Edição 514 | Ano III



Brasília/DF e Rio de Janeiro/RJ
Mudança de comando na Vale, chefiada por Agnelli, deve acontecer antes de Dilma viajar à China

O governo deseja alcançar com demais acionistas controladores na Vale um acordo para a mudança no comando da mineradora antes da viagem da presidente Dilma Rousseff para a China, no dia 9/4, segundo apurou a Reuters com uma fonte do Palácio do Planalto que pediu para não ter o nome revelado. O futuro da administração da Vale, a maior produtora mundial de minério de ferro, ficou em aberto nesta semana após ter sido divulgado pela imprensa que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, pediu a substituição do atual presidente executivo, Roger Agnelli, em reunião com a cúpula do Bradesco, outro importante acionista controlador da companhia. O Ministério da Fazenda não confirmou nem negou a informação, informando apenas que não comentaria o assunto.
No governo, a saída de Agnelli, que está há dez anos no comando da empresa, é dada como certa. De acordo com a fonte, a avaliação do Planalto no momento é a de que os demais acionistas controladores já não apresentam resistência a uma mudança. A discussão, agora, estaria em torno do nome do eventual sucessor. Na estrutura da Vale, se os acionistas no bloco de controle decidirem por uma alteração no comando, uma lista com três nomes deve ser apresentada na reunião do conselho de administração. Então, pelo menos 75 por cento dos acionistas controladores precisam concordar em um nome.
O governo, por meio do BNDESPar, não possui esse montante para executar a mudança, mesmo incluída a grande fatia detida pelo Previ, o fundo de pensão do Banco do Brasil. Por isso precisa de um acordo com os outros grandes acionistas, Bradesco e a trading Mitsui. Segundo uma outra fonte do governo, que também falou sob a condição de anonimato, ainda não há definição sobre o nome preferido para o posto.
A presidente Dilma Rousseff viaja à China no dia 9 de abril. Lá, ela participa da reunião dos BRICs (Brasil, Rússia, China e Índia) e fará uma visita oficial ao país. Não está descartada a possibilidade de que o novo executivo da Vale acompanhe a comitiva brasileira, segundo a fonte do Palácio, mas o tempo seria bastante curto para isso. Possivelmente, a intenção de definir a troca antes da viagem estaria associada ao tempo em que Dilma permanecerá fora do país, apesar de que a questão comercial Brasil-China também é de grande importância, já que o país asiático é o maior importador mundial de minério de ferro e a Vale, sua maior fornecedora.
Ontem, circularam comentários de que poderia ocorrer uma demissão coletiva de diretores da Vale no caso de Agnelli ser realmente substituído no comando. Uma fonte na companhia confirmou que existe essa intenção por parte de alguns executivos, mas não soube informar se efetivamente todos eles estariam propensos a acompanhar o movimento. Os funcionários da companhia também estariam planejando um protesto na sexta-feira contra o que classificam como intromissão de Brasília nos assuntos de uma companhia privada, apesar de o governo federal deter, direta e indiretamente, uma importante participação acionária na empresa. Os trabalhadores planejam ir ao trabalho na sexta-feira vestindo preto, como forma de protesto. Em Brasília, a oposição pretende continuar pressionando o governo a prestar esclarecimentos sobre o assunto. A intenção é fazer com que o ministro Guido Mantega compareça a alguma das comissões, tanto na Câmara como no Senado, que desejam ouvi-lo. (Agência Reuters)


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INDICADORES ECONÔMICOS


Da redação – Porto Alegre / RS
ANÁLISE – Os importados mais caros dificultam controle da inflação
A crise mundial de 2008 provocou uma queda global de preços que contribuiu para controlar a inflação no Brasil nos últimos dois anos. No entanto, com a recuperação dos países desenvolvidos, principalmente dos EUA, e também com o forte crescimento dos emergentes, como China e Brasil, houve uma recuperação dos preços dos produtos comercializados internacionalmente. O raciocínio é simples: quando tem mais gente querendo comprar, as coisas ficam mais caras. O resultado disso é que os itens importados pelo Brasil sobem de preço desde outubro. Isso vale tanto para commodities - aqueles insumos básicos como petróleo, minério e soja -, como para produtos industrializados, como calçados, roupas, veículos e eletrônicos. O governo está atento a esse movimento. A presidente Dilma Rousseff e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, têm inclusive usado esse fenômeno para justificar a alta da inflação no Brasil. Eles avaliam que a valorização das commodities provocou o encarecimento pontual dos alimentos, e que essa pressão inflacionária tende a perder força nos próximos meses. Para Dilma e Mantega, não é o excesso de consumo, aqui no Brasil, que está empurrando a inflação para cima. A maioria dos economistas discorda. Até porque os dados do IBGE mostram que os serviços -como dentista, advogado, profissionais de limpeza - estão cada vez mais caros no Brasil. E isso não está relacionado à demanda global. É um reflexo, na verdade, do aumento da renda dos brasileiros. Existem, portanto, dois problemas: o governo tem que segurar a demanda doméstica, num cenário em que o mercado externo está colocando mais lenha na fogueira inflacionária. (Kátya Desessards)


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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)

