Edição 716 | Ano IV


Da redação - Brasília / DF
Previsão de banco sobre crescimento do Brasil é 'piada'


O ministro da Fazenda, Guido Mantega, criticou ontem, dia 20/6, o prognóstico do banco Credit Suisse de crescimento de 1,5% para o Brasil neste ano. "É uma piada, vai ser muito mais que isso", disse Mantega ao sair de um hotel na Barra, em direção à conferência Rio +20. Relatório do Credit Suisse divulgado hoje aponta revisão da estimativa de crescimento do PIB em 2012 de 2% para 1,5%. Desde o ano passado, as previsões da instituição se situam abaixo do consenso do mercado, que espera crescimento de 2,3%, segundo boletim Focus do Banco Central divulgado no dia 18/6. O banco também diminuiu a projeção de expansão do PIB no segundo trimestre de 0,8% para 0,5%. Segundo análise do banco, o crescimento deste trimestre tende a ser superior ao 0,2% do primeiro "devido à menor contribuição negativa do PIB agropecuário e à manutenção da expansão dos serviços, concentrada em setores menos correlacionadas com a dinâmica da demanda doméstica". O ministro também comentou a operação "Twist", do Tesouro americano, para expandir o programa de compra de títulos. Segundo Mantega, a operação é "mais do mesmo", e não representa medida para o crescimento dos EUA. "Essa operação já tinha sido feita, está apenas sendo refeita, e não representa medida para crescimento econômico."


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INDICADORES ECONÔMICOS


Da redação - São Paullo / SP
ICI recua na prévia do mês
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) apurado na prévia da Sondagem Industrial de junho de 2012 sinaliza um recuo de 0,5% em junho de 2012 em relação ao resultado final do mês anterior. Ao passar de 103,4 para 102,9 pontos, o ICI interromperia a sequência de pequenos avanços registrados desde o início do ano.  A queda da confiança foi influenciada por expectativas menos otimistas em relação aos meses seguintes. Na versão preliminar, o Índice de Expectativas (IE) caiu 1,6%, para 101,7 pontos, o menor desde fevereiro passado (101,3). Já o Índíce da Situação Atual (ISA) avançou 0,5%, ao passar para 104,0 pontos, o mesmo índice registrado dois meses atrás. 
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) alcançou 83,7% na prévia de junho, 0,2 ponto percentual (p.p.) abaixo do mês anterior e 0,1 p.p. inferior à média dos últimos cinco anos.  Para a prévia de resultados da Sondagem da Indústria foram consultadas 801 empresas entre os dias 01 e 18 deste mês. O resultado final da pesquisa será divulgado em 27 de junho.




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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)


HOJE – Fechamento das Bolsas Asiáticas e Abertura das Européias:


ABERTURA
- Londres / Inglaterra - O principal índice da Bolsa de Valores de Londres, o FTSE-100, iniciou as movimentações de hoje, dia 21/6, com a perda de 0,47%, aos 5.595,88 pontos.  O barril de petróleo Brent para entrega em agosto abriu em baixa nesta quinta-feira no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres e às 3h de Brasília valia US$ 95,55, US$ 0,14 menos que no fechamento da sessão anterior. 
- Frankfurt / Alemanha - O indicador principal da Bolsa de Valores de Frankfurt, o DAX-30, cedia na abertura da sessão desta quinta-feira 0,37%, aos 6.368 pontos.  O euro abriu nesta quinta-feira em baixa no mercado de divisas de Frankfurt e era cotado a US$ 1,2678, frente aos US$ 1,2700 da sessão anterior. O Banco Central Europeu (BCE) fixou ontem o câmbio oficial do euro em US$ 1,2704.
- Paris / França - O índice geral da Bolsa de Valores de Paris, o CAC-40, iniciou o pregão de hoje com queda de 0,51%, aos 3.110,45 pontos.
- Madri / espanha - O principal indicador da Bolsa de Valores de Madri, o Ibex-35, iniciou as movimentações desta quinta-feira, dia 21/6 com queda de 0,69%, aos 6.750 pontos.
- Roma / Itália - O índice principal da Bolsa de Valores de Milão, o FTSE-MIB, abriu a sessão de hoje com queda de 0,43%, aos 13.673,07 pontos. Já o índice geral FTSE Itália All Share cedia 0,38%, aos 14.640,64 pontos.


