E-Press.biz Economia & Mercado | Edição 066 | Ano I

Kátya Desessards

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NOTÍCIAS

Lula vai reabrir compra de ações da Petrobras com FGTS

Os trabalhadores com conta no FGTS - Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - poderão usar esses recursos numa nova rodada de investimentos na Petrobras. Para permitir capitalização, será preciso mudar a lei. Quem já tem ações da Petrobras compradas com recursos do FGTS, também poderá voltar a aplicar na empresa. Em 2000, o governo permitiu o uso do FGTS para a compra de ações da Petrobras. De acordo com a reportagem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu permitir o uso do FGTS na capitalização da Petrobras para explorar o petróleo da camada pré-sal. A reportagem informa ainda, que Lula decidiu que a União fará uma capitalização da Petrobras a fim de elevar sua participação nos lucros da empresa, que tendem a aumentar bastante com a exploração do pré-sal. O Palácio do Planalto acredita que a medida amenizará a crítica de prejuízo aos acionistas minoritários com a capitalização que a União fará na Petrobras. (Folha Online)

Banco Central vende mais US$ 300 milhões em novo leilão

O Banco Central vendeu mais US$ 300 milhões na sexta-feira, dia 19/9, para ajudar a reduzir a volatilidade no mercado de câmbio. Na quinta-feira, dia 18/9, o BC havia anunciado que venderia US$ 500 milhões ao mercado, em um momento em que a moeda já era cotada a R$ 1,95 e ajudou a segurar a alta da moeda norte-americana. Hoje, no primeiro leilão, o BC conseguiu vender apenas US$ 200 milhões para duas instituições (US$ 100 milhões para cada uma), a uma taxa de R$ 1,838. O dinheiro será recomprado pelo BC em 30 dias, por uma taxa de R$ 1,8511. A instituição decidiu então promover outro leilão, para vender os US$ 300 milhões restantes. Nesse caso, foram aceitas propostas de seis instituições. O BC não divulgou os valores comprados por cada uma. Nesta segunda rodada, as cotações foram mais baixas, devido à desvalorização do dólar ao longo do dia, puxada, principalmente, pela melhora no cenário internacional. O dólar foi vendido a R$ 1,827 e será recomprado a R$ 1,839953. Esses são os primeiros leilões de venda de moeda estrangeira desde o início 2003, quando o BC suspendeu as operações iniciadas durante a crise de 2002. Na época, a moeda encostou em R$ 4,00. Ainda não está definido se haverá leilões em outros dias. Atualmente, o BC possui mais de US$ 200 bilhões em reservas internacionais, mais US$ 20 bilhões das operações de swap cambial reverso (onde o BC paga juros e recebe a variação da moeda estrangeira). A liquidação das operações de venda dos dois leilões será no próximo dia 23. A liquidação das recompras ocorre no dia 23 de outubro. Em nota, o BC informou ontem que "em função da restrição de liquidez observada nos mercados financeiros internacionais" iria vender dólares ao mercado, em uma decisão "de caráter temporário" e que não tem como objetivo influir na taxa de câmbio. "O Banco Central reafirma que não existe meta para a taxa cambial, seja com fixação de tetos ou pisos", disse o BC. (Agência Estado)

Fracassa última tentativa de salvar Rodada Doha
A última tentativa dos negociadores de salvar a Rodada Doha fracassou. Na sexta-feira, dia 19/9, os sete principais atores das negociações chegaram à conclusão de que não há como seguir debatendo. Nenhuma nova reunião está sendo pensada, ainda que o chanceler Celso Amorim, tenha programado um encontro com a representante de Comércio dos Estados Unidos, Susan Schwab, para os próximos dias, em Nova York. Brasil, Índia, EUA, Europa, Austrália, China e Japão exploraram formas de solucionar o impasse na questão envolvendo a importação de alimentos por parte de países emergentes, como Índia, Indonésia ou China. Para os americanos, interessados nesses mercados, o possível estabelecimento de barreiras não era aceitável se significasse uma redução do mercado. Em julho, o processo fracassou exatamente por causa desse ponto. "Não conseguimos avançar e não há nenhuma previsão de como podemos fazer isso", disse o embaixador do Brasil nas negociações, Roberto Azevedo. A idéia dos governos era a de tentar desbloquear o processo para que uma nova reunião ministerial possa ser convocada. Enquanto isso, Amorim debaterá com Schwab qual a real possibilidade de um acordo parcial ainda nesse ano. Diante do novo fracasso, o cenário mais provável é o de que qualquer definição fique para 2009, quando um novo governo assume o poder nos Estados Unidos. (Reuters)

Eletrobrás pede US$ 500 milhões ao Banco Mundial
O presidente da Eletrobrás, José Antonio Muniz Lopes, afirmou dia 19/9, que a estatal encaminhou ao Banco Mundial um pedido de financiamento de US$ 500 milhões para o processo de reestruturação da estatal. "Acredito que não haverá dificuldade para obtenção do financiamento, mesmo com a crise financeira atual, porque os recursos do Banco Mundial são pontuais", disse o executivo depois de encerrar o 3º Seminário Internacional do Setor de Energia Elétrica, na UFRJ. Um dos principais objetivos da reestruturação da empresa, para a criação da "Nova Eletrobrás", é transformá-la na terceira maior distribuidora de energia do País em número de consumidores, num processo de integração de atividades, que inclui geração, transmissão e comercialização de energia.