São Paulo / SP
Francesa Lafarge planeja IPO de unidade brasileira
A produtora francesa de cimento Lafarge, maior do setor no mundo, estaria contratando bancos para uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) de sua unidade brasileira, segundo noticiou ontem, dia 24/3, o IFR, um serviço da Thomson Reuters. Ainda há um debate sobre se a companhia completará neste ano o IPO, que deve ser bilionário, mas profissionais de bancos estão dizendo que esse seria o plano. O Morgan Stanley deve ser escolhido coordenador-líder da operação, segundo o IFR, com alguns dos maiores financiadores da Lafarge também ajudando a estruturar a oferta, incluindo Citigroup, HSBC, BNP Paribas, Natixis e Société Générale.
A Lafarge está no Brasil desde 1959, com fábricas e estações de moagem para a produção de cimento em Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Goiás, Paraíba, Bahia e Pernambuco. O grupo tem ainda unidades de concreto, mineração e gesso. A Lafarge dobrou de tamanho no Brasil em julho do ano passado, depois de assumir ativos da Votorantim pela venda de sua participação na cimenteira portuguesa Cimpor ao conglomerado brasileiro. A capacidade da Lafarge no país subiu para cerca de 7 milhões de toneladas anuais, colocando a empresa entre as maiores do setor.
As vendas de cimento no Brasil vêm sendo puxadas pelo desempenho do setor de construção civil, sobretudo na área de imóveis residenciais, impulsionada pelo programa do governo Minha Casa, Minha Vida. Além disso, os empreendimentos do PAC - Programa de Aceleração do Crescimento - estão aumentando a demanda por cimento e há ainda importantes obras previstas para Copa do Mundo e Olimpíadas, em 2014 e 2016, respectivamente. Durante os 12 meses até fevereiro, as vendas de cimento no mercado interno cresceram 14,2% sobre o período anterior, com 59,9 milhões de toneladas, segundo dados do Snic - Sindicato Nacional da Indústria de Cimento.
A brasileira Liz Cimentos está com IPO em andamento e será a primeira do setor a ter ações negociadas na Bovespa. A Liz - focada nos mercados de Minas Gerais e São Paulo - levantará até 837 milhões de reais em sua oferta primária, considerando o teto do preço sugerido para a ação e o exercício integral de lotes suplementar e adicional de papéis, se houver demanda. (Agência Reuters)

HOJE – Fechamento na Ásia / Abertura das Bolsas Europeias: Não teremos os resultados (PROBLEMAS de CONEXÃO com as Agências da ÁSIA e EUROPA)



ONTEM – Fechamento da Bovespa, NY e Europeias:

São Paulo / SP
Bolsa brasileira contrasta com mercados e recua 0,39%
A Bovespa descolou mais uma vez dos demais mercados, registrando perdas – no pregão de ontem -, dia 24/3, nos seus papéis de maior influência nos negócios. No exterior, o rebaixamento do "rating" (nota de risco) de Portugal não foi suficiente para desestimular o apetite por riscos dos investidores, num contexto em que os problemas "nucleares" do Japão aparentam relativo controle. Os papéis da Vale continuam prejudicadas pelas especulações a respeito da saída de Roger Agnelli da presidência, junto com empregados e diretores da companhia, como aponta reportagem da Folha. A ação preferencial da mineradora, que respondeu por 10% dos negócios da Bolsa, desvalorizou 1%, enquanto a ordinária cedeu 1,19%.
- O índice Ibovespa, que reflete os preços das ações mais negociadas, retrocedeu 0,39% no fechamento, aos 67.532 pontos.
- O giro financeiro foi de R$ 5,08 bilhões. Nos EUA, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, valorizou 0,70%.
- Em seu quinto consecutivo de queda, o dólar comercial foi negociado por R$ 1,658, em um declínio de 0,18%.
- A taxa de risco-país marca 171 pontos, mesma pontuação de ontem.
Análise 1 - No front doméstico, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontou uma taxa de desemprego de 6,4% em fevereiro ante 6,1% em janeiro. O resultado do desemprego no mês passado representa a menor taxa apurada para um mês de fevereiro desde o início da série histórica iniciada em março de 2002. O gigante do setor frigorífico JBS registrou prejuízo de R$ 264 milhões no exercício de 2010, ante um lucro de R$ 220,1 milhões no balanço anterior. Somente no quarto trimestre, as perdas somam R$ 539,3 milhões, ante um lucro de R$ 127,9 milhões no trimestre final de 2009. A ação ordinária cedeu 3,6% no pregão de hoje. "O resultado da JBS acabou ficando abaixo da nossa expectativa e o aumento dos preços dos grãos e do boi está pressionando as margens, principalmente da operação de carne de frango da JBS USA e da JBS Mercosul", avalia o departamento de análise da Link Investimentos, em relatório sobre o balanço da empresa. A captura de sinergias com as recém-adquiridas Bertin e Pilgrim pode, no entanto, melhorar as margens e ganhos da empresa nos próximos trimestres. O presidente da JBS, Wesley Batista, afirmou que o faturamento da empresa deve atingir US$ 40 bilhões (R$ 66,376 bilhões) em 2011, número 21% maior que o resultado deste ano.
Análise 2 - A MMX, mineradora do grupo EBX, do empresário Eike Batista, anunciou um lucro líquido de R$ 83,8 milhões para o quarto trimestre de 2010, contra um prejuízo de R$ 65,2 milhões no mesmo período do ano anterior. A ação ordinária teve ganho de 4,5%. A construtora e incorporadora MRV comunicou um lucro líquido de R$ 152,1 milhões no trimestre final de 2010, em incremento de 25% o resultado no mesmo período de 2009. Apesar do crescimento, o ganho ficou abaixo das expectativas do mercado (consenso em R$ 171 milhões). A ação ordinária desabou 6,45%.

