Edição 842 | Ano IV


São Paulo / SP
Pobreza recua no Brasil, mas fim da miséria é questionável
Apesar de expressivos avanços no combate à extrema pobreza, erradicar a miséria do Brasil e transformá-lo num país de classe média será mais complexo e demorado do que o discurso do governo sugere, segundo especialistas ouvidos. Há duas semanas, à frente de uma placa com o slogan "O fim da miséria é só um começo" – provável lema de sua campanha à reeleição –, a presidente Dilma Rousseff anunciou a ampliação das transferências de renda às famílias mais pobres que constam do Cadastro Único do governo.

Com a mudança, os mais pobres receberão repasse complementar para que a renda per capita de suas famílias alcance ao menos R$ 70 ao mês – patamar abaixo do qual são consideradas extremamente pobres pelo governo. A alteração, diz o governo, permitirá que 2,5 milhões de brasileiros se somem a 22 milhões de beneficiários do Bolsa Família que ultrapassaram a linha da pobreza extrema nos últimos dois anos. Para que o programa seja de fato universalizado, porém, o governo estima que falte registrar 2,2 milhões de brasileiros miseráveis ainda à margem das políticas de transferência de renda, o que pretende realizar até 2014. Especialistas em políticas antipobreza ouvidos pela BBC Brasil aprovaram a expansão do programa, mas fazem ressalvas quanto à promessa do governo de erradicar a miséria.

Para Otaviano Canuto, vice-presidente da Rede de Redução da Pobreza e Gerenciamento Econômico do Banco Mundial, o Bolsa Família – carro-chefe dos programas de transferência de renda do governo – é bastante eficiente e tem um custo relativamente baixo (0,5% do PIB nacional). Canuto diz que o plano e outros programas de transferência de renda ajudam a explicar a melhora nos índices de pobreza e desigualdade no Brasil na última década, ainda que, somados, tenham tido peso menor do que a universalização da educação – "processo que vem de antes do governo Lula" – e a evolução do mercado de trabalho, com baixo desemprego e salários reais crescentes.

Apesar do progresso, estudiosos dizem que, mesmo que o Cadastro Único passe a cobrir todos os brasileiros que hoje vivem na pobreza, sempre haverá novas famílias que se tornarão miseráveis. Há, ainda, questionamentos sobre o critério do governo para definir a pobreza extrema – renda familiar per capita inferior a R$ 70, baseado em conceito do Banco Mundial que define como miserável quem vive com menos de US$ 1,25 por dia. Adotado em junho de 2011 pelo governo, quando foi lançado o plano Brasil Sem Miséria (guarda-chuva das políticas federais voltadas aos mais pobres), o valor jamais foi reajustado. Se tivesse acompanhado a inflação, hoje valeria R$ 76,58.
Em onze das 18 capitais monitoradas pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), R$ 70 não garantem sequer a compra da parte de uma cesta básica destinada a uma pessoa. Em São Paulo, seriam necessários R$ 95,41 para a aquisição.

Em 2009, o então economista-chefe do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas, Marcelo Neri, defendeu em artigo que a linha de miséria no país fosse de R$ 144 por pessoa. Essa linha, segundo o autor, que hoje preside o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, órgão ligado à Presidência), atende necessidades alimentares mínimas fixadas pela Organização Mundial da Saúde. O economista Francisco Ferreira, também do Banco Mundial, considera positivo que o Brasil tenha definido uma linha de pobreza, mas afirma que o valor deveria ser ajustado ao menos de acordo com a inflação e que está "muito baixo" para o país.

Segundo Ferreira, o Banco Mundial estabeleceu a linha de miséria em US$ 1,25 ao dia para uniformizar seus estudos, mas cada país deveria definir próprios critérios. "Não me parece adequado que o Brasil adote a mesma linha aplicável a um país como o Haiti, por exemplo." Tiago Falcão, secretário de Superação da Pobreza Extrema do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), reconhece que mesmo que o Bolsa Família chegue a todos os brasileiros pobres sempre haverá novas famílias que cairão abaixo da linha da miséria. "Buscamos a superação da miséria do ponto de vista estrutural, para que não existam brasileiros que não sejam atendidos por nenhuma política pública. E estamos tentando encurtar o prazo de resgate dos extremamente pobres."

Falcão diz que a linha de R$ 70 responde a compromisso internacional do governo assumido com as Metas de Desenvolvimento do Milênio (MDM), que previam a redução à metade da pobreza extrema no país até 2015. Tendo como referência a linha do Banco Mundial, diz Falcão, o governo se "propôs um desafio muito mais complexo, que é a superação da extrema pobreza". "Era uma meta ambiciosa para o Brasil e, por outro lado, factível. Hoje consideramos que acertamos ao definir a linha de R$ 70". O secretário diz, no entanto, que se trata de um piso de "carências básicas" que, uma vez definido, poderá ser aumentado levando em conta as disparidades regionais e o quão solidária a sociedade quer ser com os mais pobres. Para Alexandre Barbosa, professor de história econômica do Instituto de Estudos Brasileiros da USP, o governo deveria levar em conta outros critérios além da renda em sua definição de miséria. Em 2011, Barbosa coordenou um estudo do Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento) intitulado "O Brasil Real: a desigualdade para além dos indicadores". 

O estudo, que contou com apoio da ONG britânica Christian Aid, afirma que as políticas de transferência de renda melhoraram a vida dos mais pobres, mas não alteraram a estrutura social brasileira. Barbosa é especialmente crítico à ideia de que, com a redução na pobreza, o Brasil está se tornando um país de classe média, tese defendida pela presidente. "Considerar classe média alguém que recebe entre um e dois salários mínimos, que mora em zona urbana sem acesso a bens culturais nem moradia decente, que leva três horas para se deslocar ao trabalho? Essa é a classe trabalhadora que está sendo redefinida."

Para o professor, a transferência de renda deveria integrar um conjunto mais amplo de ações do governo com foco na redução da desigualdade. Entre as políticas que defende estão reduzir os impostos indiretos sobre os mais pobres, fortalecer cooperativas e agregar valor à produção industrial, para que os salários acompanhem os ganhos em eficiência. Falcão, do MDS, diz que o governo já tem atacado a pobreza por vários ângulos. Segundo ele, o Cadastro Único – "uma inovação em termos de política social ainda pouco compreendida no Brasil" – revolucionou a formulação de políticas públicas para os mais pobres. O cadastro hoje inclui 23 milhões de famílias (ou cerca de 100 milhões de pessoas, quase metade da população) e é atualizado a cada dois anos com informações sobre sua situação socioeconômica.

