E-Press.biz Economia & Mercado | Edição 071 | Ano I

Segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Kátya Desessards

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NOTÍCIAS

Governo fala em PIB abaixo de 4% em 2009
Apesar do otimismo do Ministro da Fazenda, Guido Mantega - que ainda acredita num crescimento econômico de 4,5% no próximo ano -, já há, dentro do próprio governo, uma avaliação de que essa taxa pode ficar na casa dos 4% ou menos, depois do agravamento da crise financeira mundial. Num cenário mais pessimista, o crescimento do PIB em 2009, pode até ficar em 3,5%, caso a secura no mercado de crédito externo se mantenha por um período mais longo. A confirmação desse cenário dependerá do sucesso ou fracasso do pacote de US$ 700 bilhões dos EUA. Se ele for bem-sucedido, aposta-se que o Brasil possa crescer ao menos 4%, com a volta mais rápida da normalidade no mercado de crédito externo, responsável por parte significativa dos financiamentos de investimentos no país. No sábado, durante participação em comício para a campanha do PT à prefeitura de Guarulhos (Grande São Paulo), Lula criticou o plano de R$ 700 bilhões para ajudar as instituições financeiras americanas, argumentando que a responsabilidade pela resolução da crise econômica mundial é "exclusivamente" dos EUA. "Quando eles [os EUA] ganham muito dinheiro, o dinheiro fica só
com eles. Agora, quando eles têm um prejuízo, eles querem repartir [o problema] com o povo pobre do resto do mundo. Eu não tenho culpa se eles fizeram da economia deles um jogo de cassino. Agora, eles têm mais que resolver a crise deles e não deixar que isso chegue ao rasil", disse. Lula afirmou que as reservas em caixa de US$ 200 bilhões não permitirão que a crise atinja o Brasil. Ele também disse que outra saída é investir em exportações para a América Latina, o Oriente Médio e a África, de modo a reduzir a dependência econômica dos EUA.


Brasil está forte, mas deve passar por acomodação
O presidente do Banco Central diz que as intervenções no câmbio e na liquidez dos bancos - feitas nessa semana, durante o auge da crise financeira dos EUA -, podem voltar a ocorrer e defende que relação dívida/PIB siga trajetória. "Não devemos confundir isso [política monetária] com a gestão de liquidez", afirmou Meirelles, para quem o ponto mais fraco do País, nesse momento, é a falta de liquidez causada pela brutal contração do mercado de crédito global. Ele admite, no entanto, que a economia brasileira deve passar por uma "acomodação", uma vez que "nosso ciclo não é totalmente independente do das economias maduras". Questionado sobre o que o governo brasileiro pode fazer para contornar as restrições de crédito externo, Meirelles disse que tudo depende da forma como o plano de recuperação do governo americano funcionar. Mas ressaltou: "o Brasil está em condições
extremamente favoráveis, e com isso pode ter conseqüências menores do que outros países,
principalmente porque o mercado interno está forte. Agora, evidentemente, ninguém está imune". (Folha Online)

Petrobras informa nova descoberta de petróleo na bacia de Santos
A Petrobras informou, nessa sexta-feira, nova descoberta de óleo na bacia de Santos. A estatal voltou a encontrar óleo no bloco BM-S-40, a 2.060 metros de profundidade, acima da camada de sal. Estimativas preliminares apontam para um volume recuperável de 150 milhões de barris de petróleo e gás natural no local. Segundo a estatal, a descoberta confirma o potencial de óleo leve nas águas rasas da bacia de Santos. Em maio desse ano, já havia sido encontrado óleo no prospecto de Tiro, situado a 9,3 quilômetros da nova descoberta, em outra área do bloco. O bloco BM-S-40 está a 200 quilômetros da costa de São Paulo, e pertence integralmente à Petrobras. A dimensão completa da descoberta, só será definida após o complemento do plano de avaliação que será entregue à ANP - Agência Nacional do Petróleo. Na outra descoberta no BM-S-40, no prospecto de Tiro, a Petrobras constatou altas vazões nos testes realizados. A estimativa é que possam ser extraídos da região pouco mais de 12 mil barris/dia. Um poço situado na bacia de Campos produz, em média, 10 mil barris/dia. Esse poço está situado a cerca de 275 quilômetros a sul da cidade de Santos, na costa de São Paulo. Os reservatórios avaliados estão a 2.080 metros de profundidade. O óleo em Tiro é de
36º API e considerado de boa qualidade. Quanto maior o grau API, mais elevado é o valor do petróleo no mercado. A escala API vai até 50º. O óleo extraído na bacia de Campos, por exemplo, tem de 17º API a 22º API.

Odebrecht aceita acordo proposto pelo Equador
A construtora brasileira Odebrecht aceitou um acordo proposto pelo governo do Equador, para resolver o pleito que determinou o embargo de seus bens por se negar a pagar uma indenização, devido a falhas na construção de uma central hidrelétrica, anunciou o presidente Rafael Correa, nesse sábado. "Depois de uma tremenda sacudida, recebemos sábado, o acordo, assinado unilateralmente", disse o presidente, com ironia. Correa afirmou que a construtora aceitou "todas as exigências pedidas pelo governo", entre elas o reparo dos danos na central de San Francisco e o pagamento de uma milionária indenização. "Agora, temos de analisar se permitimos que continue ou não, no país, porque, por coincidência, tive uma reunião com a comissão auditora da dívida externa, e um dos empréstimos muito questionados é o da central San Francisco", acrescentou. O presidente declarou que um crédito de cerca de US$ 200 milhões concedido pelo BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - para financiar a obra foi entregue à Odebrecht, mas quem aparece como devedor é o Equador. Correa lembrou que, antes das medidas tomadas contra a empresa brasileira, houve negociações para que a Odebrecht concordasse na indenização de US$ 43 milhões pelos prejuízos causados pela paralisação da planta de San Francisco. O dinheiro seria depositado numa espécie de
fundo, e seria utilizado para pagar uma auditoria internacional, responsável por determinar a quantia exata que a Odebrecht deveria arcar com os custos de reparação das falhas estruturais detectadas na central de energia. San Francisco, a segunda hidrelétrica equatoriana, parou de funcionar um ano depois de ser entregue pela Odebrecht, por problemas nas turbinas. No dia 23/9, o presidente do Equador ordenou que a Odebrecht suspendesse as operações no país, e enviou tropas militares para confiscar o terreno ocupado pela construtora, onde estão sendo desenvolvidos projetos no valor de US$ 800 milhões. Ele determinou o embargo dos bens e proibiu a saída do país de quatro funcionários da empresa. Correa ainda ameaçou não pagar empréstimo de US$ 200 milhões contraído no BNDES para a construção da hidrelétrica. Em resposta às acusações, a construtora brasileira afirmou que
as obras de reparos na usina hidrelétrica, seriam entregues no próximo dia 4/10, caso o governo equatoriano não tivesse feito as represálias. A empresa afirmou ainda que, entregou a obra nove meses antes do previsto e em junho desse ano, após uma parada de manutenção e inspeção programada, foram detectados alguns problemas pontuais na obra.