FECHAMENTO - Tóquio / Japão
Bolsas da Ásia têm baixa com Fed e fraco PMI da China
Os mercados asiáticos encerraram em baixa nesta quinta-feira, dia 21/6. Além da decepcionante decisão do Fed, que não anunciou novas medidas de estímulo para a economia dos Estados Unidos, os investidores reagiram mal aos fracos dados industriais preliminares (PMI) de junho da China.
Este foi o caso na Bolsa de Hong Kong, onde aumentaram as preocupações sobre a economia chinesa. O Hang Seng perdeu 1,3% e terminou aos 19.265,07 pontos.
- As Bolsas da China ficaram no campo negativo pelo terceiro pregão seguido, novamente devido às preocupações com a economia doméstica, após a divulgação de um fraco PMI. O Xangai Composto caiu 1,4% e terminou aos 2.260,88 pontos - na semana, o índice acumulou queda de 2%, já que amanhã os mercados não abrirão devido a um feriado. O Shenzhen Composto também perdeu 1,4%, aos 943,06 pontos.
- Em Taiwan, a Bolsa de Taipé fechou em baixa, conduzida pelo ressentimento do mercado após o Fed decidir ir contra uma realização agressiva de estímulo monetário. Além disso, o declínio do PMI da China em junho também pesou. O índice Taiwan Weighted caiu 0,76%, aos 7.279,05 pontos.
- A Bolsa de Seul, na Coreia do Sul, interrompeu uma sequência de duas altas consecutivas e encerrou o dia em baixa, na trilha de desapontamentos com o Fed. O índice Kospi retrocedeu 0,79%, aos 1.889,15 pontos.
- Na Austrália, a Bolsa de Sydney também fechou no vermelho, após a divulgação de dados fracos da produção industrial chinesa e da falta de medidas agressivas do Fed. O índice S&P/ASX recuou 1,09%, aos 4.087,57 pontos.
- Já a realização de lucros derrubou a Bolsa de Manila, nas Filipinas, após o rali de 4,4% nas últimas três sessões. O índice PSEi perdeu 0,7% e encerrou aos 5.109,43 pontos, com moderado volume de negociações. 




ONTEM – Fechamento da Bovespa, NY e Europeias:


São Paulo / SP
Em dia de decisão nos EUA, Bovespa fecha perto da estabilidade
A Bolsa brasileira operou sem rumo antes, durante e após a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) sobre a política monetária dos EUA e acabou fechando praticamente estável.
- O Ibovespa recuou 0,05%, aos 57.166 pontos, depois de oscilar entre a mínima de 56.528 pontos e a máxima de 57.611 pontos. 
- O volume financeiro alcançou R$ 6,752 bilhões.
Análise - A avaliação dos especialistas é que Bernanke não trouxe nada além do que o mercado esperava: manutenção de juros baixos, a confirmação de que os EUA crescerão menos este ano por causa da crise europeia, e a prorrogação da chamada operação twist, o programa que busca reduzir os juros de longo prazo, que acabaria no fim do mês, foi estendido até o fim do ano. Ele também não deu qualquer sinalização sobre os próximos passos da autoridade monetária. Apenas reafirmou que o Fed está preparado para agir, se necessário. Entre as ações mais negociadas, Petrobras PN subiu 1,27%, para R$ 19,90 e Vale PNA ganhou 0,35%, a R$ 39,85.
A lista de maiores altas trouxe PDG Realty ON (6,17%, a R$ 3,78), LLX ON (6,06%, a R$ 2,45), Braskem PNA (3,35%, a R$ 12,62) e Brookfield ON (3,35%, a R$ 3,70). Na outra ponta, além de OGX, figuraram B2W (-3,30%, a R$ 6,14), CCR ON (-3,15%, a R$ 16,28) e Gerdau PN (-2,56%, a R$ 17,50).




Nova Iorque / EUA
Bolsas EUA recuam após medidas do Fed
Os índices S&P 500 e Dow Jones fecharam em leve baixa nos pregões de ontem, dia 20/6, após o Federal Reserve (banco central norte-americano) anunciar auxílio à economia dos Estados Unidos com medidas que corresponderam apenas em parte às expectativas do mercado. O Nasdaq ficou praticamente estável.
- O Dow Jones, referência da bolsa de Nova York, recuou 0,10%, para 12.824 pontos. 
- O Standard & Poor's 500 teve desvalorização de 0,17%, para 1.355 pontos. 
- O termômetro de tecnologia Nasdaq subiu 0,02%, para 2.930 pontos.


Análise 1 - As negociações evidenciaram volatilidade após o anúncio do Fed. Recuos aceleraram durante a entrevista coletiva com o presidente da instituição, Ben Bernanke, mas a maior parte das quedas foi anulada, com o Nasdaq fechando em leve alta. As ações avançaram recentemente impulsionadas por esperanças de que o Fed estenderia a Operação Twist, um programa de compra de bônus feito para reduzir as taxas de juros de longo prazo e estimular o crescimento. O desejo de mais medidas do Fed, porém, não se concretizou.


Análise 2 - Além disso, a autoridade monetária reduziu sua projeção econômica para este ano e diminuiu as estimativas para os próximos dois anos. Em conjunto, as decisões do Fed fizeram alguns investidores questionar por que a instituição não indicou uma terceira rodada de "quantitative easing", conhecida como QE3. "A onda de vendas de curto prazo foi instigada pela possibilidade de que a QE3 não esteja em um futuro próximo e pela frustração que isso gera", disse o administrador de portfólios do Stifel, Nicolaus & Co. Chad Morganlander.
"À luz das estimativas do Fed, que nos deixaram relativamente desapontados, esperávamos que o Federal Reserve fosse muito mais agressivo", adicionou.
Preocupações com o enfraquecimento da demanda foram refletidas na componente do Dow Jones Procter & Gamble, que reduziu suas previsões mais cedo nesta quarta-feira. A ação da maior fabricante de produtos domésticos do mundo recuou 2,9%, para US$ 60,39.
A Bed Bath & Beyond divulgou outra estimativa pessimista, projetando lucro aquém do esperado para o atual trimestre após o fechamento dos mercados. A ação da companhia caiu 10%, para US$ 66,25, no after-market.