Lehman Brothers reivindica devolução de US$ 8 bilhões na Europa
Os administradores dos negócios europeus do Lehman Brothers apresentaram um processo em um tribunal de Nova York, no qual reivindicam a devolução de US$ 8 bilhões, informou domingo, 21/9, a BBC News. O dinheiro foi transferido da Europa a holding do grupo nos EUA, antes da declaração de concordata do banco. Um porta-voz da Pricewaterhousecoopers, companhia encarregada da administração do Lehman Brothers na Europa, disse domingo, que o dinheiro foi necessário para pagar os salários dos funcionários, os credores e outras despesas diárias. Essa reivindicação, que foi bem acolhida pelos 4,5 mil funcionários do Lehman em Londres que ficaram, por enquanto, desempregados, representa um endurecimento da postura dos administradores. Enquanto isso, os empregados da divisão de finanças corporativas do Lehman Europa, esperam que possam conservar os empregos graças ao interesse crescente nessa franquia. Segundo fontes citadas no sábado pelo "Financial Times", o banco japonês Nomura e o britânico Barclays, além de um terceiro banco, estão interessados em adquirir essa divisão. (Efe, de Londres)

Sachs e Morgan Stanley vão se tornar holdings
O Fed - Federal Reserve (Banco Central americano) aprovou, na noite de ontem (domingo, dia 21/9), os pedidos do Goldman Sachs e Morgan Stanley para alterarem seu status para holdings financeiras. Com a medida, Wall Street deixará de existir na forma como tem sido conhecida há muito tempo - um pequeno grupo de corretoras independentes que compram e vendem títulos, prestam consultoria e são menos reguladas que os bancos tradicionais. As duas instituições de maior prestígio de Wall Street ficarão sob a supervisão estrita dos reguladores bancários nacionais, sujeitando-se a novas exigências de capital, maior fiscalização e muito menor rentabilidade do que têm desfrutado.A transformação em holding pode ajudar o Morgan Stanley e o Goldman a organizar seus ativos e a se colocar numa posição muito melhor para serem comprados, fundirem-se ou comprarem empresas menores com depósitos garantidos. A mudança também pode permitir que ambos evitem o uso da contabilidade com marcação a mercado - que obriga as empresas a avaliar seus ativos com base no atual preço de mercado. Em vez disso, elas podem classificar os ativos como "mantidos para investimento", como fazem muitos bancos. (Dow Jones)

Setor florestal recebeu R$ 43 milhões até agosto
No acumulado do ano até agosto, o Ministério da Agricultura já liberou R$ 43 milhões para o setor florestal, que deve receber, no total, R$ 100 milhões nesse ano. Os recursos foram aplicados no Propflora - Programa de Plantio Comercial e Recuperação de Florestas. Em nota, o ministério informou que está sendo elaborada proposta de financiamento privado ao setor e a criação de título emitido em favor de qualquer credor. De acordo com o coordenador-geral para Pecuária e Culturas Permanentes, da Secretaria de Política Agrícola, João Antônio Fagundes Salomão, o setor necessita de tratamento diferenciado, já que o ciclo da cultura florestal pode variar de cinco a 35 anos. "O ideal seria um título que atendesse a essas peculiaridades como, por exemplo, longo prazo para pagamento e liberação parcelada de crédito, fatores que facilitariam o cronograma de desembolso do produtor rural", disse.

Zoneamento agrícola para cana depende de decisão da Casa Civil
A divulgação do zoneamento agrícola para a cana-de-açúcar depende de uma decisão da Casa Civil, informou, na tarde do dia 10/9, a assessoria de imprensa do Ministério da Agricultura. Com o zoneamento, o governo definirá as áreas de plantio, as regiões de restrição e onde haverá estímulo à produção. Antes mesmo da decisão da Casa Civil, os ministros da Agricultura, Reinhold Stephanes, e do Meio Ambiente, Carlos Minc, já entraram em acordo sobre alguns pontos do zoneamento. No começo de agosto, eles decidiram que não haverá autorização para novos plantios na Amazônia. As áreas já ocupadas com usinas serão mantidas. Há três usinas na região: no AC, no AM e no PA.

Salão do automóvel vai exibir 420 modelos em SP
No ano de produção e vendas recorde da indústria automobilística brasileira, o Salão Internacional do Automóvel, que será aberto ao público no dia 30/10, em São Paulo, também terá o maior número de expositores desde a primeira versão do evento, em 1960. Ao todo, serão 36 marcas que vão expor mais de 420 modelos, entre nacionais e importados, com preços que variam de R$ 23 mil (Effa M100) a mais de R$ 4 milhões (Zonda F Roadster). Aproveitando a "onda verde" adotada em salões internacionais, a preocupação com o meio ambiente estará presente em diversos estandes, como o da GM - General Motors -, que mostrará o carro elétrico Volt, desenvolvido nos Estados Unidos, para início de vendas em 2011. A 25º edição do Salão do Automóvel também terá número recorde de carros-conceito desenvolvidos no País. No evento anterior, em 2006, só a Fiat mostrou um carro dessa categoria. Esse ano, além da Fiat - que preparou outra novidade -, a GM terá um carro futurista feito por engenheiros brasileiros e a Ford terá dois modelos nacionais. Outras marcas, como a Toyota, mostrarão carros-conceito trazidos das matrizes. Esses modelos normalmente antecipam design, tecnologias, cores e equipamentos que estarão nos próximos lançamentos das montadoras. Outro tema será o da mobilidade, preocupação cada vez mais presente nas metrópoles. Os próprios organizadores do salão temem um engarrafamento-monstro nas imediações do Anhembi e negociam com a CET - Companhia de Engenharia de Tráfego - e o Metrô, esquemas especiais para facilitar a vida dos 650 mil visitantes esperados nos dez dias de evento.