Previ perdeu R$ 10 bilhões com a crise internacional

A Previ - fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil - perdeu pelo menos R$ 10 bilhões em carteira de renda variável em função da crise internacional, disse o presidente do fundo de pensão, Sérgio Rosa. Ele, porém, minimizou a gravidade do quadro e disse que a crise terá impacto de curto prazo, sem afetar os pagamentos de benefícios da Previ. "Estamos tranqüilos no horizonte de médio e longo prazo nas carteiras de investimento. O valor das ações de Petrobras, Vale, Perdigão, Embraer e CPFL, vai voltar no médio prazo", afirmou, durante apresentação do relatório de sustentabilidade da Vale, no Rio. Rosa informou, sem dar muitos detalhes, que antes da crise financeira iniciada nos EUA, a carteira de renda variável da Previ passava dos R$ 90 bilhões. Para ele, o Brasil está mais resistente aos efeitos de uma crise externa, mas ainda assim deverá sentir algum abalo. Rosa acrescentou, que o atual valor das empresas na Bolsa, não reflete o valor real, e haverá recuperação no médio prazo. "Achamos que o valor das ações está muito barato agora. Por isso, paramos de fazer venda de ações. Mas acreditamos que o valor vai voltar porque as empresas são sólidas", completou. Perdas – Na sexta-feira, dia 26/9, após o encerramento dos mercados, a Aracruz reconheceu que algumas de suas aplicações financeiras foram fortemente influenciadas "pela recente instabilidade das cotações do dólar norte-americano, decorrente do momento de grande volatilidade dos mercados mundiais". A Sadia, poucas horas antes, revelou que apurou perdas de R$ 760 milhões com a crise internacional. Em comunicado ao mercado, a Sadia justificou o prejuízo devido à "severidade da crise internacional e da alta volatilidade da cotação da moeda norte-americana". Ainda sobre perdas, as empresas Marcopolo (transportes), Marfrig (frigoríficos) e Cosan (álcool e açúcar), divulgaram comunicados em que afirmam ter práticas conservadoras para suas aplicações de câmbio.

China diz que desabamento das subprime dos EUA causou crise mundial
A derrubada das hipotecas "subprime" ocorrida nos Estados Unidos, é a causa da crise econômica e financeira que atinge a economia mundial, lamentou sábado, dia 27/9, o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao. Em seu discurso no Fórum Econômico Mundial que ocorre nesses dias, na cidade chinesa de Tianjin, no norte da China. Wen atribuiu a freada forte da economia mundial a esse fato, e disse que os objetivos agora devem ser recuperar a confiança e estreitar a cooperação internacional. "A confiança das pessoas, dos economistas e dos líderes é básica. Agora a confiança é mais valiosa que a divisa ou o ouro", disse o chefe do Executivo chinês. Wen pediu "proatividade" a todos os agentes envolvidos e afirmou que a China deve "manter o impulso econômico e evitar os altos e baixos" para contribuir à estabilidade mundial. No entanto, reiterou a postura de Pequim de não modificar sua política macroeconômica - a revalorização do iuane é uma medida largamente reivindicada na Europa e nos EUA -, que continuará "cautelosa e prudente" perante a volatilidade mundial. "A China tem que continuar com um crescimento econômico progressivo, rápido e a longo prazo", disse. O primeiro-ministro chinês afirmou que um balanço equilibrado entre crescimento econômico, manutenção dos preços e criação de emprego é o caminho a ser seguido. No entanto, reconheceu que a economia enfrenta grandes dificuldades para continuar crescendo ao mesmo ritmo (de 11,9%, em 2007). "Já havia dito que 2008 seria o ano mais complicado para a economia chinesa", afirmou. Entre as circunstâncias adversas que o país deve enfrentar, Wen citou a má conjuntura mundial, a volatilidade financeira e o aumento dos preços. Quando se completam 30 anos da reforma econômica que abriu a China para o mundo, Wen aproveitou para elogiar o trabalho feito pelo Governo nesses anos. "Em 1978, a China representava 1% do PIB mundial e, 30 anos depois, já soma quase 5%", disse, e convidou o povo chinês a seguir se aprofundando nas reformas, para conseguir "uma sociedade harmoniosa", termo cunhado pelo presidente chinês, Hu Jintao. (Efe, de Tianjin/China)

Custo final do pacote de ajuda nos EUA será menor
O presidente George W. Bush procurou acalmar, no sábado, as preocupações sobre o plano de ajuda de 700 bilhões de dólares, dizendo que o custo final do pacote será muito menor, porque o valor dos ativos podres adquiridos pelo governo vai aumentar com o tempo. Bush disse que estava confiante de que o plano em negociação no Congresso, durante o final de semana, vai ser aprovado "logo" e que existem pontos de consenso entre os lados em discussão na maioria dos aspectos do pacote. "Nós precisamos liberar o fluxo de crédito para os consumidores e para as empresas, reduzindo o risco apresentado por esses ativos podres", disse Bush em seu discurso semanal no rádio. "Nós devemos garantir que os contribuintes sejam protegidos, que os executivos falidos não se aproveitem dos impostos pagos, e que haja um quadro bipartidário para a supervisão desses esforços." O presidente dos EUA procurou diminuir a ansiedade sobre o alto valor do pacote. "O custo final desse plano será bem menor que 700 bilhões", disse. "Muitos dos ativos que o governo deve comprar tendem a aumentar de valor com o tempo. Isso significa que o governo poderá recuperar muito, se não tudo, da despesa original", acrescentou. Bush repetiu suas advertências de que a falência do sistema financeiro pode colocar a economia em perigo e no caminho em direção a uma "profunda e dolorosa recessão". (Reuters, de Washington)

Congresso americano aprova ajuda a companhias automobilísticas
O Senado dos Estados Unidos aprovou hoje, um programa que permitirá ao setor automotivo, obter empréstimos no valor de US$ 25 bilhões, como parte de um pacote de despesa que também dá um orçamento recorde ao Pentágono. A Câmara Alta ratificou o projeto de lei, já aprovado pela Câmara de Representantes, e por isso irá diretamente ao escritório do presidente George Bush, que já antecipou que sancionará. A proposta legislativa prevê que, o Governo dê US$ 7,5 bilhões, a aprovar empréstimos privados no valor de US$ 25 bilhões sob interesse para os fabricantes de automóveis, General Motors, Ford e Chrysler. Os chamados "Três Grandes de Detroit" estão envoltos em uma reestruturação sem precedentes, com a eliminação de milhares de postos de trabalho e o fechamento de fábricas, em uma tentativa de dar resposta à crise que assola as montadoras. As companhias pretendem usar o dinheiro para desenvolver novas tecnologias que reduzam o consumo de seus automóveis, e para produzir veículos elétricos ou híbridos. A ajuda aos fabricantes de automóveis está incluída em um pacote orçamentário no valor de mais de US$ 630 bilhões, que permitirá o funcionamento normal das agências públicas até março. O maior beneficiado será o Pentágono, que receberá US$ 488 bilhões. Embora recorde, esse número é menor que os US$ 492 bilhões solicitados pela Administração. A lei também acaba com a proibição, vigente há 25 anos, de explorar petróleo e gás natural em alto-mar no litoral pacífico e atlântica. No entanto, a lei mantém a restrição no Golfo do México. Além disso, destina US$ 23 bilhões de ajuda às vítimas dos furacões desse ano no litoral do Golfo, e de inundações no centro do país, uma verba que tinha sido defendida pelos democratas. O partido da oposição também obteve US$ 5 bilhões, destinados a subsídios para calefação e ar condicionado para os mais pobres. (Efe, de Washington)

