enquanto a medida não for oficializada por um decreto presidencial. Segundo a empresa e o Ministério das Relações Exteriores, Bessa e Gedeon passam bem e não estão em situação de risco. De acordo com informações apuradas pela Folha Online, os executivos têm direito a livre circulação dentro do território do Equador, mas só podem retornar ao Brasil após autorização do governo. O presidente equatoriano, Rafael Correa, assinou um decreto no dia 23 do mês passado, ordenando o embargo dos bens da Odebrecht e proibiu que quatro funcionários da empresa (Bessa, Gedeon, Fabio Andreani Gandolfo e Luiz Antonio Mameri) deixassem o país. De acordo com a construtora, Gandolfo e Mameri não estavam no país quando do anuncio do decreto e, portanto, não foram retidos. Ainda segundo a Odebrecht, Bessa morava no país e Gedeon estava de passagem pelo Equador.

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LOGÍSTICA & Infraestrutura

Manaus terá 1º porto leiloado à iniciativa privada em novo modelo
Manaus deverá ter o primeiro porto concedido à iniciativa privada pelo novo modelo de concessão, em estudo no governo, segundo o ministro Pedro Brito (Portos). Ele disse ainda, que o decreto com o modelo para o leilão de portos, que serão construídos por empresas privadas, deverá ser publicado até o final do mês, após o segundo turno das eleições que acontece no dia 26/10. Segundo Brito, os primeiros leilões serão feitos no segundo semestre do próximo ano. Além de Manaus, o governo planeja leiloar também, um porto na Bahia, próximo à cidade de Ilhéus, e empresários já demonstraram interesse em construir portos em São Paulo (Santos), Santa Catarina e Paraná. Até agora, a grande maioria dos portos brasileiros é administrada pelo setor público, sendo 18 concedidos a governos estaduais e municipais, em programas anteriores. Existem ainda 42 terminais privados, em que a lei exige que sejam construídos para embarcar a carga própria da empresa construtora (como a Vale do Rio Doce, por exemplo). No novo modelo, as concessões serão feitas tanto para empresas com interesse em exportar as próprias cargas quanto as de terceiros. A empresa vencedora terá que construir o porto e poderá administrá-lo por 25 anos, renováveis por igual período. Apesar de a expectativa ser de leiloar os primeiros portos já no segundo semestre de 2009, o ministro disse que a licitação só sairá se houver interesse do mercado. "A crise financeira, na medida em que determina uma retração na oferta de crédito, vai certamente impactar todas as áreas. No entanto, os investimentos portuários são de longo prazo, não é uma questão conjuntural", disse o ministro. Brito disse ainda, que o balanço do governo do PAC - Programa de Aceleração do Crescimento -, esperado para o fim de setembro, ficará também para depois do segundo turno. "O período eleitoral é sempre um período muito sensível", completou.

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MERCADO DE TI & Telecomunicações

Oracle adquire empresa de gerenciamento de projetos
A Oracle faz uma nova aquisição. Por um valor não divulgado, a companhia investe na Primavera Software, fabricante de aplicações de gerenciamento de portfolio de projetos ou, em inglês, PPM - Project Portfolio Management. Embora grandes fabricantes como a IBM e a CA já possuírem ofertas na área de PPM, outros pequenos fornecedores como Planview e Cardinis, também já têm a solução. A Oracle já possuía um software PPM, porém com a aquisição, a companhia pretende tornar esse produto o mais estratégico de seu portfólio. Com a tecnologia, a Oracle poderá agregar uma base significativa de clientes até a conclusão do acordo, prevista para o fim desse ano. A Primavera Software possui forte participação de mercado nos EUA, com quase 400 empresas de engenharia em seu portfólio. Segundo estimativas das Forrester Research, a gestão e desenvolvimento de produtos de software, movimentará 6,5 bilhões de dólares nos EUA, até 2010. Depois de fechado o negócio, a Primavera Software, que se baseia na Bala Cynwyd, Pensilvânia, passará a fazer parte de uma nova unidade de negócios global PPM na Oracle, e será liderada pelo CEO da Primavera, Joel Koppelman. A Oracle se comprometeu a continuar o atendimento aos atuais clientes da Primavera após o encerramento da operação. Contudo, a empresa não deixou claro o que acontecerá com a parceria que a Primavera Software possui com a sua rival, SAP.

