Edição Resumida de Férias – Ano III



Prezado Leitor,
Estaremos de FÉRIAS COLETIVAS até o dia 3 de janeiro de 2011, apenas a Análise Conjuntural, os indicadores econômicos e os resultados das bolsas de valores serão atualizadas em edições resumidas de férias. Desejamos a todos um 2011 com muitas realizações e bons negócios! Nos vemos no próximos ano.
Boas festas!
Um abraço,
Equipe i-press.biz










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ANÁLISE CONJUNTURAL


Brasília/DF e São Paulo/SP
Faltam dados básicos de turismo no Brasil
Se depender dos indicadores que o setor hoteleiro brasileiro consegue apresentar hoje, vai sobrar turista sem acomodação ou hotel ocioso depois da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada de 2016. Basicamente, falta planejamento. Não é possível obter com o Ministério do Turismo, nem com entidades do setor, indicadores básicos como a taxa de ocupação e a diária média dos hotéis. Assim, é impossível saber oficialmente quantos turistas se hospedam no país e quanto movimenta esse setor. Outro indicador imprescindível - usado no mundo todo -, mas que não é levantado por aqui, é o Revpar (receita por apartamento disponível, "renevue per available room", na sigla em inglês). Atualmente, o índice de ocupação utilizado pelo ministério é elaborado por meio de levantamento do Fohb (Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil), entidade que engloba números de apenas 27 redes de hotéis nacionais e internacionais em atividade no Brasil.
Há ainda números de ocupação separados para o setor de "resorts". O Fohb engloba cerca de 60% do mercado corporativo de hotéis. O ministro do Turismo, Luiz Barretto, concorda que há uma lacuna e classifica a organização dos indicadores como "fundamental para o desenvolvimento" da indústria hoteleira e do turismo como um todo.
Ele reconhece que o país precisa evoluir nesse quesito. "Se não há um bom planejamento, se não tivermos índices fundamentais, fica difícil organizar." Para o especialista em turismo Marcelo Picka, o gargalo não é do ministério, mas da cadeia hoteleira. "No Brasil, apanhamos para conseguir a taxa de ocupação do concorrente; isso quando conseguimos", reclama Picka, coordenador-geral dos hotéis-escola Senac. Na avaliação de Picka, o problema está ligado a uma mentalidade conservadora. "É uma questão cultural. Os hoteleiros não abrem os números por medo da concorrência. Mas essa questão tem um outro lado, totalmente negativo, a desorganização e a falta de indicadores básicos para fazer o planejamento de grandes eventos e de uma demanda que explode."
A estratégia para aquecer - Para o presidente da Abih - Associação Brasileira da Indústria de Hotéis -, Enrico Ferme Torquato, esconder dados é uma prática normal e uma maneira estratégica de o hoteleiro se resguardar diante da concorrência. "Não concordo [em abrir os números de ocupação e de faturamento]. Acho que temos de falar quando está bom e, quando não está bom, temos de nos calar", defende Torquato, cuja entidade engloba 50% do mercado.
Para Marcelo Picka, é absurda a falta de dados consolidados. "Não temos o índice Revpar para apurar quanto um quarto dá de rentabilidade no mês ou no ano. Sem ele, e sem a taxa de ocupação nacional, o setor pode errar no planejamento porque não tem a exata dimensão do mercado, quanto lucra, quanto precisa investir para ter retorno", argumenta. "Não temos nem o mais básico dos indicadores, a taxa de ocupação. Os hotéis relutam em passar esses dados e, quando passam, nem sempre são números reais." Roberto Rotter, presidente do Fohb, acredita que o gargalo pode ser uma grande oportunidade para o setor se profissionalizar de fato. "A iminência dos grandes eventos vai ser positiva para nossa organização", diz. "Se não nos organizarmos, essa falha vai aparecer depois do investimento feito. Por isso temos de tomar cuidado no planejamento; sem os dados é fácil errar. Se superofertar para os eventos, depois vai ficar ocioso", conclui Rotter.
O ministro do Turismo concorda com Rotter: "Se não entendemos os mecanismos do setor, não conseguimos sanar as dificuldades", diz Barretto. "Acredito que o aumento da demanda vai causar a competição no setor, como aconteceu com as companhias aéreas. O resultado foi positivo, causou o aquecimento do mercado e preços mais justos, com mais acesso. Isso teria de acontecer com os hotéis. Os hoteleiros serão obrigados a se profissionalizar", complementa.


