Edição 914 | Ano V

São Paulo / SP

Indústria prepara repasse da alta do dólar

A indústria prepara uma onda de reajuste de preços devido à alta do dólar, que neste ano já subiu quase 10%, o que deve ampliar a pressão inflacionária até o fim do ano. No entanto, os repasses não devem chegar integralmente ao consumidor, que resiste em pagar mais e ameaça substituir produtos ou desistir da compra. Há pressões de custos em vários segmentos da indústria, como computadores, eletrodomésticos, eletroeletrônicos, autopeças e veículos. São setores que utilizam mais de 30% de peças e insumos importados.

Os eletrodomésticos da linha branca e os televisores também vão ficar mais caros. "Temos grande pressão no custo de insumos, principalmente aço e componentes. O setor não consegue absorver isso sem repassar", diz Lourival Kiçula, presidente da Eletros (eletrodomésticos). O aumento do aço, insumo para vários bens duráveis, depende de negociações diretas com os fornecedores. Alguns fabricantes relataram que os fornecedores querem impor reajustes entre 10% e 25%.

No setor de eletrônicos, os reajustes já começaram. No início do mês, fabricantes elevaram em 3% o preço dos produtos para o varejo, que repassou ao consumidor, diz Humberto Barbato, presidente da Abinee (eletrônicos).
A indústria vinha absorvendo as recentes altas do dólar desde o início do ano. Em maio, porém, quando a moeda atingiu R$ 2,25, não foi mais possível segurar o reajuste, disse Barbato. "Ninguém vai aumentar além do necessário porque, no atual cenário, a tendência é perder mercado se os preços subirem muito." Segundo Ivair Rodrigues, da consultoria IT Data, as negociações entre a indústria e o varejo nos últimos meses foram difíceis. "De um lado, o varejo está pressionado para tentar vender mais barato, já que o consumo não cresce tanto. Do outro, a indústria não tem mais condições de absorver a alta dos custos."

Dobro do preço - Segundo ele, componentes de microcomputadores, como memória e HD, dobraram de preço neste ano. Estima-se que 70% dos itens de PCs, celulares e tablets sejam importados. O primeiro semestre fraco e a perspectiva de reajustes já fazem a indústria de eletroeletrônicos demitir. Em maio, o setor fechou 2.170 vagas, queda de 1,17% ante o mês anterior.
No setor de brinquedos, a alta do dólar terá impacto marginal e chega a ser comemorada pelos fabricantes nacionais, que veem o produto importado mais caro. A indústria nacional trabalha só com 3% de peças importadas. "As lojas já importaram os produtos para o Dia da Criança e o Natal. O aumento será em 2014", afirmou Synésio Batista, presidente da Abrinq (brinquedos).
(Agência Folha)



Da redação - Rio de Janeiro / RJ

Porto Maravilha investe em desenvolvimento via cultura

Idealizado com o objetivo de atender os diversos eventos que têm a capital fluminense como sede — Rio +20, Copas das Confederações e do Mundo, Jornada Mundial da Juventude e Olimpíadas —, o Porto Maravilha é um projeto que pretende restaurar o centro da cidade de forma a promover o desenvolvimento econômico e social da região. Nessa linha, uma das ações adotadas é voltada para a indústria criativa. A ideia é preservar a história sociocultural da região. “Temos orçamento para investir na região, para aprovar projetos. Estamos tentando criar alguns direcionamentos do Porto como eixos de desenvolvimento de indústria criativa”, explica Daniel Lima, supervisor de Desenvolvimento Econômico e Social da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (CDURB).

O supervisor destaca o programa Porto Maravilha Cultural, que tem como principais linhas de atuação a preservação e a valorização da memória e das manifestações culturais, do patrimônio cultural imaterial, produção e difusão de conhecimento sobre a memória da região e recuperação e restauro material do patrimônio artístico e arquitetônico. Exemplo é o Programa de Fomento à Cultura Carioca 2013 — uma parceria do Porto Maravilha, Ministério da Cultura e Oi Futuro —, serão destinados R$ 170 milhões a serem aplicados em diversos segmentos da produção cultural.

Sistema viário é antecipado - Com advento de eventos importantes como Olimpíadas e Copa do Mundo, muito se especulou sobre o real objetivo do Porto Maravilha. Mas Lima garante que o foco principal sempre foi a cidade do Rio de Janeiro. “Ele é mais um legado para a cidade do que propriamente para atender a demanda de algum grande evento”, afirma.  Entretanto, algumas obras como os novos túneis e a retirada da perimetral tiveram o prazo antecipado para daqui a três anos. “Como o Rio de Janeiro ganhou as Olimpíadas, nós aceleramos o processo e realmente incluímos o sistema viário como meta para a 2016”, revela Lima.  (Fonte: Assessoria de Imprensa da FGV)



Rio de Janeiro / RJ

Grupo de Eike pede ao BNDES mais prazo para pagar R$ 400 milhões

A OSX empresa de construção naval do grupo EBX, de Eike Batista, solicitou ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a prorrogação do prazo de vencimento de um empréstimo-ponte de R$ 399,999 milhões concedido em 2011 e que teria de ser pago no mês que vem. Outro empréstimo-ponte para o grupo, de R$ 518 milhões, foi concedido à LLX, empresa de logística responsável pela construção do Porto do Açu, e vence em setembro. A empresa também está em negociações para a rolagem da dívida.

No fim do mês passado, o Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, havia informado sobre a possibilidade de os dois empréstimos terem prazos adiados. Tanto o empréstimo à OSX quanto o que foi feito à LLX teriam, segundo fontes, garantia bancária. O da OSX foi concedido no âmbito do Fundo de Marinha Mercante (FMM) para as obras do estaleiro no Porto do Açu. Esse tipo de empréstimo, utilizado como um adiantamento em projetos de longo prazo, é concedido para que as empresas possam dar início a obras ou contratar equipamentos enquanto o financiamento total está sendo analisado. Neste caso, faz parte de um financiamento aprovado em junho de 2012, no valor de R$ 1,344 bilhão, para a montagem do estaleiro de Eike, no município de São João da Barra, no Rio.

Com a frustração das expectativas da petroleira OGX, encomendas das plataformas OSX 4 e 5 e das WHPs 1, 3 e 4, feitas ao estaleiro, foram canceladas, o que comprometeu todo o projeto. A EBX e o banco BTG Pactual, de André Esteves, buscam uma solução para o estaleiro e para o próprio Porto do Açu. Os empréstimos-ponte para as duas obras estão condicionados ao cumprimento das etapas iniciais dos projetos. Em agosto, segundo fontes, o BNDES esperava liberar a primeira parcela do financiamento de longo prazo ao estaleiro. Quando isso ocorre, o valor desembolsado no empréstimo-ponte é deduzido do total.

