Edição 765 | Ano IV

Rio de Janeiro / RJ
Produção industrial cai e setor evita demitir para não perder mão de obra

De um lado, uma economia fraca, abalada pela crise internacional. Do outro, um mercado de trabalho no qual as taxas de desemprego continuam baixas, mês após mês. Um cenário, na contramão dos países centrais, que deixa no ar um pergunta: até quando o país vai conseguir segurar seus empregos? Afinal, o Brasil cresceu no primeiro semestre apenas 0,6% - o pior resultado desde a recessão de 2009. E a indústria amarga uma queda na produção de 3,7% até julho. Segundo analistas, a pouca oferta de mão de obra, o dinamismo do setor de serviços (que "rouba" trabalhadores da indústria), e a expectativa de que a economia vá voltar a crescer levam os empresários a segurar seus empregados, mesmo diante da crise.

Pelas contas da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), nos últimos 12 meses o emprego na indústria de transformação está estável. E registrou nos 
últimos três meses abertura de vagas. Em julho, a alta foi de 0,2% frente a junho, na série com ajuste sazonal. Mas, afirmam os especialistas, esse compasso de espera tem data para terminar. Se as medidas de estímulo à economia do governo - como os juros menores, benefícios fiscais e a recém anunciada queda na tarifas de energia - não surtirem efeito até o fim do ano, o status de país do pleno emprego pode estar com os dias contados e 2013 já pode apresentar uma reversão na trajetória da taxa de desocupação. De cadente para ascendente. "Se o país não voltar a crescer mais, o mercado de trabalho não resiste a outro ano de crescimento abaixo de 2%",- afirma Claudio Dedecca, da Unicamp.

Segundo Paulo Francini, diretor do departamento de Estudos Econômicos da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o tempo em que um 
industrial segura os empregos na crise é, em média, de nove meses. Ele explica que demitir um funcionário custa em torno de seis salários. A contratação e o treinamento de um novo funcionário exige desembolso de mais ou menos três salários. "O emprego continuar forte tem a ver com conta, com aritmética. E essa conta dá nove salários. Então, nove meses. Portanto há um prazo que, mesmo com a atividade fraca, é vantajoso manter o empregado. Mas essa paciência tem um tempo de esgotamento e é uma decisão individual de cada empresário.

O custo de demitir e a dificuldade de encontrar mão de obra qualificada quando precisar reforçar a equipe fizeram Denis Perez, dono da indústria Poly Metais Sanitários, manter seu quadro de empregados durante um primeiro semestre que ele "gostaria de tirar da história". Para o empresário, que mantém a fábrica há 40 anos, o período de janeiro a julho ou mesmo até este início de setembro é "um ponto fora da curva" e, assim como seus colegas industriais, ainda "espera o ano começar".

Ele diz que, como o custo da indenização demissional é muito alto, os industriais preferem usar artifícios como dar férias aos empregados ou colocá-los em um esquema de banco de horas nos períodos em que a produção está mais devagar. "Agora estamos em estado letárgico, esperando que as medidas do governo surtam efeito. Além disso, historicamente o segundo semestre é bom, por isso, também há uma certa esperança de que as coisas melhorem, embora não tenhamos sinais disso por enquanto", afirmou.
A taxa de desemprego do Brasil estava em apenas 5,8% em maio (último dado divulgado pelo IBGE, que não informou as taxas de junho e julho por causa da greve dos funcionários públicos). "Como a oferta de trabalhadores qualificados é pequena, os contratantes buscam pessoas com menos qualificação. Mas aí é preciso contratar dois destes porque a produtividade individual é menor", disse Flávio Castelo Branco, economista da entidade.
Com a produção em queda e sem fazer grandes cortes de pessoal, a indústria acaba vendo sua produtividade total ruir. A produção industrial caiu 3,8% de 
janeiro a junho, enquanto o emprego industrial recuou 1,2%, com os salários subindo (descontada a inflação) 3,8%. Com isso, a produtividade do trabalho na indústria amarga queda de 2,7%, segundo levantamento do economista da Fundação Getulio Vargas Silvio Sales.