Londres / Inglaterra
Bolsas europeias atingem maior valor em um mês
Ajudadas pela alta de papéis do setor bancário e pela expectativa de novas medidas de estímulo de bancos centrais, as Bolsas europeias fecharam em suas novas máximas em um mês nos pregões de ontem, dia 20/6.
- O índice FTSEurofirst 300, que reúne as principais ações europeias, fechou com alta de 0,43%, a 1.013 pontos.
- O Euro STOXX 50, que abrange as blue-chips - ações mais valiosas - do continente, também encerrou com alta de 0,43%, a 2.207 pontos.
- Em Londres, o índice Financial Times subiu 0,64%, a 5.622 pontos.
- Em Frankfurt, o índice DAX ganhou 0,45%, para 6.392 pontos.
- Em Paris, o índice CAC-40 cresceu 0,28%, a 3.126 pontos.
- Em Milão, o índice Ftse/Mib valorizou-se 2,13%, a 13.732 pontos.
- Em Madri, o índice Ibex-35 teve alta de 1,53%, a 6.796 pontos.
- Em Lisboa, o índice PSI20 subiu 1,36%, a 4.678 pontos.


Análise - As ações do setor financeiro estiveram entre as de melhor desempenho nas Bolsas europeias, com o índice bancário STOXX 600 subindo 1,51%. "Tem sido sensível aos investidores a compra de ativos durante os últimos tempos de incerteza, porque está claro que os bancos centrais estão se preparando para ajudar os mercados", diz David Miller, sócio da Cheviot Asset Management, que administra cerca de 3,8 bilhões de libras em ativos.




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MERCADO FINANCEIRO


São Paulo / SP
Internauta desistiria de banco se agência fosse fechada
Apesar de a internet ser o principal canal para realização de operações bancárias e o celular ser apontado como o futuro para o setor, os usuários brasileiros abandonariam seus bancos caso as agências fossem fechadas.
A conclusão é da pesquisa mundial da Cisco, divulgada na Ciab (maior congresso de automação bancária da América Latina). O estudo "Banco Multicanal" ouviu 5.300 pessoas de oito países sobre como se comportam em relação à utilização de serviços bancários em canais como a internet, em sites móveis e aplicativos e nas agências bancárias.
Foram ouvidos 600 brasileiros, representativos do universo da população bancária, além de respeitar a proporção de clientes entre os bancos.
Segundo a Febraban, de um total de 98 milhões, 42 milhões estavam conectadas ao internet banking e 3,3 milhões, ao mobile banking, em 2011. Este canal será tão relevante quanto o web em cinco anos, apostam os bancos.


Apesar disso, de acordo com a Cisco, 13% dos clientes deixariam os bancos caso as agências bancárias fossem fechadas. E 80% deles são usuários dos canais virtuais (internet e mobile). "O cliente gosta de sentir que tem um lugar onde pode ir se alguma coisa dar errado e onde pode tirar dúvida mais complexas", explica Paulo Abreu, diretor de estratégia da Cisco. "Vai haver uma redefinicação no papel das agências." A maioria dos clientes (92%) afirmaram ter interesse em agências bancárias que ampliem serviços financeiros e de assessoria.


A Cisco elencou 17 serviços para os entrevistados apontarem quais seriam os mais úteis. As opções iam de possibilidades irreais como serviços de fotocópia e internet café até alguns já ofertados, como o de concierge, em que os bancos auxiliam os clientes na escolha de restaurantes e hotéis.
No entanto, o mais citados foram ajuda com impostos (28%), como na declaração do Imposto de Renda; educação financeira (27%); cartório (27%) e serviços advocatícios (24%).


O apego às agências é ainda mais significativo no país, dada a preferência do brasileiro pela internet: 82% preferem pagar dívidas, gerenciar a conta corrente e verificar extratos pela web. Com isso, o Brasil fica à frente de emergentes (China e México), e de desenvolvidos (EUA, Alemanha, Reino Unido, Canadá e França), onde os 70% e 77% dos usuários preferem a internet, respectivamente.


Alguns serviços feitos pelos canais virtuais ainda tem espaço para crescer como o de pedido de empréstimo e contratação de seguros. Isso não ocorre por conta da internet lenta, da preocupação com segurança e por nem todo mundo ter smartphones, que tornam a navegação melhor, segundo Abreu.
Mesmo com a maioria dos usuários migrando para o mundo digital e móvel, os bancos não apostam no fim das agências. "Não vejo a interação [dos bancos] com os clientes sendo feita toda remotamente", disse Roberto Egydio Setúbal, presidente do Itaú Unibanco, durante palestra no Ciab. Em 2011, o número de agências bancárias cresceu 7%, para 21,3 mil. Se pudessem, no entanto, os clientes adotariam outros meios de comunicação com os bancos que os afastariam das agências: um terço dos brasileiros acreditam que a consulta a especialistas bancários por videoconferência melhora a assessoria financeira.
(Agência Folha)




