Edição 825 | Ano IV

Da redação  - Porto Alegre / RS
China prevê mais investimento e anima exportação brasileira
A China deve retomar seus investimentos com mais força em 2013, garantindo demanda por produtos básicos, como o minério de ferro brasileiro. São as obras de infraestrutura e o investimento estatal que vêm sustentando cerca de metade da alta do PIB chinês na última década. E é essa força motriz chinesa que também ajudou a alavancar a economia de outros emergentes, inclusive o Brasil, especialmente pela importação de produtos básicos, além do minério de ferro, o principal produto da pauta exportadora brasileira, petróleo e itens agropecuários também tiveram grande participação na importação chinesa. Essa relação comercial da China com o resto do mundo é tão forte que cálculos do Fundo Monetário Internacional (FMI) indicam que a queda de 1% na taxa de investimentos da China equivale, em média, a um recuo de 0,8 ponto porcentual no preço do minério de ferro. A conta também vale para reduções na cotação do alumínio (1%), cobre (1,6%), chumbo (1,8%), níquel (1,8%) e zinco (2,2%).

Chineses compram 20% do exportado pelo Paraná - A China assumiu a posição de principal destino das exportações paraanaenses em termos de valor em 2010 e tem mantido a colocação desde então. No ano passado, 19,23% dos embarques do estado para o exterior foram para lá, em um total de US$ 3,4 bilhões. Os principais produtos enviados foram farelo de soja e o açúcar, mas o potencial é para muito mais. Ainda no ano passado, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil )"rastreou" as principais chances de embarques para o exterior que o Paraná estaria "ignorando", com base no histórico da balança estadual até 2010. Entre os produtos com potencial para aumentar suas compras chinesas estão o óleo de soja, na esteira do farelo, e as carnes de porco e de frango, mercados que começaram a ser abertos com um trabalho forte de prospecção que a União Brasileira de Avicultura (Ubabef) vem fazendo por lá, junto com iniciativas que buscam cativar novos clientes também na Índia, Malásia, Indonésia e Paquistão.

Atualmente, os preços do minério de ferro na China estão em cerca de US$ 150 a tonelada, cotação que representa forte recuperação frente aos US$ 128 a tonelada registrados no fim de 2012. Também sinaliza que a demanda do país asiático vem se recuperando. Para 2013, o Itaú BBA, setor internacional de pesquisas do banco, projeta uma cotação média de US$ 120 a tonelada. A Vale, maior produtora mundial de minério de ferro, é mais otimista e acredita em uma cotação de até US$ 180 a tonelada. Segundo o diretor de Relações com Investidores da companhia, Roberto Castello Branco, a Vale espera que a produção industrial, um indicativo de demanda por aço e seu principal ingrediente, o minério de ferro cresça cerca de 7% nos mercados emergentes em 2013, mas permaneça estável nos países desenvolvidos.

Em 2012, o preço foi o que mais influenciou a queda no faturamento com as exportações brasileiras do produto. Embora o volume tenha caído apenas 1,3% em relação a 2011, o valor total ficou em US$ 30,9 bilhões, 25,9% menor que no ano anterior, com influência de preços 24,9% menores, ou seja, da menor demanda chinesa. O mesmo ocorreu com o açúcar, outra commoditie que o Brasil manda a rodo para a China. O volume das exportações totais do produto caiu 3,4% em relação a 2011, mas a queda no valor foi ainda maior, de 13,15%, para US$ 10,3 bilhões, por causa de preços 10,11% menores.

Perspectivas - Para 2013, o Banco Mun­­dial prevê um crescimento de 8,4% para China "melhor que a estimativa de 7,9% para 2012. "Na verdade, mesmo que o ritmo chinês caia para algo como 7,5% ou 7%, a demanda pelos produtos brasileiros continuará aquecida", observa o professor de Economia da UFPR Marcelo Curado. O economista e professor da USP de Ribeirão Preto Luciano Nakabashi lembra que, apesar do elevado crescimento na última década, a China ainda é um pais relativamente pobre. O PIB per capita é bem menor que o do Brasil: US$ 5,445 ante US$ 12,594, segundo dados de 2011 do Banco Mundial. "Desse modo, ainda existe todo um país a ser construído, o que exige muitos minérios, sobretudo ferro", observa.

Para analistas, país precisa diversificar a pauta exportadora - No ano passado, a China absorveu grande parte de dois dos principais produtos da pauta de exportação brasileira: 48% dos embarques de minério de ferro e 46% dos de soja. Desde 2010, quando as transações entre Brasil e China se intensificaram, alguns economistas e instituições, como o Banco Nomura, de Nova York, vêm interpretando essa relação como um sinal de dependência crescente pelo Brasil do país asiático. Para o bem ou para o mal, o destino tupiniquim parece cada vez mais atrelado às decisões tomadas em Pequim.
Para boa parte dos analistas isso traz maior fragilidade para a economia brasileira frente aos percalços do cenário externo, grande parte do superávit brasileiro vem das commodities. Com uma redução de demanda, o preço cai e, consequentemente, o real se desvaloriza, entre outros efeitos negativos. "Quanto mais básica a pauta de exportações, maior a suscetibilidade à oferta e à demanda internacional", observa o professor de Economia da UFPR Marcelo Curado.

Uma das principais armas do governo federal diante do desaquecimento global tem sido o incentivo ao consumo interno, mas essa estratégia, com os índices de inadimplência lá em cima, já se mostrou um tanto esgotada. O que fazer então? A parte mais otimista dos analistas "a que não acredita que a relação entre Brasil e China seja de dependência, mas de oportunidade de desenvolvimento" diz que uma estratégia, de curto prazo, é a diversificação da pauta de exportações para o país asiático. Se a China tem demanda, e não só por minérios e commodities, porque não aproveitar? Daí, por exemplo, o momento oportuno das prospecções dos avicultores paranaenses por lá. Com a maior parte da população chinesa ainda no campo, mas cada vez mais atraída para a cidade, a demanda por alimentos em geral deve crescer. Seria o futuro da China mais urbana, caminho normal para qualquer país em desenvolvimento.

