Edição 940 | Ano V

Da redação - São Paulo / SP

Estudo afirma que não há bolha imobiliária no Brasil

Um estudo realizado pela Bain &Company, intitulado “Risco de bolha ou motor de crescimento?”, chegou à conclusão de que não há evidências de bolha imobiliária no Brasil. O levantamento comparou o Brasil com sete países nos quais houve crise imobiliária (Alemanha, Canadá, Espanha, Estados Unidos, Irlanda, Portugal e Reino Unido) e constatou que há pontos de atenção, mas não existe formação de bolha. “Os principais pontos de atenção são o nível atual de comprometimento de renda, que vem se aproximando de uma zona mais crítica, e a valorização dos imóveis, cujos preços cresceram com o dobro da velocidade do crescimento da renda familiar. Ainda assim, a dimensão de bolha que poderia se formar seria pequena, dado o peso relativamente baixo do preço dos imóveis quando comparado renda anual familiar e a baixa penetração de crédito imobiliário como percentual do PIB”, analisa o sócio da Bain & Company e autor da pesquisa, Rodolfo Spielmann.
Indicadores Em seu estudo, a consultoria acredita que, além da percepção de aumento de preços, diversos outros indicadores devem ser acompanhados para melhor definir a existência ou ausência de uma bolha imobiliária, bem como as potenciais dimensões de seu desenvolvimento e o que serve de gatilho para que ela estoure.
Dentre todos os países estudados, uma característica comum aos que mais sofreram com a crise imobiliária foi a expectativa irreal de valorização contínua dos imóveis. Crença que leva as pessoas a investirem cegamente no mercado imobiliário, forçando a um aumento ainda mais especulativo dos preços e à criação de bolha, visto que descola os preços dos fundamentos da oferta e demanda.
Outro fator relevante para melhor entender os princípios da formação de uma bolha é o crédito imobiliário. Ou melhor, as condições oferecidas para o mesmo, medidas pelo percentual do valor do imóvel que é financiado, conhecido como “Loan to value ratio” ou LTV.
Segundo o levantamento, nos países mais impactados pela recente crise financeira, financiava-se mais de 75% dos valores dos imóveis e, em casos extremos, era possível financiar até 130% do valor do imóvel, o que permitia além do pagamento da propriedade, mobiliá-la, por exemplo. Nos Estados Unidos, em 2007, quase 1/3 dos imóveis novos financiados tinham LTV maior que 90%. Na Irlanda, no mesmo ano, um a cada seis imóveis novos financiados contavam com LTV maior que 95%.
“A nossa análise indica que, em situações nas quais o LTV médio dos empréstimos imobiliários supera 65%, os riscos aumentam significativamente. A partir de 75%, passam a um nível crítico. Nos financiamentos com LTV muito alto, o valor da dívida que o proprietário tem com a instituição financiadora pode ficar maior que o valor do imóvel no eventual caso de uma queda significativa de preços. Isso pode servir à inadimplência e agravar a crise”, diz Spielmann.
Prazos Além do crescimento do LTV médio de novos financiamentos, nos países que sofreram com bolha, as políticas de crédito eram pouco criteriosas e os produtos tornaram-se excessivos. Para se ter ideia, nos Estados Unidos e Espanha havia a possibilidade de realizar um empréstimo por meio do “interest-only loans”, ou seja, financiamentos nos quais o cliente tomador pagava somente juros, nos primeiros seis meses a dois anos. Outro exemplo foram os chamados “Ninja Loans” oferecidos nos EUA, concedidos a pessoas sem rendimentos mensais comprovados, sem emprego e sem ativos.
No Brasil, por outro lado, avalia o estudo, não existem atualmente créditos imobiliários com carência para pagamento de principal e os processos de concessão de crédito se mostram bastante rigorosos por parte das instituições. Além disso, o LTV médio se encontra na faixa de 64%, o que, apesar de próximo dos 65%, que indicaria atenção, ainda não é, na opinião da consultoria, uma situação crítica.
Acessibilidade No que diz respeito ao acesso à aquisição de imóveis, a existência de condições excessivamente atrativas para o financiamento imobiliário leva o setor a um movimento especulativo, caracterizado pela escalada dos preços dos imóveis em descompasso com o crescimento da renda por domicílio.
Neste sentido, a análise demonstrou que, internacionalmente, começam a se tornar preocupantes diferenças acima de 30%. Aqueles que passaram por este gap, com exceção do Canadá, tiveram sua crise imobiliária e financeira.
No caso do Brasil, o valor médio dos imóveis cresceu a um ritmo muito superior ao da renda por domicílio, acima do limite definido (108% contra 30%). Ainda sim, diz o estudo, baseado em dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) e da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), apesar da forte valorização dos preços dos imóveis, sobretudo quando comparados com o aumento da renda, a proporção do valor médio dos imóveis por salário médio anual no Brasil, continua abaixo do limite de 8 vezes definido como crítico.
Dessa forma, conclui o estudo, o crescimento dos últimos anos resulta de ajustes de nível da demanda e da oferta provocados pelas restrições ao nível da oferta de imóveis e por um maior acesso da população à compra de habitação e ao financiamento imobiliário.
PIB e Renda Familiar Por fim, para analisar o risco do Brasil de sofrer uma bolha imobiliária, a Bain & Company analisou a penetração do crédito imobiliário no PIB e o nível de comprometimento da renda familiar.
No primeiro caso, a consultoria constata que a penetração do crédito imobiliário no PIB no Brasil é de apenas 6%, enquanto em outros países este valor é bem superior, alcançando 64% na Espanha e 77% nos EUA. Assim, baseado neste indicador, o Brasil ainda teria fôlego para aumentar a penetração do crédito imobiliário, podendo triplicá-la em cinco anos. Nestas condições, o crédito imobiliário teria um grande potencial de impulsionar o crescimento da construção civil e de vários setores da cadeia de valor ligados a ela, acredita a consultoria.
Já quando o assunto é o comprometimento da renda familiar, o estudo indica que este se encontra alto no Brasil, na casa dos 22%. Mesmo assim, ao considerar todos os indicadores, a pesquisa acredita que o Brasil está mais próximo dos países que resistiram à crise, do que dos que sucumbiram a ela.
“Nossa conclusão é que os números do Brasil estão muito mais próximos dos de países que resistiram melhor à crise, como a Alemanha, do que aqueles altamente impactados pela crise, como Espanha, Irlanda e Estados Unidos. No entanto, no Brasil, o alto comprometimento da renda e a recente elevação acelerada dos valores dos imóveis em relação á receita das famílias sugere atenção à evolução desses indicadores”, finaliza Spielmann.
(Fonte: InfoMoney)


