Edição 464 | Ano III



Brasília / DF
Governo federal prevê R$ 171 bilhões no Orçamento para investimentos
O governo prevê destinar R$ 171 bilhões para investimentos em 2011, em um aumento de quase 8% sobre o valor orçado para este ano, conforme a proposta para o orçamento público de 2011, entregue ontem pela relatora, a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT). A proposta deve ser votada na Comissão Mista de Orçamento na segunda ou terça e irá para o Plenário na próxima quarta-feira. A proposta orçamentária manteve o salário mínimo em R$ 540 (atualmente é de R$ 510), como já havia sido antecipado. A verba orçada para o programa de assistência social Bolsa Família foi aumentado em R$ 1 bilhão, atingindo o montante de R$ 14,4 bilhões. As despesas do governo foram fixadas em R$ 2,07 trilhões, com receitas da mesma ordem. Somente as despesas com o financiamento da dívida pública chegam a R$ 678,5 bilhões. Dessa forma, o valor orçado efetivo para investimento e manutenção dos órgãos federais é de R$ 1,39 trilhão. Os gastos com pessoal, que neste ano atingiram R$ 166,8 bilhões, foram orçados em R$ 199 bilhões, já incluídos os recentes aumentos aprovados na semana passada para os salário de ministros, deputados e senadores.
CORTES - Na semana passada, o Ministério do Planejamento recomendou um corte de R$ 3 bilhões nos gastos do Executivo em 2011 à relatora Serys Slhessarenko. O valor ficou abaixo do que o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, havia informado na semana passada, quando disse que iria encaminhar ao Congresso Nacional uma sugestão de corte de R$ 8 bilhões. "O ministro mandou o corte de R$ 3 bilhões e a gente aceitou. Não vamos perguntar por que não foi de R$ 8 bilhões. Felizmente não foi tão alto quanto a expectativa criada. E quanto menor, melhor", afirmou Serys.

Brasília / DF
União desvia R$ 43 bilhões de fundo de telecom
O governo usou para financiar seu deficit R$ 43 bilhões da área de telecomunicações que deveriam custear a fiscalização do setor, o desenvolvimento de pesquisas e a oferta do serviço telefônico à população de baixa renda e em locais remotos. Segundo dados do próprio governo, desde 97 foram arrecadados R$ 48 bilhões em três fundos públicos do setor: Fust - Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações -, Funttel - Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações - e Fistel - Fundo de Fiscalização das Telecomunicações. Apenas R$ 4,9 bilhões (cerca de 10% do arrecadado) teve a destinação prevista, e 90% estão retidos no Tesouro Nacional para financiar as contas públicas. A cifra equivale à soma dos Orçamentos previstos para 2011 dos Estados de Maranhão, Pernambuco e Piauí. Segundo as companhias telefônicas, as taxas de contribuição para os fundos são repassadas ao consumidor, nos preços dos serviços. A Anatel - Agência Nacional de Telecomunicações - queixa-se de falta de recursos para a fiscalização. Pela lei, o Fistel deveria custear as necessidades da agência, mas não é o que ocorre. Em 2009, enquanto o Fistel arrecadou R$ 4,9 bilhões, a Anatel teve seu orçamento reduzido de R$ 397,6 milhões para R$ 335 milhões.

Da redação - Brasília/DF e São Paulo/SP
Caixa lança cartão para pagamento de aluguel
A Caixa Econômica Federal lançou nesta segunda-feira um cartão para pagamento de aluguel sem a necessidade de fiador ou garantia adicional. O produto, chamado Cartão Aluguel Caixa, será comercializado em todo território nacional após o término da fase piloto do projeto, que está previsto para fevereiro. A expectativa é distribuir 100 mil cartões no primeiro ano de funcionamento pleno do produto. O vice-presidente de pessoa física da Caixa, Fábio Lenza, ressaltou, em em entrevista coletiva realizada em São Paulo, que, em cinco anos, a instituição pode atingir a marca de 1 milhão de cartões. Por meio do cartão, a Caixa vai garantir que a imobiliária receba até 12 parcelas de aluguéis não pagos. "A análise de risco será feita na venda do cartão, e o risco será assumido pela Caixa. Assim, o locador poderá ficar mais tranquilo", afirmou Lenza. A instituição financeira fará a cobrança mensalmente do aluguel. O cartão será oferecido nas bandeiras MasterCard e Visa, na modalidade internacional. Além de oferecer a linha de aluguel, ele funcionará como um cartão de crédito comum, podendo ser utilizado para a realização de compras em estabelecimentos comerciais. O custo do cartão será de R$ 8 por mês. Caso o usuário ative a linha do aluguel, terá de pagar também uma taxa de manutenção de 6,67% ao mês. "Para garantir 12 meses de pagamento, o cliente pagará no total 0,8% do valor de um aluguel. Em média, no seguro fiança, ele paga de 1,3% a 1,5% do valor de um aluguel", explicou o executivo. O cliente terá dois limites distintos no cartão, um para a linha de aluguel e outro destinado ao pagamento de compras no varejo. O cartão é o primeiro com essa finalidade no mercado brasileiro. Inicialmente, sua implantação vai se dar por meio de projeto piloto. Com quatro imobiliárias credenciadas, sendo duas da capital paulista, e outras duas de Goiânia/GO. O processo de locação por meio do cartão será realizado obrigatoriamente em imobiliárias credenciadas pela Caixa. Em 60 dias, o banco deve credenciar 300 imobiliárias. Com relação às quatro imobiliárias selecionadas para a fase piloto, Lenza afirmou que, por meio delas, serão testadas as funcionalidades do cartão para que sejam realizadas as melhorias necessárias. (Fonte: Agência Brasil e Assessoria de Imprensa da Caixa)

Brasília / DF
Brasil vence ação na OMC contra os EUA sobre suco de laranja
A OMC - Organização Mundial do Comércio - decidiu favoravelmente ao Brasil no processo em que o país questionou medidas antidumping impostas pelos EUA ao suco de laranja brasileiro, informou o Itamaraty ontem a tarde, dia 20/12. No painel aberto pela OMC em setembro de 2009, o governo brasileiro havia pedido a condenação de uma modalidade de cálculo utilizada pelos Estados Unidos para determinar se existiria dumping por parte de produtores brasileiros nas exportações de suco de laranja ao mercado norte-americano. A modalidade de cálculo, conhecida como zeramento (zeroing, em inglês), desconsidera alguns negócios nos quais o preço de exportação foi, efetivamente, superior ao valor no mercado do país que exporta, o que descaracterizaria o dumping. Os EUA já foram condenados anteriormente por praticar a modalidade para estabelecer taxas antidumping para outros produtos. "O governo recebeu com satisfação as determinações do painel e espera que sejam confirmadas no relatório final", informou a assessoria de imprensa do Ministério das Relações Exteriores. O Brasil é o maior exportador mundial de suco de laranja e tradicionalmente já paga elevadas tarifas de importação para vender ao mercado dos EUA. As tarifas antidumping foram adicionais às taxas de importação existentes. A decisão da OMC é preliminar e o governo norte-americano poderá recorrer. (Agência Reuters)

