Edição 546 | Ano IV

São Paulo / SP
A tendência é de queda do PIB mundial
O economista Henrique Meirelles, presidente da Autoridade Pública Olímpica e ex-presidente do Banco Central (BC), reconheceu ontem, dia 24/8, a possibilidade de uma recessão mundial, mas ponderou que esse não é o cenário mais provável. Na avaliação dele, a tendência predominante é de que haja um baixo crescimento da economia mundial, com alguns momentos até mesmo de crescimento negativo. "Há uma possibilidade de recessão, sim. Mas não é a hipótese mais provável", afirmou Meirelles. "Para se configurar uma recessão é preciso haver pelo menos dois trimestres consecutivos de crescimento negativo", lembrou.
O ex-presidente do BC presidiu hoje cerimônia de entrega do Prêmio Abrasca de Criação de Valor 2011, promovida na capital paulista. Ele observou ainda que uma recessão só pode ser considerada séria quando há um crescimento negativo por um período maior. "De qualquer maneira, é possível que haja recessão e é algo que todos nós estamos trabalhando para evitar", disse.
Ontem, a agência de classificação de risco Moody's havia divulgado comunicado rebaixando o rating do Japão de Aa2 para Aa3, com perspectiva estável. A entidade citou como justificativa o déficit orçamentário japonês e as dívidas acumuladas desde a recessão mundial em 2009. O rebaixamento alimentou no mercado mundial a apreensão em torno de uma nova recessão. (Agência Estado)

Brasília / DF
Economistas esperam desaceleração do crédito e alta nos atrasos
Economistas do setor privado avaliam que a desaceleração do crédito apareceu de forma mais clara nos dados julho e projetam mais quedas nas concessões e alta moderada da inadimplência. A pesquisa mensal de crédito divulgada nesta quarta-feira (24) pelo Banco Central mostrou que os juros ao consumidor caíram pelo segundo mês seguido, a inadimplência voltou a crescer e a contratação de novos empréstimos recuou no mês passado.
Alexandre Andrade, da consultoria Tendências, projeta um crescimento de 17,3% no crédito neste ano, pouco acima dos 15% esperados pelo BC. Avalia, no entanto, que essa diferença não traria impacto significativo sobre a inflação. "Os efeitos do crédito hoje sobre a inflação são relativamente baixos. Quando se olha os índices de preços, os seguimentos que mais pressionam são alimentação e serviços. Nos bens duráveis, considerando que as pessoas se endividam para comprar veículos e eletrodomésticos, os preços estão em queda", afirmou. Em relação à inadimplência, diz que o indicador atingirá seu pico neste semestre, para recuar até o início de 2012.
Para o economista, a piora se deve ao aumento de juros e às restrições de prazo em linhas mais baratas, como consignado e veículos, o que levou muitas pessoas para o cheque especial. O aumento da renda e do emprego, no entanto, ajudarão a reverter esse movimento.
Carlos Thadeu de Freitas, economista-chefe da CNC (Confederação Nacional do Comércio), diz que apenas uma piora significativa na crise externa, que afete o mercado de trabalho no Brasil, pode levar a uma disparada nos atrasos. Para o economista, a inadimplência não vai cair como o BC está esperando, mas também não vai subir muito.
"Você ainda está vendo reajuste real de salário, mesmo com expectativa de vendas menores. Se há uma bolha, é no mercado de trabalho, não no mercado de crédito." Wemerson França, da consultoria LCA, diz que a desaceleração do crédito demorou a chegar, mas está aparecendo de forma mais nítida agora e deve se tornar mais clara no final do terceiro trimestre.
Deve contribuir para isso o aumento nos atrasos. França espera que a inadimplência chegue a 7% nos próximos meses, dentro da média histórica, e fique estável em 2012. "O aumento está dentro do esperado, porque as medidas de restrição trouxeram o custo do crédito para outro patamar."

