Edição 649 | Ano IV

Da redação - Rio de Janeiro / RJ
Carnaval do Rio deve movimentar este ano mais de US$ 620 milhões
 
A exemplo da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos, o Carnaval  é considerado uma oportunidade de  geração de negócios, emprego e renda no Brasil, disse o superintendente da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico do Rio de Janeiro (Sedeis), Luiz Carlos Prestes Filho. “O Carnaval vai trazer este ano 850 mil turistas e vai movimentar  cerca de US$ 628 milhões no estado", informou. Isso significará um incremento de 12% em relação ao resultado registrado no ano passado. Para mostrar a importância do Carnaval, Prestes lembrou que para a Copa de 2014 está prevista a entrada no país de 700 mil visitantes. “Se a Fifa [Federação Internacional de Futebol] e o COI [Comitê Olímpico Internacional] fazem da Copa e das Olimpíadas o seu grande negócio, acho que nada mais normal a prefeitura e o governo do estado encararem o Carnaval como um evento importantíssimo dentro do contexto da indústria de entretenimento”, observou.

Entre os segmentos que faturam com o evento, Prestes destacou as áreas de turismo, transporte, de fabricação de instrumentos musicais, audiovisual e rádio, da indústria gráfica e editorial, de teatro, empresas de eventos, além dos setores de hospedagem, gastronomia e da indústria de bebidas. “São setores que faturam e movimentam o dinheiro na cidade”.
Autor do estudo Cadeia Produtiva da Economia do Carnaval, o  superintendente destacou a criação de empregos temporários no período. Pesquisa do Ministério do Trabalho mostra que o Carnaval responde pela geração, durante o ano, de 250 mil empregos temporários no estado. Na região da Saara (Sociedade de Amigos das Adjacências da Rua da Alfândega), maior shopping a céu aberto da América Latina, localizado no centro da capital fluminense, grande parte dos comerciantes tem no Carnaval o seu maior faturamento anual e amplia o quadro de funcionários extras.
“É o momento em que mais vendem, mais têm negócios realizados”. Depois do Natal, o Carnaval é a principal época de faturamento das lojas. Prestes explicou que muitos empregados que começam como temporários durante o Carnaval, depois se tornam  fixos. Hotéis, restaurantes, agências de turismo e a área de transporte também fazem contratações temporárias para o período.

Nas escolas de samba, profissionais  de diversas áreas, como marceneiros, serralheiros e costureiras, trabalham praticamente o ano inteiro, organizando a infraestrutura da escola para o desfile.
O superintendente chamou a atenção para a importância dos núcleos produtivos de Carnaval, localizados em municípios do interior, que sobrevivem trabalhando para o evento durante todo o ano e têm como principal atividade a confecção e o bordado. Um desses núcleos está na cidade  de Barra Mansa, no sul do estado.
“Mais  de 700 bordadeiras produzem 39 milhões de peças de bordado para escolas de samba do Rio e de São Paulo. Oitenta por cento da produção do polo de  bordado de Barra Mansa são para atender a escolas de São Paulo e do Rio. Os 20% excedentes já estão sendo enviados para escolas de samba no Japão, na Inglaterra, França, em Portugal e nos Estados Unidos”, informou.

Este ano, o Carnaval do Rio comemora 80 anos do primeiro desfile, realizado em 1932. Ao contrário daquela época, quando poucas pessoas participavam, as escolas hoje têm cerca de 5 mil integrantes. “É outra realidade”. Esse carnaval-espetáculo requer profissionais especializados, como engenheiros elétricos, devido à exigência de laudo do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea) para liberar a escola na avenida. “Estamos falando de segurança do trabalho”, acrescentou Prestes.
O governo do estado e a prefeitura do Rio estimulam as escolas de acesso ou dos grupos C, D e E, cujos orçamentos oscilam entre R$ 10 mil e R$ 70 mil por ano, enquanto as grandes agremiações têm orçamentos que superam, muitas vezes, os US$ 7 milhões. O superintendente convidou a população e os turistas a assistirem ao Carnaval dessas pequenas escolas do subúrbio, que são desfiles gratuitos e com segurança. “É Carnaval das comunidades que merece ser visto”, disse. (Fonte: Agência Brasil)


