Edição 769 | Ano IV


São Paulo / SP
Brasileiro quer poupar, mas não consegue

Em meio à enxurrada de medidas do governo para manter o consumo aquecido e a economia em alta, o número de brasileiros que consideram a possibilidade de poupar para o futuro está crescendo. Em 2008, 29% dos entrevistados pela empresa de pesquisa Kantar para a elaboração do relatório Kantar Worldpanel diziam ter intenção de guardar algum dinheiro. Neste ano, o percentual foi de 72%. Mas o mesmo estudo mostrar que, por ora, é só intenção.
O motivo é o alto endividamento da população e o comprometimento da renda com a compra de uma série de bens e serviços aos quais não tinha acesso recentemente. Principalmente nas categorias de transporte, habitação e vestuário. Na prática, os brasileiros estão ganhando mais, mas também estão gastando mais, mostra o estudo. A renda média, que em 2008 era de R$ 1.558, chegou a R$ 2.373, neste ano. Mas no mesmo período os gastos médios também subiram em linha, de R$ 1.540 para R$ 2.350.
“Começa a haver um encantamento das pessoas com a possibilidade de guardar dinheiro para o futuro”, afirma o professor Adriano Gomes, do curso de administração da ESPM. “Mas ainda deverá levar uns dois ou três anos para que alcancemos um ponto de inflexão. É o tempo necessário para que as pessoas amortizem suas dívidas”, avalia.
Segundo o mesmo levantamento da Kantar, atualmente mais de metade dos brasileiros gastam acima do que ganham. Em 27% dos casos, o descontrole é considerado grave. Neste grupo predominam jovens de até 29 anos e casais com filhos, que gastam principalmente com habitação. Debaixo da rubrica habitação estão gastos com financiamento de imóveis, reformas e aluguel, mas também com bens duráveis usados para equipar a casa.
Outros 25% gastam um pouco menos do que ganham e, 23%, ganham ligeiramente mais do que gastam. Com sobras, mesmo, restam somente 25% dos brasileiros, um grupo no qual predominam donas de casa acima dos 50 anos e o que a Kantar classifica como independentes: solteiros, casais sem filhos ou casais com filhos adultos fora de casa e viúvos.
Na divisão por estratos de renda, porém, a única que gasta mais do que ganha é a classe C. Em média, a renda desse grupo, que representa 41% da população, é de R$ 2.027,70 e, os gastos, de R$ 2.060,12, uma diferença negativa de 2%. Na outra ponta, quem economiza mais proporcionalmente (4%) é quem ganha menos. Nas classes C e D, onde se enquadram 35% dos brasileiros, a renda média é de R$ 1398,88 e os gastos são de R$ 1.349,85. Nas classes A e B a folga no orçamento é de 1%, em média, em uma renda de R$ 4.372,58 e gasto de R$ 4.295,75.
Sobra quase nada para o futuro. Segundo Christine Pereira, diretora comercial da Kantar, o motivo é que ainda há uma série de bens que os brasileiros estão “conquistando” e muitos outros que gostariam de comprar. Tanto que um comportamento comum dos consumidores, afirma, têm sido reduzir o número itens de bens de consumo comprados, ou a frequência de compra, para que sobre dinheiro para a compra de outros bens. "Mas o consumidor não está deixando de comprar nada (em bens de consumo), só está comprando menos", diz a executiva. (Fonte: IG/SP)

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INDICADORES ECONÔMICOS

Brasília/DF e São Paulo/SP
Governo reduz previsão de crescimento da economia de 4,5% para 2% em um mês
O governo reduziu a previsão de crescimento da economia brasileira para 2% neste ano, disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ontem, dia 13/9, ao anunciar novas medidas de estímulo. A previsão que já foi de 4,5%, havia sido reduzida para 3% no final de agosto. Mantega afirmou também que o governo estará atento para as possíveis consequências do novo programa de estímulo anunciado nesta quinta-feira pelos Estados Unidos. O Federal Reserve, banco central norte-americano, informou que irá comprar US$ 40 bilhões em dívida hipotecária por mês e que continuará adquirindo ativos até que as perspectivas de emprego no país melhorem substancialmente.
O ministro destacou que o governo brasileiro não permitirá uma valorização do real em decorrência do novo estímulo norte-americano. 