Serviços 'roubam' empregados da indústria
Fernando Montero, economista-chefe da Convenção Corretora, vê na falta de mão de obra a explicação para essa distância entre os indicadores de emprego e produção. "Já estamos além do pleno emprego. Não é mais uma questão de falta de mão de obra qualificada". É problema de falta de oferta de mão de obra agregada. Há ainda mais um fator que justifica o pleno emprego, desta vez pontuado por Júlio de Almeida, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e consultor do Instituto de Estudos para Desenvolvimento Industrial (Iedi). Ele lembra que os setor de serviços e o comércio estão aquecidos e têm demandado muitos empregados. "A indústria pensa muito antes de demitir porque perde o empregado para outros setores, como serviços. Isso valoriza a mão de obra. Quer dizer que não dá para recontratar o empregado pelo mesmo salário que foi demitido. Com menos oferta de mão de obra disponível, os serviços viram concorrentes por esse fator de produção. Sobem salários para atrair pessoal e a indústria, para 
manter seus empregados, também faz os reajustes". "Só que o setor de serviços pode repassar esse custo maior para os preços, enquanto a indústria enfrenta a concorrência dos importados. A indústria perdeu competitividade. E só diminuindo seus custos a indústria poderá reagir", disse Montero.
A alta na inflação dos serviços é evidente. Os preços do setor estão subindo cerca de 8% ao ano, enquanto os preços gerais da economia sobem próximo de 5%.

Para Montero, o setor de serviços, intensivo em mão de obra e com produtividade menor que na indústria, também explica parte do crescimento baixo do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços do país). "É menos valor agregado na economia. Dedecca não vê a economia em pleno emprego". Cita dois motivos: o primeiro é alta informalidade, "pleno emprego prevê emprego com proteção", e um terço dos ocupados nas seis regiões metropolitanos trabalha sem carteira assinada ou por conta própria. "Não vejo o empresário reclamando do custo de pessoal. Falam de logística, juros, imposto. Há uma lua de mel entre capital e trabalho". A economista Maria Andréia Parente, do Ipea, vê a indústria em compasso de espera. "Mesmo não produzindo muito agora, há a expectativa que vai melhorar e que haverá necessidade daquele trabalhador. Então a indústria deixa o trabalhador 
subocupado, já que o custo trabalhista de demitir e contratar e treinar é alto - disse Maria Andréia que, como Dedecca", afirma que, se a recuperação não 
vier, a indústria fará ajustes mais fortes no pessoal. Sales, da FGV, acredita na recuperação da economia neste semestre, o que poderia melhorar a produtividade da indústria, que sobe junto com a economia. "O câmbio está mais favorável, há medidas de estímulo". 
(Agência OGlobo)


Brasília/DF e São Paulo/SP
Investimento no crescimento economico recua
A taxa de investimento da economia brasileira caiu quase o tempo todo durante o governo de Dilma Rousseff, indo na direção contrária ao objetivo da 
presidente de levá-la ao nível de 22% a 23% do Produto Interno Bruto (PIB). Dilma iniciou seu mandato com uma taxa de investimento acumulada em quatro trimestres de 19,46% do PIB, que caiu para 18,83% em junho de 2012, tornando cada vez mais difícil alcançar o objetivo. Para a maioria dos economistas, é preciso chegar a pelo menos 22% de taxa de investimento para sustentar um ritmo de crescimento aceitável para a economia brasileira. Diversos países emergentes têm taxas superiores a 20%, e mesmo a 30% ou 40% do PIB (caso da China). Muitos analistas consideram que uma taxa de investimento de 22% ou 23% do PIB no Brasil tornaria viável um crescimento equilibrado e sustentável em torno de 4% ou até 4,5% ao ano. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva iniciou seu governo com taxa de investimento de 16,4% do PIB, e a levou até 19,5% em 2010, pelos dados das contas nacionais anuais. Nas contas nacionais trimestrais, a taxa de investimento em quatro trimestres saiu de 19,46% do PIB em dezembro de 2010, ao fim do governo Lula, para 19,52% em março de 2011, início do governo Dilma. A partir daí, ela caiu em todos os trimestres da administração da presidente. Nenhum analista responsabiliza a gestão de Dilma pela queda da taxa de investimentos, que é um indicador que depende de fatores estruturais de longo prazo ou de oscilações conjunturais da demanda - em nenhum caso, algo que possa ser atribuído diretamente ao governo de plantão. (Agência Estado)

