Edição 438 | Ano III

Seul / Coréia do Sul
G-20 criará indicadores para medir desequilíbrios de mercados
Os líderes das 20 maiores economias do mundo afirmaram que vão desenvolver indicadores para medir desequilíbrios econômicos, mas adiaram até 2011 o controverso trabalho de definição dos problemas que eles prometeram resolver. No fim da cúpula de dois dias em Seul, os líderes do G-20 disseram em um comunicado que vão buscar manter os desequilíbrios externos em um nível "sustentável", criando "orientações indicativas compostas por uma série de indicadores que servirão como um mecanismo para facilitar a identificação rápida de grandes desequilíbrios que exigem que ações preventivas e corretivas sejam tomadas". A decisão contrariou os objetivos defendidos pelos EUA e pela Coreia do Sul - que se opuseram fortemente a países como China e Alemanha - de determinar metas para limitar os superávits e os déficits em conta corrente. Questões como a dos desequilíbrios externos dominaram a reunião de líderes do G-20, que estão tentando evitar o que tem sido chamado de "guerra cambial" - na qual os países buscam vantagem competitiva por meio do enfraquecimento de suas moedas. Mantendo a linguagem que os ministros de Finanças do G-20 usaram em uma reunião preparatória no fim de outubro, os líderes das 20 maiores economias do mundo prometeram agir "na direção de sistemas de taxa de câmbio mais determinadas pelo mercado" e evitar a "desvalorização competitiva de moedas". Os líderes acrescentaram que estão comprometidos com "a melhora da flexibilidade das taxas de câmbio para refletir fundamentos econômicos subjacentes". Os líderes determinaram a cúpula do G-20 em 2011 como meta para desenvolver uma avaliação dos desequilíbrios. O Fundo Monetário Internacional (FMI) vai ajudar o grupo de trabalho do G-20 a conduzir a avaliação sobre desequilíbrios e a supervisão do FMI vai incluir as políticas cambiais. (Agência Dow Jones)