Segundo o secretário, o cadastro tem orientado programas federais de expansão do ensino integral, fortalecimento da agricultura familiar e qualificação profissional, que passaram a atender prioritariamente beneficiários do Bolsa Família. Para Canuto, vice-presidente do Banco Mundial, manter o Brasil numa trajetória de melhoria dos indicadores sociais não dependerá apenas de políticas voltadas aos mais pobres. Ele diz que o "modelo ultraexitoso" que permitiu a redução da pobreza na última década, baseado no aumento do consumo doméstico e da massa salarial, está próximo do limite.

De agora em diante, afirma Canuto, os avanços terão que se amparar em maiores níveis de investimentos, que reduzam o custo de produzir no Brasil. "É preciso pensar no que é necessário para que, daqui a uma geração, os benefícios de transferência condicionada de renda não sejam mais necessários. Para isso, o foco tem que ser em boa educação, acesso à saúde, emprego de qualidade, melhoria da infraestrutura e espaço para o desenvolvimento do talento empresarial."  (Fonte: BBC Brasil)



Da redação - Brasília / DF
Presidente anunciou corte de impostos para todos os produtos da cesta básica
A presidente Dilma Rousseff anunciou na noite da última sexta-feira, 8/3, que o governo federal deixará de cobrar o IPI  e o PIS/Confis sobre todos os produtos da cesta básica. Com isso, disse a presidente, o objetivo é que os preços desses itens diminuam pelo menos 9,25%. No caso do creme dental, o corte de impostos será de 12,5%. "Conto com os empresários para que isso signifique uma redução de pelo menos 9,25% no preço das carnes, do café, da manteiga, do óleo de cozinha, e de 12,5% na pasta de dentes, nos sabonetes, só para citar alguns exemplos", pediu a presidente em seu pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV.

Ao deixar de cobrar o imposto federal sobre os produtos da cesta básica, o governo deixará de arrecadar, de acordo com a presidente, R$ 7,3 bilhões ao ano (só neste ano serão R$ 5,4 bilhões). "O governo abre mão de mais de R$ 7,3 bilhões em impostos ao ano, mas os benefícios que virão para a vida das pessoas compensam esse corte na arrecadação", disse.

Alguns produtos já estavam isentos do IPI, mas ainda pagavam o PIS/Cofins. O percentual, nesses casos, cairá a zero. Já o IPI deixará de ser cobrado sobre o açúcar e o sabonete, os dois únicos produtos sobre os quais incidia, com alíquota de 5%. A decisão do governo, se por um lado diminui a arredacação federal, por outro deve ter um impacto significativo no controle da inflação. O tema tem tirado o sono da equipe econômica. "Não descuido um só momento do controle da inflação, pois a estabilidade da economia é fundamental para todos nós", disse a presidente.

Dados de sexta-feira, dia 8/3, mostram que a inflação dos últimos 12 meses até fevereiro fechou em 6,31%, próximo do teto da meta do governo, de 6,5% pelo IPCA. "Não será cobrado mais nenhum imposto federal sobre carnes bovina, suína, aves e peixes, nem sobre o café, o açúcar, o óleo de cozinha, a manteiga, o sabonete, o papel higiênico e a pasta de dentes, o que significa que todos os produtos da cesta básica estão livres de impostos federais", disse a presidente. Dilma afirmou ainda que espera que a medida tenha um impacto importante entre produtores e comerciantes que atuam nas pequenas comunidades, cujos negócios giram principalmente em torno de produtos básicos, beneficiados pelo corte de impostos. "Espero que isso baixe o preço desses produtos e estimule a agricultura, a indústria e o comércio, trazendo mais empregos", afirmou.

Na próxima semana, o governo federal vai anunciar mudanças sobre as relações de consumo. Dilma vai aproveitar o Dia do Consumidor (15/3) para, segundo ela, anunciar que o governo pretende aplicar multas mais adequadas a empresas que andam fora da linha. Ela lembrou no pronunciamento que o País ganhou nos últimos anos, graças à inclusão social, novos consumidores, e que é preciso exigir mais transparência das empresas e do governo."O Brasil vai fiscalizar com mais rigor, aplicar multas mais adequadas, vai conscientizar empresas, consumidores e toda a sociedade sobre as vantagens, para todos, da melhoria das relações de consumo”, afirmou Dilma. A isenção integral de tributos federais para a cesta básica será publicada ainda nesta sexta-feira em edição extra do Diário Oficial, e tem efeito imediato.


Belo Horizonte / MG
PIB mineiro cresceu 2,3% em 2012
Minas Gerais registrou crescimento de 2,3% no Produto Interno Bruto (PIB) em 2012 em relação ao ano anterior, superando a alta verificada na economia nacional, que cresceu apenas 0,9% no mesmo período. No Estado, fizeram a diferença os desempenhos apresentados pela agropecuária e pela construção civil. Os dados integram a pesquisa "Produto Interno Bruto de Minas Gerais: resultados do 4º trimestre de 2012", elaborada pelo Centro de Estatística e Informações (CEI) da Fundação João Pinheiro (FJP) e divulgada ontem.
Na avaliação do coordenador de Contas Regionais do CEI e do estudo, Raimundo de Sousa Leal Filho, o comportamento da economia mineira ao longo do primeiro semestre do exercício passado foi fundamental para o resultado do índice de Minas no acumulado do ano. Isso porque, segundo ele, nos dois primeiros trimestres de 2012 o PIB do Estado ficou bem acima do brasileiro e nos últimos dois, o desempenho foi igual ou inferior ao nacional.
"O maior ritmo do crescimento mineiro na primeira metade do ano é que determinou o resultado final. Já que nos dois primeiros trimestres a economia do Estado foi bem superior à do país, assim como ocorreu no segundo semestre de 2011. Apesar de naquele exercício o PIB de Minas ter ficado nos mesmos patamares do índice brasileiro, em 2012, o crescimento de um semestre foi suficiente para ultrapassar a média brasileira", explica.
Para Leal Filho, também pesou no resultado de Minas Gerais o fato de o Estado ter sentido os efeitos do desaquecimento econômico primeiro que o restante do país, mas também ter recuperado antes o dinamismo em alguns setores. "Essa recuperação, por sua vez, envolve questões específicas de cada setor, porque cada um tem reagido de uma maneira às medidas para alavancar a economia", afirma.  (Fonte: Diário do Comércio)

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INDICADORES ECONÔMICOS

Da redação - São Paulo / SP
IPC-Fipe desacelera para 0,06% na 1ª leitura de março
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação da cidade de São Paulo, registrou 0,06% na primeira quadrissemana de março. O número representa uma desaceleração em relação à última leitura do mês de fevereiro, quando apresentou 0,22%. Na comparação com a primeira medição de fevereiro, a inflação também mostrou desaceleração, já que o índice naquele levantamento foi de 1,01%. 