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INDICADORES ECONÔMICOS


Da redação – São Paulo / SP
Segunda prévia do IGP-M mostra alta em agosto
O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) registrou, no segundo decêndio de agosto, variação de 0,33%. No mês anterior, para o mesmo período de coleta, a variação foi de -0,21%. O segundo decêndio do IGP-M compreende o intervalo entre os dias 21 do mês anterior e 10 do mês de referência.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) apresentou elevação de 0,45%, no segundo decêndio de agosto. No mesmo período do mês anterior, registrou-se queda de 0,38%. A taxa de variação dos Bens Finais avançou de -0,01% para 0,80%. A maior contribuição para esta aceleração teve origem no subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de -1,05% para 3,07%.
A taxa de variação do grupo Bens Intermediários passou de 0,16%, em julho, para -0,50%, em agosto. O destaque coube ao subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa passou de 0,20% para -1,15%.
O índice referente a Matérias-Primas Brutas teve sua taxa de variação elevada de -1,50% para 1,29%. Os itens que mais contribuíram para este movimento foram: soja (em grão) (-2,44% para 1,74%), suínos (-7,02% para 19,76%) e bovinos (-0,82% para 2,56%). Em sentido oposto, destacam-se: trigo (em grão) (1,24% para -2,48%), milho (em grão) (-0,68% para -0,85%) e leite in natura (1,12% para 0,71%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou variação de 0,08%, no segundo decêndio de agosto, ante -0,11%, no mesmo período do mês anterior. Cinco das sete classes de despesa componentes do índice apresentaram acréscimo, com destaque para Alimentação (-0,85% para -0,13%). Neste grupo, vale mencionar o comportamento dos preços dos itens: frutas (-4,65% para 2,18%) e laticínios (-0,51% para 0,65%).
Também apresentaram acréscimo em suas taxas de variação os grupos: Habitação (0,26% para 0,35%), Despesas Diversas (0,04% para 0,10%), Transportes (-0,02% para 0,01%) e Educação, Leitura e Recreação (-0,01% para 0,01%). Os itens que mais contribuíram para estes movimentos foram: aluguel residencial (0,26% para 0,61%), cerveja (-0,66% para 1,09%), gasolina (-0,73% para -0,08%) e show musical (-2,24% para 1,85%), respectivamente.
Em contrapartida, apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos: Vestuário (0,37% para -0,75%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,41% para 0,37%). Nestas classes de despesa, os itens que mais influenciaram foram: roupas (0,38% para -0,85%) e produtos médico-odontológicos (0,27% para 0,17%), respectivamente.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) apresentou, no segundo decêndio de agosto, variação de 0,18%. No segundo decêndio do mês anterior, a taxa foi de 0,63%. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,32%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,36%. O índice que representa o custo da Mão de Obra registrou taxa de 0,04%, no segundo decêndio de agosto. Na apuração referente ao mesmo período do mês anterior, o índice variou 0,90%.

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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)

HOJE – Abertura das Bolsas:


ONTEM – Fechamento da Bovespa, NY e Europeias:

São Paulo / SP
Bovespa descola do exterior e fecha estável; dólar sobe

Em mais um dia de muita volatilidade nos mercados, a Bovespa terminou a quarta-feira perto da estabilidade, na contramão das Bolsas nos Estados Unidos.
- O Ibovespa subiu 0,02%, atingindo os 53.795 pontos.
- O giro financeiro foi de R$ 5,58 bilhões.
- O dólar comercial foi negociado por R$ 1,611, na venda, em alta de 0,68%. - Já o dólar turismo foi vendido por R$ 1,710 e comprado por R$ 1,540 nas casas de câmbio paulistas.
Análise - Na Bovespa, o giro financeiro diário desde o início da semana está abaixo da média do mês. Um forte aumento na demanda por bens duráveis nos EUA enfraqueceu os temores de que a economia do país ruma para uma nova recessão. As companhias fizeram mais pedidos por aviões, carros e outros bens da categoria em julho. O índice subiu 4%, o maior aumento desde março, segundo o Departamento do Comércio.




Nova Iorque / EUA
Bolsas dos EUA sobem com investidor se afastando do ouro
Os principais índices do mercado acionário dos EUA exibiram ganhos pelo segundo dia seguido nesta quarta-feira em um pregão volátil, conforme investidores se voltaram para ações baratas do setor financeiro e se afastaram de ativos mais seguros como o ouro.
- O índice Dow Jones, referência da Bolsa de Nova York, avançou 1,29%, chegando aos 11.320 pontos. 

- O índice Standard & Poor's 500 teve valorização de 1,31%, para 1.177 pontos, na terceira alta consecutiva.
- O Nasdaq subiu 0,88%, para 2.467 pontos.
Análise 1 - O mercado acionário oscilou entre perdas e ganhos, em meio à expectativa do pronunciamento de Ben Bernanke, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), na sexta-feira.
Há esperança de que Bernanke sinalize mais estímulos que possam auxiliar a economia dos EUA, mas é mais provável que Bernanke discuta medidas gradualistas. "Alguns investidores têm comprado papéis, pois parece que já vimos as mínimas desse período de correção", disse o vice-presidente de investimentos da Hugh Johnson Advisors LLC, Hugh Johnson, em Nova York.
"(Mas) os investidores experientes não esperam um QE3 (terceiro programa de estímulo). Eles não esperam que o Federal Reserve anuncie nada significativo", afirmou.