Banco alemão especializado em hipotecas está à beira de quebrar
O HRE (Hypo Real Estate), banco alemão especializado em hipotecas imobiliárias, está à beira da quebra, afirma o jornal "Financial Times Deutschland" na sua edição de segunda-feira. Bancos privados alemães tentam "freneticamente", há vários dias, encontrar uma solução para salvar a entidade, afetada de forma severa pela crise dos créditos hipotecários de risco nos EUA (os "subprimes"), diz o jornal. A instituição, baseada em Munique (sul) e cotada no índice DAX, dos 30 principais valores da Bolsa de Frankfurt, estaria sendo vítima da febre especulativa de sua filial germano-irlandesa Defta. Devido à pouca confiança hoje dos mercados financeiros, essa filial parece não poder assegurar um refinanciamento de urgência que chega a "milhares de milhões" e que o HRE deverá fazê-lo, completa o jornal, avaliando que "é pouco provável que o HRE possa desembolsar essa quantia". O HRE opera nos seguintes segmentos: imobiliário profissional, financiamento a administrações públicas (onde
reforçou sua posição, após adquirir o Depta no ano passado), assim como na gestão de ativos e investimentos nos mercados de capitais. Um porta-voz do banco se negou a comentar essas informações. (France Presse, de Berlim)


Congresso dos EUA divulga projeto de lei anticrise para votar hoje
O Congresso dos EUA tornou público no domingo o projeto de lei sobre o plano de resgate financeiro de US$ 700 bilhões proposto pelo governo americano para deter a crise dos créditos "subprime". O projeto, de 106 páginas, foi redigido durante a noite e a manhã de ontem, depois que os líderes do Legislativo alcançaram um acordo, sobre suas linhas gerais, pouco depois da meia-noite. Em comparação, a proposta inicial apresentada ao Congresso pelo secretário do Tesouro, Henry Paulson, tinha três páginas. A presidente da Câmara dos EUA, a líder democrata Nancy Pelosi, apontou que haverá um período de 24 horas após a divulgação do documento, o que significa que o projeto de lei somente será votado hoje à tarde. Depois, o projeto de lei deve passar pelo crivo do Senado. Se aprovado sem maiores obstáculos, deve seguir para sanção do presidente George W. Bush.

Sadia obtém crédito de R$ 1,6 bilhão
A Sadia conta atualmente com um caixa de R$ 1,6 bilhão, que foi reforçado por financiamentos bancários. A companhia não divulgou o montante de crédito obtido. A Sadia conta atualmente com R$ 1,6 bilhão em caixa, mesmo depois das perdas de R$ 760 milhões causadas por operações no mercado de câmbio. O caixa foi reforçado por financiamentos bancários. No final do primeiro semestre, o caixa da Sadia era de R$ 1,8 bilhão. Segundo o diretor de Relações com Investidores da companhia, Welson Teixeira Júnior, as linhas de crédito obtidas pela empresa têm prazo máximo de um ano. Apesar de ter sido questionado pelos analistas em teleconferência, ele não deu mais detalhes sobre o financiamento, afirmando apenas que ele foi obtido "a custos de mercado, competitivos quando se leva em conta a severidade da crise financeira". A perda da Sadia superou o lucro líquido da empresa em 2007, de R$ 689 milhões. egundo ele, a empresa conta ainda com crédito do BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - para seus projetos de investimento, que serão liberados nos próximos dias. "Podemos reestruturar nossa estrutura de capital no futuro. O objetivo do empréstimo
recente foi assegurar o caixa de curto prazo", disse. Durante a teleconferência, o executivo deixou muitas perguntas sem respostas. Os analistas questionaram a empresa sobre detalhes das operações de derivativos, mas Teixeira repetiu várias vezes que a empresa ainda não tinha detalhes das operações, que estão sendo investigadas por um comitê de finanças e por auditorias internas e externas. "Sabemos que eram operações de futuros e opções de câmbio. A equipe ainda está apurando", disse. "Vamos detalhar oportunamente." A empresa ainda não sabe o verdadeiro motivo que levou a diretoria financeira a extrapolar a meta de exposição ao câmbio, mas destacou que a Sadia usa os instrumentos derivativos como forma de proteção das suas operações, e não como uma atividade adicional. Teixeira informou ainda, que a empresa tem US$ 12 milhões em títulos do falido banco de investimentos Lehman Brothers.


Vale nega perdas com variações recentes do câmbio
Em meio a notícias de prejuízos financeiros de empresas como Sadia e Aracruz, por conta de operações cambiais, a Vale negou perdas recentes e divulgou nota em que afirma ter uma "política conservadora de gestão financeira com a utilização de instrumentos simples e sem alavancagem". "A Vale nega terminantemente, que tenha realizado perdas com as variações recentes da taxa de câmbio real-dólar", diz o texto divulgado pela empresa. De acordo com o comunicado, a política de gestão de risco da mineradora proíbe a realização de apostas direcionais e operações especulativas com derivativos. "Por ocasião da divulgação de seus resultados trimestrais, a Vale reporta de forma transparente e bastante detalhada os resultados positivos e negativos com transações envolvendo derivativos, tendo o cuidado de esclarecer a natureza de seus efeitos sobre o desempenho no curto prazo, contábil e/ou financeiro, assim como as derivadas de variações monetárias dos demais itens de seu balanço", diz a nota. A empresa tem cerca de 95% da receita denominada em dólares americanos, enquanto que, em média, 60% dos custos operacionais e de investimentos são denominados em reais. De acordo com a companhia, há operações de swaps cambiais para conversão da parte da dívida em reais para dólares americanos, "de sorte que 99% de seu ndividamento é, em última instância, denominado em dólares americanos, de forma consistente com a composição de suas receitas por moeda". A empresa esclarece, no entanto, que as transações de swaps cambiais da Vale, são de longo prazo "e não contêm cláusulas de chamadas de margem, sendo eventuais ganhos ou perdas realizados financeiramente, somente por ocasião da liquidação dessas transações".

Santander anuncia compra do banco britânico Bradford & Bingley
O Banco Santander espanhol anunciou hoje de madrugada (hora de Brasília) que comprará as sucursais e as contas dos clientes do banco britânico Bradford & Bingley, em dificuldades, de acordo com nota divulgada por sua entidade bancária Abbey. "As contas da clientela e a rede de sucursais serão assumidas por Abbey. Os detalhes serão conhecidos mais adiante", disse na madrugada desta segunda, um porta-voz do Santander, também dono do banco britânico Abbey. Os detalhes foram divulgados às 6h GMT (3h de Brasília), antes da abertura do mercado financeiro local. Segundo a imprensa especializada, o governo britânico também deverá anunciar a nacionalização do conjunto dos empréstimos em curso do Bradford & Bingley, incluindo mais de 41 bilhões de libras (52 bilhões de euros) de empréstimos imobiliários. (France Presse, de Londres)

Banco Mundial recebeu US$ 6,1 bilhões para o aquecimento global
O Banco Mundial informou, nessa sexta-feira, dia 26/9, que dez países investiram em seu novo fundo de investimento, que tem o objetivo de ajudar países em desenvolvimento a combater o aquecimento global. O valor total investido chega a US$ 6,1 bilhões. O Fundo de Investimento para o Clima, lançado em julho desse ano, tem a intenção de ajudar nações no esforço para reduzir as emissões de gases do efeito estufa e na adaptação à mudança climática. Os investimentos desses países foram confirmados na sede do Banco Mundial, em Washington. Os doadores são Austrália, Reino Unido, França, Alemanha, Japão, Holanda, Noruega, Suíça, Suécia e EUA. A instituição informou que dois novos fundos serão criados sob o Fundo de Investimento para o Clima. O primeiro, chamado Fundo para Tecnologia Limpa, vai investir em projetos e programas de países em desenvolvimento, para o desenvolvimento de tecnologias que reduzam a emissão de CO2 (dióxido de carbono). O outro, titulado de Fundo Estratégico para o Clima, vai investir em "vários programas para testar estratégias
inovadoras para a mudança climática". As primeiras propostas a receberem investimento, devem
ser anunciadas no começo de 2009.