Avon constrói em SP seu maior centro de distribuição
A Avon vai construir no Brasil seu maior centro de distribuição no mundo. Com investimento de US$ 150 milhões, o prédio, de 70 mil m², será erguido na cidade de Cabreúva, a 80km de São Paulo, e será equipado com sistema de busca e embalagem automatizados. "Será o maior e também o mais moderno centro de distribuição da empresa", diz o presidente da Avon Brasil, Luis Felipe Miranda. "Ainda não há centros nesse modelo em nenhum país do mundo." A maior parte do investimento será feita na parte de equipamentos. "As obras começam no ano que vem e o centro deve entrar em operação no final de 2010." A necessidade de um novo centro veio da importância do Brasil dentro do cenário mundial para a fabricante de cosméticos. Dentre os 100 países onde a empresa está presente, o Brasil é o 2º maior mercado, atrás apenas dos EUA, e conta com a maior força de vendas: 1,2 milhão de revendedoras. "Enquanto o mercado dos EUA cresce lentamente por estar já consolidado, no Brasil, esse é um mercado em expansão", diz Miranda. "Estamos andando em ritmo acelerado em direção à liderança. Não sei quando, mas podemos até bater os EUA - até porque eles agora vivem um momento de pausa no consumo, enquanto o Brasil vive o oposto." Entre 2005 e 2007, a empresa aumentou em 270% sua verba de marketing, segundo relatório do banco Credit Suisse. Miranda diz que a Avon cresce no Brasil a um ritmo de dois dígitos. "Desde 2006, passamos por um processo de reestruturação, que incluiu investimentos para aumentar a eficiência."

Toepfer: safra de grãos da UE deve crescer 19% em 2008/09
A safra 2008/09 de grãos da UE - União Européia - deve alcançar 304,4 milhões de toneladas, uma alta de 19,3% no ano, segundo estimativa da trading alemã Toepfer International. O número divulgado no final da sexta-feira, dia 19/9, ultrapassa a estimativa anterior, de 297 milhões de toneladas. A produção de trigo soft foi projetada em 139,4 milhões de toneladas, aumento de 25% no ano. Em agosto a previsão foi de 135,2 milhões de toneladas. Enquanto a qualidade da proteína da safra está abaixo da média, a demanda por exportação está boa, segundo a Toepfer. "No entanto, será necessário um negócio estável de exportação para além do fim do ano para que seja possível comercializar os estoques de passagem da UE", afirmou a trading. "A partir de dezembro, haverá cada vez mais competição nos mercados mundiais por trigo colhido no Brasil e na Argentina." A safra de milho do bloco, agora projetada entre 58 milhões e 62 milhões de toneladas, garantirá uma grande disponibilidade de grãos para ração. Em 2007 a produção do cereal alcançou 47,4 milhões de toneladas. "Os preços caíram fortemente nas últimas semanas, tornando o milho europeu competitivo com outras origens", afirmou a Toepfer. (Informações da Dow Jones)

Pão de Açúcar aumenta vendas em 13,8% no mês
O Grupo Pão de Açúcar, segundo maior supermercadista nacional, disse que em agosto suas vendas cresceram 13,8% pelo critério mesmas lojas na comparação anual, impulsionadas por um final de semana a mais. Em termos absolutos, as vendas saltaram 25,4% de um ano para o outro, para R$ 1,74 bilhão. As vendas líquidas subiram 29,1%, para R$ 1,5 bilhão. A companhia disse que os resultados chineses foram alavancados pela campanha de aniversário de 60 anos da empresa, pelo crescimento do tíquete médio e pelo aumento do fluxo de clientes.

Alitalia anula vôos e fica a um passo de quebrar
A Alitalia cancelou cerca de 30 vôos na última sexta-feira, dando mais um passo em direção à falência depois da retirada da única oferta de compra da companhia aérea. A autoridade civil da aviação italiana – Enac - informou na sexta-feira, dia 19/9, que estudará a partir da próxima semana a situação da empresa, e avaliará se procede suspender a licença de vôo da Alitalia. "Se nada de novo aparecer na segunda-feira, em uma semana ou dez dias os aviões podem parar de voar", explicou um porta-voz da Enac. Cerca de 30 vôos foram cancelados nessa sexta-feira por "motivos técnicos", indicou a Alitalia, que não está em condições de garantir a normalidade de suas operações. Vários passageiros preferiram viajar de trem nessa sexta-feira, o que levou a um aumento do número de partidas ferroviárias entre Roma e Milão. A Alitalia chegou à beira da quebra devido à falta de acordo entre os sindicatos e o CAI - consórcio de 18 empresários italianos –, interessado em adquiri-la, que por fim retirou a oferta. O governo conservador de Silvio Berlusconi tem procurado retomar as negociações com o CAI. A bancarrota da Alitalia representa um grande prejuízo de imagem para Berlusconi, sobretudo porque durante a campanha das últimas eleições legislativas, que o levaram ao poder pela terceira vez. Na ocasião, prometeu que encontraria uma solução "italiana" para o futuro da empresa, que emprega cerca de 20 mil pessoas. (France Presse, de Roma)