Nova Iorque / EUA
Otimismo com balanços corporativos valoriza Bolsas americanas
Os principais índices de ações do mercado norte-americano fecharam em alta nos pregões de ontem, dia 24/3. O otimismo com os próximos balanços corporativos e a demanda de investidores pelos papéis de melhor desempenho ao longo do trimestre levantaram o S&P 500 acima de um nível técnico importante.
- O Dow Jones avançou 0,70%, para 12.170 pontos.
- O Standard & Poor's 500 subiu 0,93%, para 1.309 pontos.
- O Nasdaq teve valorização de 1,41%, para 2.736 pontos.
Análise - O S&P 500 subiu acima de sua média móvel de 50 dias, de 1.305 pontos, levando investidores a acreditar que o mercado pode ter absorvido a maior parte dos efeitos negativos causados pelo terremoto no Japão e pelos conflitos em países árabes e a se posicionarem para mais altas nas ações. "Sim, há preocupações legítimas. Sim, há riscos legítimos com as recentes notícias", afirmou Phil Orlando, estrategista-chefe de mercado de ações da Federated Investors, em Nova Iorque. "Mas é totalmente possível que o mercado se sinta confortável, acreditando que a correção de 7% ocorrida entre a metade de fevereiro até meados de março já precificou essas preocupações, e agora estamos olhando para as perspectivas de crescimento econômico contínuo e de sólidos resultados corporativos referentes ao primeiro trimestre". Os papéis de semicondutores estiveram entre as de melhor performance e ajudaram a impulsionar o Nasdaq, depois que a Micron Technology Inc reportou um lucro trimestral que superou as estimativas de Wall Street. As ações da Micron saltaram 8,4%. O índice PHLX de semicondutores ganhou 2,5%.

Londres / Inglaterra
Bolsas europeias têm forte alta, apesar da crise em Portugal
As bolsas europeias fecharam com altas expressivas nesta quinta-feira, apesar da renúncia do primeiro-ministro de Portugal e da possibilidade de o país recorrer ao pacote de ajuda financeira da União Europeia. As ações de varejo lideraram os ganhos.
- O índice FTSE 100, da Bolsa de Londres, fechou em alta de 1,47%, aos 5.881 pontos.
- Em Paris, o CAC 40 avançou 1,41%, para 3.969 pontos.
- Em Frankfurt, o DAX teve ganho de 1,90%, aos 6.933 pontos.
Análise - O clima positivo das bolsas reflete o fato de que o mercado já havia precificado a possibilidade de rejeição do plano de austeridade fiscal pelo parlamento português e a queda do primeiro-ministro José Sócrates. Agora, os investidores dão como certa a necessidade do país de recorrer ao plano de socorro financeiro da união europeia. Após o fechamento dos mercados europeus, a Fitch rebaixou o rating de Portugal de "A+" para "A-". Em dezembro do ano passado, a agência de classificação de crédito reduziu a nota de Portugal para "A+", com perspectiva negativa, e notou que seriam necessárias medidas fiscais adicionais para garantir a meta de déficit de 4,6% do Produto Interno Bruto (PIB). Entre as maiores altas do dia aparecem as varejistas Metro (3,5%) e Next (3,8%), as montadoras BMW (3,8%) e Daimler (3,0%) e a operadora de hotéis Accor (3,1%).


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MERCADO FINANCEIRO


Brasília/DF e São Paulo/SP
Jorge Hereda é o novo presidente da Caixa
A Caixa Econômica Federal confirmou há pouco Jorge Hereda, atual vice-presidente de governo, como novo presidente da instituição financeira, no lugar de Maria Fernanda Ramos Coelho. A presidente Dilma Rousseff decidiu mudar o comando da Caixa Econômica Federal, , devido ao escândalo de fraudes no Banco Panamericano, adquirido pelo banco estatal no final de 2009. Maria Fernanda não se sentia mais confortável no cargo após o episódio do PanAmericano. Apesar de o governo ter conseguido evitar a quebra do banco - num acerto que envolveu o ex-controlador Silvio Santos, um fundo bancado por instituições privadas (FGC) e a Caixa -, ela ficou com a imagem arranhada no mercado financeiro. Ela entregou seu cargo ao Ministro da Fazenda, Guido Mantega. Agora Maria Fernanda vai representar o Brasil no BID - Banco Interamericano de Desenvolvimento. Para seu lugar, o PT indicou ao menos dois nomes, Jorge Hereda, atual vice-presidente de governo, e Clarice Coppetti, vice-presidente de Tecnologia. Em nota, Mantega confirma ter aceitado o pedido de demissão de Maria Fernanda Ramos Coelho e a indicação do atual vice-presidente de governo Jorge Fontes Hereda para seu lugar. Hereda será substituído, na vice-presidência de Governo, por José Urbano Duarte, que também é funcionário de carreira do banco. Outros cinco vice-presidentes foram substituídos ou mudaram de área, incluindo as de Pessoa Jurídica e de Tecnologia.
As mudanças no cenário - Dilma aproveitará a mexida para acomodar o PMDB. O ex-ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional) vai assumir uma das vice-presidências, provavelmente a de Loterias. Geddel Vieira Lima assumirá a vice-presidência de Pessoa Jurídica no lugar do atual vice-presidente Carlos Brito. De acordo com nota divulgada pelo Ministério da Fazenda, as mudanças anunciadas na Caixa Econômica Federal atingem, além da presidência da instituição, outras diretorias. Para a vice-presidência de Atendimento e Distribuição foi indicado José Henrique Marques da Cruz, funcionário de carreira do banco. Na vice-presidência de Controle e Risco entrará Rafael Rezende Neto e sairá Marcos Roberto Vasconcellos, que vai para a de Gestão de Ativos de Terceiros. O novo vice-presidente de Tecnologia de Informação será Joaquim Lima de Oliveira, também funcionário de carreira da Caixa.
Banco Panamericano - Em balanço de 2010 divulgado no dia 16 de fevereiro, a atual administração do banco Panamericano confirmou que o rombo total nas contas da entidade chega à cifra de R$ 4,3 bilhões. Inicialmente apuradas na ordem de R$ 2,5 bilhões, as perdas do banco foram revistas pela nova administração - com o auxílio de consultores externos - que identificou irregularidades adicionais nas contas no valor de R$ 1,8 bilhão. Segundo o balanço, o rombo total anunciado é a soma de: R$ 1,6 bilhão referente a carteira de crédito insubsistente; R$ 1,7 bilhão referente a passivos não registrados de operações de cessão liquidados/referenciados; R$ 500 milhões referentes a irregularidades na constituição de provisões para perdas de crédito; R$ 300 milhões referentes a ajustes de marcação a mercado; R$ 200 milhões referentes a outros ajustes. No dia 11 de fevereiro, a Caixa Econômica Federal se comprometeu a colocar entre R$ 8 bilhões e R$ 10 bilhões para garantir o funcionamento do Banco PanAmericano. Segundo Maria Fernanda disse na época, esse aporte de recursos virá, principalmente, na forma de compra de carteiras de crédito do antigo banco do grupo Silvio Santos.


