Edição 835 | Ano IV


Brasília / DF
Brasil registra em janeiro maior superávit fiscal primário
O Brasil acumulou em janeiro um superávit fiscal primário recorde de 30,251 bilhões de reais, um indicador que mede a economia para o pagamento dos juros da dívida, informou o Banco Central. É o maior esforço fiscal realizado pelo Brasil em um mês desde o começo da estatística em 2001. Nos 12 meses até janeiro, o superávit primário representou 2,46% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo o Banco Central. O bom resultado de janeiro se deve em grande parte ao aumento de arrecadação de impostos, que também atingiu valores recorde no mês passado. As cifras "foram muito boas. Tivemos um aumento significativo de receitas correntes no mês passado", disse Tulio Maciel, chefe do Departamento Econômico do Banco Central. Segundo ele, as perspectivas econômicas em 2013 projetam um "cenário mais favorável em termos fiscais". No ano passado, o Brasil não cumpriu sua meta de superávit primário, já que o governo sacrificou receitas para estimular a desacelerada economia. A economia fiscal alcançou 2,38% do PIB, quando a meta oficial era 3,1%. Até janeiro a dívida pública representava 35,2% do PIB, segundo o Banco Central. (Agence France Presse / AFP)


São Paulo / SP
Abimaq vê perspectiva positiva de investimentos em 2013
A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) tem uma perspectiva positiva para este ano em relação aos investimentos no setor de bens de capital. "Pode haver espaço para um aumento de 5%, 6%, a ser confirmado nos próximos meses", disse o diretor secretário da entidade, Carlos Pastoriza. Ele disse que os estímulos do governo adotados no ano passado - como a desoneração da folha de pagamento, a extensão do PSI-Finame e a desoneração de alguns setores - já estão dando resultados. "(Esses estímulos) vão gerar um impacto positivo importante no início deste ano, principalmente para máquinas seriadas." Pastoriza acredita que no segundo semestre, por conta das concessões que o governo está fazendo, haja a reativação do setor de equipamentos sob encomendas. "No entanto, temos de observar quanto do market share desse crescimento (nos investimentos) irá para as empresas nacionais."

O diretor secretário da Abimaq mostrou preocupação com a queda das exportações. Em janeiro, as exportações atingiram US$ 699,9 milhões, recuo de 20,8% na comparação com dezembro e baixa de 24,1% ante janeiro de 2012. Pastoriza ressaltou que, nos últimos anos, a tendência era de crescimento, com poucos solavancos, e nos últimos três meses houve queda. Ele explicou que parte do recuo é explicado pela baixa sazonal no total de embarques e pelo fato de o mercado externo, de um modo geral, não estar em um "momento entusiasmado" para fazer investimento. "Mas ainda é cedo para ter um diagnóstico para as exportações, se (os últimos resultados) representam uma tendência ou se foram só um solavanco."

Pastoriza disse ainda que o câmbio a R$ 2 está "completamente longe da realidade para a indústria de transformação". "O governo está agindo na direção certa, o real já esteve mais valorizado, mas ainda é insuficiente. O setor de transformação está sendo dizimado", comentou. Em razão disso, ele disse que a Abimaq sugere três ações ao governo: regulamentação do conteúdo local, complementação da recuperação dos impostos na cadeia produtiva e que o governo avance mais na questão da defesa comercial. "Queremos neutralizar a guerra cambial, que o Brasil, com certeza, está do lado perdedor."  (Agência Estado)

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INDICADORES ECONÔMICOS

Da redação - São Paulo / SP
Índice de confiança de serviços recua 2,7% em fevereiro
O Índice de Confiança de Serviços (ICS) recuou 2,7% na passagem de janeiro para fevereiro, na série com ajuste sazonal, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O indicador saiu de 125,5 pontos para 122,1 pontos no período, o menor nível desde outubro passado (121,5). "O movimento é disseminado pela maioria dos setores (10 entre 12), sugerindo aumento de incerteza em relação à trajetória de retomada do setor de serviços. De maneira geral, os indicadores da Sondagem de Serviços em fevereiro reforçam a impressão de um início de ano ainda com moderado ritmo de atividade no setor", informou a FGV. A piora da confiança resultou da queda de 4,4% no Índice de Situação Atual (ISA-S) e do recuo de 1,5% no Índice de Expectativas (IE-S). O ISA-S alcançou 104,1 pontos, distanciando-se da média histórica (110,7 pontos), enquanto o IE-S atingiu 140,1 pontos, aproximando-se de sua média histórica (139,7 pontos). Segundo a FGV, a redução do ISA-S foi influenciada, sobretudo, pela queda de 4,9% no quesito que mensura a percepção sobre o volume de demanda atual. Já o indicador que mede as expectativas para a demanda para os meses seguintes foi o que mais contribuiu para a queda do IE-S.  (Fonte: Assessoria de Imprensa da FGV)

Da redação - São Paulo / SP
IPC-S registra queda nas sete capitais pesquisadas
O IPC-S de 22 de fevereiro de 2013 registrou variação de 0,26%, 0,29 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa divulgada na última apuração. Todas as sete capitais pesquisadas registraram decréscimo em suas taxas de variação.
A tabela a seguir, apresenta as variações percentuais dos municípios das sete capitais componentes do índice, nesta e na apuração anterior. 
(Fonte: Assessoria de Imprensa da FGV)

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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)

HOJE na Europa:
Principais bolsas europeias abrem em alta
As principais bolsas da Europa abriram em alta nos pregões de hoje, dia 28/2, graças à orientação positiva de Wall Street e apesar da preocupação dos investidores pela situação política na Itália.
Em Londres, o FTSE-100 abriu em alta de 0,53%, a 6.359,5 pontos.
Em Frankfurt, o Dax ganhava 0,47%, a 7.728,26 pontos, e em Paris o CAC 40 registrava um lucro de 0,51%, a 3.710,47 pontos.
Em Madri, o Ibex-35 abriu em alta de 1,02%, a 8.219,90 pontos.