Dieese aponta que ocupação no comércio aumenta
Um estudo divulgado pelo Dieese - Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos - indica que a ocupação no comércio aumentou 51,7% no Distrito Federal, 42,4% na região metropolitana de Salvador/BA e 42,3% na de Belo Horizonte/MG. Em Porto Alegre/RS o crescimento foi de 21,9% e em São Paulo, 20,5%. A cidade de Recife/PE teve o resultado mais baixo entre as regiões pesquisadas, com apenas 4,5% de crescimento. Para a análise, foram utilizados dados obtidos a partir das Pesquisas de Emprego e Desemprego do Dieese, realizadas em cinco regiões metropolitanas e no Distrito Federal.

Amcham-Porto Alegre debate infra-estrutura
Com o objetivo de debater os desafios da infra-estrutura e quais as tendências mundiais do setor, a Amcham-Porto Alegre - Câmara Americana de Comércio - realiza o ‘Seminário de Infra-estrutura’, na terça-feira, dia 23/09, das 8h30min às 11h, no Amcham Business Center (ABC – rua Mostardeiro, 322, 11º andar). O presidente da construtura Toniolo Busnello, Humberto Busnello, e o Gerente Regional Sul da Aliança Navegação, Renê Wlach, abordarão as perspectivas para a infra-estrutura nacional. Já o presidente da Corsan - Companhia Riograndense de Saneamento -, Mário Freitas, falará sobre a infra-estrutura e o Rio Grande do Sul. Mais informações pelo telefone +55 51 2123.8999 e inscrições pelo site
www.amcham.com.br/eventos.

Cresce o número de brasileiros com acesso à telefonia
Dados da Pnad, divulgados pelo IBGE, mostram que o celular vem aumentando o acesso dos brasileiros à telefonia. Em 2007, o crescimento do número de domicílios que têm somente celulares foi de 17,8% em relação a 2006, para 17,6 milhões. Com isso, 31,6% das residências têm apenas celulares. O número de domicílios que possuem algum tipo de telefone (fixo ou móvel) chegou a 77,7%, o que corresponde a 43,14 milhões de casas. O barateamento dos aparelhos e planos de pagamento mais facilitados contribuíram para a forte expansão dos celulares nos últimos anos.

Caxias do Sul elege nova diretoria do CDL Jovem
O empresário Cristiano Pavinatto será o presidente da CDL Jovem - Câmara de Dirigentes Lojistas Jovem de Caxias do Sul - em 2009. A eleição foi realizada na Assembléia Extraordinária do departamento, no dia 16/9, em Caxias do Sul, na Serra Gaúcha. Pavinato, que assume a presidência no lugar de Diego Biglia, terá como vice-presidentes, Everson Minetto e Oscar Panozzo. Empresário do setor de sistemas para gestão empresarial, Cristiano Pavinatto pretende trabalhar para o desenvolvimento dos integrantes da CDL Jovem. “Iremos dar continuidade aos projetos do departamento e buscar desenvolver o perfil de liderança dos nossos integrantes”. A posse da nova diretoria deve acontecer em dezembro.

Inadimplência com cheques recua 2% no ano
A inadimplência com cheques registrou queda no acumulado dos primeiros oito meses do ano em todo o país, de acordo com a Serasa. De janeiro a agosto, houve um recuo de 2% no volume de cheques devolvidos a cada mil compensados, na comparação anual. No acumulado de 2008, foram devolvidos 19,7 cheques a cada mil compensados, enquanto nos primeiros oito meses de 2007 foram 20,1 cheques devolvidos a cada mil compensados. Para a Serasa, a queda da inadimplência deu-se pela migração da dificuldade dos consumidores em honrar suas dívidas do cheque pré-datado para outras formas de financiamento, como os cartões de crédito.

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BASTIDOR

- Crise das bolsas preocupa setor imobiliário brasileiro, pois ações da Tenda caíram. Além de cair 24% no acumulado, a Bovespa provocou pânico no setor da construção, como também nos segmentos de eletroeletrônicos (poderá cair até 66%) e máquinas industriais. Penalizadas pelo aumento dos preços na construção civil, as empresas sofreram, principalmente a Tenda, que, com problemas de gestão desde o início do ano, experimentou uma desvalorização acima de 50% na cotação de suas ações. Outras empresas de construção foram contaminadas e o cenário atual é de risco para o setor de construção civil, inclusive com a alta da taxa de juros que já pesa sobre o setor.

- Citigroup estuda a compra do Washington Mutual nos EUA. A informação foi divulgada no final da tarde de sexta-feira, dia 19/9, no The Wall Street Journal. Os executivos do grupo se recusam a falar sobre a transação. Outro banco interessado na compra da instituição financeira é o JP Morgan Chase. A venda do Washington Mutual recebeu sinal verde após um dos investidores, a TPG, suspender a restrição ao negócio. Há cinco meses, a TPG investiu US$ 7 bilhões no Washington Mutual. Porém, o banco permanece em crise e precisa levantar mais capital para não afundar na crise.