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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP e Associated Press)

HOJE – Fechamento das Bolsas da Ásia

Cingapura / China
Energia e pechinchas elevam Bolsas da Ásia
As Bolsas de Valores da Ásia encerraram os pregões de hoje, dia 21/12, em alta, com os investidores aproveitando pechinchas de fim de ano. O setor de energia também foi destaque, já que o clima frio na Europa elevava os preços do petróleo pela terceira sessão seguida.
- O índice MSCI de Bolsas da região Ásia-Pacifíco, exceto do Japão, subia 1,05% pela manhã.
- Em Tóquio, o Nikkei teve máxima em sete meses, subindo 1,51%, para 10.370 pontos. Depois de dois dias de quedas, os investidores foram atrás de ações com preços reduzidos.
- Em Xangai, a alta foi de 1,79%, para 2.904 pontos.
- Enquanto em Hong Kong o mercado avançou 1,57%, para 22.993 pontos. O destaque ficou com as ações do setor imobiliário.
- Na Coreia do Sul houve ganho de 0,83%, para 2.037 pontos.
- A Bolsa de Cingapura subiu 0,22%, para 3.139 pontos.
- A Bolsa de Taiwan subiu 0,67%, para 8.827 pontos.
- Em Sydney, a alta foi de 0,74%, para 4.771 pontos, puxada pelos metais e por um bom humor resultante de uma onda de fusões.

HOJE – Abertura das Bolsas da Europa
- Londres / Inglaterra - O índice FTSE-100 da Bolsa de Valores de Londres abriu nesta terça-feira em alta de 0,6%, aos 5.926,67 pontos. barril de petróleo Brent para entrega em fevereiro abriu nesta terça-feira em alta na Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, cotado a US$ 92,85 às 5h17 (horário de Brasília), valor US$ 0,11 mais caro que no fechamento do dia anterior.
- Berlim / Alemanha - O índice DAX 30 da Bolsa de Frankfurt abriu nesta terça-feira em alta de 0,5%, aos 7.019 pontos. O euro abriu nesta terça-feira com tendência de alta e, por volta das 5h15 (horário de Brasília), era negociado a US$ 1,3193 no mercado de divisas de Frankfurt, frente à cotação de US$ 1,31 do fechamento do mercado na segunda-feira. O Banco Central Europeu (BCE) fixou nesta segunda-feira o câmbio oficial do euro em US$ 1,3147.
- Roma / Itália - O índice FTSE MIB da Bolsa de Milão abriu nesta terça-feira em alta de 0,59%, aos 20.493,21 pontos. á o índice geral FTSE Itália All-Share subia 0,54% e ficava nos 21.204,88 pontos.
- Madri / Espanha - O índice Ibex 35 da bolsa de valores de Madri abriu nesta terça-feira em alta de 0,61%, aos 10.059 pontos.
- Paris / França - O índice geral da Bolsa de Valores de Paris abriu nesta terça-feira em alta de 0,6%, aos 3.980,40 pontos.


ONTEM – Fechamento da Bovespa, NY e Europeias:

São Paulo / SP
Bolsa paulista encerra no vermelho pregão
A Bovespa fechou em baixa de 1,06%, aos 67.263,60 pontos, no pregão de ontem, dia 20/12. Apertada pelo fraco desempenho de ações de empresas de aço e outras ligadas ao mercado doméstico, a Bovespa recuou marcada pelo exercício de opções sobre ações e por notícias de fusões envolvendo empresas domésticas.
- A cotação do dólar comercial fechou em baixa de 0,41%, a R$ 1,708 na venda. Após três altas seguidas, a moeda norte-americana começou a semana no vermelho. No mês, o dólar tem baixa de 0,35% e, no ano, as perdas são de 2,01%.
Análise 1 - Segundo profissionais do mercado, a Bolsa paulista seguiu acompanhando mais de perto as perspectivas para o mercado asiático, que teve outro dia ruim em meio a prognósticos de desaceleração da economia chinesa. As fabricantes de aço, que estão entre as maiores exportadoras brasileiras para aquele mercado, fecharam no vermelho. "Nosso mercado está acompanhando mais as bolsas asiáticas do que Wall Street", disse à Reuters Roberto Alem, economista da M2 Investimentos.
Análise 2 - Em destaque, CSN caiu 2,2%, a R$ 26,60; Gerdau perdeu 2,66%, a R$ 22,29 reais. MMX encolheu 3,8%, a R$ 10,30. O pessimismo do mercado, entretanto, alvejou também empresas ligadas ao mercado doméstico, sobretudo construtoras e bancos. Cyrela puxou a fila de seu setor, tombando 3,9%, a R$ 18,55. Gafisa teve baixa de 2,8%, saindo a R$ 10,95. No setor financeiro, Itaú Unibanco retrocedeu 2,18%, para R$ 37,66. Logo atrás, Banco do Brasil cedeu 1,86%, cotada a R$ 30,05. Os investidores também conferiram notícias de fusões envolvendo empresas nacionais. Em uma mão, fontes informaram à Reuters que a Sara Lee estaria em conversações para ser vendida à JBS, que caiu 1,3%, a R$ 6,91. A companhia brasileira preferiu não comentar sobre a transação, que poderia envolver cerca de US$ 11 bilhões. Fora do índice, a Hypermarcas anunciou a compra do laboratório Mantecorp por R$ 2,5 bilhões, o que fez a ação da companhia despencar 6,3%, a R$ 23,10.