A principal solução, no entanto, não é nada simples ou de curto prazo: investimento em educação e fortalecimento da indústria nacional para o crescimento da exportação de manufaturados. Curado lembra que é o que a China tem feito nos últimos anos. "E quando falamos de investimento em educação por lá é algo realmente massivo". Para o professor da USP de Ribeirão Preto Luciano Nakabashi, o fortalecimento da China implica em maior concorrência de produtos industriais e menos espaço para os concorrentes. Os elementos-chave para isso acumulação de capital humano, melhora nas instituições e forte elevação da produtividade, apontam que a China continuará crescendo e passará o Brasil em termos de PIB per capita em alguns anos. "Assim, é possível que a concorrência de produtos industriais seja cada vez mais forte com os países desenvolvidos, como EUA, Japão e Europa. Portanto, em alguns anos (ou décadas), a concorrência com os produtos brasileiros industrializados tende a diminuir também.
(Fonte: Gazeta do Povo Online)

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INDICADORES ECONÔMICOS

Da redação - São Paulo / SP
Eventos esportivos devem atrair R$ 142 bilhões
A Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 já são uma realidade para o país no âmbito socioeconômico. Obras prestes a serem finalizadas, melhorias na infraestrutura e em geração de empregos são exemplos que reforçam o fato de que o Brasil está evoluindo em alguns setores.
Segundo um estudo realizado pela International Business Report (IBR), 83% dos empresários consideram "muito importante" ou "importante" a realização de ambos os eventos esportivos. E, de acordo com a pesquisa Brasil Sustentável – Impactos socioeconômicos da Copa do Mundo 2014, de 2010, produzido pela Ernst & Young em parceria com Fundação Getulio Vargas (FGV), o país receberia R$ 142,39 bilhões em investimentos até o próximo ano. Ainda segundo a pesquisa realizada pela Ernst & Young e FGV, o impacto da Copa sobre o Produto Interno Brasileiro (PIB), entre 2010 e 2014, seria de R$ 64,5 bilhões. Apesar do pífio crescimento econômico do país em 2012 — ano em que o PIB foi apelidado PIBinho —, Fernando Naves Blumenschein, economista da FGV Projetos, garante que o resultado seria ainda pior se não houvesse as competições internacionais. “O resultado ruim do PIB brasileiro vem da falta de investimentos, mas a Copa e as Olimpíadas trazem investimentos para o país, seja dos setores público ou privado. Não fossem por esses eventos esportivos, o PIB seria ainda menor”, explicou. O economista também chama atenção para aceleração desses investimentos.  “Isso aconteceu a fim de acompanhar o calendário das obras, principalmente se levarmos em consideração a pressão exercida sobre o mercado de trabalho”, finalizou.  (Fonte: Assessoria de Imprensa da FGV)

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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)

HOJE na Europa:
Londres / Inglaterra - O indicador principal da Bolsa de Valores de Londres, o FTSE-100, abriu a sessão desta quinta-feira com a perda de 0,1%, aos 6.352,92 pontos.
Frankfurt / Alemanha - O principal índice da Bolsa de Valores de Frankfurt, o DAX-30, iniciou as movimentações desta quinta-feira com queda de 0,08%, aos 7.705 pontos. 
Roma / Itália - O principal índice da Bolsa de Valores de Milão, o FTSE MIB, iniciou as movimentações desta quinta-feira com a perda de 0,2%, aos 16.678,33 pontos. Já o índice geral FTSE Italia All-Share desce 0,17%, aos 17.640,58 pontos.
Lisboa / Portugal - O principal índice da Bolsa de Valores de Lisboa, o PSI-20, abriu a sessão desta quinta-feira com uma leve queda de 0,06%, aos 6.212,03 pontos.
Madri / Espanha - O principal índice da Bolsa de Valores de Madri, o Ibex-35, iniciou as negociações desta quinta-feira com a perda de 0,59%, aos 8.556 pontos. 
Paris / França - O indicador principal da Bolsa de Valores de Paris, o CAC-40, iniciou o pregão desta quinta-feira com queda de 0,19%, aos 3.691,25 pontos.

HOJE na Ásia:
Bolsas da Ásia avançam com melhora na confiança e com olhos para G20
As Bolsas de Valores da Ásia subiram hoje, dia 14/2, em meio a uma melhora na confiança dos investidores, enquanto o iene se firmou antes da reunião dos ministros de finanças do G20 neste final de semana.
- Em Sydney, a Bolsa avançou 0,66 por cento, para o maior nível desde setembro de 2008, impulsionada por uma forte temporada de resultados e menores temores sobre os problemas econômicos da Europa e dos Estados Unidos.
- A Bolsa de Tóquio encerrou em alta de 0,5%, apesar de dados que mostraram nesta quinta-feira que o PIB do Japão teve uma terceira queda trimestral consecutiva, de 0,1% nos três meses encerrados em dezembro.
- Em Hong Kong houve alta de 0,85%, enquanto Cingapura teve queda de 0,32%. As Bolsas em Xangai e Taiwan seguiram fechadas por feriado.

Análise - O mercado em Seul subiu 0,18%, depois de ter atingido o maior patamar em três semanas na véspera e o maior ganho diário desde 2 de janeiro, em meio a uma pausa do declínio do iene. Apesar de decisões monetárias na Coreia do Sul e Japão nesta quinta-feira, os mercados praticamente não esboçaram reação.
O banco central da Coreia manteve os juros estáveis pelo quarto mês consecutivo, como o esperado, com economias globais mostrando sinais de melhora e inflação doméstica baixa. Mas a decisão não foi unânime. Já o BC japonês, manteve sua política monetária e melhorou avaliação sobre a economia.
Os mercados também não se moveram após os comentários de Jack Lew na quarta-feira. O indicado do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para o Departamento do Tesouro do país, afirmou que vai apoiar o fortalecimento do dólar, em linha com a política norte-americana.

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INDÚSTRIA

Genebra / Suiça
Nestlé tem lucro líquido de US$ 11,55 bilhões em 2012
A suíça Nestlé SA informou que obteve um lucro líquido de 10,6 bilhões de francos suíços (US$ 11,55 bilhões) no ano cheio de 2012. Em 2011, o lucro da empresa, que detém as marcas Nescafé, Perrier, Jenny Craig and Haagen Dazs, foi de 9,5 bilhões de francos suíços (US$ 10,35 bilhões)
O CEO da empresa, Paul Bulcke, disse, nesta quinta-feira, que "o ambiente parece ser tão desafiador em 2013 como era em 2012". As vendas da Nestlé atingiram 92,2 bilhões de francos suíços (US$ 100,5 bilhões), acima dos 83,6 bilhões de francos (US$ 91,110 bilhões) em 2011. (Agência Associated Press)