HOJE na Ásia:
Bolsas da Ásia sobem com promessa de estímulo do BC dos EUA
As ações asiáticas subiram nos pregões de hoje, dia 28/2, uma vez que a confiança melhorou depois que Ben Bernanke, chairman do Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, reafirmou seu comprometimento com medidas de estímulo fortes. 
As ações australianas subiram 1,34%, as sul-coreanas avançaram 1,12%, enquanto Hong Kong ganhou 1,96% e Cingapura teve alta de 0,27%.
Por sua vez, o índice acionário japonês Nikkei subiu 2,71%, em meio ao recuo do iene devido a vendas depois de o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, ter indicado Haruhiko Kuroda para a presidência do banco central. Ele é visto pelo mercado como defensor do pedido de Abe de medidas de estímulo não convencionais. Bernanke, falando perante o Congresso pelo segundo dia na quarta-feira, minimizou os sinais de divisões internas, afirmando que a política de "quantitative easing" (programa de compra de ativos) tem o apoio de "maioria significativa" das principais autoridades do banco central.


ONTEM no Brasil:
Bovespa retoma os 57 mil pontos, apoiado na cena externa
O principal índice acionário da Bovespa avançou no pregão de ontem, dia 27/2, após o chairman do banco central dos Estados Unidos, Ben Bernanke, ter reafirmado forte apoio ao programa de compra de ativos para estimular a recuperação da maior economia mundial.
O Ibovespa subiu 0,57%, a 57.273 pontos, num pregão instável - o índice oscilou entre alta de 0,8% e queda de 0,46% na sessão. O volume financeiro da bolsa foi de R$ 7,95 bilhões.
O avanço de Wall Street impulsionou a bolsa brasileira pelo segundo pregão consecutivo. Falando novamente em audiência no Congresso, Bernanke minimizou sinais de divisões no Federal Reserve, afirmando que a política de compra de ativos tem apoio da "maioria significativa" de membros do BC.
Um leilão bem-sucedido de títulos governamentais da Itália também contribuiu para a melhora do sentimento dos mercados, reduzindo preocupações de que um impasse político em Roma poderia reacender a crise da dívida do bloco.
Em Wall Street, o índice Dow Jones subiu 1,26% e o S&P 500 teve alta de 1,27%. Já o principal índice europeu de ações teve valorização de 0,9%.
Por aqui, as construtoras foram as principais influências positivas para o índice, com destaque para MRV Engenharia e Gafisa, que subiram 6,64% e 5,58%, respectivamente.
As ações preferenciais da Vale - que divulga seu balanço do quarto trimestre na noite desta quarta-feira-- avançaram 0,85%, a R$ 35,45, após oscilarem entre os campos positivo e negativo na sessão.
"Existe especulação grande em cima do papel, com relação a qual será o resultado que a companhia apresentará", disse o analista-chefe da Magliano Corretora, Henrique Kleine. "Isso gera certa volatilidade."
A mineradora deve anunciar seu primeiro prejuízo trimestral em dez anos, segundo pesquisa da Reuters. A receita líquida deve ter ficado em US$ 11,37 bilhões no quarto trimestre de 2012, segundo a média das estimativas, 21,15% abaixo do que foi registrado um ano antes.
As ações preferenciais da Petrobras tiveram alta de 0,42%, a R 16,81, enquanto a ação ordinária da OGX pesou no índice, com queda de 3,24%, a R$ 3,29.
As ações da Eletropaulo caíram 5,93%, a R$ 11,90, com investidores reagindo aos resultados da distribuidora de energia do grupo AES no quarto trimestre e preocupações sobre o passivo do fundo de pensão.
Segundo o gerente de renda variável da H.Commcor, Ariovaldo Santos, a volatilidade intradiária verificada especialmente nas ações das blue chips na Bovespa reflete a falta de investidores de médio e longo prazo no mercado.
"O mercado continua sem tomador final, muito sujeito a movimentos de giro", disse Santos. O mercado deve continuar instável nos próximos pregões, segundo analistas, com investidores avaliando dados de crescimento da economia norte-americana na quinta-feira e do Brasil na sexta-feira.


ONTEM nos EUA:
Wall Street fecha em forte alta
A Bolsa de Nova York fechou com nova máxima desde 2007 ps pregões de ontem, dia 27/2, impulsionada por dados positivos do mercado imobiliário e pela confirmação de que o Federal Reserve manterá o rumo de sua política monetária: o Dow Jones subiu 1,26% e o Nasdaq, 1,04%.
O Dow Jones Industrial Average subiu 175,24 pontos a 14.075,37 unidades e o tecnológico Nasdaq, 32,61 pontos a 3.162,26 unidades.
O índice ampliado Standard and Poor's 500 subiu 1,27% (+19,05 pontos) a 1.515,99 unidades.
Os indicadores começaram o dia em queda, mas se recuperaram, apagando as perdas dos últimos dias devido à instabilidade política na Itália.
Um dos principais fatores do otimismo nos mercados foram as declarações do presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, que confirmou que o organismo manterá o rumo da política monetária em dois comparecimentos ao Congresso dos Estados Unidos.
Após Bernanke defender na terça-feira que, em um contexto de baixa inflação e com uma taxa de desemprego ainda elevada, o Fed manteria a política de compra de ativos, nesta quarta-feira, o presidente do banco central projetou um panorama alentador.
Para Gregori Volokhine, de Meeschaert New York, o fato de que o Fed planeja manter o tamanho de sua carteira de ativos, após a implantação de sua política expansiva, foi recebido favoravelmente.
Bernanke reconheceu que o Fed poderia conservar "um pouco mais que o previsto" alguns títulos, antes de passar ao mercado todas as compras que injetaram liquidez ao sistema com o objetivo de impulsionar a recuperação.
O mercado das obrigações fechou em queda. O rendimento do bônus do Tesouro a 10 anos subiu a 1,903% contra 1,879% de terça-feira e o do papel a 30 anos a 3,103% contra 3,075%.

