Edição 555 | Ano IV





Londres / Inglaterra
Lagarde afirma que países precisam agir agora para evitar recessão
Os riscos de queda no crescimento em todo o mundo aumentaram e os países precisam agir agora, de maneira decisiva e coordenada, afirmou hoje a diretora-gerente do FMI - Fundo Monetário Internacional -, Christine Lagarde. Ela defendeu a ação imediata dos países para evitar uma nova recessão. "A verdade é que a atividade global tem desacelerado e os riscos de queda aumentaram, e ao mesmo tempo o reequilíbrio na demanda que todos nós estávamos esperando para chegarmos a um crescimento sustentável se interrompeu", disse Lagarde em uma discussão sobre a economia global na Chatham House, em Londres. A agenda de eventos da Europa de hoje, dia 9/9, traz como destaque uma reunião de ministros de Finanças e representantes dos bancos centrais dos países do G-7, na França. Durante o encontro, que terminará no sábado, serão discutidas formas de impulsionar o crescimento e evitar uma nova recessão.
Crise de confiança - Falando antes da reunião, a diretora do FMI disse que o mundo está sofrendo com uma crise de confiança, em face a uma deterioração nas previsões econômicas e os crescentes receios com dívidas soberanas e a saúde dos bancos. Se o crescimento continuar a perder força, os problemas com balanços patrimoniais vão piorar, a sustentabilidade fiscal será ameaçada e o espaço para políticas para salvar a economia vai desaparecer, afirmou Lagarde. "A principal mensagem é que, a esta altura, e devido às circunstâncias econômicas que nós estamos enfrentando, os países e os elaboradores de políticas em todo o mundo precisam agir agora, precisam agir decisivamente e agir juntos". Lagarde afirmou que as expectativas de inflação "estão bem ancoradas e relativamente baixas" e que, de uma maneira geral, "a política monetária deve permanecer altamente acomodatícia, porque o risco de recessão supera o risco de inflação".
Segundo a diretora do FMI, "em 2008 o mundo agiu como um time de cabo de guerra, com todos puxando na mesma direção". "Agora, nós precisamos ser como um time de futebol, onde o papel de cada um se adequa às suas posições e habilidades, se esse time quiser ter sucesso".  Os membros europeus do grupo devem ser questionados durante a reunião do G7 pelos EUA, Japão e Canadá sobre como pretendem evitar que a crise da zona do euro fuja do controle. (Agência Dow Jones)

Da redação – São Paulo / SP
Multinacionais já controlam publicidade no Brasil
Em meio a uma corrida pela aquisição de agências brasileiras, acelerada no último ano, dois dos maiores grupos de publicidade do mundo, o britânico WPP e o francês Publicis, comandam hoje o setor no Brasil --em primeiro e segundo lugar na compra de mídia, respectivamente. O publicitário Nizan Guanaes, da agência África, não vê problema. "Sou totalmente a favor de um mercado aberto, global." Mas outros publicitários não reagem da mesma maneira. Francisco José Moura Cunha Martins, da Artplan, diz que "o grande problema é que as contas hoje já vêm, todas elas, disputadas lá fora, o que cerceou demais o mercado para as nacionais". Seria "quase um dumping". Sem acesso às contas das multinacionais, restam "os clientes nacionais, a maior parte em varejo, e brigar na esfera governamental". E mesmo com o governo há dificuldades, pois o grupo estrangeiro "entra com quatro, cinco propostas", de suas diversas agências, "enquanto a nacional tem uma só". Sergio Amado, presidente da Ogilvy no Brasil, do grupo WPP, reage: "Discordo radicalmente. As multinacionais no Brasil estão fechando contratos locais".