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ÍNDICES ECONÔMICOS
(Informações da FGV e IBGE)

IPCA-15 é o destaque da agenda nacional da semana
A agenda da semana é bem mais modesta em termos de indicadores econômicos do que as das três semanas iniciais de setembro. Depois de um começo de mês que concentrou divulgações de grande impacto para o mercado financeiro, como o PIB - Produto Interno Bruto - do 2º trimestre de 2008, o IPCA - Índice de Preços ao Consumidor Amplo - de agosto, a decisão de setembro do Copom - Comitê de Política Monetária - e a própria ata do encontro da diretoria do Banco Central; o período compreendido entre os dias 22 e 26 terá poucos indicadores e contará com o IPCA-15 de setembro como maior destaque.


Com anúncio agendado para a próxima quarta-feira, 24/9, pelo IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística -, o índice, que subiu 0,35% em agosto, é uma parcial do IPCA fechado de cada mês. Os especialistas do mercado continuam bastante atentos para saber se o grupo Alimentação manterá a tendência baixista observada durante o mês passado.

Apesar de indicadores, como o IPC-S - Índice de Preços ao Consumidor Semanal -, da FGV - Fundação Getúlio Vargas -, e o IPC - Índice de Preços ao Consumidor -, da Fipe - Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas -, continuarem mostrando o grupo de alimentos em queda, há sinalizações de que a carne bovina poderá mudar do terreno negativo para o positivo e que, por conta do peso desse item, ocorram alterações para a Alimentação.


Outras expectativas importantes relacionadas ao IPCA-15 estão ligadas aos efeitos das tarifas públicas e às dúvidas sobre a composição dos núcleos de inflação. Se, por um lado, os maiores impactos vindos dos preços administrados podem ter ficado para trás, por outro, a manutenção dos núcleos em níveis anteriores, mesmo com a desaceleração do IPCA de agosto, deixou os analistas com um pé atrás, já que eles aguardavam núcleos em sintonia com o indicador cheio mais ameno do mês passado.

Ainda no campo da inflação, outras duas divulgações de indicadores são aguardadas na próxima semana. A primeira será feita na terça-feira, dia 23/9, pela FGV, que trará os números da terceira prévia do mês do IPC-S. Depois de iniciar o mês com uma elevação de 0,20%, o índice desacelerou forte para 0,04% na segunda medição de setembro, e os especialistas não descartam a possibilidade até de uma deflação para o próximo resultado, sempre tendo o comportamento da Alimentação como principal fator condutor. A segunda divulgação ficará por conta da Fipe, que trará ao público na quinta-feira, 25/9, os números também da terceira prévia de setembro do IPC paulistano. Na segunda medição do mês, o indicador subiu 0,52% ante 0,47% da primeira leitura, com efeito maior do grupo Habitação, por conta dos impactos de tarifas públicas.

Fora da inflação, a semana terá dados relacionados ao emprego e ao setor externo. Hoje, dia 22/9, o MDIC - Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior - divulgará o saldo entre as exportações e as importações brasileiras realizadas na terceira semana de setembro. Na segunda semana, o saldo da balança foi de US$ 1,257 bilhão, com US$ 5,073 bilhões em exportações e US$ 3,816 bilhões em importações.

Amanhã, dia 23/9, é a vez de o Banco Central trazer os números da Nota do Setor Externo de agosto, que engloba tanto o resultado das transações correntes como o IED - Investimento Estrangeiro Direto -, que ingressou no País no período. Em julho, foi constatado déficit de US$ 2,111 bilhões na conta de transações correntes do balanço de pagamentos. Quanto ao IED, entrou no Brasil, no mesmo período, um total de US$ 3,24 bilhões.

Na quinta-feira, dia 25/9, o IBGE anuncia a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) de agosto. Em julho, o instituto apurou que a taxa de desemprego no País atingiu 8,1% da População Economicamente Ativa (PEA). O resultado representou um aumento na taxa de desocupação ante o de 7,8% observado em junho.


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MERCADOS: Ações, Commotidies & Futuros

COTAÇÕES - HOJE / até às 02h48min - hora de Brasília (Informações da Efe)

As Bolsas da Ásia abriram em alta nesta segunda-feira, após o anúncio do plano de 700 bilhões de dólares do governo americano para salvar o mercado financeiro.

- Em Tóquio, às 09h31 (horário local), o índice Nikkei 225 ganhava 303,84 pontos ou 2,55%, a 12.224,70 unidades. O índice ampliado Topix subia 28,66 pontos (2,49%), 1.177,78.
- Em Xangai, o índice composto abriu em alta de 8,03%, a 2,241.72 pontos.
- A Bolsa de Cingapura iniciou com alta de 1,03%, com o índice Straits Times Index avançando 26,34 pontos, a 2,585.41.

Manila - O indicador composto PSEI da Bolsa de Valores de Manila, nas Filipinas, abriu em alta de 79,11 pontos (3,21%), aos 2.

Pequim - O índice Hang Seng da Bolsa de Valores de Hong Kong abriu em alta de 541,29 pontos (2,72%), aos 19.
Cingapura - O índice Straits Times da Bolsa de Valores de Cingapura abriu em alta de 6,28 pontos (0,25%), aos 2.

Jacarta - O seletivo JKSE da Bolsa de Valores de Jacarta, na Indonésia, subiu 41,66 pontos (2,2%) na abertura, para 1.

Bangcoc - O índice SET da Bolsa de Valores de Bangcoc, na Tailândia, abriu em alta de 1,66 ponto (0,26%), aos 626,49.


