Edição 954 | Ano V

São Paulo / SP

Bovespa continua a dar prejuízo mesmo com saida de Eike

O declínio do império de Eike Batista é frequentemente apontado como o motivo das perdas da Bolsa brasileira, mas, mesmo sem as empresas X, o ano não tem sido fácil para o mercado de ações. O Ibovespa (principal índice da Bolsa) se desvalorizou neste ano em 12,8%, o pior resultado entre os grandes mercados globais. Porém, a ausência das empresas do ex-bilionário Eike, que recuaram de 31,5% a 95,2% em 2013 (veja quadro), não torna o índice lucrativo. Segundo levantamento da consultoria Empiricus Research, o Ibovespa acumula queda de 7,1% sem os papéis das empresas X que estão no índice (LLX, MMX, OGX) e permanece distante de seus pares no exterior. Vale lembrar que, a partir de hoje, o controle da LLX deixará de ser de Eike e passará ao grupo americano EIG. No mês passado, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que a crise das empresas de Eike arranhou a "reputação" brasileira. "A situação da OGX já causou um problema para a imagem do país e para a Bolsa", disse.

As bolsas globais - Mesmo no cálculo em dólar (ideal para comparação com outras Bolsas globais), o Ibovespa (contando as empresas X) amarga baixa de 17,8%, enquanto nos EUA há índice com alta de 26% e na Europa, em crise, há Bolsas com valorização de 15%. A perda da Bolsa brasileira também é maior que a de outros mercados emergentes, como China (-0,04%), Rússia (-
2,8%) e África do Sul (-5%). "O que influencia esse descolamento da Bolsa brasileira em relação aos demais mercados são os nossos problemas internos", diz Rodolfo Amstalden, analista da Empiricus Research. Para ele, a inflação ganhou o jogo neste ano e deve terminar 2013 em um patamar "agressivo", mesmo com as elevações recentes do juro básico, a Selic, que passou de 7,25% para 9,5% de janeiro a outubro. Além disso, afirma, a relação entre o setor privado e o governo não está boa.

A perda de credibilidade do governo brasileiro deve-se, principalmente, aos elevados gastos públicos, na visão de Roberto Indech, estrategista da Rico Corretora. "O governo abriu os cofres para tentar preservar ou cumprir suas promessas de manter um crescimento econômico robusto. Isso custou caro." As intervenções do governo em diversos setores da economia, evitando o reajuste no preço dos combustíveis e forçando um corte nas tarifas do setor elétrico, por exemplo, também desagradam os estrangeiros. 

O cenário é agravado pelo risco de o Brasil ter sua nota de crédito rebaixada por agências internacionais de classificação de risco. No início do mês, a agência Moody's reduziu de positiva para estável a perspectiva da nota da dívida do país. Algumas referências externas seguem pressionando as Bolsas de todo o mundo. É o caso da dúvida sobre quando os EUA começarão a retirar os estímulos econômicos. A desaceleração chinesa também é pressão adicional, principalmente para o Brasil.  (Agência Folha)



São Paulo / SP

Prestes a chegar ao Brasil, Napster e Spotify aquecem mercado local de música on-line

Prestes a estrear no Brasil, o Napster e o Spotify devem agitar mais o já efervescente mercado local de serviços para ouvir música na internet. Os dois nomes célebres enfrentarão empresas que já estão bem estabelecidas por aqui, principalmente o Deezer e o Rdio. Alternativas à pirataria e às lojas virtuais que vendem faixas e álbuns separadamente, como a iTunes Store, da Apple, os chamados serviços de streaming permitem ouvir música sem esperar pelo download: basta apertar play. Para ter acesso aos acervos, de até 25 milhões de faixas, paga-se um valor mensal ou, nos planos gratuitos, convive-se com anúncios publicitários ou limites de tempo.

As mensalidades vão de R$ 7 a R$ 15. Os planos mais caros permitem usar o serviço em celulares e tablets e selecionar músicas e discos para ouvir mesmo sem conexão. Nesta quarta-feira, o Napster, que foi o maior inimigo da indústria fonográfica no início dos anos 2000 e opera legalmente desde 2003, vai anunciar uma parceria com o Sonora, do Terra. Já o Spotify ainda guarda 
segredo sobre seus planos no Brasil, mas está registrado na Junta Comercial de São Paulo desde fevereiro e contratou profissionais por aqui nos últimos meses. Dá para encontrar nos serviços de streaming quase tudo dos Rolling Stones, de Caetano Veloso e do Nirvana, mas quase nada dos Beatles, de Roberto Carlos e do Led Zeppelin, que, pelo menos por enquanto, preferem 
vender música digital à moda antiga - álbum por álbum, faixa por faixa. Abastecido principalmente pelas grandes gravadoras, além de selos e artistas independentes, o acervo desses serviços é bastante parecido. Por isso, para conquistar os usuários, os serviços apostam em alguns diferenciais: podem ser artistas exclusivos, preços promocionais ou uma experiência mais social.

O Deezer reduziu à metade (para R$ 7,49) a mensalidade do plano mais caro nos primeiros seis meses, em uma promoção limitada, e costuma trazer lançamentos com alguns dias de antecedência. Já quem optar pelo Rdio provavelmente encontrará lá amigos do Facebook e aplicativos com uma interface mais refinada, que foi uma das inspirações da Apple para o desenho do iOS 7. A chegada de novos serviços vai dificultar um pouco a escolha, mas dá para experimentar todos de graça antes de começar a pagar.  (Agência Folha)


_______________________INDICADORES ECONÔMICOS

Da redação - São Paulo / SP

IPC-3i recua no terceiro trimestre do ano

O Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i), que mede a variação da cesta de consumo de famílias majoritariamente compostas por indivíduos com mais de 60 anos de idade, registrou no terceiro trimestre de 2013, variação de 0,19%. Em 12 meses, o IPC-3i acumula alta de 4,96%. Com este resultado, a variação do indicador ficou abaixo da taxa acumulada pelo IPC-BR, que foi de 5,29%, no mesmo período.

