Edição 695 | Ano IV

Paris | França
'Temos de estar preparados para saída grega', afirmou Lagarde
 

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, disse ontem, dia 15/5, que é importante estar tecnicamente preparado para a possibilidade de a Grécia deixar a zona do euro, alertando que essa saída geraria "muita bagunça". Perguntada em entrevista ao canal de TV France 24 se a Grécia poderia deixar a zona do euro, ela respondeu: "Nós certamente não esperamos, pelo ponto de vista do FMI. Mas nós temos de estar tecnicamente preparados para tudo." Lagarde afirmou também que o Banco Central Europeu (BCE) tinha margem de manobra sobre taxas de juros e que poderia usá-la. Antes de uma importante reunião entre o novo presidente da França, François Hollande, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, em Berlim nesta terça-feira para discutir os pedidos do francês para amenizar a austeridade na Europa, Lagarde expressou confiança de que os dois países chegarão a um acordo. "Austeridade e crescimento não são mutuamente exclusivos e eles precisam ser desenvolvidos em conjunto", disse Lagarde. (Agência Reuters)




São Paulo|SP e Rio de Janeiro|RJ
Prejuízo das empresas de Eike triplica e chega a R$ 180 milhões no trimestre
 

As empresas do bilionário Eike Batista com ações na Bolsa de Valores quase triplicaram o prejuízo no 1º trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, segundo levantamento da consultoria Economatica. O prejuízo líquido das empresas de Eike foi de R$ 180,6 milhões no 1º trimestre, em comparação com R$ 64,1 milhões nos três primeiros meses do ano anterior. A OGX, empresa petrolífera do grupo EBX, foi a que registrou o maior prejuízo, com perdas de R$ 132,4 milhões no trimestre, quase quatro vezes mais do que em 2011 (quanto teve prejuízo de R$ R$ 33,9 milhões). A empresa de logística LLX aumentou quase sete vezes os prejuízos no 1º trimestre. Com perdas de R$ 7,9 milhões (contra R$ 1,179 no ano passado). As outras empresas do grupo que tiveram prejuízo no 1º trimestre do ano foram: MPX (R$ 77,5 milhões) e a PortX (R$ 22,7 milhões). 

Empresas de Eike que deram lucro - Por outro lado, a empresa do grupo que constrói plataformas de petróleo, OSX, teve lucro de R$ 10,5 milhões no 1º trimestre, revertendo um prejuízo de R$ 21,7 milhões no ano passado. Com um lucro quase 23% menor que no ano passado, a empresa de mineração MMX também ficou no azul, com lucro líquido de R$ 49,3 milhões no 1º trimestre (no ano passado, o lucro foi de R$ 63,8 milhões).

Lucro líquido no 1º tri em milhões de R$:
EMPRESA     LUCRO|2011 LUCRO|2012
LLX (logística)      -1,2         -7,9
MMX (mineração)    63,8       49,3
MPX (energia)       -57,7      -77,5
OGX (petróleo)     -33,9     -132,4
OSX (estaleiro)     -21,7        10,5
PortX (logística)    -13,4       -22,7
TOTAL                 -64,1     -180,6
(Fonte: Economática)



Da redação - Rio de Janeiro | RJ
Lucro da Petrobras cai 16% e fica em R$ 9,2 bilhões
A Petrobras registrou lucro líquido de R$ 9,214 bilhões no primeiro trimestre deste ano, o que representa uma queda de 16,1% frente ao resultado do mesmo período de 2011 - R$ 10,985 bilhões. Na comparação com o último trimestre, quando o desempenho havia sido afetado negativamente pelo câmbio e pela contenção de reajustes dos combustíveis, houve crescimento de 82%.
No primeiro trimestre, a receita de vendas da companhia subiu 22% na comparação com o primeiro trimestre de 2011, alcançando R$ 66,1 bilhões.
Já o Ebtida (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), que mede a geração de caixa, subiu 18% e atingiu R$ 16,5 bilhões.
Segundo o diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, o aumento do preço internacional do petróleo foi o principal responsável pela melhora de desempenho da companhia no primeiro trimestre, quando comparado com os três últimos meses de 2011.
No período, a cotação do óleo tipo brent (referência internacional) subiu de US$ 109 o barril no quarto trimestre para US$ 118 o barril --uma alta de 8,2%.
Tal benefício só foi absorvido pela companhia, porém, porque a empresa obteve o aval do governo para reajustar a gasolina (em 10%) e o diesel (2%) em novembro último.
Os preços mais altos praticados pela Petrobras compensaram o fato de a produção de óleo e gás da estatal ter se mantido prarticamente estagnada --de 2,670 milhões de barris/dia no quarto trimestre para 2,670 milhões.
Apesar dos preços maiores a partir de novembro, a estatal conseguiu ampliar suas vendas em 10% no primeiro trimestre na comparação com o mesmo período de 2011. "Vendemos mais e a preços maiores. Isso é em função do reajuste e da maior cotação do preço lá fora", disse Barbassa.