São Paulo / SP

Brasileiro gasta em pirataria o equivalente a todas as compras pela internet

Os brasileiros gastaram R$ 23,8 bilhões em produtos piratas em 2012, valor um pouco superior a tudo o que eles desembolsaram comprando pela internet no mesmo ano (R$ 22,5 bi). Com esse dinheiro, daria para construir 24 Itaquerões, o estádio de quase R$ 1 bilhão que o Corinthians promete inaugurar em dezembro. O levantamento, inédito, foi produzido pelo Fórum Nacional Contra a Pirataria (FNCP), que adiantou. De acordo com o presidente do Fórum, Edson Luiz Vismona, São Paulo é o polo nacional de perfumes, brinquedos, softwares e relógios falsificados. “De dezembro de 2010 a dezembro de 2012 foram apreendidos somente na cidade de São Paulo 78 milhões de produtos, com valor de mercado equivalente a R$ 2 bilhões, o mesmo apreendido pela Receita Federal em todo o Brasil no mesmo período”.
Os quase R$ 24 bilhões que o consumidor nacional gastou com produto ilegal se aproxima da cifra desembolsada pelos brasileiros em compras pela internet, segundo dados do e-bit. O comércio eletrônico no Brasil faturou R$ 22,5 bilhões no ano passado e R$ 18,7 bilhões em 2011.
Pesquisa do Instituto Data Popular informa que 58% dos brasileiros já compraram pelo menos uma mercadoria pirata no último ano: 58% dos homens e 55% das mulheres. Para Vismona, é preciso “articular ações entre o setor privado, o Estado e a sociedade” para evitar a pirataria.

Gabiente anti-pirataria - O presidente do Fórum acredita que o comércio ilegal deve faturar ainda mais em 2013, pelo menos na capital paulista. Uma das principais razões é o “esvaziamento” do Gabinete de Gestão Integrada de Segurança Municipal, que incluía a formulação de estratégias antipirataria entre suas atribuições. O grupo – coordenado pela prefeitura – ganhou força em 2010, a partir de quando as reuniões passaram a acontecer duas vezes por mês. “Este ano não aconteceu nenhuma. Já fiz reuniões com secretários e subprefeito pedindo novos encontros, mas não recebi resposta”, garante Vismona.
O gabinete de gestão criava operações integrando os órgãos de fiscalização (como a Receita Federal, policias, Vigilância Sanitária e Procon) e entregava a tarefa de blitze à Guarda Civil Metropolitana (GCM). De acordo com Vismona, a consequência pode ser medida em números: nos seis primeiros meses deste ano, a GCM apreendeu 477 mil itens ilegais, contra 2 milhões no mesmo período de 2012. A secretaria de Coordenação das Subprefeituras contesta a informação ao afirmar que, a partir deste ano, só se computou o que foi confiscado em locais públicos. Até o ano passado, também se somava o que era apreendido em áreas privadas; número que não foi revelado.
(Fonte: IG/SP)


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INDICADORES ECONÔMICOS

Da redação - São Paulo / SP

FGV apura confiança menor da indústria em setembro

O Índice de Confiança da Indústria (ICI), apurado na prévia da Sondagem da Indústria, apontou queda de 0,8% em setembro na comparação com o resultado final de agosto, atingindo 98,2 pontos, abaixo da média histórica recente de 103,4 pontos. A pesquisa foi divulgada nesta quinta-feira, 19, pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
A prévia de setembro demonstra ainda que o Índice da Situação Atual (ISA) cedeu 0,3%, para 99,2 pontos, do indicador final de agosto, que registrou 99,5 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE) caiu 1,4% em setembro, para 97,1 pontos, de 98,5 pontos ante o dado final de agosto. Segundo esses dados prévios, ambos fechariam o mês abaixo de suas respectivas médias históricas recentes.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) da indústria apresentou "relativa estabilidade" em setembro, registrando leve alta, para 84,3%, de 84,2% no resultado final de agosto. A prévia dos resultados da Sondagem da Indústria abrangeu a consulta a 807 empresas entre os dias 2 e 16.
(Fonte: Assessoria de Imprensa da FGV)


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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)

HOJE - Fechamento na ASIA:

Bolsas da Ásia fecham em alta após BC dos EUA surpreender mercados

As ações asiáticas subiram nos pregões de hoje, dia 19/9, depois que o banco central dos Estados Unidos surpreendeu os mercados ao escolher não reduzir seu programa de compra de ativos por enquanto, provocando queda nos yields de títulos globais.
De Jacarta a Manila, Tóquio a Sydney, os investidores comemoraram a perspectiva de um estímulo prolongado na maior economia do mundo. Às 7h24 (horário de Brasília), o índice MSCI que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão subia 2,36%.
E as chances de que as taxas de juros dos EUA possam permanecer baixas por mais tempo aumentaram ainda mais com a notícia da Casa Branca de que Janet Yellen está na frente na disputa para assumir o comando do Federal Reserve quando Ben Bernanke deixar o cargo em janeiro.
"O Fed optou por um curso de ação extremamente 'dovish'", disse Michelle Girard, economista sênior do RBS. "Ele não apenas adiou a redução por três meses --esses acontecimentos abrem caminho para um programa de QE3 mais duradouro."
"Isso, por sua vez, pode abrir a porta para um início mais tardio do aumento das taxas."
As Bolsas de Japão, Hong Kong, Cingapura e Sydney tiveram altas de 1,8%, 1,67%, 1,81% e 1,1%, respectivamente. Xangai, Seul e Taiwan não operaram devido a um feriado local.