Na passagem do segundo para o terceiro trimestre de 2013, a taxa do IPC-3i registrou decréscimo de 1,07 ponto percentual, recuando de 1,26% para 0,19%. Entre as oito classes de despesa componentes do índice, a principal contribuição para este movimento partiu do grupo Alimentação, cuja taxa passou de 0,55% para -1,79%. O item que mais influenciou o comportamento desta classe de despesa foi hortaliças e legumes, que variou -33,25%, no terceiro trimestre, ante -4,04%, no anterior.

Contribuíram também para o decréscimo da taxa do IPC-3i os grupos: 

- Saúde e Cuidados Pessoais (2,66% para 1,19%); 
- Habitação (1,70% para 1,04%);
- Transportes (0,09% para -0,51%); e 
- Vestuário (2,78% para 0,40%). 

Para cada uma destas classes de despesa, vale citar o comportamento dos itens: medicamentos em geral (4,40% para 0,02%), condomínio residencial (2,11% para 0,15%), automóvel novo (0,83% para -0,48%) e roupas (3,54% para 0,02%), respectivamente.

Em contrapartida, registraram acréscimo em suas taxas de variação os grupos: 

- Comunicação (-0,55% para 0,17%);
- Educação, Leitura e Recreação (0,73% para 0,89%); e 
- Despesas Diversas (0,40% para 0,53%). 

Nestas classes de despesa contribuíram para estes movimentos os itens: tarifa de telefone residencial (-1,96% para 0,20%), hotel (-1,12% para 3,94%) e clínica veterinária (1,42% para 1,96%), nesta ordem. A próxima divulgação do IPC-3i, referente ao 4º trimestre de 2013 acontecerá hoje, dia 14/01.  (Fonte: Assessoria de Imprensa da FGV) 

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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)

HOJE na Ásia:

Bolsas asiáticas caem, mas China contraria e sobe

As bolsas asiáticas fecharam hoje, dia 14/10, em queda, pressionadas pela falta de resolução no impasse fiscal dos EUA. No entanto, em um dia em que as bolsas de Hong Kong e de Tóquio estiveram fechadas para negociações, o mercado chinês destoou do mercado e encerrou o pregão em alta, apoiada em uma sinalização positiva da inflação de setembro.
Sem um acordo entre democratas e republicanos, o governo norte-americano já se prepara para entrar na terceira semana de paralisação. Durante o fim de semana, as negociações entre o presidente dos EUA, Barack Obama, e os republicanos da Câmara dos Representantes não surtiram efeito, frustrando as expectativas do mercado, que no fim da última semana se animou com o anúncio do encontro. Com isso, o foco se volta para as conversas entre líderes do Senado.
O Tesouro norte-americano já alertou que em 17 de outubro as medidas extraordinárias utilizadas para que os EUA continuem pagando suas dívidas chegarão ao fim. Dessa forma, a maioria dos mercados asiáticos reagiu com uma postura cautelosa. "Acredito que a maioria das pessoas está esperando para comprar", disse o analista da CMC Markets, Desmond Chuá.
O índice S&P/ASX 200, da Bolsa da Austrália, encerrou o dia com perdas de 0,4%, para 5.207,9 pontos. Da mesma forma, o Taiwan Weighted recuou 0,9% e caiu para 8.273,96 pontos. O índice PSEi, das Filipinas, fechou em baixa de 0,7%, aos 6.442,70 pontos, e na Coreia do Sul o índice Kospi recuou 0,2%, para 2.020,27 pontos.
Além do impasse nos EUA, as negociações na Austrália foram pressionada por dados fracos de exportação da China, seu principal parceiro comercial, e pelos feriados em mercados vizinhos, levando a um volume negociado no dia bem abaixo da média diária. Os investidores também aguardaram pelas minutas da última reunião do Banco da Reserva da Austrália (RBA, na sigla em inglês), que serão publicadas amanhã.
Em Taiwan, as preocupações com os EUA aumentam os temores com as exportações do país, assim como a valorização da moeda local pode prejudicar as vendas para o exterior. O mercado também está cauteloso com a votação de uma moção de confiança contra o governo, que será votada amanhã.
O mercado chinês foi na contramão das bolsas asiáticas, influenciado por uma série de indicadores publicados desde o fim de semana. O índice Xangai Composto subiu 0,4%, para 2.237,77 pontos, e atingiu o nível mais alto desde 12 de setembro. O índice Shenzhen Composto avançou 0,9%, para 1.097,06 pontos.
O destaque ficou por conta da alta de 3,1% na inflação de setembro, na comparação anualizada. A taxa foi maior que os 2,6% de agosto e que os 2,9% projetados pelo mercado e foi vista como um bom sinal da economia. "Enquanto a inflação ao consumidor está acelerando, o número não é forte o suficiente para levar o governo a lançar um imediato aperto monetário. Para os investidores, o relatório de inflação é mais um catalisador positivo, já que o número maior que o esperado indica que a economia chinesa continua a se recuperar", disse Zhang Gang, analista da Central China Securities.
Ações de empresas relacionadas ao consumo saltaram nas negociações. Os papéis da Shandong Denghai avançaram no limite diário de 10%, assim como os da Xinjiang Talimu Agriculture, enquanto os da Heilongjiang Agriculture fecharam com ganhos de 4,6%.
No sábado, o governo também reportou uma queda de 0,3% nas exportações de setembro e uma alta de 7,4% nas importações, enquanto economistas esperavam alta de 5,5% nas exportações e elevação de 6,75% nas importações.