Nova Iorque / EUA
Bolsas dos EUA têm leve alta por setores de energia e financeiro
As ações norte-americanas buscaram mais ganhos nos pregões de ontem, dia 20/12, o que levou o índice Standard and Poor's 500 à máxima em dois anos, dando sequência à recente valorização conforme investidores acreditam que o bom momento continuará em 2011.
- O S&P 500 ganhou 0,25%, para 1.247 pontos. O indicador acumula avanço de 5,7% neste mês e de 11,8% em 2010.
- O termômetro de tecnologia Nasdaq também subiu 0,25%, para 2.649 pontos.
- O índice Dow Jones, referência da Bolsa de Nova York, recuou 0,12%, para 11.478 pontos.
Análise 1 - Como esperado para o restante de 2010, o volume foi fraco. Investidores preferiram se apegar a papéis de setores que têm estado na dianteira do forte rali de dezembro, como o financeiro, de energia e de matérias-primas. "Temos visto um rali de final de ano que se recusa a perder chão", disse Bucky Hellwig, vice-presidente sênior da BB&T Wealth Management, em Birmingham, Alabama. Segundo ele, a combinação de dados macroeconômicos melhores, estímulos adicionais por parte do Federal Reserve e a prorrogação dos cortes tributários está mantendo as ações em alta.
Análise 2 - O índice que mede o desempenho do setor financeiro, que tem estado abaixo da média do mercado, subiu 0,4%. Os agentes apostam que esse segmento pode estar entre os de melhor desempenho no próximo ano, após a forte performance em dezembro. As ações do segmento de energia direcionaram o mercado para cima, na cola da valorização de quase 1% nos preços do petróleo em Nova York, numa sessão volátil. Os papéis da Chevron ganharam 0,4%. Os mercados norte-americano ficarão fechados na sexta-feira, na véspera do feriado de Natal.

Londres / Inglaterra
Índice europeu de ações sobe e fecha na máxima em 27 meses
O principal índice das ações europeias atingiu a máxima de fechamento em 27 meses nos pregões de ontem, dia 20/12, com a alta das mineradoras amparada pelos preços dos metais, enquanto o setor de utilidade pública pegou carona nos recentes ganhos do mercado. A sessão, contudo, teve baixo volume de negócios, movimento típico de final de ano.
- O FTSEurofirst 300, fechou em alta de 0,7%, aos 1.133 pontos. É o maior patamar de encerramento desde setembro de 2008, mês do colapso do banco de investimento norte-americano Lehman Brothers.
- Em Londres, o índice Financial Times fechou em alta de 0,34%, a 5.891 pontos.
- Em Frankfurt, o índice DAX subiu 0,52%, para 7.018 pontos.
- Em Paris, o índice CAC-40 ganhou 0,46%, a 3.885 pontos.
- Em Milão, o índice Ftse/Mib teve valorização de 1,52%, para 20.373 pontos.
- Em Madri, o índice Ibex-35 avançouu 0,99%, a 9.996 pontos.
- Em Lisboa, o índice PSI20 encerrou em alta de 0,75%, para 7.844 pontos.
Análise - As ações de empresas de utilidade pública - que em 2010 têm demonstrado uma performance entre as mais fracas do mercado - subiram. GDF Suez, Iberdrola e Endesa avançaram entre 1,9 e 3,4%. "Os mercados podem estar dizendo que os problemas de dívida na zona do euro são uma questão soberana agora, mas uma questão sistêmica", disse Richard Batty, estrategista da Standard Life Investments, em Edinburgh, citando a rede de segurança que os líderes europeus afirmaram que estará disponível até 2013. Ele acrescentou que a fraqueza do euro, que atingiu a mínima recorde ante o franco suiço, vai se traduzir em lucros maiores para algumas companhias.


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MERCADO FINANCEIRO

Rio de Janeiro / RJ
Grupo Paranapanema volta a investir após 15 anos
Sem investimentos em expansão há 15 anos, o grupo Paranapanema anunciou ontem, dia 20/12, que pretende gastar R$ 510 milhões até 2013 para ampliar sua produção no País, e se tornar líder no mercado interno de cobre refinado. Segundo o presidente do grupo, Luiz Ferraz, parte dos recursos virá de caixa próprio e o restante de financiamentos, visto que a companhia reestruturou sua dívida e hoje tem espaço para buscar novos financiamentos. Entre os projetos de expansão, o mais importante é o da fábrica da Bahia de cobre refinado, que prevê uma ampliação da capacidade dos atuais 240 mil toneladas para 280 mil toneladas de cobre refinado por ano. Além disso, o grupo pretende elevar sua produção de tubos de 16 milhões de toneladas para 36 milhões de toneladas. "A Paranapanema quer ser a grande líder no mercado interno. Vamos dificultar a vida do Chile por aqui", afirmou Ferraz, ao se referir aos produtores chilenos, um dos maiores no setor de cobre.
Durante apresentação na Apimec Rio, o presidente do grupo Paranapanema destacou que a companhia, depois de sua reestruturação de dívida em 2009, está focada agora em aumentar a rentabilidade de seus ativos. Em seus planos estão também a construção de uma unidade de beneficiamento de ouro e prata, metais que sobram no processo de produção de cobre na empresa, e antes não eram aproveitados. A nova estratégia do grupo contempla ainda os 105 direitos minerários que a Paranapanema tem registrado no Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). O executivo informou que o grupo fechou um acordo com uma mineradora para avaliar o valor real destes 105 direitos minerários.
Entretanto, Ferraz disse que a Paranapanema não pretende se tornar uma mineradora e a intenção é fechar parcerias com companhias do setor para garantir um fornecimento de insumos no longo prazo, a preços mais baratos, o que permitirá à companhia aumentar a competitividade no mercado. Ferraz revelou que um dos direitos minerários já foi vendido por um valor que pode chegar a US$ 8,1 milhões. Dos 105 direitos minerários impostos à Paranapanema, 25 são de minas de cobre. Questionado sobre a possibilidade da Vale fazer uma nova oferta pelas ações da companhia, o executivo preferiu não comentar rumores e se limitou a comemorar o crescimento da Paranapanema nos últimos anos. "Se a Vale demorar (a fazer uma nova oferta) ela vai pagar três vezes mais caro" afirmou Ferraz, ao lembrar que a Paranapanema passou por um período de reestruturação, e que hoje tem uma sólida posição financeira. (Agência Estado)


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INDÚSTRIA


São Paulo / SP
Votorantim lança pedra fundamental de fábrica no MA
A Votorantim Cimentos realizou ontem, dia 20/12, cerimônia de lançamento da pedra fundamental da fábrica de cimentos que será construída em São Luís, no Maranhão. A unidade terá capacidade para produzir aproximadamente 750 mil toneladas por ano e deverá entrar em operação no final de 2011. O projeto está estimado em R$ 80 milhões. A construção de uma fábrica em São Luís faz parte do plano de expansão e descentralização da produção da companhia, que pretende investir R$ 5 bilhões no período entre 2007 e 2013 na construção de 22 fábricas. Com isso, a Votorantim poderá encerrar 2013 com 35 fábricas de cimento no País, elevando sua atual capacidade de produção de 27 para 42 milhões de toneladas por ano. O aval para o início da construção da moagem no local foi concedido pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Maranhão no último dia 13/12. (Agência Estado)