IBM lucra US$ 2,8 bilhões no terceiro trimestre de 2008
A IBM antecipou a divulgação de alguns resultados do terceiro trimestre de 2008. A empresa anunciou lucro líquido de 2,8 bilhões de dólares no período, alta de 20% em relação ao mesmo trimestre do ano passado. O faturamento da Big Blue, no período, foi de 25,3 bilhões de dólares, resultado 5% maior do que o registrado no terceiro trimestre de 2008, já contabilizando 3 pontos percentuais de benefícios cambiais. No trimestre, a empresa registrou lucro operacional de 3,9 bilhões de dólares, um aumento de 19% em relação ao mesmo período do ano passado. A IBM também manteve suas previsões de crescimento para o ano, que deve registrar ganhos de 8,75 dólares por ação.

Intel pede explicações sobre planos de divisão da AMD em duas
Na terça-feira, dia 7/10, a AMD anunciou planos de se dividir em duas: uma fabricante de chips e em outra focada no desenvolvimento de processadores chamada Foundry. Acontece que a rival Intel está tentando evitar o acordo. "Nós certamente temos que avaliar [o acordo]," disse o porta-voz da Intel Chuck Mulloy. "Pode certamente ser uma mudança no cenário competitivo." Mulloy explicou que a Intel e a AMD, entraram em acordo sobre patentes desde 1976. Entre outras coisas, o último pacto assinado em 2001 define que a AMD pague royalties para a Intel para a utilização da arquitetura x86. "A Intel tem dúvidas sérias sobre a divisão da AMD no que diz respeito ao acordo de licenciamento," disse Mulloy, que não divulgou quanto a AMD paga em royalties para usar a arquitetura x86. "Nós não temos informações suficientes. Vamos avaliar. A Intel tem uma obrigação para os seus acionistas de proteger a sua propriedade intelectual."Drew Prairie, porta-voz da AMD, disse ao Computerworld que os executivos dedicaram profunda atenção às restrições dos vários acordos de licenciamento ao decidir pela separação. "Nós analisamos isso. O projeto [de separação] foi feito de uma forma que atendesse os acordos de licenciamento para garantir que a Foundry, seja capaz de produzir todos os produtos da AMD.", disse. Segundo Mulloy, a AMD não entrou em contato com a Intel para falar sobre os acordos de licenciamento antes de anunciar o spinoff. Ele acrescentou que a Intel também não procurou a AMD.A Foundry vai ser de propriedade da AMD e da ATIC, que é do governo de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. Com investimentos de 2,1 bilhões de dólares da ATIC, a Foundry vai assumir cerca de 1,2 bilhões de dólares de dívidas da AMD. Para analistas, a separação pode fazer a AMD novamente, uma ameaça contra a Intel. "É como a antiga AMD depois de passar por um SPA. Eles voltaram mais fortes financeiramente e em melhor forma. É como ter um tio rico que vai ajudar," resumiu Dan Olds, analista do Gabriel Consulting Group.