O resultado apurado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) ficou dentro do intervalo das previsões de 13 instituições pesquisadas pelo AE Projeções, que apontavam que o índice poderia ficar entre -0,01% e 0,15%, com mediana em 0,05%. Os grupos Alimentação e Vestuário foram os únicos que apresentaram aceleração na primeira quadrissemana de março. Alimentação subiu para 0,49%, de 0,34% na última leitura de fevereiro. Vestuário, por sua vez, acelerou para 0,43%, de 0,36% na mesma comparação.

A deflação do grupo de Habitação aumentou para 0,69%, após uma contração de 0,21% na última quadrissemana de fevereiro. Despesas pessoais também ampliou a deflação, atingindo uma queda de 0,26% na primeira leitura de março, de uma contração de 0,10% na mesma comparação.

O grupo Transportes apresentou uma alta menor na primeira leitura de março, de 0,69%, uma vez que o grupo atingiu 0,84% em fevereiro. Saúde também desacelerou em março para uma alta de 0,53%, após subir 0,58% na última leitura do mês passado. Educação registrou uma queda da inflação para 0,10%, de 0,27%.

Veja como ficaram os itens que compõem o IPC na primeira leitura do mês de março:

Habitação: -0,69%
Alimentação: 0,49%
Transportes: 0,69%
Despesas Pessoais: -0,26%
Saúde: 0,53%
Vestuário: 0,43%
Educação: 0,10%
Índice Geral: 0,06%

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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)

HOJE na Europa:
Londres / Inglaterra - O índice geral da Bolsa de Valores de Londres, o FTSE-100, abriu nesta segunda-feira em baixa de 4,62 pontos (0,07%), aos 6.478,96.
Madri, / Espanha - O principal indicador da Bolsa de Valores da Madri, o Ibex-35, abriu o pregão desta segunda-feira em baixa de 0,27%, aos 8.604 pontos. 
Frankfurt / Alemanha - O índice DAX-30 da Bolsa de Valores de Frankfurt abriu nesta segunda-feira em baixa de 0,15%, aos 7.974 pontos.
Paris / Paris - O principal indicador da Bolsa de Valores de Paris, CAC-40, iniciou as negociações desta segunda-feira com queda de 0,30%, aos 3.828,44 pontos. 
Roma / Itália - O principal índice da Bolsa de Valores de Milão, o FTSE MIB, iniciou o pregão desta segunda-feira com baixa de 0,89%, aos 16.059,73 pontos. Já o índice geral FTSE Italia All-Share perde 0,87%, aos 17.069,02 pontos. 

HOJE na Ásia:
Bolsas da Ásia rondam estabilidade após China limitar apetite por risco
As ações asiáticas rondavam a estabilidade no pregão desta segunda-feira, dia 11/3, uma vez que a demanda por ativos de maior risco foi limitada por dados chineses mistos que apontaram para uma recuperação irregular na segunda maior economia do mundo.             
Indicadores econômicos chineses divulgados no fim de semana sinalizaram um dilema para as autoridades, uma vez que a inflação atingiu uma máxima de 10 meses em fevereiro, enquanto a produção industrial e os gastos do consumidor foram mais fracos do que o previsto.
As ações australianas subiram 0,46%, atingindo uma nova máxima de 4 anos e meio, após o Dow Jones ter tido sua quarta máxima recorde de fechamento consecutiva na sexta-feira.   
Por sua vez, o índice acionário japonês Nikkei avançou 0,53%, após atingir uma nova máxima de 4 anos e meio. As ações em Hong Kong terminaram estáveis. A Bolsa de Taiwan subiu 0,29%, enquanto Cingapura teve alta de 0,1%.


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INDÚSTRIA

São Paulo / SP
Brasil é o destino da primeira missão empresarial de mulheres turcas
Efsane Turan só lamenta duas coisas de sua visita ao Brasil, no início de março. Uma é o pouco tempo para fazer turismo. Outra foi não ter podido assistir mais cenas da novela Salve Jorge. “Disseram-me que as mulheres usam o lenço com o cabelo aparecendo. Mas, na Turquia, se uma muçulmana usa o lenço, cobre todo o cabelo, por exemplo”, diz ela. Os negócios, que eram o objetivo principal da viagem, correram muito bem –  refletindo o que tem acontecido com as vendas da Turquia para o Brasil nos últimos anos.  Entre 2007 e 2012, as importações cresceram 360%, para US$ 964 milhões, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento. As exportações brasileiras aumentaram, só que mais timidamente: 74%, para US$ 1,2 bilhão no mesmo período. “Receberei uma visita daqui a 15 dias em Istambul, de interessados em nossas bermudas. E há outras pessoas que se interessaram em camisetas”, diz Efsane, diretora da fábrica de roupas masculinas Hatemoglu e uma das 23 mulheres de uma inédita missão empresarial internacional exclusivamente feminina da Turquia.

O evento foi organizado pela Tuskon, a associação industrial do país. O Brasil foi o primeiro destino. “Para entrar na América Latina, temos que entrar no Brasil”, diz, Yüksel Isik Nalbant, membro da Tuskon e diretora da Ada Trade, de comercialização de máquinas para indústria têxtil e metal-mecânica, não vendo a hora de terminar a rodada de negócios na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). São Paulo nem a assustou.
“É exatamente como Istambul: cheio de gente e de trânsito.“ Segundo Ali Sipahi, diretor da Asociação Empresarial Brasil-Turquia, parte das empresárias fala em voltar para fechar os negócios alinhavados durante a visita.