 
O déficit comercial da empresa - A Petrobras viu seu déficit comercial se ampliar no período devido à crescente necessidade de importar combustíveis para atender à alta do consumo doméstico. A balança comercial da estatal ficou negativa em US$ 1,069 bilhão nos três primeiros meses deste ano, contra US$ 931 milhões no mesmo período de 2011. As contas externas da estatal pioraram, apesar do aumento das exportações da companhia, que avançaram 13% graças especialmente ao aumento da vendas de óleo cru. Já as importações subiram 11,6%, em volume. Em valores, as compras no exterior somaram US$ 8,4 bilhões, ao passo que as exportações atingiram US$ 7,5 bilhões. Se o câmbio teve pouca influência no comércio exterior da estatal - cuja balança se moveu mais por conta da demanda doméstica em expansão -, a oscilação da moeda norte-americana teve papel de destaque no lucro da companhia. A estatal teve um ganho cambial menor sobre sua dívida - majoritariamente cotada em dólar -, o que gerou um resultado R$ 1,6 bilhão inferior ao do primeiro trimestre de 2011.  (Fonte: Assessoria de Imprensa da Petrobras)


____________________
MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)

HOJE – Fechamento das Bolsas Asiáticas e Abertura das Européias:


Tóquio|Japão e Londres|Inglaterra
Incertezas sobre a Grécia voltam a afetar bolsas europeias e asiáticas
A incerteza política na Grécia, um país afetado pela dívida e a recessão, derrubava as bolsas e o euro na manhã de hoje, dia 16
/5, e aumentava o temor de contágio para outros países da zona do euro. Todas as bolsas europeias operavam em baixa: 
- Londres perdia 0,89%.
- Frankfurt 0,84%.
- E a Bolsa de Paris 0,34%.
- Na Ásia, Tóquio perdeu 1,12%, Hong Kong cedeu 3,19% e Seul 3,08%.
O euro era negociado abaixo de 1,27 dólar pela primeira vez em quatro meses. Durante a manhã, a moeda de 17 países da zona do euro era negociada a US$ 1,2689.
Análise 1 - As incertezas provocaram o disparo do prêmio de risco (o risco país: diferencial com os bônus da Alemanha a 10 anos, considerados os mais seguros) dos países mais expostos. As taxas de juros da Espanha alcançaram 6,495%, e as da Itália se aproximavam de 6%, enquanto o rendimento do título alemão registrava um novo mínimo histórico, de 1,434%. O diferencial dos títulos da dívida da Espanha para os da Alemanha superou assim os 500 pontos básicos (5%), a 507.
A situação grega se agravou ontem, dia 15/5, com o fracasso das negociações para a formação de um governo de coalizão de socialistas e conservadores, partidários dos ajustes impostos pela União Europeia (UE), o Banco Central Europeu (BCE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Assim, o país voltará às urnas e, de acordo com as pesquisas, os partidos contrários à austeridade devem ganhar ainda mais força.
O eventual fim dos acordos com a Grécia poderia resultar na saída do país da Eurozona, incerteza que abala os mercados.
Mas o ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schauble, afirmou nesta quarta-feira que o programa de resgate em troca dos ajustes está fechado e que nenhuma força política grega pode sonhar em voltar a negociar suas condições.
"É um programa de ajuda preparado de forma minuciosa e não pode ser renegociado", declarou Schauble. "A Grécia deve estar preparada para aceitar a ajuda proposta e aqueles que vencerem as eleições deverão decidir se aceitam estas condições ou não", completou.