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INDICADORES ECONÔMICOS

Da redação - São Paulo / SP
IPC-S fica em 0,44% na 1ª quadrissemana de setembro
A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) ficou em 0,44% na primeira quadrissemana de setembro, a mesma taxa verificada na leitura anterior, no encerramento do mês de agosto, informou na manhã desta segunda-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV). Cinco das oito classes de despesa do índice apresentaram acréscimo em suas taxas de variação na quadrissemana até o dia 7 de setembro. Tiveram acréscimo os grupos Alimentação (1,09% para 1,14%), Vestuário (-0,57% para -0,46%), Transportes (-0,04% para 0,01%), Educação, Leitura e Recreação (0,51% para 0,54%) e Comunicação (0,10% para 0,12%). Saúde e Cuidados Pessoais (0,49% para 0,34%), Habitação (0,47% para 0,40%) e Despesas Diversas (0,20% para 0,13%) apresentaram desaceleração de preços na primeira quadrissemana do mês ante a anterior.
(Fonte: Assessoria de Imprensa da FGV)


Da redação - São Paulo / SP
RESUMO DA SEMANA - 3 a 6 de setembro de 2012

IPC-S avança em seis das sete capitais pesquisadas - O IPC-S de 31 de agosto de 2012 registrou variação de 0,44%, 0,10 ponto percentual (p.p.) acima da taxa divulgada na última apuração. Seis das sete capitais pesquisadas registraram acréscimo em suas taxas de variação. 

Confiança do Comércio recua - O Índice de Confiança do Comércio (ICOM) da Fundação Getulio Vargas recuou 4,0% no trimestre findo em agosto de 2012, na comparação com o mesmo período de 2011, ritmo abaixo do observado em julho (-3,4%).

Confiança da Construção mantém desaceleração - O Índice de Confiança da Construção (ICST) da FGV manteve em agosto a trajetória descendente iniciada em abril, com a taxa do indicador trimestral recuando 9,8%, em comparação ao mesmo período em 2011.

IGP-DI recua em agosto - O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) variou 1,29%, em agosto, taxa inferior à registrada em julho, de 1,52%. Em agosto de 2011, a variação foi de 0,61%. A variação acumulada em 2012, até agosto, é de 6,52%. Em 12 meses, o IGP-DI registra alta de 8,04%. Os três componentes do IGP-DI apresentaram as seguintes trajetórias, na passagem de julho para agosto: IPA, de 2,13% para 1,77%, IPC, de 0,22% para 0,44%, e INCC, de 0,67% para 0,26%. 

Agropecuária

IBGE prevê safra de grãos 2,8% maior que a safra obtida em 2011 - A safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas indica produção da ordem de 164,5 milhões de toneladas, superior em 2,8% à obtida em 2011 (160,1 milhões de toneladas) e 0,7% maior que a estimativa de julho (163,3 milhões de toneladas). É o que indica a oitava estimativa do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) em 2012.

Índice de Preços ao Consumidor - IPC da Fipe registra variação de 0,27% na última quadrissemana de agosto Na quarta quadrissemana de agosto de 2012, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou variação de 0,27% na cidade de São Paulo, segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O índice apresenta a mesma taxa de variação da terceira quadrissemana do mês. Nas sete classes de despesas que compõem o IPC da Fipe, os resultados apurados foram: Habitação (-0,13%), Alimentação (1,08%), Transportes (-0,24%), Despesas Pessoais (0,37%), Saúde (0,55%), Vestuário (0,22%) e Educação (0,16%).

ICV: alta dos alimentos afeta mais a população de menor renda - O Índice do Custo de Vida – ICV, calculado pelo DIEESE (Departamento Intersindical de 
Estatística e Estudos Socioeconômicos) apresentou taxa de 0,20% em agosto. O resultado é inferior ao de julho (0,42%) em 0,22 ponto percentual (pp.). O grupo Alimentação (0,64%) foi o grande responsável pela taxa do mês. Para uma inflação de 0,20%, contribuiu com 0,19 pp..

IPCA de agosto fica em 0,41% - O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou variação de 0,41% em agosto, próximo à taxa de 0,43% registrada em julho. Com o resultado de agosto, o acumulado do ano está em 3,18%, bem abaixo dos 4,42% registrados em igual período do ano anterior. Considerando os últimos doze meses, o índice situou-se em 5,24%, pouco acima dos 5,20% relativos aos doze meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2011 a taxa havia ficado em 0,37%.

INPC variou 0,45% em agosto - O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC apresentou variação de 0,45% em agosto, próximo ao resultado de 0,43% de julho. Com isto, o acumulado do ano ficou em 3,46%, bem abaixo da taxa de 4,14% relativa a igual período de 2011. Considerando os últimos doze meses, o índice situou-se em 5,39%, pouco acima dos doze meses imediatamente anteriores (5,36%). Em agosto de 2011, o INPC ficou em 0,42%.