'Fábrica da Europa' - Sexto maior parceiro comercial da União Europeia (UE), a Turquia tem visto o espaço para os seus produtos diminuírem por lá. Em 2007, o bloco respondia por 3,3% das importações do bloco, parcela que caiu para 2,5% no terceiro trimestre de 2012, segundo dados da Diretoria Geral de Comércio da UE Ainda assim, em 2011, o país vendeu US$ 47 bilhões – 46% das exportações – ao exigente mercado europeu. Um cartão de visitas nada negligenciável na necessária busca por outros parceiros comerciais. O Brasil, com o equivalente a 40% da população do bloco e uma economia relativamente mais aquecida (em 2012, o PIB do País cresceu 0,9% ante uma queda de 0,3% no da UE), é alguém interessante para quem entregá-lo.
“A Turquia é a fábrica da Europa. Todo mundo sabe, na África e no Oriente Médio, que os produtos que compram de países europeus são todos produzidos na Turquia. Então há um alto padrão de produção”, argumenta Efsane, da Hatemoglu e também membro da Tuskon.

O cônsul-geral do país em São Paulo, Özgun Arman, reconhece um interesse crescente dos brasileiros pelo país. "Há voos da Turkish Arilnes quatro vezes por semana para a Turquia, e estão sempre cheios", diz. Segundo ele, o número de turistas brasileiros saltou de 30 mil em 2011 para 100 mil em 2012. "No voo de volta eu encontrei com um casal de brasileiros e eles me mostraram mais algumas cenas da novela. Não entendi nada, mas deu para ver as roupas", diz Efsane. Esse maior fluxo, avalia o cônsul, pode ajudar a estimular negócios entre os dois países, mas a similaridade das indústrias e a carga tributária brasileira são vistas como entraves. Atualmente, há 20 empresas turcas no Brasil. “Acho que os compradores estão conhecendo cada vez mais o mercado turco e isso vai aumentar as exportações, mas as barreiras tarifárias deixam o empresariado turco um pouco tímido para estabelecer negócios no Brasil", diz.

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AGROBUSINESS

Da redação - Brasília / DF
Safra de grãos 2012/13 deve atingir 183,5 milhões de toneladas
A produção nacional de grãos da safra 2012/13 deve alcançar 183,5 milhões de toneladas, aumento de 10,5% sobre as 166,1 milhões de toneladas da temporada anterior. O resultado foi divulgado durante o sexto levantamento da safra atual, anunciado nesta quinta-feira (7/03), pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).  Em relação ao último levantamento, houve redução de 0,8% na estimativa. O motivo da diminuição se deve às condições climáticas adversas no período da pesquisa, como o excesso de chuva na região Centro-Oeste e a estiagem no Sul do país. A soja segue como o destaque entre os grãos, com um crescimento de 23,6% sobre as 66,3 milhões de toneladas da última safra e uma produção estimada em 82 milhões de toneladas. O milho 2ª safra também apresenta bom desempenho, com aumento de 5,5% sobre as 39,1 milhões de toneladas do último ano, chegando a 41,2 milhões de toneladas. Este número supera a produção do milho 1ª safra, estimada em 34,7 milhões de toneladas. O arroz é outro grão que obteve crescimento (3,9%), ao passar das 11,6 milhões de toneladas para 12 milhões de toneladas.

A área total de plantio de grãos cresceu 4,1% em relação à safra passada (50,8 milhões de ha) e chegou a 52,9 milhões hectares. As culturas de soja e milho obtiveram também os melhores desempenhos em área plantada. O aumento da soja foi de 10,4%, passando de 25 para 27,6 milhões de hectares. Já o milho 2ª safra ampliou a área em 8,6%, passando de 7,6 para 8,3 milhões de hectares. Os técnicos ouviram, no período de 18 a 22 de fevereiro, representantes de órgãos públicos e privados das áreas de grande produção. Foram atualizadas as informações de área, produção e comportamento climático nos estados da região Centro-Sul, oeste da Bahia e sul do Piauí e Maranhão, além dos estados de Rondônia e Tocantins.
(Fonte: Assessoria de Comunicação do Mapa)


Da redação - Porto Alegre / RS
Produtores gaúchos recebem certificação Valore
Produtores fornecedores de grãos da Agrofel, empresa de grãos e insumos agrícolas, acaba de obter a primeira certificação Valore para soja e cereais de inverno. O programa de certificação criado pela Bayer CropScience foi implementado como piloto há um ano, atestando as boas práticas agrícolas de nove produtores nos municípios de Ijuí, Joia, Pestana e Bozano, no Rio Grande do Sul. A entrega da certificação acontece nesta sexta-feira, dia 8 e conta com a participação de produtores, lideranças regionais e representantes da Bayer CropScience e da Agrofel. “Durante o período de um ano, os produtores adequaram suas propriedades a fim de atender todas as legislações ambientais, trabalhistas e sociais brasileiras, viabilizando assim o uso correto e seguro dos defensivos agrícolas, pensando na qualidade de vida dos seus funcionários e na prevenção do meio ambiente”, pontuou a gerente de Desenvolvimento Sustentável da Bayer CropScience, Adriana Ricci. Ela explica que o objetivo do Valore é agregar valor à cadeia produtiva e assegurar diferenciação e competitividade ao produtor brasileiro, certificando a produção responsável.

O presidente do Grupo Ferrarin, que detém a Agrofel, comemora a conquista: “O programa Valore é uma das sementes mais importantes que o produtor rural pode plantar, tanto para o seu negócio, como para a sociedade. Ele consiste na soma de pequenas, mas importantes ações que, uma vez implementadas no dia a dia da propriedade, resultam na sustentabilidade do negócio. Essa certificação internacional é uma tendência mundial já adotada por vários setores da economia“. Todo o processo de certificação é auditado pela TÜV Rheinland, referência global em certificação e valida o cumprimento dos princípios básicos estabelecidos pelo Valore, como adoção de boas práticas agrícolas, preocupação com o meio ambiente e com a segurança dos trabalhadores, além de atendimento rigoroso à legislação brasileira.
(Fonte: Assessoria de Imprensa da Bayer CropScience)

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SERVIÇOS e VAREJO

Da redação - São Paulo / SP
Feira de construção espera movimentar R$ 1 bilhão a partir de amanhã
A partir de amanhã, dia 12/3, começa a 19ª edição da Feicon Batimat, feira de construção civil no Pavilhão de Exposições do Anhembi. Segundo pesquisa realizada pelos organizadores com os 30.499 credenciados para o evento, 10% deles pretendem investir de R$ 100 mil a R$ 500 mil durante a feira. O total que pretende investir R$ 1 milhão soma 6%. Segundo a organização, espera-se que o evento movimente cerca de R$ 1 bilhão. Na feira, haverá 800 expositores com 1030 marcas nacionais e internacionais, além de mais de 2.000 lançamentos do varejo. No Núcleo de Conteúdo, em espaço anexo à feira, no Hotel Holiday Inn Parque Anhembi, cursos de atualização serão dedicados aos profissionais do evento. Ao todo, são esperados 130 mil visitantes nos cinco dias de feira.