Análise 2 - A agência de classificação Moody's está a ponto de rebaixar "significativamente" as notas de 21 bancos da Espanha, informa o jornal econômico espanhol Expansión. "Fontes do setor bancário espanhol dão por certo que a agência reduzirá de forma significativa o rating de várias instituições, o que dificultará ainda mais o financiamento e elevará o custo exigido pelos investidores para emprestar dinheiro", afirma o jornal.
De acordo com o Expansión, o anúncio, que deve afetar 21 bancos, aconteceria no prazo de uma semana.
Na segunda-feira, dia 14/5, a agência reduziu as notas de 26 bancos italianos, incluindo os gigantes Unicredit e Intesa Sanpaolo, em até quatro graus.
Em mais uma notícia ruim para o setor bancário da Espanha, a ação do Bankia, quarto banco do país e recentemente nacionalizado em consequência da forte exposição a ativos podres, desabava nesta quarta-feira, depois do anúncio de que os resultados de 2011 podem ser alterados após uma auditoria.
A ação do Bankia perdia 9,56%, a 1,864 euro, durante a manhã na Bolsa de Madri.



ONTEM – Fechamento da Bovespa, NY e Europeias:
São Paulo | SP

Bovespa cai 2,26% e já acumula perdas no ano
O pessimismo com a Grécia mais uma vez contaminou os negócios na Bovespa e fez seu principal índice registrar a sexta queda seguida no pregão de ontem, dia 15/5, revertendo os ganhos que acumulava no ano, pressionado pelo tombo dos papéis de OGX e de construtoras.
- O Ibovespa encerrou o pregão em queda de 2,26%, a 56.237 pontos, menor patamar desde 19 de dezembro. Com isso, o índice reverteu os ganhos que acumulava no ano e agora registra queda de 0,9% em 2012. O giro financeiro do pregão foi de R$ 7,93 bilhões.
- O dólar comercial marca novo pregão de alta ante o real ao subir 0,6% e fecha a R$ 2,002, maior preço desde o começo de julho de 2009. No mês, o preço da moeda americana sobe 4,98% e em 2012 a valorização é de 7,12%.

Análise 1 - "Vimos hoje uma debandada, houve venda generalizada de ações, nitidamente com estrangeiros saindo de bolsa e buscando ativos mais seguros", disse Henrique Kleine, analista-chefe na corretora Magliano.
Após várias tentativas fracassadas para formar um governo de coalizão, a Grécia informou que vai realizar novas eleições, que devem ocorrer até meados de junho. Pesquisas de intenção de voto apontam para o partido radical de esquerda Syriza, que rejeita o pacote de resgate da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI), como provável vencedor do novo pleito.
"Mais do que a possibilidade da Grécia sair da zona do euro, o que seria ruim, a preocupação do mercado também é com um possível contágio para Espanha", afirmou William Alves, analista na XP Investimentos. "Com receio de um cenário que está se deteriorando, o mercado está vendendo ativos de risco."
O mau humor com a Grécia ofuscou a tentativa de recuperação esboçada pelos mercados no começo do dia, amparados na notícia de que a zona do euro conseguiu escapar de uma recessão, e em dados nos Estados Unidos, que apontaram para um crescimento continuado, embora mais lento.
Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones fechou em queda de 0,5%. Mais cedo, o principal índice dos mercados europeus encerrou em queda de 0,65%.
"Enquanto o cenário europeu não se definir, o cenário é de volatilidade para a bolsa, com tendência de curto prazo de baixa", afirmou Kleine.


Análise 2 - No plano corporativo doméstico, OGX tombou 7,82%, a R$ 12,03, e foi a maior pressão de baixa para o Ibovespa. A companhia de Eike Batista reportou prejuízo líquido de R$ 144,8 milhões no primeiro trimestre.
MRV Engenharia desabou 15,05%, a R$ 9,43, após a construtora e incorporadora ter informado queda de 23,9% no lucro líquido do primeiro trimestre, no ano a ano, abaixo das expectativas do mercado.
PDG Realty tombou 9,83%, a R$ 3,67, seguindo a divulgação de um lucro líquido de R$ 32,5 milhões no primeiro trimestre, sete vezes inferior ao apurado um ano antes e bem abaixo da previsão do mercado.
Dentre as blue chips, a preferencial da Vale caiu 0,43%, a R$ 37,20, enquanto a preferencial da Petrobras recuou 2,17%, a R$ 18,49. A petrolífera divulgará resultado trimestral nesta terça-feira.
Pela manhã, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, descartou um aumento nos preços da gasolina, possibilidade que vinha sendo cogitada em meio à valorização do barril de petróleo no mercado internacional. Em sentido oposto, a Marfrig foi a maior alta do índice, subindo 5,25%, a R$ 9,62, após alta do lucro no primeiro trimestre, a R$ 34,5 milhões.



