Edição 668 | Ano IV


Washington / EUA

Economista do FMI duvida de metas do País

Conhecida no Brasil dos anos 90 por apresentar as exigências do Fundo Monetário Internacional (FMI) ao País, a economista Teresa Ter-Minassian afirmou não acreditar na possibilidade de o Brasil cumprir com a meta de zerar o déficit nominal em 2014 e levantou dúvidas sobre a manipulação das estatísticas fiscais brasileiras. As críticas foram feitas durante uma conferência no Brazil Institute do Wilson Center na semana passada e rebatidas por Mauro Borges Lemos, presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). "Estou contente pelo governo brasileiro ter adotado a meta de equilíbrio orçamentário para 2014. Mas eu não acredito nessa meta", afirmou Ter-Minassian, logo depois de mencionar sua antiga posição como diretora do FMI responsável pelo Brasil por muitos anos.
A economista, hoje consultora do FMI, observou serem necessárias "mudanças fundamentais" na política fiscal brasileira. Citou como exemplo o aumento "desejável" do investimento em infraestrutura, mas não refletido integralmente no Orçamento da União. Trata-se de uma das ingerências do Tesouro Nacional no cálculo fiscal, mais conhecida entre economistas especializados na área fiscal como "contabilidade criativa". "Não é verdade! Você tem de provar (o que está dizendo). Nossos dados são reais. Nós não estamos manipulando os números. Eu não aceito esse tipo de discussão. Esse não é um bom lugar para se discutir isso!", interrompeu Lemos, com irritação.
Terminassian ofereceu outro exemplo de contabilidade criativa - a operação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de capitalização da Petrobrás, no valor de R$ 24,7 bilhões, em 2010. "O quê? É nossa decisão política. O governo tem legitimidade para fazer isso", reagiu Lemos. Terminassian explicou que esse empréstimo foi feito "abaixo da linha", ou seja, não foi registrado no cálculo do resultado nominal das contas públicas (a arrecadação menos os gastos públicos e também os juros da dívida interna). Lemos, entretanto, não entendeu a explicação e pedia provas.
Ao explicar seu ceticismo com relação à meta para 2014, Terminassian também ressaltou o impacto no aumento do salário mínimo nas contas públicas e na competitividade da indústria. Conforme argumentou, o reajuste com base no desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) gera "pressão continuada" nos resultados fiscais da Previdência Social. (Agência Estado)




Da redação - Brasília / DF
Boletim Focus mostra que mercado reduziu previsão do PIB para 2012 e 2013
O mercado reduziu a estimativa para o PIB - Produto Interno Bruto - neste ano e em 2013, segundo divulgação do boletim Focus de hoje, dia 2/4.
A projeção para o PIB de 2012 recuou de 3,23%, na semana passada, para 3,20%. Para o próximo ano, a redução foi de 4,29%, na semana passada, para 4%, hoje. A estimativa para o valor do dólar em 2012 subiu pela segunda semana, passando de R$ 1,76, na semana passada, para R$ 1,77 hoje. Em 2013, a projeção se manteve em R$ 1,80.
Para 2012, a projeção da inflação oficial recuou de 5,28%, na semana passada, para 5,27% hoje. Para 2013, a expectativa é de 5,50%.
A expectativa para a taxa básica de juros, a Selic, foi mantida em 9%, neste ano, e em 10% para 2013. O boletim Focus é elaborado pelo BC a partir de consultas feitas a instituições financeiras e expressa, semanalmente, como o mercado percebe o comportamento da economia.