Londres / Inglaterra
Produção global de aço sobe 16,2% até novembro
A produção mundial de aço bruto subiu 16,2% de janeiro a novembro, para mais de 1,28 bilhão de toneladas, anunciou nesta segunda-feira a Associação Mundial de Aço (WSA). Em novembro, a produção global dos 60 países que divulgam seus números somou 114 milhões de toneladas, crescimento de 5,1% sobre o mesmo mês de 2009. A produção de aço bruto da China, maior produtor e consumidor de aço do mundo, cresceu 10,1%, para mais de 577 milhões de toneladas nos primeiros 11 meses do ano. Em novembro, a produção do país somou 50,2 milhões de toneladas, expansão de 4,8% sobre o mesmo período de 2009. O Japão produziu 9 milhões de toneladas de aço bruto em novembro, 1,4% acima do produzido um ano antes. A produção da Coreia do Sul cresceu 16,4%em novembro na mesma comparação, para 5,2 milhões de toneladas. Os Estados Unidos produziram 6,5 milhões de toneladas de aço no mês passado, crescimento de 13% sobre novembro do ano passado. Na semana passada, o Instituto Aço Brasil divulgou que a produção de aço brasileira caiu 11,2% em novembro sobre outubro e 2,8% na comparação anual, para 2,6 milhões de toneladas. (Agência Reuters)

Seul / Coréia do Sul
LG Group anuncia investimentos de mais de US$ 18 bi em 2011
Em 2011, o sul-coreano LG Group vai elevar seus investimentos em 12%, ao recorde de US$ 18,2 bilhões, enquanto tenta reanimar as operações deficitárias de celulares de sua principal unidade, a LG Electronics. O plano de investimento é a mais recente tentativa por parte do quarto maior conglomerado sul-coreano de reverter a situação de sua deficitária divisão de celulares e reforçar sua competitividade, especialmente no segmento de televisores e telas. O grupo substituiu o presidente-executivo da LG Electronics por um membro de sua família fundadora, em setembro, e posteriormente indicou novos comandantes para as divisões de televisores e celulares, depois que a companhia, que também é o segundo maior fabricante mundial de televisores, reportou prejuízos operacionais recorde no terceiro trimestre. A companhia mais tarde introduziu uma série de modelos de smartphones e vendeu dois milhões de unidades do celular inteligente Optimus One desde seu lançamento, em outubro. É o mais bem sucedido modelo de smartphone já lançado pela companhia. "O foco para 2011 será reforçar nossas atividades centrais de smartphones, computadores tablet, televisores e telas de grande porte, e também estimular novas fontes de crescimento, tais como células solares, novos tipos de telas e telas de pequeno porte para smartphones e tablets", afirmou o grupo em comunicado. As divisões de eletrônicos da LG investirão a maior parte dos 21 bilhões de won projetados - um total de 14,2 trilhões de won (US$ 12,29 bilhões). O grupo controla a LG Electronics; a segunda maior fabricante mundial de telas LCD, LG Display; e a LG Innotek, como suas principais divisões no setor eletrônico. (Agência Reuters)


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AGROBUSINESS


Cingapura / China
Noble Group compra de 2 usinas de brasileira por US$ 950 milhões
A Noble Group, maior trading de commodities da Ásia, informou ontem, dia 20/12, que assinou um acordo para a compra de duas usinas do grupo brasileiro de açúcar e álcool Cerradinho, em um negócio avaliado em US$ 950 milhões. A companhia listada na Bolsa de Cingapura informou que as duas usinas vão aumentar a sua capacidade total de moagem de cana para 17,5 milhões de toneladas ao ano. As duas unidades adquiridas, situadas em Catanduva e Potirendaba, no Estado de São Paulo, estão localizadas estrategicamente a 100 quilômetros de uma instalação da Noble, disse a companhia asiática em comunicado. Na semana passada, jornais no Brasil informaram que o negócio havia sido fechado. A usina de Catanduva possui uma capacidade de moagem de cana de 4,6 milhões de toneladas, enquanto a de Potirendaba processa 3,4 milhões de toneladas por ano.
A produção combinada das duas usinas deve chegar a 600 mil toneladas de açúcar, 300 mil metros cúbicos de etanol, além de uma oferta de mais de 300 mil megawatts hora de energia no Brasil. Fusões e aquisições no setor sucroalcooleiro no Brasil têm aumentado desde a crise financeira global de 2008, a qual deixou muitas usinas brasileiras endividadas em meio a programas ambiciosos de expansão. No início deste mês, a trading suíça de commodities Glencore comprou uma fatia da usina brasileira de etanol Rio Vermelho, seu primeiro investimento no setor de cana. A Noble possui duas usinas de cana em São Paulo, uma processadora de café em Minas Gerais, além de armazéns. Em outubro, a companhia inaugurou um terminal de grãos no porto de Santos. (Agência Reuters)

Da redação – São Paulo / SP
Produção de ovos de galinha soma 622,499 milhões de dúzias no 3º trimestre
A produção de ovos de galinha foi crescente em todos os meses de 2010 e alcançou 622,499 milhões de dúzias no 3o trimestre de 2010, um aumento de 1,8% em relação ao trimestre anterior e de 4,0% ante ao mesmo trimestre de 2009. No acumulado do ano de 2010 (janeiro a setembro) a produção atingiu o patamar de 1,839 bilhão de dúzias, 4,5% superior ao mesmo período de 2009, segundo levantamento divulgado hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. O Sudeste concentrou mais da metade da produção nacional de ovos, sendo São Paulo, Minas Gerais e Paraná os maiores produtores nacionais. A pesquisa destaca o crescimento da avicultura no estado de Mato Grosso, que quase dobrou a sua produção de ovos, crescendo continuamente em todos os trimestres. Neste trimestre, o crescimento no MT foi de 49,5% em relação ao mesmo trimestre de 2009. (Agência Safras)