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INDÚSTRIA


São Paulo / SP
Procter & Gamble revê crescimento com desaceleração da China
A desaceleração do crescimento na China e os problemas na Europa e nos EUA levaram a Procter & Gamble a reduzir sua previsão de crescimento, com a expectativa de alta nas vendas entre 2% e 3% no trimestre até junho, contra previsão de cerca de 4% a 5% anterior. O anúncio feito nesta quarta-feira também citou um programa de corte de custos de US$ 10 bilhões que a empresa levará adiante.
A P&G, maior fabricante mundial de produtos de utilidade doméstica, disse que o dólar forte e os maiores preços das commodities também afetaram o crescimento, e que a empresa lutou para elevar o lucro operacional nos últimos três anos. A companhia também passou a priorizar suas operações internas, com o presidente-executivo, Bob McDonald, afirmando a investidores em uma conferência em Paris que a empresa ajustará a estratégia para focar em grandes mercados e novos produtos.
Ele disse que o desempenho em mercados desenvolvidos, responsáveis por 60% das vendas, caiu de forma significativa, enquanto em mercados emergentes a empresa cortou preços (Venezuela) e viu uma freada das importações (Argentina). McDonald disse que levará tempo para reverter a tendência negativa e que espera melhora no próximo ano fiscal, que começa no dia primeiro de julho. (Agência Folha)




São Paulo / SP
AMD mantém expectativa de crescer 70% no Brasil até 2014
A fabricante de chips AMD mantém a expectativa de crescer seu faturamento em 70% no Brasil até 2014, segundo o gerente-geral da AMD Brasil e vice-presidente da AMD América Latina, Ronaldo Miranda. "De 2010 a 2011 nosso faturamento cresceu 37%. A gente teve como foco um incremento nos resultados. Temos a meta de crescer [de 2011] até 2014 em 70%", afirmou durante coletiva de imprensa realizada ontem, dia 20/6. "No primeiro ano tínhamos espaço para ocupar, obviamente nossso concorrente já começou a se posicionar, mas a gente tem oportunidades de mercado. O mercado tem muita demanda." O executivo citou dados do instituto de pesquisas GFK, de abril de 2011 ao mesmo mês de 2012, durante os quais a AMD dobrou sua participação de mercado nas vendas de equipamentos no varejo brasileiro, concentrando 27% da comercialização de notebooks. Em abril do ano passado, a empresa tinha uma fatia de 11%. Nesta quarta, a empresa anunciou o lançamento da segunda geração de processadores acelerados, com os quais pretende expandir seu mercado para setores mais rentáveis. A AMD é dona das marcas Phenom e Athlon, além dos chips gráficos Radeon, da sua subsidiária ATI.
(Agência Reuters)




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AGROBUSINESS


Da redação - Rio de Janeiro / RJ
CNA encaminha à presidente da república propostas do setor rural para a RIO+20
A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, encaminhou à presidente da República, Dilma Rousseff, uma carta que reúne as propostas da CNA para os chefes de Estado que participam da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. O documento, entregue pela presidente da CNA à ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, que visitou, ontem (19/6), o Espaço AgroBrasil,  liderado pela CNA, no Pier Mauá, um dos locais oficiais da Rio+20.
No documento, a CNA lembra que o setor rural vem respondendo com rapidez e eficiência às demandas contemporâneas por desenvolvimento sustentável. “Dentro do princípio de que meio ambiente é ciência e compromisso, e não ideologia, seguem propostas do setor rural para contribuir para a riqueza e objetividade do debate”, afirmou, no documento, a senadora Kátia Abreu.
Abaixo, a íntegra das propostas da CNA para a Rio+20. 


Propostas da CNA para os Chefes de Estado e à Conferência Rio + 20
Dentro do princípio de que meio ambiente é ciência e compromisso – e não ideologia -, a Confederação da Agricultura e da Pecuária do Brasil (CNA) traz a esta Conferência as propostas a seguir relacionadas, no intuito de contribuir para a riqueza e objetividade do presente debate.
O setor rural - que tem na natureza sua fonte de sustento e conhecimento - vem respondendo com rapidez e eficiência às demandas contemporâneas por desenvolvimento sustentável. 
Por isso, a partir do Documento de Posição do Setor Agropecuário, hoje divulgado – e que segue em anexo -, sente-se no dever de encaminhar ao exame dos Chefes de Estado, que conferem dimensão histórica a esta Rio + 20, a presente contribuição.


1. Amazônia - Só a tecnologia pode garantir o desmatamento zero na Amazônia. Grande parte do que até aqui ocorreu na região decorre da precariedade de meios que ainda predomina. Com baixa rentabilidade do sistema produtivo, que impede a aquisição de tecnologia, esse quadro tende a se perpetuar, mantendo tensão constante entre produção e floresta. A situação afeta, sobretudo, os pequenos e médios produtores rurais.


2. Serviços ambientais - O passivo ambiental é fruto do descaso e despreparo das gerações que nos precederam e nos legaram os desafios presentes. Não é justo que esta geração arque sozinha com uma conta histórica, impagável de uma só vez. Portanto, os governos precisam encontrar mecanismos de atenuar os custos presentes, diluindo-os no tempo.
Os países ricos foram beneficiários do desenvolvimento sem as regras e amarras que hoje pesam sobre os países de desenvolvimento tardio. É justo que contribuam pelos benefícios ambientais que recebem gratuitamente desses países.