Cesta básica: preços aumentam em 15 capitais - Em agosto, o preço dos gêneros alimentícios essenciais aumentou em 15 capitais das 17 onde o DIEESE - Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos - realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica. As maiores altas foram verificadas em Florianópolis (10,92%), Curitiba (4,69%) e Rio de Janeiro (4,09%). As quedas de preço foram apuradas em Natal (-1,64%) e Belo Horizonte (-0,66%).


Indústria
Produção industrial regional cai em nove dos 14 locais pesquisados em julho - Na passagem de junho para julho, os índices regionais da produção industrial caíram em nove dos 14 locais pesquisados. As quedas mais acentuadas foram em Goiás (- 6,3%), Amazonas (- 5,9%) e Pará (- 3,2%), enquanto Paraná (- 1,1%), São Paulo (-0,7%), Rio Grande do Sul (- 0,7%), Espírito Santo (-0,6%), Pernambuco (-0,6%) e Minas Gerais (-0,2%) mostraram recuos mais moderados. Apresentaram crescimento cinco dos 14 locais pesquisados, com destaque para o Rio de Janeiro (4,6%).

Setor Externo
Saldo da Balança Comercial registra superávit em agosto - No mês, a exportação alcançou o valor de US$ 22,382 bilhões. Sobre agosto de 2011, as exportações retrocederam 14,4%, pela média diária. Em comparação a julho de 2012, assinalou-se acréscimo de 1,9%. As importações totalizaram US$ 19,155 bilhões. Sobre igual período do ano anterior, as importações registraram retração de 14,0%, pela média diária. Relativamente a julho de 2012, apontou-se aumento de 1,1%. O saldo comercial do mês registrou superávit de US$ 3,227 bilhões, valor 17,1% inferior ao registrado em agosto de 2011, quando apresentou saldo de US$ 3,893 bilhões.
(Fonte: Assessoria de Imprensa da FGV)

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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)

HOJE - Fechamento

Tóquio / Japão
Bolsas da Ásia fecham sem tendência definida
Os mercados asiáticos encerraram com sinais mistos nesta segunda-feira, dia 10/9. A Bolsa de Hong Kong fechou praticamente estável. Os fracos dados 
econômicos da China pesaram no sentimento dos investidores em contraponto às expectativas de medidas adicionais de estímulo por parte de Pequim. 
- O Hang Seng subiu apenas 0,1% e terminou aos 19.827,17 pontos.
- As Bolsas da China tiveram elevação, com os investidores focados no recente anúncio do governo de gastos em infraestrutura. O Xangai Composto ganhou 0,3% e encerrou aos 2.134,89 pontos. O Shenzhen Composto subiu 0,9%, aos 899,72 pontos.
- Em Taiwan, a Bolsa de Taipé fechou em alta com o crescimento das expectativas de que o Fed possa lançar novas medidas de estímulo à economia na reunião dos dias 12 e 13 de setembro. O índice Taiwan Weighted subiu 0,78%, aos 7.482,74 pontos.
- Na Coreia do Sul, a Bolsa de Seul terminou em queda com os investidores em compasso de espera antes da reunião do FOMC e de revisão das taxas de juros pelo BoK. O índice Kospi recuou 0,25%, aos 1.924,70 pontos. .
- Na Austrália, a Bolsa de Sydney fechou em ligeira alta, com a força do setor de recursos compensando a fraqueza dos setores financeiro e de defensivos, tendo em vista o possível programa de estímulo à economia nos EUA. O índice S&P/ASX 200 subiu 0,18%, aos 4.333,80 pontos.
- Já os investidores andaram de lado na Bolsa de Manila, nas Filipinas, à espera de novidades. Isso fez com o que o índice PSEi fechasse em queda de 0,2%, aos 5.190,81 pontos.