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SERVIÇOS & VAREJO


Da redação - Porto Alegre / RS
Setor de serviços acredita em crescimento do faturamento em 2011
Grupo empreendedor do setor de serviços demonstra otimismo com o ano de 2011. Uma pesquisa apontou que 35% dos prestadores de serviços de todo o país acreditam que no primeiro semestre de 2011 o faturamento de suas empresas crescerá entre 7% e 10% ou mais na comparação com o mesmo período de 2010. O levantamento foi encomendado pela Central Brasileira do Setor de Serviços – Cebrasse. Os motivos para tanta expectativa, conforme a Cebrasse, incluem o fato de o país já estar se organizando para os preparativos da Copa do Mundo de 2014 e outros eventos esportivos, e também de a dinâmica dos serviços se inserir na cadeia produtiva de todos os setores de atividade econômica do mercado e também no setor público.
Excluindo aqueles 35% dos entrevistados bastante otimistas ao estimar crescimento entre 7% e 10% ou mais, outros empreendedores apostam em diferentes níveis de crescimento. Trinta e um por cento apontam a média de 5%, e 16% deles pontuam entre 1% e 3%. Cerca de 12% creem em manter os mesmos níveis registrados no primeiro semestre de 2010, e apenas 1% indica níveis abaixo dos daquele período. Quanto aos 5% que não souberam informar, avalia-se que não consideram a possibilidade de redução de ganhos no comparativo entre os primeiros seis meses de 2010 e 2011, e que suas projeções reais podem estar em qualquer percentual.
Quarenta por cento dos empresários de informática e de merchandising esperam maior crescimento (10% ou mais) na comparação entre os dois semestres. Quase trinta por cento dos de segurança privada, 25% dos de manutenção elétrica e em torno de 20% dos prestadores de serviços gerais, engenharia e montagem e de contabilidade também apostam nessa média de aumento.A média de 8% foi mais apontada pelos de informática (40%), manutenção mecânica (33%), trabalho temporário (26,3%). Na área de contabilidade, 40% dos empreendedores apostam em crescer na média de 5%. Outros 40% têm, igualmente, expectativas de crescimento em torno de 10% e de 2%. Os demais escritórios contábeis acreditam em crescer em torno de 5%.Serviços de administração de RH apontam equitativamente, em 33,3%, faturamentos médios de 2%, 5% e 8%. Outro segmento que vê com equidade (25%) os níveis de faturamento entre 2%, 5%%, 10% ou mais, e igualdade entre os dois semestres, é o de manutenção elétrica. (Fonte: Assessoria de Imprensa da Fecomércio/RS)

Tóquio / Japão
Sony diz que não vai atingir meta de vendas de TVs LCD
As vendas de televisores LCD da Sony provavelmente ficarão um pouco abaixo da meta de alta de 60% em volume neste ano fiscal, afirmou o vice-presidente executivo da companhia. Ele acrescentou que novos televisores 3D não reanimarão as vendas mornas nos mercados maduros. O executivo, Hiroshi Yoshioka, afirmou em entrevista à Reuters e outros veículos de mídia que a Sony enfrentará dificuldades para manter sua divisão de televisores fora do vermelho este ano e que não antecipa lucro substancial para essa operação no próximo ano fiscal.
As vendas de televisores no Japão, que dispararam este ano devido a um plano de incentivo do governo e à digitalização das transmissões de TV, devem despencar a partir de dezembro, enquanto as incertezas do mercado de trabalho influenciam negativamente o apetite dos consumidores norte-americanos por itens de preço elevado. Depois de sofrer prejuízos em sua divisão de televisores pelos seis anos passados, a Sony vem esperando que o lançamento de modelos 3D e com acesso à Internet ajude a elevar as vendas de televisores LCD a 25 milhões de unidades no ano fiscal que se encerra em março de 2011, o que tiraria a divisão do vermelho.
Na semana passada, a Best Buy, maior cadeia de varejo de eletrônicos dos Estados Unidos, surpreendeu os investidores ao reportar uma queda nas vendas trimestrais de suas lojas. O grupo informou que as vendas dos televisores 3D ficaram abaixo das expectativas do setor. "Conversando com consumidores, alguns estão preocupados com o conteúdo disponível, e outros presumem, erroneamente, que televisores 3D só conseguem exibir imagens em 3D", disse Yoshioka. Mas Yoshioka disse que as vendas de televisores 3D não ficariam muito abaixo da meta anual de 2,5 milhões de unidades da companhia, enquanto as vendas dos televisores Sony para a Google TV, que permite acesso à Internet via televisor, acompanharam as expectativas. (Agência Reuters)

Da redação – São Paulo / SP
Vita Derm inaugura duas lojas com novo conceito
A Vita Derm, empresa referência em tratamento cosmético, abriu unidades com seu novo conceito de loja nos shoppings Bourbon Pompéia e Pátio Higienópolis, em SP. A Vita Derm Day Clinic associa produtos a serviços, proporcionando ao cliente uma experiência diferenciada com a marca. As unidades oferecem um amplo menu de tratamentos, que inclui terapias estéticas corporais, faciais e tratamentos especiais, como atendimento às mulheres grávidas e às pessoas que estão em período pré e pós-operatório.


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COMÉRCIO EXTERIOR


Brasília / DF
Balança comercial tem superavit de US$ 330 milhões na terceira semana de dezembro
A balança comercial brasileira registrou, na terceira semana de dezembro, um saldo positivo de US$ 330 milhões, informou ontem, dia 20/12, o MDIC - Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O superavit foi decorrente de exportações no valor de US$ 4,309 bilhões menos importações de US$ 3,979 bilhões. Com o resultado, o mês de dezembro acumula saldo positivo de US$ 1,776 bilhão nas três primeiras semanas, com média diária de US$ 136,6 milhões. Esse resultado foi produzido pelo acúmulo de exportações no mês em US$ 11,581 bilhões menos as importações de US$ 9,805 bilhões.
Pelo critério de média diária, dezembro acumula uma alta de 38,5% na comparação com igual período de 2009 e de 778,6% ante o apurado em novembro deste ano. No ano até a terceira semana de dezembro, a balança comercial brasileira acumula superavit de US$ 16,686 bilhões (média diária de US$ 69,2 milhões). O saldo positivo é decorrente de exportações num montante de US$ 192,578 bilhões menos importações de US$ 175,892 bilhões. O resultado, pela média diária, é 29,3% inferior ao apurado em igual período de 2009. Em compensação, a corrente de comércio (soma das exportações e das importações) atingiu US$ 368,470 bilhões no ano, uma média por dia útil de US$ 1,528 bilhão. Esse resultado, na comparação com igual período de 2009, representa um crescimento de 36,3%. O crescimento da corrente de comércio de um ano para outro comprova a recuperação do comércio internacional após a crise financeira do ano passado. Já o saldo menor é resultado de um crescimento mais forte das importações no ano (42,5%) do que das exportações (31%) em relação a 2009.