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AGROBUSINESS


Da redação - Porto Alegre / RS

Agricultores do Rio Grande do Sul e Mato Grosso receberão treinamento gratuito do Programa Aplique Bem

O Programa Aplique Bem, desenvolvido há mais de seis anos por meio da parceria entre a Arysta LifeScience e o Instituto Agronômico (IAC), oferece treinamentos gratuitos sobre o correto uso de defensivos agrícolas e equipamentos de proteção individual (EPI’s) aos agricultores de todo o Brasil. Na próxima semana, o laboratório itinerante do Programa Aplique Bem estará nos municípios gaúchos de 15 a 19 de outubro: Passo-Fundo-RS (15), Lagoa Vermelha-RS (16), Esmeralda-RS (17), Vacaria-RS (18) e São José do Ouro (19). Nos municípios do Mato Grosso, os técnicos estarão de 14 a 17 de outubro, nos municípios de Sorriso-MT (14), Lucas do Rio Verde-MT (15), Nova Mutum-MT (16) e São José do Rio Claro-MT (17). “O Programa representa uma prestação de serviços sem custo para o agricultor. Levamos conhecimento ao campo, melhor uso da tecnologia, uso racional dos defensivos, contribuindo para a produção do alimento seguro, otimizando a produção e diminuindo gastos, além de aumentar a produtividade, proporcionar maior segurança para quem aplica e reduzir impactos ao meio ambiente”, explica a Gerente de Registro e Stewardship da Arysta LifeScience, Líria Hosoe. “Percebemos que o objetivo do Programa vem sendo alcançado. Hoje, os produtores estão mais conscientes das falhas que podem ocorrer durante a aplicação. Nas revendas também já podemos constatar o aumento na procura por equipamentos de proteção, pontas de pulverização, manômetros e outros materiais utilizados para manutenção das máquinas”, comemora.

Sobre o Programa Aplique Bem - O Programa Aplique Bem consiste em treinamentos gratuitos para produtores de todas as regiões do Brasil a respeito da  utilização adequada dos defensivos agrícolas. O objetivo do programa, segundo destaca a Gerente de Registro da Arysta LifeScience, Líria Hosoe, é proporcionar, por meio da disseminação do conhecimento, maior proteção ambiental e humana. Além de também contribuir para a redução de custos de produção. Durante o treinamento, os agricultores têm acesso a informações sobre o uso adequado e seguro de defensivos agrícolas; a utilização correta de equipamentos de proteção individual (EPI) e a regulagem dos pulverizadores, reduzindo os riscos de impacto ambiental e à saúde humana. 

A iniciativa teve início com um projeto do pesquisador do IAC, Hamilton Humberto Ramos, que se tornou realidade por meio da parceria com a Arysta. “Foi um investimento de uma empresa que acreditou naquilo que era, até então, apenas uma ideia, e tem como diferencial ser uma ligação direta entre o produtor e a pesquisa. Por meio dos instrutores, os resultados mais recentes da pesquisa chegam ao produtor e suas necessidades, levantadas durante os treinamentos, são trazidas aos pesquisadores e viram objeto de pesquisa, ou seja, benefício para os dois lados. Desde sua criação o Programa Aplique Bem já passou por 21 Estados diferentes e DF, totalizando mais de 550 mil km percorridos pelo Brasil. Ao todo, são mais de 33 mil produtores orientados gratuitamente.  (Fonte: Texto Assessoria de Comunicação)


Da redação - São Paulo / SP

Menor oferta eleva preços das carnes bovina, suína e de frango

Os preços das carnes bovina, suína e de frango comercializadas no atacado da Grande São Paulo acumulam fortes altas neste segundo semestre, de acordo com levantamento diário do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. O aumento mais expressivo na cotação, de 33%, foi para a carcaça comum suína, com o quilo do produto passando de R$ 
4,15 no dia 28 de junho para R$ 5,96 nessa quarta-feira, 9 de outubro. Na sequência, ficou o frango resfriado, com valorização de 23% no período, saindo de R$ 2,95/kg para R$ 3,85/kg. Quanto à carcaça casada de boi, o aumento no preço foi de 11,5% na mesma comparação, com cotação média de R$ 7,19/kg nessa quarta, ante os R$ 6,35/kg do encerramento de junho.

Segundo pesquisadores do Cepea, para as três carnes, o impulso vem principalmente da oferta restrita de animais para abate. Do lado da demanda, o consumo doméstico tem se mantido relativamente firme também ao longo dos últimos meses, conforme apurou o Cepea. Quanto às exportações, seguem firmes para a carne bovina, mas abaixo das expectativas para as carnes de frango e suína. A média da carcaça comum suína na quarta-feira passada, dia 9/10 , inclusive, bateu recorde nominal, considerando-se toda a série histórica do Cepea para este produto, iniciada em 2004. O frango resfriado atingiu o maior patamar nominal, de R$ 4,17/kg, em 25 de setembro deste ano. Já em relação à carcaça casada bovina, a média do dia 2 de outubro encostou no preço máximo, em termos nominais, da série Cepea, que começou em 2001 para este produto – no dia 10 de novembro de 2010, o valor foi de R$ 7,36/kg.

Pesquisadores do Cepea relatam que, para o mercado de boi, a entrada menos expressiva de lotes de confinamento em um período em que praticamente não se observa a engorda do animal em pastagens, por conta do clima, vem reforçando o menor volume ofertado por pecuaristas neste segundo semestre e, consequentemente, a retração da disponibilidade de carne no atacado. Estimativas da Assocon (Associação Nacional dos Confinadores) mostram que a quantidade de boi confinado este ano no Brasil deve ser de 3,3 milhões de cabeças, abaixo das 3,7 milhões projetadas em abril. Esse novo número indica redução de 14,5% sobre o volume confinado em 2012, de 3,86 milhões de cabeças. A queda é justificada pelos altos custos de aquisição do boi magro e dos demais insumos utilizados na atividade.

No mercado de suínos, a oferta de animais prontos para abate também é enxuta. Segundo pesquisadores do Cepea, no início deste ano, os baixos valores pagos pelo suíno vivo fizeram com que produtores ofertassem volume maior de cabeças para manutenção da atividade. Como resposta, a oferta diminuiu e, neste segundo semestre, grande parte dos animais ainda tem peso abaixo do ideal. Além disso, alguns produtores consultados pelo Cepea relataram que houve redução no plantel de matrizes no ano passado, devido aos altos custos, e os efeitos estariam sendo sentidos neste semestre. Quanto ao frango, dados da Apinco (Associação Brasileira de Produtores de Pinto de Corte) apontam que o volume da carne produzido vem diminuindo desde junho. Em agosto, somou 1,06 milhão de toneladas, 1,6% a menos que em julho e 2,7% abaixo do total observado em junho (números mais recentes).