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MERCADO FINANCEIRO


Da redação - São Paulo / SP
Calote nos bancos públicos supera os privados
Os balanços dos bancos relativos ao exercício 2012 deixaram uma dúvida no ar: por que a inadimplência das instituições públicas encerrou o ano em níveis tão inferiores aos dos bancos privados, levando em conta que as primeiras foram muito mais agressivas na concessão de crédito? Um trabalho elaborado pelo economista Samuel Pessôa, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da FGV, indica que a resposta está na composição da carteira de empréstimos de cada grupo de instituições. Mais: o levantamento mostra que os índices de calote nos bancos públicos são mais elevados. Fazendo a ressalva de que não se trata de duvidar da veracidade dos dados dos bancos públicos, Pessôa explica a hipótese sobre a qual trabalhou. O crédito no Brasil é composto por recursos livres (de mercado) e direcionados (dinheiro do governo voltado para algum segmento específico, como, por exemplo, empréstimos imobiliários).

Historicamente, a taxa de inadimplência no crédito com recursos direcionados é bem inferior à taxa com recursos livres. Como os bancos públicos têm em suas carteiras um peso maior de crédito direcionado, a conclusão de Pessôa é de que "a inadimplência geral nessas instituições é mais baixa por um efeito de composição". Quando a comparação se restringe apenas ao crédito concedido com recursos livres, os números apurados por Pessôa mostram inadimplência mais alta nos públicos do que nos privados. Na hipótese em que a inadimplência do crédito com recursos direcionados é de 1%, o índice de calote nos recursos livres ficaria em 6,8% nos bancos públicos em dezembro, ante 5,2% nos privados. "Aparentemente, os bancos públicos são menos eficientes do que os privados quando operam com recursos livres", disse o pesquisador. Ele observa que não é possível afirmar categoricamente que essa conclusão é verdadeira porque os dados divulgados pelo Banco Central (BC) não permitem uma avaliação mais profunda da situação.

Os dados do trabalho de Pessôa englobam, entre as instituições públicas, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A taxa de inadimplência de 1% nos créditos com recursos direcionados utilizada na hipótese do pesquisador foi obtida justamente a partir de números dos balanços do BNDES.
Ao final do quarto trimestre de 2012, a inadimplência acima de 90 dias no Itaú estava em 6,9% nas operações para pessoas físicas. No Bradesco, era de 6,2%, e no BB, em 2,6%.

Caixa e BB - O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal contestam as conclusões de Pessôa. "A afirmação não procede no caso do BB, que divulga a inadimplência por segmentos de mercado (pessoa física, pessoa jurídica e agronegócios) e em todos eles os índices situam-se abaixo da média do mercado, mesmo considerando apenas créditos livres", afirmou o banco, em nota. O BB diz ainda que não teve acesso à metodologia utilizada na pesquisa e está à disposição para analisá-la. A Caixa diz que a inadimplência no banco "é menor que a do mercado independentemente de serem os recursos livres ou direcionados". A Caixa afirma que, considerando apenas créditos com recursos livres, na pessoa física, a inadimplência era de 4,85% em dezembro, enquanto a do mercado para este segmento era de 8%, segundo dados do BC. Na pessoa jurídica, os dados, segundo a Caixa, eram de 1,8% e 3,7%, respectivamente. Por isso, o banco diz que discorda da conclusão do trabalho de Pessôa.  (Fonte: Assessoria de Imprensa da FGV)

Rio de Janeiro / RJ
Lucro da SulAmérica salta 19,2% no 4º trimestre, para R$ 260 milhões
 A SulAmérica teve lucro líquido de R$ 260,1 milhões no quarto trimestre, alta de 19,2%o em relação ao mesmo período de 2011, informou a companhia de seguros ontem, dia 27/2. O resultado se deu pelo melhor desempenho nas vendas e controle da sinistralidade em todos os segmentos, disse a companhia em seu relatório de resultados. O desempenho do resultado financeiro também contribuiu para o avanço do indicador, mesmo com o recuo de 14,1% no trimestre na comparação anual, a  R$ 158,3 milhões.
No ano, o lucro avançou 7,8%, a  R$ 483,2 milhões. "A empresa ‘performou' muito bem. A receita da SulAmérica cresceu 12% de modo geral", disse à Reuters o presidente da seguradora, Thomaz Cabral de Menezes, citando o crescimento de 12,5 dos prêmios de seguros em 2012, a  R$ 10,6 bilhões.
Segundo a SulAmérica, a rentabilidade acumulada das aplicações dos ativos não vinculados às operações de previdência e VGBL (Vida Gerador Benefício Livre) superou a taxa de referência, atingindo 125,8% do CDI no trimestre e de 114,1% do CDI em 2012. O saldo das aplicações destes ativos aumentou 5,6% totalizando  R$ 5,1 bilhões. O resultado da área de gestão de ativos cresceu 110% no trimestre, impulsionado, segundo a companhia, pelo aumento da captação de recursos e maior "taxa de performance".
Para 2013, Menezes espera que a Sul América tenha crescimento em linha com o mercado. "Este é um ano de escolhas, estabelecimento de prioridades, melhoria de eficácia e eficiência operacional. É um ano em que, de fato, você tem que escolher onde quer crescer com rentabilidade", afirmou.
Segundo o executivo, a empresa vai priorizar áreas em que possui "boa vantagem competitiva", como benefícios - que incluem saúde, odontológico, vida e previdência -, e outros segmentos, como carros e condomínios.
(Agência Reuters)

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INDÚSTRIA


Brasília / DF
EUA selecionam Embraer para fornecer aviões de defesa para o Afeganistão
A Sierra Nevada Corp anunciou que a Força Aérea dos Estados Unidos selecionou a empresa Embraer e sua parceira, a Embraer Defense and Security, para fornecer aviões A-20 Super Tucano para a Força Aérea do Afeganistão. A encomenda inicial é de 20 aviões, no valor de US$ 427,5 milhões. Segundo o comunicado da SNC, o A-29 "será usado para prover capacidades de apoio aéreo leve, reconhecimento e treinamento para os militares do Afeganistão. Como tal, ele é um elemento vital da estratégia dos EUA de retirada do Afeganistão e central para a manutenção da segurança naquela região no futuro". Os aviões serão construídos em Jacksonville (Flórida). O consórcio Embraer/SNC já havia sido declarado vencedor dessa licitação, mas a decisão havia sido contestada em 2011 pela indústria aeronáutica norte-americana Beechcraft, que saiu da concordata no começo deste mês. (Agência Estado)