Banco do Japão injeta mais US$ 14,086 bilhões no sistema financeiro

O Banco do Japão (BOJ, banco central japonês) injetou hoje 1,5 trilhão de ienes (US$ 14,086 bilhões) adicionais no sistema financeiro, após fornecer na semana passada um total de US$ 103 bilhões para aliviar os problemas. Trata-se do quinto dia de trabalho consecutivo na qual o banco central japonês fornece liquidez ao sistema.No total, o BOJ injetou desde terça-feira, 16/9, mais de US$ 117 bilhões como parte de uma operação junto ao Federal Reserve dos EUA e o Banco Central Europeu (BCE) para tentar estabilizar o mercado perante as turbulências suscitadas pela quebra do Lehman Brothers.


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MERCADO FINANCEIRO

Bancos avisam que financiamento imobiliário deve encarecer juros
Os juros do crédito imobiliário no Brasil devem subir por influência da crise global, admitem representantes do setor. Mas a turbulência não deve comprometer as operações, já que as principais fontes do recurso são internas: o FGTS - Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - e a poupança.
Os bancos confirmam. "O aumento dos juros é algo que pode ocorrer com a crise", diz Luís Antonio França, presidente da Abecip - Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança. Além disso, a fonte pode secar rápido. Segundo previsões da entidade, os recursos da poupança devem se esgotar em dois anos. "Temos uma fonte finita, mas ela vai suprir as necessidades do mercado por enquanto", afirma França. O assunto já foi motivo de discussão do setor com o governo federal. Para João Crestana, presidente do Secovi - Sindicato das Empresas de Compra e Venda de Imóveis -, o aumento dos juros é esperado, mas deve ser evitado. "Temos argumentado frente aos bancos que o aumento é descabido, dado o fato que o custo da captação da poupança continua de 6% e, do FGTS, de 3% mais TR."

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LOGÍSTICA & Infraestrutura

Lula afirma que setor privado vai construir aeroportos
O governo vai autorizar a iniciativa privada a construir e a operar aeroportos, segundo informou quinta-feira, dia 18/9, em conversa com o Valor, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "O governo não tem que cuidar mais de aeroporto. Isso as empresas podem fazer. O governo tem que cuidar é do ar, do tráfego aéreo, isso, sim, é tarefa exclusiva do Estado", disse o presidente, em tom de desabafo. Lula se queixou das dificuldades que o governo vem enfrentando para tocar as obras de expansão dos aeroportos, como o de Cumbica, em Guarulhos/SP, onde a construção do terceiro terminal, incluída como obra prioritária no PAC - Programa de Aceleração de Crescimento -, em janeiro de 2007, ainda não saiu do papel. O presidente reclamou também do "gigantismo" do Estado em algumas áreas.

São Sebastião aumenta capacidade de operação com conteiners
O porto de São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, prepara-se para atrair uma escala semanal de navios de contêineres, na linha de cabotagem. O porto planeja aproveitar o potencial da indústria do Vale do Paraíba e da região de Campinas. Um inventário de cargas, de alto valor agregado dessas regiões, está em curso pela direção da Companhia Docas de São Sebastião, estatal administradora do porto. A meta da companhia é embarcar cerca de 500 contêineres por semana. No período de doze meses encerrado em agosto, São Sebastião cresceu 28% em volume de carga, somando 620,2 mil toneladas. Para atender aos navios de contêineres, o porto paulista preparou um berço com 8,20 metros de profundidade. Para os outros tipos de serviços, a direção recuperou o seu cais interno, que de dois metros de calado passou para sete metros. O porto passou por uma reformulação institucional, saiu do domínio da Dersa para se transformar em empresa estadual e realizou várias obras de infra-estrutura. Isso permitiu atrair novas cargas. Nas mais de 620 mil toneladas, dos últimos doze meses, estão incluídas 246 mil toneladas de barrilha, um produto tradicional no porto. Mas São Sebastião cresceu com a movimentação de enxofre a granel, animais vivos, mudas de plantas e tubos destinados ao projeto Mexilhão, da Petrobras, no equivalente a 91 mil toneladas. Os animais vivos e as mudas de plantas-frutíferas destinam-se a países africanos, especialmente Angola, cujas espécies locais foram dizimadas por guerras civis. Entre os animais embarcados aparecem bois, cavalos, cabritos e porcos. "O navio parece uma Arca de Noé", afirma Frederico Bussinger, presidente da Docas de São Sebastião. A partir de novembro, segundo o executivo, o porto embarcará nova carga especial - tanques para sucos cítricos - encomendados à Dedini, de Piracicaba/SP. São peças metálicas e auto-refrigeradas de 12 metros de diâmetro e 17 metros de altura, com capacidade superior a mil metros cúbicos, que serão utilizadas por exportadores do suco. Esse equipamento abre uma nova opção às vendas, feitas normalmente em tambores ou diretamente a porões-tanques das embarcações. O porto reservou uma área de 10 mil metros quadrados para a indústria de Piracicaba concluir as montagens dos tanques. "Essa e outras operações serão possíveis porque os operadores do porto, também estão investindo em equipamentos de maior capacidade", frisa Bussinger, que acaba de realizar um levantamento do potencial econômico e social do porto. Além dos 50 funcionários fixos da Docas e os 150 trabalhadores avulsos, foram acrescidos mais 386 postos de trabalho, em 28 empresas que operam em diferentes setores no terminal de São Sebastião. Com as obras recentes, contando com quatro berços de atracação, o porto estima poder atingir movimentação de até dois milhões de toneladas/ano. Com as futuras ampliações há a perspectiva de operar 1,5 milhão de contêineres por ano.