Da redação - Porto Alegre / RS
Sondagem aponta dificuldades enfrentadas pelas indústrias 
A situação financeira das indústrias gaúchas foi satisfatória no último trimestre de 2012 (52,1 pontos), mas as margens de lucro, pressionadas pelo aumento dos custos salariais e da matéria-prima, foram consideradas ruins pelos empresários (46,1 pontos). O acesso ao crédito também foi listado como uma das dificuldades (46,4 pontos). O resultado deste levantamento encontra-se na Sondagem Industrial da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), divulgada nesta quarta-feira (13), pelo presidente da entidade, Heitor José Müller. O levantamento varia numa escala de 0 a 100 pontos. Quanto mais os valores estiverem acima de 50 pontos significa maior otimismo e quanto mais abaixo, pessimismo. 
Os principais problemas enfrentados nos últimos três meses do ano passado, segundo os entrevistados, foram a alta carga tributária (68%), competição acirrada de mercado (39,3%) e a falta de trabalhador qualificado (33,3%). Em dezembro, 43,6% das indústrias avaliadas operaram abaixo da capacidade usual e 19% estavam com estoques excessivos. 
Apesar do baixo dinamismo no quarto trimestre de 2012, as expectativas dos empresários para os próximos seis meses estão bem melhores do que o verificado na sondagem do mês anterior. A maioria acredita na expansão da demanda (43,4%), contra 8% que apostam na queda. “Os novos movimentos do governo, reconhecendo e procurando minimizar os problemas do lado da oferta da economia, elevam otimismo dos empresários, indicando que a atividade produtiva deverá ganhar um novo fôlego”, avaliou Müller. 
(Fonte: Unidade de Comunicação do Sistema FIERGS) 


Da redação - São Paulo / SP
Abinee mosta 1ª sondagem de 2013
Sondagem realizada pela Abinee aponta que as expectativas das empresas do setor eletroeletrônico são favoráveis para o 1º trimestre de 2013. Segundo o levantamento, 63% das entrevistadas indicaram crescimento em relação ao igual período de 2012. Para o 1º semestre de 2013, o percentual de empresas que acredita que as vendas serão superiores às ocorridas no mesmo período do ano anterior foi de 71. Para o ano 2013, 75% das entrevistadas esperam crescimento, 18%, estabilidade e 7%, queda. De acordo com dados da Abinee, a expectativa é que faturamento do setor alcance R$ 156,7 bilhões, 8% acima do resultado de 2012.


Da redação - São Paulo / SP
Frangos Canção entre as marcas mais lembradas
O Grupo GTFoods foi contemplado com mais um importante prêmio. Considerado o mais completo mapeamento de fornecedores do Food Service brasileiro, o Prêmio Cozinha Profissional – Marcas de Destaque, revelou em terceiro lugar a marca Frangos Canção na categoria Alimentos – Carne de Frango. O prêmio faz parte da publicação Revista Cozinha Profissional – publicação da Editora Nova Gestão que traz informações sobre alimentação fora do lar. A premiação conta com cinco categorias: alimentos, automação, bebidas, equipamentos e utensílios, as quais também são subdivididas. 
Em 2011, neste mesmo prêmio, os três primeiros colocados foram Sadia, Perdigão e Aurora. A votação é feita pelos profissionais do food service, via site www.cozinhaprofissional.com.br e em eventos do setor. “Receber este importante prêmio reforça que nossa marca está se tornando cada vez mais conhecida e reconhecida”, comemora Ciliomar Tortola, diretor industrial do Grupo GTFoods.  (Fonte:  Assessoria de Imprensa Frangos Canção)

São Paulo / SP
Aviação se reinventa e abrirá lojas com sua própria marca
Depois de mudar a tradicional latinha pela primeira vez em mais de 90 anos, a manteiga Aviação tem outros planos para se reinventar. Um dos mais importantes é a abertura de lojas próprias, chamadas de “Casa da Manteiga”. “Esse deve ser nosso próximo passo: montar lojas em pontos estratégicos que tenham demanda muito grande. São Paulo talvez seja o primeiro”, diz ao Geraldo Alvarenga Resende Filho, presidente da Laticínios Aviação e herdeiro dos fundadores. O projeto é uma das prioridades de 2013. “Pode ser que saia neste ano, mas ainda não temos nada definido quanto à data”, afirma. Um piloto já funciona em São Sebastião do Paraíso (MG), em frente à fábrica da empresa. Lá, a “Casa da Manteiga” reúne, além de espaço para venda de produtos, museu e loja veterinária, com boas práticas para produtores de leite. O principal benefício é divulgação, aproveitando o apelo emocional que a marca tem junto aos consumidores. “O componente nostálgico tem um apelo muito forte em difundir a marca”, avalia.

Outro ponto crucial para este ano é ampliar os canais de distribuição. Hoje, o estado de São Paulo é o principal mercado consumidor, mas Filho diz que há espaço para crescer em redes varejistas regionais e em pontos de venda como delicatessens e panificadoras de Belo Horizonte, Brasília, Recife e Fortaleza. “Nossos produtos são encontrados em todo o Brasil, mas o foco é atingir praças onde eles existem, mas ainda não estão bem posicionados”. Os investimentos para isso estão em definição. O potencial do mercado interno explica porque a empresa ainda não planeja tirar do papel, pelo menos no curto prazo, planos de exportação. “Temos um mercado interno de pelo menos 20 milhões de pessoas que ainda não atendemos como queremos”, justifica. Pesa também o jeito mineiro da empresa familiar cuja gestão já está na quarta geração. “O crescimento tem que ser dosado, para ter a empresa na mão. O crescimento acelerado pode levar à perda de controle de qualidade.”
Nos últimos cinco a oito anos, o negócio tem crescido de 15% a 18% ao ano. E a expectativa para 2013 é manter o ritmo. Com 240 funcionários, a empresa produz, além da manteiga, doce de leite, achocolatado, creme de leite, requeijão e queijo. Manteiga responde por 70% do negócio. Depois, vêm doce de leite e requeijão cremoso. O plano é que manteiga continue sendo o carro-chefe de receita e produção. Por dia, são feitas, em média, 25 toneladas de manteiga. Considerando todos os produtos, a fabricação diária é de cerca de 35 toneladas.