Rio de Janeiro / RJ
Mega empresário brasileiro mostrou interesse nas empresas de Silvio Santos O empresário Eike Batista não descartou interesse em adquirir ativos de Silvio Santos. Entre eles, a participação no banco PanAmericano e até o SBT. Quando questionado se poderia realizar uma oferta por uma das empresas do grupo SS, Eike respondeu: "A gente olha tudo". "O que dá para arbitrar e fazer melhor, a gente olha", afirmou o empresário. "Eu jamais entraria para competir com a Ambev ou o Submarino. O Brasil tem áreas de excelência que competem com qualquer player mundial. Mas o Brasil tem um outro lado, que é o Brasil ineficiente. Então tudo que é ineficiente no Brasil a gente enxerga um espaço gigante", disse.
O empresário afirmou ainda que seria interessante ter um canal de televisão neste momento, já que anunciou sua entrada na área de entretenimento e esporte. Nesta semana foi anunciada a criação da IMGX, parceria do empresário brasileiro com a IMG, comandada por outro bilionário, o americano Ted Forstmann. Eike ressaltou que essa empresa tem planos de investir na construção de arenas multiuso pelo país, além do gerenciamento de carreiras de artistas e atletas, o que a IMG já faz no exterior. O empresário confirmou que ainda estuda fazer IPO (lançamento de ações na bolsa) da holding EBX.
O Grupo Silvio Santos, o acionista principal do PanAmericano, anunciou que deve colocar R$ 2,5 bilhões no banco para cobrir um prejuízo causado por uma fraude contábil. Em seu comunicado oficial, a diretoria do banco menciona "inconsistências contábeis". O BC descobriu que o PanAmericano vendeu carteiras de crédito para outras instituições financeiras, mas continuou contabilizando esses recursos como parte do seu patrimônio. O problema foi detectado há poucos meses e houve uma negociação para evitar a quebra da instituição, já que o rombo era bilionário.
A quebra só foi evitada após o Grupo Silvio Santos assumir integralmente a responsabilidade pelo problema e oferecer os seus bens para conseguir um empréstimo nesse valor junto ao Fundo Garantidor de Crédito. Como o fundo é uma entidade privada, não houve utilização de recursos públicos. Além disso, a Caixa Econômica Federal, que também faz parte do bloco de controle, não terá de arcar com a perda. O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles também detalhou hoje que os problemas no banco PanAmericano se referem a R$ 2,1 bilhões em relação a operações de crédito e outros R$ 400 milhões em recebíveis de cartões de crédito.
A diretoria de Fiscalização do BC calcula que, caso a liquidação do PanAmericano fosse declarada, o rombo atingiria R$ 900 milhões, já que o patrimônio atual da instituição financeira é avaliado em R$ 1,6 bilhão. Ou seja, seriam deduzidos da conta as irregularidades que somam R$ 2,5 bilhões, valor coberto pelo aporte do Grupo Silvio Santos.
Mais cedo, Meirelles destacou o fato de que não houve uso do dinheiro público para resolver os problemas financeiros do banco PanAmericano. "Foi solucionado o problema sem o uso de um centavo público. Foi preservado o patrimônio dos acionistas minoritários, da Caixa Econômica Federal, e dos depositantes do banco. O Banco Central seguiu todas as normas legais de prazos, agiu a tempo e na hora. Não tem similaridade com o Proer", afirmou ele, fazendo referência ao programa brasileiro dos anos 1990 de socorro a bancos.
O banco PanAmericano é, no jargão do mercado, uma "financeira", uma empresa focada no fornecimento de crédito para o consumo popular. Até junho deste ano, instituição possuía uma carteira de empréstimos de R$ 10,9 bilhões, bem como uma base de 12,3 milhões de cartões de crédito emitidos. A carteira de clientes alcançava 16,9 milhões de cadastros, sendo 2,1 milhões de "ativos" (com empréstimos em aberto). O Panamericano contava ainda com uma estrutura de 203 pontos de venda (até o primeiro semestre de ano), além de aproximadamente 20 mil parceiros comerciais, distribuídos por 85% do território nacional --a maior parte (52%) na região Sudeste e Sul (11%). O balanço financeiro mais recente mostra que o banco amargou um prejuízo de R$ 20,9 milhões no segundo trimestre, ante um lucro de R$ 51 milhões um ano antes.

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INDICADORES ECONÔMICOS


Da redação – São Paulo / SP
IGP-M sobe 0,79% na primeira prévia de novembro
A primeira prévia do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) acelerou em novembro, com alta de 0,79%, após apresentar aumento de 0,75% em igual prévia de outubro, de acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Dos três indicadores que compõem esse índice de inflação, o Índice de Preços por Atacado (IPA) teve alta de 1,02%, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apresentou alta de 0,39% e o Índice Nacional de Custos da Construção teve elevação de 0,22%. O IGP-M é muito usado para reajuste no preço do aluguel. Até a primeira prévia de novembro o índice acumula alta de 9,85% no ano, e de 9,56% em 12 meses. O período de coleta de preços para cálculo da primeira prévia do IGP-M de novembro foi do dia 21 a 31 de outubro. Os preços dos produtos industriais no atacado subiram 0,38% na primeira prévia do IGP-M de novembro. Ainda segundo a FGV, os preços dos produtos agrícolas no atacado subiram 2,90%. Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais tiveram alta de 1,10%, os preços dos bens intermediários subiram 0,38% e os preços das matérias-primas brutas tiveram aumento de 1,80% na primeira prévia de novembro. (Fonte: Assessoria de Imprensa da FGV)