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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP e Associated Press)

Da redação – São Paulo / SP
Investidores se dizem otimistas com a Bolsa em 2011
O que poderá acontecer com a Bovespa em 2011, depois de um ano tão fraco? Com o fechamento do pregão de ontem, dia 30/12, o último em 2010, o Ibovespa (principal índice da Bolsa paulista) acumulou alta de 1,04%. Como a base foi ruim, qualquer coisa em 2011 já será muita coisa. Por isso, analistas de mercado estão razoavelmente otimistas com o ano que começa.“Estamos trabalhando com três cenários. A expectativa é que o Ibovespa ganhe ritmo em 2011”, afirma Clodoir Vieira, economista-chefe da corretora Souza Barros. Na análise dele, há uma projeção mais pessimista de 78.500 pontos. Outra conservadora, com 81.500, e o terceiro cenário que é otimista, de chegada em 84.500 pontos. As expectativas são para o final 2011, sem Vale e Petrobras. Carlos Alberto Di Agustini, professor de finanças da FGV - Fundação Getúlio Vargas de São Paulo -, até brinca: “2011 é o ano do coelho no horóscopo chinês, o que indica calmaria. Mas tudo vai depender do governo Dilma, que ainda é uma incógnita”, diz Agustini. Ele faz uma análise um tanto pessimista sobre o cenário econômico brasileiro. “Pelos sinais atuais, teremos alta dos juros, nada de reformas, mesmice estrutural e descontrole de gastos. Ou seja: exceto por um milagre, a Bolsa vai andar de lado”, afirma.


São Paulo / SP
Nova carteira do Ibovespa inclui Hypermarcas a partir de janeiro
A empresa de bens de consumo Hypermarcas passará a integrar a carteira teórica do Ibovespa no primeiro quadrimestre de 2011, de acordo com a terceira e definitiva prévia divulgada nesta quinta-feira pela BM&FBovespa. A companhia, única a ser adicionada à carteira, já havia sido incluída na primeira e na segunda prévias do índice. A nova carteira do Ibovespa irá vigorar de 3 de janeiro a 29 de abril do próximo ano. Com a entrada da Hypermarcas, serão 69 ativos de 63 empresas, segundo a BM&FBovespa. De acordo com a bolsa, os cinco ativos que terão o maior peso na composição do índice são: Vale PN (10,754%), Petrobras PN (10,439%), OGX (4,816%), Itaú Unibanco (3,830%) e BM&FBovespa (3,745%). (Agência Reuters)



HOJE – Fechamento das Bolsas da Ásia
(31 Dez 2010)

Cingapura / China
Bolsas asiáticas encerram 2010 com ganhos sólidos
A maioria das Bolsas de Valores asiáticas encerrou o ano com sólidos ganhos anuais nos pregões de hoje, dia 31/12, e mais avanços são esperados em 2011, mas preocupações sobre a economia dos Estados Unidos e a crise de dívida da Europa serão limitações para os investidores no ano que vem.
- O índice MSCI de Bolsas da região Ásia-Pacífico, exceto Japão, subia 0,67% em meio a um volume fraco de negócios, com muitos mercados já fechados antes do feriado de ano-novo ou funcionando pela metade do dia.
- A queda de Xangai pressionou Hong Kong, que teve uma alta limitada de 5,3% no acumulado do ano.
- Japão e Austrália também tiveram um desempenho pior, com o índice Nikkei da Bolsa de Tóquio recuando 3% no ano, enquanto o iene valorizou-se 12% em relação ao dólar.
- A Bolsa de Sydney fechou 2010 em baixa de 2%, embora as ações de mineradoras tenham subido mais de 10% devido ao aumento das exportações para a China.
Análise 1 - As medidas de estímulo econômico adotadas pelo Fed - Federal Reserve - neste ano, e as taxas de juros baixíssimas do Ocidente geraram uma inundação de capital em ativos de maior risco, com a busca do investidor por lucros maiores. Esses fluxos de capital têm como principal destino mercados emergentes como os da Ásia, impulsionando os preços das ações e prejudicando o dólar, enquanto dão força aos preços de petróleo, ouro e outras commodities, que atingiram máximas em vários anos.
Análise 2 - Apesar da queda do início do ano devido a preocupações sobre a Europa e ao susto de novembro com o pacote de resgate à Irlanda, o índice asiático caminha para um ganho de 15% em 2010. Ainda assim, o índice está 19% abaixo das máximas atingidas em 2007, antes da crise financeira global. A alta dos mercados da região foi liderada pelo sudeste asiático, com o principal índice da Indonésia avançando 46%, e pela Coreia do Sul, onde a Bolsa de Seul ganhou quase 22%, apesar das tensões com a Coreia do Norte no final do ano. Embora a demanda voraz da China tenha elevado as perspectivas de crescimento mundial e os preços de commodities, a Bolsa de Xangai caiu 15% por temores sobre as medidas de aperto monetário que o governo poderia tomar para impedir o superaquecimento da economia.


HOJE – Abertura das Bolsas da Europa
(31 Dez 2010)

- Londres / Inglaterra - O índice principal da Bolsa de Valores de Londres, o FTSE-100, abriu a sessão desta sexta-feira em queda de 0,42%, aos 5.971,01 pontos. O barril de petróleo Brent para entrega em fevereiro abriu a sessão desta sexta-feira em baixa no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres e às 5h23 de Brasília era cotado a US$ 92,92, US$ 0,17 menos que no fechamento do último pregão.
- Berlim / Alemanha - A Bolsa de Valores de Frankfurt não abrirá nesta sexta-feira devido ao feriado na Alemanha.
- Paris / França - O índice geral da Bolsa de Valores de Paris, o CAC-40, registrou alta de 0,08% na abertura da sessão desta sexta-feira, aos 3.853,69 pontos.
- Milão / Itália - A Bolsa de Valores de Milão permanece nesta sexta-feira fechada devido ao feriado de Fim de Ano.
- Madri / Espanha - A Bolsa de Valores de Madri permanece nesta sexta-feira fechada devido ao feriado de Fim de Ano.