Brasília / DF
Governo anuncia amanhã pacote de R$ 18 bilhões para estimular indústria
Preocupado em dar mais competitividade aos setores industriais prejudicados pela valorização do real, o governo amanhã, dia 3/4, uma reformulação nas linhas de financiamento para investimento e capital de giro do Banco Nacional de Desenvolvimento, Econômico e Social (BNDES), com a ampliação dos setores favorecidos, redução das taxas de juros e maior prazo para pagamento. A previsão é de um aumento de R$ 18 bilhões nos empréstimos.
Haverá mudanças nas regras de atuação dos fundos de desenvolvimento regional para alavancar investimentos em infraestrutura. Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal poderão atuar neste mercado, oferecendo empréstimos com recursos do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste e do Fundo de Desenvolvimento da Amazônia. O risco das aplicações deve ser transferido do Tesouro para os bancos.
As medidas, preparadas pelo ministro da Fazenda Guido Mantega, serão anunciadas amanhã pela presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto. O Estado apurou que as principais alterações no BNDES serão no Revitaliza e nas linhas do Programa de Sustentação do Investimento (PSI). Estes programas foram criados no governo Lula para ajudar setores que enfrentavam forte concorrência de produtos importados, mas que são grandes geradores de emprego.


PSI - O governo ampliará em R$ 18 bilhões o limite de financiamento das linhas do PSI, com subvenção do Tesouro Nacional. Subirá para R$ 227 bilhões o volume de empréstimo do banco com taxas de juros subsidiadas. Esta será a quarta mudança no PSI desde o seu lançamento em julho de 2009 para enfrentar a crise internacional. As novas condições de financiamento vão valer até dezembro de 2013.
Será criada, dentro do PSI, uma linha para financiar projetos estratégicos com o objetivo de reduzir o custo de obra. A nova linha terá aporte de R$ 8 bilhões com taxas de juros de 5% ao ano. Os projetos terão que ser aprovados por uma comissão interministerial.
Os juros ficarão um ponto porcentual menor na linha do PSI destinada a financiar a aquisição de máquinas e equipamentos. Para micro, pequenas e médias empresas (MPME), o custo do empréstimo cai de 6,5% para 5,5%.
Para as grandes empresas, de 8,7% para 7,7% ao ano. O BNDES ampliará o limite a ser financiado. Até 100% para as empresas de menor porte e de até 90% do investimento para as grandes. A linha para as MPME passa de R$ 3 bilhões para R$ 13 bilhões.


A linha para financiar a aquisição de ônibus e caminhões o juro cortado de 10% para 7,7% ao ano. O prazo será ampliado de 96 para 120 meses. O financiamento, então, será de até 100% para as MPMEs e 90% para as grandes. Para os exportadores, as taxas de juros serão de 9% para as grandes empresas e de 7% para as demais. O limite do investimento a ser financiado sobe de 90% para 100% e o prazo de pagamento será ampliado de 24 para 36 meses. Esta linha ganhará um reforço de R$ 1 bilhão.
Haverá uma queda nos juros de 5% para 4% no financiamento para capital inovador. No Procaminhoneiro, para autônomos, o prazo passa de 36 para 48 meses.
Passa de R$ 100 milhões para R$ 150 milhões o volume de recursos que podem ser liberados por grupo econômico. O Revitaliza tem linhas para capital de giro, investimento e a exportação. Uma fonte do governo informou que serão anunciadas mudanças nas linhas para exportadores por meio do Adiantamento sobre Contrato de Câmbio (ACC) para ampliar as empresas com acesso aos recursos. O Banco do Brasil é o líder no mercado. (Agência Estado)




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INDICADORES ECONÔMICOS


Da redação - Brasília / DF
Brasil registra maior superávit primário para fevereiro desde o início da série histórica
O setor público consolidado (governo federal, estados, municípios e empresas estatais) registrou superávit primário, que são receitas menos despesas, excluídos os juros da dívida, de R$ 9,514 bilhões, em fevereiro deste ano. É o maior resultado para meses de fevereiro desde o início da série histórica do Banco Central, em 2001 
Mesmo com o resultado, o esforço fiscal do setor público não foi suficiente para cobrir os gastos com os juros nominais (encargos financeiros) que incidem sobre a dívida. Esses juros chegaram a R$ 18,269 bilhões. Com isso, houve déficit nominal, que são receitas menos despesas, incluídos os gastos com juros, de R$ 8,755 bilhões.
Em fevereiro, o Governo Central (Banco Central, Tesouro Nacional e Previdência) registrou superávit primário de R$ 5,317 bilhões. Os governos regionais (estaduais e municipais) fecharam o mês com superávit primário de R$ 5,070 bilhões. As empresas estatais, excluídos os grupos Petrobras e Eletrobras, registraram déficit de R$ 872 milhões. Em 12 meses encerrados em fevereiro, o superávit primário do setor público chega a R$ 138,579 bilhões, o que representa 3,33% de tudo o que o país produz - Produto Interno Bruto (PIB).