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INDÚSTRIA


São Paulo / SP
Brasil Foods anuncia crescimento de 125% no lucro em 2010
A BRF-Brasil Foods apresentou lucro líquido de R$ 804 milhões em 2010, um crescimento de 125% em relação ao ano anterior em base proforma (considerando a fusão entre Sadia e Perdigão desde 1º de janeiro de 2009 - as ações da Sadia foram incorporadas em julho daquele ano). A receita líquida somou R$ 22,7 bilhões no período, crescimento de 8,3%. O Ebitda (lucro operacional antes das despesas financeiras, impostos, depreciação e amortização) ficou em R$ 2,6 bilhões, um aumento de 126% na mesma base de comparação. A empresa informou, por meio de comunicado, que o desempenho operacional do ano passado foi favorecido pelo aumento das vendas de produtos processados no mercado doméstico, recuperação da demanda internacional, redução de custos de produção e despesas, além do início da captura de sinergias (ganhos financeiros) da fusão entre Sadia e Perdigão em algumas atividades já autorizadas pelo Cade, como no mercado externo e compra de insumos. Segundo a BRF, a atuação conjunta das duas empresas permitiu melhor gestão de preços no exterior. Assim, o volume comercializado fora do país cresceu 5,6% em 2010 e atingiu 2,3 milhões de toneladas, enquanto a receita aumentou 4,3%, para R$ 9,2 bilhões. Já a receita no mercado doméstico ficou em R$ 13,5 bilhões, crescimento de 11,3%. O volume de vendas subiu 4,6%, para 3,8 milhões de toneladas. "O mercado interno aquecido e com aumento da renda real em pleno emprego, além da inclusão de classes emergentes ao consumo, estimularam a demanda e as vendas de produtos em todos os segmentos, especialmente as linhas destinadas às comemorações de final de ano", informou a empresa em nota. A retomada das exportações de carnes in natura, acrescentou a companhia, ajudou a equilibrar a oferta no mercado doméstico, sustentando os preços e a venda de produtos com maior valor agregado. Para 2011, a BRF estima um crescimento de 10% a 12% na receita líquida e investimentos entre R$ 1,2 bilhão e R$ 1,4 bilhão _no ano passado, a empresa investiu R$ 1 bilhão. "Para executarmos esses planos e alcançarmos plenamente os objetivos de crescimento assumidos no anúncio entre as duas empresas, precisamos da aprovação do Cade. A companhia vem cumprindo sua parte, ao fornecer todas as análises e informações demandadas pelas autoridades e confia que o órgão deverá se pronunciar em breve sobre o processo de fusão", disse o presidente da BRF, José Antonio do Prado Fay, em comunicado que acompanha o balanço financeiro.


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AGROBUSINESS


Da redação – Brasília / DF
A conseqüência da alta do preço dos alimentos
O Preço dos alimentos está em alta em todos os mercados há alguns meses. Em consequência, a agricultura começa a entrar na agenda política. Essa súbita atenção deve ser bem apreciada por todos, uma vez que produtores rurais, salvo em épocas de crise, são quase sempre negligenciados pelos governos. A experiência, contudo, recomenda precaução. A crise não é boa conselheira, mas campo propício a medidas improvisadas, que buscam aplausos, mas não produzem soluções.
Antes de qualquer coisa, devemos indagar por que os preços estão subindo. Se quisermos respostas precisas, temos de ignorar os suspeitos habituais. É o caso dos mercados futuros de produtos agrícolas. A exemplo dos mordomos de filmes policiais, eles podem até parecer, mas não são os culpados. Por uma razão elementar: com exceção de períodos curtos, as cotações ali não se descolam dos fundamentos que regem a oferta e a demanda dos produtos.
Mercados futuros, na verdade, ajudam a dar transparência ao processo de formação dos preços. Outro suspeito são as ocorrências climáticas, em especial secas e inundações. O papel desses fatores é real, mas grãos e carnes são produzidos hoje em tantas latitudes diferentes que essas ocorrências influem de forma bem mais limitada.
A elevação do custo da comida afeta a todos e temos de lidar com o problema de forma objetiva. Nesse sentido, o primeiro passo é reconhecer sua causa. Os preços estão subindo em virtude da elevação da demanda nas regiões pobres do mundo, em especial na Ásia, onde centenas de milhões de pessoas estão saindo da miséria e comendo mais, comendo melhor.
A solução então é produzir mais grãos, mais carnes e mais frutas. Afinal, seria desumano, para dizer o mínimo, desejar que os pobres comam menos. Controle de preços, formação de estoques e outras modalidades de intervenção de governos na atividade privada não funcionam. E a história mostra que a agricultura e o agricultor só precisam de liberdade para acomodar preços de forma a remunerar o produtor, sem punir o consumidor.
Os últimos governos compreenderam a questão e não cederam às tentações intervencionistas. No entanto, leis anteriores à revolução agrícola dos anos 1970 continuam sendo obstáculos à expansão da produção rural. É o caso do Código Florestal, que veio à luz na década de 1960, quando o Brasil tinha agricultura incapaz de abastecer até o pequeno mercado doméstico de então.
Se não incomodavam a agricultura estagnada e sem futuro de antes, alguns aspectos dessa legislação são nocivos aos interesses do país hoje. E sem nenhuma vantagem para a natureza. O fato é que o Código Florestal precisa ser revisto e atualizado. Do contrário, ficará seriamente comprometida a capacidade da nossa agropecuária de responder aos aumentos da demanda interna de alimentos. Não será possível, tampouco, atender as novas demandas do mundo emergente.
As mudanças pelas quais lutam os produtores não se destinam a aumentar o desmatamento. Eles querem apenas que as áreas de produção, abertas com grande sacrifício e elevados custos, quando a legislação permitia, sejam reconhecidas e regularizadas, e não criminalizadas com efeito retroativo.
A esterilização dessas áreas é um retrocesso que só pode interessar aos países que concorrem conosco no mercado mundial e estão em desvantagem. Afinal, somos o segundo maior exportador de alimentos do mundo e um dos únicos em condição de aumentar a produção preservando o ambiente.
O Brasil hoje é outro. Em 1960, éramos 70 milhões de brasileiros, importávamos comida e tínhamos 200 milhões de hectares na produção de alimentos. Agora, ocupamos 230 milhões de hectares, somos 191 milhões e temos uma agropecuária moderna, que assimilou tecnologias, gera empregos, distribui renda e produz com eficiência, e de forma sustentável, comida de qualidade para o mercado interno e o mundo. (Fonte: Assessoria de Imprensa da CNA)