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INDÚSTRIA

Nova Iorque / EUA
Kraft prevê crescimento de até 7% da divisão de petiscos
A Kraft Foods divulgou sua perspectiva para a divisão de petiscos, que se chamará Mondelez depois que a companhia de alimentos separar as operações de varejo na América do Norte no próximo mês. A meta estipulada para a Mondelez no ano que vem é de um crescimento orgânico de 5% a 7% na receita e um lucro operacional de US$ 1,50 a US$ 1,55 por ação, informou nesta quinta-feira Irene Rosenfeld, executiva-chefe e presidente da Kraft Foods. "Agora estamos prontos para expandir uma potência mundial de petiscos", disse ela durante uma conferência. O diretor de finanças da empresa, Dave Brearton, afirmou que "os valores são maiores que as metas anteriores de longo prazo estabelecidas para Kraft Foods antes da cisão." A divisão dos negócios está programada para 1º de outubro.
A Mondelez, cujas marcas - incluindo os biscoitos Oreo e os chocolates Cadbury - desfrutam de boas perspectivas nos mercados emergentes, terá que enfrentar um difícil ambiente econômico na Europa, bem como temores de que o crescimento nos mercados em desenvolvimento pode de alguma forma desacelerar. Já a unidade de varejo, que será chamada de Kraft Foods Group após a cisão, terá de operar em um setor de alimentos embalados em lento ritmo de expansão, com os consumidores ainda controlando gastos.
Hoje, a Kraft informou que embora os custos relacionados à divisão devam ficar em linha com as previsões anteriores, as despesas com a reestruturação da Mondelez devem superar as expectativas iniciais, refletindo programas adicionais na Europa e nos Estados Unidos. (Agência Dow Jones)

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AGROBUSINESS


Da redação - São Paulo / SP
Preços mundiais de alimentos ficam estáveis

O índice global de preços de alimentos da FAO, a agência das Nações Unidas para agricultura e alimentação, ficou estável em agostoO índice - que mede a evolução mensal dos preços mundiais de uma cesta de produtos de base, como cereais, ileaginosos, lácteos, carnes e açúcar - tinha subido 6% em julho após três meses de recuo, e deflagrado mais temores de crise de preços mundial. Em Roma, o diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva, tomou a iniciativa de anunciar pessoalmente o resultado de agosto, com o índice ficando no mesmo nível de 213 pontos, sem alteração em relação ao mês anterior. “Essas cifras são tranquilizadoras. Devemos continuar vigilantes, mas não se justifica falar de crise alimentar mundial”, afirmou Graziano. “Mas a comunidade internacional pode e deveria intervir para apaziguar o mercado”.
Para a FAO, os países importadores não devem entrar em pânico e acelerar compras, que na verdade impulsionam os preços. E os exportadores não devem impor restrições nas suas vendas, como aconteceu na crise de 2008.
O índice de agosto não mostrou mudança nas cotações de cereais e de oleaginosos. E uma forte baixa do preço do açúcar foi contrabalançada por alta no custo da carne e de produtos lácteos. As últimas estimativas mostram também uma aproximação entre oferta e demanda de cereais na campanha de comercialização 2012/13. Conforme a FAO, a produção mundial de cereais não será suficiente para cobrir a utilização prevista no período, e haverá maior uso dos estoques.
A produção mundial de cereais é estimada em 2,295 milhões de toneladas, ou 52 milhões de toneladas a menos do que o recorde de 2011. Isso reflete em parte a degradação da produção de milho nos EUA por causa da estiagem generalizada no país. O uso mundial de cereais em 2012/13 é estimado em 2,317 milhões de toneladas, em leve baixa em relação a campanha precedente, de 2%. Segundo a FAO, os preços elevados freiam a demanda, incluindo para a produção de etanol a partir do mundo. (Fonte: Agência Valor)

Barro Preto / BA
Deficit de cacau deve chegar a 1 milhão de toneladas em 2020
O alerta foi feito pela própria Mars, uma das maiores fabricantes de chocolate do mundo: o deficit da produção mundial de cacau poderá chegar a 1 milhão de toneladas até 2020. Dados recentes da ICCO (Organização Internacional do Cacau) apontaram queda na produção de 319 mil toneladas na última safra, de 4,3 milhões de toneladas, em relação à anterior. Segundo relatório elaborado pela Ceplac, a situação se concretizará se não forem tomadas medidas urgentes para elevar a produtividade das lavouras nos principais países produtores e a demanda continuar evoluindo às taxas atuais de crescimento. Na Costa do Marfim, maior produtor mundial de cacau, as lavouras estão comprometidas com doenças. Assim como no Brasil, a produção no país africano é garantida por pequenos e médios cacauicultores que estão desanimados com a cultura. Segundo o diretor científico da Mars, Jean-Philippe Marelli, os resultados obtidos no MCCS de Barro Preto também serão transferidos para os produtores da Costa do Marfim. No país, a empresa também desenvolve um programa para a produtividade. Além disso, uma outra preocupação da indústria mundial de chocolate é a incerteza quanto às ações políticas no país, que vive constantes conflitos. Atualmente, a tonelada de cacau é negociada a US$ 2.500. (Agência Folha)