São Paulo / SP
Demanda da China e subsídio nos EUA sustentam preços e favorecem exportações brasileiras
Quando Lula completou cem dias de mandato em março de 2003, era aprovado por 43% dos brasileiros. Naquele momento, a saca da soja valia US$ 12,3 no mercado internacional. Oito anos depois, Lula deixa o governo chancelado por 83% dos eleitores, e a commodity é negociada a US$ 28,7. Tanto a popularidade de Lula como o preço da soja dobraram nesse período. O aumento percentual próximo é coincidência matemática. Mas ainda que não seja passível de mensuração, o impacto do salto no preço da soja e de outras commodities que o país exporta sobre o legado lulista é inquestionável. A principal fonte dessa maré positiva é a China. Crescendo a uma taxa média anual de 10% pelas últimas três décadas, o país se tornou um sorvedouro de alimentos e matérias-primas brutas. Como principal exportador de minério de ferro e segundo maior de soja do mundo, o Brasil despontou como parceiro ideal. O economista Eduardo Giannetti da Fonseca, do Insper, diz que, além da demanda da China, a conjuntura global também era favorável ao Brasil nos anos iniciais do governo Lula, com expansão robusta nos EUA.
O resultado foi que as exportações brasileiras tiveram um salto três vezes maior no primeiro mandato de Lula do que em toda a era FHC, atingindo US$ 138 bilhões em 2006. Depois alcançaram US$ 198 bilhões em 2008, ano em que eclodiu a crise financeira internacional.
O Brasil sentiu o baque da turbulência externa, mas se recuperou rapidamente. Em parte porque o governo, a partir de 2006, passou a comprar dólares avidamente. As reservas internacionais (colchão de proteção do país contra choques externos) saltaram de US$ 40 bilhões no fim de 2002 para US$ 205 bilhões em setembro de 2008, quando estourou a crise. A munição acumulada nos anos de bonança ajudou a evitar a repetição da história de crises anteriores, quando a desconfiança sobre a capacidade de solvência da economia levava investidores a fugirem em massa. Em 2008, o risco de calote do Brasil nem foi cogitado porque as reservas internacionais, pela primeira vez, eram superiores ao estoque de dívida externa total. Mesmo com os países ricos se recuperando lentamente, as exportações brasileiras voltaram a crescer em 2010. Por trás disso está novamente a China que, neste ano, desbancou os EUA como o país que mais importa do Brasil.
Efeitos colaterais - Os benefícios dos ventos chineses favoráveis ao Brasil são consensuais. Mas alguns efeitos colaterais da conjuntura causam preocupação. Com o impacto da China, os produtos básicos, que eram 24% das exportações em 2002, hoje somam 45% do total. O peso dos manufaturados na pauta exportadora seguiu o rumo inverso. Na década de 50, a Cepal - Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe - dizia que os países dependentes da venda de commodities estavam fadados ao fracasso, já que historicamente os preços desses produtos básicos tendiam à queda, e os dos manufaturados, à alta.
Renato Baumann, ex-diretor da Cepal no Brasil, diz que a discussão mudou de tom. "Não há nada contra a exportação de commodities." Mas ressalta: "Desde que o país continue agregando valor aos produtos". Caroline Bain, editora sênior de commodities da Economist Intelligence Unit, diz que a vantagem do Brasil é ter uma pauta diversificada de commodities. Ela espera que os preços dos produtos básicos, especialmente alimentos, permaneçam altos. Mas ela e outros analistas, como Michael Pettis, professor de finanças da Escola Guanghua de Administração, da Universidade de Pequim, afirmam que a concentração da pauta exportadora do Brasil em commodities expõe o país ao risco de variações bruscas nos preços desses produtos que tendem a se mover juntos.
Esse cenário poderia ser deflagrado por uma desaceleração forte da economia chinesa. "O Brasil tem se tornado muito dependente do crescimento da China", resume Pettis. Desequilíbrio externo volta a preocupar - Mais de dez anos depois, o país volta a enfrentar simultaneamente as três ameaças mais tradicionais à solidez da economia: inflação em alta, desequilíbrio crescente nas transações externas e excesso de gastos públicos. É o que o início do segundo governo FHC tem em comum com o final do segundo governo Lula. Guardadas as proporções: antes, havia o risco imediato de insolvência e recessão; agora, há um muito aguardado ciclo de prosperidade a perder.
A resposta de 1999 foi uma reviravolta nas políticas da Fazenda e do Banco Central, com a adoção do que se convencionou chamar de tripé macroeconômico, composto por superavits primários (despesas com custeio e investimento abaixo da receita), metas de inflação e livre variação do câmbio. Tornou-se lugar comum associar os sucessos dos anos Lula à permanência desses pilares na gestão petista. O tripé, porém, foi desgastado por uma década de uso e não basta mais como resposta às três ameaças. Ao passar a poupar parte de suas receitas, o governo deteve a escalada da dívida pública que, do equivalente a 60% da renda nacional oito anos atrás, caiu para pouco acima de 40%, patamar que mantém tranquilos os credores domésticos e estrangeiros. Os superavits prometidos não são cumpridos desde o ano passado, e anuncia-se um forte corte de despesas para recuperar a credibilidade perdida. O que importa agora não é apenas produzir números capazes de reduzir a dívida. Pelo consenso entre economistas, é preciso correr o risco político de conter gastos sociais para elevar investimentos em infraestrutura.
A livre flutuação do dólar reverteu a perda de reservas em moeda forte e com a disparada dos preços dos produtos primários de exportação, contribuiu para tornar o Brasil mais credor do que devedor externo. Mas o dólar só tem flutuado livremente para baixo, prejudicando as exportações e a indústria. Não há mais o cenário favorável que impulsionou a nossa economia na maior parte dos anos Lula. Os EUA desvalorizam a moeda para recuperar a exportação e a produção, e os demais países se protegem como podem. Na prática, o câmbio só continua flutuante porque o governo não tem sido capaz de administrar as cotações. Se e quando conseguir, a prejudicada poderá ser a política de controle da inflação.