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INDICADORES ECONÔMICOS


Da redação - São Paulo / SP

IPC-S: todas as capitais têm desaceleração na primeira semana de fevereiro
Todas as sete capitais analisadas pela FGV (Fundação Getulio Vargas) registraram desaceleração em suas taxas de variação na primeira semana de fevereiro de 2012, conforme mostra o IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal), divulgado nesta quinta-feira (9).
Entre a semana encerrada no dia 31 de janeiro e a terminada no dia 07 deste mês, os preços dos produtos e serviços desaceleraram mais em Brasília, ao passar de 0,79% para 0,13%, uma diferença de 0,66 ponto percentual.
Em relação à inflação geral, que foi de 0,46% na semana, ante 0,81% sete dias antes, as cidades de Belo Horizonte, Recife e Rio de Janeiro ficaram acima da média nacional, como mostra a tabela a seguir:

Capital          Variação 31/01/2012     Variação 07/02/2012 

Belo Horizonte         1,07%                     0,63%
Brasília                   0,79%                     0,13%
Porto Alegre            0,69%                     0,24%
Recife                     0,90%                     0,55%
Rio de Janeiro          1,27%                     0,76%
Salvador                  0,81%                     0,39%
São Paulo                0,48%                     0,43%

São Paulo As maiores influências para a desaceleração da inflação na capital paulista, que passou de 0,48% para 0,43% na primeira semana de fevereiro, vieram dos cursos formais (7,95% para 5,68%), alimento para animais domésticos (3,16% para 2,03%), roupas (-0,74% para -1,01%), gasolina (0,14% para -0,18%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,27% para -0,65%) e carnes bovinas (-2,20 para -3,75%).
 
Dos grupos de produtos e serviços analisados pela FGV, seis registraram recuo em suas taxas de variação: Educação, Leitura e Recreação (de 4,94% para 3,58%), Despesas Diversas (de 0,72% para 0,47%), Vestuário (de -0,07% para -0,26%), Transportes (de 0,09% para 0,04%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,46% para 0,43%) e Alimentação (0,16% para 0,14%).
Os preços dos produtos e serviços dos grupos Habitação (de 0,12% para 0,18%), por outro lado, apresentaram movimento contrário no período. Já Comunicação ficou em 0,46%.

Rio de Janeiro Na capital fluminense, dos oito grupos analisados seis apresentaram resultados menores em suas taxas de variação, contribuindo para a desaceleração de 0,51 ponto percentual apurada na inflação da semana, em relação à medição anterior, são eles: Alimentação (de 1,02% para 0,36%), Habitação (de 0,61% para 0,53%), Vestuário (de -1,12% para -1,71%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,43% para 0,34%), Educação, Leitura e Recreação (de 5,10% para 3,82%) e Transportes (de 2,62% para 1,71%). O grupo Despesas Diversas (de 0,35% para 0,659%) teve resultados maior em sua taxa de variação. Comunicação, por sua vez, registrou acréscimo de 0,27%. (Fonte: Assessoria de Imprensa da FGV)


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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)


HOJE – Abertura das Bolsas Asiáticas:

Londres / Inglaterra
Europa sobe em dia intenso com Grécia e decisão de BCs
O dia promete ser intenso nos mercados globais nesta quinta-feira, dia 9/2. A espera por um acordo na Grécia continua, numa angustiante corrida contra o tempo. Os principais bancos centrais europeus se reúnem e levantam expectativa sobre a atuação na crise, cada um a sua maneira. Além disso, será preciso assimilar os dados da inflação da China, acima das projeções.
As bolsas europeias operam em alta. Por volta das 8h30min (de Brasília), Londres tinha elevação de 0,23%, Frankfurt ganhava 0,65% e Paris subia 0,47%.
Terminou sem acordo a longa reunião entre o primeiro-ministro grego, Lucas Papademos, e as lideranças da coalizão do país. Todos os severos pontos do ajuste fiscal a ser feito para a liberação do novo pacote de socorro foram aceitos, com exceção do corte nas aposentadorias. Agora, os políticos têm poucas horas para chegar a um consenso antes da reunião de ministros de Finanças da zona do euro, marcada para as 15 horas (de Brasília).
Analistas continuam acreditando na obtenção de acordo capaz de liberar a ajuda adicional de 130 bilhões de euros e evitar, assim, um default desordenado da dívida. A Grécia precisa dos recursos para honrar vencimento de 14,5 bilhões de euros no dia 20 de março. “Esperamos uma manchete positiva nas próximas 24 horas”, escrevem os especialistas do Lloyds Bank, em relatório.
O processo também passa pela renegociação da dívida com os credores, outra condição para a liberação dos recursos pela União Europeia e o Fundo Monetário Internacional. Existe a expectativa de que o Banco Central Europeu possa rever sua posição e participar da reestruturação, já que possui 50 bilhões de euros em títulos gregos, comprados no mercado secundário. Para esclarecer a posição do banco, será importante acompanhar a coletiva do presidente Mario Draghi, às 11h30 (de Brasília), após anúncio de política monetária que deve manter os juros em 1% ao ano na região.
Já o Banco da Inglaterra deve voltar a agir para tentar estimular a estagnada economia britânica. Analistas acreditam que o BoE ampliará o programa de relaxamento quantitativo em mais 50 bilhões de libras, pois os juros já estão no piso de 0,5%.
Enquanto acompanham o drama europeu, os investidores também precisam olhar para a China, onde a inflação ao consumidor subiu 4,5% em janeiro, acima do esperado (4,1%), interrompendo uma sequência de cinco meses de queda. O temor é que o país tenha de apertar sua política monetária para conter os preços, prejudicando, assim, a atividade econômica. A resistência da China à crise do euro é um dos motivos que sustentam o atual ambiente de apetite pelo risco nos mercados. Os números chineses ainda estão sendo digeridos. Para o Danske Bank, por exemplo, o índice de inflação foi distorcido pelo feriado de Ano Novo Lunar, que sempre provoca alta dos preços dos alimentos.


Tóquio / Japão

Cautela com Grécia pressiona mercados na Ásia
As Bolsas de Valores asiáticas tiveram dificuldade para ficar no azul nos pregões de hoje, dia 9/2, com os mercados sem direção definida após o novo fracasso dos líderes políticos gregos em concluir um acordo para receber ajuda externa e evitar um calote da dívida pública.
- O índice MSCI das ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão reduziu a alta do início do pregão para operar quase estável, após alcançar o maior patamar dos últimos seis meses na quarta-feira. O índice ganhou cerca de 25% desde a mínima de 4 de outubro, quando temores sobre a possibilidade de um calote grego e contágio da zona do euro estavam no auge.
- Em Tóquio, o índice Nikkei caiu 0,15%, saindo da máxima em três meses alcançada na quarta-feira.
- O índice de Seul encerrou em alta de 0,54%.
- O mercado recuou 0,04% em Hong Kong.
- A Bolsa de Taiwan ganhou 0,52%.
- Enquanto o índice referencial de Xangai subiu 0,09%.
- A Bolsa de Cingapura retrocedeu 0,03%.
- A Bolsa de Sydney fechou com desvalorização de 0,18%.
Análise - As negociações continuarão, com uma questão ainda a ser resolvida, para que um acordo possa ser alcançado antes da reunião de ministros das Finanças da zona do euro, disse o primeiro-ministro Lucas Papademos em comunicado. Autoridades da Grécia disseram que os cortes previdenciários são o ponto de atrito das conversas. Os líderes do país concordaram em reduzir o salário mínimo em 22%, mas conseguiram impedir que os bônus de fim de ano fossem descartados. "Os mercados de ações asiáticos estão resistentes, sugerindo talvez que os profissionais estão mais confiantes de que os problemas da Grécia serão contidos mesmo se houver um default, pois as provisões de liquidez feitas pelo Banco Central Europeu têm tido um enorme impacto na estabilização dos mercados desde o início do ano", disse o estrategista sênior da Daiwa Capital Markets, Hirokazu Yuihama.