Da redação - São Paulo / SP
IPC-S segue avançando na última semana de março
O IPC-S de 31 de março de 2012 apresentou variação de 0,60%, 0,09 ponto percentual (p.p.) acima da taxa registrada na última divulgação. Com este resultado, o indicador acumula alta de 1,66%, no ano e 5,50%, nos últimos 12 meses. Nesta apuração, todas as sete classes de despesa componentes do índice apresentaram avanço em suas taxas de variação. O principal destaque foi o grupo Alimentação, cuja taxa passou de 0,52% para 0,63%. Nesta classe de despesa, vale mencionar o comportamento dos itens: carnes bovinas (-2,06% para -1,05%), laticínios (0,17% para 0,49%) e carnes e peixes industrializados (0,51% para 1,04%). 
As demais classes de despesa também apresentaram acréscimo em suas taxas de variação: Vestuário (0,27% para 0,61%), Educação, Leitura e Recreação (0,28% para 0,46%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,60% para 0,71%), Comunicação (-0,28% para -0,21%), Transportes (0,20% para 0,26%), Despesas Diversas (0,12% para 0,14%) e Habitação (1,02% para 1,03%). Para cada um destes grupos, vale citar o comportamento dos itens: roupas (0,27% para 0,78%), passagem aérea (-2,77% para -0,65%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,89% para 1,37%), tarifa de telefone móvel (-0,01% para 0,33%), etanol (-0,51% para 0,70%), alimento para animais domésticos (-0,59% para -0,51%) e taxa de água e esgoto residencial (1,85% para 2,44%) respectivamente. (Fonte: Assessoria de Imprensa FGV)




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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)


HOJE – Fechamento das Bolsas Asiáticas e Abertura das Européias:


Tóquio / Japão
Bolsas da Ásia sobem por dados positivos na China
As ações asiáticas começaram o segundo trimestre com ganhos modestos nos pregões de hoje, dia 2/4, na medida em que dados de produção industrial da China surpreendentemente firmes dissiparam temores de uma grande desaceleração na segunda maior economia do mundo.
A cautela, no entanto, limitou os ganhos antes de dados da indústria dos EUA e da Europa.
- O índice MSCI para a região Ásia-Pacífico com exceção do Japão subia 0,29% às 7h50 (horário de Brasília), depois de ter atingido alta de 0,7% mais cedo. O índice avançou quase 12% no primeiro trimestre.
- O índice Nikkei, do Japão, subiu 0,26%, após expandir mais de 19% nos primeiros três meses de 2012.
- A Bolsa de Cingapura ganhou 0,19%.
- Enquanto o índice da Bolsa de  Seul encerrou em alta de 0,76%. 
- A Bolsa de Hong Kong recuou 0,16%.
- A Bolsa de Sydney fechou com desvalorização de 0,14%.
- A Bolsa de Taiwan caiu 0,88%.
Análise - "A leitura chinesa veio muito melhor do que a maioria estava esperando e esse otimismo se voltou para ativos de risco agora", disse o estrategista de mercados do IG Stan Shamu. Dados divulgados no domingo mostraram que o índice oficial de gerentes de compras do setor industrial da China, que cobre as grandes fábricas, saltou para 53,1 em março, superando as previsões. Embora o índice oficial tenha diminuído as dúvidas sobre a resistência da China, uma pesquisa privada do setor com indústrias menores feita pelo HSBC levantou preocupações de que os pequenos fabricantes estariam passando por dificuldades e contribuiu para um rali em ativos de maior risco.