Da redação – São Paulo / SP
- ANÁLISE - China ganha espaço
Dados divulgados no fim da noite de ontem evidenciam, mais uma vez, que a economia chinesa é tudo menos desaquecida. Apesar dos dados virem em linha com o resultado anterior, estamos falando de taxas de crescimento anuais na ordem de 18% no Varejo e de 13% na Produção Industrial, taxas inimagináveis em qualquer outra economia do planeta. É desnecessário dizer que o gigante asiático está em plena carga e que, apesar dos pesares e das “guerras” cambiais e comerciais, os chineses estão caminhando a passos largos para se tornar a maior economia do
planeta no horizonte de poucos anos. Para a China nunca houve “paz” econômica, uma postura agressiva nos negócios (que usou e abusou da pirataria da propriedade intelectual até poucos anos atrás) associada a uma mão de obra abundante – e por isso barata – criaram um monstro industrial que em fase de crescimento não tem outra opção a não ser crescer violentamente para todos os lados. Esta expansão chinesa fica evidenciada com os dados do setor externo daquela economia divulgados dois dias atrás. As exportações estão acima do patamar pré-crise e o saldo comercial voltou a tornar-se vigoroso, acumulando num único mês quase US$ 30 bilhões.
Se há uma guerra cambial em curso (o que na nossa opinião não é verdadeiro uma vez que o causador da guerra – os EUA – não têm outra opção a não ser colocar os juros em zero, caso contrário ele colocaria co câmbio no lugar certo e a economia no lugar errado, o que o final das contas é ruim para todos) o grande vencedor é a China que de forma cômoda – e cínica – acusa os EUA de serem irresponsáveis.
Puro jogo de cena; os burocratas de Pequim sabem muito bem que o dólar fraco quebrou as barreiras cambiais do resto do mundo fazendo que os produtos chineses provocassem uma verdadeira invasão em todos os outros estados nacionais. Se os EUA não estão dispostos a comprar seus produtos no mesmo patamar não há problema, o Dólar neste patamar entregou o mundo numa bandeja de prata para a República Popular Chinesa.
Os EUA não têm opção, eles não vão subir juros nem nada nesse sentido. E pior: ainda vão ficar com a fama de irresponsáveis nesse G-20. Realmente o mundo não carece de ironia e enfraquecer a posição dos EUA neste momento atribuindo à este a pecha de vilão só vai piorar o conjunto das expectativas, tornando ainda mais difícil a recuperação mundial. (Fonte: André Perfeito - Gradual Investimentos)


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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP e Associated Press)

HOJE – Fechamento das Bolsas da Ásia

Tóquio / Japão
Bolsas da Ásia encerram em forte baixa
Os mercados asiáticos tiveram quedas acentuadas nesta sexta-feira, dia 12/11. A crise de débito soberano da Europa, as perdas em Wall Street, a realização de lucros e fatores internos de cada país afetaram as bolsas da região.
- A Bolsa de Hong Kong teve forte queda, liderada pelo setor financeiro, devido ainda às preocupações com medidas de aperto na China. O índice Hang Seng caiu 477,72 pontos, ou 1,9%, e terminou aos 24.222,58 pontos.
- As ações nas Bolsas da China tiveram o maior declínio diário em mais de 14 meses, com as preocupações sobre medidas de aperto monetário por parte de Pequim e o débito soberano europeu. O índice Xangai Composto perdeu 5,2% e terminou aos 2.985,44 pontos, a maior queda porcentual diária desde 31 de agosto de 2009, quando o índice baixou 6,7%. O índice Shenzhen Composto caiu 6,1% e encerrou aos 1.296,95 pontos. Após três sessões seguidas de fortes ganhos, o yuan se desvalorizou em relação ao dólar, em que pese a nova baixa histórica na taxa de paridade central dólar-yuan, maior, (de 6,6242 yuans para 6,6239 yuans). No mercado de balcão, o dólar fechou cotado em 6,6370 yuans, de 6,6257 yuans do fechamento de quinta-feira.
- A Bolsa de Taiwan, em Taipé, fechou em baixa, com as fracas perspectivas da Cisco e o dólar taiwanês forte pesando sobre as ações de tecnologia. O índice Taiwan Weighted recuou 1,4% e fechou aos 8.316 pontos.
- Na Coreia do Sul, o índice Kospi devolveu os ganhos obtidos durante o pregão da Bolsa de Seul e fechou praticamente estável, com perda de 0,1%, fechando aos 1.913,12 pontos.
- Na Austrália, a Bolsa de Sydney fechou em baixa, com a redução do apetite global por risco em meio às preocupações sobre a dívida soberana dos países europeus e o curso da política monetária da China. O índice S&P/ASX 200 recuou 0,8%, terminando aos 4.692,7 pontos.
- Nas Filipinas, a Bolsa de Manila estendeu suas perdas pelo sexto pregão consecutivo e o índice PSE recuou 1,6%, fechando aos 4.076,68 pontos.
- A Bolsa de Cingapura fechou em baixa, em linha com os demais mercados regionais, os quais recuaram por conta de novas preocupações sobre a China considerar apertar o crédito e renovados temores sobre as finanças da zona do euro. O índice Straits Times recuou 1,3% e fechou aos 3.250 pontos.
- O índice composto da Bolsa de Jacarta, na Indonésia, perdeu 2,1% e fechou aos 3.665,84 pontos, uma vez que os investidores estrangeiros venderam blue chips também em meio a preocupações quanto a mais medidas de aperto vindas da China e temores sobre a Europa.
- O índice SET da Bolsa de Bangcoc, na Tailândia, cedeu 1,1% e fechou aos 1.018,86 pontos, premida pelos crescentes temores sobre a China e a Europa. O setor de energia também foi afetado, uma vez que os futuros do petróleo cru caíram na Bolsa de Nova York, também por conta de preocupações com a Europa.
- O índice composto de cem blue chips da Bolsa de Kuala Lumpur, na Malásia, recuou 0,9% e fechou aos 1.499,81 pontos, em linha com os demais mercados regionais por causa de novas preocupações sobre a dívida soberana da Europa.