Nova Iorque | EUA
Bolsas americanas fecham em baixa pela 3ª sessão seguida
As Bolsas de valores dos Estados Unidos fecharam os pregões de ontem, dia 15/5, em queda pelo oitavo pregão nos últimos dez, com a incerteza advinda dos impasses políticos na Grécia dando a investidores um motivo para ter uma atitude cautelosa ao comprar ações.
- O índice Dow Jones, referência da bolsa de Nova Iorque, recuou 0,50%, para 12.632 pontos. O índice Standard & Poor's 500 teve desvalorização de 0,57%, para 1.330 pontos. 

- O termômetro de tecnologia Nasdaq caiu 0,30%, para 2.893 pontos.
- O S&P 500 fechou em baixa pela terceira sessão seguida, enquanto as tentativas de formar um governo na Grécia se mostraram mal-sucedidas, levantando a possibilidade de uma rejeição dos termos de resgate da União Europeia ao país.
Análise - Após se mostrarem estáveis durante boa parte desta terça-feira, as ações recuaram mais perto do fim das negociações, na ausência de notícias positivas capazes de reverter o sentimento negativo.
"Aqueles que estavam esperando que os índices se recuperassem após as últimas oito sessões perderam a paciência, porque não há nada que indique mudança em um panorama amplo", disse o diretor administrativo do Knight Capital City, Peter Kenny.
As preocupações sobre a instabilidade na zona do euro e seus efeitos na economia global derrubaram os setores energético e de matérias-primas, com o petróleo norte-americano fechando em baixa pela terceira sessão seguida. O índice energético e o de matérias-primas da S&P caíram, ambos, 1,5%.
Balanços trimestrais impulsionaram a ação das redes de varejo TJX, que fechou em alta de 6,9%, a US$ 42,45, e Dick's Sporting Goods, que avançou 5,9%, para US$ 50,05. As vendas no varejo nos EUA cresceram 0,1% em abril, pouco abaixo do esperado. Entretanto, detalhes do relatório do Departamento do Comércio indicaram força subjacente e recuperação na atividade manufatureira no Estado de Nova York, acalmando as preocupações de que a economia está sofrendo desaceleração.



___________________
MERCADO FINANCEIRO


Lisboa | Portugal
Lucro do Banco Espírito Santo cai 84%
O Banco Espírito Santo (BES), que tem operações no Brasil, informou que seu lucro líquido caiu 84% no primeiro trimestre, para 11,6 milhões de euros, de 72,2 milhões de euros no mesmo período do ano anterior. A queda do lucro foi resultado da desaceleração econômica em Portugal que forçou o banco a reservar mais capital para cobrir as perdas com empréstimos. As ações do BES fecharam em queda de 4,55% na Bolsa de Lisboa. O BES afirmou que aumentou as provisões para cobrir perdas para 190,7 milhões de euros no primeiro trimestre, de 103,1 milhões de euros no mesmo período do ano passado. Até 31 de março deste ano, o BES tinha uma taxa de reserva de capital Core Tier 1 de 9,4%. O BES anunciou recentemente uma emissão de direitos de 1 bilhão de euros que, apesar de conter um forte desconto, ajudará o banco a se recapitalizar sem precisar de ajuda governamental. (Agências Lusa e Dow Jones)