Análise 2 - A ação do Bank of America, que é componente do Dow, disparou 11%, revertendo as perdas da terça-feira, dia em que atingiu a mínima em dois anos e meio por temores de que o banco teria de levantar grandes quantidades de capital. No mês, contudo, os papéis do banco ainda acumulam queda de mais de 30%. O índice financeiro do S&P subiu 2,8%, com as ações do JPMorgan Chase avançando 3%. Papéis de empresas consideradas mais estabelecidas como CVS Caremark e Time Warner estiveram entre os que mais ganharam. A ação da CVS avançou 3,1%, e a da Time Warner teve ganho de 3,3%.


Londres / Inglaterra
Índice de Bolsas europeias fecha na máxima em uma semana
O principal índice das ações europeias fechou na máxima em uma semana nesta quarta-feira, reagindo a dados melhores que o esperado nos Estados Unidos e a esperanças de que o chairman do Fed (Federal Reserve, banco central dos EUA), Ben Bernanke, possa sinalizar na sexta-feira mais estímulos econômicos.
- O FTSEurofirst 300 subiu 1,3%, para 935 pontos, segundo dados preliminares. Foi a terceira alta seguida, levando o índice ao maior patamar de encerramento desde 17 de agosto.
O sentimento melhorou por expectativas de que o discurso de Bernanke, a ser feito num simpósio anual do Fed em Jackson Hole, seja semelhante ao dado no ano passado, quando Bernanke sugeriu que o banco central norte-americano agiria se as condições se deteriorassem. Dois meses depois, o Fed começou a injetar US$ 600 bilhões no sistema financeiro, através da compra direta de Treasuries.
"O mercado tem tido um rali com o otimismo sobre Jackson Hole. Esperamos que Bernanke tire o coelho da cartola novamente e possa comprar ativos de menor qualidade com o balanço do Fed", disse o gestor de fundos da Bedlam Asset Management Richard Greenwood, que gerencia 700 milhões de dólares.
"Ele tem que ser criativo, já que não tem muitas opções à mão", disse Greenwood. "É apenas um rali de alívio e é sustentável apenas quando os dados e o sentimento melhorarem."
As ações do setor automotivo, que vêm acumulando quedas nas últimas cinco semanas, estiveram entre as de melhor desempenho, amparadas por compras de oportunidade e por esperanças de que a demanda global por veículos volte a crescer.
O índice do setor subiu 4,6%. BMW avançou 4,3%, enquanto Volkswagen apurou ganho de 4,1%.
- Em Londres, o índice Financial Times fechou em alta de 1,49%, a 5.205 pontos.
- Em Frankfurt, o índice DAX subiu 2,69%, para 5.681 pontos.
- Em Paris, o índice CAC-40 ganhou 1,79%, a 3.139 pontos.
- Em Milão, o índice Ftse/Mib teve valorização de 1,86%, para 14.981 pontos.
- Em Madri, o índice Ibex-35 avançou 1,08%, a 8.369 pontos.
- Em Lisboa, o índice PSI20 encerrou em alta de 0,52%, para 6.126 pontos.

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MERCADO FINANCEIRO


São Paulo / SP
BTG Pactual negocia fusão com grupo chileno Celfin
O BTG Pactual, maior banco brasileiro de investimento, estuda fundir suas operações com o grupo chileno Celfin. O valor do negócio não foi divulgado. Além do Chile, o Celfin atua nos mercados de gestão de recursos, banco de investimento e corretora de valores do Peru e da Colômbia. Segundo o Pactual, a fusão deverá criar o maior banco de atacado da América Latina. Na semana passada, o Pactual anunciou que está disposto a abrir o seu capital na Bolsa de Valores. O BTG Pactual é liderado pelo banqueiro André Esteves e conta com mais 40 executivos como sócios. Entre os acionistas do Pactual estão os fundos soberanos (dos governos) da China e de Cingapura. Junto com o rival Credit Suisse, o Pactual comanda desde 2004 as aberturas de capital de empresas brasileiras na Bolsa de Valores. De acordo com nota, as negociações com o Celfin são exclusivas (ambos não podem negociar fusão com outras instituições financeiras). O avanço da fusão depende de avaliação feita pelas consultorias contratadas e aprovação dos reguladores. "Se concluída, a fusão criará o maior banco de investimento da América Latina, com posição de liderança nos mais importantes mercados latino-americanos. As instituições acreditam que têm culturas semelhantes e que poderão criar sinergias significativas com a fusão, beneficiando seus respectivos clientes, funcionários e acionistas", afirmou o banco, em nota.