ONTEM – Fechamento da Bovespa, NY e Europeias:

São Paulo / SP
Bovespa tem leve queda de 0,13%, na cola do mercado europeu
A Bovespa fechou o pregão de ontem, dia 8/2, em leve baixa, com a ausência de uma esperado anúncio de medidas da Grécia para a rolagem de sua dívida com credores privados.
- O Ibovespa teve baixa de 0,13%, a 65.831 pontos.
- O giro financeiro do pregão foi de R$ 7,95 bilhões.
Análise 1 - Pela manhã, a Bolsa brasileira operou em alta com a expectativa de que o acordo na Grécia fosse anunciado nesta quarta, o que não ocorreu. Em 2012, o Ibovespa já subiu 16%, em meio a menores temores com os desdobramentos da crise de dívidas soberanas na Europa.
"O mercado ainda está no aguardo do que vai acontecer. Também foi um dia tranquilo em indicadores", afirmou o analista João Pedro Brugger, da Leme Investimentos. Ele lembrou que reuniões de líderes partidários da Grécia foram adiadas diversas vezes, mas o mercado ainda acredita que uma decisão será tomada nos próximos dias. "Até porque os líderes da Europa estão pressionando."

Análise 2 - As ações dos setores de petróleo e de mineração foram as que mais pressionaram o Ibovespa. A preferencial da Petrobras caiu 0,66%, a R$ 25,43. A também petroleira OGX perdeu 0,86%, a R$ 17,31.
A preferencial da Vale recuou 0,73%, a R$ 43,65. A MMX, com queda de 4,47%, a R$ 8,55, foi a pior do índice.
Na ponta contrária, Redecard avançou pelo segundo dia consecutivo, após o anúncio do Itaú Unibanco, que fará uma oferta pública pelas ações da operadora de cartões. O papel subiu 2,82%, a R$ 36,40, acima do valor máximo que o banco pretende pagar, de R$ 35.
Itaú também foi destaque positivo, com ganho de 2,2%, a R$ 37,20. A instituição estimou, nesta quarta-feira, uma alta de 14% a 17% em sua carteira de crédito em 2012.
Fora do índice, Triunfo foi novamente o destaque, dessa vez de alta, subindo 6,54%, a R$ 8,15, após a empresa conceder mais informações sobre os investimentos que fará no aeroporto de Viracopos, no interior de São Paulo. Nas últimas duas sessões, o papel havia caído cerca de 13%.