ONTEM - Fehcmanto no Brasil:

Ibovespa sobe mais de 2% e fecha acima dos 55 mil pontos por decisão do Fed

O principal índice da Bovespa subiu mais de 2 por cento no pregão de ontem, dia 18/9, e fechou em seu maior nível desde o fim de maio, com investidores comemorando a decisão do banco central dos Estados Unidos de manter o ritmo de seu programa de compra de títulos, que tem favorecido ações de países emergentes.
O Ibovespa subiu 2,64 por cento, e fechou a 55.702 pontos, maior patamar desde 28 de maio. Das 73 ações que compõem o índice, somente 9 recuaram. O giro financeiro do pregão foi de 8,99 bilhões de reais.
Após passar a maior parte do dia sem grandes oscilações, o Ibovespa saltou da faixa dos 54,1 mil pontos para 55 mil pontos logo após o Federal Reserve afirmar que manterá por enquanto suas compras em 85 bilhões de dólares ao mês, contrariando as expectativas da maior parte do mercado.
"A decisão surpreendeu positivamente, eu achei que o Fed começaria a retirar os estímulos em 5 bilhões ou 10 bilhões de dólares", afirmou o analista sênior do BB Investimentos Hamilton Moreira Alves.
As bolsas norte-americanas também reagiram com otimismo à decisão e fecharam em nível recorde de alta. Para Alves, do BB Investimentos, a Bovespa deve continuar subindo a reboque dos índices dos EUA, podendo se aproximar dos 60 mil pontos no curto prazo.
Em seu comunicado divulgado nesta tarde, o Fed citou apertos na economia provenientes da política fiscal restritiva e taxas de juros de hipotecas mais altas como justificativas para a decisão. O chairman da instituição, Ben Bernanke, afirmou que a intenção é aguardar novas confirmações de fortalecimento da economia do país.
"É como se a economia dos Estados Unidos fosse um doente muito monitorado nos últimos anos e criou-se a expectativa de que números melhores o tirariam do CTI (centro de terapia intensiva), mas ele continuaria em um quarto, não iria para casa", afirmou o especialista em renda variável da Icap Brasil Rogério Oliveira.
"Nesse cenário, as bolsas vinham até subindo nos últimos dias. Mas agora o mercado está preferindo ler que ainda é muito importante manter os incentivos", completou.
Papéis de bancos exerceram a maior influência positiva sobre o Ibovespa, com avanço 3,31 por cento na ação preferencial do Bradesco e alta de 2,88 por cento do papel preferencial do Itaú Unibanco.
Empresas do setor imobiliário também impulsionaram o índice e as preferenciais da Petrobras, que chegaram a operar em queda, inverteram o movimento e subiram 2 por cento. Já a petroleira OGX encerrou em alta de 10 por cento.
Entre as quedas, destacaram-se Light e Embraer, assim como os papéis da Tim Participações. A operadora de telecomunicações tem sido afetada por notícias sobre um possível aumento de participação da Telefónica na italiana Telecom Italia, controladora da brasileira.

ONTEM - Fechamento nos EUA:

Dow Jones e S&P 500 fecham em níveis recorde após decisão do Fed

Wall Street alcançou recordes históricos nos pregões de ontem, dia 18/9, após o anúncio pelo Federal Reserve que manterá sua política de taxas e injeções de liquidez na economia inalterada, uma decisão que surpreendeu positivamente os mercados.
O principal índice da bolsa nova-iorquina, o Dow Jones Industrial Average ganhou 0,95% ou 147,21 pontos a 15.676,94 unidades, um recorde de fechamento segundo dados provisórios.
O S&P 500, o índice mais observado pelos investidores subiu 1,22% ou 20,76 pontos a 1.725,52 unidades, também um recorde.
O tecnológico Nasdaq ganhou 1,01%, 37,94 pontos, a 3.783,64, um máximo desde setembro de 2000.
O mercado recebeu com entusiasmo a manutenção das injeções de liquidez de 85 bilhões de dólares mensais pelo Federal Reserve em compras de títulos do Tesouro e títulos hipotecários, que sustentou a operação durante os últimos meses.
"É uma surpresa em relação ao consenso" dos analistas, que pensavam em uma leve redução de suas compras, destacou Gregori Volokhine, presidente da Meeschaert Financial Services.
É "uma notícia muito boa para os mercados de ações e obrigações", destacou.
Ajudar Wall Street não é, contudo, o objetivo do Fed, segundo Volokhine. O fato é que "ninguém sabe atualmente se a economia norte-americana tem uma velocidade de cruzeiro para continuar crescendo sem a ajuda do Fed" e a instituição "considera que não é o momento de assumir este risco".
O Fed se mostrou preocupado com o aumento das taxas de juros no setor imobiliário, chave para a recuperação da economia.
Com a aproximação de uma batalha política em Washington pelo aumento do teto da dívida, a reedição de uma disputa que pôs os EUA à beira do default no ano passado, "o Fed quer evitar contribuir para o nervosismo que poderia surgir de um bloqueio" do sistema político, explicou Volokhine.
No mercado dos títulos, o rendimento do bônus do Tesouro a 10 anos caiu a 2,708% contra 2,853% na terça-feira à noite, enquanto o dos títulos a 30 anos ficaram em 3,755% contra 3,840%.