Rio de Janeiro / RJ
Petrobras Distribuidora operará rede própria de cartões
A Petrobras Distribuidora terá um sistema próprio de gestão de cartões de crédito em seus quase 7 mil postos de revenda de combustíveis. A empresa fechou parceria com a Cielo, líder do segmento no país, mais a CTF e a First Data para oferecer o novo sistema de pagamentos a seus clientes. Primeiro serão 65 postos no Rio de Janeiro, mas até o fim do ano os revendedores da BR em todo o país deverão ter o sistema em operação.
Atualmente, a rede de postos da BR aluga o sistema de outras empresas como a própria Cielo e a Redecard, que cobram taxas entre 1,9% a 3% do valor das compras. Segundo o presidente da BR Distribuidora, José Lima Neto, na rede própria essas taxas serão menores, mas ele não quis dizer números. "Serão negociadas caso a caso", afirmou.
Mesmo com taxas menores, os consumidores não terão ganhos representativos, segundo Lima Neto. Para ele, o principal objetivo é fidelizar o cliente final e o revendedor com o novo sistema. No caso dos revendedores, terão suas margens de lucro maiores com o serviço mais barato. Para o consumidor final, deverá ser criado um sistema de fidelização com premiações.
O serviço será estendido também para os clientes da subsidiária de GLP da Petrobras, a Liquigás, até o fim do ano, que poderão, pela primeira vez, comprar o botijão e pagar no cartão de crédito. Atualmente, o pagamento tem que ser feito à vista, em dinheiro. "Hoje, a compra do botijão é um serviço exclusivamente pré-pago, mas com o cartão deixará de ser", disse o diretor financeiro da BR Distribuidora, Nestor Cerveró. (Agência Folha)

São Paulo / SP
Febraban estuda contratos mais simples para reduzir reclamaçõesO diretor de Autorregulação da Febraban (Federação Brasileira dos Bancos), Gustavo Marrone, admitiu que a falta de informação clara e simplificada é o que gera reclamações de consumidores contra o sistema financeiro. Marrone apresentou propostas para resolver o problema em seminário realizado pelas comissões de Finanças e Tributação e de Defesa do Consumidor sobre o sistema financeiro nacional.
Segundo ele, as principais reclamações dizem respeito a cobranças indevidas. Parte delas decorre de serviços realmente não solicitados ou de cobranças não mais permitidas, mas presentes em contratos anteriores às mudanças na legislação. "Não interessa ao banco dar um produto ao consumidor que daqui a seis meses não vai ser mais cliente do banco. Interessa ao banco criar uma rede de sustentabilidade, onde ele vai ser consumidor sempre desse banco", disse.
A responsabilidade das instituições financeiras sobre a ação pouco ética de seus correspondentes bancários foi cobrada durante o seminário. Chamados de "pastinhas", esses agentes oferecem serviços bancários nos locais onde não existem agências. Segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central, Sérgio Belsito, o mecanismo é útil, mas precisa ser interiorizado e fiscalizado pelas empresas que terceirizam o serviço e, indiretamente, pelo Banco Central. "Existe uma competitividade predatória entre eles. Existe a necessidade de repassar o valor que é pago a eles como comissão, porque eles brigam por causa disso. E o banco tem metas para cumprir, a disputa é muito grande e acontece que o banco, de uma certa forma, fecha os olhos para uma atuação inescrupulosa do correspondente", declarou.
O Brasil tem 30 milhões de novos consumidores de produtos bancários. Segundo a coordenadora do Grupo de Trabalho do Sistema Financeiro Nacional, do Ministério Público Federal, Valquíria Quixadá, é preciso investir na educação financeira da população, mas também responsabilizar as entidades que oferecem o crédito.