Nova Iorque / EUA

Bolsas dos EUA têm pequena variação à espera de Grécia
O mercado de ações dos EUA fechou praticamente estável no pregão de ontem, dia 8/2, enquanto a Grécia continua indecisa sobre realizar reformas rígidas em troca de um resgate financeiro para evitar um calote caótico.
- O índice Dow Jones, referência da bolsa de Nova York, avançou 0,04%, para 12.883 pontos. 
- O índice Standard & Poor's 500 teve valorização de 0,22%, para 1.349 pontos. 
- O termômetro de tecnologia Nasdaq subiu 0,41%, para 2.915 pontos.
- O S&P 500 e o Nasdaq tiveram altas de 0,3% até agora nesta semana, enquanto o Dow está praticamente inalterado.
Análise 1- A confiança subjacente manteve o Dow perto de sua máxima de quase quatro anos alcançada na terça-feira, embora os mercados tenham se mantido calmos desde o resultado espetacular do relatório de desemprego da semana passada. Randy Frederick, diretor de trading do Charles Schwab em Austin, Texas, disse que ele usaria qualquer recuo da Grécia como uma oportunidade para comprar. "E se a situação lá se resolver, o mercado terá altas ainda mais rápido".
Análise 2 - Líderes de partidos gregos se reuniam nesta quarta-feira para decidir, com atraso, sobre reformas exigidas pela União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Elaboradores de políticas do Banco Central Europeu (BCE) ainda estavam divididos sobre qual tipo de contribuição que o banco poderia dar para reestruturar a dívida soberana da Grécia, disseram fontes. O BCE eliminou a opção de se juntar a credores privados e aceitar voluntariamente uma redução no valor dos bônus gregos de que possui.
"Nós seríamos afetados se a Grécia for incapaz de chegar a um acordo, mas ultimamente nós temos nos desvencilhado da Europa enquanto mercados avaliam quão forte a economia parece estar", disse Frederick.
A ação da Walt Disney, um dos componentes da Dow, teve valorização de 0,7%, para R$ 41,27, um dia após ter registrado lucro trimestral acima das expectativas. Das 315 empresas no S&P 500 que registraram balanços até agora, 61% superaram as expectativas de analistas.

 

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MERCADO FINANCEIRO

São Francisco / EUA
Visa anuncia lucro de US$ 1,027 bilhão no 4º trimestre
A administradora de cartões de crédito Visa Inc. anunciou que teve um lucro líquido de US$ 1,027 bilhão no quarto trimestre de 2011 (US$ 1,49 por ação), após um lucro líquido de US$ 884 milhões no mesmo período de 2010 (US$ 1,23 por ação). A receita operacional somou US$ 2,547 bilhões no quarto trimestre de 2011, de US$ 2,238 bilhões no mesmo período do ano anterior, gerando um lucro operacional de US$ 1,618 bilhão, de US$ 1,366 bilhão no mesmo período de 2010.
Os ativos totais somavam US$ 35,768 bilhões no quarto trimestre de 2011, de US$ 34,760 bilhões no mesmo período do ano anterior.
O lucro líquido por ação superou a previsão dos analistas ouvidos pela Thomson Reuters, de US$ 1,45 por ação; a receita operacional também superou a previsão, que era de US$ 2,43 bilhões. O informe de resultados da Visa foi divulgado depois do fechamento da Bolsa de Nova Iorque. No pregão de ontem, dia 8/2, as ações da empresa haviam subido 1,28%. No after hours, depois da divulgação do balanço, elas subiram 1,77%. (Agência Dow Jones)


São Paulo / SP
Lucro da Cielo no 4º trimestre sobe 13,8% e soma R$ 504,5 milhões
A Cielo, empresa que faz credenciamento de lojistas para bandeiras de cartões, anunciou lucro líquido de R$ 504,5 milhões no quarto trimestre de 2011, aumento de 13,8% ante o mesmo período do ano anterior. No acumulado do ano, o ganho foi de R$ R$ 1,810 bilhão, redução de 1%.
O fluxo de caixa medido pelo Ebitda ajustado ficou em R$ 833,2 milhões no quarto trimestre, alta de 16,4% ante o quarto trimestre de 2010. No ano, o Ebitda ajustado cresceu 1,7%, para R$ 2,975 bilhões. Já a receita financeira líquida subiu para R$ 178,7 milhões ante R$ 109,6 milhões. No ano, ficou em R$ bilhão. Já a receita total (operacional líquida + antecipação de recebíveis) totalizou R$ 1,383 bilhão, aumento de 20,5% em relação ao três últimos meses de 2010. No ano, a receita subiu 10,1%, para R$ 4,795 bilhões.
Pelos terminais da Cielo instalado nos estabelecimentos comerciais foram capturados 1,302 bilhão em transações no quarto trimestre, alta de 17,5% em 12 meses. O volume financeiro de transações totalizou R$ 91,2 bilhões, o que representa avanço de R$ 23,2%. Em 2011, a Cielo capturou 4,622 bilhões de transações, um crescimento de 14,4% em relação ao ano de 2010. O volume financeiro de transações totalizou R$ 315,8 bilhões, representando um acréscimo de 20,7% ante os R$ 261,6 bilhões em 2010. (Agência Estado)