Da redação – São Paulo / SP
Ubabef e Abipecs defendem propostas para Código Florestal
Os presidentes da Ubabef - União Brasileira de Avicultura -, Francisco Turra, e da Abipecs - Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína -, Pedro de Camargo Netto, irão promover uma mobilização conjunta das duas entidades em defesa das propostas do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) ao Projeto de Lei 1.876/99, que altera o Código Florestal e do qual o parlamentar é o relator. "Tanto a avicultura quanto a suinocultura têm sua força na pequena propriedade. A aprovação do projeto na forma que ele tem hoje seria um verdadeiro desastre para as duas atividades, com impacto direto sobre pelo menos um milhão de pequenos produtores em todos os segmentos do agronegócio", destacou Turra. Segundo o presidente da Ubabef, a produção de frangos e suínos já se destaca hoje pela sustentabilidade, não só com a preservação da mata florestal, mas também com diferenciais como a preservação de recursos hídricos. Um dos pontos da proposta do relator isenta os pequenos produtores rurais das exigências da reserva legal. Segundo o deputado, se fosse aplicada a legislação ambiental vigente estariam na ilegalidade 99,45% das propriedades do Rio Grande do Sul e 65% das localizadas em Santa Catarina, enquanto em São Paulo seria necessário reverter 20% da área produtiva em mata nativa. Ainda de acordo com o parlamentar, esses produtores continuam obrigados a seguir as regras para as Áreas de Preservação Permanente (APPs) e também não poderão abrir novas áreas em suas propriedades, mantendo intocada a mata nativa. (Fonte: Assessoria de Imprensa da Ubabef)


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SETOR AUTOMOTIVO

Tóquio / Japão
Toyota retoma produção, mas Honda amplia pausa
Mais de duas semanas depois do devastador terremoto e do tsunami que atingiram o Japão, a Toyota Motor retomará a produção de três modelos híbridos no país. A companhia espera receber peças na próxima semana e usará os componentes que atualmente tem em estoque para a fabricação dos veículos. A Toyota alertou, no entanto, que ainda é não se sabe por quanto tempo as linhas de produção dos veículos híbridos Prius, Lexus HS250h e Lexus CT200h continuarão em operação. Segundo a montadora, isso dependerá da possibilidade de a empresa adquirir peças suficientes todos os dias, após o reinício da produção. A retomada das operações da Toyota ocorre após a Nissan Motor reiniciar as atividades de fabricação de algumas peças na segunda-feira e a de montagem de veículos na terça-feira.
Em contraste com a retomada da produção por seus dois rivais, a Honda Motor disse que estendeu a suspensão das operações de montagem de automóveis em suas duas fábricas no Japão até 3 de abril, uma vez que continua a enfrentar a escassez de peças, devido aos distúrbios provocados pelo terremoto. Os fabricantes de automóveis japoneses, incluindo a Toyota e a Nissan, continuam em discussões com a maioria dos fornecedores de peças, localizados na área atingida pelo terremoto, para descobrir quando e como eles poderão recomeçar a fabricar os componentes. A Toyota, maior fabricante mundial de automóveis em volume, vai operar as duas linhas de sua fábrica Tsutsumi, em Aichi, na região central do Japão, para a produção do Prius, que se tornou o carro mais vendido no país no ano passado. Sua subsidiária Toyota Motor Kyushu irá utilizar uma das duas linhas da fábrica Miyata, em Fukuoka, no sul do Japão. (Agência Dow Jones)


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SERVIÇOS & VAREJO


Da redação – São Paulo / SP
Coca-Cola prepara abertura de lojas no Brasil
Os planos para a abertura das primeiras lojas da Coca-Cola Clothing no Brasil avançaram e a matriz da multinacional, em Atlanta, nos Estados Unidos, já deu sinal verde para as inaugurações no país. As unidades devem ser abertas entre o fim do mês de agosto e primeira quinzena de setembro. O projeto inicial é inaugurar, num primeiro momento, três lojas na cidade de São Paulo e duas no Rio de Janeiro. A região Nordeste e o Sul do país também fazem parte desse projeto preliminar de expansão, que acontecerá por meio de franquias. Foram mais de dois anos de negociações, entre conversas com a matriz, nos EUA e o grupo AMC Têxtil, que licencia a marca Coca-Cola Clothing no país e é dono de grifes como Forum, Triton e Forum Tufi Duek.