ONTEM – Fechamento da Bovespa, NY e Europeias:
(30 Dez 2010)

São Paulo / SP
Bovespa encerra em alta, mas ganho em 2010 fica em apenas 1%
A Bovespa encerrou o último pregão de 2010 em alta e manteve a tendência de recuperação dos últimos dias. Apesar disso, a valorização foi de apenas 1,04% no período - resultado bem inferior ao de 2009, quando acumulou ganho de 82,66%.
- O índice Ibovespa subiu 0,51% no fechamento, aos 69.304 pontos.
- O giro financeiro foi de R$ 9,16 bilhões.
Análise - Entre os principais papéis negociados no dia, as ações preferenciais da Petrobras valorizaram 1,18% e movimentaram mais de R$ 800 milhões. Já as ordinárias, avançaram 1,49% e somaram R$ 262 milhões. A estatal informou ontem, dia 30/12, que bateu três recordes na produção média mensal, anual e diária de petróleo em dezembro. Segundo a companhia, a projeção é de encerrar o ano com um patamar de produção de 2,003 milhões de barris/dia. O recorde anterior era de 1,970 milhão de barris/dia, em 2009.


Nova Iorque / EUA
Bolsas americanas fecham em baixa mesmo após indicadores favoráveis
As Bolsas de Valores dos EUA fecharam em leve baixa no pregão de ontem, dia 30/12, mesmo após três dados melhores que o esperado pela manhã. Os indicadores não foram suficientes para incentivar novas compras em um mercado que já acumula forte valorização antes do final do ano.
- No mês, o S&P 500 acumula alta de 6,5%, caminhando assim para o melhor mês de dezembro desde 1991.
- O índice Dow Jones, referência da bolsa de Nova York, recuou 0,14%, para 11.569 pontos.
- O termômetro de tecnologia Nasdaq caiu 0,15%, para 2.662 pontos.
- O índice Standard & Poor's 500 teve desvalorização de 0,15%, para 1.257 pontos.
Análise - Indicadores sobre o mercado de trabalho, atividade empresarial e mercado de moradias vieram melhores que o esperado. O número de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA caiu 34 mil, para 388 mil com ajustes sazonais, informou o Departamento de Trabalho. É a menor leitura desde julho de 2008, ficando abaixo das previsões de 415 mil. Um relatório do Instituto de Gestão do Fornecimento de Chicago mostrou que a atividade empresarial na região Meio-Oeste dos EUA cresceu inesperadamente em dezembro. A Associação Nacional de Corretores disse que os contratos para vendas pendentes de moradias usadas no país aumentaram mais que o esperado em novembro, embora as vendas tenham continuado abaixo do normal. "Os números foram muito bons, mas os investidores estão cautelosos uma vez que é o fim do ano, especialmente levando em consideração que já tivemos um bom desempenho", disse Bruce McCain, estrategista chefe de investimentos na Key Private Bank.


Londres / Inglaterra
Índice europeu de ações cede e reduz ganhos do início do mês
O principal índice das Bolsas europeias fechou em queda nos pregões de ontem, dia 30/12, atenuando o forte desempenho de dezembro no último dia de negociações no ano em mercados como Alemanha, Espanha e Itália, com o crescimento da China e a crise de dívida da zona do euro gerando preocupações.
- O índice que reúne as principais ações europeias FTSEurofirst 300 encerrou com baixa de 1,3% segundo dados preliminares, a 1.128 pontos, embora se mantenha próximo a alcançar o maior ganho mensal desde março.
- Em Londres, o índice Financial Times fechou em queda de 0,42%, a 5.971 pontos.
- Em Frankfurt, o índice DAX caiu 1,16%, para 6.914 pontos.
- Em Paris, o índice CAC-40 recuou 1,03%, para 3.850 pontos.
- Em Milão, o índice Ftse/Mib encerrou em queda de 1,45%, a 20.173 pontos.
- Em Madri, o índice Ibex-35 registrou desvalorização de 1,23%, para 9.859 pontos.
- Em Lisboa, o índice PSI20 teve baixa de 1,42%, para 7.652 pontos.
Análise - Os volumes foram baixos, no entanto, dificultando a análise sobre a tendência observada ao longo da semana, especialmente após o forte "rally de Natal" visto no início do mês, segundo profissionais de mercado. "Os volumes simplesmente não existem", disse Howard Wheeldon, estrategista na BGC Capital Partners. "Não me recordo de já ter sido tão ruim assim".






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