São Paulo / SP
Cai lucro da maior franquia global do McDonald's
A Arcos Dorados, maior franquia do McDonald''s no mundo e representante da marca na América Latina, anunciou na última sexta-feira, dia 8/3, lucro líquido de US$ 44,2 milhões no quarto trimestre de 2012, o que representa uma queda de 4,3% ante o mesmo período do ano anterior. Em todo o ano de 2012, o lucro líquido foi de US$ 114,3 milhões, recuo de 1% sobre 2011.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da Arcos Dorados aumentou 6,7% no quarto trimestre na mesma base de comparação, para US$ 111,6 milhões, incluindo itens especiais. No ano, o Ebitda ajustado avançou 0,2%, para US$ 340,6 milhões.

A companhia reportou ainda receita líquida de US$ 1,009 bilhão no quarto trimestre, alta de 5,3% ante igual intervalo de 2011. No acumulado do ano passado, a receita líquida foi de US$ 3,797 bilhões, aumento de 3,8% sobre o ano anterior. O Brasil, que detém 37,5% dos restaurantes da Arcos Dorados em toda a América Latina, respondeu por 47,3% das receitas totais em dólar no ano passado. Segundo a companhia, o faturamento no País somou US$ 1,8 bilhão em 2012, um aumento de 11% sobre o ano anterior em moeda constante. Levando-se em conta a desvalorização média de 16,5% do real frente ao dólar, as receitas em dólar caíram 4,9%.  (Agencia Estado)


São Paulo / SP
Lucro da Lojas Americanas sobe 20,5% em 2012
A Lojas Americanas registrou lucro líquido consolidado de R$ 410,2 milhões em 2012, o que representa um crescimento de 20,5% sobre 2011. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado consolidado subiu 8,8% no ano passado sobre o ano anterior, para R$ 1,572 bilhão. A margem Ebitda ajustada consolidada recuou 0,6 ponto porcentual em 2012, para 13,9%. A receita líquida consolidada da Lojas Americanas em 2012 foi de R$ 11,334 bilhões, um aumento de 13,6% em comparação a 2011. Já a receita líquida da controladora da companhia foi de R$ 6,849 bilhões no ano passado, crescimento de 13,3% sobre o ano anterior.

A Lojas Americanas espera dobrar neste ano o número de lojas em relação a 2009, conforme previsto no programa de expansão "Sempre mais Brasil - 80 anos em 4". Em relatório, a administração da companhia reiterou sua confiança no desenvolvimento do País e no cenário econômico para este ano.
Em 2012, a companhia abriu a primeira unidade em 44 novas cidades e inaugurou 111 lojas, totalizando 729 unidades. "Para 2013, estamos entusiasmados com a continuidade do plano de expansão, o que significa que teremos praticamente dobrado o número de lojas em relação a 2009. Também este ano pretendemos abrir a primeira loja em Roraima, consolidando nossa presença em todos os Estados do País", destaca a administração, em relatório.

A Lojas Americanas sinaliza otimismo quanto a previsão de crescimento do varejo brasileiro, principalmente frente às perspectivas de expansão moderada de crédito e de redução da inadimplência do consumidor em 2013, destaca o documento. De acordo com o relatório, a varejista segue "naturalmente entusiasmada", pois deve alcançar novos patamares de resultados em 2013. "A companhia reitera sua confiança no desenvolvimento econômico do País e ressalta a resiliência de seu modelo de negócios único por meio de sua ampla presença nacional e de seu atendimento multicanal aos clientes", conclui.

No quaro trimestre do ano passado, o lucro líquido consolidado foi de R$ 248,1 milhões, resultado que representa uma alta de 37,7% em relação ao mesmo período de 2011. Na visão da controladora, o lucro líquido atingiu R$ 243,7 milhões, uma evolução de 39,2% quando comparado ao quarto trimestre de 2011. De acordo com a companhia, a variação no lucro líquido está relacionada principalmente à melhora do resultado operacional e à redução das despesas financeiras no trimestre. Entre outubro e dezembro, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado consolidado totalizou R$ 642,2 milhões, uma expansão de 13,2% em relação ao obtido no mesmo intervalo de 2011. A margem Ebitda ajustada consolidada caiu 1,3 ponto porcentual no período, para 17,1%.

A Lojas Americanas alcançou Ebitda ajustado de R$ 532,2 milhões, avanço de 15,2% na comparação com um ano antes. A margem Ebitda ajustada no período foi de 23,2%, 0,2 ponto porcentual acima da margem no mesmo período do ano anterior. A receita líquida consolidada da Lojas Americanas e de suas controladas atingiu R$ 3,758 bilhões, acréscimo de 21,6% em relação a igual intervalo do exercício anterior. A controladora foi responsável por R$ 2,296 bilhões, crescimento de 14,4% em relação aos R$ 2,007 bilhões registrados no mesmo período de 2011.  (Agencia Estado)

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COMÉRCIO EXTERIOR

Da redação - São Paulo / SP
Rússia importa mais carne de frango em janeiro
Depois da entrada da Rússia na Organização Mundial do Comércio (OMC) em agosto de 2012, o país vem aumentando a importação de produtos avícolas em um nível de 5 a 10% por mês na comparação com 2011.  Entretanto, em janeiro de 2013, o volume de importação da Rússia foi quatro vezes maior do que o registrado em anos anteriores. Em janeiro de 2012, a Rússia importou cerca de 20 mil toneladas de produtos avícolas enquanto em janeiro de 2013, de acordo com dados preliminares, foram 78 mil toneladas. As informações foram divulgadas pelo World Poultry.
Ao mesmo tempo, também houve um aumento na produção de aves internamente, de acordo com dados publicados pelo Federal Static Service (Rosstat). Em janeiro passado, as cooperativas agroindustriais produziram aproximadamente 381 toneladas de aves. Um aumento de 11,3% se comparado com o mesmo mês do ano passado.  De acordo com o Ministério da Agricultura da Rússia, o custo de produção do frango em 2013 não teve alterações significativas comparados com o ano passado. A média foi de RUB 92.51, o equivalente a US$ 3,1, por quilo. Em janeiro, o preço do frango caiu 2% se comparado com dezembro de 2012.  (Fonte: Avisite)


Da redação - São Paulo / SP
Apla e Apex-Brasil promovem rodadas de negócios do setor sucroenergético no México
O Projeto Brazil Sugarcane Bioenergy, parceria entre o Apla (Arranjo Produtivo Local do Álcool) e a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) realiza nos dias 20 e 21 de março com representantes do setor sucroenergético no México. O evento será realizado no Hotel Galeria Plaza na cidade de Veracruz. O estado de Veracruz é a maior região produtora de açúcar do México e o país tem atualmente 55 engenhos com capacidade para produzir quase cinco milhões de toneladas de açúcar por ano.