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MERCADO FINANCEIRO

São Paulo / SP

Mercado questiona fôlego financeiro

Passada a surpresa inicial de ver um consórcio com médias empresas vencer o primeiro leilão da nova rodada de concessões do governo federal com um ágio agressivo, o mercado agora tem duas grandes dúvidas: se o grupo vai ter fôlego financeiro - para bancar as garantias e atender as exigências dos bancos para obter os empréstimos - e capacidade gerencial para atuar como operador de uma rodovia.
As dúvidas levam em conta o perfil e a área de atuação das empresas. O consórcio Planalto reúne nove empresas de porte médio que atuam basicamente no mercado de construção no Estado de São Paulo. Executivos de empresas do setor, que preferem não ser identificados, dizem que os bancos tendem a ser mais rigorosos com empresas menores e é certo que vão redobrar a atenção.
Na área jurídica, o sentimento é o mesmo. “Nós e o grupo que assessoramos no leilão ficamos surpresos, seja pelo deságio, seja pela composição do grupo vencedor: é quase um desconhecido no mercado”, diz Ordélio Azevedo Sette, sócio do escritório Azevedo Sette. “Como não tem tradição em concessões e ofereceu deságio tão grande, terá dificuldade para atender todas as obrigações financeiras da concessão.”
O governo tem outra interpretação: as próprias exigências do programa já fazem uma pré-seleção das empresas e seria prematuro fazer juízo de valor sobre o poder de fogo dos investidores apenas pelo seu porte. “Não vamos avaliar prematuramente a condição de execução do grupo por ele ser grande ou pequeno”, disse Jorge Bastos, diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). “Acreditamos que o grupo tem capacidade, assumiu um compromisso e a ANTT vai fiscalizar esse compromisso.”
Segundo a advogada Letícia de Queiroz de Andrade, sócia do escritório Siqueira Castro e representante do Consórcio Planalto, os investidores estão preparados para cumprir as exigências previstas no edital e atender o contrato. Tem os R$ 118 milhões necessários para capitalizar a empresa que vai assumir a concessão e garantias para atender os bancos, até porque conta com o financiamento. “O grupo vai usar o mínimo de capital próprio e buscar todos os meios possíveis para se financiar: BNDES, bancos privados, captações públicas”, diz.

Experiência - Em relação à falta de experiência e o valor do deságio, Letícia diz que o grupo está tranquilo. Já tem executivos com experiência no setor, como Carlos Prado, da construtora Vale do Rio Verde, que atuou em empresas de concessão e fez o desconto levando a experiência de cada investidor. “O negócio foi bem pensado”, diz. “O grupo tem experiência em obras e sinergias que permitem a redução dos custos.” Para o JPMorgan a conta é apertada. Será necessário um volume de tráfego ao menos 75% acima das estimativas do governo para que o consórcio seja rentável. O cálculo considera o deságio oferecido pelo grupo, de 42,38%. A conta também assume um custo real de capital de 7,2% e que os investimentos permanecerão como previstos.
A escolha do consórcio com base no valor do pedágio é apenas a primeira fase da disputa. Até a próxima segunda-feira, a comissão de outorga do leilão e a BMF&Bovespa avaliam a qualificação do consórcio. Superada essa fase, na terça, inicia-se o prazo para os concorrentes questionarem o resultado. “Os recursos são comuns nos leilões e é quase certo que alguém vai questionar”, diz Felipe Kfuri, L.O.Baptista Advogados.  (Agência Estado)

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INDÚSTRIA

São Paulo / SP

Ikea estuda abrir lojas no Brasil

A maior empresa do setor de móveis do mundo, a sueca Ikea, anuncia pela primeira vez que considera abrir lojas no Brasil. Presente em 40 países, o grupo realizará estudos sobre a entrada no varejo brasileiro. A notícia foi obtida com exclusividade pelo 'Broadcast', serviço de notícias de em tempo real da 'Agência Estado'.
Ainda não há prazo para a abertura da primeira unidade, mas a companhia já tem um pé no Brasil: um escritório funciona há mais de um ano em Curitiba e cerca de 20 funcionários exibem os primeiros crachás da Ikea Brasil. Após anos de boatos no setor moveleiro, o País finalmente entrou nos planos da Ikea para crescer nos mercados emergentes. "O grupo Ikea considera o Brasil um potencial mercado futuro e executará estudos preliminares sobre a possibilidade de entrada neste mercado", informou a empresa ao Broadcast. A companhia enfatiza, porém, que a entrada no varejo "não será imediata".
Conhecida por vender móveis com design e preços baixos, a companhia tem olhado com cada vez mais atenção os emergentes. A partir de agora, Índia e Brasil aparecem como os dois próximos grandes desafios da empresa. Os planos para a Índia estão mais avançados.
Em maio, a empresa recebeu autorização do governo local para iniciar um ambicioso plano de abertura de até 25 lojas. A intenção é investir quase US$ 2 bilhões no mercado indiano.
O projeto para o Brasil está em estágio menos avançado, mas a confirmação do interesse pelo mercado nacional marca uma mudança no discurso da empresa, que sempre negou qualquer plano para o País. A América Latina tem sido estudada pelo grupo há pelo menos três anos, quando foi inaugurada a primeira loja na região, na República Dominicana. Nesse período, também foi inaugurada uma filial em Porto Rico.
Executivos da Ikea passaram a apostar mais fichas nos países emergentes após a bem sucedida experiência na Rússia e na China. Inaugurada em 2000, a filial russa já é a quinta que mais vende no mundo e, atualmente, responde por 6% do faturamento global da Ikea.

Emergentes - A China também tem números exuberantes: Pequim tem a loja Ikea mais visitada do mundo. Só em 2011, mais de seis milhões de pessoas passaram pela unidade. Três das cinco maiores lojas Ikea do mundo estão na China. Ao todo, são 14 endereços no mercado chinês e 13 na Rússia.
Um dos desafios da Ikea no Brasil será a receptividade do consumidor à ideia de montar os próprios móveis. Em todo o mundo, a loja é conhecida por oferecer itens que tentam aliar design, simplicidade e principalmente preço baixo. Para isso, a empresa oferece poucas regalias e praticamente tudo que é vendido - de luminárias a sofás - deve ser montado pelo próprio cliente. No Brasil, porém, o setor moveleiro geralmente entrega itens montados na casa do consumidor. Isso ocorre até em lojas que podem ser comparadas à Ikea, como a Tok&Stok e Etna. A venda dos móveis desmontados é uma marca da Ikea. Isso oferece uma grande vantagem para a empresa que não gasta tempo e dinheiro com a montagem dos produtos. A Ikea foi fundada em 1947 no interior da Suécia por Ingvar Kamprad, que já foi o quarto homem mais rico do mundo e se aposentou em junho com 87 anos. Relatos na imprensa sueca dizem que Kamprad dirigia até pouco tempo atrás um Volvo ano 1993 e só viaja de classe econômica. (Agência Estado)


Da redação - São Paulo / SP

John Deere investe US$ 13 milhões no Centro de Distribuição de Peças para América do Sul