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INDÚSTRIA


Hong Kong / China
Lenovo anuncia lucro de US$ 153,46 milhões no 4º trimestre
A indústria de microcomputadores e notebooks Lenovo Group anunciou que teve um lucro líquido de US$ 153,46 milhões no quarto trimestre de 2011, após um lucro de US$ 99,65 milhões no mesmo período de 2010 (+54%). A receita alcançou US$ 8,37 bilhões no quarto trimestre de 2011, com crescimento de 44% em relação aos US$ 5,81 bilhões do mesmo período de 2010. Analistas previam um lucro líquido de US$ 148,3 milhões e uma receita de US$ 8,13 bilhões. A Lenovo, que comprou a divisão de computadores pessoais da IBM em 2005, é a maior fabricante de PCs da China e a quarta maior do mundo em embarques, atrás de Hewlett-Packard, Dell e Acer. (Agência Dow Jones)


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AGROBUSINESS


Da redação - Brasília/DF e São Paulo/SP
Nova lei agrícola dos EUA pode ampliar subsídios, avisa Brasil
Numa atitude raríssima, o governo brasileiro avisou ao Congresso dos Estados Unidos que várias propostas para a reforma da lei agrícola americana ("Farm Bill") aumentariam os subsídios dos produtores americanos ao invés de reduzi-los. São mudanças que criariam impactos sobre as comercializações e poderiam violar regras da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Carta - Por meio de carta assinada por Roberto Azevedo, embaixador do Brasil na OMC, a mensagem foi transmitida aos presidentes dos comitês de agricultura tanto do Senado dos EUA, Debbie Stabenow (democrata de Michigan), quanto da Câmara dos Representantes, Frank Lucas (republicano de Oklahoma). A carta é o mais claro sinal de que o governo brasileiro não pretende ficar de braços cruzados se Washington tentar aprovar uma nova injeção de subsídios aos seus agricultores.

Delicado - O exercício é delicado porque ninguém ignora como os congressistas americanos preservam sua independência e rejeitam sugestões com frequência - inclusive as da Casa Branca. A postura brasileira de agir diretamente junto aos comitês que estão elaborando a alteração na legislação se explica por uma circunstância especial: a longa disputa entre o Brasil e os EUA sobre os subsídios ao algodão americano. "É um dialogo difícil, mas saudável", afirmou Azevedo. O embaixador considera importante a posição do Brasil, logo no início do processo, antes que os parlamentares avancem muito nas definições da reforma da "Farm Bill".

Visita - Em outubro de 2011, Azevedo visitou os dois presidentes de comitês agrícolas no Congresso americano, em Washington, e explicou as preocupações do Brasil em relação a Farm Bill, especialmente, no caso do algodão. Na conversa, os parlamentares consideraram que seria ideal se a reforma já pudesse ser entendida pelo Brasil como uma solução para o contencioso do algodão. Mais de uma vez, perguntaram quais problemas os brasileiros identificavam na reforma. Na ocasião, Azevedo respondeu que tudo dependeria do tipo de programa que seria colocado na mesa.

Propostas - Na carta, o governo brasileiro examinou três propostas, defendidas pelo Conselho Nacional de Algodão (NCC, na sigla em inglês), pela federação dos agricultores americanos e por quatro senadores. E concluiu que elas causam ainda mais distorções no comércio ao dar proteção de rendimento aos agricultores por meio de programas condicionados a produção e preços, e a commodities específicas.
 