No ano passado, parlamentares mexicanos estiveram no Brasil para conhecerem o processo de produção do etanol – produto pouco produzido naquele país. O diretor executivo do Apla, Flavio Castelar comentou que o mercado sucroenergético no México é promissor e as rodadas de negócios com participações de 30 empresas brasileiras impulsionam ainda mais o comércio entre os países. “O México possui mais de 600 mil hectares disponíveis para a expansão da indústria da cana, mas a ausência de incentivos governamentais e a rentabilidade maior fizeram os empresários mexicanos optarem apenas pela fabricação de açúcar”, explicou Hervis Reyes, senador mexicano em visita à União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica) no ano passado.
Outro ponto forte do plantio de cana no México é a propícia condição agroclimática da região, mão de obra abundante e a posição geográfica, localizado ao lado dos Estados Unidos – um dos maiores consumidores mundiais de etanol -, o que posiciona o México com extrema vantagem competitiva frente a outros países produtores.

O evento contará com as rodadas de negócios para participantes dos engenhos mexicanos, representantes de usinas, pesquisadores, produtores, fornecedores de toda a cadeia produtiva do Brasil, Estados Unidos e Caribe.
Os convidados também poderão assistir a palestras sobre o cenário sucroenergético ministradas por nomes de referências no setor, como Dr Guilherme Nastari, da Datagro; Dr Paulo Uchoa, da Syngenta; Dr Weber Amaral, da Esalq; e Dra Raffaella Rosetto, do IAC – Instituto Agronômico de Campinas –, que, desde 2008, mantém convênio de cooperação técnica entre os estados de São Paulo e Veracruz para transferência de tecnologia de variedades de cana desenvolvidas pelo instituto de pesquisa paulista.
(Fonte: Assessoria de Imprensa Ozonio)

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TI, WEB e e-COMMERCE

Nova Iorque / EUA
Supercomputador da IBM é usado para criar receitas
O computador Watson, da IBM, venceu campeões do programa de perguntas e respostas "Jeopardy", há dois anos. Mas será que ele conseguiria criar algo saboroso na cozinha? Esta é apenas uma das perguntas que a IBM vem fazendo enquanto tenta expandir sua tecnologia de inteligência artificial e transformar o Watson em algo que faça sentido comercial. A empresa está apostando que poderá criar um bom mercado levando a tecnologia do Watson a outros campos. Os usos demonstrados a analistas de Wall Street num recente encontro em seu Centro de Pesquisas Almaden, em San Jose, Califórnia, incluíram ajudar a desenvolver medicamentos, prever quando máquinas industriais precisam de manutenção e até mesmo inventar receitas inovadoras para comidas. Na área de saúde, o Watson está treinando para se tornar um assistente de diagnóstico em alguns centros médicos, incluindo a Cleveland Clinic. Os novos projetos de Watson – alguns à beira da comercialização, outros ainda iniciativas de pesquisa – estão na vanguarda de um mercado muito mais amplo para a IBM e outras empresas de tecnologia. Esse mercado envolve ajudar empresas, agências do governo e laboratórios científicos a encontrar percepções úteis num fluxo crescente de dados vindos de inúmeras fontes – páginas na web, mensagens de redes sociais, sinais de sensores, imagens médicas, registros de patente, dados de localização de celulares e outros. Avanços em diversas tecnologias computacionais abriram esse mercado, hoje chamado de Big Data, e alguns dos mais importantes são as técnicas de software de inteligência artificial como o aprendizado de máquinas. 

Big Data - A IBM vem desenvolvendo esse mercado há anos, com aquisições e investimentos internos. Hoje, a empresa diz estar realizando trabalhos analíticos e de Big Data com mais de 10 mil clientes no mundo todo. Sua força de trabalho inclui 9 mil consultores de análises comerciais e 400 matemáticos.
A IBM prevê que sua receita com trabalho de Big Data atingirá US$ 16 bilhões em 2015. Executivos da empresa comparam o encontro em San Jose a um em 2006, quando Samuel J. Palmisano, então CEO, pediu que os analistas de investimentos dos escritórios da IBM na Índia demonstrassem o crescente negócio nos mercados em desenvolvimento, o que havia se mostrado um mecanismo de crescimento para a empresa. A IBM possui muitos concorrentes no mercado de Big Data, de startups a grandes organizações, incluindo Microsoft, Oracle, SAP e SAS Institute. Essas empresas, como a IBM, estão empregando tecnologias de extração de dados para reduzir custos, projetar produtos e encontrar oportunidades de vendas no setor bancário, manufatura, varejo, saúde e outros ramos de atividade.

Mas a iniciativa do Watson, segundo analistas, representa um trabalho pioneiro. Com algumas daquelas aplicações, como sugerir receitas inovadoras, o Watson está começando a ir além de gerar respostas estilo "Jeopardy" para investigar as fronteiras do conhecimento humano e orientar descobertas. "Isso não é algo que pensamos quando começamos com o Watson", afirmou John E. Kelly III, vice-presidente de pesquisa da IBM. Os projetos Watson da IBM ainda não são grandes geradores de receita. Mas segundo Frank Gens, analista chefe da IDC, eles indicam que a IBM possui tecnologia avançada e profundo conhecimento industrial para realizar coisas que outros fornecedores não conseguem – o que pode ser um mercado de ampla margem e dar à IBM uma vantagem como parceira estratégica com grandes clientes. E as novas ofertas do Watson, acrescentou ele, são serviços que os futuros usuários poderão aproveitar através de um smartphone ou tablet.