Estímulos - Ontem, dia 13/9, o governo anunciou que mais 25 setores vão pagar menos impostos trabalhistas para reduzir os custos de funcionários. Em abril, o governo já havia isentado outros 15 setores. As empresas incluídas agora vão deixar de pagar os 20% de contribuição patronal do INSS a partir de janeiro de 2013. No lugar dessa contribuição, elas vão pagar de 1% a 2,5% sobre o faturamento (se ganharem mais, pagam mais; se faturarem menos, o imposto é menor). A intenção é evitar demissões ou incentivar contratações de mais trabalhadores e tentar combater os efeitos da crise econômica global.
O governo vai deixar de arrecadar R$ 12,83 bilhões em 2013. O corte será "permanente", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e vai continuar valendo durante o governo Dilma. Em quatro anos, o governo deixará de arrecadar cerca de R$ 60 bilhões. (Fonte: Agência Reuters)

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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)

São Paulo / SP
Eike Batista desiste de fechar capital da LLX Logística
A LLX Logística comunica que recebeu no dia 12/9, do Bank of America Merill Lynch o laudo de avaliação que aferiu o valor econômico das ações da companhia e que, considerando este documento, o acionista majoritário Eike Batista decidiu não continuar com a oferta pública de aquisição (OPA) de até a totalidade das ações em circulação para fins do cancelamento do seu registro como companhia aberta e consequente saída do Novo Mercado da Bovespa.
De acordo com o laudo de avaliação, as ações de emissão da companhia foram avaliadas no intervalo entre R$ 6,94 e R$ 7,63 por ação. Ontem o papel fechou cotado na Bovespa em R$ 3,19. (Agência Estado)


HOJE – Fechamento das Bolsas Asiáticas:

Tóquio / Japão
Bolsas da Ásia têm forte rali com medidas do Fed
Os mercados asiáticos tiveram uma forte alta nos pregões de hoje, dia 14/9. Os investidores reagiram com acentuado otimismo ao anúncio do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) de um plano de compra de títulos para ajudar a economia doméstica.
- Na Bolsa de Hong Kong, que apresentou a maior alta em quatro meses, liderada pelas ações de recursos naturais e do setor imobiliário. O Hang Seng disparou 2,9% e terminou aos 20.629,78 pontos, no maior fechamento desde 7 de maio. O volume de negociações foi forte.
- Em sessão instável, as Bolsas da China também fecharam no azul. Contudo, os ganhos foram limitados pelas dúvidas sobre quanto a decisão do Fed irá ajudar a economia norte-americana e se trará ou não pressões inflacionárias para a China. O Xangai Composto ganhou 0,6% e encerrou aos 2.123,85 pontos. O Shenzhen Composto subiu 0,1%, aos 889,72 pontos.
- Em Taiwan, a Bolsa de Taipé fechou em seu patamar mais alto desde 13 de abril, com os investidores comprando ações asiáticas. O índice Taiwan Weighted subiu 2,10%, aos 7.738,05 pontos.
- Na Coreia do Sul, a Bolsa de Seul saltou 2,92%, aos 2.007,58 pontos, sua maior alta em cinco meses, também estimulada pelo fato de a agência de classificação de risco S&P ter elevado o rating do país. Os papéis dos bancos subiram na expectativa de menores custos de financiamento.
- Na Austália, a Bolsa de Sydney fechou na maior alta em cinco semanas. O índice S&P/ASX 200 subiu 1,16%, aos 4.389,96 pontos.
- A Bolsa de Manila, nas Filipinas, também teve forte rali. O índice PSEi subiu 1,6%, aos 5.322,47 pontos, no melhor fechamento desde o começo de julho, com pesado volume de negociações. 


ONTEM – Fechamento da Bovespa, NY e Europeias:

São Paulo / SP
Bovespa avança quase 3,5% após medidas para estimular economia dos EUA
O principal índice acionário da Bovespa fechou no maior patamar em mais de quatro meses no pregão de ontem, dia 13/9.
- O Ibovespa avançou 3,4%, a 61.958 pontos. Foi a maior pontuação de fechamento desde 3 de maio. A alta ocorreu após o Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, agradar os mercados ao anunciar um novo programa agressivo de estímulo à economia.
- O giro financeiro do pregão foi de R$ 13,1 bilhões, bem acima da média diária do ano, de cerca de R$ 7,2 bilhões.