Da redação – São Paulo / SP
Parque Hopi Hari investe R$ 100 milhões em parceria com Warner
De olho no mercado em expansão e nos grandes eventos esportivos que vão acontecer no Brasil nos próximos anos, a Warner Bros Consumer Products (WBCP) fechou parceria com o Hopi Hari, em um dos maiores acordos de licenciamento do País. As empresas anunciaram uma aliança que concede ao parque de diversões o direito de trazer algumas as marcas da Warner para o destino turístico no interior de São Paulo. Para realizar o projeto, o Hopi Hari fará investimento de mais de R$ 100 milhões em atrações, marketing, promoção e suporte de vendas. Pela parceria, que tem duração de dez anos, a turma do Looney Tunes - incluindo Pernalonga, Piu-Piu, Frajola e Patolino -, os heróis da Liga da Justiça da DC Comics e Penelope Charmosa serão as novas atrações, em ambientes temáticos e produtos inspirados nos personagens. O parque faturou R$ 104 milhões em 2010 e recebeu 2 milhões de visitantes. A expectativa é duplicar esses números até o final da década.

Da redação – São Paulo / SP
Pão de Açúcar converte três lojas para formato Extra Hiper
O Grupo Pão de Açúcar avançou em seu projeto de conversão das bandeiras Compre Bem e Sendas para Extra com a abertura, ontem, de três pontos de venda no formato Extra Hiper. As lojas estão localizadas no Rio de Janeiro, Barretos/SP e Embu das Artes/SP. Com aumento de 40% no quadro de funcionários, o Extra Hiper oferece um mix completo de alimentos, eletro, bazar, moda, lanchonete, padaria e drogaria, além da oferta de diversos serviços.


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COMÉRCIO EXTERIOR


Da redação – São Paulo / SP
Indústrias avícolas brasileiras serão vistoriadas em missão chilena
Uma missão veterinária chilena inicia, dia 28/3, uma visita a plantas brasileiras de abate e processamento de carne de frango. A iniciativa, que visa renovar as licenças de exportação para o Chile, é um procedimento de rotina do Ministério da Agricultura daquele país. A missão será dividida em dois grupos que vão visitar 18 plantas, nove em cada roteiro, e termina dia 9 de abril em São Paulo. O grupo de quatro médicos chilenos percorrerá plantas em Santa Catarina, Paraná e São Paulo acompanhado por representantes do Mapa - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - e com apoio da União Brasileira de Avicultura (Ubabef). No bimestre janeiro/fevereiro foram embarcadas para aquele país 3,08 toneladas de carne de frango, uma alta de 314% na comparação com o mesmo período do ano passado. A receita atingiu US$ 5,09 milhões, um aumento de 204% na comparação com igual período de 2010. Segundo o Presidente Executivo da Ubabef, Francisco Turra, o Chile é um bom exemplo de país que fomenta e agrega valor à próprias exportações. Exatamente por isto, a renovação das licenças de exportação é para o setor avícola brasileiro um reconhecimento sobre o trabalho que vem sendo desenvolvido. “O Chile é um importante mercado no continente americano para o qual temos todo o interesse em ampliar o comércio do nosso produto. Por isso esta iniciativa conta com o nosso apoio, pois é uma oportunidade das empresas mostrarem a tecnologia e o trabalho realizado para garantir a qualidade e sanidade do nosso produto”, afirmou Turra. (Fonte: Assessoria da Ubabef)


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TI, WEB & e-COMMERCE

Da redação – São Paulo / SP
E-commerce faturou R$ 14,8 bilhões no Brasil em 2010
O comércio eletrônico brasileiro faturou R$ 14,8 bilhões em 2010, o que representa aumento de cerca de 40% em relação ao resultado de 2009, de acordo com a 23.ª edição da pesquisa WebShoppers, divulgada no dia 22/3, pela consultoria e-bit. O resultado superou a expectativa de faturamento de R$ 14,5 bilhões para o setor, prevista anteriormente pela consultoria. A compra média em 2010 foi avaliada em R$ 373. Considerando usuários que compraram online desde o início da medição, em 2001, o total de consumidores que já fizeram compras na internet brasileira atingiu 23 milhões de pessoas no ano passado, o que representou um acréscimo de 5,4 milhões em relação aos 17,4 milhões de pessoas registradas até o fim de 2009.
Maturação - Para o diretor geral da e-bit, Pedro Guasti, o e-commerce passa por um período de maturação. “As vendas no setor superaram nossas expectativas iniciais para o ano. Isso se deve à grande aceitação que esse tipo de comércio vem tendo por parte dos brasileiros, cada vez mais confiantes em comprar online. Paralelamente a isso, percebemos que não estão apenas comprando mais, mas comprando produtos de maior valor agregado, como eletrodomésticos, informática, eletrônicos e telefonia, mais especificamente notebooks, desktops e televisores de tecnologia avançada”, disse o executivo. Em 2010, pela primeira vez os eletrodomésticos alcançaram o primeiro lugar no ranking das categorias de produtos mais vendidos, representando 14% do total. “Nos últimos anos, constatamos um consumidor com um perfil diferente. Este consumidor, da classe C, entra de outra forma na internet e considera os relatos positivos de parentes e amigos. Além disso, ele leva em conta marcas conhecidas dentro da internet para fazer compras, como Carrefour, Casas Bahia etc”, informou Guasti.
Além da confiabilidade, para o diretor geral da e-bit a percepção de preços menores em relação ao varejo tradicional e os prazos mais dilatados para pagamento também contribuíram para o aumento das vendas de produtos com maior valor agregado. A categoria de livros, assinaturas de revistas e jornais ficou em segundo lugar entre as mais vendidas, seguida por saúde, beleza e medicamentos; informática e eletrônicos. O resultado de 2010, segundo a e-bit, foi influenciado pelas vendas proporcionadas pela Copa do Mundo. O evento impulsionou a venda de TVs de tela fina, especialmente LCD. Segundo Guasti, outrros fatores que contribuíram para o desempenho do setor foram a entrada de novos players, a consolidação dos grandes grupos de varejo e o aumento da renda do consumidor.
Perspectiva 2011 - A expectativa da e-bit para 2011 é que o setor alcance um faturamento ao redor de 20 bilhões de reais, o que representaria uma expansão ao redor de 30%. O setor deve atrair mais pessoas comprando pela internet. Só no primeiro semestre do ano são esperados cerca de 4 milhões de novos entrantes no setor, chegando assim, a 27 milhões de e-consumidores que realizaram, ao menos, uma compra online. “Devemos aumentar ainda mais nossa participação na América Latina. O faturamento no primeiro semestre de 2011 deve ser de R$ 8,8 bilhões, valor superior ao de todo o ano de 2008”, afirmou Guasti. “O bom rendimento do canal não deve parar e seguirá com crescimento significativo esse ano. Com a maior consolidação do setor, aliada às novas ferramentas que auxiliam os consumidores na hora de realizar uma compra, como as redes sociais, o faturamento do e-commerce brasileiro deve continuar sua expansão, ainda que num ritmo menor que o ano passado”, conclui o diretor geral da e-bit. Algumas categorias devem ganhar ainda mais destaque durante o ano, como é o caso de moda e acessórios. Hoje, a categoria ocupa a 6.ª colocação no ranking das categorias mais vendidas do canal, com aproximadamente 5% no share total. Há quatro anos, a categoria era posicionada abaixo da 20.ª colocação. (Fonte: Assessoria de Imprensa e-bit)