Dona do Sheraton volta a SP e traz nova rede ao País
Cinco anos depois de deixar São Paulo, ao fim da parceria com o Mofarrej, a bandeira de hotéis Sheraton está de volta à capital paulista. O grupo americano Starwood, dono da marca, assumiu o hotel do complexo WTC - World Trade Center -, na Zona Sul de São Paulo. Rebatizado de Sheraton São Paulo WTC, o empreendimento recebeu investimento inicial de R$ 40 milhões para se adaptar aos padrões e oferecer os serviços da marca americana. A saída de São Paulo ocorreu por um desacordo nos termos de renovação do contrato com o Mofarrej. Desde então, a empresa buscava um novo parceiro. O acerto se deu com o empresário Gilberto Bomeny, fundador e presidente do WTC São Paulo, após meses de negociação. Há cerca de 15 anos, o empreendimento de Bomeny foi um dos primeiros hotéis a surgir na região, que se transformou em novo centro financeiro e empresarial da cidade. Hoje, a área concentra 3 mil quartos de hotéis. A expectativa é que a taxa de ocupação do hotel salte de 60% para 80% com a nova bandeira. Além de retornar com sua marca mais conhecida ao mercado paulista, a Starwood pretende fazer novos investimentos no Brasil nesse ano. Um dos projetos é trazer a aloft, nova rede de hotéis-design do grupo. Com foco no público jovem, tecnologia e entretenimento, a rede é uma versão mais acessível dos hotéis da família W, um dos mais bem-sucedidos lançamentos do grupo nos últimos anos. Até 2012, a empresa quer ter 500 empreendimentos desse segmento no mundo.

BNDES cria diretoria de Gestão Corporativa
O BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - criou uma nova diretoria, de Gestão Corporativa, que ficará a cargo de Luiz Fernando Dorneles, que é funcionário de carreira da instituição e ultimamente, era o responsável pelo projeto Agir, um projeto interno de tecnologia de informação e gestão. "A nova diretoria vai se dedicar a assuntos corporativos, tais como tecnologia da informação e recursos humanos, permitindo maior foco no trabalho de outras áreas do banco", diz nota da instituição. Um dos desafios da nova diretoria será tratar da substituição de cerca de 30% do total de dois mil funcionários do banco até 2012, por conta da aposentadoria. O banco tem ampliado seus desembolsos nos últimos anos, e eles devem aumentar ainda mais, considerando-se que as aprovações de projetos a apoiar nos 12 meses até agosto, chegam a R$ 110 bilhões, bem acima do total de liberações no mesmo período, que foi de R$ 80,8 bilhões.

Carrefour lança novo formato de loja na França
O grupo francês Carrefour abrirá no próximo mês, uma loja piloto com a bandeira Carrefour City. Depois da conversão dos supermercados à bandeira Carrefour Market, seguindo um processo mundial de alinhamento de formatos da empresa (que adotaram o nome da empresa e um sobrenome para indicar o tipo de loja), o próximo passo será renomear as lojas de vizinhança, que atualmente contam com diferentes nomes, como Shopi, 8-à-Huit, Marché Plus, Sherpa e Proxi. A loja piloto, hoje com a bandeira Shopi, está localizada no XVI distrito de Paris, e deverá ser reaberta no dia 22/10. Nessa remodelação, o sortimento será revisto, com aumento do mix de produtos de marca própria, 90% da área dedicada a alimentos e presença de alimentos prontos e itens de conveniência.

Venda de discos em vinil crescem 77% no semestre
Na era do MP3 e do telefone celular, as vendas dos velhos discos de vinil cresceram 77% no primeiro semestre do ano, em relação ao mesmo período de 2007, nos Estados Unidos, de acordo com a revista Billboard. Entretanto, as vendas de 803 mil unidades representam uma ínfima fração dos quase 260 milhões de CDs vendidos e downloads realizados. A avaliação de analistas é que há um grupo considerável de consumidores que mantêm a tradição de ouvir suas músicas favoritas nesse formato, mesmo com todo o desenvolvimento tecnológico das últimas décadas. Curiosamente, porém, não são apenas bandas clássicas, como Led Zeppelin, Pink Floyd e The Doors, que têm demanda em vinil: bandas novas e relativamente desconhecidas do grande público americano, também encontram seu espaço.

Setor de higiene e beleza investirá US$ 600 milhões em produção e logística
O setor de higiene pessoal e beleza deve investir US$ 600 milhões, nesse ano, na ampliação da capacidade produtiva e do sistema logístico, informou João Carlos Basilio da Silva, presidente da Abihpec - Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos. O volume corresponde a um crescimento de 35% em relação aos cerca de US$ 480 milhões aplicados em 2007. O crescimento se deve ao aumento do consumo no mercado interno, o que exige um incremento na produção de 9% por ano, disse o executivo. Segundo ele, já existem máquinas trabalhando 24 horas por dia para atender aos pedidos. De acordo com levantamento realizado pela entidade, no primeiro semestre desse ano, o setor obteve uma receita de R$ 7,75 bilhões, a preço de fábrica, sem contar impostos. O valor é 7,7% maior em relação ao apurado em igual período do ano passado. Para 2008, a previsão é alcançar R$ 21,2 bilhões, o que representaria alta de 8,7%. O percentual é inferior à média de 10,9% (índice deflacionado) registrada nos últimos 12 anos. Para a Abihpec, o desempenho foi prejudicado pela substituição tributária implementada no Estado de São Paulo, que elevou em cerca de 70% o total de carga tributária que incide sobre os produtos de higiene pessoal e cosméticos.

Nestlé investe no pequeno varejo
A Nestlé colocou no mercado lançamentos para o pequeno varejo. Entre eles, estão os tabletes
Classic ao Leite e Classic Duo, em 40 gramas; Crunch, de 35 gramas; e Suflair, de 30 gramas. Segundo dados da Nielsen, o segmento de tabletes de até 100 gramas, representa 8% do volume
total de chocolates e cresceu mais de 10% em 2007. Com nova massa de chocolate, mas com o
tradicional sabor de cada uma das marcas, os tabletes chegam para atender à demanda dos consumidores por produtos direcionados ao consumo individual e imediato.


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MERCADOS: Ações, Commotidies & Futuros
(Informações da Dow Jones, Bovespa e Reuters)

Resumo das bolsas na sexta-feira, dia 26/9:

Bovespa -2,02% 50782 26/09 17h36
Nasdaq -0,14% 2183,34 26/09 16h49
Índice S&P 500 +0,10% 1262,90 03/07 15h29
Dow Jones +1,10% 11143,13 26/09 16h30
Ouro 250 grs BMF +4,20% 52,000 26/09 16h42
CAC&FR -1,50% 4163,38 26/09 13h23
DAX -1,77% 6063,50 26/09 19h01
Dólar comercial +1,59% R$ 1,8510 26/09 16h47
Euro +1,46% R$ 2,71107 26/09 17h53
Poupança 0,73900% 26/09

Bolsas européias fecham em baixa com atraso em aprovar pacote nos EUA
As Bolsas européias tiveram um novo dia de perdas e fecharam em queda, com o impasse nos EUA, entre governo e congressistas - principalmente republicanos - sobre a aprovação do pacote de US$ 700 bilhões em ajuda às empresas financeiras.