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ANÁLISE SETORIAL

Brasil deve sair "relativamente ileso" de crise
Apesar de uma semana marcada pela desvalorização do real em relação ao dólar e por quedas na Bovespa, "muitos economistas ainda acreditam que o Brasil vá sair relativamente ileso da crise financeira global", segundo o “FT” - "Financial Times". O site do jornal trouxe ontem, uma reportagem sobre os leilões realizados pelo Banco Central na quarta-feira, para conter a desvalorização do real em meio ao que o "Financial Times" chama de "a onda mais forte de venda provocada por pânico em décadas" no Brasil. Segundo o jornal, até essa semana, grande parte da queda nos ativos brasileiros vinha sendo causada pela retirada de dinheiro do Brasil por investidores estrangeiros, tentando cobrir perdas em outros mercados, mas, nos últimos dias, os investidores locais também se juntaram ao "êxodo". O "Financial Times" diz, no entanto, que os bancos brasileiros não estão tão vulneráveis quanto os americanos ou europeus. "O setor bancário [do Brasil] passou por uma reestruturação promovida pelo governo nos anos 90, e têm pouco da exposição a ativos de risco afetando os bancos americanos e europeus", diz o "Financial Times", acrescentando que apenas cerca de 10% do crédito bancário no país é levantado fora do Brasil. "Um real imaginário" As medidas do Banco Central brasileiro e as quedas registradas pela Bovespa, também ganharam espaço no jornal argentino "Página 12". Em uma reportagem intitulada "Um real imaginário", o jornal afirma que o Banco Central conseguiu, com uma "intervenção direta oportuna", frear a tendência de queda. O jornal traz a notícia de que o índice da Bovespa terminou, na quarta-feira, cotado em 38.593 pontos básicos, e lembra que quando o Brasil alcançou a nota de grau de investimento das agências de classificação de risco, em maio, o índice se encontrava em 72 mil pontos. Segundo o jornal, na conversa que teve com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na quarta-feira, o presidente americano, George W. Bush, "tentou tranqüilizar o presidente brasileiro, garantindo que o pacote de resgate de US$ 700 bilhões de dólares terá efeito em 20 dias". (BBC Brasil)

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COMÉRCIO EXTERIOR

Milho brasileiro encontra portas fechadas no mercado externo
As previsões acerca das exportações do milho brasileiro no mês de setembro já eram pessimistas. Mas os dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea Esalq/USP) são ainda mais. Apenas 274,3 mil toneladas do grão deixaram o país no último mês. Volume 6,2% menor que o registrado em agosto, e 79,6% abaixo do embarque do mesmo período do ano passado. E a expectativa de outrora, de embarcar em 2008 as mesmas 11 milhões de toneladas de 2007, não deve ser nem de longe correspondida. Na melhor das hipóteses, acreditam os analistas de mercado, o Brasil deve exportar seis milhões de toneladas - a estimativa da Conab - Companhia Nacional de Abastecimento - é um pouco mais otimista, segundo balanço divulgado ontem, o órgão acredita que o setor vai embarcar 7,5 milhões de toneladas. Até agora foram 3,47 milhões, acumulado 44% menor que o do mesmo período do ano anterior. Diante desses números e restando apenas três outros meses nada promissores, Paulo Molinari da Safras e Mercado, acredita que os estoques de passagem do grão deve ser recorde. Previsão que a Conab assina em baixo. De acordo com o mesmo balanço divulgado pela companhia, o Brasil deve entrar no ano de 2009 com 13,71 milhões de toneladas estocadas. O maior estoque de passagem já registrado até então foi em 2004, quando o país acumulou 7,8 milhões de toneladas do grão. No ano passado, ainda segundo a Conab, o estoque de passagem foi de 6,6 milhões de toneladas. "Todos esses números só refletem uma situação ainda mais complicada do que a que nós prevíamos. Na bolsa de Chicago é uma baixa todo dia. Essa crise de crédito e de confiança está avançando pelo campo. O Brasil não é uma ilha econômica, e o agronegócio aqui vai sofrer as conseqüências dessa mundialização da economia", analisa Molinari. Para amenizar pelo menos o problema da baixa no volume das exportações, o produtor de milho se agarra na valorização do dólar. Mas de acordo com o presidente da Abramilho - Associação Brasileira dos Produtores de Milho -, Odacir Klein, o setor ainda enfrenta uma lista de dificuldades, no topo dela estaria a antecipação de contrato de câmbio (ACC). "Com excedentes exportáveis nós temos que procurar abrir mercados, e o Canadá é uma possibilidade", vislumbra Klein. Mesmo não produzindo milho suficiente para o consumo, o Canadá já empenha parte dessa produção para abastecer o mercado de etanol. Por lá as importações do grão são só de origem americana. O presidente da Abimilho - Associação Brasileira das Indústrias do Milho -, Nelson Kowalski, aposta na reposição dos estoques mundiais do grão, que no ano passado sofreram redução histórica de cerca de 30%. Mas não descarta a alternativa já ventilada, de procurar novos mercados. "Precisamos sair à caça de mercados emergentes, e concentrar nossas forças na China, que deixou de ser exportador".