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INDÚSTRIA

Nova Iorque / EUA
Steve Jobs renuncia à presidência da AppleSteve Jobs, 56, anunciou ontem, dia 24/8, que deixará a presidência-executiva da Apple, cargo que ocupava desde 1997. Sua saída levanta dúvidas sobre o futuro da maior empresa de tecnologia do mundo. Os motivos não foram revelados, mas o executivo está desde janeiro de licença médica - a terceira nos últimos sete anos. "Sempre disse que, se chegasse o dia em que não poderia mais cumprir meus deveres e expectativas, eu seria o primeiro a avisá-los", disse Jobs em comunicado à diretoria da Apple. "Infelizmente esse dia chegou."
Jobs passou por um transplante de fígado há dois anos e, em 2004, descobriu que tinha uma forma rara de câncer no pâncreas. Nas suas raras aparições neste ano, como no lançamento do iPad 2, em março, ele pareceu ainda mais magro que o normal.
Apesar de estar de licença desde o início de janeiro (nem ele nem a Apple explicaram a razão), o momento do anúncio foi considerado surpreendente, aumentando ainda mais os questionamentos sobre o estado da sua saúde. Segundo o "Wall Street Journal", o executivo continuava envolvido nos últimos meses na empresa e na estratégia de desenvolvimento de produtos --nova versão do iPad deve chegar às lojas nos próximos meses, assim como o mais recente iPhone.
TROCA DE COMANDO - Jobs afirmou que pretende continuar como empregado, diretor e presidente do conselho da Apple e recomendou que Tim Cook, 50, que o substitui desde janeiro, assuma a presidência definitivamente. A direção da Apple confirmou que tanto Cook será o novo presidente-executivo como que Jobs comandará o conselho.
Cook está na empresa desde 1998 e foi o responsável por transformar a cadeia de fornecedores da Apple, tornando-a mais eficiente. Mas não tem o perfil de "showman" de Jobs. Ainda que Jobs continue trabalhando, não se sabe qual o impacto que sua saída terá nos rumos da empresa, em que ele era a principal força criativa.
Ele teve papel fundamental no renascimento da linha Mac e no desenvolvimento de produtos como iPad, iPod e iPhone, que inicialmente pareciam supérfluos, mas que se tornaram fenômenos de massa, transformando a indústria em torno deles. Isso não quer dizer que todas as suas investidas deram certo. O serviço MobileMe e, em menor grau, o Apple TV podem ser considerados apostas fracassadas.
FALÊNCIA - Ao retornar à Apple em 1996, Jobs (que fundou a empresa nos anos 1970 e saiu em 1984) liderou reviravolta em que transformou uma companhia à beira da falência em um ícone e na segunda maior do mundo em termos de valor de mercado, e muito perto da líder, a ExxonMobil. Desde que assumiu, em setembro de 1997, a presidência-executiva da companhia, as ações da Apple se valorizaram em mais de 6.700%.
Como comparação, a Microsoft, que na volta de Jobs à Apple era a líder em tecnologia, vale hoje US$ 209 bilhões, cerca de US$ 140 bilhões menos que a rival. As ações da Apple fecharam ontem com alta de 0,69%, mas o anúncio da saída de Jobs foi feito após o fechamento das Bolsas nos EUA. No "after market", os papéis chegaram a cair 7%.

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AGROBUSINESS


Da redação - São Paulo / SP
Indústria frigorífica quer incentivos para impulsionar a criação de novilho precoce
A convite da secretaria da Agricultura, da Pecuária e do Desenvolvimento Agrário, representantes de quatro frigoríficos do Estado do Tocantins e o presidente do Sindicarnes ? Sindicato das Indústrias de Carnes Joaquim Carlos (Marlon) se reuniram na manhã desta quarta-feira, 24 de agosto, com o secretário executivo da pasta, Ruiter Padua, tratar de questões relacionadas ao setor. A reunião ocorreu no gabinete da Seagro. Um dos assuntos abordados foi uma proposta da indústria frigorífica para que o Governo do Estado estude uma forma de incentivar o produtor a aderir à criação de animais com características para o novilho precoce. Segundo o presidente do Sindicarnes, os frigoríficos estão trabalhando no limite no período da entressafra, devido à falta de boi no Estado. “O Governo deveria aumentar o ICMS do bovino para fora do Estado, pois compradores de outros estados estão retirando os garrotes daqui a 3,5% para engorda e quando o gado volta para o Tocantins, o imposto é de 7%”, cobrou Marlon.
Para o secretário executivo, Ruiter Padua, uma das alternativas é a recuperação das pastagens com a utilização do Programa ABC do Governo Federal. “Temos que encontrar uma forma de incentivar e motivar o produtor para que ele possa recuperar sua pastagem, pois o Governo já oferece todos os incentivos de ICMS para o produtor e para os frigoríficos”, explicou.
O diretor de Segurança Alimentar da Seagro, Reynaldo Soares, defendeu a apresentação de uma proposta de valorização do boi, juntamente com o novilho precoce. “Temos que levar as informações sobre as formas de incentivo para o produtor e se a indústria frigorífica não pactuar com o projeto não vai funcionar”, considera Soares.
Outro assunto também tratado foi uma política de incentivo para a indústria do couro, de forma que o produtor seja estimulado a cuidar melhor do couro bovino. “Abrimos essa discussão com os curtumes do estado e esperamos melhorar a qualidade do couro tocantinense”, informou Ruiter.
De acordo com Marlon uma proposta de incentivo para a criação de novilho precoce e outras questões relacionadas à indústria frigorífica já está sendo elaborada e deverá ser apresentada para a Secretaria da Agricultura, até o dia 14 do próximo mês. Em relação à pauta de ICMS – Imposto Sobre Circulação de Mercadoria e Serviço, o sindicato marcará audiência com a Secretaria da Fazenda para discutir o assunto.