Distorções - Sem dourar a pílula em expressões diplomáticas, o Brasil deixa claro que os programas de ajuda aos agricultores americanos, como estão hoje, são menos causadores de distorções no comércio do que as propostas em debate no congresso. Tomando a direção contrária da União Europeia, vários setores nos EUA insistem em vincular subsídios com a produção de montanhas de produtos que serão despejados no mercado internacional com preços achatados, causando prejuízos para países em desenvolvimento.

Algodão - Na carta, que vazou em Washington, o Brasil reserva suas maiores críticas para a proposta do Conselho Nacional do Algodão, conhecida como Stax, que ''resultaria em bilhões de dólares de subsídios, proporcionando produtores de algodão com um incentivo grande para manter a superfície e produção atual ou mesmo aumentá-la''. Para o Brasil, nenhum programa agrícola pode ser compatível com as regras da OMC e isolar os agricultores das forças do mercado, como a entidade dos cotonicultores americanos defende.

Monitoramento - Essa proposta é monitorada com especial interesse pelo governo brasileiro por causa da longa disputa com os EUA. A visão nacional é de que um novo programa de ajuda ao algodão americano deve levar em conta, por exemplo, que o seguro para as commodities seja um instrumento de seguro e não puro subsídio; que os produtores paguem prêmios de seguro que cubram o custo do risco, que os desembolsos cubram apenas parte substancial da perda de renda, e que os programas de assistência não isolem os produtores das forças do mercado.

Mudanças - Na carta, Roberto Azevedo destaca que nenhuma das propostas examinadas fazem mudanças significativas no programa de Garantias de Crédito à Exportação (GSM-102), que a OMC considerou que violava as regras internacionais. Azevedo nota que o GSM-102 não é limitado ao algodão, e dá garantia para outras commodities como milho, grãos, peles, oleaginosas, carnes de frango e de porco, e arroz. E deixa claro que, sem modificações que adaptem o programa às regras da OMC, o Brasil tem o direito de retaliar produtos americanos.

Disputa - Os EUA perderam a longa disputa do algodão na OMC e pela primeira vez tiveram que fazer pagamento anual para evitar retaliação. Produtores brasileiros recebem US$ 147,3 milhões, por ano.
 
Corte - Segundo a newsletter "Inside US Trade", a senadora Stabenow discutiu com o presidente do Comitê de Agricultura da Câmara dos Representantes, Frank Lucas, para elaborar uma lei agrícola que resultaria em cortes de US$ 23 bilhões nos programas de ajuda. Mas a discussão não avançou e a expectativa é de que a nova Farm Bill não será aprovada antes de 2013.


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SERVIÇOS e VAREJO


São Paulo / SP

Vendas da Renner crescem 12,4%, mas lucro recua
Puxadas por uma intensa inauguração de lojas, as vendas da Renner cresceram 12,4% no quarto trimestre em relação ao mesmo período de 2010.
A companhia fechou o ano com 36 novas lojas, sendo 23 inauguradas nos últimos três meses, que elevaram em cerca de 19% as despesas com vendas.
O lucro líquido da varejista recuou 3,3% no período, para R$ 119 milhões. A companhia atribui a queda à maior despesa financeira provocada por uma emissão de debêntures e por tributação decorrente de mudança na política de dividendos. A receita subiu 18% nos últimos três meses, para R$ 1,06 bilhão e houve avanço em margens.

Segundo o diretor de Relações com Investidores da Renner, Adalberto dos Santos, apesar da melhora no consumo no quarto trimestre, os preços de algodão e alta concentração de aberturas de lojas pressionaram os custos.
"A boa notícia é que apesar de todas essas variáveis, de certa forma contrárias, a nossa margem bruta cresceu. Foi um ano em que a companhia realmente se sobressaiu em ganhos operacionais".

O resultado dos serviços financeiros da empresa recuou de R$ 33 milhões no quarto trimestre de 2010, para R$ 20,5 milhões nos últimos três meses do ano passado, impactado por despesas iniciais dos cartões com bandeiras Visa e Mastercard. Já são 540 mil desses cartões e a expectativa é atingir 1,2 milhão de unidades ao final do próximo ano.