Isso pode ampliar significativamente o mercado do Watson, disse Gens, além de afastar potenciais concorrentes caso a tecnologia de responder perguntas (como o Siri, da Apple, e o Google) melhore. "Levará anos para que essas tecnologias de consumo concorram com o Watson, mas esse dia certamente virá", declarou Gens. John Baldoni, vice-presidente de tecnologia e ciência da GlaxoSmithKline, entrou em contato com a IBM logo após assistir ao triunfo do Watson no "Jeopardy". Ele viu que o Watson frequentemente tinha a resposta correta, mas "o que realmente me impressionou foi que ele peneirava tantas respostas erradas com uma rapidez incrível".
Isso representa um grande desafio na descoberta de medicamentos, que se resume em fazer apostas de alto risco, ao longo de anos de testes, sobre o sucesso de um composto químico. O índice de fracassos é alto. Aumentar essas chances, disse Baldoni, pode gerar uma enorme recompensa econômica e médica.

Pesquisas farmacêuticas - Pesquisadores da Glaxo e da IBM fizeram um teste com o Watson. Eles o alimentaram com toda a literatura sobre malária, remédios conhecidos e outros compostos químicos. Watson identificou corretamente medicamentos conhecidos antimalária e sugeriu outros 15 compostos como potenciais remédios para combater a doença. Agora as duas empresas estão discutindo outros projetos. "Ele não apenas responde perguntas; ele o estimula a pensar de forma mais ampla", declarou Catherine E. Peishoff, vice-presidente de química computacional e estrutural da Glaxo. "Ele basicamente diz: olhe desta forma, pense sobre isto. Esse é um dos fatores interessantes nessa tecnologia."

Mineração - Pesquisadores da IBM começaram a trabalhar no ano passado com a Thiess, empresa mineradora australiana que opera uma frota de equipamentos valendo US$ 3 bilhões. A manutenção preditiva aprimorada pela tecnologia em maquinários, como motores de jatos, vem sendo desenvolvida há anos. Mas o projeto da Thiess parece empurrar as coisas ainda mais longe para cobrir as operações mineradoras como um todo. Os dados incluem não só informações dos 200 sensores num caminhão que monitora viagens, pesos de carga, velocidade e estilos de direção, mas também clima, terreno e modelos econômicos de operações mineradoras. O Watson foi capaz de entregar complexas análises preditivas, explicou Michael Wright, vice-presidente executivo da Thiess. Segundo ele, estão sendo implementadas mudanças nas operações – mudanças orientadas por dados –, e as economias serão mensuradas nos próximos seis meses.

Culinária - Em San Jose, a IBM serviu um doce de café da manhã concebido por Watson, chamado "crescente espanhol". Trata-se de uma colaboração do software do Watson e James Briscione, instrutor de chefs do Instituto de Educação Culinária, em Manhattan. Pesquisadores da IBM observaram e conversaram com Briscione enquanto ele trabalhava, selecionando ingredientes e criando pratos. O Watson leu essas notas, 20 mil receitas, dados sobre a química de ingredientes culinários e avaliações de sabores de que as pessoas gostam em categorias como "prazer olfativo".
A tarefa do Watson era criar receitas que fossem inovadoras e tivessem sabor. No caso do doce do café da manhã, o Watson foi solicitado a inventar algo inspirado pela cozinha espanhola, mas incomum e saudável. Os ingredientes do computador incluíam cacau, açafrão, pimenta do reino, amêndoas e mel – mas sem manteiga, o aparente toque do Watson para uma alimentação mais saudável. Então Briscione, trabalhando com esses ingredientes, teve de adaptar as porções e fazer o doce. "Se eu pudesse ter usado manteiga, teria sido muito mais fácil", afirmou o chef, que acabou usando óleo vegetal em seu lugar. Michael Karasick, diretor do laboratório da IBM, experimentou recentemente um dos crescentes espanhóis no café da manhã; "Bem saboroso", foi seu julgamento científico.
(Fontes: The New York Times e Assessoria de Imprensa da IBM)


Da redação - São Paulo / SP
Infor investe em centro de P&D na Suécia
A Infor investiu em um centro de inovação focado no mercado de equipamentos industriais. A unidade, localizada em Estocolmo, Suécia, contará com 200 funcionários dedicados a pesquisa, desenvolvimento, consultoria, manutenção, suporte e treinamento direcionados à suíte Infor Equipment (pacote de soluções da empresa para o mercado de equipamentos industriais). A produtora de software de gestão empresarial (ERP) também criou um conselho consultivo para revendedores de equipamentos Caterpiller (CAT) para atuar no controle contínuo do ciclo de vida dos equipamentos e aumento da rentabilidade. O conselho é aberto para todos os clientes da companhia, inclusive aqui do Brasil. “Os revendedores de equipamentos têm desafios de negócios especiais e precisam enfrentar concorrência crescente e pressões sobre os preços com visibilidade para gerenciar as cadeias de valor de terceiros”, explica Mark Wright, vice-presidente executivo da Infor. 
O conselho de revendedores vai se concentrar em identificar os processos de negócios mais eficientes. O grupo, que atualmente conta com nove membros iniciais, é aberto a todos os revendedores de Caterpillar que são clientes da Infor.

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TELECOM

Da redação - Porto Alegre / RS
Serviços de 4G da Claro iniciam operação na capital gaúcha
A Claro está expandindo a sua rede 4G no Brasil e lança mais uma cidade com a nova tecnologia. Desde a última quinta-feira, dia 7/3, a operadora inicia em Porto Alegre/RS a comercialização do 4GMax, nome escolhido para denominar a nova oferta que tem 40Mhz, o dobro de frequência de 3G. O estado gaúcho tem um papel importante para a Claro. Dos 89 mil quilômetros de fibra óptica construídos pela empresa no Brasil, 4,7 mil quilômetros estão no RS. Além disso, a operadora está presente em 375 municípios da região e possui cerca de 1,6 mil pontos de venda entre lojas próprias, agentes autorizados e varejo. 
“Estamos totalmente focados na rede 4G e por isso conseguimos, em pouco mais de três semanas, lançar a tecnologia também aqui no Rio Grande do Sul, afirma Carlos Zenteno, presidente da Claro. Ele afirma que só em 4G a operadora investiu R$ 510 milhões. O principal ganho de 4G, além da velocidade, é a possibilidade de proporcionar aos clientes uma experiência diferenciada de aplicações, ou seja, mais oportunidades e maior uso de serviços como vídeo sob demanda, streaming de música e vídeos, serviços na nuvem, jogos online, vídeo chat, vídeo conferência entre outros.