Cancelamentos. No início do mês, em fato relevante para comunicar que não teria mais as obras anunciadas e que, em função disso, todas as projeções que havia divulgado ao mercado financeiro, "inclusive as que dizem respeito à carteira de encomendas estimada para a cliente OGX" deveriam ser desconsideradas, a OSX deixou claro que renegociaria dívidas. "Como consequência vários diálogos e iniciativas foram iniciados pela OSX e continuarão em curso com financiadores, colaboradores, fornecedores e demais stakeholders, tendo em vista necessidades de readequação", informou o texto, assinado pelo diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Luiz Guilherme Esteves Marques.   (Agência Estado)


Nova Iorque / EUA

Detroit pede proteção contra falência em maior concordata municipal dos EUA

Detroit tornou-se ontem, dia 18/7, a maior cidade na história dos Estados Unidos a pedir falência, segundo informou o gerente de emergência do Estado. Kevyn Orr, especialista em falência, foi contratado pelo Estado em março para livrar Detroit de uma queda livre fiscal e fez uma apresentação nesta quinta-feira (15) no tribunal de falências federal. Uma série de fatores —população mais notavelmente íngreme e queda nos impostos— foram atribuídos à baixa de Detroit. A cidade perdeu um 250 mil habitantes entre 2000 e 2010. A população, que em 1950 chegou a 1,8 milhão está lutando para ficar acima de 700 mil. Grande parte da classe média e dezenas de empresas também deixaram Detroit, levando seus impostos com eles.

Nos últimos meses, a cidade contou com dinheiro enviado pelo Estado como apoio para atender a folha de pagamento de seus aproximadamente 10 mil empregados. Orr não conseguiu convencer uma série de credores, sindicatos e conselhos de pensão da cidade para tirar alguns centavos de dólar para ajudar a facilitar a enorme reestruturação financeira da cidade. Se o pedido de falência for aprovado, os ativos de Detroit poderiam ser liquidados para satisfazer as demandas de pagamento. "Apenas um caminho viável oferece uma saída", disse, em carta, o governador Rick Snyder, aprovando a falência. Snyder havia determinado no início deste ano que Detroit estava em uma emergência financeira e sem um plano para melhorar as coisas. Ele fez a maior cidade dos EUA ficar sob a supervisão do Estado, quando contratou Orr em março. Sua carta foi anexada ao pedido de falência. "Os cidadãos de Detroit precisam e merecem um caminho claro para fora do ciclo de serviços cada vez menor", Snyder escreveu. "Credores da cidade, bem como os seus muitos funcionários públicos dedicados, merecem saber o que a cidade promete, pode e vai manter. A única maneira de fazer as coisas é reestruturar radicalmente a cidade e permitir que ela se reinvente sem o peso de obrigações impossíveis."

Chrysler LLC - Especialista em casos do tipo, Orr representou a montadora Chrysler LLC durante sua reestruturação bem sucedida. Ele emitiu um alerta no início de seu mandato de 18 meses em Detroit que a falência da cidade era um caminho que os seus credores não queriam trilhar. Ele colocou seus planos em reuniões junho com os detentores de dívida, em que sua equipe avisou que havia uma chance de 50% de um pedido de falência. Alguns credores foram convidados a tomar cerca de US$ 0,10 do que a cidade lhes devia. Pedidos de pensão deficitários teriam recebido menos do que os US$ 0,10 sob esse plano.

Equipe de especialistas financeiros colocados juntos de Orr disse que a proposta foi Detroit fixar permanentemente seus problemas fiscais. A equipe disse que Detroit estava inadimplente em cerca de US$ 2,5 bilhões em dívida não garantida e que teria de "economizar dinheiro" para os serviços de polícia, bombeiros e outros. "Apesar dos melhores esforços do Sr. Orr, ele tem sido incapaz de chegar a um plano de reestruturação com os credores da cidade", escreveu o governador. "Concordo, portanto, que o único caminho viável para uma Detroit estável e sólida é pedir concordata." O déficit orçamentário do Detroit é superior a US$ 380 milhões. Orr disse que a dívida de longo prazo era de mais de US$ 14 bilhões e poderia chegar a ficar entre US$ 17 bilhões e US$ 20 bilhões.  (Agência Reuters)


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INDICADORES ECONÔMICOS


Da redação - São Paulo / SP

COMENTÁRIO

Modelo em transição

Os sinais reiterados de um esgotamento do modelo de crescimento baseado no consumo têm feito o governo intensificar a adoção de medidas voltadas à melhoria da competitividade da economia brasileira. No caso do setor de energia, a ação que buscou atender a um apelo antigo da indústria, através de uma Medida Provisória que depois foi transformada na Lei 12.728, em 2012, reduziu os preços da eletricidade, entre os mais caros do mundo. Mas esse estímulo, que deveria, inclusive, beneficiar os consumidores e aliviar a expectativa dos concessionários sobre a possibilidade de novas licitações, surtiu o efeito contrário. A adesão dos agentes de mercado foi parcial e o cenário foi agravado pela queda no nível dos reservatórios no final do ano, que demandou o acionamento da geração termelétrica, mais cara, e colocou a confiabilidade do suprimento energético na berlinda. 

Para cumprir a meta do desconto tarifário, o governo precisou realizar uma seqüência de decretos e resoluções de efeito imediato, pegando as empresas no contrapé, e desencadeando um processo de judicialização do qual o setor agora precisa se desvencilhar para retomar a normalidade. “Estamos vivendo um momento especial, em que é preciso haver uma convergência para recuperar o bom funcionamento do setor elétrico”, diagnostica Paulo Pedrosa, presidente executivo da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace). Como desatar esse nó e garantir o investimento necessário à expansão do setor, bem como o suprimento para a indústria a preços competitivos, foi a tônica da III Seminário de Matriz Energética Brasileira, promovido pelo Centro de Estudos em Regulação e Infraestrutura da FGV/EPGE, FGV/IBRE e Conjuntura Econômica nos dias 4 e 5 de junho, no Rio de Janeiro. 

Ao ilustrar os impactos sofridos pelos agentes do setor da MP, Luiz Fernando Vianna, presidente da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica, disse que cerca de 8 GW médios de geração que forma transformados em quotas para suprir as distribuidoras, e que eram comercializadas a R$ 100 MW/h, passaram a ser vendidos por R$ 35. "Empresas como a Eletrobrás tiveram que se adaptar duramente à realidade. Na transmissão, a redução foi de 40% na receita permitida. E distribuidoras ficaram com problemas de caixa. O setor ainda levará tempo para absorver tudo isso, pois os impactos foram grandes”, conclui.
(Fonte: Assessoria de Imprensa da FGV)

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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)

HOJE na Europa:

Bolsas europeias abrem em baixa

As principais bolsas europeias abriram nesta sexta-feira, dia 19/7, em queda em um dia no qual não são esperados grandes dados macroeconômicos.
Em Londres, o FTSE-100 dos principais valores perdeu 0,10%, a 6.627,7 pontos. Em Frankfurt, o Dax começou em baixa, cedendo 0,46%, a 8.299,01 pontos.
Em Paris, o CAC-40 perdeu 0,35%, a 3.914,52 pontos, enquanto em Madri o Ibex-35 seguiu a tendência europeia e abriu em baixa, perdendo 0,28%, a 7.934,7 pontos.