A John Deere anunciou o investimento de US$ 13 milhões na ampliação das instalações e dos recursos do Centro de Distribuição de Peças para a América do Sul, localizado em Campinas (SP). As obras vão aumentar em 85% o tamanho do local, que passará de 40.000 m² para 74.500 m² e será o maior armazém de peças do setor na América Latina. Do total investido, US$ 3 milhões serão destinados à construção do Centro de Treinamento John Deere, espaço com uma área de aproximadamente 3 mil m² destinado ao treinamento de concessionários, funcionários e clientes.
A expansão começará em outubro deste ano e sua conclusão está prevista para dezembro de 2014. 
Segundo Ilson Eckert, diretor do Centro de Distribuição de Peças para a América do Sul, a prioridade é continuar garantindo disponibilidade e pontualidade na entrega de peças. “O aumento da capacidade, acompanhado a uma excelente estratégia de logística, tanto nos segmentos de agricultura como em construção, irá desempenhar um papel importante para que continuemos a fornecer serviços de alta qualidade”, diz.
Para Alfredo Miguel Neto, diretor de Assuntos Corporativos para a América Latina, a ampliação é resultado dos altos investimentos feitos na região nos últimos anos e do crescimento das operações da empresa no Brasil. “Investimos em fábricas e nacionalização de produtos. Essa expansão, combinada à instalação do Centro de Treinamento John Deere, será essencial para continuarmos garantindo a excelência dos nossos serviços”, explica.
Para ele, a eficiência logística e a alta capacidade de nível de entrega são fatores determinantes que fazem a John Deere ocupar uma posição de destaque no mercado. “Nossos serviços de pós-venda e relacionamento com o cliente estão entre os principais diferenciais da companhia. Atender às demandas, com rapidez e qualidade, é fundamental para os negócios dos clientes.”

Investimento em capacitação - A inclusão do Centro de Treinamento John Deere nos planos de expansão vem para atender a outra demanda causada pelo rápido crescimento nas vendas da empresa. O novo espaço aumentará a capacidade de capacitação técnica de concessionários e clientes envolvidos com as novas tecnologias, reforçando o objetivo em oferecer soluções integradas ao mercado, buscando o melhor desempenho e produtividade de seus clientes. O Centro de Distribuição de Peças para a América do Sul está localizado de maneira estratégica, próximo a grandes rodovias e de Viracopos, o maior aeroporto de cargas do Brasil. (Fonte: CDI Comunicação Corporativa)


São Paulo / SP

Indústrias buscam opções para diminuir custos e capacidade ociosa

Para tentar reduzir custos, aumentar os lucros ou diminuir a capacidade ociosa, algumas indústrias têm procurado dividir linhas de produção, montar produtos de outras empresas ou atrair fornecedores de matéria-prima para as proximidades da fábrica. No Brasil, Takeda, Dafra e Ford são alguns dos exemplos que ilustram esses tipos de serviços prestados. No caso da farmacêutica Takeda, as instalações e a linha de produção da fábrica, em Jaguariúna (SP), funcionavam com capacidade ociosa. Para sanar este problema, em 2004 a corporação promoveu uma ação de marketing para buscar parceiros e conseguiu contratos com quatro multinacionais do mesmo segmento. Segundo o diretor de operações da fábrica, Luiz Angelo Fortuna, diz que hoje a situação é bem diferente. “Os clientes que chegam são muito mais em função do nome que nós já criamos no mercado e da prestação deste tipo de serviço”, diz. Os nomes das empresas para as quais a Takeda presta serviço não podem ser divulgados por questão de cláusula contratual.
De acordo com o diretor da Takeda, existem indústrias farmacêuticas que preferem utilizar o serviço de parceiros que tenham capacidade disponível, além da tecnologia necessária para a manufatura de produtos. Isso ocorre quando essas empresas não têm instalações no Brasil, por falta de tecnologia ou, em muitos casos, até mesmo por questão de custos, 
“Existem indústrias farmacêuticas que, por diferentes razões, preferem desenvolver parceiros que tenham capacidade e tecnologia disponíveis para a manufatura de produtos da linha delas”, diz Fortuna. Com contratos de longo prazo, que duram mais de cinco anos, o serviço foi incorporado à linha de produção, sem nenhuma interrupção no processo produtivo da Takeda. Em termos de volume de produção, os contratos representam 25% do negócio, segundo o executivo.

Expansão de negócios - Na unidade de negócios focada em O&M (contratos de operação e manutenção), lançada em 2009, em Manaus, a Dafra Motos monta motocicletas da BMW, Ducati e MV Agusta. Com apenas cinco anos no mercado, a empresa brasileira investiu em equipamentos de homologação de motocicletas e em engenheiros qualificados para expandir os negócios. Segundo o presidente da empresa, Creso Franco, a partir desta melhoria foi possível “oferecer a segurança que empresas de primeira linha não podem abrir mão, com um custo bastante atraente”.

Para adequar mais o serviço, os funcionários da Dafra foram enviados às sedes das empresas a serem atendidas e foram criadas linhas de produção específicas e independentes. A participação desse serviço no faturamento final não é divulgada. 
De acordo com Creso, “as matrizes foram muito atuantes na definição da configuração de cada um dos projetos. Ainda que o modelo de negócios seja um só, os requisitos e estilo de cada projeto são distintos, dependendo não só dos produtos de cada empresa, mas também da cultura de cada empresa”. Com um ganho mútuo, tanto para a Dafra quanto para as outras empresas, a montadora brasileira lucra e adiciona mais tecnologia à produção, enquanto as parceiras têm a facilidade de não precisarem se instalar no Brasil para produzir no País. “Talvez o maior ganho para o corpo técnico da Dafra tenha sido justamente a oportunidade de aprender com requisitos e estilos tão distintos”, conta o presidente da corporação.

Proximidade de fornecedores - No complexo industrial Ford Nordeste, inaugurado em 2001 na cidade de Camaçari (BA), 24 parceiros ficam sob o mesmo teto da montadora. As empresas fornecem peças e sistemas para os veículos diretamente na linha de montagem, sem custo de transporte.