De acordo com pesquisadores do Cepea, os preços elevados de insumos para alimentação animal, como milho e farelo de soja, no ano passado e início deste, resultaram em baixa rentabilidade para os produtores. Assim, para minimizar perdas, muitos diminuíram o volume produzido e, em alguns casos, até deixaram a atividade. Do lado do produtor, as cotações atuais das carnes são positivas e devem estimular a retomada de investimentos, mas também podem influenciar no aumento da inflação, visto que o peso desse grupo na alimentação do brasileiro é significativo. Pesquisadores do Cepea relatam que, no médio prazo, porém, a retomada dos investimentos no setor deve ocasionar uma volta dos preços a patamares considerados normais.

Os preços deflacionados - Considerando-se os preços das séries do Cepea em termos reais (valores deflacionados pelo IPCA de set/13), a cotação média da carcaça casada bovina negociada no atacado paulista em setembro, de R$ 6,88/kg, foi a maior em um ano – em set/12, foi de R$ 7,08/kg – e superou em 9,4% a de agosto/13. A carcaça comum suína teve média de R$ 5,26/kg em setembro, 8% maior que a de agosto e 17,1% superior à de set/12, sendo, ainda, a maior, em termos reais, desde fevereiro deste ano (R$ 5,41/kg). Quanto ao frango resfriado, também negociado no atacado de SP, o preço médio do mês passado foi de R$ 3,93/kg, o maior patamar real desde jan/13 (R$ 4,05/kg) – alta de 24,4% sobre a média de agosto e de 11% frente a setembro de 2012.

A exportação - Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), os embarques de carne bovina in natura totalizaram 112,1 mil toneladas em setembro/13, superando em 2,6% o volume exportado em agosto e em 23,3% as de setembro/12. Já quanto aos setores avícola e suinícola, a expectativa de maior exportação para o segundo semestre não tem se confirmado. Para a carne de frango in natura, os embarques caíram pelo segundo mês consecutivo. Em setembro, foram enviadas ao exterior 277,5 mil toneladas do produto, volume 8,7% inferior ao de agosto (de 304 mil toneladas) e 1,4% abaixo do registrado em setembro do ano passado (281,4 mil toneladas) – dados da Secex. No caso da carne suína, depois de subir por dois meses seguidos, as exportações diminuíram em setembro. Foram embarcadas 39,9 mil toneladas do produto in natura, volume 12,7% menor que o de agosto e 26,8% inferior ao registrado em set/12, também conforme dados da Secex. (Fonte: Assessoria da Cepea)

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MERCADO AUTOMOTIVO


São Paulo / SP

Com vendas fracas, montadoras apelam para promoções

Com dois meses seguidos de queda e os primeiros dez dias do mês com vendas estagnadas, a indústria automobilística volta a apelar para ofertas de juro zero, financiamento em cinco anos e planos para desovar estoques de carros novos. As empresas do setor vinham restringindo esse tipo de oferta desde o ano passado, por causa do aumento da inadimplência. Neste fim de semana, apesar do feriado de sábado, dia 12/10, todas as concessionárias estão de portas abertas e há feirão no estacionamento do Shopping Center Norte, em São Paulo, organizado pela Renault. Quase todas as marcas têm no mínimo dois modelos com oferta de juro zero. Nos primeiros dez dias do mês, foram licenciados 114,6 mil veículos, quase o mesmo volume verificado em igual período de setembro (114,3 mil) e em outubro de 2012 (114,6 mil). Do total deste mês, 108 mil são automóveis e comerciais leves, ante 108,4 mil no mês passado e 109,9 mil um ano atrás. No acumulado do ano, os números também estão estagnados, com 2,89 milhões de unidades, ante 2,90 milhões em 2012. Para automóveis e comerciais leves os números apontam pequena queda de 0,7%, para 2,73 milhões de unidades.

Segundo revendedores consultados pelo Estado, há muitas lojas com estoques na casa dos 60 dias. "O que tem segurado o mercado são as vendas diretas (para empresas, frotistas, funcionários e locadoras), feitas pelas fábricas, enquanto o varejo (para o consumidor) está fraco", diz um concessionário que pede para não ter o nome publicado. "A luz já passou do amarelo para o vermelho no setor." As montadoras farão esforço para, até dezembro, conseguir no mínimo um crescimento de 1% em relação aos 3,8 milhões de veículos vendidos no ano passado. Além das promoções, que devem continuar, contam com uma possível corrida às lojas em razão do fim da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) a partir de 1º de janeiro. Representantes do setor, contudo, têm dito ao governo que a volta do imposto integral pode provocar uma crise no setor.

As ofertas - A General Motors decidiu oferecer juro zero para toda sua linha, em campanha iniciada quinta-feira e com término ontem, dia 13/10. Mas a entrada é salgada: 60% do valor do carro. A diferença pode ser paga em até 18 prestações. Para Agile, Cobalt e Sonic, o prazo pode ser estendido para até 48 meses. O Cobalt LTZ, que à vista custa R$ 44.990, pode ser adquirido com entrada de R$ 26.994 e 48 parcelas fixas de R$ 375. Na revenda Palazzo, na zona norte da capital, o modelo também pode ser adquirido com entrada de 20% (R$ 8.998) e 60 parcelas de R$ 829, mas, nessa caso, há juro de 1% ao mês. Em uma promoção recente feita pela Palazzo, os estoques baixaram de 45 dias para 30 dias, informa o diretor comercial Wilson Goes.