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TI, WEB & e-COMMERCE

Nova Iorque / EUA
União Europeia está alerta com a oferta de US$ 7,68 bilhões da Intel por McAfee
A oferta de US$ 7,68 bilhões da Intel pela fabricante de softwares de segurança McAfee vem passando pela análise de autoridades da União Europeia, o que pode adiar a operação, informou o Wall Street Journal na sua edição do última sexta-feira, dia 17/12. Citando fontes próximas ao caso, o jornal afirmou que reguladores antitruste da UE manifestaram preocupação, embora não publicamente, durante a revisão preliminar do acordo, o que pode gerar uma longa investigação pelo órgão. Segundo o jornal, o principal foco da avaliação dos europeus do acordo é a intenção da Intel de incorporar funções de segurança aos seus chips microprocessadores, os mais usados do mundo. A UE teme que, caso a McAfee, por ser controlada pela Intel, tenha acesso privilegiado a essas funções, isso poderia dificultar os negócios de seus concorrentes. (Agência Reuters)

Da redação – Brasília / DF
Minicom prepara licitação para contratar 13 mil pontos de web
As empresas de telecomunicações terão até o dia 7 /1/2011 para encaminhar dúvidas e sugestões ao edital de licitação que prevê a contratação de mais 13 mil pontos de conexão à internet para o Gesac, programa de inclusão digital do governo federal. O prazo foi anunciado durante audiência pública, na sede do Ministério das Comunicações (Minicom), que reuniu representantes de dez prestadoras de serviços e integrantes da pasta para discutir os termos do edital. Para o diretor do Departamento de Serviços de Inclusão Digital (Desid), Heliomar Medeiros, a audiência pública correspondeu às expectativas e foi uma boa oportunidade de debater com as empresas de forma detalhada a proposta de ampliação do Gesac. O programa leva conexão gratuita à internet a pontos espalhados por todo o País. Heliomar acredita que o termo de referência do edital de licitação proposto pelo Minicom deverá ter poucas alterações, levando em consideração os questionamentos feitos verbalmente pelos representantes das teles. As propostas de alteração ao edital deverão ser encaminhadas para o e-mail gesac.desid@mc.gov.br. (Fonte: Agência Brasil)

São Paulo / SP
Accenture inaugura delivery center de outsourcing em Recife
A consultoria Accenture expandiu sua rede de delivery centers com a abertura de um escritório em Recife. O novo espaço é parte de mais de 50 centros que compõem a rede global de delivery centers da Accenture, batizada de Global Delivery Network, que já conta com unidade em São Paulo. O delivery center de Recife oferecerá serviços de outsourcing de TI e desenvolvimento de sistemas para uma ampla gama de indústrias dentro e fora do país, com foco em Java e .Net. Localizado no Porto Digital, um dos principais centros de desenvolvimento de tecnologias do Brasil, a nova unidade espera gerar cerca de 500 empregos nos próximos dois anos. "Nossos clientes estão cada vez mais focados em atingir melhores resultados de negócios por meio do uso da tecnologia”, explica Roger Ingold, presidente da Accenture no Brasil. Ele destaca que a chave para auxiliar neste cenário, em que resultados e custos competitivos devem andar juntos, é localizar e trabalhar junto com os melhores talentos ao redor do mundo.
O executivo observa que Recife, e por extensão, o Porto Digital, oferecem uma ampla oferta de profissionais qualificados em uma estrutura de qualidade, o que vai ao encontro das necessidades das empresas que prestamos serviços. Para Francisco Saboya, presidente do Porto Digital, a chegada da empresa de consultoria ao Recife demonstrar a maturidade do Porto Digital e da sua importância na indústria brasileira de TI."Ao escolher o Porto Digital para instalar uma nova base de produção, a Accenture atesta a excelência do ambiente acadêmico e empresarial do Recife", afirma Saboya. Ele completa que esse tipo de investimento contribui para a geração de centenas de empregos e coloca definitivamente o Porto Digital na rota das grandes operações globais de TI.
A rede global de delivery centers da Accenture agrega mais de 116 mil profissionais em mais de 50 escritórios no planeta. Ao aplicar uma metodologia única de processos, metodologias, ferramentas e arquiteturas, a companhia oferece serviços e soluções customizadas em um espaço de tempo menor do que quando comparado com um possível desenvolvimento independente.

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INFRAESTRUTURA & LOGÍSTICA


Rio de Janeiro / RJ
Eike Bastista recebe autorização da Marinha para construir canal
A LLX e a OSX, do empresário Eike Batista, anunciaram ontem a tarde, dia 20/12, que obtiveram da Marinha do Brasil a autorização para a construção de um canal no Superporto do Açu, onde a OSX irá construir um estaleiro. O canal terá 7 km de cais e mais de 20 berços para atracação de navios, com uma área de aproximadamente 8 milhões de metros quadrados e permitirá ampliar o potencial de movimentação de cargas do porto. "Esta divulgação representa um passo fundamental na consolidação do Complexo Industrial do Superporto do Açu que, com esta expansão, poderá atender a uma crescente demanda de empresas atraídas pela sua localização estratégica, eficiente integração logística e sinergias industriais, sempre de acordo com os mais altos padrões de tecnologia e de sustentabilidade que norteiam a atuação empresarial do Grupo EBX", disse Otávio Lazcano, diretor-presidente da LLX. Criada em 2007, a LLX tem como objetivo investir em logística e infraestrutura. Localizado em São João da Barra (RJ), o porto do Açu é o principal projeto da empresa, com investimentos previstos em R$ 4,3 bilhões. Já a OSX é o braço do grupo para construção naval.