__________
INDÚSTRIA


Rio de Janeiro | RJ
Thyssen estuda vender siderúrgica no Rio
A ThyssenKrupp anunciou ontem, dia 15/5, que examina "opções estratégicas em todas as direções" para a CSA (Companhia Siderúrgica do Atlântico), inaugurada em junho de 2010 no distrito industrial de Santa Cruz, na zona oeste do Rio.
Segundo a multinacional alemã, as opções podem incluir a formação de parcerias ou até mesmo a venda de sua participação de 73,13% na empresa - os outros 26,87% pertencem à Vale, que não comentou o assunto.
Ao comunicar a medida para o conselho de supervisão da Thyssen, o conselho executivo atribuiu a decisão à "mudança dos parâmetros econômicos" tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, onde as placas de aço produzidas pela CSA são processadas. A fábrica americana também terá seu destino avaliado.
A estratégia inicial da Thyssen era produzir as placas a baixo custo no Brasil e processá-las nos Estados Unidos para posterior venda no Nafta (Tratado de Livre Comércio da América do Norte).
De acordo com a empresa, porém, essa estratégia foi comprometida pelo aumento dos custos no Brasil e pela queda da demanda nos Estados Unidos por conta da crise econômica. "Os custos de produção no Brasil estão crescendo de forma desproporcional devido a custos trabalhistas crescentes, efeitos inflacionários e em particular pela apreciação da moeda", informou a empresa em comunicado, citando ainda a alta do preço do minério de ferro como fator preocupante. "Ao mesmo tempo, devido à baixa demanda, provavelmente só será possível alcançar prêmios sobre o preço no mercado americano, agora e no médio prazo, em setores e tipos específicos de aço", disse.
Além do cenário global desfavorável, a siderúrgica enfrenta ainda ações na Justiça do Rio. No ano passado, a empresa e seu diretor de sustentabilidade foram denunciados pelo Ministério Público por supostos crimes ambientais que resultaram na emissão de poeira de grafite na vizinhança.
Eles negam as acusações e afirmam que os padrões legais de qualidade do ar não foram desrespeitados. A empresa diz ainda ter feito investimentos para melhorar o desempenho e evitar novas emissões.
Os problemas judiciais e de imagem associados a essa ocorrência, porém, não foram citados pela Thyssen no comunicado sobre os motivos que levaram o conselho executivo a reavaliar sua participação na siderúrgica.
A companhia informou ainda que, a despeito da decisão de buscar opções para a empresa, continuará a investir na expansão da produção neste ano. No primeiro semestre fiscal, a CSA produziu 1,7 milhões de toneladas de placas de aço.
(Agência Folha)

_____________   
AGROBUSINESS


Brasília | DF
Brasil estima queda no valor da produção agrícola em 2012
O Valor Bruto da Produção (VBP) agrícola do Brasil foi estimado em R$ 211,2 bilhões em 2012, queda de mais de 2% na comparação com VBP de 2011, segundo previsão do Ministério da Agricultura divulgada ontem a tarde, dia 15/5.
Em 2011, o VBP (soma do valor das principais lavouras do país) ficou em R$ 216,26 registrados, segundo cálculos da Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura. O VBP é atualizado mensalmente.
Apesar da queda esperada para 2012, é o segundo maior valor desde 1997, quando os cálculos começaram a ser feitos. O valor bruto é obtido pelas informações de safra e dos preços, segundo o coordenador de Planejamento Estratégico do ministério, José Garcia Gasques.
Os principais destaques entre as safras foram o algodão, com alta de 30,4% no mês, seguido do milho, com alta de 16,4%, e a cana-de-açúcar, com ganho de 9,5%. "Esses resultados vem ocorrendo principalmente pelo aumento dos preços desses produtos", explicou Gasques em nota.
Segundo o ministério, a soja, com queda de 12,9%, sofreu devido aos problemas da seca no Sul, principalmente no Rio Grande do Sul e no Paraná, onde as reduções da produção foram acentuadas. Para o coordenador, o desempenho afeta os resultados obtidos com a venda da safra nas regiões que registraram irregularidades climáticas mais acentuadas. A queda do valor da produção de 20,3% na região, devido a esses resultados desfavoráveis, faz com que o ano de 2012 seja o primeiro no qual o valor da produção do Centro-Oeste supere o valor da região Sul. (Agência Reuters)


Da redação - Brasília | DF
Concentração de frigoríficos mobiliza criadores do MT e MS