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MERCADO ONLINE

Gartner: mais de 60% das empresas terão comunidades até 2010
Pesquisa do Gartner divulgada ontem, aponta que, em 2010, mais de 60% das empresas do ranking Fortune 1000, que já contam com web site, terão algum tipo de comunidade online como ferramenta de comunicação com seus clientes. De acordo com o instituto de pesquisa, para fazer novos negócios com a crescente "Geração Virtual", as empresas terão de oferecer, ou então conectar-se, a aplicações sociais para atrair clientes, com informações sobre o que precisam para conduzi-los em direção a produtos e serviços. Em comunicado divulgado à imprensa, Adam Sarner, analista do Gartner, disse que um benefício-chave da criação de uma comunidade é a quantidade de informações que uma organização pode obter sobre sua base de clientes, que podem ser utilizadas a curto e longo prazo como relacionamento com os mesmos. O analista disse ainda, que os dados podem ser obtidos e usados para o desenvolvimento de produtos, feedback de clientes, fidelização, gestão, segmentação de cliente, campanhas e a satisfação dos consumidores ou de colaboradores. Essa riqueza de informações pode ser utilizada de forma comercial ou individual. No entanto, o instituto alerta que formar uma comunidade online não é uma iniciativa livre de desafios. O Gartner prevê que, até 2010, mais de 50% das empresas que tiverem uma comunidade online vão deixar de focar em cliente e empresa, deixando de investir nesses dois valores. Para acabar com esse problema, as organizações terão novas competências para atender às necessidades da Geração Virtual.

Tivit investe R$ 20 milhões em nova unidade
A Tivit, empresa do Grupo Votorantim, anunciou ontem a inauguração de uma unidade no Centro de São Paulo. Fruto de investimento de 20 milhões de reais, a operação abrigará operações de BPO - Business Process Outsourcing - de voz e sistemas aplicativos. As atividades da nova operação começam com 10% da capacidade ocupada. Além de BPO sobre voz, a empresa divulgou, em comunicado à imprensa, que o site poderá ter parte de sua capacidade ocupada pelas áreas de sistemas aplicativos ou terceirização de infra-estrutura tecnológica. A Tivit possui um total de 18 sites no País, 13 deles no Estado de São Paulo. Ainda no comunicado, a empresa informou que sua nova unidade tem 19 mil metros quadrados distribuídos em 13 andares, e capacidade para comportar até seis mil colaboradores. No documento, o presidente da companhia, Luiz Mattar, disse que o Centro (o prédio fica na esquina das avenidas Ipiranga e São João) foi escolhido pela boa localização, tanto pela facilidade de locomoção e alimentação como pela proximidade para visitas de clientes.

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MERCADO DE LUXO

Uma raridade...
A tela Vampiro, dentre as mais famosas do norueguês Edvard Munch, pintada em 1894, e uma das poucas que não pertence a nenhuma instituição, vai a leilão no dia 3/11, pela Sntheby’s. O artista foi imortalizado como um dos mestres do impressionismo no mundo quando, nos anos 1890, pintou uma série de telas – na qual a tela que vai a leilão faz parte – assim como o quadro O Grito, que faz parte do acervo do museu de Oslo. Preço estimado de saída do quadro Vampiro: US$ 35 milhões. Os interessados ou curiosos podem acessar o site da leiloeira: www.sothebys.com.

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EXPEDIENTE

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