A nova lata da manteiga chegou às prateleiras em janeiro. Com ela, a Laticínios Aviação quer reverter o avanço da embalagem plástica, que representa 40% das vendas de manteiga. Lata e tablete têm 30% cada. Filho quer pelo menos empatar as participações da lata e do pote plástico. “As pessoas preferem o plástico pela praticidade, por isso adotamos a abertura que dispensa abridor de lata. Queríamos uma embalagem prática.”
O desenvolvimento da embalagem levou dois anos, com investimento de R$ 500 mil. E a empresa também tirou do mercado a lata de 500 gramas. “As famílias são menores e fazer a nova lata de 500 gramas ficaria desproporcional”, explica. A nova lata é a parte de um processo de modernização da empresa. Nos últimos três anos, foram investidos mais de R$ 20 milhões em equipamentos, reformulação e ampliação da fábrica. Para Filho, o maior desafio de um negócio quase centenário é ser contemporâneo. “Acompanhar o tempo e fazer o que o consumidor deseja, sem mudar a identidade da empresa. Isso é fundamental”, conclui.

Um negócio familiar que já está na quarta geração - A Laticínios Aviação, cuja razão social é Gonçalves Salles S.A. Indústria e Comércio, foi fundada nos anos 20 pela família de Geraldo Alvarenga Resende Filho, que preside a empresa há 22 anos. “Gonçalves era o meu avô materno e Salles era o sogro dele”, conta, acrescentando que o cunhado de Salles também fundou a empresa. Ele é a terceira geração da família a presidir a Laticínios Aviação, mas a quarta geração  já está à frente do negócio. São os três sobrinhos e os dois filhos do executivo. “Nossa empresa nasceu no rastro do final da primeira guerra, sobreviveu à segunda,   a três ou quatro revoluções e a mais de duas dezenas de planos econômicos ”, recorda. O segredo de uma trajetória tão longa, opina o executivo, é parceria. “É ter o negócio na mão, ter muita transparência e parceria com fornecedor, com distribuidor”, finaliza Geraldo Filho.  (Fonte: Brasil Econômico)


Oslo / EUA
Lucro líquido da Yara cai 36% no 4º tri de 2012
A fabricante de fertilizantes norueguesa Yara International anunciou lucro líquido de 2,17 bilhões de coroas norueguesas (US$ 394 milhões) no quarto trimestre de 2012, queda de 36% ante os 3,39 bilhões de coroas obtidos em igual período do ano anterior (US$ 1 = 5,47040 coroas). A receita e outros rendimentos da Yara alcançaram 20,97 bilhões de coroas, acima dos 20,73 bilhões de coroas obtidos no quarto trimestre de 2011. O lucro antes de juros e impostos (Ebit) totalizou 2,73 bilhões de coroas no quarto trimestre do ano passado, abaixo dos 4,18 bilhões de coroas registrados um ano atrás.
As entregas de fertilizantes produzidos pela Yara aumentaram 16% no último trimestre de 2012 ante igual período de 2011. As vendas de fertilizantes de ureia cresceram 52%, principalmente devido ao avanço da comercialização de ureia Qafco na América do Norte e no Brasil. As vendas de fertilizantes NPK subiram 12%. Já as vendas de fertilizantes de nitrato aumentaram 25%.
"Os preços firmes dos grãos seguem sustentando a demanda global por nitrogênio, absorvendo até um forte aumento da oferta chinesa. Este crescimento da demanda é oportuno e necessário para evitar uma queda ainda maior dos estoques globais de grãos", disse o diretor-executivo da Yara, Jorgen Ole Haslestad.  (Agência Dow Jones)


São Paulo / SP
Fabricante dos produtos Vanish e Veja venderá Naldencon e Luftal no Brasil
A Reckitt Benckiser, fabricante britânica de produtos como Vanish, Bom Ar e SBP, assinou um contrato de colaboração para comercializar, na América Latina, medicamentos da farmacêutica Bristol-Myers Squibb. A parceria com a fabricante americana inclui a venda para o Brasil do antigripal Naldecon, do antigases Luftal e da pomada para assaduras Dermodex. Já no México a venda será dos medicamentos Tempra, Picot e Graneodin-B. Segundo as empresas, o acordo de US$ 482 milhões tem o prazo de três anos, em que ao final do período, a Reckitt terá o direito de compra das marcas. O valor da operação ficou abaixo do esperado pelo mercado, que acreditava que o acordo pudesse ser de até US$ 750 milhões.
A parceria feita com a Reckitt vai ajudar a Bristol a abastecer novamente o mercado brasileiro, após o fechamento da fábrica brasileira em 2010. Desde então a produção é feita no México. Na visão da professora Elaine Manzano, do Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade, tudo que envolve importação se torna mais complexo. “A Anvisa impõem regras de distribuição e a Reckitt terá que se enquadrar para poder distribuir os medicamentos no país”, explica a especialista.
Segundo uma fonte ligada a Bristol, essa movimentação faz parte da estratégia da companhia de focar nos produtos biológicos como os retrovirais. “Os medicamentos de vendas livre não têm mais espaço para a companhia. Eles escolheram um nicho de mercado para o futuro e já se desfizeram de várias plantas. É provável que no futuro, a unidade do México também seja desfeita e a empresa sai desse mercado.”
No Brasil, a empresa enfrentou problemas logísticos que resultaram na falta do medicamento Naldecon, abrindo assim espaço para outros antigripais. Por meio de nota, a Reckitt informou que a colaboração vai entrar em vigor após aprovações regulatórias, que devem ocorrer até o segundo trimestre do ano. De acordo com Rakesh Kapoor, presidente da Reckitt o acordo “é um passo importante na construção de nossa presença no mercado de saúde dos mercados emergentes”. Além disso, o executivo ressaltou que as marcas têm margens fortes e com potencial de crescimento.
Já a Bristol explicou que “tem trabalhado para concentrar seus negócios em todo o mundo, principalmente, em áreas de alta necessidade médica”. A fabricante americana ressalta que o acordo não envolve nenhuma transferência de instalações para a Reckitt.