Pecuaristas do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul se mobilizaram na segunda-feira, dia 14/5, em Campo Grande (MS), para buscar medidas de contenção ao processo de concentração da indústria frigorífica no País. Os criadores de bovinos estão preocupados com o esvaziamento da concorrência no setor, em que apenas três empresas controlam um quarto da capacidade de abates do País.
Os líderes do encontro, em carta, atribuíram à política de crédito do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) o principal motivo pelo fechamento de mais de dez frigoríficos de pequeno e médio portes, nos últimos três anos, e o avanço das grandes companhias do ramo em direção ao monopólio. Receberam apoio de pecuaristas do Pará e de São Paulo.
O movimento de concentração se intensificou nos últimos anos, principalmente no Mato Grosso, onde o grupo JBS, que recebeu pelo menos R$ 10 bilhões do BNDES, passou a deter 48% de participação de mercado, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Em 2009, a empresa tinha 14%.
O pecuarista Maurício Tonhá, do Vale do Araguaia (MT), disse que a região está "dominada pela JBS". Ele acusou a companhia de ter adquirido plantas frigoríficas de concorrentes apenas para desativá-las, concentrando a produção. De modo que, hoje, o criador do Vale do Araguaia está próximo de sete frigoríficos, dentre os quais, cinco pertencentes à JBS e quatro desativados (dois destes, de outras empresas). "As indústrias menores estão sendo agredidas, com apoio do BNDES", afirmou Tonhá. O financiamento público aos projetos de expansão dos grandes frigoríficos é alvo de críticas entre os pecuaristas. "Com isso, temos vendido um número maior de animais em pé. Todos temos sido pressionados pelo preço", afirmou Tonhá.
"O que está acontecendo é que estamos entrando num ciclo de baixa de preços", observou o especialista em pecuária da consultoria Scot, Alex Lopez Silva. "Mas há também uma questão simples de mercado: reduzindo a concorrência, fica mais fácil controlar os preços", reconheceu, em referência direta à concentração dos frigoríficos. "O problema é maior no norte do Mato Grosso", disse. Procurados pelo DCI, JBS e Marfrig preferiram não se pronunciar.
Dados da Scot indicam que a capacidade de abate da indústria frigorífica brasileira se concentra na mão de três companhias: JBS (16%), Marfrig (7,2%) e Minerva (2,8%). "Nos últimos dias, a JBS arrendou plantas em Rondônia e no Mato Grosso, e há especulação de novas compras planejadas", afirmou Silva.
"A concentração vem ocorrendo em todo o País", reforçou o gestor Carlos Garcia, do Imea. "No Mato Grosso, que tem o maior rebanho e o maior número de abates, percebe-se mais", completou. O estado tem um rebanho com 29,2 milhões de cabeças (quase 50% do contingente brasileiro) e 39 frigoríficos registrados (12 fora de atividade). "Houve grande expansão da capacidade frigorífica do estado, superando a oferta do rebanho, num movimento anterior a 2008", analisou Garcia.
No ano da crise mundial, enquanto a Sadia e a Perdigão se fundiam, tornando-se a BR Foods, com forte presença no Mato Grosso, a JBS iniciou sua própria expansão no estado. Com a aquisição de frigoríficos, que antes lideravam a produção regional, a companhia chegou ao topo do ranque e viu desaparecer alguns nomes de frigoríficos tradicionais, como Quatro Marcos.
Em 2009, a capacidade de abate da JBS havia chegado a 12,2 mil cabeças por dia. Três anos depois, está em 18,3 mil. A concorrência, nesse período, só fez diminuir-se. Mesmo grandes companhias, como a Marfrig e a BR Foods, se mantiveram estáveis em participação de mercado (10% cada). Das 19 plantas adquiridas pela JBS, 13 operam.
Para Silva, da Scot, dois fatores podem limitar a expansão das redes frigoríficas. O primeiro deles é o próprio governo, por meio do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O outro limitador é a própria ociosidade das plantas. Como apenas 20% do rebanho são destinados periodicamente ao abate, o excesso de plantas frigoríficas forçaria as empresas a manter partes operacionais inativas - o que, de certa forma, é feito pela JBS.


_________________
SETOR AUTOMOTIVO


Tóquio | Japão
Honda lança veículo que se move estimulado por movimento do corpo
A Honda apresentou ontem, em Tóquio, o Uni-Cub, veículo robótico desenvolvido para ser de mobilidade individual. A máquina tem sistema de locomoção que é estimulado pelos movimentos do corpo, podendo movimentar-se para qualquer direção, inclusive em círculo. Em material de divulgação, a companhia japonesa disse que o dispositivo lembra o "andar de uma pessoa" e é possível deslocar-se dentro de instalações confortavelmente. O aparelho pode alcançar velocidade máxima de 6 km/h e sua bateria, de íon-lítio, suporta até 6 km de rodagem com a carga completa. A utilização do veículo começa ainda este ano no Japão. (Agência EFE)