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INDICADORES ECONÔMICOS

Da redação – Rio de Janeiro / RJ
Inflação do aluguel dobra em setembro
A primeira prévia do IGP-M voltou a subir em setembro. O índice avançou 0,43%, quase o dobro da taxa apurada em igual prévia em agosto (0,22%), segundo informou hoje a Fundação Getúlio Vargas (FGV). A taxa ficou dentro das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE-Projeções (entre 0,38% e 0,64%), e abaixo da mediana das expectativas (0,47%).
No caso dos três indicadores que compõem a primeira prévia do IGP-M de setembro, o IPA-M teve alta 0,49% na primeira prévia este mês, após subir 0,28% na primeira prévia de agosto. Por sua vez, o IPC-M apresentou taxa positiva de 0,42% na prévia anunciada hoje, após avançar 0,07% na primeira prévia do mês passado. Já o INCC avançou 0,10% na primeira prévia deste mês, após avançar 0,16% na primeira prévia de agosto.
O IGP-M é muito usado para reajuste no preço do aluguel. Até a primeira prévia de setembro, o índice acumula aumentos de 3,93% no ano, e de 7,23% em 12 meses. O período de coleta de preços para cálculo da primeira prévia do IGP-M de setembro foi do dia 21 a 31 de agosto.  A inflação agropecuária voltou a avançar no atacado. Os preços dos produtos agrícolas atacadistas subiram 0,86% na primeira prévia do IGP-M de setembro, após alta de 0,80% em igual prévia em agosto. No setor industrial, os preços também avançaram, com alta de 0,36% na prévia de setembro, após elevação de 0,10% na primeira prévia de agosto.
Atacado - A inflação atacadista medida pelo IPA-M acumula altas de 3,35% no ano e de 7,29% em 12 meses. Os preços dos produtos agropecuários no atacado acumulam alta de 2,61% no ano, e registram aumento de 14,56% em 12 meses. Já os preços dos produtos industriais no atacado mostraram altas de 3,61% no ano e de 4,92% em 12 meses. Entre os produtos pesquisados no atacado, as altas de preço mais expressivas foram apuradas em soja em grão (4,09%); minério de ferro (2,97%); e café em grão (7,59%). Já as mais expressivas quedas de preço no atacado foram registradas em milho em grão (-2,07%); bovinos (-1,12%); e sucos concentrados de laranja (-11,11%).
Varejo - A inflação varejista medida pelo IPC-M acumula altas de 4,51% no ano e de 6,92% em 12 meses. A aceleração na taxa do IPC-M, da primeira prévia do IGP-M de agosto para igual prévia em setembro (de 0,07% para 0,42%) foi influenciada por aceleração de preços em cinco das sete classes de despesa usadas para cálculo do indicador varejista. Mais uma vez o destaque ficou com Alimentação, cuja variação de preços passou de -0,25% para 0,60% da primeira prévia de agosto para igual prévia em setembro. Nesta classe de despesa, houve acelerações de preços, deflação mais fraca ou até mesmo término de queda de preços em frutas (de 1,24% para 5,53%), hortaliças e legumes (de -4,54% para -2,84%) e carnes bovinas (de -0,12% para 1,36%) respectivamente. Os outros grupos que mostraram acréscimos em sua taxa de variação de preços são Vestuário (de 0,25% para 1,92%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,39% para 0,54%), Educação, Leitura e Recreação (de -0,02% para 0,16%) e Transportes (de 0,12% para 0,20%). Em contrapartida, houve desaceleração e queda de preços em Habitação (de 0,25% para 0,21%) e em Despesas Diversas (de 0,08% para -0,01%), no período.
Construção - A inflação na construção civil apurada pelo INCC-M acumula elevações de 6,41% no ano e de 7,60% em 12 meses até primeira prévia do IGP-M de setembro. A desaceleração na taxa do INCC-M, da primeira prévia de agosto para igual prévia em setembro (de 0,16% para 0,10%) foi influenciada por taxas de inflação mais fracas nos preços de mão de obra (de 0,06% para 0,01%) e de materiais, equipamentos e serviços (de 0,26% para 0,18%), no período. Entre os produtos pesquisados, as altas de preço mais expressivas na construção foram registradas em cimento portland comum (0,78%); projetos (0,50%); e tinta a base de PVA (2,05%). Já as mais expressivas quedas de preço foram apuradas em vergalhões e arames de aço ao carbono (-0,81%); condutores elétricos (-0,73%); e massa de concreto (-0,17%). (Fonte: Assessoria de Imprensa FGV e Agência Estado)

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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)

HOJE – Abertura das Bolsas Asiáticas:

Tóquio / Japão
Plano de Obama não convence e Bolsas da Ásia caem
As Bolsas de Valores asiáticas fecharam em baixa nos pregões de hoje, dia 9/9,, com investidores não muito animados sobre o pacote de US$ 447 bilhões criado pelo presidente Barack Obama para estimular o emprego nos EUA.
- Em Tóquio, o índice Nikkei recuou 0,63%. O índice das ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão caía 1,07%, depois de oscilar entre positivo e negativo, e rumava para a primeira perda semanal após duas semanas no azul.
- O índice de Seul caiu 1,83 %.
- O mercado se desvalorizou 0,23% em Hong Kong.
- Alguns mercados regionais destoaram da tendência geral, porém, com as Bolsas de Sydney e Taiwan, ambas fortemente influenciadas pela demanda da China, registrando ganhos de 0,16% e 0,82%, respectivamente.
- Enquanto o índice referencial de Xangai recuou 0,05%. Cingapura perdeu 1,11%.
Análise - Os investidores também aguardam a reunião do G7 nesta sexta, com a fraca recuperação econômica global e a crise de dívida da zona do euro em pauta. No entanto, houve boas notícias da China. A inflação ao consumidor do país parece ter atingido o cume, com os números de agosto ficando pouco abaixo da máxima em três anos atingida em julho, destacando expectativas de que o banco central adie o ciclo de aperto monetário. Preocupações com a piora das perspectivas no mundo desenvolvido fez com que países asiáticos, como Coreia do Sul e Indonésia, mantivessem a taxa básica de juros ontem, seguindo medidas similares na Austrália, no Canadá, no Japão e na Suécia.