Da redação – Porto Alegre / RS
ANDEP orienta funcionários do transporte aéreo a evitar greve
O Natal se aproxima e com ele a ameaça de sofrimento nos aeroportos e de uma greve. Não cabe discutir os motivos que levaram os aeronautas e aeroviários à ameaça e, quem sabe, à greve. Resta, somente, apelar ao bom-senso. O caos aéreo brasileiro não se deve à ascensão da “nova classe média” e muito menos ao crescimento econômico, como alegam as autoridades federais para justificar o injustificável. De acordo com o presidente da ANDEP - Associação Nacional em Defesa dos Direitos dos Passageiros do Transporte Aéreo -, Cláudio Candiota Filho, a aviação é um setor 100% técnico. Opera com planejamento, com projeção de demanda de cinco, dez ou mais anos à frente. Não se mistura com política. Tanto isso é verdade que o caos aéreo brasileiro é o único no mundo, assim como só no Brasil o Poder Judiciário é obrigado a colocar tribunais nos aeroportos. Juizado Especial em aeroporto é a prova irrefutável do fracasso da gestão do Poder Executivo no que concerne à gestão da aviação civil e do transporte aéreo de passageiros.
O presidente da ANDEP afirma que é importante expor a realidade para que não recaia sobre os funcionários das companhias aéreas a responsabilidade pelo agravamento do caos aéreo no final do ano. Por outro lado, se fizerem a greve anunciada para a véspera do Natal, os aeronautas e aeroviários estarão atraindo para si a responsabilidade pelo caos e, ao mesmo tempo, isentando os verdadeiros responsáveis, entregando-lhes de presente a justificativa e punindo os inocentes: os passageiros e suas famílias.
É sabido que os trabalhadores vêm suportando nos balcões dos aeroportos, nas pistas, a bordo das aeronaves, no controle de tráfego aéreo e demais níveis, a pressão que decorre do caos. Porém, sendo ou não procedentes as reivindicações salariais, certo é que, neste caso, a greve na véspera do Natal pune os inocentes e absolve os culpados. Por tudo, apela-se ao bom-senso para que se evite a greve, único modo de impedir que a responsabilidade sobre o caos seja dos trabalhadores que são tão vítimas quanto os consumidores. Candiota ressalta ainda que em março de 2011 o caos aéreo brasileiro estará fazendo aniversário de cinco anos, o que coincide com a criação da ANAC - Agência Nacional de Aviação Civil. “Nada mudou desde a fundação da agência, e não mudou porque nada foi feito para eliminar a causa do caos”, aponta o dirigente. (Fonte: Amorim Comunicação)


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MERCADO DE LUXO


Da redação – São Paulo / SP
Christopher Seymour apresenta Superyacht 122m Alpine
Projetado sob uma nova concepção, o superyacht Alpine, de Christopher Seymour será capaz de viajar para o clima quente e tropical das Caraíbas ou para o clima frio e isolado das regiões árticas tranquilamente. Pronto para todas as condições que o tempo proporcionar, ele pode encarar os desafios ostentando sua bela linha pura e aberta dos decks. (LEIA na íntegra)

Berlim / Alemanha
Nhow Berlim é o primeiro hotel com studio de gravação da Europa
Para os viajantes que buscam cadeias hoteleiras que fujam do tradicional, em favor de mais estabelecimentos no estilo boutique, o recém-inaugurado Nhow Berlim é a opção certa.. Ele é um verdadeiro refúgio concebido dedicado à música. Anunciado como o primeiro hotel da Europa com um completo estúdio de gravação, possui guitarras no menu de serviço de quarto e um cenário surreal em seu interior, com a arquitetura desafiando a física e servindo como um catalisador para “jam sessions” a noite. (LEIA na íntegra)

Paris / França
Dúvida em relação ao modelo successor da Lamborghini
A Lamborghini está empenhada em expandir a sua gama de supercarros com um terceiro modelo após o sucesso do Gallardo e do Murcielago, porém o sucessor, segundo os relatórios da empresa, diferem na forma que ela irá prosseguir. (LEIA na íntegra)

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MÍDIA

São Paulo / SP
Emissoras de rádio e TV chinesas montam escritórios no Brasil
Emissoras de rádio e televisão da China escolheram o Brasil para instalar seus escritórios regionais na América Latina, sendo que o primeiro deles será inaugurado hoje, dia 21/12, em São Paulo e estará em pleno funcionamento no início de 2011, informaram à Agência Efe fontes autorizadas. A emissora nacional de televisão chinesa "CCTV", com canais também em inglês, espanhol e francês, contará em São Paulo com 15 funcionários em sua nova etapa de expansão internacional. (LEIA na íntegra)

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TERCEIRO SETOR


Da redação – Porto Alegre / RS
SocialTec desenvolve projeto com Fundação AlphaVille
A Fundação AlphaVille, através de seu Programa Comunidade Sustentável, criado para apoiar ações de desenvolvimento pessoal e profissional às comunidades localizadas no entorno dos empreendimentos residenciais, contratou a SocialTec para assessorar um grupo de moradores de Porto Alegre. Através de ferramentas que possibilitam a transformação na qualidade de vida e inclusão social, a empresa definiu um plano de trabalho que passou por diagnóstico da vocação produtiva dos grupos, seguindo por análise de mercado, estruturação organizacional, administrativa e mercadológica.
O grupo assessorado tem sede no bairro Belém Velho, zona sul de Porto Alegre. No local, o uso produtivo da terra é a principal característica, o que motivou a SocialTec a criar um plano voltado para o pequeno produtor rural. “Por se tratar de uma área ligada à agricultura, foram propostas atividades relacionadas a alimentos sustentáveis e orgânicos, principalmente pêssegos e uvas”, destaca Lucas Roldan, gestor de negócios da empresa.
Em apenas dois meses, os moradores se mostram animados com as propostas, “já são 14 pessoas que se reúnem conosco para discutir e construir o melhor plano para o desenvolvimento de todo grupo. Essa transferência de conhecimento tem ajudado a mudar gradativamente o meio em que vivem e isso faz com que se sintam ainda mais motivados” completa Lucas. O projeto tem duração de um ano e já há previsão para mais uma assessoria na região para o início de 2011. Além de assessorias para grupos produtivos, a SocialTec realiza consultorias na produção de biodiesel através da gestão de resíduos de óleos de cozinha; assessoria na reciclagem de computadores e assessoria para o terceiro setor.
Saiba mais sobre a SocialTec - A SocialTec, empresa incubada na Raiar da PUCRS, realiza assessoria e consultoria na produção de biodiesel através da gestão de resíduos de óleos de cozinha; assessoria na reciclagem de computadores e assessoria para o terceiro setor. Desta forma, a SocialTec mostra que é possível gerar riqueza e consciência socioambiental ao utilizar uma técnica que dispensa o uso de água e traz benefícios a todo o planeta. A empresa recebe apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), por meio do Programa Primeira Empresa Inovadora (PRIME). O projeto de pesquisa da empresa, testes de desempenho em diesel-biodiesel produzidos através de óleo de fritura, é aprovado pelo programa RHAE – Pesquisador na Empresa, coordenado pela Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT) e pela Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (SETEC). A SocialTec foi contemplada no Edital MCT/SETEC/CNPq N° 67/2008. (Fonte: Comunicative + Ideali Comunicação Integrada aos Resultados)


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ARTIGO


A Tecnologia da Informação que queremos
Por Reges Bronzatti, presidente da Assespro-RS eleito para a gestão 2011/2012



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