_________________
SERVIÇOS e VAREJO

Rio de Janeiro | RJ
Pão de Açúcar confirma notificação do Casino
O Grupo Pão de Açúcar confirmou ontem, dia 15/5, por meio de comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que recebeu na segunda-feira notificação do Casino Guichard-Perrachon sobre a decisão de nomear Jean Charles Naouri, presidente do conselho de administração da Wilkes, controladora do GPA.
Na noite de segunda-feira o empresário Abílio Diniz, presidente do conselho de administração do GPA, havia negado o recebimento da correspondência e, de acordo com a assessoria de imprensa pessoal, ele não se pronunciaria sobre o assunto até ser notificado oficialmente. Jean Charles Naouri é o presidente do conselho de administração da rede francesa e sócio de Abílio Diniz na Wilkes.
Com a eleição do empresário franceses para comandar o conselho da Wilkes, a ser realizada em assembleia geral programada para ocorrer em 22 de junho, haverá uma mudança na estrutura societária do GPA, de acordo com a qual o Casino se tornará o seu único acionista controlador. (Agência Estado)

___________________
TI, WEB e e-COMMERCE

São Francisco | EUA
AMD lança família de chips Trinity para concorrer com Ivy Bridge, da Intel
A AMD lançou oficialmente ontem, dia 15/5, a segunda geração da sua série A de processadores, que deve competir com os chips Ivy Bridge, da Intel, e chegará ao mercado americano em junho, em notebooks com preço a partir de US$ 600.
A empresa afirma que os notebooks equipados com a nova versão de processadores, de codinome Trinity, terão preço mais baixo e melhor desempenho em games que os futuros ultrabooks, laptops com chip da Intel e baixa espessura.
O presidente-executivo da AMD, Rory Read, afirmou à agência Reuters que os notebooks com Trinity devem ser lançados na faixa dos US$ 600 - abaixo dos US$ 750 dos futuros ultrabooks. "Parece que temos uma oportunidade de roubar mercado", disse Read. "Eles não perceberam qual era o ponto [de preço] verdadeiramente favorável."
No press release divulgado pela AMD, a empresa divide a seção M (móvel) da família em duas subcategorias: processadores para notebooks convencionais e os destinados a notebooks ultrafinos. Na primeira subcategoria, estão os modelos A10-4600M (2,3 GHz, núcleo quádruplo), A8-4500M (1,9 GHz, núcleo quádruplo) e A6-4400M (2,7 GHz, núcleo duplo). Na segunda, são listados os processadores A10-4655M (2 GHz, núcleo quádruplo) e A6-4400M (2,7 GHz, núcleo duplo).
Um dos responsáveis pelo marketing da AMD, Sasa Markinkovic, enalteceu os novos processadores em entrevista à BBC. (Agência EFE)


__________________________
INFRAESTRUTURA e LOGÍSTICA


São Paulo | SP
Lucro da JSL dispara e chega a R$ 29,7 milhões
A operadora logística JSL encerrou o primeiro trimestre com lucro líquido recorrente de R$ 29,7 milhões, crescimento de 93,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Se considerada a Simpar Concessionárias, incorporada pela companhia em fevereiro deste ano, o lucro líquido da JSL totaliza R$ 27,6 milhões. O Ebitda -sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização - recorrente foi de R$ 150,7 milhões, avanço de 76,4% na comparação anual. O resultado seria de R$ 151,5 milhões se considerada a Simpar. Já a receita líquida da companhia cresceu 38,3 por cento no primeiro trimestre ante os mesmos meses do ano passado, chegando a R$ 689,7 milhões. Com a Simpar, a receita líquida totaliza R$ 870,3 milhões. "Além da influência da maior participação de Gestão e Terceirização no mix de negócios, a melhora dos resultados também deveu-se à redução no custo com peças e manutenção, derivado da redução da idade média da frota e da aquisição de novos ativos para as novas operações", afirmou a JSL, em comunicado. (Agência Reuters)