Análise 1 - "O Fed correspondeu às expectativas e os mercados estão de vento em popa", disse o analista Aloisio Villeth Lemos, da Ágora Corretora, no Rio de Janeiro. "Vemos uma alta forte com volume consistente, o que significa uma quebra daquele quadro de aversão ao risco que vinha pesando na Bolsa." O Fed lançou nesta tarde mais um programa de estímulo, dizendo que comprará US$ 40 bilhões em dívida hipotecária por mês, até que as perspectivas de emprego melhorem substancialmente.
A autoridade monetária dos EUA também afirmou que espera manter as taxas de juros do país próximas a zero até meados de 2015. "O Fed anunciou estímulos bem agressivos, mostrando que o governo norte-americano está realmente determinado a ajudar a solucionar a crise", disse o diretor da Mirae Asset Securities, Pablo Spyer, em São Paulo.
"Vamos ver um grande fluxo de recursos para países emergentes, considerando especialmente que todas as economias desenvolvidas estão com taxas de juros perto de zero e nossa taxa é infinitamente mais atrativa", acrescentou. Logo após o comunicado do Fed, às 13h30, os mercados acionários aceleraram o ritmo de alta e passaram a registrar fortes valorizações.

Análise 2 - No front doméstico, o governo brasileiro anunciou mais uma série de medidas para impulsionar a economia, com a redução dos encargos na folha de pagamento para mais 25 setores e vantagens fiscais para compra de bens de capitais.
Dentre as blue chips brasileiras, a preferencial da Vale subiu 2,78%, a R$ 37,29, e a da Petrobras teve alta de 4,14%, a R$ 22,90. OGX avançou 4,84%, a R$ 6,93.
As ações preferenciais da Usiminas e as ordinárias da CSN lideraram os ganhos do Ibovespa, com alta de 13,49% e de 10,66%, respectivamente.
Dos 69 ativos que compõem o índice, apenas dez fecharam no campo negativo, com destaque para Natura e Cielo, que perderam 3,28% e 2,53%, nesta ordem.


Nova Iorque / EUA
Wall Street fecha com fortes altas após anúncios do Fed
A Bolsa de Nova Iorque encerrou o pregão de ontem, dia 13/9, com fortes ganhos, impulsionada pelo anúncio do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) de novas medidas de estímulo para a economia norte-americana.
- De acordo com dados definitivos de fechamento, o Dow Jones subiu 1,55%, para 13.539,86 pontos.
- O termômetro da tecnologia, Nasdaq, ganhou 1,33%, fechando a 3.155,83 unidades, um nível que não era alcançado desde 15/11/2000.
- O índice ampliado Standard and Poor's 500 também tocou máximas e chegou a um nível que não era alcançado desde 31 de dezembro de 2007, com uma alta de 1,63%, a 1.459,99 unidades.

Análise - O Fed informou após a reunião de dois dias de seu Comitê de Política Monetária (Fomc) que a partir de hoje, dia 13/9, efetuará compras de ativos atrelados a títulos imobiliários de organismos por um montante de 40 bilhões de dólares por mês.
Além disso, o banco central anunciou que manterá as taxas de juros a um nível próximo de zero até meados de 2015, ou seja, seis meses mais que o previsto inicialmente.
"É estranho ver o mercado subir desta forma por uma notícia que já havia sido antecipada, mas creio que a natureza do anúncio do Fed e a enorme amplitude da flexibilização monetária projetada mudaram a tendência", disse Chris Low, do FTN Financial.
Segundo o analista, o fato de as novas medidas não terem sido reduzidas a um limite temporal estimulou o mercado.
"É como uma injeção de vitaminas para os mercados", afirmou Gregori Volokhine, presidente da Meeschaert New York.
No mercado obrigatório, cujos rendimentos evoluem em sentido contrário aos preços, os bônus do Tesouro com vencimento a dez anos fecharam estáveis a 1,76%. Já os títulos a 30 anos recuaram para 2,97%, contra 2,93% da véspera.