HOJE na Ásia:

Bolsas asiáticas caem com resultados corporativos

Os mercados de ações da Ásia fecharam majoritariamente em queda nos pregões de hoje, dia 19/7, com preocupações sobre o crescimento da China pesando sobre Xangai. Além disso, os resultados corporativos continuam a direcionar muitas das apostas dos investidores da região.
O índice Xangai Composto perdeu 1,5% e fechou aos 1992,65 pontos, após ganho de 0,6% na sessão anterior. O índice Shenzhen Composto recuou 2,2% para 931,65 pontos. As perdas nas ações na China foram lideradas por bancos e empresas do setor imobiliário em meio a contínuas preocupações sobre a desaceleração do crescimento do país.
No início da semana, a China informou que o Produto Interno Bruto cresceu 7,5% no segundo trimestre, em comparação com o mesmo período do ano anterior. A expansão ficou em linha com as expectativas, mas ficou abaixo da alta de 7,7% no primeiro trimestre.
Ontem, após o fechamento do mercado em Nova York, os balanços da Microsoft e do Google decepcionaram os investidores, o que pesou sobre os pregões em Taipé e na Coreia do Sul, que possuem também grandes empresas de tecnologia.
Com preocupações sobre resultados corporativos, principalmente no setor de tecnologia, o índice Kospi, da Coreia do Sul, cedeu 0,2%, para 1871,41 pontos, e o índice Taiwan Weighted caiu 1,6%, para 8062,03 pontos. Na Austrália, índice S&P/ASX 200 perdeu 0,4% e encerrou a sessão aos 4972,10 pontos e, nas Filipinas, o índice PSEi perdeu 0,4% aos 6621,02 pontos.
O sentimento dos investidores também foram prejudicados pela realização de lucros e o consequente fechamento em queda de 1,48% na Bolsa de Tóquio. Segundo analistas, os agentes do mercado japonês travaram lucros antes das eleições parlamentares da Câmara Alta do país no domingo e contratos futuros pesaram sobre o mercado à vista.
Em Hong Kong, o índice Hang Seng ganhou 0,1% e fechou aos 21362,42 pontos. O índice foi apoiado pelo HSBC que avançou 1,2% nesta sexta-feira, após os fechamentos em alta em Wall Street na quinta-feira.


ONTEM no Brasil:

Bovespa sobe pelo quarto dia e flerta com nível acima de 48 mil pts

A Bovespa teve a quarta alta seguida nesta quinta-feira, na esteira do bom humor dos mercados externos, devido ao menor temor de redução da liquidez internacional.
O Ibovespa teve variação positiva de 0,53 por cento, a 47.656 pontos. O giro financeiro da sessão foi de 6,15 bilhões de reais.
A bolsa paulista foi influenciada pelo rali nas bolsas americanas, cujos principais índices fecharam em novas máximas históricas, impulsionadas por bons resultados corporativos, e pela reiterada disposição do chairman do Federal Reserve, Ben Bernanke, de que a instituição será cautelosa em seu cronograma de retirada de estímulos monetários.
No plano doméstico, repercutiu positivamente a ata do Comitê de Política Monetária (Copom), na qual o Banco Central deixou claro que manterá o ritmo de aperto monetário após ter elevado a taxa básica de juros para 8,50 por cento ao ano na semana passada.
"A ata do Copom, de um modo geral, foi mais otimista, dizendo que eles vão trazer a inflação para o centro da meta. Em termos de crescimento, também estão um pouco mais otimistas. Tudo isso acabou ajudando, além do fato de a bolsa ter caído muito forte recentemente", afirmou o economista-chefe da Corretora Souza Barros, Clodoir Vieira Souza Barros.
Na semana, o Ibovespa acumula alta de 4,66 por cento. Mesmo assim, o Ibovespa acumula queda de 21,8 por cento em 2013.
No pregão desta quinta, foram destaque papéis do setor imobiliário, como PDG Realty e Brookfield, que tiveram fortes perdas recentes.
A operadora de telefonia Oi também foi destaque positivo, após a Moody's ter afirmado que a venda de ativos anunciada na segunda-feira pela companhia favorece o seu perfil de endividamento.
Segundo analistas, os avanços recentes não representam, porém, uma reversão de tendência.
"O mercado está performando nas últimas sessões, mas não consegue passar de um determinado patamar", afirmou o analista Flávio Barros, da Grau Gestão de Ativos.
Na máxima da sessão, o Ibovespa chegou a superar os 48 mil pontos, mas em seguida perdeu força.
Segundo Barros, o mercado doméstico deve voltar a ser pressionado quando investidores realizarem lucros nas bolsas externas.
Para o analista Paulo Bittencourt, da Apogeo Investimentos, o Ibovespa continuará se movimentando dentro do patamar atual até que o mercado tenha dados macroeconômicos mais conclusivos, como uma mostra de desaceleração da inflação. Na sexta-feira será divulgado o IPCA-15, prévia da inflação oficial.


ONTEM nos EUA:

Wall Street: Dow Jones e S&P 500 batem novos recordes no fechamento

Wall Street alcançou novos recordes no fechamento nesta quinta-feira graças aos bons resultados das empresas, bons indicadores nos EUA e declarações tranquilizadoras do presidente do Fed, Ben Bernanke, sobre a política monetária da instituição.
O principal índice do mercado nova-iorquino, o Dow Jones Industrial Average, avançou 0,50% ou 78,02 pontos a 15.548,54 unidades, enquanto o S&P 500 teve alta de 0,50% ou 8,46 pontos a 1.689,37, em máximos históricos.
O tecnológico Nasdaq subiu 0,04%, 1,28 ponto, a 3.611,28, em seu nível mais alto desde o ano 2000.
Em plena temporada de resultados trimestrais de empresas, "a maior parte dos lucros vem dos grandes grupos como IBM ou United Health e os financeiros", destacou Michael James da Wedbush Morgan Securities.
Algumas empresas, contudo, decepcionaram o mercado como a Intel e "várias ações tecnológicas como Google, Microsoft ou Facebook evoluíram em queda" durante o dia, pressionando o Nasdaq para baixo, destacou James.
Bernanke disse nesta quinta-feira a legisladores no Congresso que é "muito cedo" para dizer se o Comitê de Política Monetária do Fed (FOMC) reduzirá seu apoio à economia, por meio de compras de títulos do Tesouro, em sua reunião de setembro.
Além disso, insistiu que o banco central conservará durante bastante tempo os títulos que compra todo mês desde o começo do ano, por 85 bilhões de dólares, uma medida que injeta liquidez no mercado, mas está destinado, sobretudo, a manter baixas as taxas de juros a longo prazo.
Os investidores também foram estimulados por uma queda dos novos pedidos de seguro desemprego nos EUA na semana passada e um aumento da atividade manufatureira na região da Filadélfia em julho.
O mercado das obrigações caiu. O rendimento dos bônus do Tesouro a 10 anos avançou a 2,534% contra 2,491% na quarta-feira à noite e o dos bônus a 30 anos fechou em 3,630% contra 3,572%.