São Paulo / SP
Ambev lucra R$ 10,5 bilhões em 2012
A Ambev (Companhia de Bebidas das Américas) anunciou nesta quarta-feira ter tido o lucro líquido de R$ 10,508 bilhões em 2012, também atribuído à controladora, excluindo participações dos minoritários. O resultado conseguido em todo o ano passado representa uma expansão de 21,6% sobre os R$ 8,641 bilhões de 2011. Já o lucro consolidado, que inclui a parte dos minoritários, subiu 22% em 2012, para R$ 10,642 bilhões, ante os R$ 8,719 bilhões registrados em 2011, neste mesmo critério. O lucro líquido ajustado, antes de receitas e despesas especiais somou em 2012 R$ 10,558 bilhões, 22,5% maior do que os R$ 8,617 bilhões do ano anterior. Já o Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) teve alta de 18,7%, para R$ 15,628 bilhões, com margem Ebitda de 48,5%, mesmo número de 2011. No critério "ajustado", o Ebitda de 2012 foi de R$ 15,679 bilhões, ou 19,3% superior ao de 2011, de R$ 13,141 bilhões, com margem Ebitda ajustada de 48,6%, ante a de 48,4% registrada em 2011. A receita líquida de 2012 somou R$ 32,231 bilhões, alta de 18,8% sobre os R$ 27,126 bilhões registrados em 2011.

Trimestre - No quarto trimestre de 2012, a empresa registrou lucro líquido de R$ 3,720 bilhões no quarto trimestre de 2012, o que representa uma alta de 22,7% na comparação com o resultado de igual período de 2011, que foi de R$ 3,032 bilhões. Este dado é o atribuído ao controlador, excluindo a participação dos acionistas minoritários. Já o lucro consolidado, que inclui a parte dos minoritários, subiu 23,5%, para R$ 3,784 bilhões, ante os R$ 3,064 bilhões registrados no quarto trimestre de 2011, neste mesmo critério. Outra medida informada é o lucro líquido ajustado, antes de receitas e despesas especiais, cuja cifra no quarto trimestre do ano passado foi de R$ 3,734 bilhões, 22,6% acima dos R$ 3,046 bilhões de outubro a dezembro do ano anterior.
Já o Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) teve alta de 22,4%, para R$ 5,497 bilhões, com margem Ebitda de 54,3%, ante a de 53,6% no quarto trimestre de 2011. No critério "ajustado", o Ebitda foi de R$ 5,511 bilhões, ou 22,3% superior ao do mesmo período de 2011, de R$ 4,506 bilhões, com margem Ebitda normalizada de 54,4%, ante a de 53,8% registrada no quarto trimestre de 2011. A receita líquida do quarto trimestre somou R$ 10,133 bilhões, alta de 21,0% sobre os R$ 8,378 bilhões registrados nos meses de outubro a dezembro de 2011.

Investimento - A fabricante de bebidas Ambev planeja investir cerca de R$ 3 bilhões nas suas operações no Brasil para a construção de novas fábricas e centros de distribuição (CDs), ampliação de unidades industriais, desenvolvimento de novos produtos e otimização logística e de produção em todas as regiões do País. Se usado todo o recurso será o quarto ano de aportes recordes da companhia no Brasil, somando quase R$ 10 bilhões.
No ano passado, a empresa estava planejando investir até R$ 2,5 bilhões, mas, conforme o relatório de resultados, os aportes (capex) foram de R$ 2,141 bilhões no País. Os investimentos totais e globais em 2012 foram de R$ 3,014 bilhões, sendo R$ 1,054 bilhão somente no quarto trimestre.
"Nosso objetivo com esse aporte é criarmos condições de atender a demanda e estarmos preparados para fazer no Brasil a melhor Copa do Mundo do mundo. Contudo, esta previsão de investimentos para 2013 está sujeita à confirmação de um horizonte de crescimento, que depende, dentre outras coisas, da tributação incidente sobre o setor", afirmou o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Ambev, Nelson Jamel, no release à imprensa.
Dentre as obras da Ambev para 2013, estão as já anunciadas novas fábricas em Minas Gerais e no Paraná, a ampliação da capacidade de produção de bebidas em garrafas retornáveis de 300 ml e 1 litro de Guaraná Antarctica, além da adaptação de mais uma fábrica para a produção da cerveja Budweiser a ser anunciada ao longo de 2013 e a garantia de fornecimento da cadeia de suprimentos para a Copa do Mundo de 2014.
A companhia também comentou que seguirá na busca do equilíbrio entre volume, preço e mix, com foco no crescimento via inovações de embalagem, de líquidos. Nos canais de venda, a Ambev quer priorizar as vendas de bebidas premium, além de maior disponibilidade do portfólio completo no Norte e no Nordeste e atuação mais forte com garrafas de vidro retornáveis.
Especificamente sobre o segmento de cerveja no Brasil, a Ambev lembrou que a indústria terá que lidar com aumentos de impostos esperados para abril e outubro. Mas ao mesmo tempo, incrementos reais no salário mínimo e níveis de desemprego consideravelmente baixos devem continuar a impactar positivamente a renda disponível, o que, em conjunto com os esforços do governo federal em estimular a economia brasileira, devem ser positivos.
"Assim sendo, acreditamos que, dadas as perspectivas macroeconômicas atuais, a indústria de cerveja deve continuar a crescer em torno dos mesmos níveis de 2012", afirmou a companhia, no documento ao mercado. Segundo a Ambev, o mercado de cerveja nacional cresceu 3,2% em 2012 (4,7% somente no quarto trimestre). Porém, a fabricante de bebidas adiantou que o primeiro trimestre de 2013 deve ser desafiador principalmente devido "ao carnaval mais cedo e às condições meteorológicas ligeiramente piores."
(Agência Estado)