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COMÉRCIO EXTERIOR

Presidente do Peru classifica Brasil como parceiro ideal
O presidente peruano Alan García defendeu na semana passada, dia 18/9, a elaboração de um acordo comercial bilateral entre Peru e Brasil, para acelerar o crescimento das duas nações e protegê-las da crise econômica dos EUA. A proposta foi apresentada em São Paulo, na abertura da ExpoPeru 2008, feira empresarial de investimentos realizada na Fiesp - Federação das Indústrias de São Paulo.
Demonstrando bom humor nas suas declarações, Alan García discursou por pouco mais de uma hora para cerca de 400 empresários e, nesse intervalo de tempo, elencou os motivos que o fazem acreditar na viabilidade de uma aproximação comercial entre os governos peruano e brasileiro. “Se eu fosse presidente do Brasil, escolheria o Peru para ser o meu parceiro comercial número 1”, brincou García, que também falou sério sobre suas pretensões nessa visita oficial ao Brasil. “Enxergo o Brasil como parceiro ideal para qualquer país que queira se desenvolver na América do Sul. E é isso que o Peru está disposto a fazer e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já sabe de tudo. Temos grandes empresas brasileiras no Peru, mas isso precisa aumentar. Não temos lá, por exemplo, nenhum banco do Brasil. Somos vizinhos, mas temos uma relação apenas mediana. Somos a rota mais próxima para o Brasil alcançar o Oceano Pacífico e exportar seus produtos”.
O chefe do Executivo peruano frisou mais de uma vez em seu discurso, que as empresas brasileiras estão convidadas a discutir, planejar e ampliar - em parceria com o Poder Público local – o complexo portuário de San Juan, no litoral sul do Peru. Para Alan García, essa e outras discussões não podem mais esperar por 10 ou 15 anos: o mercado mundial exige agilidade nas respostas. “Hoje, organizações como o Mercosul e a Comunidade Andina não suprem mais as necessidades do Peru e de outros tantos países desse continente. Isso é coisa do século 20, funcionou lá atrás, mas não podem continuar a segregar as nações em pleno século 21. O Brasil teve 5% de crescimento econômico em 2008, enquanto nós, uma nação com apenas 28 milhões de pessoas, vamos fechar esse ano, com um crescimento de 9%. Portanto, temos potencial, mas precisamos que o Brasil acredite na gente”, reiterou o presidente do Peru.
O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, concordou com o tom adotado por Alan García. Para o brasileiro, as autoridades econômicas não podem ficar somente lamentando o fracasso da Rodada Doha, onde os principais países do mundo fracassaram na tentativa de assinar acordos comerciais, costurados há mais de dez anos. É preciso olhar para frente, pensar no que ele mesmo definiu de “Momento Pós-Doha”. “Só nessa ExpoPeru, por exemplo, teremos em dois dias 900 rodadas de negócios entre empresários dos dois países. É possível procurar novos caminhos, firmarmos novos acordos, sem nos preocuparmos com a crise que está assolando o mundo nesse momento. Não é porque Doha fracassou que deixaremos de fazer o que é preciso para desenvolver o Brasil. Estamos dispostos a ajudar, a fomentar negócios entre nações”.

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MATÉRIA ESPECIAL

OCDE afirma que mundo crescerá menos em 2008 e 2009
Qualquer ilusão de que os países emergentes, entre eles o Brasil, seriam poupados de uma crise internacional, deve agora ser abandonada. A conclusão é da OCDE - Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico.
A entidade está revendo para baixo a projeção de crescimento mundial para 2008 e 2009, e acredita que o real deve ser uma das moedas mais pressionadas nos próximos meses. "O contágio da crise sobre os emergentes já está ocorrendo. Não há mais dúvida", disse Luis de Mello, economista da OCDE. Há três meses, a entidade com sede em Paris, estimou que o crescimento da economia brasileira para 2008 ficaria em 4,8%, bem acima do 1,8% de crescimento da média mundial. Para 2009, a taxa seria reduzida para 4,5%, mas bem acima do 1,7% de crescimento no mundo.
Para a revisão dos dados de crescimento, dificilmente os países emergentes vão manter as mesmas taxas de alta de seus PIBs. A OCDE estima que a queda da demanda global, afetará as exportações dos países emergentes, entre eles as do Brasil. Além disso, o valor das commodities exportadas pelo País, como minérios e produtos agrícolas, também deve cair diante da redução do consumo.