ONTEM na Europa:

Bolsas da Europa atingem máxima em seis semanas

As ações europeias atingiram máximas de seis semanas nesta quinta-feira, em meio a uma alta dos papéis de instituições financeiras depois de o Banco Central Europeu ter afrouxado regras de colateral, e fortes vendas impulsionarem os setores de mídia e luxo.
O índice FTSEurofirst 300 fechou em alta de 0,9%, a 1.209 pontos, enquanto o índice das blue chips da zona do euro fechou em alta de 1,4% a 2.717 pontos. Ambas registraram seus maiores fechamentos desde o começo de junho.
Os bancos foram o setor com a melhor performance, com alta de 2,2% depois de o BCE ampliar a lista de colaterais elegíveis para incluir mais títulos lastreados em ativos, estimulando a confiança de credores franceses, espanhóis e italianos.
"Não sei se realmente emprestaremos mais, porém isso tem um impacto no mercado de ações", afirmou o estrategista-chefe da Cholet Dupont, Vincent Guenzi.
"Estamos sentindo falta de um catalisador e isso poderia ser um bom castalisador para mover o mercado e especialmente o setor bancário", acrescentou, prevendo que Euro STOXX 50 poderia ganhar de 4% a 5% por cento até o outono.
Dentre as principais altas, estavam a empresa de publicidade Publicis e o grupo de bens de luxo Hermes. Ambas divulgaram que uma forte performance na região norte-americana ajudou a impulsionar as vendas.
Em LONDRES, o índice Financial Times subiu 0,95%, a 6.634 pontos.
Em FRANKFURT, o índice DAX avançou 1,0%, para 8.337 pontos.
Em PARIS, o índice CAC-40 teve alta de 1,44%, a 3.927 pontos.
Em MILÃO, o índice Ftse/Mib ganhou 2,28%, para 16.053 pontos.
Em MADRI, o índice Ibex-35 fechou em alta de 1,85%, a 7.957 pontos.
Em LISBOA, o índice PSI20 subiu 2,3%, para 5.567 pontos.

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MERCADO FINANCEIRO


Belo Horizonte / MG

Aplicações do crédito rural aumentaram 16,4% em Minas

As aplicações do crédito rural em Minas Gerais, na safra 2012/2013, considerando apenas os repasses do Banco do Brasil, somaram R$ 9,6 bilhões, uma variação positiva de 16,4% em relação ao valor registrado no período anterior. De acordo com a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), o resultado é explicado principalmente pelo aumento do valor do crédito contratado individualmente no Estado. Além disso, o número de contratos (cerca de 149 mil) foi 5% superior ao registrado entre julho de 2011 e junho de 2012. “Os dados divulgados pelo Banco do Brasil mostram um interesse crescente dos agricultores pela adoção do crédito rural”, observa Diego Alves Peçanha, assessor técnico da Superintendência de Política e Economia Agrícola da Seapa. “Uma análise dos repasses da última safra, em relação ao valor registrado no período 2009/2010, mostra crescimento de 32,6% nas aplicações.”   Segundo Peçanha, na safra 2012/2013, período de julho a maio, as aplicações exclusivamente da agricultura empresarial já alcançavam R$ 7,7 bilhões, superando em 3% o total de repasses registrado no mesmo período da safra anterior. “Já a agricultura familiar fez aplicações de R$ 1,7 bilhão, até maio deste ano, um crescimento de 13,3%”, ressalta o assessor.

Café na liderança - O principal produto envolvido no crédito em Minas, mediante recursos do Banco do Brasil, é o café, com aplicações de R$ 2,6 bilhões no acumulado na safra 2012/2013. A liderança do segmento café é confirmada também, no período, pelo volume de contratos: 48,1 mil. Em segundo lugar estão as aplicações em bovinos de leite, da ordem de R$ 925,2 milhões, por intermédio de 16 mil contratos. Para o segmento bovinos-carne, o crédito utilizado foi de R$ 846 milhões por meio de 10,3 mil contratos. Os produtores de milho fizeram aplicações de R$ 745,2 milhões, registradas em 7,7 mil contratos. No segmento soja houve aplicações de R$ 514,7 milhões, por meio de 2 mil contratos
     
Sul aplica mais - O assessor observa também que os produtores do Sul de Minas fizeram as mais altas aplicações do Estado (R$ 2,3 bilhões), embora o número de contratos, 9,3 mil, seja apenas 2% maior que o registrado na safra anterior. Em segundo lugar estão os produtores do Alto Paranaíba, com R$ 1,5 bilhão obtidos em 11,4 mil contratos, neste caso um aumento de 3%. Terceiro colocado em valor de repasses (cerca de R$ 1,2 bilhão), o Triângulo Mineiro registra 9,3 mil contratos, volume 7% superior ao da safra 2011/2012. Já a região Central, por intermédio de 13,2 mil contratos (+ 10%), obteve o repasse de R$ 1,1 bilhão.

Na faixa dos milhões de reais, as maiores aplicações são do Centro-Oeste de Minas, com R$ 897,1 milhão. Depois vem a região Noroeste, que teve o repasse de R$ 848,1 milhões mediante 5,7 mil contratos. E a Zona da Mata somou R$ 673,7 milhões, por meio de 25,5 mil contratos. Para Peçanha, um dos destaques foi o aumento do volume de contratos inclusive nas regiões que apresentam aplicações de crédito menores. Os produtores do Norte de Minas aplicaram R$ 399,5 milhões, mas o número de contratos (7,8 mil) equivale a um aumento de 35% em comparação ao registrado na safra anterior. O Vale do Jequitinhonha, embora com as menores aplicações (R$ 243,5 milhões), apresentou um aumento de 15% no volume de contratos.

No Brasil, as aplicações do crédito rural, entre julho de 2012 e junho de 2013, alcançaram R$ 133,2 bilhões, um aumento de 7,5% em relação ao período anterior. A expectativa para a nova safra, de acordo com o assessor, é de que os valores aplicados aumentem como consequência dos benefícios apresentados no novo Plano Safra Agrícola e Pecuário para a safra 2013/2014. Entre eles, a redução dos juros, o aumento dos limites para cada contratação e linhas de crédito para armazenagem, inovação tecnológica, irrigação e para o Programa de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC). Todos esses fatores possibilitam a estimativa de aplicações superiores a R$ 10 bilhões em Minas.  