Para a implantação do empreendimento, o investimento inicial foi de US$ 1,9 bilhão no ano de inauguração, sendo US$ 1,2 bilhão aportados pela Ford e US$ 700 milhões bancados pelos fornecedores.
Segundo Rogelio Goldfarb, vice-presidente de Assuntos Corporativos da Ford América do Sul, "o complexo industrial Ford Nordeste foi concebido com um modelo de produção inovador e trabalha com o conceito de montagem modular sequenciada. Com os fornecedores dentro da fábrica, haveria ganho de flexibilidade, qualidade e redução de custos". Goldfarb conta ainda os parceiros trabalhem com troca de informações por meio da rede interna informatizada (intranet), o que faz com que mudanças no processo de produção sejam detectadas facilmente, com respostas rápidas das empresas. "Em vez de apenas programar a produção e fazer as encomendas necessárias aos principais fornecedores, a Ford planeja a produção para determinados períodos e depois detalha, no dia a dia, os modelos que serão fabricados. Dessa forma, esse sistema permite a reação imediata para adequar a produção ao perfil da demanda e traz uma redução de custos na área de logística, evitando os desperdícios causados pela distância e demora na entrega de peças", afirma o executivo da montadora.  (Fonte: IG/SP)


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AGROBUSINESS



Da redação - São Paulo / SP

Recua ao menor nível do ano a defasagem nos embarques de carne de frango 

Os dados da SECEX/MDIC mostram que no segundo semestre de 2013 as exportações brasileiras de carne de frango entraram em processo de recuperação. Assim, após um incremento anual da ordem de 8,5% em julho, em agosto foi registrado aumento próximo de 5% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Como consequência do bom desempenho no bimestre, caiu a defasagem existente em relação ao ano passado. Isso significa dizer que, embora ainda negativo, o índice de redução acumulado nos oito primeiros meses do ano (-2,08%) é significativamente inferior ao observado durante todo o primeiro semestre, encontrando-se agora no menor nível de 2013.
Houve recuperação, também, no índice relativo aos embarques acumulados em 12 meses. No encerramento do primeiro semestre ele registrava redução de 4,5% em relação ao mesmo período anterior. Agora, o recuo em relação aos 12 meses decorridos entre setembro de 2011 e agosto de 2012 é de 2,6%, percentual que, em volume físico, corresponde a uma redução de pouco mais de 100 mil toneladas, uma queda distribuída ao longo de oito meses. (Fonte: AviSite)


Da redação - Porto Alegre / RS

Monarca do arroz acompanha investimentos no Rio Grande do Sul

O príncipe Constantin de Liechtenstein, acionista da RiceTec (uma das maiores empresas de sementes de arroz do mundo), está no Brasil. O integrante da família real do pequeno principado europeu desembarcou nessa quarta-feira (18) em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, para acompanhar o início das obras da primeira Estação Experimental da multinacional no Estado, a segunda no Brasil. A outra está localizada em Normandia, Roraima.  
O projeto da empresa conta com investimento de R$ 20 milhões na Estação de Experimental de Santa Maria, que ocupará uma área de 200 hectares no município. “Iniciamos a busca de autorizações em 2012, junto aos órgãos de regulamentação, e agora estamos preparados para iniciar as obras de construção da Barragem, estradas e sistematização do solo. Acreditamos que poderemos instalar os primeiros ensaios em outubro de 2014”, revela diretor da RiceTec, engenheiro agrônomo Ricardo Bendzius.
A empresa responde, hoje, por 9% da área plantada de arroz irrigado no Estado gaúcho – cerca de 60 mil hectares. A previsão dos diretores da RiceTec é dobrar a participação no mercado de sementes em cinco anos. O Rio Grande do Sul é visto com um mercado promissor por concentrar mais de 65% da produção nacional de arroz.
“A estação experimental de Santa Maria integrará o nosso projeto regional de desenvolvimento de linhas para a obtenção de híbridos com características de qualidade adaptados ao Mercosul, em especial ao Rio Grande do Sul, maior produtor e polo de tecnologia em arroz do país”, afirmou o Constantin. 
A empresa, que tem a pesquisa como uma das suas principais marcas, conta, atualmente, com 200 funcionários no Mercosul, sendo alguns deles PhD´s e mestres na área de genética e desenvolvimento de arroz. Na América Latina, o faturamento anual soma R$ 50 milhões e o investimento em pesquisa ultrapassa R$ 8 milhões.
Custo dos híbridos em relação as variedade pode ser até 12% menor -
O acréscimo de produtividade de híbrido de arroz em relação às novidades melhoradas varia de 16 a 33%. No Mercosul, o aumento da produtividade é de 22%, nos Estados Unidos 23% e na Costa Rica, 33%. Esta diferença de acréscimos de produtividade entre países devem-se às especificidades de cada híbrido em termos de clima, solo e manejo da cultura. A produtividade é dependente da genética, do ambiente e da interação genética e ambiente. 
Em condições irrigadas, a produtividade média dos híbridos é de 8.780 quilos por hectares com o custo de R$ 3.810,00 e das variedades 7200 quilos por hectares com o custo de R$ 3.480,00, segundo fontes da RiceTec. Devido a maior produtividade do híbrido, o custo por saco é menor para os híbridos do que para as variedades em aproximadamente 12%. 

Sobre a RiceTec – A RiceTec  surgiu em 1990 no Sul do Texas, Estados Unidos. Na América do Sul a empresa atua no melhoramento, pesquisa e desenvolvimento, produção e comercialização de sementes híbridas de arroz.
Mostrando pioneirismo, em 2000 a RiceTec lançou o primeiro híbrido comercial nos Estados Unidos. Hoje os híbridos RiceTec cobrem uma área de 370 mil hectares no país. No mesmo ano, a empresa investiu na abertura de novos mercados e começou a operar na América Latina, onde conta com unidades na Argentina, Brasil e Uruguai. No Brasil, a RiceTec está sediada em Porto Alegre/RS e está presente em todas as áreas de cultivo de arroz. Esta rápida ascensão se deve aos benefícios proporcionados pelos híbridos de arroz, tais como: o alto potencial de produtividade, baixa densidade de semeadura, maior sanidade, boa formação de raízes, tolerância à toxicidade de ferro, alto potencial de perfilhamento e estabilidade de rendimento. 
(Fonte: Assessoria de Comunicação da Ricetec)