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MERCADO FINANCEIRO

São Paulo / SP
Bancos nacionais ainda ganham quase 50% a mais do que os norte-americanos
Houve quem temesse que os bancos brasileiros pudessem sofrer com os recentes cortes no juro básico ou com a decisão do governo de reduzir as taxas cobradas nas instituições financeiras públicas - ou ainda com o aumento da inadimplência. No entanto, ao menos por enquanto, os bancos nacionais continuam ganhando quase 50% mais do que os norte-americanos, que ainda não recuperaram a rentabilidade perdida durante a crise.
Levantamento da consultoria Economática a pedido do Estadão.com.br mostra que os bancos brasileiros tiveram, no segundo trimestre, um retorno equivalente a 11,31% do seu patrimônio, o que representa um ganho 47% superior ao registrado pelos norte-americanos. Nos Estados Unidos, a proporção foi de apenas 7,68%.
As grandes instituições financeiras do Brasil tiveram ganhos ainda mais dilatados que a média nacional. No Banco do Brasil, a rentabilidade foi de 20% do patrimônio líquido no período, quase o dobro da mediana das instituições financeiras do País e 166% mais que a dos EUA. No Bradesco, os ganhos foram de 18,8% do patrimônio, e no Itaú, de 18,3%.

Queda - A rentabilidade do patrimônio líquido dos bancos brasileiros vinha subindo quase linearmente desde o início da década de 2000, até que, em 2006, atingiu o mesmo patamar encontrado nos EUA.
Até aquele ano, o setor financeiro norte-americano teve uma rentabilidade estável, variando entre 15% e 17%. Mas a partir dali o porcentual começou a cair, de modo que, no segundo trimestre de 2008 - antes, portanto, da quebra do banco Lehman Brothers, em setembro - a rentabilidade nos EUA já estava em 7,5%. Em 2009, os ganhos nos EUA despencaram; no Brasil, também caíram, mas em menor grau. Enquanto aqui os bancos ganharam o equivalente a 11% do seu patrimônio no segundo trimestre daquele ano, lá a rentabilidade média não chegou a 3%.

Tendências - Economistas divergem sobre o assunto. Para Celso Grisi, do Instituto de Pesquisa Fractal e professor da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi), a queda da rentabilidade dos bancos brasileiros "veio para ficar" e resulta principalmente da redução da taxa básica de juros, que há um ano estava em 12,5% e no mês passado chegou a 7,5%. "A tendência é essa mesmo. Estamos caminhando para uma situação semelhante à do primeiro mundo, com spreads e juros menores", afirma Grisi. Para ele, os ganhos só não recuaram mais porque ainda há no mercado carteiras que foram negociadas antes dos cortes do juro básico. "Quando isso vencer, a rentabilidade vai cair mais, talvez para 8%, e aí os bancos vão tentar rever os custos operacionais e a rentabilidade vai voltar a subir", prevê.
Já Ricardo Rochman, professor da Fundação Getúlio Vargas, avalia que a queda na rentabilidade dos bancos brasileiros deve-se mais à recente desaceleração na economia brasileira, que atingiu mais as instituições financeiras pequenas e médias, do que à redução do juro básico.
"Os bancos pequenos e médios", diz Rochman, "são normalmente bancos de nicho. Quando a economia desacelera, ele pode ficar sem cliente de uma hora para a outra". Já os grandes, por serem diversificados, podem reduzir a exposição a determinado segmento e aumentar em outro, analisa.
Em comparação com outros setores da economia, os bancos não estão entre os mais rentáveis, segundo levantamento da Febraban. No ano passado eles tiveram uma rentabilidade de 16,3% do patrimônio líquido, número bem menor que os segmentos de bebidas e fumo (31,9%) e mineração (25,5%).
(Agência Estado)

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INDÚSTRIA

Da redação - Brasília / DF
CNI avalia que desoneração da folha de mais setores vai gerar empregos