A rede Volkswagen oferece juro zero para Fox, Space Fox e Amarok em 24 parcelas e entrada de 50% do valor do bem. Há planos em 60 parcelas, mas com juro de 0,99% ao mês. "A linguagem do momento é a taxa promocional", afirma Marcos Leite, gerente da revenda Amazon, na zona leste de São Paulo. A Ford vende Fiesta RoCam (modelo antigo) com taxa zero em 36 meses, entrada de 50% e airbag e freios ABS por R$ 1 mil. Na Renault, juro zero é só para o Sandero, que sai por R$ 31.990 à vista ou entrada de R$ 17.594 e 36 parcelas de R$ 422,71. Até marcas de maior valor, como Toyota, estão com promoções. Revendas da marca oferecem bônus (desconto) de R$ 10 mil para o utilitário CR-V, de R$ 7 mil para o Corolla top e de R$ 6 mil para o básico, e de R$ 3 mil para o compacto Etios. O Hyundai HB20, que há três meses tinha fila de espera de dois meses, está disponível nas lojas. (Agência Estado)

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SERVIÇOS, COMÉRCIO e VAREJO


São Paulo / SP

Rede de Miami, Tony Roma´s chega ao Brasil e oferece costelinha com 25 molhos

Depois de dez anos, a rede de comida casual americana Tony Roma´s volta ao Brasil, agora nas mãos de novos empreendedores, e em um cenário de avanço de redes concorrentes, como Outback e Applebee´s no País. O plano de negócios é ter inicialmente dez restaurantes em cinco anos no País em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba, primeiramente em lojas de rua, com um investimento total de R$ 45 milhões. A rede, pioneira em oferecer costelinha com um corte personalizado, da porção do porco de onde é também retirada a bisteca da feijoada, irá inaugurar em dezembro sua primeira filial, no bairro de Moema, na cidade de São Paulo. Com 200 lugares, o restaurante terá cozinha experimental que exportará novidades para outros estabelecimentos futuros. Além de costelinha de porco, o restaurante também tem costela bovina e de cordeiro. As carnes são servidas com 25 tipos de molhos diferentes, todos personalizados. Entre os sabores, seleção de vinhos e cogumelos. "Ainda falta no Brasil essa cultura. No churrasco, geralmente a carne é servida sem molho ou com apenas uma opção". Os pratos, com dois acompanhamentos, terão preço médio de R$ 45, mas a rede também servirá almoço executivo durante a semana, a preços mais acessíveis.Foram feitos alguns ajustes ao paladar do brasileiro, especialmente nos molhos, feitos de maneira mais caseira, e bebidas, que, em vez de xarope, levam frutas. 

Outro momento - Em 2002, a rede teve um shopping da cidade de Campinas, no interior do Estado, mas que fechou as portas após cerca de um ano de operação. Agora, a rede, que já é conhecida por brasileiros em locais como Orlando e também próximo de estações de esqui no Chile, volta ao País pelas mãos dos empreendores Carlos Miranda, sócio de bar Liverpool e do restaurante Brasa Chopp e Parilla, na região do ABC, na Grande São Paulo, e por Carlos Passos, empresário do ramo de aviação. Para Passos, o momento agora é ideal. "O brasileiro tomou gosto pela comida casual americana. Nestes lugares, a marca tem um peso, ele cita o nome do restaurante".

Mais renda - O aumento de renda da população e uma economia mais aquecida colaboraram para o retorno da rede, conta Passos. "Essa mudança de cultura levou um tempo e, no início, todos tiveram dificuldades". Sobre a grande quantidade de concorrentes no mercado brasileiro, Passos declara: o Brasil ainda está longe do número de restaurantes existentes nos Estados Unidos. A Tony Roma´s tem cerca de 200 lojas em cinco continentes. Diferentemente da concorrência, seu plano de expansão é mais contido. A rede já tem restaurantes no Peru, Chile, Equador, Venezuela e México. (Fonte: IG/SP)


Da redação - São Paulo / SP

Fabricantes investem em lojas próprias para reforçar marcas

É cada vez maior o número de marcas que apostam na abertura de lojas ou quiosques próprios para se aproximar de seus clientes e testar a aceitação de seus produtos. Para os especialistas ouvidos pelo Brasil Econômico, esta é uma estratégia que tende a crescer no país, mas que deve conviver com outros formatos de venda. “Os produtos são hoje pouco ou nada diferenciados, o que fica é a marca. Este tipo de loja não só aumenta as experiências do consumidor com a grife, mas favorece as pesquisa de mercado, a fidelização, a avaliação de inovações e até questões de 
comunicação, como embalagens. As lojas próprias devem crescer, mas não vão acabar com outros formatos”, explica o coordenador adjunto da Graduação em Comunicação do Ibmec/RJ, Eduardo Murad.  “As Havaianas, por exemplo, têm lojas próprias, revendas exclusivas, estão em multimarcas e são vendidas em outros lugares”, completa. A marca de sandálias de borracha tem hoje duas lojas próprias, na Oscar Freire e no Shopping Jardim Sul, em São Paulo, além de 303 franquias no país.

O diretor dos cursos de Administração e Relações Internacionais da ESPM/RJ, Marcelo Guedes, concorda e reforça que estas lojas são uma oportunidade de trabalhar a marca. “Essa ação é forte por vários motivos: acesso ao consumidor final, fortalecimento da marca, teste de produtos novos. O principal é ser um laboratório que não depende de terceiros”, diz. Um exemplo bem-sucedido no formato é a Samsung. Seu projeto de lojas próprias começou em abril de 2012 em todo o mundo. E hoje será inaugurada a 61ª unidade, em Goiânia. Segundo o diretor do canal de lojas próprias da marca, Demetrius Oliveira, faz parte da estratégia expor todos os aparelhos. “Tivemos que fazer escolhas e optamos por ter apenas produtos móveis, que o consumidor consegue carregar. Não vendemos linhas branca e marrom. As lojas foram planejadas para serem consultorias”, destaca. O objetivo da coreana é estar nas principais capitais e centros comerciais do Brasil. “Não temos metas de número de lojas, que são todas franquias. O mercado brasileiro é importantíssimo para a Samsung, principalmente em smartphones. Estamos indo para onde o cliente está”, diz Oliveira.