Assim como nas outras cidades, a tecnologia 4GMax da Claro chega a Porto Alegre, primeiramente, com a capacidade de 5Mhz+5Mhz. Gradativamente, com a liberação do espectro, o serviço atingirá a faixa de 20Mhz+20Mhz, totalizando os 40Mhz. Além da capital do Rio Grande do Sul, a tecnologia 4GMax estará disponível nas cidades-sede da Copa das Confederações até abril de 2013 e nas demais cidades da Copa do Mundo até dezembro, seguindo o cronograma da Anatel. 

A companhia tem como foco ampliar o uso da internet móvel do País e por isso investe em uma rede nacional com objetivo de oferecer serviços mais  acessíveis. A operadora anunciou a antecipação do investimento de R$ 6,3 bilhões em infraestrutura e tecnologia que serão aplicados até o final de 2014 no país. A Claro foi a primeira a lançar sua rede de testes 4G em três cidades (Campos do Jordão, Búzios e Paraty) e a comercializar aparelhos com a tecnologia 4G ready em suas lojas: o celular Motorola RAZR HD e o modem Huawei E392. 

Em dezembro de 2012, a rede foi inaugurada comercialmente em Recife, primeira capital do país a receber a nova tecnologia e nas cidades do Circuito das Experiências – Campos do Jordão (SP), Paraty e Búzios (RJ). E, no dia 4 de fevereiro deste ano, foi a vez de Curitiba receber o 4G. As ofertas de 4G estarão disponíveis para planos acima de 5GB. Os aparelhos compatíveis com a tecnologia são o Motorola RAZR  HD, que sai por 699 reais, o Samsung Galaxy S III 4G (R$ 999) e o recém-lançado Nokia Lumia 820 (R$ 549). Todos serão oferecidos pelo plano ilimitado 200 4G para clientes Claro e portabilidade. Já o modem Huawei E392 poderá ser adquirido por R$ 199 pelo Claro Internet 5GB.


Brasília / DF
Multas ao Grupo Oi pela Anatel já chegam a R$ 75 milhões
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) multou na última sexta-feira, dia 8/3, mais uma vez empresas do Grupo Oi. O motivo recorrente das punições é o descumprimento de metas de qualidade na prestação dos serviços da companhia. As multas aplicadas à operadora superam R$ 14 milhões. Juntando esse valor às punições recebidas pela empresa desde o dia 15/2, as sanções encostam na marca de R$ 75 milhões. Na sexta, a TNL PCS também recebeu duas multas, cada uma no valor aproximado de R$ 35 mil. A Telemar Norte Leste, três multas: R$ 6,7 milhões; R$ 3,2 milhões; e R$ 591 mil. A Oi S/A foi multada em R$ 3,2 milhões. Todas as empresas fazem parte do Grupo Oi. Os despachos da Anatel com as punições estão no Diário Oficial da União do dia 8/3  (Agência Estado)


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ENERGIA

Da redação - Brasília / DF
Governo fará empréstimo emergencial às elétricas
Foi publicado na última sexta-feira, dia 8/3, no Diário Oficial da União o decreto que altera normas anteriores para permitir que recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) sejam repassados às distribuidoras. O governo federal já havia prometido ajudar as distribuidoras de energia elétrica, que passam por dificuldades financeiras devido ao uso mais intenso de usinas térmicas, que geram energia mais cara. Os recursos da CDE poderão ser utilizados para cobrir os custos adicionais das distribuidoras de eletricidade com a compra de energia das usinas termelétricas. Seus recursos são de R$ 11 bilhões, além de R$ 4 bilhões por ano proveniente de Itaipu.
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, destacou que o decreto atenua os efeitos financeiros sobre as distribuidoras. Já o diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hubner, evitou declarar o valor total que o sistema elétrico usará em momentos de maiores dificuldades. "Não sabemos de quanto será o valor, mas caberá na CDE", afirmou. 

A resolução também estabelece que, extraordinariamente, com objetivo de garantir o suprimento energético, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) poderá despachar recursos energéticos ou mudar o sentido do intercâmbio de energia entre as regiões, além do que for indicado pelos programas computacionais. O Conselho Nacional de Política Energética estabeleceu medidas para considerar mecanismos de aversão ao risco nos programas computacionais que realizam estudos energéticos e formação de preço de energia. O custo do despacho adicional de usina, acionada por decisão do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), será rateado entre todos os agentes de mercado, proporcionalmente à energia comercializada nos últimos 12 meses, inclusive o mês corrente, e será cobrado mediante Encargo de Serviços do Sistema (ESS), por motivo de segurança energética.

Conta do consumidor - O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, explica que o custo do uso de energia proveniente de termelétricas passará a ser repartido a partir de agora. Até então, ele ficava a cargo das distribuidoras, que poderiam repassar os valores para as tarifas dos consumidores. Agora, 50% desse custo ficará com o agente que estiver exposto no mercado de curto prazo. A outra metade será rateada entre os demais elos da cadeia: consumidores, produtores e comercializadores. Nessa contabilização, a parte do consumidor será de 25% do total. "Vai se reduzir para o consumidor a conta relativa às termelétricas", disse. "Hoje, por segurança, as contas vão todas para o consumidor e estamos corrigindo isso", continuou.Lobão também fez questão de dizer que a redução nas tarifas de energia elétrica, que já está em vigor, não sofrerá mudança. "Todos os brasileiros já receberam suas contas com o desconto anunciado. E a decisão da Dilma, aprovada pelo legislativo, tem caráter permanente", garantiu o ministro. "Estamos socorrendo as distribuidoras de energia elétrica em benefício dos consumidores brasileiros."
(Agências Brasil e Reuters)

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Reportagem ESPECIAL

Cidade do México
América Latina vai precisar de mais 296 mil especialistas em rede até 2015
A demanda por profissionais de TI com conhecimento em network na América Latina será 35% maior que a oferta de talentos até 2015, o que poder afetar a competitividade dos países da região. O alerta é do estudo "Networking Skills in Latin America", realizado pela IDC, encomendado pela Cisco. 
De acordo com a pesquisa, a América Latina tinha em 2011 uma carência de 139,8 mil profissionais com experiência em redes e conectividade, ou seja, falta de especialistas com habilidade para planejar, projetar, gerenciar e suportar tecnologias de networking nas organizações. A previsão para 2015 é de que esse número aumente para 296 mil, o que representa um crescimento de 35% do déficit de talentos nessa área.  (LEIA NA ÍNTEGRA)



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