Rio de Janeiro / RJ
Lucro líquido da Vale caiu 43% em 2012
A mineradora Vale obteve em 2012 um lucro líquido básico de R$ 22,182 bilhões, 43% abaixo dos R$ 39,17 bilhões em 2011, quando a companhia alcançou o melhor resultado desde que foi criada há 70 anos. O balanço, apresentado hoje depois do fechamento das bolsas de valores, indicou que o faturamento da companhia no ano passado alcançou os R$ 90,953 bilhões, 10% menor que no ano anterior. O lucro bruto de exploração (Ebitda) ajustado foi de R$ 37,434 bilhões. Tanto o lucro líquido básico como o Ebitda ajustado excluem, segundo a companhia, algumas linhas escritas ou impressas não relacionadas com a caixa, como perdas na venda de ativos, câmbio e perdas monetárias e outras variáveis que podem reduzir o valor de mercado da empresa. "O ano de 2012 foi desafiante para a economia global, que, no meio de um ambiente de incerteza, cresceu abaixo da tendência de longo prazo pelo segundo ano consecutivo", apontou a Vale em comunicado.
A empresa assinalou que "uma das consequências do cenário macroeconômico adverso foi a queda generalizada dos preços de minerais e metais, com exceção do ouro, um metal precioso cujas cotações são influenciadas por outros fatores". (Agência EFE)

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AGROBUSINESS


Da redação - São Paulo / SP
Frango vivo inicia 2013 melhor do que terminou 2012
É certo que – exceto por alguma ocorrência fortuita – o frango atinge seus melhores preços no último bimestre de cada exercício. Opostamente, os momentos mais difíceis são registrados exatamente no bimestre inicial de cada novo ano. Então, se o preço médio alcançado não chega a ser o pior do exercício é, pelo menos, inferior ao do bimestre anterior. Uma regra que, aparentemente, não tem exceção. Ou não tinha. Porque, talvez pela primeira vez na história do setor, o bimestre inicial de 2013 está sendo encerrado com um preço médio superior ao do bimestre final de 2012. É verdade que, no ano passado, o frango vivo experimentou valorização de 20% entre o primeiro dia de novembro e o último dia de dezembro, enquanto em 2013 vem registrando desvalorização de quase 7% em relação ao preço inicial do ano. Mas o fato de ter aberto o exercício com o mesmo valor alcançado à época do Natal (o melhor período de comercialização de 2012), aliado a um período de longa estabilidade de preços (só interrompida devido ao surgimento, no mercado, de ofertas intempestivas vindas de integrações), está fazendo com que o frango vivo encerre o primeiro bimestre de 2013 com um preço médio (cerca de R$2,91/kg) quase 5% superior à média de R$2,77/kg alcançada no bimestre novembro/dezembro de 2012. Algo que parece ser inédito na avicultura de corte brasileira.  (Fonte: Avisite)




Da redação - Brasília / DF
CNA “erra a mão” na projeção de produção de carne de frango brasileira
Ao divulgar, na última quarta-feira, dia 26/2, suas projeções sobre o possível Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária brasileira em 2013, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apresentou números que apontam que o VBP da produção animal (carnes, leite e ovos) tende a apresentar aumento de 23,7%, superando assim o índice de crescimento previsto para a produção agrícola (vide “Valor da produção agrícola deve crescer 15% em 2013”). A realidade, porém, é que a projeção do VBP da produção animal está artificialmente inflada por um provável aumento de 40,8% na receita da carne de frango contra, por exemplo, aumentos que variam entre 14,5% e 19% nas carnes bovina e suína, no leite e nos ovos. E isso acontece porque, ao prever a produção de carne de frango de 2013, a CNA aplicou sobre o volume de 2012 (12,645 milhões de toneladas) um aumento de mais de 13%, o que elevaria a produção deste ano para 14,315 milhões de toneladas. Consideradas as estimativas do próprio setor avícola de um crescimento em torno de 3% (pouco mais de 13 milhões de toneladas em 2013) e mantida a previsão de um preço real 22,5% superior ao de 2012, a receita da carne de frango aumentará 28,2% e o VBP da produção animal apresentará aumento de 20,2%.  (Fonte: Assessoria de Imprensa da CNA)




Da redação - Brasília / DF
Brasil considera leilões para formar estoques de café após queda dos preços
Brasil, o maior produtor e exportador de café do mundo, está considerando comprar a mercadoria dos cafeicultores para construir estoques depois que a perspectiva de uma grande safra gerou queda nos preços da commodity 
As autoridades brasileiras estão considerando a oferta de contratos de opção, quando o governo garante um preço mínimo ao produto, bem como financiamentos para estocagem, disse o secretário executivo do Ministério da Agricultura, José Carlos Vaz, em entrevista, hoje, em Brasília. "Ajudar os produtores de café é a prioridade do Ministério agora", falou Vaz. "Podemos ter uma decisão sobre o que vai ser feito nas próximas semanas."
Os contratos futuros do café caíram 29 por cento em um ano na Bolsa de Nova York com a perspectiva de que os produtores poderão colher aproximadamente 50,2 milhões de sacas no Brasil este ano, quase alcançando o recorde do ano passado, de 50,8 milhões de sacas, de acordo com estimativas do governo.
Os contratos para entrega em maio subiam 0,8 por cento, para 1,442 dólares por libra peso, às 12h59, na ICE Futures US, em Nova York. Uma saca de café pesa 60 kg (132,28 libras).  (Fonte: CNC Café)


Da redação - Porto Alegre / RS
Indústria da carne de SC está a espera de novos mercados mundiais
Num cenário marcado por custos de produção elevados, competição acirrada e inflação à espreita, os frigoríficos catarinenses trabalham - em 2013 - pela abertura do mercado japonês e pelo incremento dos negócios com a China e Estados Unidos. O presidente do Sindicato das Indústrias da Carne e Derivados de SC (SINDICARNE), Clever Pirola Ávila, está convencido que, apesar dos desafios, o ano será melhor que o anterior. 

Como deve se comportar, em 2013,  o mercado de carnes em geral e o mercado de carne suína, em particular? Temos a expectativa de um ano melhor, apesar das matérias-primas continuarem em patamares elevados - com a demanda internacional alta e os estoques baixos. Entretanto, os crescimentos serão vegetativos. 

O preço do milho e demais insumos voltarão a patamares razoáveis neste ano ou continuarão com preços aquecidos? Continuarão elevados e com leve redução durante o auge da colheita da safra. 

Santa Catarina necessitará, novamente, importar 2 milhões de toneladas de milho neste ano. Onde deverá buscar esse grão? Nossas alternativas no Brasil são as mesmas: Paraná, Mato Grosso do Sul e, em situações mais atípicas, no Mato Grosso e Goiás. Em nível internacional o Paraguai continua sendo uma opção. 