ONTEM – Fechamento da Bovespa, NY e Europeias:


São Paulo / SP
Bovespa avança 1,8% no fechamento, na contramão de Wall Street
A exemplo de terça-feira, dia 7/9, as ações da Vale puxaram mais uma vez a recuperação da Bolsa de Valores brasileira no pregão de ontem, dia 8/9, que descolou das Bolsas americanas.
- O índice Ibovespa avançou 1,80% no fechamento, batendo os 57.623 pontos.
- O giro financeiro foi de R$ 6,32 bilhões.
- Já o dólar comercial foi negociado por R$ 1,661, em alta de 0,18%.
Análise 1 - Nos EUA, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, caiu 1,04%. Nesse mercado, houve alguma frustração com o discurso de Ben Bernanke (titular do banco central local), que em um discurso no início desta tarde somente reafirmou o compromisso da autoridade monetária em dar estímulos à economia, sem apresentar detalhes. Sem antecipar o relativo otimismo visto ontem em Wall Street com a perspectiva de uma nova rodada de estímulos à economia americana, os investidores voltaram às compras usando os papéis da mineradora como "porta de entrada". Somente a ação preferencial da Vale movimentou R$ 873 milhões em negócios, mais que o dobro do giro registrado para o segundo papel mais movimentado da Bolsa brasileira, a ação preferencial da Petrobras. Enquanto o primeiro ativo teve alta de 1,84%, o segundo se valorizou em 0,92%.
Análise 2 - Para analistas, o mercado brasileiro de ações ainda se beneficia de uma correção dos "exageros" de agosto, quando a Bolsa doméstica derreteu até mais do que as praças financeiras de economias em condições muito piores. Nesse retorno dos investidores, a ação da mineradora ganhou a preferência dos investidores, já que analistas do mercado há tempos têm pesadas restrições contra a petrolífera. O diretor da corretora Futura, João Ferreira, destaca que, além do fator preço (as ações brasileiras estão bastante desvalorizadas neste ano), o fator "juro mais baixo" também pode explicar a recuperação da Bolsa. “O Banco Central está agindo como o 'dono da bola'. Ele já decidiu que os juros vão cair, e somente resta ao mercado se ajustar a essa nova realidade. Se você perguntar para 100 economistas, 98 vão dizer que essa queda dos juros foi precipitada, mas já está claro que o BC está agindo afinado com a Fazenda", comenta, refletindo uma opinião generalizada no setor financeiro.

Nova Iorque / EUA
Bolsas caem em NY após discurso de presidente do BC americano
O índice Dow Jones Industrial, o principal de Wall Street, fechou em baixa de 1,04% nos pregões de ontem, dia 8/9, após o presidente do Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano), Ben Bernanke, não ter revelado se serão tomadas mais medidas de estímulo na próxima reunião da entidade.
- O indicador, que agrupa 30 das maiores empresas americanas, caiu 119,05 pontos, para 11.295,81.
- O índice seletivo S&P 500 recuou 1,06%, para 1.185,90.
- Enquanto o indicador da bolsa eletrônica, a Nasdaq, fechou em queda de 0,78%, para 2.529,14 pontos.
Análise - Ontem, Bernanke afirmou que o Fed "está preparado para usar suas ferramentas para estimular a economia de maneira apropriada", mas não antecipou se recorrerá a elas na reunião do banco marcada para o final do mês. Após as palavras de Bernanke em Minneapolis e à espera de que o presidente americano, Barack Obama, apresente seu plano para aumentar a criação de empregos no país, os investidores seguiram a tendência de vendas, e a maior parte dos componentes do Dow Jones fechou em baixa. As principais quedas foram das ações dos bancos JPMorgan Chase (-3,76%) e Bank of America (-3,74%), além dos títulos da gigante do setor aeronáutico Boeing (-3,22 %), da empresa do setor químico Dupont (-2,19%) e do grupo Walt Disney (-2,08 %).