A Kibon trouxe para o país a Kibon Station, modelo que já é sucesso em países da Europa. A primeira loja de personalização de sorvetes foi inaugurada no Shopping Eldorado, em São Paulo. No mês que vem, será a vez do Shopping Tamboré receber uma unidade. “É uma nova experiência de marca, em que o consumidor escolhe o sabor do sorvete e depois as coberturas. É também uma oportunidade de estarmos nos shoppings, canal que não estávamos presentes antes. Já temos mais de 600 unidades no mundo, mas ainda não há meta de expansão aqui. Kibon é uma marca que a atende a todos, tanto que iniciamos por dois perfis de shoppings diferentes”, diz a gerente de Marketing da Kibon, Isabel Masagão.

No ano passado, a marca já havia tido experiência parecida com a loja Magnum. “Ela foi criada para funcionar de outubro a dezembro, mas ficamos até fevereiro. A experiência foi tão bem-sucedida que acabou replicada em um caminhão itinerante, que passou por seis cidades de São Paulo”, completa ela. Já a Skol optou por um modelo um pouco diferente, um e-commerce que não vende a cerveja, mas sim produtos que trazem o logo, lançado no fim do ano passado. “Buscamos atender uma demanda do consumidor por produtos Skol. Muitas promoções não conseguem chegar no Brasil inteiro e o e-commerce resolve isso”, explica a gerente de Trade da Skol, Mariana Sena.

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COMÉRCIO EXTERIOR


Da redação - São Paulo / SP

Saldo da balança do agronegócio cresce 10% em 2013

As exportações do agronegócio nos nove primeiros meses deste ano somaram US$ 78 bilhões, valor 9,5% acima dos US$ 71,25 bilhões registrados em igual período do ano passado. As importações cresceram 5,3% para US$ 12,67 bilhões. A balança do agronegócio de janeiro a setembro de 2013 registrou saldo positivo de US$ 65,33 bilhões e cresceu 10% em relação ao mesmo intervalo do ano passado. Os cálculos são da Secretaria de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, a partir de dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). As vendas externas do agronegócio foram responsáveis por 44% das exportações brasileiras nos primeiros nove meses deste ano, quando a receita atingiu US$ 177,65 bilhões e o saldo negativo ficou em US$ 1,622 bilhão. A soja continua como o carro-chefe das exportações do agronegócio. As vendas externas do grão de janeiro a setembro deste ano cresceram 28,5% em volume e atingiram 40,6 milhões de toneladas, que equivale à metade da safra brasileira da oleaginosa, estimada em 81,5 milhões de toneladas. A receita das exportações do grão aumentou 30,1% para US$ 21,6 bilhões. No total as exportações do complexo soja somaram US% 27,6 bilhões, valor 19,2% superior ao registrado nos primeiros seis meses do ano passado. No caso do farelo a receita aumentou 3,6% para US$ 4,987 bilhões, apesar da queda de 9,4% no volume exportado (para 10,07 milhão de toneladas). Já o óleo de soja registrou quedas de 41,7% na receita (para US$ 1,024 bilhão) e de 33,8% no volume (para 991 mil toneladas).

O estudo do Ministério da Agricultura mostra que o complexo carnes ficou em segundo lugar entre os segmentos exportadores do agronegócio, com receita de US$ 12,396 bilhões nos primeiros nove meses deste ano, valor 8,6% superior a igual período do ano passado. A carne de frango é o principal produto, com aumento de 7% na receita, que atingiu US$ 5,622 bilhões, mesmo com a queda de 2,1% no volume embarcado (para 2,737 milhões toneladas). O preço médio subiu 9,3% para US$ 2.054/tonelada. As exportações de carne bovina nos primeiros nove meses deste ano cresceram 21,6% em volume (para 1,089 milhão de toneladas), enquanto a receita aumentou 15,6% para US$ 4,797 bilhões.  O preço médio recuou 5% para US$ 4.404/tonelada. No caso da carne suína houve queda de 9,1% no volume exportado (para 386 mil toneladas) e de 6,9% na receita (para US$ 1,008 bilhão). O preço médio de exportação da carne suína subiu 2,4% para US$ 
2.612/tonelada.

O setor sucroalcooleiro é o terceiro em destaque nas exportações do agronegócio, com aumentos de 8,2% na receita (para US$ 10,342 bilhões) e de 31,5% no volume embarcado (para 21,756 bilhões). O preço médio caiu 17,7% para US$ 475/tonelada. As exportações de açúcar apresentaram nos primeiros nove meses deste ano aumento de 32% no volume exportado (para 19,922 milhões de toneladas) e a receita cresceu 7,6% para US$ 8,845 bilhões. O preço médio do açúcar na exportação recuou 18,5% para US$ 444/tonelada. As exportações de etanol aumentaram 26,5% em volume (para 1,829 milhão de toneladas) e a receita subiu 12,3% para US$ 1,492 bilhão. O preço médio do etanol recuou 11,2% para 816/tonelada.

Os produtos florestais (papel, celulose e madeiras) ficaram na quarta posição, com exportações deUS$ 7,13 bilhões, valor 6,3% superior aos primeiros nove meses do ano passado. A exportação de papel e celulose cresceu 8,9% em volume (para 8,699 milhões de toneladas), enquanto a receita cresceu 8,4% para US$ 5,321 bilhões. O estudo destaca o expressivo crescimento das
exportações de cereais. O volume exportado cresceu 40,2% para 17,61 milhões de toneladas e a receita aumentou 34,8% para US$ 4,848 bilhões. O bom desempenho se deve as vendas externas de milho, que cresceram 66,5% em volume (para 15,66 milhões de toneladas) e 65,3% em valor (para US$ 4,061 bilhão). Nas importações, o principal produto foi o trigo, com aumentos 
de 36,89% nos gastos (para US$ 1,76 bilhão) e de 4,5% no volume (para 5,242 milhões de toneladas). O preço médio do trigo importado subiu 31% e ficou em US$ 336/tonelada. Outros produtos com alto valor importado foram: papel e celulose (US$ 1,42 bilhão); pescados (US$ 1,03 bilhão); borracha natural (US$ 498 milhões); e lácteos (US$ 446 milhões).  (Agência Estado)