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MERCADO FINANCEIRO


Brasília / DF
Mercado reduz previsão para inflação em 2012
O mercado financeiro reduziu a estimativa para o IPCA em 2012, de 5,28% para 5,27%, na pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central. Esse é o primeiro levantamento realizado após a divulgação, na semana passada, do Relatório Trimestral de Inflação. Apesar do recuo observado nesta pesquisa, analistas preveem inflação maior que a esperada há um mês, quando a estimativa estava em 5,24%.
Para 2013, foi mantida a estimativa de alta do IPCA, em 5,50%, pela terceira semana seguida. Quatro semanas antes, a projeção para o indicador estava em 5,20%.
A projeção suavizada para o IPCA nos próximos 12 meses acompanhou o movimento observado para 2012 e a mediana caiu de 5,41% para 5,40%. Mesmo com o recuo, o número previsto na pesquisa divulgada hoje está acima do estimado há um mês, quando o mercado esperava alta de 5,31%.
No grupo dos analistas que mais acertam as projeções na pesquisa do BC, o chamado top 5, a expectativa para o IPCA em 2012 no cenário de médio prazo caiu de 5,30% para 5,27%. Para 2013, esses analistas mantiveram a previsão em 5,10%. Quatro pesquisas antes, o grupo previa IPCA de 5,12% em 2012 e de 5,02% em 2013.


O PIB - Houve nova rodada de piora das previsões para o crescimento da economia brasileira na pesquisa Focus. A expectativa dos analistas do mercado financeiro para o crescimento da economia brasileira em 2012 recuou de 3,23% para 3,20%, na segunda queda consecutiva. Para 2013, a projeção caiu de 4,29% para 4,20%. Um mês antes, as estimativas eram de expansão de 3,30% neste ano e de 4,15% no próximo ano.
Em igual tendência, a mediana das expectativas para o avanço da produção industrial em 2012 foi cortada de 2,03% de 2%. Quatro semanas antes, economistas trabalhavam com expansão do setor em 2,77%. Para 2013, a expectativa de avanço da indústria seguiu em 4%, ante alta de 4,20% um mês antes.
Analistas aumentaram ainda a previsão para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB em 2012, de 36,20% para 36,50%. Para 2013, a projeção foi mantida em 35%. Há quatro semanas, as projeções estavam em, respectivamente, 36% e 34,60% do PIB para cada um dos dois anos.


O Dólar - Amediana das estimativas para o preço do dólar no fim de 2012 subiu de R$ 1,76 para R$ 1,77, na segunda alta seguida. Para o fim de 2013, foi mantida a expectativa de taxa de câmbio em R$ 1,80. Há um mês, analistas previam dólar a R$ 1,75 no fim de 2012 e no encerramento de 2013.
Na mesma pesquisa, o mercado financeiro manteve a previsão de que a taxa média de câmbio seguirá em R$ 1,77 em 2012. Para o próximo ano, foi mantida a estimativa de que o dólar médio será de R$ 1,78. Há um mês, a pesquisa apontava que a expectativa de dólar médio estava em R$ 1,73 para 2012 e em R$ 1,75 em 2013. (Agência Estado)




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INDÚSTRIA


São Paulo / SP
Votorantim estuda ficar com fatia de estatal na Cimpor
O grupo Votorantim não planeja superar a oferta da Camargo Corrêa pelo controle da Cimpor Cimentos de Portugal. Se os acionistas aceitarem a proposta da Camargo - de € 5,50 por ação (R$ 13,40) -, o negócio superará R$ 3 bilhões. Mas, segundo duas pessoas próximas à negociação ouvidas pela agência Bloomberg, a Votorantim analisa adquirir a participação de 9,6% que a estatal portuguesa Caixa Geral de Depósitos tem na Cimpor.
A preferência na compra dessa fatia da cimenteira pertence ao grupo Votorantim.A Camargo Corrêa tem atualmente 32,9% da Cimpor, enquanto a parcela da Votorantim é de 21,2%. (Agência Folha)