3. Redução de Emissões - A CNA está lançando uma ferramenta eletrônica para dar suporte ao processo de remuneração do produtor rural pela redução de emissões de carbono e gases de efeito estufa. Trata-se da organização do Mercado Agropecuário de Redução de Emissões (MARE), contribuição valiosa para a defesa do meio ambiente. Propicia justa remuneração aos que o preservam e um mecanismo de compensação para aqueles que não podem, no curto prazo, reduzir suas emissões.


4. APP Global - A CNA, Embrapa e a Agência Nacional de Águas (ANA) lançaram proposta de universalizar o princípio da Área de Proteção Permanente (APP) nas nascentes, margens de rios e áreas de recarga de aquíferos subterrâneos, como forma de proteger a integridade dos cursos d’água. No Brasil, APP é lei. Sendo um conceito universal, benéfico aos rios de todo o planeta, deve ser estudado e aplicado conforme as peculiaridades de cada país. 


5. Fundos para terra degradada - Nenhum produtor é inimigo de sua própria terra. Degradação é fruto da pobreza. É a tecnologia que gera a prosperidade. Daí a necessidade de integrar ecologia à economia, sem transformar a defesa ambiental num tribunal. A prioridade não pode ser punir, mas instruir e viabilizar a recomposição, por meio de pesquisa, financiamento e incentivos ao uso de tecnologia. 


6. Extensão Rural - Os insumos tecnológicos agropecuários precisam ser democraticamente disseminados. Essa é a grande revolução agrícola que a humanidade carece: a distribuição do conhecimento, fonte maior da prosperidade e justiça social.


7. Assimetrias - É preciso reduzir as assimetrias de regulamentação ambiental entre as nações, sem ferir o princípio da soberania. Para isso, fazem-se necessárias conferências internacionais como esta, com efetivo apoio dos governos.
(Fonte: ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA CNA)




Da redação - São Paulo / SP
Baixa de preço do milho é neutralizada pela alta do farelo de soja 
Aparentemente pela primeira vez na história, nos últimos oito dias de negócios (isto é, desde segunda-feira retrasada, 11), o farelo de soja vem sendo comercializado por valor superior a R$ 1 mil por tonelada. Na última terça-feira, por exemplo, alcançou R$1,055 mil/t, valor que corresponde a um aumento de 78% sobre a média registrada no mesmo mês do ano passado (R$592/t em junho de 2011). Naturalmente, esse comportamento neutraliza, de forma radical, o recuo de preços do milho que, no mesmo espaço de tempo, teve queda de 22%. O efeito prático do desempenho de mercado dessas duas matérias-primas na produção do frango pode ser avaliado pelo gráfico inferior. Um “pacote” contendo três quilos de milho e um quilo de farelo de soja (aproximadamente, mesma relação - 3:1 - observada na ração para frangos) alcança agora valor muito próximo do recorde registrado em fevereiro de 2011. A diferença é que, lá, os preços extremos eram devidos essencialmente ao milho – algo que não tem o menor significado para o produtor, que continua enfrentando custos elevados, sem a recíproca da justa remuneração. Aliás, a situação hoje é pior que a de fevereiro de 2011, pois, naquele mês, o frango vivo alcançou preço médio que superou os R$2,00/kg. Hoje sequer chega, na média, a R$1,83/kg.


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SETOR AUTOMOTIVO


Tóquio / Japão
Nissan reduzirá capacidade produtiva em 15% no Japão
A montadora japonesa Nissan reduzirá a capacidade produtiva no Japão em 15% no mês que vem, passando de 1,35 milhão para 1,15 milhão de veículos, noticiou o jornal de economia Nikkei. A empresa, porém, planeja aumentar em 2% a produção no ano de 2012, para 1,22 milhão de unidades. Como parte dos cortes, a empresa suspenderá duas linhas de produção da importante unidade de Oppama, em Kanagawa, segundo o jornal. A montadora disse que não fará cortes de postos de trabalho como parte da redução. A concorrente Toyota reduzirá a capacidade produtiva no Japão em mais de 10%, segundo o Nikkei tinha noticiado na terça-feira, dia 19/6. (Agência Reuters)




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COMÉRCIO EXTERIOR


São Paulo / SP
eBay culpa Receita por atraso em entregas
A demora na entrega de encomendas a clientes brasileiros fez com que o eBay, um dos maiores sites de venda do mundo, enviasse ontem um comunicado culpando a aduana brasileira pelos atrasos. Desde março, a Receita Federal aumentou a fiscalização de pacotes vindos do exterior --principalmente Estados Unidos e China -, que passam agora por um pente-fino. Segundo o fisco, que não detalhou os dados, também houve um aumento no número de encomendas. Consumidores que compram em sites como o eBay, Amazon e Deal Extreme relatam atrasos de até quatro meses na entrega de suas encomendas. Compras de empresas também foram afetadas.
A greve dos servidores da Receita agravou a situação. Desde maio, eles vêm fazendo paralisações pontuais e, na segunda-feira, anunciaram o início de uma operação-padrão que atingirá principalmente cargas. Segundo o Sindifisco (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais), a paralisação já provoca filas nos postos. No porto seco de Foz do Iguaçu, que tem capacidade para 730 caminhões, havia 923 veículos na manhã desta quarta-feira, de acordo com o sindicato.