Da redação - Brasília / DF
Fundação quer triplicar investimentos em empresas nacionais
A nova diretoria da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCT) quer triplicar o número de empresas apoiadas e os recursos para inovação até 2014. Segundo o site do Ministério da Ciência e Tecnologia , a ideia é reforçar e ampliar a atuação da Financiadora no setor empresarial, estimulando inclusive projetos de cooperação com as instituições de ensino de pesquisa. Segundo o diretor de Inovação, João De Negri, o empresário que exercer atividades intensivas em conhecimento e tiver um projeto inovador deve procurar a Finep. De Negri descarta qualquer possibilidade de descontinuidade de programas. Ao contrário, nossa meta é dar robustez aos instrumentos já existentes para que eles possam atender às necessidades de inovação das empresas, completa. A Finep vai priorizar ações integradas e que estejam em sintonia com as diretrizes do Programa de Apoio à Ciência, Tecnologia e Inovação (PACTI) e da Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP), do Governo Federal. Caso sejam necessárias mudanças nas linhas tradicionais de financiamento, elas serão implementadas visando melhorar ainda mais o apoio à inovação. Todas as empresas serão beneficiadas, sejam elas micro, pequenas, médias ou grandes.


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INFRAESTRUTURA & LOGÍSTICA


São Paulo / SP
TAM venderá passagens em rodoviárias e Gol em shopping popular
Em mais um passo das companhias aéreas para se aproximar da classe C, a TAM firmou parceria com a empresa de ônibus Pássaro Marron para vender passagens aéreas em terminais rodoviários. Em contrapartida, as lojas da rede de franquias TAM Viagens vão oferecer aos seus clientes passagens de ônibus da Pássaro Marron, que interliga São Paulo a 50 cidades, combinadas com bilhetes aéreos. "A parceria é inovadora, pois amplia as facilidades de acesso às viagens de avião voltadas para as classes emergentes, combinadas com o transporte de ônibus para os trechos envolvendo cidades que não são servidas por aeroportos", considerou a diretora de marketing da TAM, Manoela Amaro. O projeto piloto, com duração de três meses, começou a funcionar ontem, dia 24/3, no terminal rodoviário de São José dos Campos/SP, onde a agência Passáro Marron passa a vender passagens aéreas e roteiros turísticos da TAM.Ao mesmo tempo, duas lojas da companhia aérea, em São José dos Campos e na capital paulista, oferecem bilhetes de ônibus. A TAM já negocia com empresas que operam em outras regiões do país.
Gol tem passagens a R$ 10 - Também no sentido de alcançar clientes de menor renda, a Gol inaugurou uma loja na região de Santo Amaro, dentro de um shopping popular, com passagens de volta a R$ 10 em trechos domésticos com origem em São Paulo até o dia 31 de março.A equipe da unidade foi treinada para responder dúvidas sobre a viagem de avião. A promoção da Gol também vale para os quiosques da empresa abertos há 15 dias em estações de metrô de São Paulo. (Agência Valor)


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ENERGIA


São Paulo / SP
Lucro da Comgás cai 16% e fecha 2010 em R$ 579,9 milhões
A Comgás teve lucro líquido de R$ 579,9 milhões em 2010, valor 16% inferior ao registrado em 2009, quando a empresa lucrou R$ 690,4 milhões. Considerando apenas o lucro líquido do quarto trimestre do ano passado, o valor (R$ 127,3 milhões) foi 27,8% inferior ao do mesmo período do ano anterior. O lucro bruto da empresa chegou a quase R$ 1,520 bilhões no ano passado, uma queda de 9,1% ante os R$ 1,672 bilhões registrados em 2009. Nos últimos três meses do ano, o lucro bruto foi de R$ 373,1 milhões, contra os R$ 416,4 milhões do mesmo período de 2009 --uma retração de 10,4%. Os números constam do balanço da companhia, divulgado na noite de ontem, dia 24/3.
No acumulado do 2010, a receita líquida da Comgás atingiu R$ 4,095 bilhões, 0,5% a menos que em 2009 (R$ 4,116 bilhões). Na comparação trimestral, a variação foi positiva, de 1,7%, passando de R$ 1,033 bilhões no quarto trimestre de 2009 para R$ 1,050 bilhões no mesmo período de 2010. Já a receita bruta fechou o ano em R$ 5,101 bilhões, queda de 1,2% em comparação a 2009 (R$ 5,161 bilhões). No desempenho trimestral, a variação foi de 0,4%, passando de R$ 1,291 bilhões, no quarto trimestre de 2009, para R$ 1,297 bilhões no mesmo período de 2010. O Ebtida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) no ano passado foi de quase R$ 1,188 bilhões, queda de 12,9% em relação a 2009. Na comparação entre trimestres, houve variação negativa de 15,3%, passando de R$ 319 milhões, no quatro trimestre de 2009, para R$ 270,3 milhões no quatro trimestre de 2010. A margem Ebitda foi de 29% em 2010, queda de 4,1 pontos percentuais em relação ao ano de 2009.
A justificativa - "As reduções nas tarifas de vendas foram os principais responsáveis pelas variações das receitas de vendas de Gás. Tais efeitos foram amenizados pelo aumento no volume de gás distribuído no período", informou a empresa. A Comgás afirmou ainda que seu desempenho foi afetado, em 2010, pela "recuperação financeira internacional e pela maturidade econômica, política e institucional do país". A empresa informou ainda que continua baseando a estratégia de financiamento de seus investimentos no longo prazo, principalmente por meio dos financiamentos com o BNDES e, em 2010, com o Banco Europeu de Investimento. "Em 2010, o endividamento líquido da companhia apresentou uma redução de 8,2% em comparação com 2009. O endividamento de longo prazo apresentou aumento de 8,8% em relação ao ano anterior (tendo como principal motivo os desembolsos das linhas de longo prazo, BNDES e EIB), enquanto que o endividamento de curto prazo apresentou uma redução de 42,4% entre os períodos", informou. "Esta redução é resultado da liquidação de dívidas de curto prazo e parcelas de dívidas de longo prazo com vencimento no curto prazo." A Comgás distribuiu quase 4,91 bilhões de metros cúbicos de gás em 2010, um avanço de 15,2% sobre 2009, e encerrou o ano com 989 mil clientes.