A CNI - Confederação Nacional da Indústria - comemorou o anúncio, ontem a tarde, dia 13/9, da extensão da lista de setores beneficiados pelas desonerações da folha de pagamento. Segundo a entidade, a medida deve gerar empregos e melhora a competitividade das empresas. "A indústria precisa pagar menos impostos para produzir mais, contratar mais trabalhadores e gerar mais renda na economia brasileira. Com a redução dos custos, vamos aumentar a competitividade do produto nacional e toda a população sairá ganhando", afirmou o gerente-executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, em nota divulgada após o anúncio.
Já o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, elogiou a inclusão de indústrias que processam aves e suínos na medida. Além disso, as indústrias exportadoras de aves e suínos que venderem ao exterior 100% da sua produção não pagarão nada sobre o faturamento, de acordo com a Agricultura.
"As medidas anunciadas contribuirão para a redução dos custos de produção e insumos internos em um momento de alta internacional", afirmou Ribeiro, em nota. Ele também destacou que a medida irá aumentar os empregos. De acordo com a pasta, a indústria de carne suína no Brasil conta com 190 mil empregados e utiliza muita mão de obra, enquanto nos países concorrentes a maior parte do setor já é automatizada.
Segundo pesquisa da CNI feita no primeiro trimestre com 262 empresários, a principal medida de uma reforma no sistema tributário brasileiro, com 82% das indicações, deveria ser a desoneração da folha de pagamento. Em segundo lugar, com 64% das menções, os empresários indicaram a redução da burocracia para o pagamento de impostos. "A diminuição dos tributos tem um peso muito importante para incentivar os investimentos do setor produtivo e elevar a competitividade brasileira", avaliou Castelo Branco.
A desoneração da folha está sendo acompanhada pelo setor. De acordo com a CNI, uma comissão formada por representantes dos empresários, do governo e dos trabalhadores debate o assunto, para avaliar os resultados econômicos e os impactos fiscais da medida. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta quinta-feira a desoneração da folha de pagamento para mais 25 setores da economia. Incluindo os setores que já foram beneficiados anteriormente, o impacto deve chegar a R$ 12,830 bilhões nos cofres públicos em 2013 para os 40 setores contemplados. Estão sendo beneficiados 20 setores da indústria, dois de serviços e três na área de transportes. Eles deixarão de recolher 20% sobre suas folhas com encargos e terão de recolher entre 1% e 2% de seu faturamento bruto como contrapartida.
(Fonte: Assessoria de Imprensa da CNI e Agência OGlobo)

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AGROBUSINESS

Da redação - São Paulo / SP
Frango, ovo, milho e inflação
Um dos indicadores da inflação brasileira na vigência do real (o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna; ou simplesmente, IGP-DI da Fundação Getúlio Vargas) já anda próximo dos 500 pontos (agosto de 1994 = 100): acumula, desde então, incremento de 395,95%. O milho, com as altas mais recentes, não anda muito distante. Fechou agosto valendo 340,60% mais e, assim, ficou apenas 55 pontos percentuais aquém do IGP-DI.
Pior para o frango, que continua com evolução inferior não só à inflação, mas também à sua principal matéria-prima. É verdade que, graças à forte valorização registrada em agosto, reduziu um pouco a distância que o separava dos outros dois fatores. Mas, com evolução acumulada de 283%, registrou preço médio que ficou 57 pontos aquém do milho e 112 pontos aquém do IGP-DI.Mas se o resultado acumulado pelo frango no decorrer do tempo continua ruim, bem pior é a situação do ovo. Pois até agora, na vigência do real, seu preço médio não evoluiu mais do que 176%. Quer dizer: sua evolução é 164 pontos menor que a do milho e 220 pontos menor que a do IGP-DI.  (Fonte: AviSite)