________
TELECOM


São Paulo | SP
Oi encerra trimestre com lucro 272% maior
A Oi encerrou o primeiro trimestre de 2012 com lucro líquido de R$ 346 milhões, o que representa uma elevação de 272% sobre em igual período do ano anterior. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações) atingiu R$ 1,149 bilhão, crescimento de 73% na mesma base de comparação. A margem Ebitda foi de 30,0% ante 28,0% no primeiro trimestre do ano passado. A receita líquida totalizou R$ 3,829 bilhões entre janeiro e março, crescimento de 61,6% sobre igual intervalo de 2011.
Para facilitar o entendimento do negócio, a empresa apresentou também os resultados consolidados pró-forma, equivalentes aos números da antiga TNL, como se as incorporações decorrentes da reorganização societária da empresa tivessem ocorrido em 1º de janeiro de 2012. A receita líquida pró-forma totalizou R$ 6,802 bilhões, queda de 1,9% em comparação ao primeiro trimestre do ano passado. "A performance da receita está em linha com o cenário previsto no plano estratégico de longo prazo da companhia, considerando que a retomada da trajetória de crescimento se inicia com a melhoria dos indicadores operacionais", informa a companhia.
O Ebitda pró-forma totalizou R$ 2,012 bilhões, estável ante os primeiros três meses do ano passado, com margem de 29,6%, um aumento 1,0 ponto porcentual na mesma base de comparação.
Os assinantes - A Oi anuncia que a linha de unidades geradoras de receitas do balanço do primeiro trimestre, o que equivale à base de assinantes, cresceu 7,2% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, atingindo 70,826 milhões. Segundo o relatório de administração que acompanha o balanço, este aumento foi puxado pelo segmento de mobilidade pessoal, com alta de 12,2%, para 44,106 milhões. O segmento empresarial e corporativo avançou 5,5%, para 8,112 milhões. O residencial, por sua vez, recuou 2,3%, para 17,850 milhões. O caixa disponível soma R$ 15,373 bilhões, um crescimento de 9,7% sobre o mesmo período do ano passado e de 14,8% sobre o quarto trimestre.
A dívida líquida da operadora ficou em R$ 17,472 bilhões no primeiro trimestre, representando um incremento de 21,4% sobre o mesmo período do ano passado e de 7% ante o quarto trimestre de 2011. A dívida bruta totalizou R$ 32,845 bilhões, alta de 10,5% sobre o quarto trimestre. Segundo a empresa, a elevação é justificada principalmente pelas captações realizadas. A relação entre a dívida líquida e o Ebitda no primeiro trimestre deste ano era de 2 vezes, ante 1,9 vez no quarto trimestre do ano passado e de 1,5 vez do primeiro trimestre do ano passado. Os investimentos somaram R$ 1,091 bilhão no primeiro trimestre, alta de 31,6% sobre o mesmo período do ano passado.  (Agência Estado)


_______
ENERGIA


Curitiba | PR
Lucro da Copel diminui 16,9%, para R$ 319,7 milhões
A Companhia Paranaense de Energia (Copel) registrou lucro líquido de R$ 319,745 milhões no primeiro trimestre do ano, sinalizando queda de 16,9% ante os R$ 384,829 milhões apurados no mesmo período de 2011. Os dados foram divulgados por comunicado na noite de ontem, dia
15/5.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações) atingiu R$ 585,407 milhões de janeiro a março, significando retração de 0,3% ante os R$ 587,175 milhões contabilizados em igual intervalo no ano passado. A receita operacional da companhia somou R$ 2,024 bilhões no primeiro trimestre, com crescimento de 10,9% no mesmo comparativo, enquanto as receitas financeiras encolheram 30,3%, totalizando R$ 128,3 milhões. A variação verificada é decorrente de menor saldo de caixa, da redução dos juros e da inflação no período, que implicaram menor variação monetária sobre o repasse da Conta de Resultado a Compensar - CRC e sobre os ativos financeiros vinculados às concessões, compensada parcialmente pelo acréscimo de juros moratórios sobre faturas de energia em atraso. As despesas financeiras no período somaram R$ 113 milhões, valor 53,4% superior ao verificado de janeiro a março de 2011. Esse resultado é decorrente, principalmente, da apropriação de R$ 42,6 milhões em razão de nova mensuração do valor justo do ativo financeiro da Copel Distribuição devido a novas estimativas de vida útil, conforme Resolução Aneel nº 474/12.
(Agência Estado)


________________
MERCADO DE LUXO


Genebra | Suiça
Leilão de joias de Lily Safra arrecada US$ 37 milhões para caridade
O leilão das joias de Lily Safra (viúva bilionária do banqueiro Edmond Safra) realizado na Christie´s de Genebra arrecadou um total de cerca de US$ 37 milhões a instituições de caridade, um recorde mundial de evento para fins beneficentes. (LEIA NA ÍNTEGRA)



 

--------------------------------------------------------------------------------------------------
i-press.biz - Copyright © 2008 / 2012 - Todos os direitos reservados