Da redação – São Paulo / SP
Mercado do boi gordo de São Paulo dá sinais de menor oferta

Em São Paulo, de acordo com levantamento da Scot Consultoria, a arroba do boi gordo é negociada por R$ 98 à vista, livre de Funrural, embora as ofertas menores continuem ocorrendo, mas com dificuldade na compra. A oferta dá sinais de redução novamente e, mesmo ofertando o preço de referência, está mais difícil negociar. As escalas de abate estão menores do que na semana anterior, atendendo de 3 a 4 dias em média, com alguns frigoríficos precisando de boiadas para serem abatidas imediatamente. Existem compradores realizando negócio a R$ 102 por arroba, a prazo livre de Funrural, no Estado. A estabilidade no mercado se dá em um momento onde a carne segue com demanda lenta, o que mostra que o volume de oferta é o que tem regulado o mercado. (Fonte: Scot Consultoria)

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SETOR AUTOMOTIVO


São Paulo / SP
Investimento coreano no Brasil sobe 213% em 2011

Metódico como o empresário japonês e ousado como o chinês. É assim que advogados e consultores do setor corporativo definem o perfil do empreendedor coreano, que tem aumentado a presença no Brasil. O IED - Investimento Estrangeiro Direto - da Coreia do Sul no Brasil de janeiro a julho de 2011 mais que triplicou em relação ao verificado no mesmo período de 2010. Saltou de US$ 194 milhões para US$ 608 milhões, um aumento de 213,4%. O tigre asiático ficou entre os 10 países que mais investiram no país neste ano. Em 2010, estava na distante 21ª colocação. A combinação de cautela e ousadia, que pode parecer contraditória, faz dos coreanos empresários bem-sucedidos, que não costumam voltar atrás depois de uma decisão tomada. Eles demoram a decidir, tudo parece um pouco burocrático. Mas, depois de estabelecidas as diretrizes de um negócio, são muito ágeis e eficazes em transformar em realidade", diz Martim Machado, sócio do Campos Mello Advogados, que tem cooperação com o DLA Piper (EUA). A Hyundai Motor, por exemplo, investiu US$ 600 milhões em uma fábrica em Piracicaba, interior paulista, para produzir 150 mil automóveis por ano a partir do segundo semestre de 2012.  (Agência Folha)


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SERVIÇOS & VAREJO


São Paulo / SP
Faber-Castell quer chegar a 200 pontos de venda no BrasilA Faber-Castell quer aumentar, até o final deste ano, de 150 para 200 o número de pontos de venda no Brasil do conceito "shop in shop". No formato, a empresa monta uma seção dentro de grandes lojas em que os produtos da marca são organizados por segmentos e faixas etárias. Como a marca vende mil itens diferentes no Brasil, esse é visto como o modelo de exposição mais eficiente. "Nossa posição no Brasil é muito interessante e temos uma excelente base para crescer", afirma o presidente da empresa, Anton Wolfgang von Faber-Castell, integrante da oitava geração da família que fabrica lápis há 250 anos. No Brasil para comemorar o aniversário da empresa, ele disse em conversa que quer disseminar a linha de brinquedos da marca, a Creativity for Kids. "A Faber-Castell tem um grande número de produtos que as pessoas não conhecem ainda. Por enquanto ela é muito conhecida como marca escolar", afirmou.
O conde disse ficar impressionado, na era da tecnologia, com o crescimento das vendas de lápis de cor. "Se me perguntassem 30 anos atrás, eu seria muito mais pessimista do que sou hoje." Ele afirma que 2010 foi o melhor ano das últimas três décadas para o produto. Somente no Brasil a Faber-Castell fabrica 1,8 bilhão de lápis por ano. O país é também a origem de um terço do faturamento da empresa, que tem sua marca vendida em 69 mil lojas.