Números do crédito rural MG
Safra 2012/2013 x 2011/2012
Aplicações: R$ 9,6 bi (+16,4%)
Contratos: 149 mil (+ 5%)

Produtos
Café: R$ 2,6 bilhões (48,1 mil contratos)
Bovinos de leite: R$ 925,2 milhões (16 mil contratos)
Bovinos-carne: R$ 846 milhões (10,3 mil contratos)
Milho: R$ 745,2 milhões (7,7 mil contratos)
Soja: R$ 514,7 milhões (2 mil contratos)

Ranking das regiões
Sul: R$ 2,3 bi
Alto Paranaíba: R$ 1,5 bi
Triângulo: R$ 1,2 bi
Central: R$ 1,1 bi

(Fonte: Assessoria de Comunicação do Governo de Minas Gerais)

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INDÚSTRIA

Helsinque / Finlândia

Lucro da Stora Enso cai por redução de demanda por papel na Europa

O grupo finlandês florestal Stora Enso anunciou que seu lucro principal no segundo trimestre caiu 14 por cento, em linha com as expectativas do mercado, com a fraca demanda europeia para o papel. A empresa, segunda maior fabricante da Europa de papel, teve lucro trimestral de 124 milhões de euros (162 milhões de dólares) ante 144 milhões um ano antes. A previsão média de analistas em uma pesquisa da Reuters apontava lucro de 128 milhões de euros. A Stora disse no mês passado que pretende cortar 2.500 postos de trabalho para lidar com a redução da demanda de papel devido a uma mudança de mídia impressa tradicional para publicações online. 
(Agência Reuters)

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AGROBUSINESS


Da redação - São Paulo / SP

Brasil quer ser um dos maiores fornecedores de lácteos em uma década

Quarto maior produtor de leite do mundo, o Brasil não figura entre os maiores exportadores de lácteos, quadro que deve mudar na próxima década com o aumento da produção e ações de promoção comercial. Com mais produção e mais divulgação, o País pode, até 2023, figurar como o sétimo principal exportador do planeta, de acordo com previsão de Duarte Vilela, chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, feita durante seminário realizado na feira Minas Láctea 2013, que começou no dia 16 de julho, em Juiz de Fora (MG). "O que a gente espera daqui até o ano 2023 é que tenhamos uma inserção definitiva no mercado internacional. Nós estamos crescendo a uma taxa superior a 4% ao ano", destacou Vilela. "Esperamos continuar crescendo a essa taxa de modo que em 2023 estejamos entre os sete maiores exportadores de lácteos do mundo. Em um cenário pessimista, estaremos em 2023 acima de 44 bilhões de litros de leite, num cenário otimista, estaremos próximos aos 50 bilhões de litros de leite. É dentro desse cenário de expectativa de crescimento que a gente imagina que o Brasil estará entre os sete maiores exportadores de lácteos do mundo", explicou Vilela. Hoje a produção é de 32 bilhões de litros por ano.

De acordo com ele, o cenário mundial está favorável ao crescimento das exportações brasileiras, com preços melhores, maior consumo de produtos lácteos e mudanças de hábitos alimentares em países que não tinham costume de consumir muitos derivados de leite, como os asiáticos. O chefe da Embrapa Gade de Leite aponta ainda que o aumento da renda nos países emergentes, em geral, favorece o consumo de laticínios. "Há uma relação direta de quanto maior a renda per capita, maior o consumo de derivados lácteos. Não leite fluído (líquido), mas principalmente iogurte, queijos, etc. Então, pelo fato de a renda per capita mundial, principalmente nos países em desenvolvimento, estar crescendo, a expectativa de crescimento do consumo de derivados é maior do que a de leite fluído, inclusive pela própria facilidade de transporte, porque o maior comércio hoje tem sido, em primeiro lugar, de leite em pó e depois queijos, etc", disse.

Sobre a produtividade de leite no Brasil, Vilela afirma que as principais regiões produtoras no País são muito competitivas, chegando a alcançar até seis mil quilos de leite por lactação por vaca. "São quantidades expressivas que nos dão competitividade lá fora. Em termos de qualidade, tem havido um trabalho muito grande desde o final da década de 90 em termos de melhoria de qualidade. Onde temos hoje os maiores produtores de leite, na região Centro-Sul, a qualidade do leite não perde nada para os padrões internacionais", completou.

Promoção Internacional - Durante a Minas Láctea 2013 acontece a primeira ação de divulgação internacional do Projeto Setorial de Promoção de Exportação de Produtos Lácteos (PS-Lácteos), realizado em parceria pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) e a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), com apoio do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).

O projeto trouxe à feira compradores dos Emirados Árabes Unidos e da Venezuela para conhecer a produção de laticínios no Brasil e conversar com as indústrias brasileiras presentes ao evento. "Nunca fizemos qualquer trabalho anterior de divulgação desse setor em eventos internacionais.", destacou Marcos Soares, gestor de Projetos da Apex, indicando um dos motivos para a pouca exportação do setor lácteo nacional que, em 2012, exportou 43,1 mil toneladas de produtos, com receita de US$ 119,6 milhões.

Ele lembrou que as empresas participantes do PS-Lácteos definiram seis países alvo para a exportação do setor: Argélia, Arábia saudita, Emirados, Egito, Iraque e Venezuela. "A ideia agora é trabalhar, conhecer melhor, fazer um trabalho de prospecção nesses mercados, ou seja, saber quais as condições de importação desses mercados e também fazer um trabalho de divulgação das empresas e dos produtos brasileiros nestes mercados", explicou. Atualmente, os maiores produtores de leite no mundo são, por ordem, os Estados Unidos, a Índia e a China. O principal exportador mundial, no entanto, é a Nova Zelândia.  
(Agência de Notícias Brasil-Árabe)



Da redação - Brasília / DF

Leilão de trigo negociou 76% da oferta, preços com ágio de até 24%

Realizado na manhã de ontem, dia 18/7, o leilão de venda de estoques públicos de trigo, novamente sem negociar a totalidade da oferta disponível no Estado do Paraná. Apesar disso, os preços novamente foram bastante expressivos. Em resumo tivemos a oferta das 6,63 mil toneladas disponíveis em estoques da CONAB nos Estados de Paraná e Rio Grande do Sul, negociando apenas 76,62% do total ou 5,08 mil toneladas. A totalidade dos lotes gaúchos foi negociada e houve sobra de lotes paranaenses situados no sudoeste do Estado (Realeza-PR).