França / Paris

L’Occitane vai exportar linha com matéria-prima nacional

Os sabonetes, hidratantes, colônias e xampus confeccionados a partir de fontes inéditas de matéria-prima como Mandacaru e Jenipapo faziam parte de um projeto experimental lançado em março pelos franceses para, literalmente, tropicalizar a presença da L'Occitane no país. Mas, diante de uma excelente resposta do mercado, que em apenas três meses atingiu a expectativa traçada para os primeiros seis, a linha de produtos, então inserida na rede de 89 lojas En Provance, ganhou vida própria. Além de abertura do primeiro ponto de venda exclusivo Au Brésil, com as fragrâncias "menos óbvias" do mercado, o Grupe L'Occitane já se estrutura para levar, na esteira da Copa do Mundo no país, o cheiro e as propriedades obtidas em regiões como Amazônia, Caatinga e Cerrado para os 90 países onde marca presença. Alocada no shopping Morumbi, na zona Sul de São Paulo, a Au Brésil inaugurada na quinta-feira reúne 38 produtos, divididos nas linhas Mandacaru, Jenipapo, Vitória-Régia e Araucária - esta última lançada em conjunto com o novo varejo (as outras já estavam presentes nas prateleiras da marca-mãe).

Até o fim do ano, a meta é abrir outras quatro unidades, além de uma nova família de produtos, obtida a partir de uma planta "exclusiva". "A ideia é sempre buscar um Brasil diferente, com matérias-primas que fogem um pouco do senso comum, daquilo que o brasileiro está acostumado a ver em cosméticos", explica Laura Barros, diretora de marketing para as marcas da 
companhia no país. Mas por trás do trabalho dos franceses com o DNA brasileiro está uma clara estratégia de internacionalização reversa. Ou seja: preparar a cadeia produtiva para, em 2014, exportar o portfólio Au Brésil. "Eu diria que o céu é o limite. Quando se fala do Brasil em qualquer lugar do mundo, todos arregalam os olhos. Falar do país é falar de uma grande marca", acrescenta Nicolas Geiger, diretor de marketing da companhia no país (e filho de Reinold, presidente global da L`Occitane En Provence).

Fornecedores se preparam para exportação - A prospecção da L'Occitane para novas oportunidades no mercado brasileiro começou há dois anos, quando a companhia, em parceria com a Solabia, de Maringá (PR), passou a estudar a viabilidade de matérias-primas pouco utilizadas na indústria de cosméticos. No caso do Mandacaru, o cacto da Caatinga capaz de fornecer aos cosméticos uma fragrância floral-aveludada e elevado poder de hidratação, o primeiro fornecedor foi um produtor de geléias no interior da Paraíba, que utilizava a planta como alimento dos bodes utilizados na logística da colheita. "Nós fazemos a homologação das cooperativas e pagamos pelo extrato. Mas, como parte do crescimento sustentável, um percentual da venda de cada produto é revertido ao produtor justamente para que ele cresça conosco", diz Laura Barros, que compara o modelo desenvolvido no país ao de Burkina Faso, no lado ocidental da África, onde 15 mil mulheres hoje fazem o manejo das castanhas de carité largamente utilizadas pela companhia francesa na produção da manteiga de carité. No laboratório de pesquisa e desenvolvimento da L'Occitane em Jundiaí (SP), onde fica o centro de logística e estocagem, foram desenvolvidos os compostos. Já a fabricação dos produtos é compartilhada entre as seguintes empresas: Sinter (para sabonetes em barra e colônias), Profissional Cosmético e Mappel (ambas para cremes e loções), e Fareva (aerossóis e embalagens). "Estamos nos estruturando para exportar os produtos, mas leva um tempo até que toda a cadeia esteja preparada. Avançamos, mas ainda falta um pouco", finaliza Nicolas Geiger.


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TI, WEB e e-COMMERCE


Da redação - São Paulo / SP

Cloud e mobilidade puxam crescimento de ECM

O mercado mundial de ECM cresceu 7,2% em 2012, atingindo US$ 4,7 mil milhões, segundo o Gartner, para a qual esse tipo de solução continua a demonstrar o seu valor. Um estudo da consultoria revela que “muitas empresas” estão indo além das formas mais básica de utilização dessas plataformas. Elas procuram lidar com requisitos mais profundos de negócio, que necessitam de forte eficiência de processos. Além disso, há mais fornecedores de ECM oferecendo ambientes baseados em cloud computing para corresponder à procura e às necessidades de clientes em mercados emergentes. A consultora levanta também a hipótese de que estas iniciativas sejam uma forma de evitar o uso de serviços mais populares de compartilhamento de arquivos. A aposta em cloud computing poderá tornar-se uma característica comum em sistemas ECM nos próximos anos, prevê o Gartner. “Como o uso de ECM começa a aumentar em dispositivos móveis, esperamos ver uma reforma geracional com a ECM afastando-se das suas raízes em ambientes de rede de back-office”, diz o estudo. A plataforma típica de ECM engloba vários componentes. O conjunto inclui suporte à gestão documental, aplicações de captação e processamento de imagens, gestão de processos e workflow, e gestão de registros, de conteúdos para redes sociais e para Internet, por exemplo.

Segundo o Gartner,  as empresas estão usando as plataformas de ECM para:
- Melhorar a eficácia: uma melhor qualidade dos dados pode levar a melhores decisões, conforme as organizações poupam tempo e energias. “Os repositórios de conhecimento com base em ECM podem ajudar as empresas a criarem uma diferenciação competitiva, inovarem e oferecerem melhores serviços ao cliente”, diz a consultoria.