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AGROBUSINESS


Da redação – São Paulo / SP
Avicultura brasileira manterá liderança no mercado mundial
Apesar de prejudicado pela situação cambial que derrubou a competitividade nas vendas ao mercado externo, a avicultura industrial barriga-verde continuará tendo grande participação no mercado mundial, de acordo com o presidente da Associação Catarinense de Avicultura (Acav), Clever Pirola Ávila. Santa Catarina rivaliza com o Paraná na posição de maior produtor e exportador nacional de carne de frango, tem mais de 10.000 avicultores produzindo num setor que emprega diretamente 40 mil pessoas e, indiretamente, mais de 80 mil trabalhadores. Considerado um dos mais experientes executivos da indústria brasileira de carnes, com 30 anos de atividade na área, Clever Ávila é engenheiro químico pós-graduado em processamento de alimentos, tem 52 anos de idade e é natural de Criciúma/SC.


Um amplo estudo conjunto da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e da Agência das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) prevê que,  na próxima década, haverá preços elevados e grande volatilidade internacional, e o Brasil será um dos países mais beneficiados. O Sr. concorda?
Clever Pirola Ávila – Certamente o Brasil terá a preferência desta fatia disponível, pelos aspectos da oferta brasileira, qualidade, bem-estar animal, aspectos ambientais e sociais.


Como fazer para estimular o aumento da produção global e reduzir  a volatilidade nos mercados de commodities agrícolas, que nos últimos anos elevaram índices inflacionários e chegaram a provocar protestos nas ruas de diversos países?
Ávila – O caminho será fazer melhor com menos. Isto através do repensar a produção, reduzir o desperdício, reuso dos recursos naturais e reciclagem dos resíduos gerados.


Como fazer baixar os preços de muitas commodities básicas para a produção de alimentos, que se mantêm em patamares mais elevados tanto em termos nominal como real se comparados aos da década anterior?
Ávila – A relação universal oferta-demanda prevalece na economia e somente estas variáveis alteradas podem impactar em preços.


A FAO prevê que, em média e em termos reais, deverão subir até 50% os preços das carnes e 20% os preços dos cereais nos próximos anos. A avicultura brasileira abocanhará esses ganhos?
Ávila –   Certamente a avicultura manterá sua liderança de crescimento pelos aspectos de ciclo produtivo reduzido, saudabilidade e competitividade.


Os custos da produção agrícola estão em crescimento e a produtividade em queda: como resolver isso?
Ávila –  Ao meu ver a produtividade não está em queda, observamos ano a ano a evolução genética, novos métodos de manejo, melhoria do bem estar animal e a evolução da saúde animal. E são estes aspectos que podem minimizar os custos produtivos.


O crescimento populacional e o aumento da renda em grandes emergentes como China e Índia continuarão a sustentar as compras de arroz, carne, lácteos, óleos vegetais e açúcar no mercado mundial?
Ávila – Não somente o crescimento populacional propiciará, como também o acesso ao consumo das classes mais pobres.


Quanto crescerá a produção agrícola como resposta natural dos produtores aos atuais preços elevados?
Ávila –  A produção só crescerá se for viável economicamente e/ou através dos permanentes subsídios Governamentais mundo afora.


Como o Brasil vai desarmar a armadilha da inflação (real sobrevalorizado e perda de competitividade)?
Ávila –  Novamente, entendo que a produtividade está aumentando.  O aumento da relação comercial entre os Países, prevalecendo os acordos na OMC, e observando a vocação produtiva de cada região ajudará no controle da inflação. (Fonte: MB Comunicação)

 