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AGROBUSINESS


Da redação - São Paulo / SP
Semana foi marcada pela alta volatilidade do mercado de café
Na análise da semana passada, expressamos nossa preocupação com o baixo volume de estoques de café no mercado internacional e alertamos que as posições vendidas dos fundos poderiam provocar uma alta quando estes acionassem suas recompras. Foi o que ocorreu na terça feira – dia 27/03 –, quando o contrato “C” da Bolsa de NY subiu 855 pontos.
Um dos motivos atribuídos para o movimento de recompra neste dia foi a notícia da entrada de um frio intenso no Sul do País, que, embora não chegasse às regiões produtoras, foi suficiente para gerar insegurança nos agentes que estavam vendidos. Seguiu-se uma realização forte nas duas sessões seguintes, que levou o café para a menor cotação da semana, a 176,45 centavos por libra peso (no dia 29, quando o dólar chegou a ser negociado próximo a R$1,84). Já nesta sexta-feira, houve uma recuperação, fechando a 182,45 centavos. Entre a cotação mínima e a máxima apuradas na semana, observamos uma variação de aproximadamente 1.200 pontos, com a bolsa de NY registrando uma valorização de 370 pontos no acumulado da semana, equivalente a 2%.
Altas volatilidades são frequentes no mercado de café e prejudicam muito os produtores, à medida que estes movimentos dificultam o acesso a mecanismos de gestão de risco. Um produtor, ao fixar a venda futura de parte de sua produção, fica com uma administração financeira complexa devido às bruscas oscilações.
Com os estoques de café nos níveis mais baixos da história desde que a Organização Internacional do Café (OIC) passou a fazer a coleta destes dados, na década de 1960, e com a proximidade da entrada do inverno brasileiro, torna-se de altíssimo risco a adoção de posições vendidas no mercado. Os fundos, ao tomarem este tipo de posição, vendem algo que não tem e correm o risco de pagar bem mais para comprar um produto escasso no mercado ao final da entressafra brasileira. Ao voltarem a aumentar suas posições vendidas na quarta e na quinta-feira, estes agentes de mercado deram uma primeira amostra de quão alta poderá ser a volatilidade dos preços na entrada do inverno brasileiro. O conhecido “weather market” poderá oferecer boas oportunidades de venda para os produtores que ainda tem café remanescente da safra 2011, da qual mais de 90% já foram comercializados.
Por fim, acreditamos que, caso a safra brasileira ultrapasse a barreira dos 50 milhões de sacas, será positivo para o mercado, pois poderemos evitar o desabastecimento. Os produtores brasileiros não devem temer a entrada da safra, já que não estarão carregando cafés remanescentes e, em sua maioria, terão, ao contrário de anos anteriores, recursos suficientes para fazer a colheita sem precisar se apressar para o início da comercialização.
Com um escoamento ordenado da produção, os produtores não devem se deixar levar por pressões de baixa naturais do início das safras de ciclo maior dentro da bienalidade. (Fonte: Assessoria de Comunicação do Conselho Nacional do Café)




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SERVIÇOS e VAREJO


São Paulo / SP
Gafisa registra prejuízo de R$ 1,09 bilhão em 2011
A Gafisa encerrou o ano passado com prejuízo líquido de R$ 1,093 bilhão, comparado a lucro de R$ 416,05 milhões em 2010, conforme dados divulgados no domingo, em meio à tentativa da companhia de revisar sua estrutura e suas operações para retornar ao crescimento.
A construtora e incorporadora apresentou números preliminares não-auditados, justificando que, após realizar "profunda análise dos impactos econômicos das mudanças estratégicas adotadas e da revisão orçamentária requerida, os auditores vão necessitar de tempo adicional para completar seus trabalhos". Os dados consolidados auditados e incluindo resultados do quarto trimestre devem ser divulgados até 9 de abril.


O prejuízo em 2011, segundo a empresa, foi decorrente principalmente de ajustes de R$ 889,5 milhões, sendo 69% equivalente à Tenda - unidade voltada ao segmento econômico que, desde que foi adquirida pela companhia, vem impactando os resultados do grupo - e 31% à Gafisa. 
A construtora informou ainda ter realizado análise detalhada da carteira de recebíveis da Tenda. "A Gafisa realizou alterações significativas em sua estrutura e gestão que posicionam a companhia para o desenvolvimento no longo prazo e para um melhor desempenho financeiro. Os resultados financeiros consolidados do ano refletem as ações corretivas necessárias, como a redução do negócio Tenda, o destrato com potenciais proprietários de imóveis que já não se qualificavam mais para financiamento bancário e um foco geográfico reduzido", afirmou a companhia no balanço.