Emergentes em alta - Atenta as economias emergentes, a britânica Reckitt está disposta a focar neste mercado. A companhia espera que até 2015, 50% de sua receita venha desse mercado. E para atingir esse resultado, a companhia está disposta a realizar aquisições neste ano, para atingir um crescimento de 5% a 6% em sua receita.
De acordo com dados divulgados pela empresa, em 2012, o lucro líquido somou R$ 5,6 bilhões (1,938 bilhão de libras esterlinas), uma alta de 5% se comparado ao ano anterior. No mesmo sentido, a receita líquida avançou 4%, a R$ 29,3 bilhões (9,567 bilhões de libras esterlinas).
(Fonte: Brasil Econômico)

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AGROBUSINESS



Da redação - São Paulo / SP
Desempenho do frango vivo no primeiro decêndio de fevereiro
Ainda que em mercado firme, o frango vivo comercializado no interior paulista completou o primeiro decêndio de fevereiro sem qualquer alteração em relação ao preço que vigora desde meados de janeiro. Isso significa dizer que continua – agora há mais de 30 dias –negociado por R$2,90/kg, valor que parece ter correspondido ao ponto de equilíbrio desejável nos primeiros dias do ano, período em que a demanda é bem mais moderada que no encerramento do exercício anterior. Ou seja: na medida em que o consumo aumente e a oferta permaneça ajustada, como até aqui, novos patamares podem ser alcançados, nada impedindo que se retorne à cotação alcançada no auge das Festas e até a virada do Ano Novo.
Aliás, em função do bom desempenho no final de 2012 e nos primeiros dias de 2013, o frango vivo registra agora redução de 1,1% sobre o mês anterior e, ao mesmo tempo em que acumula queda de 1,7% no ano. Nada, porém, que se compare ao ocorrido um ano atrás quando, nesta mesma época, o frango vivo acumulava baixa de quase 28% em relação ao valor médio registrado em dezembro de 2011 e registrava a menor cotação nominal em quatro anos.
Agora, opostamente, a valorização anual em comparação a fevereiro do ano passado supera os 80% e faz com que, nas sete primeiras semanas do ano, o valor médio do frango vivo esteja pelo menos 40% acima da média obtida nos 12 meses de 2012. Nunca será demais repetir, no entanto, que esse ganho continua sendo apenas aparente. Primeiro porque, a despeito de uma evolução mais moderada, os custos de produção continuam elevados. Segundo, porque os eventuais ganhos apenas ajudam a amortizar parte dos prejuízos acumulados no ano que passou. Em suma, é preciso que a atual relação oferta/procura seja mantida por muitos meses para que o setor se recupere inteiramente do desastre enfrentado em 2012.   (Fonte: Avisite)




Da redação - São Paulo / SP
Inflação de janeiro teve outros “vilões” além de frangos e ovos 
Um dos temores recentes não expressos pela avicultura era o de que, com o repasse dos custos de produção aos preços de frangos e ovos, os dois produtos viessem a ser novamente taxados de “vilões da inflação”. Porque, afinal, para uma inflação oficial de pouco mais de 6% em 12 meses, ao nível do produtor o ovo apresentou incremento (justificado) próximo de 50%, enquanto no frango vivo a variação ultrapassou os 85% (soma de elevação dos custos e de preços defasados em janeiro de 2012).
Mas esse temor se dissipou totalmente na semana passada, ao serem divulgados os índices inflacionários de janeiro e, paralelamente a eles, os principais produtos e serviços responsáveis pela elevação da inflação no mês (pelo IPCA do IBGE, incremento de 0,86% sobre dezembro/12, a maior variação mensal desde abril de 2005).
Claro que, entre os alimentos, frango e ovo estão presentes. Mas há, acima deles (isto é, com incremento de preços ainda maiores) vários outros alimentos. Isso pode ser observado, por exemplo, no Índice do Custo de Vida da cidade de São Paulo (ICV-SP) levantado mensalmente pelo DIEESE.
A tabela abaixo compila alguns dos alimentos com variação anual expressiva relacionados pelo DIEESE. E, nela, cerca de uma dúzia de alimentos in natura teve variação superior à do frango abatido resfriado (com variação, em um ano, de 24,34%) e do ovo (+18,39%).
Como, para o consumidor, os dois produtos registraram incrementos de preços visivelmente inferiores aos registrados ao nível do produtor, cabe perguntar como foi possível registrar essa diferença. A resposta é simples: o varejo reduziu sua margem de lucro que, mesmo assim, continuou elevada.
É importante lembrar, de toda forma, que os índices apontados pelo DIEESE não correspondem à variação média de preço no ano (em comparação ao ano anterior, 2011). Eles apenas indicam que em janeiro de 2013 o consumidor pagou, por determinado produto, valor x% superior ao de janeiro de 2012.
Assim, por exemplo, tomando-se como referência os preços médios mensais do PROCON-SP para o varejo paulistano em 2011 e 2012 (os dados de janeiro passado ainda não foram divulgados), no ano passado os ovos encareceram 13,1% e a carne de frango apenas 7,6%.   (Fonte: Avisite)

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SERVIÇOS e VAREJO

São Paulo / SP
Marisa testa venda de roupas femininas de porta em porta
A rede de lojas Marisa estreou num segmento até então dominado pelas empresas de cosméticos: a venda de porta em porta. Cerca de 700 consultoras já fazem parte do projeto-piloto da empresa e estão nas ruas vendendo roupas femininas por meio de catálogos. A expectativa da Marisa é alcançar, em cinco anos, um faturamento de cerca de R$ 500 milhões com a venda direta, lançada sob o slogan "Agora a Marisa está onde você estiver". "Acreditamos bastante nesse canal porque ele é totalmente complementar às lojas físicas e ao canal virtual. É uma compra totalmente assistida, dentro da casa da nossa cliente", disse Paulo Borsatto, diretor de serviços financeiros da Marisa, em teleconferência a investidores. 'É um mercado inexplorado', diz diretor
Borsatto diz que a empresa está testando o modelo desde dezembro de 2012 e tentando descobrir que tipo de produto terá mais aceitação por parte dos consumidores. Ainda assim, acredita que o fato de a marca já ser conhecida será uma vantagem inicial. "Esse é um mercado inexplorado. Praticamente não existe nenhuma empresa focada em vender vestuário de porta em porta no Brasil, pelo menos não com o enfoque de moda que a Marisa quer implementar", diz Borsatto. 
A Avon, por exemplo, que também faz vendas de porta em porta, tem em seus catálogos não só cosméticos, mas também roupas, sapatos e artigos para casa, entre outros produtos. A partir do segundo trimestre deste ano, a Marisa deverá passar a oferecer aos consumidores a possibilidade de pagar a compra com o cartão da rede. "O crédito ao consumidor é uma coisa que a gente já conhece. Será uma questão de implantar tecnologia para que ela possa usar o cartão", afirma Borsatto.  (Fonte: UOL/SP)