Quanto aos preços de negócios (figura abaixo), vemos que mercado paranaense pagou entre R$ 870/ton (lotes do sudoeste do Estado) até R$ 928/ton (lotes em Ponta Grossa-PR). Nota-se que estes lotes acompanham a tendência de preços nestas regiões, com moinho desta região nos reportando esta semana pedidas entre R$ 920 a 950/ton para o mercado físico local. E as menores pedidas no Sudoeste acompanhando a qualidade dos lotes, onde forte ocorrência de chuvas na colheita na safra passada.

Trigo no Rio Grande do Sul fechado neste leilão em R$ 836/ton, bem em cima das pedidas de compradores coletada na última semana, que variava de R$ 820 a 840/ton. Há neste momento o excedente de apenas 1,55 mil toneladas nos estoques paranaenses de trigo. A necessidade de recomposição de estoques pela CONAB deve ser um agente de elevação nos preços internos neste ano safra.  (Fonte: AF News)

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MERCADO AUTOMOTIVO


Da redação - Brasília / DF

Caixa financia carros com juros mensais de 1,51% em 60 meses

A Caixa Econômica Federal e o Banco Pan (antigo Panamericano, comprado pela instituição) realizam, até amanhã (20), o Salão Auto Caixa. Durante o evento, gerentes do banco vão oferecer financiamentos de veículos dentro de concessionárias espalhadas por cerca de 80 cidades do país. O financiamento oferecido será o Crédito Auto Caixa, uma linha que pode ser usada tanto na compra de carros novos como na compra de usados. Os juros variam de 0,75% a 1,51% ao mês. O consumidor poderá financiar até 100% do valor do veículo. O prazo máximo será de 60 meses.

Essas condições já são oferecidas normalmente pelo banco. O diferencial do feirão é que os consumidores poderão fazer a contratação com os gerentes da Caixa dentro das concessionárias. No período do salão, eles também terão desconto na contratação de seguros de veículos.

No total, 525 concessionárias de 26 marcas vão participar do evento. Considerando-se só a Grande São Paulo, serão 109. A lista das concessionárias participantes pode ser consultada pela internet. Para contratar o financiamento, o consumidor deve levar RG, CPF e comprovantes de renda e residência. Os juros e o prazo do financiamento vão variar de acordo com a situação do cliente, levando-se em conta o relacionamento prévio dele com o banco, o tipo e o ano do carro que será comprado. 
(Fontes: Agência Brasil e UOL)


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SERVIÇOS, COMÉRCIO e VAREJO


São Paulo / SP

Com alta do dólar, vinho europeu compete com chileno

O aumento do dólar só deve chegar no Natal aos vinhos e espumantes.
Os distribuidores ainda estão com estoques altos de produtos estrangeiros, feitos no ano passado devido aos rumores de aumento de tarifa de importação. Adegas e supermercados estão até fazendo promoção. Para Thiago dal Pizol, da importadora Cantu, o dólar alto torna mais caro alguns vinhos chilenos e argentinos, que podem ser substituídos por europeus. 

Com a crise, a Espanha e a Itália passaram a produzir vinhos com preço menor para atender o mercado doméstico. Esses vinhos são exportados e ficaram com preço competitivo em relação aos sul-americanos. Entre as regiões com produtos com bons preços estão as espanholas El Bierzo, Castilla e Toro, que concorrem com as tradicionais Rioja e Douro. Na Itália, produtores da Úmbria e da Puglia desenvolveram vinhos mais baratos do que os da Toscana. "Faz parte do trabalho do importador pesquisar produtos com bom custo-benefício para substituição de outros mais caros", disse. No caso do Chile, a indústria local afirma que tem escala e tecnologia para reduzir em parte os preços e compensar a mudança no dólar. Já os argentinos têm pouca margem de manobra, além de enfrentar inflação interna, que dificulta competir com os produtos europeus e do Chile.  (Agência Folha)


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COMÉRCIO EXTERIOR


Da redação - Brasília / DF

Exportações do agronegócio de MT aumentam 20% no primeiro semestre

As exportações do agronegócio de Mato Grosso cresceram 20% no primeiro semestre de 2013 em relação ao mesmo período de 2012, passando de US$ 7,11 bilhões para US$ 8,52 bilhões. Se não fosse a significativa contribuição da produção agropecuária do Estado, a balança comercial brasileira registraria saldo negativo de US$ 11,4 bilhões. "Os motivos para o bom desempenho da balança comercial no Estado foram o aumento da produção agropecuária e dos preços das commodities no mercado internacional que estavam muito favoráveis", justifica o diretor executivo da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Seneri Paludo.

Segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), as vendas externas totais do Estado no acumulado de 2013 representaram 7,5% das exportações nacionais. "Embora a colocação de Mato Grosso no ranking nacional das exportações tenha caído para a 6ª posição, ficando atrás de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Paraná, o crescimento das exportações do agronegócio do Estado contribuiu para que o saldo negativo da balança comercial brasileira não fosse ainda maior", informa a analista de Conjuntura Econômica do Imea, Gemelli Lyra. No primeiro semestre do ano, a balança comercial total do Brasil apresentou déficit de US$ 3 bilhões. Isso significa que o país importou mais (US$ 117,5 bilhões) do que exportou (US$ 114,4 bilhões).

Conforme o diretor da Famato, 98% das exportações de Mato Grosso são oriundas de produtos do agronegócio. A participação do milho nas vendas externas cresceu de 2% para 15% do primeiro semestre de 2012 para o mesmo período em 2013. "Foi o produto que apresentou um salto muito grande na participação das exportações do Estado. Entre as justificativas para este desempenho tão positivo estão o aumento do volume de produção do cereal e o aumento do preço", argumenta Paludo.

Uma das preocupações do setor é o destino das exportações mato-grossenses. Somente a China tem 43% de participação nas exportações do Estado. "O que me preocupa é a participação da China, pois é muito significativa para apenas um país. Se a economia de lá balançar é um risco muito grande para nós. Precisamos de diversificação dos países para exportação e para isso são necessárias políticas públicas que contribuam com a abertura de novos mercados", afirma Paludo. Além da China, as exportações do agronegócio de Mato Grosso também são mais destinadas para a Holanda, Coréia do Sul, Japão e Venezuela.  (Fonte: Expresso MT)


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TI, WEB e e-COMMERCE


Nova Iorque / EUA

Lucro do Google sobe 16% no 2º trimestre e soma US$ 3,2 bilhões

O Google registrou lucro líquido de US$ 3,23 bilhões no segundo trimestre deste ano, ou US$ 9,54 por ação. O resultado superou em 16% o lucro de US$ 2,79 bilhões (US$ 8,42 por ação) registrado no mesmo período do ano passado. A receita total, enquanto isso, cresceu 19%, para US$ 14,11 bilhões. Os resultados, no entanto, ficaram aquém da expectativa dos analistas. Os papéis da empresa fecharam em queda de 0,86% na sessão regular de hoje, a US$ 910,68 por ação. No after-hours, após a divulgação do balanço, a queda era ainda maior: 4,91%.   (Agência Dow Jones Newswires) 



Da redação - São Paulo / SP

Portal de negócios B2Brazil faz parceria com Visa para serviços

O portal B2Brazil Serviços Interativos Ltda, um marketplace voltado para promover micro, pequenas e médias empresas no mercado internacional, acaba de assinar um acordo com a Visa do Brasil para ser promovido pelo Clube de Negócios (Shopping Club) serviço da Visa para portadores dos seus cartões corporativos. O Clube de Negócios da Visa é uma rede social para empresa que querem fazer negócios e expandir parcerias. Seus associados recebem descontos e promoções exclusivos. Pelo acordo, os associados do Clube de Negócios da Visa agora podem ser também membros do B2Brazil adquirindo o "Premium Membership", que tem o maior nível de benefícios do portal, por um preço com desconto.