Da redação - São Paulo / SP

Produtores de soja pedem regras na classificação dos grãos

Produtores de soja querem regras mais claras na classificação do grão e nos critérios de descontos quando o produto perde valor em função de problemas de qualidade. O setor reclama que, ao contrário de países como os Estados Unidos e a Argentina, no Brasil faltam normas. De acordo com o diretor executivo da Associação dos Produtores do Soja de Mato Grosso (Aprosoja), Marcelo Duarte, as regras no Brasil se restringem, as aquisições do governo federal, a importação ou ao consumo direto humano. "No entanto, a maior parte da nossa produção é vendida para esmagamento ou in natura".
A umidade é um dos problemas que mais pesam na classificação da soja. As empresas que compram o grão descontam essa característica negativa que prejudica o armazenamento. Sinal de que a soja pode estragar mais rapido por causa da ação de bactérias.
Isso quer dizer que a cada 100 quilos de soja, a umidade deve ficar no máximo em 14%. Acima dessa margem o impacto será no bolso do produtor. Cada percentual a mais de umidade significa que ele vai perder um quilo do grão no negócio. Por exemplo, se atingir 18%, o prejuízo será de quatro quilos. Segundos os produtores, as empresas geralmente embutem o custo de secagem do grãos, por conta do gasto com energia no processo. Outras caracteristicas também são avaliadas, entre elas a impureza. Para cada problema são estimados percentuais de descontos.

Alternativa - Para diminuir a surpresa com os descontos a Aprosoja Brasil monitora o mercado desde 2007 com a ajuda de um simulador. Antes de fechar o negócio, o produtor pode consultar uma tabela de percentuais utilizados pelas empresas na safra anterior.  (Fonte: Agrodebate)


Da redação - Porto Alegre / RS

Milho terá maior redução de área dos últimos 15 anos na região do Alto Uruguai

A elevação da cotação da soja é um dos principais fatores que fará com que os agricultores cultivem menos milho na região do Alto Uruguai. Nos 32 municípios de abrangência do Escritório Regional da Emater, a projeção é de que o milho venha a ocupar nesta safra 64 mil hectares, uma redução de quase 20% com relação as duas últimas safras, já a passada diminuiu 10% comparado com 2011/12. No Estado, o total de redução deve ser de 3%.
Conforme o supervisor regional da Emater de Erechim, Paulo Edgar da Silva, a cada ano o cereal vem perdendo espaço na região em função do preço favorável da soja. Ele explica que o custo de produção de um hectare da oleaginosa gira em torno de R$ 1.500 enquanto que do milho o valor passa para R$ 2.600. Já o preço recebido pelo produtor por saca de soja é de R$ 67 enquanto que do milho é de R$ 22.
A curto prazo, Silva diz que não vê uma reversão na situação atual. Segundo ele, a área agricultável antes destinada ao cereal passará para a soja, cuja projeção para esta safra é de atingir 212 mil hectares.
De acordo com Paulo Edgar da Silva, cerca de 40% da área a ser cultivada na região já foi plantada - processo muito diferente ao ano passado, quando no mesmo período, cerca de 80% da área já havia sido cultivada. Segundo Silva, o motivo está atribuído basicamente ao clima, que impediu a entrada de máquinas nas lavouras. Sendo que em torno de 25% da área semeada com milho é destinada a produção de silagem.

Confira a queda no cultivo de milho na região nos últimos anos:

Safra 2011/12 - 77 mil hectares
Safra 2012/13 - 70.727 mil hectares
Safra 2013/14 - 64 mil hectares
(Fonte: Jornal Bom Dia - Erechim/RS)

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COMÉRCIO EXTERIOR

Da redação - Porto Alegre / RS

Imposto sobre o milho prejudica a carne de frango no Peru

O presidente do Comitê Avícola da Câmara de Comércio e Produção, Affonso Medrano Samamé, revelou que o aumento nos preços do frango deve-se, principalmente, ao imposto cobrado sobre a importação peruana de milho. “Desde 15 de setembro, o governo estabeleceu uma sobretaxa para a importação de milho de US$ 44 por tonelada. As empresas avícolas compram mais de mil toneladas de farinha de milho. Imagina quanto o governo peruano está ganhando com isso”, ressaltou.
Segundo o jornal La Republica, boa parte deste custo é pago pelo empresário que importa o milho. Dessa forma, o valor é repassado para os seus clientes para que não haja prejuízo. “Na granja, estamos comercializando o quilo do frango por cerca de US$ 4,40, já com o reflexo do milho inflacionando este preço”, diz.
Em agosto de 2013, a avicultura peruana disponibilizou ao mercado 51.9 milhões de cabeças de aves, um volume 7,37% maior que o disponibilizado no mesmo período de 2012. No acumulado de janeiro a agosto deste ano, foram 377 milhões de cabeças de aves produzidas, o que representa uma produção de 15 milhões a mais de aves sobre o mesmo período do ano anterior, segundo dados do Ministério da Agricultura peruano. (Fonte: Avisite)

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TI, WEB e e-COMMERCE

São Paulo / SP

SAP investe R$ 60 milhões em centro de pesquisas no Brasil

A multinacional alemã SAP, que desenvolve softwares de gestão para empresas de médio e grande porte, anuncia nesta quinta-feira, 19, o investimento de R$ 60 milhões no seu laboratório brasileiro, de forma a ampliá-lo para um centro de pesquisa e desenvolvimento (P&D) de produtos e soluções.Instalado na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), em São Leopoldo (RS), o centro da SAP vai ampliar o desenvolvimento, com pesquisadores brasileiros, de soluções no País. A empresa espera dobrar o atual número de técnicos no empreendimento, atingindo mil pesquisadores em 2015.
O investimento que será anunciado hoje é três vezes maior que aquele feito pela companhia alemã em 2009, quando construiu o laboratório.
Além da criação de produtos e serviços, o centro da SAP também vai passar a atuar mais fortemente no suporte a países da América Latina onde empresas tenham adquirido softwares de gestão desenvolvidos pela companhia alemã.
Muitos sempre viram o Brasil como um mercado consumidor de tecnologia, mas não como desenvolvedor. Mas isso está mudando, em velocidade rápida?, disse ao Estado o vice-presidente de operações da SAP para Brasil e América Latina, Fernando Lewis.