FISCALIZAÇÃO
A Receita definiu a Operação Maré Vermelha como a maior já realizada contra fraudes no comércio exterior. Ela começou em março - quando o dólar estava em queda, estimulando compras no exterior. Segundo o órgão, a operação prevê que todas as mercadorias passem por scanner. As sujeitas a tributação ficam retidas por até 90 dias aguardando procedimentos de outros órgãos, como Correios e Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Para José Augusto de Castro, diretor da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil), o governo está fazendo política contra importações por meio da aduana. "O governo acompanha a balança comercial com lupa. Com o preço das commodities em baixa, ele não pode fazer nada na exportação, então tenta segurar a importação para manter o superavit comercial", afirmou.
O advogado Felippe Breda, especialista em direito aduaneiro do escritório Emerenciano, Baggio e Associados, recomenda que as empresas recorram à Justiça para ter suas mercadorias liberadas.




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TI, WEB e e-COMMERCE


Nova Iorque / EUA
Twitter deve abrir escritório no Brasil ainda em 2012
Depois de Facebook e LinkedIn abrirem escritórios no Brasil e de o Tumblr demonstrar seu interesse, chega a vez de o Twitter anunciar que abrirá uma filial brasileira ainda neste ano. Conforme relata o jornal "Financial Times", a empresa dona do microblog deve ter uma sede já no final deste ano e deve ter parceria com a agência de comunicação IMS - que também atende Adobe e Linksys. Segundo a reportagem, o Twitter mira o Brasil pelo fato de o país sediar os próximos grandes eventos esportivos, em 2014 e 2016. O escritório controlaria as operações da América Latina. O objetivo é aumentar a renda oriunda de publicidade conseguida pelo Twitter na região.
Nesta semana, o presidente-executivo do Twitter, Dick Costolo, deve ser laureado como "pessoa do ano" durante o festival de publicidade Cannes Lions, o mais importante encontro de publicitários do mundo.
Ainda segundo o jornal, o Twitter deve abrir escritórios também em Alemanha, Espanha, França, Itália e Holanda. Fundado em San Francisco, o Twitter tem por volta de 900 funcionários em todo o mundo, divididos entre os escritórios de Londres, Dublin (Irlanda), Tóquio e San Francisco. O microblog tem cerca de 140 milhões de usuários. (Agência EFE)




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INFRAESTRUTURA e LOGÍSTICA


São Paulo / SP
Avianca Brasil eleva investimentos em 8% até 2016
A companhia aérea Avianca Brasil anunciou ontem, dia 20/6, que elevou seu plano de investimentos no país, de R$ 2,7 bilhões para cerca de R$ 2,9 bilhões até 2016, aumentando a programação de crescimento de sua frota este ano num momento em que está sendo forçada a ceder passageiros a rivais por causa do alto nível de ocupação de seus aviões. O movimento vai contra estratégias adotadas pelas líderes TAM e Gol, que estão enxugando a oferta de assentos para melhorar a rentabilidade em meio a uma alta nos custos com combustível e à desaceleração da demanda doméstica frente a anos anteriores.


A Avianca Brasil é controlada pelo grupo brasileiro Synergy e ocupa a quinta posição em participação de mercado no país. A empresa elevou de 5 para 8 o número de aviões que pretende incorporar à sua frota este ano. A companhia havia feito um pedido de 15 Airbus A318 em 2011 e o plano original previa recebimento de 5 unidades este ano e outras 5 em 2013, após entrega de 5 no ano passado. Mas, diante da taxa de ocupação média de cerca de 80% de seus aviões, a empresa resolveu adicionar mais 3 aviões à programação deste ano, sendo 1 A319 e 2 A320. Com isso, a frota da empresa, que afirma oferecer o maior espaço entre poltronas do mercado brasileiro e refeições gratuitas em voos, vai passar de 26 para 34 aviões em 2012, incluindo 14 Fokker MK28.


As três aeronaves adicionais fazem parte de pedido de 24 aviões feito pelo grupo Synergy no ano passado e que têm entregas previstas para até 2017, disse o presidente da Avianca Brasil, José Efromovich. "No início deste ano ainda não tínhamos certeza (sobre o incremento nos planos de frota), mas no meio do ano surgiu a possibilidade de alocar esses aviões para o Brasil", disse Efromovich.


Além da Avianca Brasil, o grupo Synergy detém o controle da aérea latino-americana AviancaTaca, que em 2011 fez pedido de 51 aeronaves junto à Airbus. "Temos certeza hoje que estamos tendo um 'spill' (excesso de passageiros ante a oferta de assentos) muito maior do que a indústria. Isso é gente que gostaria de voar com a gente, mas que não está podendo", acrescentou o Efromovich, citando que os voos da empresa na ponte aérea Rio de Janeiro-São Paulo estão operando com uma taxa de ocupação média de 90%.


Os novos aviões vão reforçar a atual malha da companhia aérea, o que inclui oferta de voos para Maceió, até agora única capital do Nordeste não atendida pela empresa, a partir de setembro. "Pretendemos interligar com voos diretos as cidades atendidas pela empresa", disse o executivo. Segundo Efromovich, o restante do pedido de aviões da Synergy pode ser guiado para o Brasil, dependendo do crescimento da Avianca Brasil.