Da redação – São Paulo / SP
Nova tecnologia verde amarela ajudará produção de feijão com segurança
Uma das doenças mais importantes da cultura do feijoeiro, no Brasil, é o mosaico dourado. Essa doença é causada por um vírus que é transmitido por um inseto-praga chamado mosca branca, a qual coloniza também muitas espécies de plantas cultivadas e selvagens. Somente no Brasil as perdas devido a essa praga é estimada entre 90 e 280 mil toneladas de grãos anualmente, quantidade que seria suficiente para alimentar entre 6 e 20 milhões de brasileiros adultos. Além disso, pelo menos 200.000 hectares estão atualmente inviabilizados para o cultivo do feijoeiro.
A Embrapa desenvolveu, com a utilização da engenharia genética, um feijão resistente a  essa doença. Devido ao fato de não haver no Brasil sistemas de cultivo ou feijoeiros convencionais que possam prover níveis adequados de resistência ao mosaico dourado, a Embrapa buscou uma alternativa biotecnológica para desenvolver feijoeiros resistentes.
Para isso foi utilizada uma técnica revolucionária, ganhadora do Prêmio Nobel de Medicina de 2006, chamada de RNA interferente. Esse mecanismo que levou à resistência ao mosaico dourado não é baseado em proteínas, e já é muito bem conhecido pelos pesquisadores.
Esse feijão foi desenvolvido em um período de 10 anos e estudado por quase uma centena de pesquisadores brasileiros em dez instituições públicas. Os estudos foram conduzidos em condições de solo e clima representativo das áreas em que se cultiva 90% do feijoeiro comum no Brasil. Foi feita uma comparação nutricional com 5 tipos de feijão cultivados por 5 anos nas regiões Centro Oeste, Nordeste, Sul e Sudeste. Os resultados obtidos mostram que esse feijoeiro é tão seguro para o meio ambiente ou para o consumo por humanos quanto os feijões que já são cultivados no Brasil. Essa tecnologia deverá reduzir sobremaneira a necessidade de aplicação de inseticidas no controle do inseto transmissor da doença (mosca branca), com ganhos econômicos e ambientais importantes.
Entendendo que os estudos de biossegurança realizados com o feijão resistente ao mosaico dourado são suficientes para demonstrar sua segurança para o meio ambiente brasileiro e para a saúde humana, a Embrapa requereu à Comissão Técnica Nacional de Biosegurança (CTNBio) a sua aprovação para cultivo comercial. Um dos valores que pautam a conduta da Embrapa é a responsabilidade socio-ambiental, que garante que as tecnologias por ela geradas visem sempre o benefício da agricultura , com o necessário cuidado à sustentabilidade  do meio ambiente, e o benefício da sociedade brasileira. O feijoeiro trangenico da Embrapa não é uma exceção a esta regra. A Embrapa acredita firmemente que esta nova ferramenta trará grandes benefícios para produtores e consumidores deste alimento, que não pode faltar na mesa dos brasileiros. (Fonte: Assessoria de Imprensa da Embrapa)

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SETOR AUTOMOTIVO


Frankfurt / Alemanha
Fusão com Porsche ficará para depois de 2011, diz Volkswagen
A Volkswagen disse que atrasará a fusão com a Porsche para depois de 2011 e que examinará outras formas de criar um "grupo automobilístico integrado", diante de questões legais não resolvidas que assombram a fabricante do icônico carro esportivo 911. A Porsche e a Volkswagen concordaram em 2009 em selar um acordo de fusão até o fim de 2011, mas sinalizaram em fevereiro que a união enfrentava atrasos devido a questões legais e a uma investigação criminal do ex-presidente-executivo e do ex-vice-presidente-financeiro da Porsche.  Ontem, dia 8/9, a Volkswagen afirmou que discussões posteriores com a Porsche "chegaram à conclusão de que a planejada união não poderia ser implementada no cronograma fornecido no acordo".  Em outro comunicado, a Porsche disse que as companhias não conseguiram chegar a um acordo sobre a avaliação da Porsche exigida para o cálculo da troca de ações. A Volkswagen também disse que sua diretoria administrativa irá analisar nas próximas semanas "se existem outras opções de ação para se atingir a meta de criar um grupo automotivo integrado com a Porsche".

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SERVIÇOS e VAREJO


Tóquio / Japão
Apple recorre a tribunal japonês para banir vendas da Samsung
A Apple quer proibir as vendas de alguns dos aparelhos da Samsung no Japão, acusando a rival de violar patentes relativas ao iPhone e ao iPad, na mais recente batalha da guerra de patentes entre as duas companhias. A Apple abriu um processo no tribunal distrital de Tóquio solicitando a suspensão das vendas dos celulares inteligentes Galaxy S e S II e do tablet Galaxy Tab 7 no Japão, de acordo com fontes com conhecimento da situação. A primeira audiência ocorreu na quarta-feira, dia 7/9, de acordo com uma dessas fontes. A Samsung está envolvida desde abril em uma disputa com a Apple quanto a patentes de tablets e smartphones. Os aparelhos da linha Galaxy são vistos como os principais rivais dos dispositivos móveis da Apple, que conquistaram imenso sucesso.
Em uma batalha mundial de propriedade intelectual, a Apple anunciou que a linha Galaxy de celulares inteligentes e tablets copiava "descaradamente" o iPhone e o iPad, e abriu processos contra o grupo sul-coreano nos Estados Unidos, na Austrália, na Coreia do Sul e na Europa. A Samsung, cujos tablets usam o sistema operacional Android, do Google, também abriu processos contra a Apple.
A Samsung abriu processo contra a Apple no Japão em abril, e a Apple reagiu com processo contra a rival em 23 de agosto, segundo a Samsung. A Apple solicitou indenização de 100 milhões de ienes (US$ 1,3 milhão), além da proibição de vendas, de acordo com a agência de notícias Kyodo, a primeira a divulgar o caso. O Samsung Galaxy S vendeu mais que o iPhone no Japão entre janeiro e março, de acordo com o grupo de pesquisa de mercado Strategy Analytics. Um porta-voz do tribunal distrital de Tóquio disse que não está autorizado a comentar processos em andamento.
No mês passado, a Samsung anunciou que adiaria o lançamento de novos modelos Galaxy na Austrália para depois de uma decisão judicial aguardada para o final de setembro. Na semana passada, um tribunal alemão proibiu a venda do Galaxy Tab 7.7. Na quinta-feira, a NTT Docomo, maior operadora japonesa de telefonia móvel, lançou o Samsung Galaxy Tab 10.1 em sua rede LTE de alta velocidade. "A Samsung nos informou e tudo está bem", disse Ryuji Yamada, presidente da NTT Docomo, a jornalistas, durante o lançamento, quando perguntado sobre a disputa. "Não acreditamos que isso prejudique nossas vendas, a essa altura".  (Agência Reuters)