Da redação – São Paulo / SPMagazine Luiza passa a vender pelas redes sociais O Magazine Luiza anunciou ontem, durante o DIGITAILING – Fórum Internacional de Varejo Digital, em São Paulo, o lançamento do Magazine Você, uma loja personalizada, na qual os usuários do Facebook e do Orkut podem vender os produtos do Magazine Luiza. A vitrine de cada perfil pode ser montada com produtos exclusivos de uma linha, como esportes, tecnologia ou decoração. “O Magazine Você permite que os usuários recebam indicações das pessoas em quem confiam, e que os amigos sejam remunerados por isso”, comenta Frederico Trajano, diretor de marketing e vendas da rede. As compras são feitas pelas redes sociais e o fechamento ocorre no site do Magazine Luiza. Os vendedores recebem uma comissão que varia de 2,5% a 4,5% do valor do produto. “É como uma venda porta a porta, mas pela internet. É uma venda clique a clique”, diz Trajano. Os amigos do usuário que criou a miniloja virtual podem ver todos os detalhes de cada item, o preço e a dica do divulgador, que também pode enviar alertas para os amigos nas redes.

Da redação – São Paulo / SPGiraffas tem aumento nas vendas de refeições para crianças Pela primeira vez, as vendas do GiraPrato, linha de refeições infantis do Giraffas, ultrapassaram as de sanduíches: no primeiro semestre, passaram a responder por 55% das vendas destinadas a esse público. No período, a rede de restaurantes registrou aumento de 18,5% nas vendas do GiraPrato, composto por salada, filé (de frango ou carne vermelha), arroz e feijão, em relação ao mesmo período do ano passado. O crescimento contínuo da linha de pratos nos dois últimos anos é fruto de um investimento de R$ 3,5 milhões em pesquisas e na implantação de ações de incentivo a hábitos saudáveis.

Da redação – São Paulo / SPSorocred projeta alta de 45% no financiamento à construção O financiamento à compra de materiais de construção deve crescer 45% em 2011 na financeira Sorocred, especializada em atender as classes C e D. isso porque, depois de conquistar o financiamento popular da casa própria, a nova classe média está demandando pequenas reformas para deixar o imóvel ao seu gosto. A financeira fechou convênios com 9 mil lojas de material de construção em todo o Brasil, para que os lojistas forneçam crédito aos consumidores para a compra de materiais de construção.


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TI, WEB & e-COMMERCE

São Paulo / SP
Netflix está chegando no Brasil em 5 de setembro

Acabou o mistério. No dia 5 de setembro a americana Netflix, maior locadora virtual do mundo, anunciará sua chegada ao Brasil. O anúncio oficial contará com a presença de Reed Hastings, fundador e diretor-geral da companhia. A vinda da Netflix para o país já era cogitada há vários anos, mas o movimento só tomou corpo este ano, quando a companhia anunciou que sua estratégia de expansão internacional - que começou pelo Canadá -  incluiria a América Latina. No fim de abril a Netflix abriu oficialmente uma subsidiária no Brasil. Segundo a Jucesp (Junta Comercial de São Paulo), a Netflix Entretenimento Brasil é descrita como portal e provedora de conteúdo e outros serviços de informação na internet.

Nova Iorque / EUA
HP perde liderança no mercado de servidores para a IBMO grupo americano de informática Hewlett-Packard (HP) perdeu a liderança no mercado de servidores para a IBM. As duas empresas foram seguidas por Dell, Oracle e Fujitsu no segundo trimestre de 2011, segundo estudo do gabinete especializado IDC. A IBM controla agora 30,5% do mercado mundial, contra 29,8% da HP, assinala a IDC, que enfatiza, no entanto, que isso "estatisticamente equivale a uma igualdade". No primeiro trimestre, a HP retinha 31,5% do mercado, e a IBM controlava 29,2%. O volume de negócios no setor aumentou 17,9% em relação ao mesmo período do ano passado, alcançando US$ 13,2 bilhões no segundo trimestre. (Agence France Presse / AFP)

Da redação – Rio de Janeiro / RJ

Nova Pontocom quer fechar 2011 com R$ 4 bilhões em vendas A Nova Pontocom, empresa que reúne as operações online Extra.com.br, Pontofrio.com e CasasBahia.com.br, faturou R$ 2,7 bilhões em 2010, posicionando-se como o segundo maior player online do país. Para este ano, segundo German Quiroga, CEO da empresa, que participou ontem do DIGITAILING – Fórum Internacional de Varejo Digital em São Paulo, a expectativa é aumentar as vendas para a casa de R$ 4 bilhões, em boa parte devido aos investimentos em logística que dobraram a capacidade de armazenamento da empresa para 200 mil metros quadrados. No ano passado, a empresa apresentou um crescimento de três vezes no número de pedidos entregues e sofreu os impactos das dificuldades logísticas no fim do ano, deixando para entregar somente após o Natal os pedidos feitos a partir de 18 de dezembro.