Ambiente - A ampliação do centro de pesquisa brasileiro, disse Lewis, aponta para a melhora do ambiente de negócios no País. ?As empresas, em diversos setores, estão mais preocupadas com a inovação, e para ganhos de produtividade em seus processos. Isso é crucial para nós.? Além de centros em seu país de origem, a companhia alemã têm laboratórios no Vale do Silício (EUA) e nos países que formam o Bric.
Segundo o responsável por desenvolvimento de negócios do laboratório da SAP no Brasil, Daniel Duarte, o centro elaborou softwares de gestão na área agrícola e no setor bancário que foram exportados para países desenvolvidos, como os EUA. ?Por isso vamos ampliar o centro de pesquisa no País.?
A ideia da empresa, de capacitar o ?SAP Labs?, como é chamado, será apresentada hoje pelo governo federal como último passo da meta de atrair quatro centros de P&D de multinacionais ao Brasil, prevista no programa TI Maior, de agosto de 2012.  (Agência Estado)


São Paulo / SP

Spotify deve anunciar estreia no Brasil

Está próximo o lançamento do Spotify - famoso site de streaming de música - no Brasil. O site do Social Media Week São Paulo, evento sobre mídias sociais e tendências da internet programado para semana que vem, divulgou em sua agenda de 23 de setembro, sem dar muitos detalhes, o ?Lançamento do Spotify no Brasil?, acompanhado da frase ?inscreva-se para ser avisado?.
Em julho, o jornal O Estado de S. Paulo havia apurado que a chegada da empresa ao País estava prevista para este mês. Funcionários da companhia sueca já estão em conversa com anunciantes do País há pelo menos três meses, e já há brasileiros testando a plataforma local. A escolha do dia em que o serviço iria ao ar dependia do fechamento das parcerias com anunciantes (a versão grátis do Spotify contém anúncios). A última data estabelecida, segundo fontes, seria 29 de outubro. Quem deve comandar a operação do serviço de streaming na América Latina é Gustavo Diament, ex-diretor executivo de marketing da Claro, segundo o Meio & Mensagem.
(Agência Estado)


Redwood Shores / EUA

Oracle lucra US$ 2,19 bilhões no trimestre fiscal

A produtora de software e provedora de serviços de tecnologia da informação Oracle informou no final da tyarde de ontem, dioa 18/9, que teve um lucro líquido de US$ 2,19 bilhões, ou US$ 0,47 por ação, em seu primeiro trimestre fiscal, encerrado em 31 de agosto. No mesmo período do ano anterior, a Oracle havia registrado um lucro líquido de US$ 2,03 bilhões, ou US$ 0,41 por ação. Excluindo dividendos, custos com reestruturação e outros impactos, o lucro ajustado foi de US$ 0,59 por ação, de US$ 0,53 por ação um ano antes. A receita cresceu 4%, para US$ 8,37 bilhões.
Analistas previam para o primeiro trimestre fiscal deste ano um lucro de US$ 0,56 por ação e uma receita de US$ 8,48 bilhões. Em teleconferência com analistas, a Oracle disse que seu lucro no segundo trimestre fiscal deve ficar entre US$ 0,65 e US$ 0,70 por ação; a expectativa de consenso dos analistas é de US$ 0,69 por ação. O informe de resultados da Oracle saiu depois do fechamento do mercado de ações. Na sessão desta quarta-feira, as ações da empresa subiram 1,83%. No after hours, depois da divulgação do balanço, caíram 3,16%. (Agência Dow Jones Newswires)


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TURSIMO e GASTRONOMIA

Da redação - São Paulo / SP

Hotéis focam no público da terceira idade 

A 51ª edição da Equipotel, que acontece até hoje, dia 19/9, no Anhembi, em SP, tem entre seus expositores diversas opções para duas gerações de hóspedes muito especiais – os da terceira idade e os ”milenials” (nascidos entre os anos de 1982 e 2002). São gerações opostas, tanto na idade quanto nas necessidades, mas são exigentes em grau semelhante quando o assunto é viagem e conforto. As duas turmas viajam com frequência e os hotéis estão muito focados nestas duas levas de consumidores que não param de crescer, especialmente depois que a classe C ascendeu socialmente e conquistou maior poder de compra.  
De acordo com recente pesquisa realizada pela Mapie, empresa especializada em estratégias de serviços, o que o viajante avalia com maior cuidado antes de se hospedar em qualquer estabelecimento é o ambiente do quarto e os benefícios que ele pode oferecer, como: qualidade da cama, chuveiro, preço e a mais nova exigência, a conectividade. Sabendo destas demandas, o mercado hoteleiro tem se preparado com serviços e equipamentos para todos os gostos. 
Para os longevos, os expositores capricham na acessibilidade e praticidade. Na Astra, por exemplo, empresa especializada em metais sanitários, cubas, duchas e chuveiros, há várias opções de produtos, tais como a banheira vertical – modelo para quem não abre mão de um bom banho, mas sem esforço físico para entrar e sair de uma banheira. A empresa possui ainda uma linha de barras de apoio em ABS e PVC, que suportam até 150 kg.
Já para os “milenials”, além dos chuveiros com alta vazão e design, a conectividade é item essencial. Sempre munidos de tablets e smart 
phones, este público se mantém constantemente conectado, mesmo em férias. Com esta demanda em mente, a Zoox Media & Connectivity está lançando na feira o Guest Control, rentável portal de facilidades e entretenimento, desenvolvido para proporcionar maior conforto e modernidade durante a estadia dos seus hóspedes, bastando se conectar ao Wifi, para ter acesso à internet. O Guest Control realiza Express check-out (que evita filas na saída), smart check in (para facilitar a visualização de check ins efetuados e relatórios de entradas) room service  on line (cardápio eletrônico), video on demand (hóspede pode solicitar o que quer assistir em seu próprio dispositivo ou na TV do quarto). 
Para todos os públicos, porém, dormir bem, depois de um dia repleto de atividades, é essencial, e por isso a Ônix Colchões exibe na Equipotel seu lançamento, com foco na Copa do Mundo – a cama articulada, com sete opções de montagem, com igual conforto, atendendo até quatro pessoas no quarto, sendo que a terceira ou quarta cama ficam na mesma altura da cama principal, de acordo com o fabricante. Hoteleiros de todo o país visitam o evento para se adaptarem às necessidades de cada público e tornar a estada de todos cada vez melhor.



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