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MERCADO ONLINE

Google cresce e aglutina 63% das buscas nos EUA
O Google aumentou em agosto sua liderança no mercado de buscas de internet nos EUA, para 63%. Como, em julho, o índice era de 61,9%, a variação representa o maior crescimento da empresa em cinco meses, afirma a consultoria comScore. Enquanto isso, seus dois maiores concorrentes diretos, viram sua fatia cair. O Yahoo! ficou com 19,6%, índice 0,9 ponto percentual menor que no mês passado. Já a Microsoft, a terceira colocada, ficou com 8,3%, uma queda de 0,6 ponto percentual. A Ask.com, da IAC InterActiveCorp, ficou em quarto lugar, com 4,8%, seguido pela AOL (4,3%).
No Brasil, a dominação do Google é bastante maior, com participação que beira os 90%. A Microsoft e o Yahoo! ficam praticamente empatados em segundo. Essa posição de mercado da gigante das buscas, fez com que sua parceria com o Yahoo! fosse questionada por anunciantes e órgãos regulatórios de comércio. A União Européia está investigando o acordo para verificar se o negócio prejudica a concorrência no setor.
Na semana passada, o jornal "The Wall Street Journal" informou que o Departamento de Justiça dos EUA, contratou um advogado para analisar o acordo, no prenúncio de uma batalha judicial em torno do assunto. Em junho desse ano, em meio à luta do Yahoo! contra a proposta da Microsoft, as empresas fecharam um acordo para a área de publicidade on-line, nos Estados Unidos e no Canadá.
Pelo acordo, o Yahoo! vai exibir anúncios comercializados pelo Google em seu sistema de buscas e outros sites, como a aliança não prevê exclusividade, o Yahoo! poderá escolher entre exibir seus próprios anúncios, os do Google ou de outros parceiros. A Associação Nacional dos Anunciantes dos Estados Unidos já havia protestado contra o negócio, em comunicado. O Yahoo! espera que a aliança seja responsável por um faturamento de US$ 800 milhões por ano, o valor estimado para os primeiros 12 meses é de US$ 250 milhões a US$ 450 milhões.


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ANÁLISE SETORIAL

Renda dos mais pobres cresceu 49% em seis anos
A desigualdade na renda dos brasileiros apresentou uma grande redução de ritmo de 2001 a 2007. A renda acumulada dos 10% mais pobres da população brasileira cresceu 49,25% no País no período, patamar mais de sete vezes superior ao aumento da renda acumulada no período entre os 10% mais ricos da população (6,70%). A análise é do pesquisador Marcelo Neri, do CPS/FGV - Centro de Pesquisas Sociais da Fundação Getúlio Vargas -, que divulgou, sexta-feira, o levantamento "Miséria e a Nova Classe Média na Década da Igualdade".
A pesquisa foi feita com base nos dados da PNAD - Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios - anunciada, quinta-feira, 18/9, pelo IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. "Esse período trouxe muitas notícias boas no campo da renda, como aumento do emprego com carteira assinada, por exemplo", comentou o pesquisador. Entretanto, ele observou que, especificamente no ano de 2007, os 10% mais pobres da população sentiram um recuo de 5,22% em sua renda média, em comparação com os ganhos de 2006. A ausência de expansão em programas assistenciais no ano passado, como o Bolsa Família, pode ter contribuído para isso.
O pesquisador comentou que a desigualdade de renda, que ficou estagnada entre 1970 e 2000, sofreu sucessivas quedas anuais de 2001 a 2007. "Não há, na história documentada brasileira, que vem desde 1960, nada similar à redução de desigualdade observada desde 2001", afirmou. "Somente de 2006 para 2007, 1,5 milhão de pessoas cruzaram a linha da miséria, abaixo dos R$ 135 mensais por pessoa", afirmou.
Ele lembrou que, de acordo com o levantamento, em 2007 a classe dos miseráveis abrange 18,11% do total da população brasileira, sendo que em 2006 essa fatia era maior, de 19,18%. "No ano de 2007, quem mais ganhou foi a camada 'do meio' da população, a chamada classe média", assinalou Neri, explicando que isso é mais um sinal do recuo da desigualdade do País. De 2006 para 2007, a classe média saltou de 45,08% para 47,06% do total da população brasileira. "De 2001 até 2007, muitos miseráveis saíram da classe E, e nem passaram pela classe D: foram direto para a classe C, que nós consideramos classe média", afirmou.
O CPS/FGV considera como classe E famílias com renda mensal entre zero até R$ 768. Por sua vez, as famílias de classe D, seriam com rendimento entre R$ 768 até R$ 1.064. Já a classe média abarcaria renda mensal entre R$ 1.064 até R$ 4.591.
Para Neri, o ano de 2007 se apresenta como uma síntese do que ocorreu entre os principais indicadores sociais ao longo da década. Ele explicou que a renda per capita no ano passado, cresceu 2,26%, percentual próximo ao registrado na média dos últimos sete anos até 2007 (2,5% ao ano). "Além disso, o ritmo de redução da miséria em 2007 está duas vezes mais rápido do que o requerido para atender às metas de redução de extrema pobreza das metas do milênio da ONU (que é de queda de 2,73% ao ano)", disse. "Se tivermos os próximos 10 anos iguais aos de 2007, o Brasil mudará bastante e para melhor", disse.

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MERCADO DE LUXO

Tela gigante no boat show
A Panasonic vai inovar e lançar sua mais nova menina dos olhos... um modelo de TV de Plasma com 103 polegadas. O produto estará disponível para ser conhecido no setor do mercado de luxo do São Paulo Boat Show (maior salão náutico do País), que vai se realizar de 26/9 a 1/10. Preço do cinema: R$ 199,9 mil. A feira promete apresentar outras novidades e lançamentos na área náutica. Os aficionados não irão se arrepender de dar uma conferidinha. Para os interessados em saber mais da programação a das empresas confirmadas podem acessar www.boatshow.com.br.

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