- A Bolsa de Londres fechou em baixa de 2,09%, com 5.088,47 pontos.
- A Bolsa de Paris teve queda de 1,50%, ficando com 4.163,38 pontos.
- A Bolsa de Frankfurt caiu 1,77%, indo para 6.063,50 pontos.
- A Bolsa de Milão teve perda de 1,50%, fechando com 20.598 pontos.
- A Bolsa de Amsterdã despencou 4, fechando com 354,58 pontos.
- A Bolsa de Zurique teve baixa de 1,87%, caindo para 6.815,52 pontos.

Bolsas asiáticas caem com impasse em acordo financeiro nos EUA
As Bolsas asiáticas reagiram com cautela ao impasse nas negociações do plano de socorro ao setor financeiro americano, e ao anúncio da compra do banco Washington Mutual, pelo JP Morgan. A semana das asiáticas fechou com perdas leves, quando analistas achavam que os mercados poderiam registrar quedas comparáveis às da semana passada - quando as Bolsas registraram suas piores perdas desde 11/9.

- O Nikkei, índice que mede os negócios da Bolsa de Tóquio/Japão, fechou seu oitavo dia consecutivo de queda, com recuo de 0,94%, em meio ao temor de que os EUA rejeitem o projeto de US$ 700 bilhões para salvar sua economia. No Japão, o Banco Central já injetou mais de
US$ 110 bilhões para aumentar a liqüidez do mercado.

- Em Hong Kong, o índice Hang Seng recuou 1,13%, aos 18.720,60 pontos.
- Na Austrália, o recuo foi de 0,53%.
- Em Seul/Coréia do Sul, a Bolsa caiu 1,68%.
- Em Xangai, a desaceleração foi de 0,16%.


HOJE nas Bolsas Asiáticas
As primeiras Bolsas asiáticas a iniciarem suas operações já mostram uma reação positiva dos investidores à notícia de um acordo no Congresso dos EUA para votar o plano de US$ 700 bilhões proposto pelo governo americano para enfrentar a crise dos créditos "subprimes".

Na Bolsa de Valores de Tóquio, o índice Nikkei sobe 0,81% e marca 11.984 pontos. O índice Straits Times, da Bolsa de Cingapura, sobe 0,97% e atinge os 2.434 pontos. Na Coréia do Sul, o índice Seoul Composite avança 0,17% e alcança os 1.478 pontos.


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MERCADO FINANCEIRO

Bancos brasileiros lideram lista das 50 marcas mais valiosas da AL
Três bancos brasileiros lideram a lista das 50 marcas mais valiosas da América Latina, segundo o 1º Ranking Interbrand feito para a região, divulgado nesse sábado. Segundo a principal consultoria internacional de avaliação de marcas, em primeiro lugar está o Itaú, cujo valor da marca é de US$ 5,962 bilhões, seguido do Bradesco (US$ 5,213 bilhões) e Banco do Brasil (US$ 4,429 bilhões). Após as instituições financeiras, aparecem empresas de construção e telecomunicações. Na quarta posição consta a mexicana Cemex (US$ 3,998 bilhões), seguida pelas empresas de telefonia Claro (US$ 3,593 bilhões) e Telmex (US$ 3,482 bilhões). Nas dez primeiras posições, o Brasil aparece ainda, em sétimo, com a Petrobras, cuja marca foi avaliada em US$ 3,073 bilhões, e em nono, com o Unibanco (US$ 2,695 bilhões). A mineradora Vale ficou em 11º, com a marca valendo US$ 1,778 bilhões. De acordo com Alejandro Pinedo, diretor geral da Interbrand Brasil, os principais critérios utilizados pela
consultoria para a realização do ranking são ser de origem latino-americana e publicar anualmente seus relatórios financeiros. Das 50 marcas listadas, 15 são brasileiras. Aparecem ainda a Natura (US$ 1,062 bilhão), Vivo (US$ 760 milhões), Gerdau (US$ 395 milhões), Usiminas (US$ 370 milhões), Banrisul (US$ 179 milhões), Submarino (US$ 73 milhões), Oi (US$ 69 milhões), Lojas Americanas (US$ 56 milhões) e Ipiranga (US$ 43 milhões). O Brasil é país com mais marcas no ranking, seguido por México (14), Chile (13), Colômbia (4) e Peru (2). Duas empresas foram listadas como regionais, por operar em mais de um local (Claro e Tigo, ambas de telefonia). Por setor, a maior concentração de valor de marca é verificada no financeiro. Os 14 bancos analisados são responsáveis por 47% do valor total. O
setor de varejo, com 17 marcas, tem apenas 8% de participação em valores. O inverso ocorre com o setor de telecomunicações, em que apenas sete marcas foram contempladas, mas a participação atinge US$ 10,962 bilhões. "Esse resultado é um reflexo das políticas privatistas que os governos da região vêm seguindo desde os anos 90. O fim do monopólio estatal no segmento aumentou a entrada dos telefones móveis", explica Pinedo. "Com a estabilidade econômica e, mais recentemente, a elevação à categoria de 'investment grade', o Brasil está cada vez mais inserido na economia e nos mercados internacionais. Temos licença para conquistar mercados, levando produtos e serviços com qualidade mundial para o exterior", analisa Pinedo.


Citigroup e Wachovia negociam possível fusão
O banco Wachovia - quarto maior banco dos EUA - iniciou negociações preliminares com o Citigroup sobre uma possível fusão, segundo publicou o site do jornal norte-americano "The New York Times" na sexta-feira. Essas negociações estão em fase inicial, no entanto, nenhum acordo deve sair delas ainda, disseram fontes envolvidas no assunto à publicação. O Wachovia, um grande banco com sede em Charlotte, esteve no meio das tensões sobre o sistema financeiro nas últimas semanas e voltou à cena hoje após a compra do Washington Mutual pelo JPMorgan Chase. Um porta-voz do Wachovia não comentou a informação sobre as negociações com o Citigroup, segundo o "The New York Times". Se o negócio se concretizar, o Citigroup vai se associar a um dos mais importantes bancos de varejo nos EUA. Na semana passada, fontes ouvidas pelo diário americano "The New York Times", também disseram que o banco americano Morgan Stanley, considerava uma eventual fusão com o Wachovia ou mesmo algum outro banco. O Morgan Stanley interrompeu as negociações de uma eventual fusão com o Wachovia depois que o Fed - Federal Reserve - aceitou a proposta de transformar o Morgan e o Goldman Sachs em holdings, segundo fontes ouvidas pelo diário britânico "Financial Times". O estopim da crise financeira ocorreu na segunda-feira, 15/9, com a quebra do banco de investimentos Lehman
Brothers; a instituição pediu concordata, devido à falta de crédito junto a outras instituições bancárias e à recusa do governo em destinar recursos para reforçar seu caixa. Além disso, o Merrill Lynch foi vendido ao Bank of America e a seguradora AIG, recebeu ajuda de US$ 85 bilhões do Fed.