São Paulo / SP
Preços caem e vendas de aparelhos de Blu-ray crescem 57% no Brasil
A substituição dos tocadores de DVD pelos aparelhos de blu-ray se intensificou no ano passado no Brasil, segundo levantamento feito pela GfK. A consultoria aponta que em 2012 as vendas dos Blu-ray players no país cresceram 57%, enquanto os preços caíram 27%. Na Panasonic, por exemplo, enquanto no início do ano passado o modelo mais barato da marca custava R$ 499,00, hoje há tocador disponível por um valor 30,6% menor: R$ 349,00. Em outra fabricante, a Samsung, é possível adquirir um aparelho hoje por um valor ainda menor: R$ 299. “Mas mesmo com o crescimento das vendas ainda não dá pra fazer planos de tirar o DVD do mercado”, diz Hirotaka Murakami presidente da Panasonic.
Murakami está certo. Ainda de acordo com a GfK, no segmento brasileiro de vídeo os aparelhos de DVD Player ainda representam 87% do mercado, sobrando pouco mais de 10% de espaço para o Blu-ray, enquanto em outros países o índice de participação nas vendas desse produto chega a 76%, ainda de acordo com a consultoria. Mas o cenário parece estar mudando. Os fabricantes viram as vendas de tocadores de DVD caírem 8% em 2012 em relação ao ano anterior, após uma alta de 19% em 2011, o que aponta para uma tendência de substituição da tecnologia.
Mesmo representando uma menor parte do mercado total, o Blu-ray tem atraído os consumidores que antes optavam pelos DVDs por conta de características como a qualidade de som e imagem oferecidas por esta tecnologia. Além disso, o produto está “pegando carona” no crescimento das vendas de TVs de alta definição no país, que estão cada vez mais populares entre os brasileiros. Outras características, como recursos de Smart TV, também impulsionam as vendas na categoria.

Novos recursos - Uma das tendências entre os fabricantes de tocadores de Blu-ray disponibilidade de serviços de vídeo sob demanda Netflix por meio do tocador é uma das apostas da LG, que afirma que tem trabalhado para expandir suas parcerias com provedores de conteúdo a fim de que seus usuários tenham acesso filmes e outros vídeos com ou sem discos Blu-ray.
A fabricante lançou, no início deste ano, um modelo que além de te serviços de conteúdo também é compatível com a tecnologia NFC (Near Field Communication) , o que permite a reprodução de conteúdos de smartphones e outros dispositivos externos via tecnologia sem fio. A tecnologia 3D e a queda no preço dos discos deste tipo também impulsionam a adoção do Blu-ray. Em 2010, a Universal Pictures lançou o primeiro título em três dimensões fabricado no país, a animação “Meu Malvado Favorito”. Na época, o valor do título neste formato era de R$ 130, e hoje é possível encontrar o mesmo filme por cerca de R$ 80.   (Fonte: Brasíl Econômico)


Da redação - Porto Alegre / RS
A revolução do varejo
Nesta semana, a VZA | Vera Zaffari Arquitetura divulgou crescimento de 58% no volume de negócios em 2012, no comparativo ao ano anterior. A alta ocorreu, especialmente, nos projetos relacionados ao varejo. Segundo os gestores do escritório, a linha de expansão seguirá. A aposta vai de encontro aos resultados positivos da empresa e às expectativas do mercado, que no mês de janeiro ganhou repercussão no maior evento de varejo organizado no mundo, em Nova York, o NRF. Os olhos do varejo estão voltados ao e-commerce. Com eles, novos projetos. Enquanto as lojas físicas oferecem o prazer da experiência, os sites de vendas ampliam a busca por informação, pesquisa de produtos e preço. A relação entre os dois mundos é inevitável e responsável por novos processos de gestão. Também, por novos projetos de arquitetura.“É censo comum, apresentado inclusive no NRF, que o varejo passa por uma revolução. Para esse setor, similar à Revolução Industrial que reformulou todos os processos de gestão da produção e do consumo”, clareia a arquiteta e diretora da VZA, Vera Zaffari.
“As lojas não têm mais paredes. O consumidor experimenta no ambiente físico, compra na Internet e comenta nas redes sociais. Isso altera radicalmente a maneira de administrar o negócio, que já começa a ser repensado pelo mercado desde o projeto de arquitetura dos espaços que vão comercializar os produtos”, ilustra.

O novo comportamento do consumidor reflete em números. Pesquisas sustentadas no NRF mostram que lojas exclusivamente operando em ambiente físico ainda respondem por um volume de vendas três vezes maior que as marcas disponíveis apenas no ambiente web. Contudo, gestores presentes nos dois ambientes chegam a comercializar dez vezes mais itens. “Enquanto a loja virtual vende 100 produtos, a da esquina da minha casa vende 300, mas as marcas que sustentam o atendimento físico e online ao mesmo tempo vendem mil”,relata Vera. “Significa que logo todo o gestor deverá  estar off (ponto de venda fisico)e on (e-commerce) simultaneamente. É a convergência em favor de um novo cenário ao varejo”.
Na perspectiva da arquitetura dos ambientes, o mercado sugere aos lojistas infraestruturas menores, mais aconchegantes, atrativas e interativas com o mundo virtual. “Possibilidades de pesquisa online dentro da loja, estoque disponível apresentado em computadores, variação e ampliação de marcas e produtos trabalhados são algumas mudanças práticas a serem consideradas nos projetos de arquitetura”, explica a diretora da VZA.
Para acompanhar as tendências do varejo, o desafio desses profissionais que pensam a disposição dos espaços de venda é cruzar o ambiente físico com o digital no objetivo final de proporcionar a experiência da compra. “É a experiência da compra que diferenciará as lojas, não mais os preços e o leque de opção disponível a um toque no mundo todo”, completa Vera.
Diante da revolução na maneira de pensar o varejo, a arquitetura está para agregar mais que estética aos ambientes, mas experiências de consumo projetadas em cada metro quadrado ao lojista. “Experiência digital, física e sensorial devem estar integradas dentro do ponto de venda”, conclui.
(Fonte: WH Comunicação) 

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COMÉRCIO EXTERIOR

Brasília / DF
OIE abre espaço para fim de embargos à carne brasileira
O Brasil conseguiu manter seu status de país com "risco insignificante" para a doença da "vaca louca" - encefalopatia espongiforme bovina (EEB) -, o que poderá facilitar a derrubada dos embargos adotados por alguns paises contra a carne brasileira depois da confirmação de um caso atípico do mal no Paraná, no fim do ano passado. O comitê científico da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, na sigla em inglês) anunciou na segunda-feira que manteve o status do Brasil, mas recomendou "forte monitoramento" sobre a doença. O comitê sabatinou uma delegação do Brasil que esteve na semana passada em Paris sobre o caso paranaense, a primeira ocorrência de "vaca louca" no país. Após "extensiva deliberação", o comitê decidiu não retirar o status de "risco insignificante" para o mal.