Da redação - São Paulo / SP
Alta da carne chegou ao consumidor antes do esperado
O aumento do preço das carne bovinas chegou ao consumidor mais rápido que o esperado pela Votorantim Corretora. O grupo, que em julho apresentava queda de 1,13%, subiu 0,69% no mês passado, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta manhã pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Eu esperava uma variação próxima a zero. Havia a expectativa de que a carne de porco fosse pressionar um pouco mais o grupo, mas o que se verificou foi uma alta já forte em alguns cortes de carne bovina, o que não estava no radar”, diz Bruno Surano, analista da Votorantim Corretora.
Para ele, o avanço do preço da carne bovina pode ser explicado pelo aumento na demanda, devido ao encarecimento das aves e da carne de porco. A disparada no preço dos grãos, em decorrência da quebra de safra no Estados Unidos por causa da seca que atingiu o país, elevou o custo das rações, que respondem pela maior parte do custo da criação desses animais. Com isso, o frango já se destaca entre as maiores contribuições para a alta de 0,41% no IPCA em agosto, ao subir 1,35% no período. A carne de porco, por sua vez, ficou 2,92% mais cara.
Entre as carnes bovinas, já foi possível registrar aumento de 1,62% no contrafilé e de 0,95% no acém. “Além do aumento de demanda, as carnes bovinas também estão sendo pressionadas pela sazonalidade. Nesta época do ano começa o abate de matrizes e o confinamento do gado, que passa a ser alimentado por ração. Por isso, o aumento dos grãos deverá se refletir também no preço da carne bovina nos próximos meses”, comenta Surano.
Segundo ele, o pico da sazonalidade acontece em novembro. Até o fim do ano, pelas suas contas, as carnes bovinas têm espaço para subir cerca de 10%. Com isso, o analista da Votorantim Corretora calcula um avanço mensal médio de 0,73% nos preços dos alimentos até dezembro.
(Fonte: Agência Valor)

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SETOR AUTOMOTIVO

São Paulo/ SP
EcoSport criado no Brasil estará na Europa em 18 meses
A nota enviada anteriormente contém uma incorreção no título. O novo EcoSport da Ford será vendido na Europa, mas ainda não há definição se os veículos serão exportados do Brasil. Segue o texto com o texto corrigido.
O novo EcoSport, primeiro projeto global da Ford desenvolvido no Brasil, começará a ser vendido para a Europa em 18 meses. O anúncio na semana passada pelo presidente da Ford Brasil, Steven Armstrong, e pelo vice-presidente da companhia, Rogélio Golfarb. O veículo será produzido na unidade da Ford em Camaçari, na Bahia, e a partir de 2013 na Tailândia, Índia e China. De acordo com Golfarb, os planos da montadora são de que, até 2015, 85% do volume de vendas mundiais tenham origem em nove plataformas globais. Uma delas é a do utilitário esportivo. Golfarb e o presidente da Ford afirmaram que até aquela data todas as unidades no Brasil farão parte dessa rede de plataformas globais. O investimento para a atualização das fábricas no Brasil já estava previsto no montante de R$ 4,5 bilhões anunciado para o período de 2011 a 2015.
O vice-presidente da montadora disse ainda que a meta da Ford é dobrar as vendas mundiais até 2015, para 8 milhões de veículos. Golfarb disse que o fato de o EcoSport ser desenvolvido no Brasil mostra a importância da engenharia brasileira para os planos globais da Ford. "A capacidade de fazer engenharia é o grande diferencial da competitividade", afirmou. A importância de uma estratégia que atenda a todo o mundo é que ela ajuda a reduzir os custos de investimento em engenharia, pesquisa e desenvolvimento. "Um terço dos investimentos é para pesquisa e desenvolvimento e engenharia", afirmou. "Para poder amortizar esse custo, é preciso ter uma produção global e isso se aplica também à produção de peças." (Agência Estado)