Operações no mercado de crédito externo voltam a custo maior
Depois de o mercado de crédito externo ficar totalmente travado na semana passada, o Banco Central registrou nos últimos dias, o retorno de algumas dessas operações, mas a um custo quatro ou cinco vezes maior do que antes do ápice da crise no sistema financeiro dos EUA. Segundo assessores do presidente do BC, Henrique Meirelles, a semana passada foi "tenebrosa" devido à falta de linhas de crédito externas para o Brasil, mas a situação está se revertendo aos poucos. "Pelo menos agora, já há um preço, bem mais alto, mas isso permite o retorno das operações de financiamento lá fora", afirmou um assessor do BC. Antes do auge da crise, empresas brasileiras conseguiam empréstimos externos a um custo de taxa Libor mais 0,30%. Agora, para captar recursos lá fora, o custo das linhas subiu para Libor mais 2%. A expectativa no BC, contudo, é que o Brasil se torne o mercado "mais
agraciado" com investimentos estrangeiros assim que a situação financeira mundial se normalizar. Além de juros mais altos do que outros mercados, o país tem como atrativos o baixo risco e a indicação de que os fundamentos macroeconômicos serão mantidos, na avaliação do BC. Aí, as empresas brasileiras devem começar a se beneficiar com a redução no custo do crédito externo, que tende a ficar em Libor mais 1% ou 1,5%. Quanto ao impacto da crise na economia não-financeira, que pode levar a maior desaceleração do crescimento, o BC diz que os sinais não são totalmente claros. Alguns índices de inflação registraram uma pequena alta nos últimos dias, e a taxa de desemprego veio mais baixa do que esperado, sinalizando que a demanda ainda pode estar muito aquecida. Para o banco, as medidas adotadas para resolver problemas de liquidez no sistema financeiro não têm vinculação direta com a política monetária. Foram tomadas para solucionar questões pontuais, e não indicam um afrouxamento da política de juros da instituição. Isso não significa, porém, que o BC esteja decidido a manter as doses elevadas de juros nas próximas reuniões. Se a secura no mercado de crédito externo perdurar por mais tempo, por exemplo, ela deve atingir mais fortemente o ritmo da economia mundial e, com isso, terá impacto nos índices de preços. Cenário considerado provável, mas com grau de incerteza ainda quanto a sua intensidade.

Juros bancários atingem maior patamar desde novembro de 2006
A taxa média de juros cobrada pelos bancos, o que inclui pessoas físicas e empresas, passou de 39,4% para 40,1% ao ano em agosto, o maior patamar desde novembro de 2006 (41%), segundo
a pesquisa mensal de juros do Banco Central, divulgada nessa sexta-feira. No acumulado do ano, os juros médios cobrados registraram elevação de 6,3 pontos percentuais. Somente para pessoas físicas, os juros subiram nas principais modalidades de crédito em agosto. A taxa média, que engloba cheque especial, empréstimo pessoal e aquisições de veículos, entre outros, subiu de 51,4% em julho para 52,1% ao ano no mês passado. É a maior taxa desde janeiro de 2007, quando os juros estavam em 52,3%. A inadimplência também aumentou - de 7,3% para 7,5% - e voltou ao patamar registrado no
início do ano passado. No cheque especial, a taxa de juros subiu de 162,7% para 166,4%. O recorde é de 294% ao ano, registrado em julho de 1994. No empréstimo pessoal, a taxa subiu de 53,6% para 54,5% ao ano. Na aquisição de veículos, caiu de 33,5% para 33,3% ao ano. Esse aumento se deve ao "spread" bancário (a diferença entre o custo de captação dos bancos e a taxa efetiva cobrada dos clientes). O 'spread' para pessoa física aumentou 1 ponto percentual, para 37,6 pp. Empresas - Os juros das empresas também apresentaram alta no mês de agosto, de 27,7% ao ano para 28,3% (a mais alta de junho de 2006, quando foi de 28,8%). A inadimplência da pessoa jurídica ficou estável em 1,7% pelo terceiro mês seguido. Houve alta do "spread" bancário para pessoa jurídica, de 0,4 ponto percentual, de 14,5 pontos para 14,9 pontos. O 'spread' geral (considerando também o crédito pessoa física) passou de 25,6 pontos percentuais para 26,2 pp. Além do spread, pesou o aumento da taxa básica de juros, que começou o ano em 11,25% e chegou a 13,75% ao ano no início de setembro, o que elevou a taxa geral de captação dos bancos de 13,8 pontos para 13,9 pontos.


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COMÉRCIO EXTERIOR

Amorim nega venda de posição em Doha para beneficiar etanol
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse na quinta-feira, dia 25/9, que o governo brasileiro não tem nada a flexibilizar em relação à Rodada Doha, e mostrou-se otimista em relação à possibilidade de as negociações prosseguirem e serem concluídas, embora não possa prever quando.
Amorim, que continua em Nova Iorque participando de diversas reuniões bilaterais e almoçou com os representantes dos BRICs - Russia, Índia e China, além de Brasil -, rechaçou informações publicadas de que o governo da Índia remeteu ao diretor-geral da OMC - Organização Mundial do Comércio -, Pascal Lamy, uma carta na qual insinua que o Brasil estaria vendendo sua posição nas negociações da Rodada Doha, em troca de acesso aos mercados americanos e europeus para o etanol, produto que é o carro chefe da política comercial do País. "Não há o que o Brasil possa flexibilizar, isso é uma visão incorreta. O que o Brasil pode fazer nesse momento, é ajudar a encontrar uma solução", desabafou o ministro. E explicou: "o problema que ocorreu foi entre certos países, de um lado, entre eles a Índia,
que talvez seja o mais militante deles, e também a China, e os EUA do outro". Segundo Amorim, o que o Brasil quer é que se chegue a um acordo. "O que o Brasil tinha de flexibilizar já flexibilizou. Havia uma demanda em relação a produtos industriais e o Brasil negociou, dentro do que era possível e aceitável, pela indústria brasileira. Agora, não há o que o Brasil possa flexibilizar. O que o Brasil pode fazer nesse momento, é ajudar a encontrar uma solução". Amorim acrescentou que "não é o Brasil que tem de flexibilizar". Para ele, a questão das salvaguardas especiais para produtos agrícolas em países em desenvolvimento é um ponto sobre o qual o G-20 nunca chegou a um acordo preciso. E insistiu: "então não há o que flexibilizar". Questionado sobre a possibilidade de flexibilizar em relação aos subsídios, em troca de mercado para os biocombustíveis nos EUA e Europa, o ministro respondeu: "não tem o que flexibilizar. Nós vamos discutir e, ao discutir as coisas são reabertas e essa questão que
está mencionada, ainda não foi discutida". O ministro Amorim disse ainda que no encontro que teria com os integrantes dos BRICs, que inclui a Índia, não iria tratar desse assunto, nem apresentar nenhuma queixa.
"Rodada não morreu"
O ministro demonstrou otimismo em relação à retomada das negociações para a rodada Doha, de livre comércio. "Eu sempre disse que Doha nunca morreu. A questão toda é saber o tempo que vamos levar", afirmou. Segundo ele, "se a negociação avançar ainda esse ano, com um acordo de modalidade, a próxima administração americana, qualquer que seja, já vai ter algum modelo pronto com apoio de muitos países que será difícil ser alterado". Amorim lamentou que, se não for fechado um acordo logo, e demorar mais dois ou três anos, as pessoas vão continuar morrendo enquanto as negociações não caminham. "Enquanto isso, pessoas morrem de fome na África, produtores de algodão continuarão enfrentando grandes subsídios norte-americanos e, a Índia, não vai dispor do mecanismo que ela quer criar, que hoje não existe", disse.