Cada associado do B2Brazil.com recebe um "hotsite" exclusivo em inglês que é promovido mundialmente no portal. A idéia é, com isso, aumentar a visibilidade internacional das empresas brasileiras e seus produtos. Os associados também vão receber um "hotsite" exclusivo em português que será promovido nacionalmente na versão local do marketplace, o B2Brazil.com.br, apostando no crescimento dos negócios business-to-business (B2B) domésticos.

O B2Brazil.com é um mercado de negócios online focado em promover relacionamento, contatos e transações business-to-business (B2B) entre empresas brasileiras e companhias do mundo todo. A proposta do site é oferecer uma solução simplificada para empresas interessadas no mercado global com recursos para promover produtos, realizar vendas internacionais e prospectar clientes globais. A categoria básica de associado para empresas brasileiras no B2Brazil é gratuita e os membros recebem um exclusivo "hotsite" em Inglês para serem promovidos globalmente e um hotsite em português para serem promovidos nacionalmente, aumentando desta forma a exposição das empresas e de seus produtos. Associados gratuitos podem tornar-se Associados Premium, o mais alto nível de benefícios oferecidos pelo B2Brazil, nesse caso pagando.

Com a Associação Premium as empresas aumentam consideravelmente a chance de realizarem negócios através do portal, uma vez que contam com benefícios como prioridade em resultados de busca, inclusão ilimitada de produtos e imagens, marketing online customizado e serviços de apoio de especialistas qualificados. Segundo a empresa, atualmente compradores de mais de 200 países usam o portal para obter informações e realizar negócios.
Recentemente o site lançou a versão do seu portal em português para promover empresas estrangeiras de todos os portes que queiram lançar-se no mercado local, permitindo que elas possam se registrar e serem promovidas no mercado nacional através de uma empresa com sede no Brasil.

Até agora o portal era restrito aos brasileiros. As empresas estrangeiras só podem se registrar como "Associados Premium" devido a uma necessidade maior de suporte da equipe local e também pela necessidade de verificação da existência da empresa estrangeira para reduzir as fraudes. "Estamos muito animados em expandir nosso serviço, nosso alcance, e nossa base de clientes através do lançamento de nosso portal em português", disse John Gardiner, CEO da holding do B2BRAZIL. "Tivemos tantas empresas estrangeiras que tentaram se cadastrar em nosso serviço e percebemos que não existia um portal de comércio B2B especializado para facilitar o acesso destas empresas no mercado brasileiro", disse ele. Além da parceria com a Visa, o B2Brazil tem uma parceria abrangente com o Banco do Brasil. Segundo Gardiner, a base de PMEs associadas ao B2Brazil vem crescendo consideravelmente e atingindo massa crítica após o anúncio do acordo estratégico da empresa com o Banco do Brasil.



São Francisco / EUA

Microsoft perde quase US$ 1 bilhão com vendas fracas do Surface

A Microsoft assumiu hoje um desconto inesperado de 900 milhões de dólares no seu resultado financeiro pelo que ela chamou "ajustes de estoque" do tablet Surface RT, que estreou este ano com vendas abaixo do esperado. A companhia vem oferecendo descontos agressivos no Surface RT, que roda a versão light Windows RT, uma versão do Windows 8 específica para tablets que se baseia unicamente na interface "Modern" (conhecida pelo nome anterior de Metro). No domingo, por exemolo, a Microsoft derrubou o preço do Surface RT em mais 150 dólares, um desconto de 30% sobre o preço do modelo de 32GB, que agora passa a custar 349 dólares. A versão de 64GB do Surface RT também ganhou o mesmo desconto, passando a ser vendida por 449 dólares.

O desconto de 900 milhões de dólares no faturamento anunciado hoje reflete não apenas esses descontos mas também um estoque de produtos que possivelmente a Microsoft acredita que nao vai vender. A Microsoft anunciou hoje receita de 19,9 bilhões de dólares para o trimestre que se encerrou em 30 de junho, um crescimento de 10,3% sobre o mesmo período do ano anterior. Mas os lucros de 5 bilhões de dólares, ou 59 centavos por ação, ficaram muito abaixo do que esperava o mercado, que apostava em 75 centavos por ação.

Durante o segundo trimestre ao ano calendário de 2012, a Microsoft anunciou lucro de apenas 192 milhões de dólares por conta de uma dupla de descontos: 540 milhões de dólares de receita diferida que estaria ligada ao upgrade do Windows 8 e 6,2 bilhões de dólares de desconto contabilizando perdas da sua divisão de online services.



Nova Iorque / EUA

SAP cresce 4% sua receita no trimestre e reduz projeções para 2013

A SAP anunciou os resultados do seu segundo trimestre fiscal com crescimento de 4% na receita, provocado principalmente pelo aumento das assinaturas de cloud computing, faturamento da área de suporte e pelo seu database in-memory HANA. Apesar disso, a empresa reduziu sua expectativa de crescimento na área de software e serviços ligados a software para o ano de 2013, como resultado de mudanças macroeconômicas, particularmente na região da Ásia Pacífico e Japão, e uma transição muito rápida para cloud. A receita nessas regiões teve queda de 7%.

Por outro lado, a receita na região das Américas cresceu 18%, segundo a companhia, com forte crescimento na venda de software em mercados da América Latina especialmente no Brasil. A receita total da empresa foi de 5,3 bilhões de dólares, 4% acima do mesmo trimestre do ano anterior, de acordo com os padrões IFRS (international financial reporting standards). O lucro cresceu 10%, atingindo 950 milhões de dólares. Juntas, as áreas de software e serviços de software cresceram 6% a receita, atingindo 4,33 bilhões de dólares, embora software tenha tido queda de 7% no faturamento, que ficou em 1,2 bilhão de dólares. O grande crescimento de receita ficou por conta de assinaturas de nuvem, que aumentaram 206% atingindo 208 milhões de dólares.