A revisão orçamentária de custo de construção dos segmentos Tenda e Gafisa, segundo a empresa, ocorreu por meio de foco nas regiões geográficas onde há maior controle de sua cadeia de suprimentos.
"Apesar dos impactos terem sido relevantes, não houve impacto no nosso fluxo de caixa atual, e nossa liquidez se mantém suficiente para cumprirmos com nossas obrigações e executarmos nosso novo plano estratégico", acrescentou a Gafisa no documento. Em 31 de dezembro, a posição de caixa da companhia era de R$ 983,7 milhões, contra R$ 1,2 bilhão ao final de 2010. Em 31 março de 2012, a posição de caixa era de aproximadamente R$ 900 milhões.


Perspectiva para 2012 - A Gafisa fechou 2011 com banco de terrenos potencial para lançamentos de R$ 21,8 bilhões. Para este ano, a estimativa da empresa é de lançamentos na faixa entre R$ 2,7 bilhões e R$ 3,3 bilhões, com o segmento Gafisa respondendo por metade deste volume, AlphaVille por 40% e Tenda, 10%. Nos três primeiros meses de 2012, a companhia informou ter lançado R$ 400 milhões.
Em termos de entregas, a companhia espera somar de 22 mil a 26 mil unidades em 2012, sendo 30% do segmento Gafisa, 50% de Tenda e o restante de AlphaVille. No primeiro trimestre deste ano, foram entregues 6.000 unidades e concluído o repasse de 2.500 clientes de Tenda para instituições financeiras. A Gafisa informou também que espera gerar entre R$ 500 milhões e R$ 700 milhões em fluxo de caixa operacional em 2012. (Agência Reuters)




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TI, WEB e e-COMMERCE


Nova Iorque / EUA
IBM mergulha na consumerização e gerencia 80 mil dispositivos
A CIO da IBM Jeanette Horan tem muitos projetos de TI e sistemas com os quais se preocupar, mas talvez um dos mais prementes e oportunos é a estratégia de BYOD em curso na Big Blue, extensiva aos 440 mil funcionários da empresa ao longo do tempo. A força de trabalho da IBM é "altamente móvel", com muitos trabalhando nas instalações dos clientes, em escritórios domésticos e outros locais fora dos edifícios corporativos. Em uma recente entrevista no escritório da IBM em Cambridge, Massachusetts, Estados Unidos, Jeanette disse que a IBM tem há muito tempo um plano corporativo de mobilidade centrado na plataforma BlackBerry.
Mas com o tempo, mais iPhones e outros dispositivos começaram a ser usados no ambiente de trabalho, e IBM decidiu que era hora de encarar de frente a questão do BYOD (bring your own device). "Se nós não suportamos o uso desses dispositivos, nossos funcionários descobririam por conta própria como usá-los para acesso aos sistema da companhia, clocando em risco informações corporativas", diz ela.