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LOGÍSTICA & Infraestrutura

Empresas aéreas registram perdas de R$ 1,27 bi em um ano
As empresas aéreas brasileiras de transporte regular registraram, em 2007, perdas que somam R$ 1,270 bilhão, contra resultado negativo de R$ 172,6 milhões registrados em 2006, segundo balanço divulgado pela Anac - Agência Nacional de Aviação Civil - na sexta-feira, dia 26/9.
O resultado é obtido pela chamada receita de vôo menos as despesas. Segundo a agência, no segmento doméstico, o desempenho foi afetado pela política agressiva de tarifas, com promoções e descontos, enquanto no setor internacional, o principal impacto foi causado pelo fim das operações do grupo Varig. Os dados, inseridos no anuário econômico, são resultado do balanço de 23 empresas aéreas brasileiras. De acordo com o anuário, nos vôos domésticos, as perdas somaram R$ 563,7 milhões, contra ganho de R$ 27,5 milhões em 2006. Nas rotas internacionais, o resultado foi negativo em R$ 706,8 milhões em 2007, contra perda de R$ 443 milhões no ano anterior. Segundo o documento, a TAM registrou resultado negativo de R$ 418 milhões em 2007, contra ganho de R$ 517 milhões em 2006.
A Gol registrou resultado positivo de R$ 167,6 milhões, queda de 60,1% em relação a 2006, quando apontou R$ 420,3 milhões. As receitas de vôo da TAM em 2007 somaram R$ 7,274 bilhões, mas as despesas foram de R$ 7,692 bilhões. No caso da Gol, as receitas somaram R$ 4,372 bilhões e, as despesas, R$ 4,205 bilhões.
No caso da Varig, comprada pela Gol em março de 2007, o desempenho ficou negativo em R$ 528,4 milhões, resultado de uma receita de R$ 738,2 milhões e de uma despesa de R$ 1,266 bilhão.
A OceanAir fechou o ano de 2007 com perdas de R$ 141 milhões. As receitas da empresa somaram R$ 303 milhões, mas as despesas chegaram a R$ 444 milhões. Outros dados A Anac apurou ainda, outros dados sobre as empresas, como horas e quilômetros voados e aproveitamento dos assentos oferecidos.
A TAM registrou 262,3 milhões de quilômetros voados em 2007, um aumento de 21,3% em relação
a 2006, e 442,3 mil horas voadas, alta de 18,1%. Segundo o relatório da Anac, a empresa registrou aproveitamento de 70% dos assentos oferecidos, queda de 6,8% em relação aos 76% apontados em 2006. A Gol apontou 195,6 milhões de quilômetros voados, alta de 43,3% em relação a 2006, e 304
mil horas voadas, expansão de 43,2%. A empresa registrou aproveitamento de 69% dos assentos
oferecidos, queda de 6,8% em relação ao índice de 74% de 2006.

A Varig registrou, em 2007, 42,5 milhões de quilômetros e 64,7 mil horas voadas. A empresa apontou, ainda, aproveitamento de 54% dos assentos oferecidos. A comparação com 2006 não é possível, porque a antiga Varig encerrou suas atividades em dezembro daquele e a chamada nova Varig, iniciou as suas. A OceanAir registrou 19,4 milhões de quilômetros voados em 2007, um aumento de 54% em
relação a 2006, e 35,3 mil horas voadas, alta de 43,5%. Segundo o relatório da Anac, a empresa registrou aproveitamento de 56% dos assentos oferecidos, queda de 0,5% em relação aos 57% apontados em 2006.


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AGRONEGÓCIOS

Conab revê estoques privados de café para 12,5 milhões de sacas
A Conab - Companhia Nacional de Abastecimento - divulgou hoje a revisão dos dados da estimativa de estoques privados de café, divulgada em junho. Após contatos feitos com armazenadores que não haviam respondido à pesquisa, e a computação dos dados dos questionários que não haviam chegado a tempo, por causa da greve dos Correios, a Conab elevou sua estimativa para 12.503.032 sacas, ante 10.364.995 sacas do levantamento de junho. O número foi apurado por meio de pesquisa junto aos armazenadores cadastrados na Companhia (indústrias, exportadores, cooperativas e outros), e teve como base a posição dos estoques em 31/03/08, data convencionada como de "virada de safra", ou seja, término do ciclo comercial da safra 2007/08 e início do período 2008/09 (entrada dos novos estoques).

Brasil tem maior área agricultável do mundo
O Brasil é o país que mais espaço livre tem para expandir sua fronteira agrícola, mostrou estudo da consultoria Andrade & Canellas. Segundo o estudo, há 200 milhões de hectares de terras agricultáveis fora de áreas de preservação ou com relevo. A Rússia está em segundo lugar, com 100 milhões de hectares de áreas livres para a agricultura. Parte desses espaços será usada para a produção de biocombustíveis, diz o documento.

Grupo Andrade investe R$ 350 milhões em Minas Gerais
O Grupo Andrade está investindo R$ 350 milhões na instalação da Companhia Energética Vale do Simão, no distrito de Chaveslândia, município de Santa Vitória/MG. O início das operações está previsto para a safra 2010/11. A usina deve atingir a capacidade máxima em 2011/12, com a produção de 144 milhões de litros de etanol e 300 mil toneladas de açúcar. Em agosto, a companhia participou do Leilão de Energia de Reserva, do Governo Federal, e vendeu 1.506.720 MWh. Com contrato de 15 anos, o início do fornecimento será em 2010. No primeiro ano, a venda de energia vai garantir uma receita líquida de R$ 5,5 milhões. A partir de 2011, a receita anual passará a ser de R$ 16,5 milhões.

Governo quer aumento de 11% na produção de etanol
O governo quer aumentar a média anual de produção de etanol em 11% nos próximos anos. A
estimativa é de que a produção, que hoje é 25,6 bilhões de litros, passe para 53,2 bilhões em 2017. A meta foi divulgada hoje pelo ministro do meio ambiente, Carlos Minc, em entrevista coletiva que lançou o pré-projeto do Plano Nacional de Mudança Climática. O plano traz diversas metas para diminuir a emissão de gases poluentes na atmosfera. O pré-projeto foi elaborado pelo Comitê Interministerial de Mudança do Clima, que conta com a participação de 15 ministérios e é chefiado pela Casa Civil.


Grupo Biagi será representante da Iveco no interior paulista
O Grupo Biagi, gigante brasileiro do setor sucroalcooleiro, será representante da montadora de caminhões Iveco nas regiões Oeste e Noroeste do Estado de São Paulo. O grupo terá concessões nas regiões de Araçatuba, Catanduva, Marília, Ourinhos, Presidente Prudente, São José do Rio Preto, entre outras. As primeiras concessionárias deverão ser inauguradas em meados de 2009. De acordo com o diretor de Desenvolvimento e Gestão de Rede da Iveco na América Latina, Orlando Merluzzi, em maio desse ano, a montadora já havia anunciado o ingresso do Grupo Itavema na rede, para representar a marca nas regiões de Ribeirão Preto, Araraquara e Bauru. Em julho, foi a vez do Grupo Viamar, que atuará nas regiões de São José dos Campos e Campinas. “Somente com esses três novos grupos, vamos inaugurar oito concessionárias no interior do Estado de São Paulo até o final de 2009”, disse Merluzzi. “Trata-se de uma das mais dinâmicas regiões do Brasil, com forte presença do setor agrícola, e onde desenvolveremos importantes ações de expansão comercial”. A Iveco dobrou sua
participação de mercado nos últimos 18 meses. Hoje possui 67 instalações de concessionárias
no Brasil e pretende chegar ao final de 2010, com 130 lojas. A iniciativa de expansão envolverá investimentos da ordem de R$ 400 milhões em instalações, estoque e capital operacional. O projeto da Iveco de lançar um caminhão movido a álcool para atender ao setor sucroalcooleiro, está entre as motivações do Grupo Biagi para investir R$ 100 milhões em dez lojas no interior de São Paulo, onde a companhia já possui experiência com concessionárias de três outras montadoras. O uso do álcool como combustível, em substituição ao diesel, reduziria o custo das operações de transporte, além dos benefícios ao meio-ambiente. O transporte da cana dos canaviais às indústrias representa mais de 20% do custo da matéria-prima. Nessa safra, as usinas deverão transportar mais de 500 milhões de toneladas de cana, a uma distância média de 25 a 50 quilômetros.