A SAP diz que o HANA foi o grande "motor de crescimento" e contribuiu com uma receita de 133 milhões de dólares, crescimento de 21% sobre o ano anterior. A empresa continua projetando uma receita total para 2013 do HANA  entre 853 a 900 milhões de dólares. No bolo geral, no entanto, a empresa reduziu entre 11% e 13% a projeção para o ano de 2013 que tinha anunciado no trimestre anterior para a receita, mantendo no entanto os mesmos números para lucros, que deverão ficar próximos de 7,7 bilhões de dólares.


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INFRAESTRUTURA e LOGISTICA


Brasília / DF

Só um consórcio disputa o projeto do trem-bala

Sete das oito concorrentes que disputavam a licitação para o gerenciamento do projeto do trem-bala ligando São Paulo à cidade do Rio foram eliminadas da disputa. Com isso, apenas um consórcio italiano segue no processo. Todas as empresas foram descartadas porque tiveram rejeitados documentos comprovando a qualificação técnica de responsáveis por áreas específicas no projeto. Entre os motivos da rejeição, há traduções erradas. Os grupos eliminados ainda podem recorrer. O gerenciamento é uma das três principais concorrências que serão feitas para colocar de pé o projeto de refazer a ligação ferroviária de passageiros entre São Paulo e Rio.

As outras duas serão a contratação do fornecedor e operador dos trens (marcada para agosto) e dos construtores da linha e estações (sem data definida). Entre as eliminadas na concorrência -cuja tarefa principal é elaborar um projeto executivo para saber o real valor da obra- estão gigantes estrangeiras do setor de planejamento, como a espanhola Ineco e a francesa Egis, além de brasileiras como a Progen, a Concremat e a Engevix. A eliminação em bloco feita pela estatal EPL (Empresa de Planejamento e Logística), responsável pela concorrência, foi mal vista por interessados no projeto. Eles apontam rigor excessivo e argumentam que os problemas apontados seriam solucionados com pedidos de esclarecimento.
A EPL, no entanto, disse ter informado aos concorrentes "por meio do edital, as exigências para participação da licitação" e que todas as informações sobre a eliminação estão disponíveis no site da empresa.

Na Itália - O único consórcio não eliminado foi o formado pelas empresas italianas Italferr e Geodata -que tem uma subsidiária no Brasil. Esse consórcio ainda terá sua proposta analisada antes de ser declarado vencedor. Ele estava em terceiro lugar na etapa de preço, com R$ 77 milhões. Na disputa final, o preço seria ponderado com a nota de qualidade dada pela comissão de licitação. A Italferr é a estatal italiana de ferrovias. O país tem trens de alta velocidade em operação desde 1981, mas a sua malha é menor e mais lenta que a de outros países europeus como a França, a Alemanha e a Espanha.

A disputa - Brasil e Itália estão numa disputa judicial por causa da construção do trem-bala. Em 2006, outra empresa privada italiana, a Italplan, foi escolhida pelo governo brasileiro para levar adiante o trem-bala. A empresa propôs fazer o projeto ao custo de US$ 9 bilhões, sem recursos públicos. O projeto foi rejeitado pelo TCU e a Italplan passou a cobrar do governo brasileiro o pagamento por seus serviços. Conseguiu, no ano passado, uma sentença judicial na Itália para ser ressarcida em R$ 700 milhões. A conta da embaixada brasileira naquele país chegou a ser bloqueada para esse pagamento. A Justiça brasileira, no entanto, impediu os desembolsos.

O preço - A empresa que for escolhida nessa licitação terá a responsabilidade de contratar um projeto executivo para a obra. Esse projeto vai dar um preço mais preciso para a construção dos 511 quilômetros de linhas ferroviárias. Em 2008, o projeto do trem-bala foi orçado em R$ 33 bilhões. Mas empresas do setor de construção civil apontam que os estudos iniciais eram insuficientes e que o preço da obra poderia ser até 60% maior que o estimado.  (Agência Folha)


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AGENDA i-press.biz


Da redação - São Paulo / SP

III Fórum da Internet no Brasil debaterá a governança da rede

Já estão abertas as inscrições para o III Fórum da Internet no Brasil, promovido pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br). Neste ano, o Fórum será realizado na cidade de Belém, no Pará, entre os dias 3 e 5 de setembro com o lema "Construindo Pontes". Segundo o CGI, o principal objetivo do evento é promover discussões que ajudem a mapear opiniões e preocupações semelhantes, bem como diversidades que reflitam o caráter multissetorial e multilateral da governança da Internet no Brasil. O Fórum contará com cinco temáticas principais em sua terceira edição: Universalidade, Acessibilidade e Diversidade; Inovação Tecnológica e Modelos de Negócios na Internet; Cultura, Educação e Direitos Autorais na Internet; Privacidade, Inimputabilidade da Rede; Liberdade de Expressão e Neutralidade de Rede. 

As trilhas temáticas deste ano foram agrupadas de modo a atender as sugestões recebidas das diversas regiões do Brasil e buscam abranger a perspectiva dos diversos setores que compõem o CGI.br, como a sociedade civil organizada, os representantes e pesquisadores da academia, os representantes governamentais e os empresários do setor. Os debates que acontecerão no III Fórum serão preparatórios à participação brasileira no Internet Governance Forum (IGF), um importante encontro que acontecerá em Bali, na Indonésia, entre 22 e 25 de outubro. O evento envolve governos, empresas, organizações da sociedade civil e especialistas do mundo inteiro interessados em discutir e desenvolver políticas públicas relacionadas à Internet.

Seminário WSIS+10
Outra novidade do Fórum este ano fica por conta do "Seminário de Avaliação dos 10 anos da Cúpula Mundial da Sociedade da Informação", o WSIS+10. O objetivo é dar início a um processo de avaliação e discussão da Agenda WSIS, de modo a reunir os posicionamentos dos diversos setores da sociedade frente aos temas, perspectivas e desafios relacionados ao desenvolvimento da Sociedade da Informação. 

Dessa forma, no momento em que a Unesco e as Nações Unidas iniciam o debate sobre metodologias para medir o avanço dos princípios e metas estabelecidas nas reuniões da Cúpula Mundial para a Sociedade da Informação, o CGI.br decide liderar, em parceria com o Ministério das Relações Exteriores, essa iniciativa. "Isso permitirá ao Brasil apresentar uma posição que reflita os anseios de diversos setores da sociedade acerca dos temas da Cúpula e outros temas que eventualmente sejam de interesse do país, mas que ainda não foram incorporados às discussões nos fóruns internacionais", diz Carlinhos Cecconi, integrante da Secretaria Executiva do CGI.br, organizadora do Fórum. "Esperamos que o Fórum da Internet deste ano caracterize-se como o espaço organizado de conversas multissetorial, identificando dissensos, construindo consensos." Para mais informações sobre as trilhas e para acessar o formulário de inscrições do III Fórum da Internet no Brasil, acesse o site www.forumdainternet.cgi.br.


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