 

Da redação – São Paulo / SP
Grandes supermercadistas investem em pescados
O Grupo Pão de Açúcar e o Carrefour, dois maiores supermercadistas nacionais, participam da 8ª edição da Semana do Peixe, criada pelo Ministério da Pesca e Aquicultura, que acontece de 11 a 24 de setembro em todo o país. No Pão de Açúcar, a expectativa é que a campanha gere um aumento de 20% no volume de vendas em relação ao mesmo período do ano passado. Nas lojas das bandeiras Extra e Pão de Açúcar, a ação acontece até o dia 18 e a empresa espera sentir positivamente os efeitos do novo Centro de Distribuição de pescados do Grupo, que aumentou em 50% a capacidade de distribuição e armazenamento de peixes e frutos do mar para as lojas da rede. Já o Carrefour abasteceu suas lojas com mais de 120 tipos de pescados frescos e congelados, com destaque para os produtos com Garantia de Origem, que são cultivados em cativeiro a partir de rigorosos conceitos de sustentabilidade e responsabilidade ambiental e social

 

Da redação – São Paulo / SP
Sodexo compra brasileira Puras e assume liderança em refeições coletivas
A fornecedora de refeições coletivas francesa Sodexo anunciou ontem a compra da Puras, segunda maior empresa do setor no Brasil. A transação foi fechada por 525 milhões de euros (R$ 1,2 bilhão) e, com isso, a Sodexo passa a liderar o setor de refeições coletivas, com um faturamento da ordem de R$ 2 bilhões. O segundo posto agora é detido pela GRSA, do grupo inglês Compass, que teve receita de R$ 1,6 bilhão no ano passado.

 

Da redação – Porto Alegre  RS
Empresários gaúchos mantêm otimismo em relação ao cenárioconômico e aos seus negócios
Os empresários do setor de comércio do Rio Grande do Sul permancem otimistas a respeito do cenário atual e também das perspectivas futuras da economia e dos seus negócios. Esse é o resultado da apuração do Índice de Confiança do Empresário do Comércio do RS (ICEC-RS), medido pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) e divulgado regionalmente ontem, dia 8/9, pela Fecomércio-RS. Na capital gaúcha, o índice ficou em 129,7 no mês de agosto, demonstrando ligeira melhora em relação a julho (129,0).
As empresas com 50 empregados ou mais, apesar de permanecerem mais otimistas do que as menores, registrando (141,8 pontos), enquanto as empresas com menos de 50 empregados tiveram aumento no indicador, ao passarem para 129,5 pontos. Na classificação por grupo de atividades, as empresas vendedoras de bens duráveis são as menos otimistas, com 126,5 pontos, enquanto as vendedoras de semiduráveis são as mais confiantes, com 132,8 pontos.
Na visão do presidente do Sistema Fecomércio-RS (Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do RS), Zildo De Marchi, o indicador de confiança do empresário gaúcho apresentou nova elevação decorrente dos componentes referentes à expectativa quanto ao futuro e ao indicador de investimentos, sendo que o indicador de condições atuais foi o único a apresentar reversão. “A piora das condições no ambiente externo teve uma menor repercussão na formação das expectativas para o futuro do que o imaginado originalmente. Aparentemente, a perspectiva de queda da taxa Selic, que acabou se efetivando antes do previsto, contribuiu para a elevação da confiança dos empresários”, explicou De Marchi. O ICEC é medido em todas as capitais brasileiras. Formado por três componentes – Índice de Condições Atuais (ICAEC), Índice de Expectativas (IEEC) e Índice de Investimentos (IIEC) –, considera otimista o índice acima de 100 pontos. Em Porto Alegre, foram pesquisados 328 estabelecimentos do comércio varejista.(Fonte: Assessoria de Imprensa da Fercomércio/RS)