O programa de BYOD da IBM "é realmente o de apoiar os empregados na forma como eles querem trabalhar", afirma Jeanette. "Eles vão ter a ferramenta mais adequada para fazer o seu trabalho. Quero me certificar de que podemos permitir que façam isso, mas de uma forma que garanta a integridade do nosso negócio." Para tanto, a empresa emitiu uma série de "orientações de computação segura", em um claro esforço para aumentar a conscientização sobre a segurança online e a natureza sensível dos dados corporativos.
Até agora, cerca de 120 mil usuários estão acessando rede da IBM por meio de dispositivos móveis, e desse total, 80 mil usando seus próprios dispositivos pessoais, pagando as taxas mensais de serviço, de acordo com o porta-voz da IBM, Tim O'Malley. Os 40 mil restantes estão usando smartphones fornecidos pela IBM. A empresa tem uma projeção "agressiva" de crescimento do uso de dispositivos pessoais para este ano, mas prefere não mencionar um número específico, segundo O'Malley.
Um componente do política de BYOD da companhia é o uso do programa Traveler, da Lotus, que fornece um aplicativo cliente nativo a partir do qual os usuários móveis podem acessar o e-mail e o calendário Lotus Domino. A IBM também está avaliando o uso de VPN para proporcionar maior segurança e suporte para mais aplicações móveis.
A equipe de Jeanette gerencia esses dispositivos móveis por meio da plataforma Tivoli Endpoint Manager. Isso também permite que a IBM "limpe" os dispositivos no caso de serem perdidos ou roubados, ou de o empregado deixar a empresa. Os funcionários que querem usar seus próprios dispositivos têm de concordar com as políticas de Jeanette, que incluem que o seu dispositivo seja apagado ao deixarem a empresa.


A IBM poderia usar recipientes seguros para disponibilizar aplicativos nos dispositivos dos usuários, permitindo-os apagar apenas o recipiente e não o dispositivo inteiro, mas essa opção não tem sido utilizada até agora, segundo a CIO da IBM. Ela se diz ansiosa pela disponibilidade maior de hypervisors móveis que permitiriam que os dispositivos móveis pudessem executar sistemas operacionais diferentes e aplicativos relacionados para uso corporativo e pessoal.
Outro dilema enfrentado pelas empresas que optam pelo BYOD, incluindo IBM, diz respeito à possibilidade de desenvolver e manter aplicações nativas para cada plataforma móvel, ou se concentrar em aplicativos baseados em navegadores que possam ser escritos uma única vez e implantados multiplataforma. O padrão emergente HTML5, com as suas capacidades mais ricas, está ajudando a disseminar essa última opção.
"O HTML5 é, definitivamente, uma direção na qual estamos focados", afirma Jeanette. "Não quero ter que manter aplicativos nativos para todos esses dispositivos. No entanto, não tenho certeza de que meus usuários vão achar essa opção aceitável", diz ela.
Recente a IBM adquiriu a Worklight, que tem uma grande variedade de tecnologias de desenvolvimento de aplicações móveis, o que também deve ajudar as equipes de Horan. "Era uma lacuna no nosso portfólio", explica.
Mas mem todo desafio para Horan em relação à gestão da estratégia de BYOT da IBM é tão técnico. A presença da empresa em 170 países torna a oferta de um plano de suporte corporativo algo complicado de gerir. "Infelizmente, temos que ter um contrato em cada país", diz ela. (Agência IDG News Service)




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TURISMO e GASTRONOMIA


São Paulo / SP
Turismo de luxo de brasileiros já é 3º do mundo
Brasileiros dispostos a pagar diárias que podem chegar a € 11 mil (R$ 26,7 mil) por uma suíte são a bola da vez no mercado mundial de hotelaria de luxo. Disputada pelos mais requintados hotéis, a clientela do Brasil ocupa a terceira posição no ranking de reservas do The Leading Hotels of the World (LHW). O selo reúne alguns dos mais sofisticados estabelecimentos do mundo. De 2010 para 2011, o faturamento local do LHW cresceu 16,26%.
No ano passado, o escritório brasileiro bateu o recorde de US$ 31 milhões (R$ 56,5 milhões) em reservas. Entre os hotéis que mais receberam brasileiros no ano passado está o francês Le Bristol, do grupo alemão Oetker Collection. Cenário do filme "Meia- Noite em Paris", de Woody Allen, o hotel viu a quantidade de hóspedes do Brasil saltar de 3% para 10% em 2011. "Nos últimos três anos, a clientela brasileira cresceu de 10% a 15% a cada ano. Hoje, representa 3.000 diárias anuais", diz Alain Brière, vice-presidente de vendas. (Agência Folha)




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MERCADO DE LUXO


São Paulo / SP
MCM Studio Design projeta Yacht ilha flutuante
Ter ilhas flutuantes não é apenas um sonho dos avatares, ao contrário, esse conceito é muito real e próspero. (LEIA na íntegra)










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