Da redação - São Paulo / SP
Mercado de citros em debate pelo setor
Apesar da relativa baixa do mercado citrícola este ano, os citricultores estão otimistas que esse cenário pode mudar em breve, principalmente a partir de setembro. O pessimismo vem da grande seca que assola algumas regiões do Brasil, doenças cada vez mais difíceis de erradicar e também a proibição de alguns agroquímicos, o que tem feito alguns produtores tomarem algumas medidas drásticas, como abandonar as lavouras de laranja e partir para outras, principalmente de cana-de-açúcar.
Segundo dados divulgados pela CitrusBR (associação de exportadores de suco de laranja), até julho deste ano o país exportou para os Estados Unidos, nosso principal comprador, 29 mil toneladas de suco. Com esse número, será muito difícil o Brasil bater a meta de 170 mil toneladas por ano, segundo a entidade. O rombo na exportação só não foi maior devido a estratégia utilizada pelos produtores na última hora: trocar o suco concentrado pelo não concentrado. O argumento utilizado pelos Estados Unidos foi a presença do fungicida Carbendazim, liberado aqui, mas proibido no principal exportador brasileiro. Como o suco concentrado possui 6 vezes mais água, não foi detectado o fungicida nas exportações. Levando em consideração essas e outras questões, a Alltech Crop Science, discutiu em um evento para mais de 70 citricultores, realizado em Ribeirão Preto, São Paulo, como inverter ou melhorar esse cenário.
Durante a manhã toda, eles conheceram as soluções naturais que a empresa oferece, principalmente para o mercado de citros. O Evento contou com a presença do Sr. Helio Nishimura, consultor técnico do Grupo Pão de Açúcar, que falou sobre novas tendências e demandas do mercado agrícola. Na sequência, José Luiz Silva, gerente de pesquisas da Gravena discutiu e apresentou sobre os principais manejos na cultura citrícola, focando no cancro cítrico. O evento foi finalizado com o Gerente Técnico da Alltech Crop Science mostrando técnicas de como manter um pomar saudável de maneira natural e segura. (Fonte: ALLTECH CROP SCIENCE)


Da redação - Porto Alegre / RS
Já estão abertas as inscrições para a Exposição de Hereford e Braford de Uruguaiana
A Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB) abriu inscrições para a Exposição de Hereford e Braford de Uruguaiana, a ocorrer durante a 76ª Expofeira, que acontece de 3 a 7 de outubro no Parque de Exposições do município. As inscrições vão até o dia 24 de setembro (segunda-feira) e deverão ser realizadas na Secretaria da ABHB com taxas de R$ 30 para animais a galpão (machos e fêmeas) e de R$ 100 para o trio rústico (baixando para R$ 70 no caso de inscrição de mais de três trios). Para a reserva do trio, a taxa é de R$ 40. Para fazer o download do regulamento oficial (www.abhb.com.br/downloads/Regulamento76aExpofeira_Uruguaiana.pdf). A exposição de Hereford e Braford de Uruguaiana é promovida pelo Núcleo Fronteira Oeste de Hereford e Braford. (Fonte: ASSESSORIA DE IMPRENSA ABHB)

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SERVIÇOS e VAREJO

São Paulo / SP
Carlyle considera novas aquisições no Brasil
A empresa de private equity Carlyle Group afirmou ontem, dia 13/9, que está em busca de mais oportunidades para investir no Brasil, apesar da série de compras recentes, informou o diretor da empresa no Brasil, Daniel Sterenberg. "Apesar da uma série de aquisições continuamos ativos em busca de oportunidades no Brasil", afirmou Sterenberg. "Não estamos nem eufóricos nem pessimistas com o Brasil", acrescentou. A empresa confirmou a aquisição de 60% de participação na varejista de móveis brasileira Tok&Stok pelo valor de R$ 700 milhões, segundo informou pessoa próxima ao assunto. A Carlyle não revelou oficialmente o valor da aquisição, mas disse que recursos para o investimento virão do fundo Carlyle South America Buyout Fund, com ativos superiores a US$ 775 milhões, e do fundo Brasileiro de Internacionalização de Empresas (FBIE), com ativos superiores a R$ 360 milhões.
Criada em 1978, a Tok Stok tem 35 lojas em 12 Estados no Brasil. Em 2011, as vendas da empresa totalizaram cerca de R$ 1 bilhão. "A Tok&Stok é uma excelente empresa com uma grande posição e marca reconhecimento excepcional, que oferece aos consumidores uma experiência única de compras", afirmou Sterenberg. "Estamos muito entusiasmados com o potencial de crescimento da empresa." Ghislaine Dubrule, uma das fundadores da rede, permanecerá como presidente-executiva da companhia, compartilhando a fatia restante de 40% com o outro fundador, Régis Dubrule. O Carlyle, que opera no Brasil desde 2008, adquiriu em março 85% de participação na Ri-Happy, a maior varejista brasileira de brinquedos, com 114 lojas e cerca de 2.300 funcionários. (Agência Dow Jones)