Vamos gastar novamente alguns bilhões de reais em transporte do milho do Brasil central a Santa Catarina? O projeto da ferrovia norte-sul não avançou? Continuaremos a perder competividade neste modelo modal 100% rodoviário. Temos somente cartas de intenção e nada de concreto  foi aplicado. 

Por que o Governo Federal não aceitou a proposta de subsídio do frete em 5 reais por saca? Aceitará essa proposta este ano? Parece existir um impedimento legal, o qual nos deixa vulneráveis e sem apoio externo em situações emergenciais. Não foi à toa que várias empresas fecharam e outras foram vendidas. 

O Sr. concorda com a ideia de contingenciamento das exportações de milho para abastecer o mercado interno? Não. A lei de mercado livre deve sempre prevalecer, porém, existem outros mecanismos de política agrícola que podem ser utilizados, visando o equilíbrio do abastecimento interno. 

Como ficarão as exportações este ano? A Rússia voltará a ser nosso principal mercado como já foi no passado? Na área da carne suína, Rússia e Ucrânia continuam sendo os principais destinos. No segmento de carne de aves, as alternativas são maiores - Europa, Ásia e América Latina. 

Em que situação está o comércio bilateral Brasil - China? Os chineses estão comprando carne catarinense desde o ano passado? Qual é o balanço? Acabamos de receber a habilitação de novas plantas para exportar para a China e certamente em 2013 teremos uma evolução bem maior. Temos mais de 40 plantas habilitadas para exportar aves, suínos e bovinos do Brasil. 

O cobiçado mercado do Japão será conquistado neste ano? Em que fase estão as tratativas? Quais as etapas que ainda faltam? Estamos apostando todas as nossas fichas para abertura deste mercado para a carne suína. Estamos apenas na consolidação da troca do Governo no Japão e partiremos para as duas fases finais: apresentação do protocolo de intenções com a definição do Certificado Sanitário Internacional e nominação das Plantas Industriais a serem habilitadas. 

O mercado norte-americano está oficialmente aberto para a carne catarinense, mas, até agora, não saiu nenhum negócio. Por quê? Estamos neste momento recebendo uma missão norte-americana no Brasil e especialmente em SC para a liberação final das plantas habilitadas. Ao mesmo tempo estamos preparando nossas plantas com um treinamento específico com pessoal capacitado dos USA. 

O Sindicarne tem um balanço de quantos frigoríficos fecharam em 2012 em consequência da crise do encarecimento do milho? O sul do Brasil e São Paulo foram os Estados mais afetados, principalmente pela falta de crédito ao capital de giro. Das empresas afetadas, parte fechou e outra parte foi vendida.
(Fonte:  MB Comunicação)


Da redação - São Paulo / SP
Produção reduzida de ovos garante estabilidade de preços
Mesmo com a demanda mais calma devido ao período do mês, a procura poderá começar a crescer com os compradores de olho no início de mês que se aproxima. A produção reduzida no momento garante ao menos a estabilidade dos preços. Cotações- Segundo o índice do OvoOnline, a caixa com 30 dzs do ovo tipo Extra branco granel custa R$ 70,80 em SP e R$ 72,00 no RJ. Em MG, R$ 88,00, informa o Agridata. No varejo, o preço médio da dúzia de ovos nos supermercados de SP e RJ é R$ 4,50 e R$ 4,85, respectivamente. Em MG, o valor é de R$ 4,80

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COMÉRCIO EXTERIOR

Brasília / DF
MDIC aprova redução de imposto de ex-tarifários
O governo publica hoje, dia 28/2, no Diário Oficial da União uma nova redução de Imposto de Importação para bens de capital, de informática e telecomunicações sem similares nacionais - os chamados ex-tarifários. O Comitê Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex) aprovou 284 ex-tarifários para bens de capital, sendo 213 novos pedidos de concessão e 71 pedidos de renovação, além de mais seis para bens de informática e telecomunicação. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), os projetos de investimentos vinculados à compra destes equipamentos são de US$ 3,87 bilhões. As importações estimadas são de US$ 896 milhões.

Os ex-tarifários são um instrumento do governo para baratear o custo dos investimentos. Por meio dele, há uma redução da tarifa de importação para máquinas sem produção nacional, que estão vinculadas a projetos de investimentos apresentados para análise do MDIC. Os maiores investimentos ligados aos novos ex-tarifários serão dos setores naval (44,16%); de geração de energia (14,79%); siderúrgico (10,26%); agroindústria (5,25%); e metalúrgico (3,62%). Os principais projetos são a implantação de um grande estaleiro na área do Complexo do Porto do Açu (RJ); a construção de uma nova fábrica de moagem de milho por via úmida com capacidade de 1,5 mil toneladas ao dia de moagem de milho no Paraná; a instalação de uma siderúrgica com capacidade de produção inicial de 600 mil toneladas ao ano de aço laminado para fabricação de vergalhões no Ceará; aumento da produção de chapas de aço em 500 mil toneladas por ano em Minas Gerais e a instalação de uma fábrica com capacidade produtiva de 60 mil toneladas de tubos soldados e 30 mil toneladas de tubos trefilados em aço carbono, em São Paulo.

Durante discurso no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), nesta quarta-feira, o ministro Fernando Pimentel destacou a importância da redução de tributos, via ex-tarifários, para alavancar investimentos no Brasil. Por causa disso, ele afirmou que o Brasil está longe de ser protecionista, apesar das críticas de outros países às medidas anunciadas no ano passado, como a elevação da tarifa de importação para cem produtos que enfrentavam a concorrência acirrada dos importados. Segundo o MDIC, desde janeiro de 2012 foram concedidos 908 ex-tarifários.  (Agência Estado)