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ANÁLISE SETORIAL

Transformar pré-sal em riqueza é desafio
O maior desafio do governo Lula, é como o Brasil irá transformar as reservas de petróleo do pré-sal em favor dos interesses da população, e gerar riqueza para diminuir a pobreza e promover mais justiça social. A preocupação foi apontada em debate promovido anteontem pela Folha, em que participaram o engenheiro David Zylbersztajn, primeiro diretor-geral da ANP - Agência Nacional do Petróleo -, o geólogo Ivan Simões, coordenador do Comitê de Exploração e Produção do IBP - Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis - e vice-presidente da British Petroleum, o economista Luiz Carlos Bresser-Pereira, professor emérito da FGV - Fundação Getulio Vargas - e ex-ministro da Ciência e Tecnologia (governo FHC), e o físico Luiz Pinguelli Rosa, diretor da Coppe-UFRJ - Coordenação dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro - e ex-presidente da Eletrobrás. O evento foi o primeiro de uma série de discussões que integra o ciclo "Folha debate o pré-sal". O próximo deve ocorrer após a comissão interministerial que estuda o assunto,
definir o modelo que o país irá adotar para manter o controle do pré-sal e como deve ser a nova estatal em estudo. Para Pinguelli Rosa, uma das questões a que se deve ficar atento é que "o governo tem de usar o petróleo em benefício do país", "sem que o país se torne dependente desse produto
natural", como ocorreu em algumas nações produtoras. O que o físico avalia também ser relevante é "como o Brasil irá usar o novo petróleo para tirar proveito [do pré-sal], para frutificar a engenharia brasileira, gerar empregos de qualidade" e continuar "distribuindo renda". "Ninguém bebe petróleo, ninguém come petróleo. Ele só se justifica se gerar recursos para serem usados pelo país", afirmou Zylbersztajn, ao concordar que o desafio do governo Lula nessa etapa é planejar o que fazer com os resultados obtidos dessas reservas. "Só teremos algumas certezas, como o valor em dinheiro que virá desse novo petróleo, dentro de oito a dez anos", por isso "é precipitado gastar por conta", diz Zylbersztajn. "Estado forte" Em relação ao uso dessas novas descobertas, Bresser-Pereira avalia que é preciso ter "um estado forte" para "fazer leis, políticas e implementar diretrizes em defesa do interesse público e nacional". Simões, do Instituto Brasileiro de Petróleo, disse que o Brasil tem uma
legislação que é bem-sucedida e permitiu a existência de mais de 70 empresas operando no País, além de transformar, a Petrobras, em uma das maiores companhias do setor no mundo. Mas, com a descoberta do pré-sal, "é necessário fazer ajustes [na legislação], sem que sejam de forma profunda, mas para permitir que se transformem os recursos potenciais em riqueza".
Na avaliação de Simões, "a principal preocupação é viabilizar que esse petróleo saia das profundezas e venha para a superfície". Divergências Apesar da opinião unânime de como o país irá se apropriar das reservas de pré-sal descobertas -e como utilizá-las -, os especialistas divergem, entretanto, no peso que o Estado deve ter para manter o controle dos recursos do pré-sal, se é necessária a criação de
uma nova estatal para isso e se a legislação que regula o setor petrolífero, apontada como eficiente e uma das responsáveis por ter proporcionado as novas descobertas de petróleo no País, deve ou não ser alterada.

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MERCADO ONLINE

Walmart inicia operação de e-commerce
Na próxima semana, o Walmart, terceiro maior supermercadista do país, finalmente ingressa no mundo virtual. A operação de e-commerce da empresa será inaugurada no dia 01/10 e oferecerá 10 mil itens, entre artigos de informática, games, eletroeletrônicos, beleza/saúde, telefonia, brinquedos, eletrodomésticos, esporte/lazer, cine/foto, relógios e eletroportáteis. O site atenderá também os clientes BIG e Bompreço, já que os sites das duas bandeiras serão redirecionados para o walmart.com.br. O investimento na operação foi de R$ 25 milhões e o site atenderá todo o Brasil, com possibilidade de entrega de alguns itens no mesmo dia em São Paulo e Rio de Janeiro. Entre os diferenciais do site estão à possibilidade de feeds RSS sobre as mercadorias (o que permite aos clientes, por exemplo, acompanhar a variação dos preços dos produtos), e tag clouds, que mostram quais são os produtos mais procurados pelos consumidores.

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MERCADO DE LUXO

Mercado de luxo ganha força no País
O mercado de luxo no Brasil está crescendo. Em 2006, o investimento brasileiro no setor foi de US$ 680 milhões, cerca de 32% a mais do que no ano anterior. Esse ano, a previsão é de que esse setor gere entre US$ 5,21 bilhões e US$ 6,75 bilhões, segundo dados da pesquisa “O mercado de luxo no Brasil”, realizada pela MCF Consultoria e pela GfK Indicator. As regiões Sul e Sudeste ainda concentram a maioria dos investimentos do ramo, tendo em São Paulo o maior número de investidores e consumidores de produtos de luxo do país. Mas os dados da pesquisa apontam as cidades do Norte e Nordeste, como alvos de expansão desse setor.
De acordo com o estudo, em 2010, os investimentos no Nordeste vão ultrapassar os da região Sul. Estados como Sergipe, Alagoas, Rio Grande do Norte, Ceará, Maranhão e Bahia, estão se tornando os grandes nichos do país, atraindo desde empresas de construção civil a lojas de grife, que encontraram em lugares paradisíacos um público cativo e fiel. São edifícios de altíssimo padrão, roupas exclusivas e produtos importados, entre outros itens que já fazem parte da “sacola” de compras dos nordestinos. Alguns empresários também investem forte nas pousadas de luxo. Lugares mais aconchegantes e atendimento exclusivo proporcionam exatamente, o tipo de serviço que um cliente desse patamar procura. O mercado imobiliário também está ganhando com essa tendência.
Na construção civil, as novidades se superam a cada empreendimento. A alagoana Cipesa, já consolidada na construção de luxo em sua terra natal, e que lançou em abril desse ano, o primeiro prédio residencial inteligente do nordeste, o Fontes do Atlântico, em Maceió, agora estende aos sergipanos os prazeres do bem-viver. A empresa acaba de lançar os edifícios Nouvelle e Lumiere que serão erguidos na Avenida Beira Mar, uma das áreas mais nobres de Aracaju. “Os empreendimentos
foram projetados nos mínimos detalhes para oferecer o máximo de luxo, requinte, conforto e
tecnologias aos exigentes clientes desse mercado”afirma Luiz Henrique Taboada, diretor-presidente da Cipesa. O Nouvelle se encaixa perfeitamente nos padrões de altíssimo luxo. A tecnologia da iHouse
levará automação para quem viver em qualquer um dos apartamentos de 420m2, com 5 suítes e
varanda com espaço gourmet e espaço do caranguejo, por exemplo. A filosofia que norteia a construção do Lumiere é a mesma do Nouvelle. Apesar de apartamentos menores, de aproximadamente 250m², os espaços também foram desenvolvidos para serem desfrutados em
máxima plenitude. “Os edifícios serão construídos para oferecer luxo e bem-estar aos moradores. O perfil dos clientes de empreendimentos de altíssimo padrão como esses, não primam apenas pela qualidade, mas também pela funcionalidade e pelo conforto”, explica Paulo Gusmão, arquiteto responsável pelos dois projetos.


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