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COMÉRCIO EXTERIOR


Da redação – Porto Alegre / RS
Importações se equiparam às exportações industriais no RS
A balança comercial dos produtos industrializados gaúchos fechou agosto com o saldo praticamente zerado. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, as importações do setor avançaram 38,6%, somando US$ 1,4 bilhão. Já as exportações cresceram em um ritmo consideravelmente inferior (16,6%) no período, atingindo US$ 1,39 bilhão. “Essa é uma consequência direta da valorização do real perante o dólar, o que torna o setor industrial menos competitivo no âmbito internacional, e, por outro lado, impulsiona as importações”, afirmou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Heitor José Müller.
Nessa base de comparação, as vendas externas das indústrias responderam por 74,6% de tudo que o Estado embarcou. No ano passado, essa participação era de 86,6%. Já os produtos básicos cresceram 164,9% no período, praticamente dobrando o seu peso na pauta gaúcha (12,2% para 23,9%), devido, em grande parte, ao aumento verificado nas vendas de grãos de soja (166,3%). Os setores industriais com os avanços mais significativos nas exportações foram Veículos Automotores, Reboques e Carrocerias (65,2%), Químicos (57%) e Alimentos (34,6%). Já as quedas mais expressivas foram registradas nos segmentos de Tabaco (-29,7%) e Couro e Calçados (-5,9%).
No que se refere aos destinos, a China manteve a primeira colocação em agosto, mais que dobrando a sua participação na pauta do Estado (9,2% para 20,6%) em relação ao mesmo mês do ano passado. Os principais produtos importados pelo país asiático foram grãos e óleos de soja, carne de frango in natura e celulose. Em seguida veio a Argentina, com 10,1%, recebendo partes e acessórios para tratores e veículos, óleo diesel e produtos químicos. Na terceira posição, respondendo por 6,3% da pauta, ficaram os Estados Unidos, em que se destacaram os embarques de calçados e tabaco não manufaturado.
O Rio Grande do Sul ocupou a quinta posição entre os Estados exportadores, com 7,1% de participação na pauta brasileira de agosto. O primeiro lugar ficou com São Paulo (24%), seguido por Minas Gerais (15,7%), Rio de Janeiro (11,9%) e Pará (7,8%). O crescimento das importações de produtos industrializados foi alavancado pelas compras de Máquinas e Equipamentos (69,7%), Químicos (67,9%), Derivados de Petróleo (51,7%) e Veículos Automotores, Reboques e Carrocerias (28,3%). (Fonte: Assessoria de Comunicação Fiergs)


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TI, WEB e e-COMMERCE


Nova Iorque / EUA
Carol Bartz xinga Yahoo! por demissão

Recém-demitida do cargo de executiva-chefe do Yahoo!, Carol Bartz, 63 anos, usou um palavrão ao falar sobre o que aconteceu. "Esse pessoal me fodeu", disse em entrevista à revista "Fortune".  A "Fortune" afirma que 24 horas depois do momento em que Roy Bostock, presidente do conselho do Yahoo!, demitiu Carol por telefone, ela ligou para a revista para contar a história da demissão com exclusividade, enquanto vários repórteres estavam perto do portão de sua casa. Na terça-feira, dia 7/9, de acordo com o que foi relatado à "Fortune", Carol ligou para Bostock, que começou a ler uma carta de demissão preparada por um advogado.  "Roy, acho que isso é um roteiro. Por que você não tem os colhões para me contar isso com suas próprias palavras?", disse Carol na conversa com Bostock. "Eu entendi, eu entendi. Achei que você tivesse mais classe", acrescentou. (Fonte: redação da Fortune)

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INFRAESTRUTURA e LOGÍSTICA


Nova Iorque / EUA

Amazon faz parceria logística com lojas de conveniência 7-Eleven

A Amazon.com iniciou um projeto piloto em parceria com a rede de lojas de conveniência 7-Eleven na região de Seattle. As lojas do teste contam com armários automatizados, que só podem ser abertos com códigos de barras associados a um pedido. Os clientes poderão receber seus pedidos em uma loja 7-Eleven e receberão um código de barras que é escaneado para abrir o armário no momento da retirada do produto. Para a Amazon, o processo aumenta a segurança oferecida aos clientes, enquanto para a 7-Eleven o benefício é o aumento do fluxo de clientes. Além disso, a iniciativa é uma medida da varejista online para combater as iniciativas multicanal de varejistas tradicionais, como a Best Buy e o Walmart. (Agência EFE)