Entre 2008, quando começou a reestruturação da Avianca no Brasil, e 2011, o faturamento da empresa passou de R$ 392 milhões para R$ 876 milhões. Efromovich evitou fazer projeção para 2012, mas citou que a empresa pretende transportar 5,2 milhões de passageiros este ano, ante 3,3 milhões em 2011, um crescimento de 57%. O executivo afirmou que a Avianca Brasil, que vem apresentando resultados negativos desde 2008, tem "expectativa de estar muito próxima do equilíbrio financeiro", mas não citou quando isso pode ocorrer.


PARCERIAS - Além do aumento na frota, a Avianca Brasil anunciou parceria com a empresa de locação de veículos norte-americana Hertz para concessão de descontos aos passageiros da companhia aérea. Efromovich afirmou que a parceria com a Hertz é a "primeira de muitas" que a empresa pretende firmar.
O executivo comentou que a Avianca Brasil manterá por pelo menos mais um ano o programa de fidelidade "Amigo" da companhia, apesar da AviancaTaca anunciar na quinta-feira o ingresso na aliança internacional Star Alliance.
"A infraestrutura de TI (tecnologia da informação) no Brasil ainda não está pronta. Isso exige muito investimento e tempo para implementar", disse Efromovich. Ele acrescentou que a empresa, por ser independente da AviancaTaca, não "tem obrigatoriedade" de se juntar à Star Alliance se optar por seguir uma aliança internacional.
Atualmente o programa Amigo tem 1,3 milhão de membros e a expectativa da empresa é chegar aos 2 milhões até o fim do ano.
Efromovich afirmou ainda que a companhia irá avaliar os números da aérea portuguesa TAP quando o governo de Lisboa definir o calendário de privatização da empresa. "Quando ela apresentar os números, nós vamos ver (os dados) como qualquer grupo que participa do mercado de aviação comercial olharia (...) Não somos maior pretendente e nem estamos loucos para comprar alguma empresa", disse o executivo. (Agência Reuters)




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TURISMO e GASTRONOMIA


Da redação - São Paulo / SP
Bar Espírito Santo marca história no Itaim
O Bar espírito Santo é um recanto que já se tornou tradicional no bairro do Itaim Bibi. Um ambiente informal que tem por costume receber os clientes que conquistou ao longo de seus quase 15 anos de história para um bom Happy Hour regado a um cremoso chopp na temperatura ideal. E não há item melhor no cardápio para acompanhar esta cervejinha do que o tradicionalíssimo bolinho de bacalhau português, que tem fartura em seu recheio e combina muito bem com a pimenta artesanal genuinamente brasileira.
A mistura luso-brasileira pode ser apreciada no cardápio e no ambiente. O sabor da terrinha vem com a variedade imensa de pratos compostos por bacalhau, a descontração e alegria são percebidas com a relação amigável dos funcionários e atendentes com todos os frequentadores, sem deixar a cordialidade e a atenção de lado.
Um bar com pratos de restaurante. Esta é a impressão que temos quando pedimos uma das diversas opções que se encontram no cardápio. Segundo Renato Costa, sócio do bar, um dos principais pratos pedidos por clientes é o Polvo à Lagareira, cozido e assado no azeite, batata cozida e páprica. “Este prato, inclusive, ganhou uma versão em bacalhau graças ao seu enorme sucesso”, afirma. Todas as delícias saem das mãos do chef Paulo Pereira Ramos. O cardápio ainda oferece mais opções “da terra” e “do mar”, como é categorizado no menu.
Os pratos de Ramos ainda podem ser combinados com um dos mais de 160 rótulos de vinho que estão na adega da casa, que fica à vista do público, revelando a imensa variedade e preocupação no armazenamento da bebida. A adega é cuidada pelos sommeliers Joelma Rodrigues e Eduardo Silvestre, que também se encarregam do atendimento e sugestão para harmonização com os pratos. Mas ainda é possível curtir os pratos da casa com uma caipirinha ou algum dos diversos drinks oferecidos na carta de bebidas.
Já os doces portugueses são produzidos por quituteiras de mãos cheias. Guarde um espaço no estômago para a sobremesa. Não deixe de experimentar o Pastel de Belém, fabricado por um casal de senhores que mantêm a receita guardada a sete chaves. Mas há ainda o Toucinho do Céu, o Pastel de Claras e tantas outras delícias que merecem ser experimentadas uma a uma, numa incrível sequencia que você define a ordem.
A casa conta com mesinhas na parte externa que permitem um clima ainda mais descontraído e charmoso. É possível apreciar até mesmo o clima das noites mais frias. Durante o inverno, mantinhas personalizadas são disponibilizadas para os clientes para se aquecerem de maneira charmosa. Internamente, detalhes como azulejos pintados e fotos de Portugal nos ajudam a viajar até o outro lado do Atlântico. Acima do bar, a lousa com itens do cardápio escritos em giz nos faz ter certeza de que estamos à vontade.