O comitê também afirmou que a identificação do caso único da doença não está colocando em risco a saude animal ou dos consumidores dos parceiros do Brasil, especialmente porque o animal no Paraná foi abatido e nenhuma parte dele entrou na cadeia alimentar. No entanto, o comitê da OIE notou "com preocupação que houve considerável atraso até que o Brasil enviasse as amostras clínicas para confirmação do diagnóstico para um laboratório de referência da OIE", diz o texto divulgado na segunda-feira na capital francesa. Assim, o comitê cobra do Brasil que apresente mais informações detalhadas sobre os procedimentos adotados para processar as amostras e medidas para melhorar o sistema de vigilância no país. A OIE informou que seu comitê científico voltará a avaliar a situação brasileira em setembro, com base em informações adicionais que espera receber de Brasília.

Em dezembro, o diretor-geral da OIE, Bernard Vallat, disse que, pelas normais sanitárias atuais, não era em razão de um único caso que o Brasil perderia seu status, o melhor possível em relação à doença da "vaca louca". Vallat insistiu que não há risco em se consumir carne vermelha mesmo quando um país é atacado pelo mal. Há riscos no consumo de alguns órgãos do animal, mas não no caso do músculo. Quanto ao debate sobre o atraso do Brasil em apresentar os testes sobre o caso do Paraná, Vallat foi claro: "É verdade que o Brasil teve um problema de logística. Mas, se o Brasil queria esconder alguma coisa, o atraso não teve interferência. O Brasil declarou o caso e é isso que interessa". Para o diretor da OIE, os países importadores deveriam retomar as importações da carne brasileira "o mais breve possível".

O secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Ênio Marques, já avisou que agora vai cobrar dos parceiros na Organização Mundial do Comércio (OMC) que suspendam eventuais embargos à carne brasileira. Ele tem insistido que o sistema de vigilância sanitária no Brasil "é muito forte". Explicou, em recente passagem por Genebra, que "para [um país] obter status de risco insignificante, é preciso fazer pontuação de 300 mil pontos na vigilância definida pela OIE", e que "o Brasil fez 2 milhões de pontos".

Segundo Marques, o fato de o país ter feito 600% a mais de pontos e o caso de "vaca louca" não alteram a estratégia de prevenção do Brasil. Em dezembro, em encontro em Genebra com representantes de países importadores - as travas afetaram uma pequena parcela das exportações -, houve várias perguntas sobre a demora nos testes do caso do Paraná. Marques admitiu que houve um erro de comunicação na notificação à OIE, que começa mencionando a data de 18 de dezembro de 2010 como se naquele momento o Brasil soubesse que se tratava de "vaca louca". Na verdade, disse, o caso foi identificado em junho de 2012. Além disso, o Ministério da Agricultura rastreou o pequeno rebanho da viúva proprietária da vaca morta em Sertanópolis e abateu os outros nove animais depois de ter realizado testes que confirmaram que eles não tinham a doença.  (Agência Valor)

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TI, WEB e e-COMMERCE

Da redação - São Paulo / SP
Totvs reduz taxa de financiamento de softwares e serviços para 0,6%
A Totvs, fabricante brasileira de software de gestão empresarial, reduziu para 0,6% a taxa de juros para financiamento de softwares e serviços. Em novembro de 2012, a companhia havia reduzido a taxa de 1% para 0,8% mensais. O aporte, afirma a empresa, pode ser parcelado em até 36 vezes e não há um valor mínimo ou máximo a ser financiado e se o crédito aprovado for de até 300 mil reais, pode ser liberado de 12 a 24 horas. Autorizado o financiamento com uma instituição bancária parceira, a Totvs gera automaticamente o contrato. Todo o processo é centralizado na Totvs, direto com a área comercial, informa. As empresas interessadas no financiamento devem preencher uma ficha cadastral, diretamente com a companhia. Para mais informações, acesso o site da empresa.  (Fonte: Assessoria de Imprensa da Totvs)


Da redação - São Paulo / SP
Softtek adquire parceiro norte-americano especializado em SAP
A Softtek, fornecedora de soluções voltadas a processos de TI, foi às compras e arrematou a Systech Integrators, parceiro de serviços SAP e fornecedor global de soluções de TI. A aquisição, considerada a segunda maior da companhia em 30 anos de atuação, fortalecerá, diz, as ofertas SAP, incluindo cloud computing, mobilidade e a plataforma SAP Hana e o domínio de processos e a expertise da indústria, que será incorporada ao portfólio de soluções da companhia de TI mexicana. Com matriz em San Jose, Califórnia, a Systech possui Centros de Excelência nos Estados Unidos e na Índia. 
"A combinação das capacidades, experiência e alcance geográfico será diferencial na entrega de serviços SAP", afirma Sam Tyagi, CEO e cofundador da Systech. Com a compra da Systech, a empresa vai operar sob o nome de "Systech, uma empresa Softtek", por tempo limitado, informa.
(Fonte: Assessoria de Imprensa da Softtek)


Nova Iorque / EUA
BYOD obriga TI a se reinventar e focar em serviço
Os departamentos de TI precisam se reinventar e se transformar em fonte de serviços para suas organizações. O crescimento de iPhones, iPads e outros dispositivos móveis usando as redes corporativas e servidores Exchange está desafiando a área. Entretanto, os CIOs não têm como fugir desse movimento chamado BYOD (Bring Your Owner Device) ou traga para o ambiente de trabalho seu próprio device. Essa é uma tendência que está ganhando velocidade e vai confrontar as empresas este ano.

O estudo "2013 Mobile Enterprise Report", realizado pela MobileIron e iPass, aponta que os departamentos de TI estão perdendo o controle dos orçamentos da mobilidade com crescimento do BYOD. O mesmo está acontecendo em outras áreas das organizações. O relatório mostra que em 2011 mais da metade (53%) dos setores de tecnologia estava gerenciando o orçamento da mobilidade corporativa. Em 2012, essa taxa caiu para 48%. A queda ainda é leve, mas apresenta tendência de crescimento.