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ENERGIA


São Paulo / SP

Raízen pode diminuir previsão de importação de etanol
Com a redução da mistura do álcool anidro na gasolina, a Raízen, maior produtora de etanol do país, estuda rever o volume de etanol que previa importar até abril do ano que vem, disse o vice-presidente de Açúcar, Etanol e Bioenergia da empresa, Pedro Mizutani. Sem citar volumes, o executivo afirma que a companhia já realizou importações do biocombustível neste ano, previa um volume adicional do produto, que agora está sob avaliação. "O país terá uma produção grande de anidro que só não será maior porque agora, com a redução da mistura, haverá redirecionamento do caldo da cana para o etanol hidratado", afirma Mizutani. No dia 30 de agosto, o governo reduziu de 25% para 20% a quantidade de etanol anidro na gasolina por tempo indeterminado. De acordo com a Unica (União da Indústria da Cana-de-Açúcar), que representa as usinas do Centro-Sul, até o momento foram firmados contratos de importação de mais de 500 milhões de litros de anidro dos Estados Unidos, com desembarque previsto o período entre setembro e abril de 2012.  De acordo com a entidade, é possível que parte dessa importação seja desnecessária, agora que a mistura foi alterada. (Agência Valor)


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TURISMO e GASTRONOMIA


Da redação – Rio de Janeiro / RJ

Lafayette Organic
Desde meados dos anos 1980, a elite francesa desfila pelos corredores das Galeries Lafayette atrás de produtos de marcas de luxo. Tudo começou com uma pequena mercearia de 70 metros quadrados no número 1 da rua La Fayette. Hoje, porém, o ateliê de prêt-à-porter se transformou numa rede gigante com 650 lojas de departamento, 4,3 mil funcionários e um faturamento de mais de 5 bilhões de euros. Mas o privilégio de usufruir das Galeries deixou de ser apenas dos franceses e dos turistas que passam pela França. Depois de chegar a Dubai e ao Marrocos nos últimos dois anos, em 2013 será a vez dos chineses desfrutarem do luxo da rede. O conceito das Galeries Lafayette é o de oferecer em um só espaço dezenas de marcas de roupas de luxo como Paul Smith, Burlington, Armani, Calvin Klein e Ralph Lauren, de bijuterias como  Agatha, Swarovski, Guess e Cartier e também de decoração, como Jardin d'Ulysse, Sia e Carré Blanc. Mas, ao longo dos anos, a rede também se firmou com suas criações pessoais com as marcas Cadet Roussel, Kids Grafitti, Miss Avant Première, Avant Première, Briefing e Jodhpur.
Satisfazer o sonho de consumo dos seus clientes, no entanto, parece não ser a única preocupação das Galeries Lafayette. Recentemente, a rede inaugurou um restaurante orgânico no térreo da sua loja do Boulevard Haussmann, em Paris, para atender a demanda cada vez maior por uma alimentação saudável. Com uma arquitetura diferenciada, o Lafayette Organic foi planejado pelos designers da prestigiada agência Jouin-Manku. Patrick Jouin e Sanjit Manku fizeram do restaurante uma interpretação bem contemporânea da cozinha orgânica. A transparência é onipresente para tornar o espaço visível do lado de fora, assim como a cozinha, onde as refeições são preparadas no último minuto. No interior, sentados em bancos altos, os clientes relaxam com a ampla luminosidade do ambiente graças as suas imensas janelas.
Preparadas no local para preservar o frescor dos produtos, todas as receitas possuem o certificado orgânico. O menu explora o uso de ingredientes da região de Île-de-France, de Feucherolles e de Perche. Salgados a base de queijos franceses, pães de Garrigue, frutas frescas e chocolate quente orgânico. Tudo para repor as energias dos clientes antes das compras. Os produtos podem ser consumidos no local ou retirados para viagem. (Fonte: Gestão de Luxo/FAAP, Roberta Namour)


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AGENDA – Eventos / Cursos / Feiras


Da redação - Porto Alegre / RS
ESADE participa III Seminário de Direito da Família
Evento em parceria com UniRitter e IBDFAM será nos dias 28 e 29 setembro
 Os novos paradigmas dos núcleos familiares brasileiros serão o foco do III Seminário UniRitter/ESADE/IBDFAM de Direito da Família.  (LEIA +)





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