Bar Espírito Santo
Av. Horácio Lafer, 634
2ª feira – das 12h00 às 15h00 e das 17h30 às 00h00
3ª a 5ª feira – das 12h00 às 15h00 e das 17h30 à 01h00
6ª feira e sábados – das 12h00 à 01h00
Domingos e feriados – das 12h00 às 23h00
Informações e reservas: 3078-7748
www.barespiritosanto.com.br




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MERCADO DE LUXO


Da redação - Paris / França (Jean Pierre Sorteaux, correspondente i-press.biz)
Nokia fecha negociação da Vertu
Depois do anúncio recente de que a Nokia pretendia vender sua linha de luxo Vertu, muitas empresas entraram na briga para decidir quem agregaria a marca ao seu portfólio. (LEIA NA ÍNTEGRA)         




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MÍDIA e MKT


Cannes / França
Brasil conquista 68 Leões e deve bater recorde em Cannes
As agências brasileiras de publicidade caminham para bater o recorde de Leões no Festival Internacional de Criatividade de Cannes. O país conquistou 68 estatuetas nas 11 categorias cujos resultados já foram divulgados, ante 66 em 2011. Ao todo, são 15 categorias. O resultado das últimas categorias será conhecido no sábado, no encerramento do festival, na Riviera Francesa.
Mas não é apenas em números que o Brasil se destaca. A qualidade dos Leões também melhorou. "Estamos ganhando mais Leões com grandes marcas", diz o diretor de criação da JWT, Ricardo John. Entre os grandes anunciantes cujas campanhas foram premiadas neste ano estão Coca-Cola e Hellmann's (agência Ogilvy) e Bradesco Seguros (AlmapBBDO).


FANTASMAS
O Brasil é notório por criar campanhas de olho nos prêmios, trabalhos conhecidos como "fantasmas", "paralelos" ou "proativos". São campanhas que surgem a partir de uma ideia genial, mas que não têm pai (anunciante). Para viabilizá-las, as agências procuram anunciantes menores que topam assumir a paternidade, mas sem pagar por isso. "O fantasma caminha para virar uma exceção. Mas hoje ainda é a regra", diz John.


No ano passado, o Brasil teve dois Leões cassados após a revelação de que as peças, criadas pela Moma para a montadora Kia, não tinham autorização do cliente. As duas categorias em que o Brasil mais se destaca são justamente aquelas em que é mais fácil e barato criar fantasmas: Outdoor e Impresso. Basta aluga um outdoor de uma cidade pequena ou comprar uma página em uma revista de baixa circulação. Para João Ciaco, diretor de Publicidade e Marketing da Fiat e que foi jurado em Cannes neste ano, as peças fantasmas "afetam a imagem do Brasil". "Cannes é um festival que premia a criatividade, mas não é festival de arte. É injusto comparar produções comerciais, que estão sujeitas a barreiras naturais do mundo comercial, com peças que não tenham limitações."


Ele diz que o festival tem se esforçado para coibir esse tipo de inscrição.
A publicitária Fernanda Romano, sócia da agência inglesa Naked e que fez carreira fora do país, diz que esse é um problema sério, mas que não é limitado ao Brasil. África do Sul, China e outros países asiáticos também fazem. Apesar de acreditar que a prática afeta a imagem do Brasil, ela diz que o país ainda é visto como celeiro de talentos. "Todos querem contratar brasileiros. É como no futebol. Falam mal, mas, na hora em que o Brasil vai jogar, param para assistir."


GRAN PRIX
O principal prêmio brasileiro ontem foi um Grand Prix em Rádio para a Talent, que criou a "Rádio Repelente" para a revista GoOutside.
O rádio foi transformado em repelente com a inserção de um sinal de 15kHz na programação. O sinal é imperceptível para humanos, mas é capaz de repelir insetos.




PRÊMIOS CONQUISTADOS PELO BRASIL EM CANNES


Segunda-feira:
Categoria Promo & Activation - 8 Leões
Categoria Direct - 5 Leões


Terça-feira:
Categoria Outdoor - 16 Leões
Categoria Mobile - 3 Leões
Categoria Media - 4 Leões


Quarta-feira:
Categoria Radio - 5 Leões
Categoria Cyber - 3 Leões
Categoria Design - 6 Leões
Categoria Press - 18 Leões






Da redação - São Paulo / SP
Lucro do grupo "Economist" cresce 8,7% em um ano
O grupo que edita a revista "Economist" registrou lucro de £ 64,4 milhões (R$ 207,7 milhões) no lucro antes de impostos no período de 12 meses encerrado em 31 de março. O número representa um avanço de 8,7 % em relação ao mês anterior. As receitas do grupo subiram 4%, para £ 361,8 milhões (R$ 1,163 bilhão), na mesma comparação. A revista atingiu a maior circulação em março, com total de 1,624 milhão de exemplares - 123 mil na versão digital e o restante impresso. A receita de circulação cresceu 6% nos produtos do grupo, enquanto o faturamento com publicidade avançou 2%. A receita de anúncios virtuais subiu 25% no período. "É muito reconfortante que mesmo nestes dias difíceis cada vez mais pessoas querem nos ler. Esperamos que nos leiam cada vez mais nos dispositivos móveis, mas o nosso papel principal continua o mesmo: de ser interessante, de entreter, informar e provocar", afirmou o diretor de redação da "Economist", John Micklethwait.







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