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INFRAESTRUTU e LOGÍSTICA


Brasília / DF
Presidência flagra irregularidades em estatais de portos
Auditorias realizadas pela Presidência da República apontam, desde 2010, irregularidades e exemplos recorrentes de má gestão nas sete companhias Docas geridas pelo governo federal. Há desde casos de sobrepreços em contratos e licitações direcionadas até exemplos de descaso com equipes de fiscalização e falhas de segurança no controle de contêineres e das embarcações. Estatais responsáveis pela gestão de 17 dos principais portos do país, as companhias acumulam prejuízos ao longo dos anos. Apenas no governo Dilma Rousseff, tiveram de receber aportes de R$ 1,2 bilhão do Tesouro para honrar seus compromissos. Em um momento em que o Planalto elege a reestruturação dos portos como prioridade para desatar nós logísticos do setor produtivo, os problemas apontados revelam um amplo leque de reparos a serem feitos para uma efetiva dinamização. Foram analisados 126 relatórios e notas técnicas produzidas sobre as Docas nos últimos três anos pela Secretaria de Controle Interno da Presidência. Criada na década de 1990, ela atua de forma autônoma a outros órgãos de controle, como a Controladoria-Geral da União e o Tribunal de Contas da União. Os documentos mostram que, apesar da proximidade física e hierárquica com a presidente Dilma Rousseff, as avaliações do órgão interno costumam ter pouco ou nenhum efeito. Um exemplo foi a verificação de um potencial prejuízo de R$ 42 milhões em obras bancadas pelo governo federal no porto de Suape, administrado pelo governo de Pernambuco. Apesar das irregularidades apontadas, a Secretaria Especial de Portos não tomou qualquer providência, embora "tenha sido dispensado tempo suficiente para que tais problemas fossem solucionados". Diante da inércia, o caso foi para o TCU.

CODESP - Situação semelhante ocorreu na Codesp, responsável pelo porto de Santos. Segundo o órgão da presidência, a companhia celebra "recorrentemente" contratos com escritórios particulares de advocacia, sem licitação, apesar de alertas já feitos por órgãos de controle. Com a reincidência verificada mesmo após o alerta, o caso foi encaminhado ao TCU.
Outro exemplo de irregularidades e descaso envolve a companhia Docas da Bahia. Auditoria feita no segundo semestre de 2012 mostra que 25 recomendações feitas pela secretaria no ano anterior não foram cumpridas.
Os fiscais alertam para falhas de segurança, com descumprimento de protocolos portuários internacionais. Também reclamam de obstáculos à fiscalização, com a ausência de entrega de documentos de processos de licitação e de sindicâncias contra funcionários da Docas. Para melhorar a gestão dessas companhias, o pacote de portos anunciado por Dilma em dezembro de 2012 previu que elas terão de seguir metas detalhadas. Os diretores que descumprirem os objetivos serão demitidos. (Agência Folha)

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TI, WEB e e-COMMERCE

São Francisco / EUA
Yahoo acaba com trabalho em casa e põe prática em xeque
O trabalho em casa é uma visão utópica de emprego. Hoje, com computadores e smartphones que permitem que as pessoas se conectem, é mais fácil fugir das árduas viagens em meios de transporte e de escritórios lotados para trabalhar no conforto do sofá ou mesmo na praia. Entretanto, a ideia ainda não vingou, embora, há cerca de 15 anos, quando a comunicação digital começou a tomar conta da vida cotidiana, muitos achassem que vingaria. Embora as estatísticas mostrem que trabalhar em casa é uma solução em alta, ela não parece acompanhar o ritmo da evolução tecnológica.
O número de funcionários americanos que trabalha em casa pelo menos um dia por semana aumentou de 7%, em 1997, para 9,5%, em 2010, segundo os dados mais recentes do Departamento do Censo dos EUA.

Esta semana, essa tendência se reverteu um pouco, quando o Yahoo anunciou aos seus empregados que todos teriam de trabalhar na sede da empresa todos os dias. "A celeridade e a qualidade muitas vezes são sacrificados quando trabalhamos em casa", dizia o documento distribuído internamente.
A decisão da companhia desencadeou um debate e foi criticada por estar baseada em noções ultrapassadas. Mas, no fundo, a questão real é: por que trabalhar em casa é algo considerado ainda uma solução "alternativa", mesmo com tantas ferramentas de comunicação à disposição?

Para Joseph M. Pastore, professor da Escola de Administração de Empresas da Pace University, é quase impossível suplantar o elemento fundamental da comunicação em um ambiente de escritório: a conversa face a face. "Trabalhar em casa nem sempre funciona de maneira tão eficiente como imaginamos", afirma. "Na sua maioria, as experiências da vida são experiências humanas. O que nós fazemos é muito complexo e importante, e tudo o que fazemos se baseia na interação." Outro motivo pelo qual o local de trabalho é o espaço que escolhemos é uma simples preferência pessoal. Geralmente, as pessoas trabalham melhor perto de outras.

No caso da Yahoo, muitos acham que a gigante da internet, que há tempos vem encontrando dificuldades, tem funcionários demais e precisa apertar o cinto para competir com uma nova geração de pesos pesados da tecnologia. Dizendo aos trabalhadores que apareçam ou deixem a empresa, como indicava o memorando interno, a presidente Marissa Mayer, que assumiu o cargo em junho, talvez acabe com parte do "peso morto".

No entanto, observadores preocupados em defender os seus interesses ficaram sobressaltados com o caso da Yahoo. O bilionário Richard Branson disse que a decisão de Marissa o deixou perplexo. "Deem às pessoas a liberdade de escolher o lugar para trabalhar, e elas farão um trabalho excelente." O ex-empregador de Marissa, o Google, e o gigante das redes sociais, Facebook, pressentindo uma crise no Vale do Silício, apressaram-se em reiterar que se mantêm firmes em sua política de permitir que os seus funcionários trabalhem em casa.