- Reduzir o custo operacional: a gestão eletrônica e disponibilização de informações do cliente usando faturas eletrôcas e abordagens com múltiplos canais para lidar com clientes e potenciais clientes exige a otimização do canal de Internet e das ferramentas usadas, lembra a Gartner. Mas “os custos podem ser reduzidos através da consolidação de diversos repositórios de conteúdo” e o abandono de antigas ferramentas de gestão de conteúdo.

- Otimizar processos de negócios: “o ECM começou com digitalização e a gestão de documentos em alto volume, que fluem através de processos repetitivos”, diz a consultoria. Estes tipos de ambientes transacionais são fundamentais para obter eficiências em departamentos com processos de missão crítica.

- Atingir a conformidade regulatória e capacidades de “e-discovery”: as empresas estão olhando para as plataformas de ECM, de acordo com o Gartner, para fornecer uma abordagem de ciclo de vida completo à informação - da criação à destruição ou arquivo. “As ferramentas de ECM fornecem este grau de apoio para muitas empresas, começando com a integração com o Microsoft Office Suite para gestão de conteúdo novo e produção de forma colaborativa, à utilização de metadados pré-definidos para automatizar a eventual categorização de registros. As empresas usam essas ferramentas para demonstrar “os melhores esforços em organizar e gerir as suas informações de forma proativa e corresponder às necessidades legais”.

- Atrair e reter clientes: em abordagens baseadas em tecnologia de gestão de conteúdos para Internet, as empresas usam a rede para uma série de interações baseadas em informações dinâmicas, diz o Gartner. Essas ferramentas podem ser usadas para gerir canais interativos com finalidade de prospeção e comunicação com clientes. A publicação e o impulsionamento de conteúdo socialmente mediado nas redes sociais é apenas um uso mais recente dessas tecnologias.  (Fonte: Assessoria de Imprensa da Gartner)

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INFRAESTRUTURA e LOGISTICA


São Paulo / SP

Voo SP-Rio na Copa já custa quase o mesmo que ir a NY

Ainda faltam oito meses para a Copa do Mundo começar, mas tente comprar passagens aéreas durante o torneio para ver: o preço chega a ser dez vezes mais alto do que em um dia normal. O valor cobrado do passageiro é superior, por exemplo, ao de bilhetes para a Europa e para os Estados Unidos no mesmo período. Uma das explicações dadas pelas empresas aéreas é a lei da oferta e da demanda: se mais gente compra, restam menos lugares no voo -e os assentos que sobram encarecem. A tarifa subiu principalmente nos trechos mais procurados, como a ponte aérea entre os aeroportos de Congonhas (São Paulo) e Santos Dumont (Rio), a rota mais movimentada do Brasil. O turista que quiser sair do Rio e ir a São Paulo para assistir à abertura da Copa, em 12 de junho, pagará R$ 2.393 ida e volta na TAM. (Na última quinta-feira, o valor era R$ 350 maior; na sexta, dia em que a Folha questionou a empresa, o preço caiu.) É mais caro do que ir a Curaçao, no Caribe (R$ 1.900), ou a Buenos Aires (R$ 900) e um pouco menos do que o preço para ir e voltar de Nova York ou Paris. Por outras companhias aéreas, o preço é igualmente alto na ponte aérea durante a Copa. Na Avianca, o bilhete de ida e volta custa R$ 1.893 e na Gol, R$ 1.673.

Fora da Copa, o valor volta ao normal. Uma passagem para março na ponte aérea por qualquer empresa sai no máximo por R$ 227 -se o passageiro comprar 12 bilhetes por esse valor, ainda assim pagará menos do que um único tíquete aéreo na Copa. Para ver a final, no Rio, em 13 de julho, o preço das viagens subiu na mesma proporção, quando comparados voos entre 
Congonhas (SP) e Santos Dumont (Rio). A alternativa será o ônibus. A viagem de ida e volta entre São Paulo e Rio pela viação Itapemirim para junho é a mesma de agora: de R$ 149 (convencional) a R$ 322 (leito, que reclina 65º). O trajeto leva cerca de seis horas.

O "fator Copa" no preço das passagens de avião se dá em outras fases do torneio. Ir de São Paulo a Belo Horizonte para ver uma partida das oitavas-de-final, em 28 de junho, custa R$ 2.719 na TAM, a partir de Congonhas. É 1.128% mais salgado do que o preço para maio, antes da Copa: R$ 241. Pela Azul, via Guarulhos, o valor é quase o triplo. Na Gol, por Congonhas, há passagens promocionais à venda por R$ 258,94. Mas os bilhetes não subiram apenas em destinos concorridos. Uma viagem de Brasília a Natal para ver o segundo jogo sediado na capital potiguar, em 19 de junho, já custa quase o dobro (Gol), o dobro (Avianca) ou quase o triplo do normal (TAM). 
(Agência Folha)

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TELECOM

Da redação - São Paulo / SP

Cerca de 70% dos usuários móveis do Brasil terão planos de dados até 2017

Até 2017, o número de assinantes de serviços de banda larga móvel aumentará de 22% para 74%, de acordo com um estudo realizado pela consultoria Informa Telecoms & Media e divulgada pela 4G Americas. De acordo com a mesma previsão, os serviços de voz - que atualmente respondem por 78% das assinaturas das teles - cairão drasticamente para 26% no mesmo período. Segundo a pesquisa, esse comportamento deverá ser observado em toda a América Latina nos próximos anos, onde os serviços de dados irão compor em média 70% das assinaturas móveis das operadoras até 2017. O mesmo estudo aponta que o Chile deve ser o país da região com o maior peso em assinaturas de dados móveis até 2017, com 88% do total. Seguida pela Colômbia, com 81% de assinaturas de dados em banda larga móvel e pelo Brasil, com 74%. "Os serviços de dados irão superar os de voz em demanda na América Latina, assim como ocorre no mundo todo. As pessoas estão optando pelos aplicativos de mensagens instantâneas, os quais consomem apenas dados, deixando os serviços de voz cada vez mais de lado", explica Erasmo Rojas, diretor da 4G Americas para America Latina e Caribe.


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