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SERVIÇOS e VAREJO

São Paulo / SP
Pão de Açúcar abrirá 13 minimercados Extra em setembro
O Grupo Pão de Açúcar anunciou a inauguração de 13 unidades do Minimercado Extra para este mês, dando continuidade ao plano de expansão da bandeira de vizinhança. Para as lojas e mais 31 unidades que serão inauguradas até o final do ano, o grupo vai investir R$ 70 milhões.
As novas lojas serão instaladas nas cidades de São Paulo, Poá, Cotia, Santo André, São Bernardo do Campo e Santos. Duas unidades serão inauguradas nesta quinta-feira: uma no bairro da Saúde, na cidade de São Paulo, e outra na cidade de Poá, no interior paulista. A rede espera gerar 230 postos de trabalho direto e passará a operar com 81 unidades no Estado de São Paulo.
O Minimercado Extra surgiu por meio da conversão do formato Extra Fácil, iniciado em outubro de 2011 e finalizado em junho de 2012, totalizando 69 unidades. Segundo a empresa, nas cinco lojas piloto convertidas em novembro de 2011, o crescimento em vendas foi de 40% em comparação ao antigo formato e as lojas transformadas mantiveram os índices de elevação do faturamento na mesma proporção. As novas lojas contam oferecem 3,5 mil itens, entre mercearia, limpeza, cuidados pessoais, padaria, açougue, além de frutas, verduras e legumes, divididos em uma área de vendas de 300 metros quadrados. (Agência Estado)


Da redação - Porto Alegre / RS
Enya Architectes inicia operações no Brasil 
A empresa francesa de arquitetura corporativa Enia Architectes chega ao Brasil. As atividades estão inciando nesta semana a partir da chegada da arquiteta Graciela Zaffari a Porto Alegre no mês de agosto.
O ingresso no mercado nacional resulta de uma troca de experiências de  três anos entre a brasileira VZA - Vera Zaffari Arquitetura e a francesa Enia 
Architectes. Graciela Zaffari trouxe bagagem especial na coordenação de trabalhos em data centers, hospitais e aeroportos, segmentos que enfocarão as atividades da empresa francesa no Brasil.
A Enia é líder de mercado em projetos de data centers na França, tem portfólio em mais de 20 países e está no ranking das empresas de arquitetura que mais faturam no seu país: € 4,2 milhões (R$ 10,8 milhões) em 2011.
(Fonte: WH Comunicação) 


Da redação - São Paulo / SP
Rede de franquias norte-americana realiza encontro de franqueados no Brasil
Entre os dias 17 e 23 de setembro Nancy Faunce, CEO da rede norte-americana FastracKids, estará no Brasil para o 1º encontro de franqueados no país. A viagem é uma clara demonstração da importância deste mercado para a empresa e do interesse em expandir ainda mais os negócios nesta região. 
A empresária desembarcará em Recife para evento em unidade instalada na cidade e em seguida segue para São Paulo, onde participará do encontro com os demais proprietários de franquias da rede. “O objetivo é reunir nossos representantes no Brasil e trocar ideias para aprimorar o processo de crescimento da rede no país”, afirma Nancy.
Desde sua chegada ao Brasil em 2007, através da franqueadora máster FasTracKids Brasil, a rede tem crescido gradativamente, demonstrando grande adesão em diferentes estados. “Atualmente estamos com 9 unidades em São Luis, 2 em Recife, Natal, Maceió, Brasília, São Paulo, Ipatinga e Curitiba (a de BH será inaugurada em outubro) e nosso objetivo é dobrar a rede a cada ano, nos próximos 4 anos”, afirma Ana Paula Harley, diretora do FasTracKids Brasil. 
Segundo Nancy o Brasil tem grande potencial de expansão em razão do quadro econômico que vivencia: “Temos acompanhado as notícias sobre o crescimento do poder aquisitivo dos brasileiros e o interesse na área de educação. Isso comprova minha aposta de que este é um terreno fértil para investimento”, afirma a empresária. Além dos compromissos com os franqueados, a CEO aproveitará para realizar uma palestra em parceria com a Humus Consultoria Educacional sobre a importância da Mediação da Aprendizagem e também evento gratuito aberto ao público para pais e crianças no dia 22 de setembro(Fonte:Lucky Assessoria) 