Previsão 2012 - Santos prevê um cenário melhor para a companhia em 2012, impulsionado pelo aumento do salário mínimo, por perspectiva de menor taxas de juros e menor pressão dos custos com algodão. A previsão é inaugurar o mesmo número de lojas do ano passado. Das 36 novas unidades, 30 serão da Renner e seis da Camicado. Não há ainda programação de abertura de lojas com produtos exclusivamente femininos. O formato, que foi inaugurado em 2010 em Caixas do Sul/RS, recebeu mais uma unidade no fim do ano passado. "Se surgir uma oportunidade para ter uma [loja] feminina, repetiremos a dose porque o resultado tem sido interessante", afirma Santos. Uma das prioridades para o ano será a área de vendas virtuais. O volume de negócios da operação, que começou no ano passado, já se encaixa entre as 30 primeiras lojas da companhia, segundo Santos.

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TI, WEB e e-COMMERCE


São Francisco / EUA
Cisco tem lucro líquido de US$ 2,182 bi no 2º trimestre fiscal
A Cisco Systems anunciou que teve um lucro líquido de US$ 2,182 bilhões no segundo trimestre fiscal de 2012 (novembro/janeiro), com crescimento de 43,5% em relação ao lucro de US$ 1,521 bilhão registrado no mesmo período do ano fiscal de 2011. O lucro por ação foi de US$ 0,40, 48,1% maior do que os US$ 0,27 do mesmo período do ano anterior. As vendas líquidas somaram US$ 11,527 bilhões, com crescimento de 10,8% em relação aos US$ 10,407 bilhões do mesmo período de 2010. O fluxo de caixa foi de US$ 3,1 bilhões no segundo trimestre fiscal de 2012, de US$ 2,6 bilhões no mesmo período do ano fiscal anterior. A margem bruta foi de 61,3% no segundo trimestre fiscal de 2012, de 60,2% no mesmo período do ano anterior. A Cisco também anunciou que vai distribuir aos acionistas um dividendo trimestral de US$ 0,08 por ação ordinária. O informe de resultados da Cisco foram divulgados depois do fechamento da Bolsa de Nova Iorque. No pregão de hoje, as ações da empresa, que estão entre as componentes do índice Dow Jones, haviam subido 1,14%. No after hours, depois da divulgação do balanço, elas subiram 1,32%. (Agência Dow Jones)


São Paulo / SP
CA Technologies anuncia novo líder de operações na AL
A CA Technologies anuncia Laércio Albuquerque, atual diretor geral da CA Technologies Brasil, como sucessor de Kenneth Arredondo e, portanto, novo líder das operações da empresa na América Latina, a partir de 1º de abril.
Arredondo passará a comandar um novo segmento global da CA Technologies, a divisão Growth Market. A efetividade de todas as mudanças coincide com o início do ano fiscal 2013 da CA, em 1/4.
“Estou entusiasmado com a oportunidade de dar sequência ao sucesso atingido pelo Ken na nossa região”, comenta Albuquerque. “O mercado latino-americano apresenta todas as condições para continuar crescendo e inovando, com muito potencial para expansão. A CA Technologies está pronta para aproveitar este enorme potencial de negócios na América Latina”, diz o executivo. Albuquerque é diretor geral da CA Technologies Brasil desde abril de 2008. Antes disso, ocupou diversos cargos de gerência e diretoria na empresa onde está desde 1995. Graduado em Administração e Análise de Sistemas, possui MBA Executivo pelo Insper.


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MERCADO DE LUXO


São Paulo / SP
Victoria's Secret suspende vendas diretas para o Brasil
A grife norte-americana Victoria's Secret suspendeu as vendas diretas via correspondência aos consumidores brasileiros por extravios e violações das encomendas. (LEIA na íntegra)




 
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