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COMÉRCIO EXTERIOR

Da redação - São Paulo / SP

Carne de frango: aumento dos embarques no ano agora é inferior a 1%

De acordo com a SECEX/MDIC, em agosto passado o Brasil exportou 317.482 toneladas de carne de frango, volume que significou aumento de 1,66% sobre o mês anterior, mas implicou em queda de 10,4% sobre agosto de 2011, a maior variação negativa registrada nos últimos 12 meses. Conforme o setor, à elevação dos custos somou-se a redução de ritmo dos embarques (greve dos fiscais agropecuários), daí o volume relativamente baixo exportado no mês. De toda forma, alguma redução deveria ser esperada. Não como reflexo das dificuldades atuais, mas porque os embarques de agosto de 2012 foram um dos mais elevados do ano que passou. Independente, porém, da previsível redução, o fato é que as exportações brasileiras de carne de frango continuam marcadas por significativa desaceleração. Assim, por exemplo, o volume médio embarcado nos oito primeiros meses de 2012 (327.130 toneladas/mês) significa expansão de apenas 0,91% sobre idêntico período de 2011. E no ano passado, nesse mesmo espaço de tempo, a expansão, embora modesta, ultrapassava os 3%. Mantida a atual média mensal no quadrimestre final de 2012, o total embarcado neste exercício ficará em torno dos 3,925 milhões de toneladas, perto de meio por cento a menos que em 2011. A redução só não ocorrerá se, entre setembro corrente e dezembro vindouro foram exportadas, em média, 331,4 mil toneladas mensais, ou seja, volume ligeiramente superior (+1,3%) ao registrado entre janeiro e agosto deste ano. Por ora, em 12 meses (setembro de 2011 a agosto de 2011), o volume exportado soma 3,966 milhões de toneladas e se encontra 1,71% acima do registrado em idêntico período anterior. (Fonte: AviSite)

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TI, WEB e e-COMMERCE

Da redação - São Paulo / SP
Buscapé Company compra empresa de social commerce
A Buscapé Company realizou a compra da ShopCliq.it, especializada em plataforma de social commerce. De acordo com a empresa, a aquisição vai ajudar a companhia de e-commerce a redefinir a forma com que as pessoas realizam compras, pesquisas e como encontram produtos online. Os termos do acordo não foram divulgados. “Por meio da plataforma, o usuário pode encontrar suas marcas favoritas, amigos e o que há de mais ‘quente’ na moda”, explica Todd Cohen, cofundador e CEO da ShopCliq.it. De acordo com a empresa, o diferencial da plataforma está em criar um design personalizado para cada usuário, baseado em seus gostos, preferências e personalidade.
“Quanto mais as pessoas clicarem nos produtos que desejam, a plataforma, por meio de um processo de inteligência, indicará outros semelhantes, advindos de quaisquer pontos da internet, isso proporciona uma maior facilidade aos consumidores”, completa Cohen. Segundo com o CEO da ShopCliq.it, o próximo passo da plataforma, em conjunto com o Buscapé Company, será de criar aplicativos para a versão mobile.


Londres / Inglaterra
Cerca de 20% dos funcionários de TI admitem acessar dados não autorizados
Quase 40% dos funcionários de TI podem obter acesso não autorizado a informações confidenciais, e 20% admitem que acessam dados confidenciais dos executivos, segundo pesquisa realizada pela companhia de plataformas de segurança Lieberman Software. O levantamento ouviu 450 profissionais de TI e descobriu ainda que 39% dos funcionários de tecnologia da informação podem obter acesso não autorizado a informações mais sensíveis da organização - incluindo documentos privados do CEO - e um em cada cinco olhou dados que não poderia ter visto.
Dos ouvidos, 68% acreditam que têm mais acesso à informação sensível do que colegas de outros departamentos, como RH, Finanças e da equipe executiva - deixando as empresas abertas a violações de dados.
O estudo descobriu que 11% dos entrevistados abusam de seus direitos administrativos para bisbilhotar a rede e buscar informações sensíveis. Se demitidos amanhã, 11% disseram que estariam em condições de levar informações sensíveis com eles. Quase um terço afirmou que sua gestão não sabe como pará-lo. "A realidade é que credenciais privilegiadas estão sendo abusadas. A gestão deve assumir o controle dos sistemas e estabelecer normas e procedimentos para bloquear dados, ou os segredos vão continuar a ser roubados debaixo de seus narizes”, alerta Philip Lieberman, diretor-executivo da Lieberman Software. O executivo afirma que as organizações podem controlar o acesso e diminuir as ameaças internas, a partir de um processo baseado em quatro pilares:


- Identificar e documentar ativos críticos de TI, contas privilegiadas e interdependências.
- Delegar acesso a credenciais privilegiadas para que apenas o pessoal apropriado, usando o mínimo de privilégio necessário, possa acessar os ativos de TI.
- Impor regras para a complexidade das senhas, frequência de mudança, e sincronização de mudanças.
- Auditar e alertar para que o solicitante e a duração de cada pedido de acesso privilegiado sejam documentados.
(Fonte: COMPUTERWORLD/REINO UNIDO)


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TELECOM

Madri / Espanha
Telefónica terá crédito de US$ 1,2 bilhões de bancos chineses
A espanhola Telefónica anunciou que chegou a um acordo com dois bancos chineses para uma linha de crédito de US$ 1,2 bilhão, no mais novo sinal de melhora no acesso aos mercados de capital após as grandes companhias da Espanha enfrentarem meses de dificuldades para refinanciarem suas dívidas.
Em um comunicado a Telefónica afirmou que assinou o acordo com o China Development Bank e o Industrial and Commercial Bank of China (ICBC) e que o espanhol Banco Bilbao Vizcaya Argentaria (BBVA) atuou como agente coordenador. A linha de crédito estará disponível por 10 anos para compra de produtos e outras despesas da empresa em todo o mundo.
A Telefónica disse que essa é a segunda parcela do primeiro financiamento anunciado publicamente pelo China Development Bank em janeiro. Até agora neste ano a companhia obteve 9,2 bilhões de euros em financiamentos, incluindo aproximadamente 3,3 bilhões de euros em vendas de bônus e mais 300 milhões de euros levantados em colocações privadas. (Agência Dow Jones)

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MÍDIA e MKT

São Francisco / EUA
Logotipo do eBay muda para refletir mudança de foco do site

Um executivo do eBay apresentou ontem, dia 13/9, o novo logotipo corporativo do site de comércio on-line - um redesenho que, segundo ele, reflete o novo foco em compras on-line convencionais, em vez leilões e itens colecionáveis. O novo logotipo mantém as famosas cores do eBay - vermelho, azul, amarelo e verde -, mas as letras são mais finas e alinhadas, no lugar do posicionamento bagunçado de antes. Os sites da empresa receberão o novo design em breve. "O logotipo do eBay é conhecido no mundo todo, e mudá-lo agora não foi uma decisão feita sem ponderação. O momento pareceu adequado", declarou Devin Wenig, presidente do eBay Global Marketplaces, em e-mail a funcionários. O eBay agora foca mais em vendas de produtos com preço fixos e tenta competir com a Amazon, que tem crescido mais rapidamente. Hoje o site é muito mais do que um catálogo de produtos em leião, disse Wenig. (Agência Reuters)


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Reportagem ESPECIAL

Da redação - São Paulo / SP
Empresas brasileiras de médio porte já ganham o mundo
Companhias desbravam mercado estrangeiro, valorizando suas marcas, sobretudo nas classes C, D e E

por Juliana Garçon

Na esteira das grandes corporações, companhias nacionais de médio porte estão descobrindo as vantagens de expandir os negócios para além das fronteiras nacionais, como estratégia de valorização da marca, além da ampliação do mercado. Estudo da consultoria KPMG mostra que 35% da receita das médias empresas vêm de negócios fora do país de origem. No Brasil, o índice é de 18% — abaixo dos Estados Unidos e Canadá, mas a média é considerada muito boa. (LEIA NA ÍNTEGRA)


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