Este ano pode ser o ano de BYOD. Os empregados móveis vão mudar o modo de funcionamento do departamento de TI ou pelo menos obrigá-los a dar maior ênfase a serviços. É uma exigência imposta pela ascensão da mobilidade corporativa é diversidade de uso das plataformas. 
Um novo relatório da Forrester estima que cerca de 250 milhões de trabalhadores em todo o mundo, que estão participando do movimento BYOD, usam meios de comunicação. Ao mesmo tempo, um terço deles (208 milhões) quer usar iPhones, uma proporção semelhante aos que preferem tablets do Windows. De acordo com o estudo "2013 Mobile Enterprise Report", entre 2011 e 2012, o uso de tablets aumentou em todos os departamentos, especialmente nas áreas de recursos humanos, assuntos jurídicos, finanças e contabilidade. Até então esse dispositivo era mais um privilégio de executivos do alto escalão.

Desafios e oportunidades - Em parte, o movimento BYOD está sendo impulsionado pelos trabalhadores de "próxima geração" chamados "Millennials", que são as pessoas com faixa etária entre 18 e 29 anos. Eles estão dispostos a unir vida pessoal e profissional, usando um mesmo dispositivo móvel. Segundo a Forrester, o número de funcionários que trabalham "a qualquer hora, em qualquer lugar" nos EUA e Europa cresceu de 15% para 28% entre 2011 e 2012. O que isso significa para os CIOs? A mudança está no ar. Eles precisam converter o departamento de TI em serviço. As principais frustrações do departamento de TI com BYOD são a integração e apoio a um número crescente de dispositivos. O suporte, em particular, pode se tornar uma verdadeira dor de cabeça para o CIO pela necessidade de controle de uma grande quantidade de dispositivos. 
Diante desses desafios, a Forrester mostra que o CIO tem saídas para resolver esse impasse. A analistas da consultoria de pesquisas afirmam que o BYOD é uma oportunidade para os gestores transferirem os custos dos dispositivos para os funcionários e implementar arquiteturas de segurança para multiplos dispositivo e aplicações.  Assim, o departamento pode se concentrar em provisionamento de serviços. É uma forma de o CIO fazer diferença, oferecendo produtividade e satisfação ao empregado.   (Fonte: Computerworld)


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TELECOM

Londres / Inglaterra
Vodafone negocia aquisição da Kabel Deutschland
A gigante britânica de telefonia celular Vodafone está avaliando uma oferta pela operadora de telefonia a cabo Kabel Deutschland, um movimento que poderá fortalecer sua posição na maior economia da Europa. As deliberações da Vodafone estão num estágio muito inicial e a empresa não teve acesso oficial à gestão da operadora, segundo duas pessoas próximas à negociação ouvidas pela agência Dow Jones. A Kabel Deutschland é a maior empresa de telefonia a cabo da Alemanha em número de clientes, com cerca de 14 milhões de assinaturas. A Vodafone é a segunda maior operadora de telefonia celular do mundo, após a China Mobile, com operações que se espalham por toda a Europa, EUA, África e Oriente Médio. Recentemente, os lucros da companhia vêm sendo impactados pela longa desaceleração econômica na Europa, que contribui para o grosso da receita da empresa.
O presidente executivo da Vodafone, Vittorio Colao, tem dito regularmente que quer participar da consolidação de mercado em toda a Europa, mas evitou fazer grandes aquisições até agora. No ano passado, a Vodafone expandiu seu alcance além do mercado britânico ao adquirir a operadora de telefonia empresarial Cable & Wireless Worldwide por US$ 1,68 bilhão. (Agência Dow Jones)


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ENERGIA

Da redação - Rio de Janeiro / RJ
Produção de etanol gera prejuízo milionário para a Petrobras
A atual presidente, Graça Foster, também não deu muita atenção, em sua apresentação, ao prejuízo crescente da subsidiária que cuida dos negócios de etanol e biodiesel. O destaque da coletiva com a imprensa foi o resultado geral da companhia, que apresentou queda de 36% no rendimento de 2011 para 2012. Para a PBio o ano terminou com uma perda recorde: R$ 218 milhões, 39% maior do que o registrado em 2011. Esse foi o quarto ano seguido que as contas da PBio fecham o ano no vermelho. Para tornar a situação ainda mais grave, os maus resultados da subsidiária têm sido crescentes (veja gráfico). Desde 2009, as perdas mais que dobraram.
A origem deste prejuízo está mais relacionada com etanol do que com biodiesel. A estatal informa que o impacto maior no saldo negativo de R$ 218 milhões foi causado pelas perdas em "investidas do setor de etanol, além do aumento das despesas com pesquisa e desenvolvimento". De acordo com o balanço anual estas despesas com pesquisa e desenvolvimento foram de R$ 67 milhões. As vendas dos produtos, que incluem etanol e biodiesel, somaram R$ 50 milhões de prejuízo. Enquanto foram gastos R$ 945 milhões para serem fabricados, o preço de venda gerou apenas R$ 895 milhões. Este resultado indica que até PBio sentiu o impacto da falta de reajuste no preço da gasolina.

Lado bom - Há pelo menos um ponto positivo. Comparando os resultados do quarto e do terceiro trimestres do ano, houve uma melhora considerável. No último trimestre do ano passado, o prejuízo foi de R$ 17 milhões – bem melhor que os R$ 44 milhões perdidos no 3º trimestre de 2012 ou dos R$ 40 milhões negativos do 4º trimestre de 2011. As vendas da subsidiária também deram um salto. Em 2011, a PBio faturou R$ 535 milhões, enquanto no ano passado as vendas alcançaram R$ 895 milhões.

Abastecimento - Se a defasagem do preço da gasolina prejudicou a área de biocombustíveis em algumas dezenas de milhões, o segmento de abastecimento sentiu com muito mais força o problema. A área teve um prejuízo astronômico: R$ 22,9 bilhões.
(Fonte: Assessoria de Imprensa da Petrobras)


Nova Iorque / EUA
Lucro da Duke Energy sobe 51% no 4º tri
A Duke Energy divulgou hoje, dia 14/2, que teve lucro líquido de US$ 435 milhões no quarto trimestre de 2012, uma alta de 51% ante o ganho de US$ 288 milhões registrado em igual período do ano anterior. O ganho por ação, no entanto, caiu para US$ 0,62, de US$ 0,65 um ano antes. Excluindo custos relacionados a aquisições, impactos de baixas contábeis e outros itens, o lucro por ação recuou para US$ 0,70, de US$ 0,71. O resultado foi atribuído à conclusão da aquisição da Progress Energy. Analistas previam que a Duke Energia divulgaria lucro por ação maior, de US$ 0,64. A companhia norte-americana de energia, que atende mais de sete milhões de consumidores em seis Estados dos EUA, informou também que sua dívida bruta somava US$ 40,52 bilhões no fim de dezembro.  (Agência Dow Jones)



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