Da redação – Porto Alegre / RS
T@rgetTrust apóia Seminário de Teste da SUCESU-RS
O Seminário de Testes organizado pela Sociedade dos Usuários de Informática e Telecomunicação do Rio Grande do Sul (Sucesu-RS), será no próximo sábado, 27/8, na Pontíficia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), prédio 32, auditório térreo, das 9h30min às 17h. O evento  terá diversas palestras relacionadas a testes de software e  recebe o apoio da T@rgetTrust, empresa que há 18 anos forma profissionais de qualidade na área de Tecnologia da Informação (TI). Para participar do Seminário é necessário fazer a inscrição no site http://www.rs.sucesu.org.br/inscricao/gutsday270811, e, no dia, levar 3Kg de alimentos não perecíveis,para serem doados  Clinica Esperança de Amparo a Criança. (Fonte: Assecom)

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MERCADO DE LUXO


Da redação – São Paulo / SP

Swarovski planeja abrir 76 unidades na América Latina A velocidade de crescimento da austríaca Swarovski, especializada em cristal lapidado, impressiona. Até 1999, não havia uma loja da empresa. Hoje são quase 2 mil e o ritmo de abertura é de quatro por semana, entre franqueadas e lojas próprias. (LEIA +)

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AGENDA – Eventos / Cursos / Feiras

Da redação – Porto Alegre / RS
O futuro do Biodiesel no Brasil em discussão na ExpointerLideranças das áreas da agricultura, cooperativismo, indústrias, associações, sindicatos, produtores familiares, órgãos federais e estaduais, entre outros participarão no dia 29 de agosto, próxima segunda-feira, às 12h, no Auditório da FARSUL, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio/RS, durante a 34º EXPOINTER - Exposição Internacional de Animais, Máquinas, Implementos e Produtos Agropecuários - do 1º Encontro Sul: Repensando o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB) no Brasil. O evento tem por objetivo aproximar os diversos atores da cadeia produtiva do debate sobre o futuro do PNPB, além do que, ao final da atividade, será encaminhado ao Governo Federal um documento com as resoluções do encontro.
Segundo o Presidente da Associação dos Produtores de Biodiesel do Brasil (APROBIO), Erasmo Carlos Battistella (também Diretor Presidente BSBIOS) o evento é uma ótima oportunidade de reunir forças para avançar com o marco regulatório do Biodiesel. “A cadeia produtiva precisa estar unida em prol das necessidades do setor, precisamos afinar o discurso para conseguirmos melhorias,” afirmou. Hoje o país tem condições de aumentar significativamente o percentual de acréscimo de Biodiesel ao Óleo Diesel, “queremos chegar a COPA de 2014 com 10% de adição, isso seria um marco para o Brasil e, mais em 2020 com 20% de acréscimo”, destacou Battistella.
Basttidtella lembra ainda que o uso do biodiesel, além dos benefícios para a economia, implica em reflexos ambientais e impulsiona o desenvolvimento da agronegócio. “A agricultura, do grande produtor ao familiar, é envolvido no processo, além da aquisição de commodities, como a soja, também há o incentivo a outras culturas não tão tradicionais, como o que acontece na região sul do país com a Canola, trazendo entre outros benefícios, alternativa de renda aos produtores,” salientou o presidente da Aprobio.

SERVIÇO:1º Encontro Sul: Repensando o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB) no Brasil
Data: 29/08/2011 - segunda-feira
Horário: a partir das 12h
Local: Auditório da FARSUL – Parque de Exposições Assis Brasil - Esteio (RS)

PROGRAMAÇÃO:12h - Recepção dos convidados e almoço no local (por adesão).
13h30min – Abertura dos trabalhos e formação da mesa;
            - Presidente da FARSUL – Carlos Rivaci Sperotto;
            - Secretário da SEAPA RS – Luiz F. Mainardi;
           - Presidente da APROBIO – Erasmo Carlos Battistella;
            - Presidente da FETAG RS – Elton R. Weber;
            - Representante do Governo Federal;
            - Presidente da FIERGS – Heitor José Müller;
            - Presidente da FECOAGRO – Rui Polidoro Pinto;
            - Moderador da Mesa: Presidente da ABEF- Francisco Sérgio Turra
14h – Resultados do PNPB no Brasil na visão da Indústria e proposta de avanços do atual Marco Regulatório
Erasmo Carlos Battistella – Presidente da APROBIO – Associação dos Produtores de Biodiesel no Brasil;
14h30min – Manifestação das Instituições promotoras
            - FETAG, FARSUL, SEAPA, CASA CIVIL, FIERGS e FECOAGRO
15h – Interação com os participantes e debate do tema;
15h30min – Encaminhamento das proposições do encontro;
16h – Encerramento.



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