Tendência - Do ponto de vista da estratégia, a estatística parece estar do lado dessas empresas. O Estudo Nacional dos Empregadores, de 2012, um relatório que tem o apoio de grupos defensores dos direitos da família e dos trabalhadores, observa que cerca de 63% das companhias permitem - embora não necessariamente estimulem - que pelo menos alguns funcionários trabalhem parcialmente em casa. É um aumento considerável em relação aos 34% de 2005. O Facebook, por exemplo, tem uma política informal a respeito do trabalho em casa, deixando cada gerente e funcionário decidir a respeito. Pastore diz que o que realmente importa na hora de decidir ou não sobre o home office é a produtividade individual dos empregados. "Para decidir se é bom ou não, basta olhar os resultados."  (Fonte:  San Francisco Chronicle)


São Paulo / SP
Intel investirá R$ 300 milhões em parcerias no Brasil
A multinacional Intel, fabricante de semicondutores, anunciou que vai investir R$ 300 milhões até o fim do ano que vem para desenvolver junto a empresas e universidades brasileiras soluções tecnológicas em transporte, educação e energia. "O Brasil está se consagrando como um polo de inovação e pesquisa na América Latina", disse Fernando Martins, presidente da Intel no País. De acordo com ele, a companhia vai selecionar empresas dos setores selecionados e produzir soluções tecnológicas junto a universidades para serem incorporadas aos modelos de negócios. O anúncio da Intel foi acompanhado pelo ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antônio Raupp. A política de atração de centros de tecnologia de multinacionais ao Brasil é um dos braços do programa TI Maior, lançado no ano passado. Ainda que não vá construir um centro propriamente dito, a Intel planeja desenvolver produtos e soluções da mesma forma que Microsoft e EMC, que nos últimos meses anunciaram a construção de centros de pesquisa e tecnologia no País. "Nós vamos criar um programa de apoio para que professores das universidades brasileiras tenham estágio de pesquisa com a Intel", afirmou Raupp, envolvido nos detalhes finais de um pacote para estimular a inovação no Brasil. Como informou o jornal O Estado de S. Paulo, a presidente Dilma Rousseff deve anunciar em março a abertura de crédito subsidiado de quase R$ 30 bilhões para financiar projetos de inovação nas empresas brasileiras. "Esse anúncio da Intel em setores estrategicamente críticos no Brasil, como são educação e energia, por exemplo, faz exatamente o que desejamos, isto é, aproxima empresas que precisam inovar de universidades que precisam transformar suas pesquisas em inovação", disse Virgílio Almeida, secretário de política de informática do ministério e responsável pelo TI Maior.
(Agência Estado)


São Paulo / SP
Receita de cloud deverá crescer 74% no Brasil em 2013
Os negócios com cloud computing no Brasil vão crescer 74% em 2013 e gerar uma receita de 302 milhões de dólares. As projeções são de estudo apresentado hoje pela Frost & Sullivan, durante seminário, promovido em São Paulo, pelo jornal Valor Econômico. Em entrevista ao jornal, Fernando Belfort, analista sênior da consultoria, destacou o aumento do interesse das empresas por esse modelo de compra de TI. Ele lembrou que há dois anos a principal barreira para contratação de aplicações na nuvem eram as questões de segurança, mencionadas por 87% dos CIOs. Hoje esse índice caiu para 72,7%, apontam estudos da Frost & Sullivan. Outra preocupação dos líderes de TI para adesão do modelo é a infraestrutura de telecomunicação que, segundo Belfort, é um fator importante para impulsionar os negócios na nuvem brasileira. 

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TELECOM

Londres/Inglaterra e São Paulo/SP
Vivendi pode congelar venda da GVT após baixas ofertas
A francesa Vivendi pode congelar a venda de sua companhia brasileira de telefonia e internet de banda larga GVT, já que as ofertas que recebeu têm ficado aquém do preço solicitado de 7 bilhões a 8 bilhões de euros, disseram duas fontes próximas ao assunto. Sobraram apenas dois interessados no processo de ofertas, disseram as fontes. A DirecTV, maior provedora de televisão via satélite dos Estados Unidos, está oferecendo 6 bilhões de euros (7,9 bilhões de dólares) pela GVT, disse uma das fontes. A DirecTV está oferecendo pagar dois terços desse montante em dinheiro e o resto, em ações, acrescentou a fonte.

Um consórcio de companhias de private equity liderado pela KKR está oferecendo até 5 bilhões de euros pela GVT, disseram as fontes. O BTG Pactual, que também analisava a possibilidade de adquirir a companhia, retirou-se do processo, disse a segunda fonte.A mesma fonte destacou que a Vivendi tenderia a interromper o processo a menos que a oferta seja elevada para mais perto do preço solicitado. "A Vivendi não está com pressa para vender", disse a fonte. Analistas estavam divididos sobre o resultado da venda, com alguns dizendo que a Vivendi vai hesitar em vender a GVT a baixo preço e outros apostando que ela vai ceder à pressão e aceitar vender a companhia brasileira antes da reunião de acionistas em 30 de abril, em Paris.
Ligações a um porta-voz da Vivendi baseado em Paris em busca de comentários não foram imediatamente respondidas. Porta-vozes da DirecTV e da KKR não puderam ser imediatamente contatados. A Vivendi pretende reduzir sua presença em telecomunicações para focar-se mais em ativos de mídia, com o objetivo de impulsionar o preço de sua ação, que tem registrado queda.

A companhia sofre de um chamado "desconto de conglomerado" - o que significa que investidores avaliam-na a valores menores como um todo por conta da ampla variedade de suas subsidiárias. O papel da Vivendi perdeu cerca de dois quintos de seu valor nos últimos cinco anos. A companhia decidiu no ano passado vender a GVT como parte de sua revisão de seu portfólio de operações em telefonia móvel, videogames e música. A maior companhia de telecomunicações e mídia da Europa também busca um comprador para sua fatia controladora na Maroc Telecom. Uma decisão final sobre a venda da GVT não foi tomada ainda. Um preço de compra de 7 bilhões de euros seria mais do que dobro dos aproximadamente 3 bilhões de euros pagos pela Vivendi em 2009 pela GVT, uma provedora alternativa de serviços de telefonia fixa, banda larga e televisão em 120 cidades brasileiras.
A unidade, que representou investimento total de 2 bilhões de euros para a Vivendi, teve fortes gastos para construir sua rede de fibra de banda larga de alta velocidade. (Agência Reuters)

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Mercado de LUXO

São Paulo / SP
Fortuna dos milionários do Brasil cresce 21,4% em 2012
Os recursos aplicados em private bankings no país – segmento destinado a quem tem alguns milhões para investidor – estão crescem a taxas superiores a 20% nos últimos anos. A demanda desses clientes por produtos de investimento alternativos, que garantam maior retorno e que ajudem a proteger e a crescer o patrimônio, devem garantir a expansão do segmento também em 2013, segundo avaliação da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).  (LEIA MA ÍNTEGRA)



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