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TI, WEB e e-COMMERCE

Da redação - São Paulo / SP 
Programa "IBM Smart Professional" capacita profissionais de TI de acordo com as necessidades do mercado
O IBM Smart Professional é um modelo inovador de relacionamento Universidade & Empresa que reúne profissionais de TI, professores e estudantes, em ciclos de capacitação de acordo com a necessidade do mercado. O foco são as certificações IBM, que podem ser obtidas por valores a partir de US$ 30,00. Em São Paulo, as próximas sessões de certificação serão na Universidade de São Paulo (USP), no dia 27 de setembro. As inscrições vão até o dia 11 deste mês no link: http://bit.ly/puc_rj
“O programa Smart Professional surgiu para que a inclusão dos universitários no mercado de trabalho fosse facilitada por meio da qualificação. Os professores passam a ter acesso gratuito ao material de capacitação IBM e podem compartilhar esse conhecimento com os estudantes. Isso faz com que os alunos fiquem mais preparados para as reais necessidades do mercado”, explica Ricardo Mansano, gerente do IBM Innovation Center e de relações com desenvolvedores e ISVs na IBM Brasil.
Na área de tecnologia, as certificações podem definir a entrada do candidato na empresa almejada - ambientes que tendem a ser cada vez mais exigentes e competitivos. Segundo pesquisa do Institute Data Corporation (IDC) Brasil, as chances de um profissional certificado conseguir um emprego aumentam 53% em relação àqueles que não possuem este título. Para os que já estão no mercado, a pesquisa mostra que os profissionais certificados podem alcançar salários de 10 à 100% superiores a media que o mercado paga, isso quando comparado aos que não possuem e desempenham as mesmas funções.
Além da capacitação focada na necessidade do mercado, outros benefícios podem ser destacados: aplicação imediata do conhecimento nas empresas da região; certificação IBM com custo diferenciado; e colaboração virtual através de comunidades como o IBM developerWorks (portal para desenvolvedores e profissionais de TI – (https://www.ibm.com/developerworks/br/)
As certificações disponíveis pelo IBM Smart Professional são: Certificações UML, RUP, SOA, BPM, XML, Cloud Computing e todas as certificações das linhas de produto: IM (DB2, COGNOS, Content Manager, Informix, Optim); Rational (APPScan, Clear Quest, Functional Tester, Quality Manager, RDZ); Lotus (Connections, Domino, Live, Notes, Quickr); WebSphere (WAS, WPS,  iLOG, Message Broker, Lombardi) e o Tivoli (TSM, TIM, TAM, MAXIMO , Netcool). (Fonte: Assessoria de Imprensa IBM - In Press Brodeur) 


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INFRAESTRUTURA e LOGÍSTICA

Da redação - Porto Alegre/ RS
Plimor Unidade Bauru amplia estrutura em novo endereço 
A Transportadora Plimor passa a atuar em nova sede na cidade de Bauru, São Paulo. Passando de 1.200m² de área total para aproximadamente 9mil m², sendo 2 mil m² de área construída, o investimento na nova estrutura vem ao encontro da estratégia da empresa para manter o serviço de qualidade, resultando numa maior agilidade nos processos operacionais como carga e descarga e, assim, fortalecendo ainda mais a presença da Plimor na Região.
"Essa é uma importante etapa do nosso planejamento  para oferecer ainda mais qualidade e segurança”, frisa Sandra Santini, Executiva de Relacionamento da Transportadora Plimor. A unidade, que tem uma capacidade de 6mil volumes mês, entre entregas e coletas. Hoje a filial atende a 48 municípios, divididos em oito rotas de entregas, atuando 24h/dia. As novas instalações da Unidade Bauru passam para a Rodovia Marechal Rondon, Km 334. Especializada em serviços de coleta, entrega e transferência de cargas, a Plimor emprega cerca de 2 mil pessoas diretas e indiretas em suas 74 unidades. A frota conta com mais de 500 veículos rastreados, com idade média de três anos e rigoroso controle de manutenção preventiva. Atualmente a empresa dispõe de mais de 120 linhas com horários fixos, garantindo um total planejamento de logística.
(Fonte: Assessoria de Imprensa Transportadora Plimor)

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MERCADO DE LUXO

Da redação - Rio de Janeiro / RJ

O Clube dos Milionários
“Bem-vindo ao clube”, escreve Hamish Smith, editor da Drinks International. Realizado pela parceria entre Euromonitor e Drinks, o estudo The Millionaires’ 
Club mostrou a evolução de 181 marcas de bebidas alcoólicas do mundo, baseado em estratégias e número de vendas desde 2011. Segundo as fontes da pesquisa, o clube recebeu de braços abertos novos nomes que não apareceram em períodos passados, o que é bastante satisfatório para o mercado internacional. (LEIA NA ÍNTEGRA)



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