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TELECOM


Da redação – São Paulo / SP
Receita anual das operadoras de telefonia móvel no Brasil chega a R$10 bilhões
Em sua sétima edição, o estudo MAVAM - Monitor Acision de VAS Móvel, que analisa e monitora os principais indicadores do uso de serviço de valor adicionado (VAS na sigla em inglês), identificou um acentuado incremento no ritmo de uso de mensagens e demais empregos de dados móveis para a receita das operadoras de telefonia celular no Brasil. Somando-se os R$ 3,09 bilhões de receita estimada para quarto trimestre de 2010 (4T10), o valor apurado total no ano chega a R$ 10 bilhões, muito representativo dentro das receitas totais das companhias. Os serviços de valor adicionado - VAS, que incluem mensagens SMS e MMS, internet banda larga móvel, entretenimento, mobile banking, ringtones, redes sociais e messaging, representam, hoje, importante receita para as operadoras, aumentando o ARPU num cenário internacional de queda com os tradicionais e básicos serviços de voz.
O presente estudo MAVAM traz informações sobre as tendências desse mercado, com foco especial em mobile advertisement. Essa modalidade de VAS já é uma realidade entre os usuários de telefonia móvel. A pesquisa identificou, por exemplo, que 89% dos usuários entrevistados declararam ter recebido mensagens com algum tipo de propaganda, dos quais 53,6% leram atentamente as mensagens. “O elevado número apurado no relatório indica que o mobile marketing chegou para ser um serviço de alta relevância no mercado”, diz Rafael Steinhauser, presidente da Acision para a América Latina. "O ponto que mais se destacou foi que os usuários prestam muita atenção às mensagens recebidas, reforçando a importância deste novo canal de mídia", complementa Steinhauser. As próprias operadoras de telefonia móvel respondem pela maioria das mensagens enviadas, com 78% do total, seguidas pelas empresas de bens de consumo, com o percentual de 13%.
Um ponto forte verificado na mesma pesquisa é quanto à privacidade: 79,1% dos entrevistados declararam que as operadoras precisam obter o prévio consentimento dos usuários para o envio das mensagens. Os entrevistados se mostraram bastante abertos a abordagens que lhes confiram algum tipo de benefício, tais como descontos e ofertas em produtos e serviços, em troca de receberem mensagens publicitárias por conta de bonificação em uso de voz e SMS, por exemplo. Os usuários também se mostraram bem assertivos quanto ao perfil da oferta de produtos e serviços, reforçando o desejo que seja pertinente ao seu perfil e localização geográfica. As empresas que estudam investir nesse formato de propaganda devem ter em mente que 39% dos entrevistados informaram que sua decisão de compra pode ser influenciada por uma mensagem recebida diretamente no celular.

MAVAM - Resultados da 7ª Edição:
- O SMS continua a ser o serviço de valor adicionado mais utilizado no Brasil em quantidade: 88% dos entrevistados informaram ter usado o serviço no período. A pesquisa identificou que o brasileiro envia entre 20 a 25 mensagens por mês. Contudo, há ainda uma forte resistência ao uso de SMS no país por simples desinteresse, uma vez que o usuário prefere fazer chamada de voz. A questão do preço é apontada como o segundo motivo de restrição ao uso.
- O uso do serviço de Instant Messaging (IM) está crescendo fortemente no Brasil: 14,5% dos usuários já utilizam o serviço com frequência.
- 10,2% dos entrevistados fazem uso diário ou semanal de e-mail push e 16,5% o fazem por meio de internet browser.
- A internet móvel foi usada por 32% dos entrevistados. O fator preço percebido é ainda o maior impedimento à ampliação de uso do serviço.
- O acesso às redes sociais foi identificado em 6,6% da amostragem, sendo que os usuários se conectam cerca de 16 vezes as chamadas redes no mês.
- Cerca de 10% dos entrevistados acessaram uma loja de aplicativos, sendo que 46% baixaram mais do que um aplicativo no período. (Fonte: Agência 24x7 Comunicação)


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MERCADO DE LUXO


Da redação – Paris / França (Jean Pierre Sorteau, correspondente)
Os novos nomes da moda francesa
Conheça Sophie Albou e Isabel Marant, presenças garantidas no guarda-roupa das fashionistas atuais. Ao cruzar a avenida des Champs-Elysées para descer a rua Montaigne, itinerário obrigatório entre as fashionistas em Paris, uma movimentação inabitual pode ser percebida. (LEIA na íntegra)





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