HOJE – Abertura das Bolsas da Europa
- Londres / Inglaterra - O principal índice da Bolsa de Valores de Londres, o FTSE-100, abriu a sessão desta sexta-feira em baixa de 0,76%, aos 5.771,29 pontos. O barril de petróleo Brent para entrega em dezembro abriu em alta nesta sexta-feira no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres e era cotado a US$ 87,42 às 5h18 de Brasília, US$ 1,39 menos que no fechamento do pregão anterior.
- Frankfurt / Alemanha - O principal índice da Bolsa de Valores de Frankfurt, o DAX-30, abriu a sessão desta sexta-feira em baixa de 1,14%, aos 6.646 pontos. O euro abriu em baixa na sessão desta sexta-feira no mercado de divisas de Frankfurt e às 4h de Brasília era cotado a US$ 1,3611, frente os US$ 1,3672 do pregão anterior. O Banco Central Europeu (BCE) fixou na quinta-feira o câmbio oficial do euro em US$ 1,3700.
- Madri / Espanha - O principal indicador da bolsa de valores de Madri, o IBEX-35, abriu a sessão desta sexta-feira em baixa de 2,45%, aos 9.901 pontos.
- Roma / Itália - O principal índice da Bolsa de Valores de Milão, o FTSE-MIB, abriu a sessão desta sexta-feira em baixa de 1,88%, aos 20.464,62 pontos. Já o índice geral FTSE Itália All Share abriu em queda de 1,7%, aos 21.103,35 pontos.
- Paris / França - O índice geral da Bolsa de Valores de Paris abriu em queda de 1,96% nesta sexta-feira, aos 3.791,43 pontos.


ONTEM – Fechamento da Bovespa, NY e Europeias:

São Paulo / SP
Bovespa cai 0,6% no fechamento
A Bovespa permaneceu em terreno positivo durante todo o pregão de ontem, dia 11/11. Os números da economia chinesa, que mostraram a inflação acima das expectativas, reforçaram os temores de um aperto monetário próximo nesse país, hoje um das maiores forças economia mundial.
- O índice Ibovespa teve queda de 0,62%, aos 71.195 pontos.
- O giro financeiro foi de R$ 6 bilhões.
- O dólar comercial foi cotado por R$ 1,719, em alta de 0,46%. A taxa de risco-país marca 176 pontos, número 2,32% acima da pontuação anterior.
Análise 1 - Analistas também citaram alguma expectativa pela reunião do G20 (grupo dos países mais ricos), e os resultados da discussão sobre a chamada "guerra cambial". E no dia seguinte ao "tombo" de 30%, as ações preferenciais do banco PanAmericano valorizaram 4,6% e movimentaram R$ 63 milhões'em negócios. O valor está bem acima da média de operações com o papel, mas foi inferior aos R$ 160 milhões contabilizados anteontem. Horas antes da divulgação do balanço, as ações da Petrobras caíram mais de 1% neste pregão. A ação preferencial, com forte giro de R$ 733 milhões, teve queda de 1,51%. Entre as principais notícias do dia, o governo chinês informou que os preços ao consumidor tiveram alta de 4,4% em outubro (taxa anualizada), ante 3,6% em setembro. Trata-se da maior taxa de inflação em 25 meses e supera as metas oficiais, que previam uma inflação abaixo dos 3%. No início da semana, o governo já determinou o aumento dos recolhimentos compulsórios dos depósitos bancários. Já a produção industrial desse país subiu 13,1% em outubro, pouco abaixo da taxa de 13,3% registrada em setembro. E as vendas do setor varejista cresceram 18,6%.
Análise 2 - Investidores e analistas devem monitorar ainda a reunião do G20 (grupo dos países mais ricos), que começa hoje, e pode causar alguma volatilidade nos negócios, conforme o clima político desse encontro de cúpula. A controversa "guerra cambial" deve pautar as discussões. "Apesar da continuidade do 'momentum' positivo para a Bolsa brasileira, vemos a possibilidade de alguma volatilidade ou movimento de realização de lucros no curto prazo. Do lado doméstico, temos fatores políticos advindos da transição do governo podendo provocar algum desconforto pontual no mercado. Do front externo, temos a questão cambial, que deverá constar como destaque na pauta da reunião do G20 na Coreia do Sul", avalia a equipe de analistas da Gradual Investimentos, em seu relatório semanal sobre as perspectivas do mercado. Eles mantém a projeção do Ibovespa na casa dos 75 mil pontos no final deste ano. E o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - reportou que o nível de emprego no setor industrial teve contração de 0,1% em setembro, após oito meses consecutivos de expansão.
EMPRESAS - O grupo Pão de Açúcar anunciou um lucro líquido de R$ 115,1 milhões, em um decréscimo de 30,1% sobre o resultado de um ano antes. Segundo a empresa, o resultado foi afetado pela despesa financeira líquida registrada no período, que chegou a R$ 191,7 milhões. A ação preferencial dessa empresa subiu 0,73% no pregão de hoje.
- A Fibria (papel e celulose) apurou um lucro de R$ 303 milhões para o terceiro trimestre deste ano, o que representa uma queda de 18% sobre o mesmo período de 2009. A ação ordinária desvalorizou 1,97% na jornada de hoje.
- A Klabin, outra empresa importante do ramo de celulose, registrou um lucro líquido antes de ajustes de R$ 186 milhões no terceiro trimestre, o que representa um aumento de 2% na relação com os resultados de um ano antes. A ação preferencial dessa companhia cedeu 0,21%.
- A Braskem, gigante do setor petroquímico, divulgou hoje lucro líquido de R$ 554 milhões no terceiro trimestre, em uma retração de 14% sobre os resultado no terceiro trimestre do ano passado. A ação preferencial teve perdas de 1,39%.
- A operadora espanhola Telefónica comunicou um lucro líquido de 8,84 bilhões de euros (US$ 11,5 bilhões) no acumulado de nove meses, um ganho 65,6% acima dos resultados de janeiro a setembro do ano passado.

Nova Iorque / EUA
Mesmo mantendo otimismo Bolsas dos EUA caem com Cisco
A perspectiva desanimadora da Cisco derrubou Wall Street de ontem, dia 11/11, mas a ponta compradora foi acionada e os índices fecharam acima das mínimas da sessão, num sinal de que a tendência de alta do mercado pode seguir em curso.
- O índice Dow Jones recuou 0,65%, para 11.283 pontos.
- O termômetro de tecnologia Nasdaq caiu 0,90%, para 2.555 pontos.
- O índice Standard & Poor's 500 perdeu 0,42%, para 1.213 pontos.
Análise - As ações da Cisco desabaram 16,2%, após a companhia reportar seu balanço. "Isso é uma receita para o desastre, mas o fato é que o mercado está se saindo muito bem", disse Stephen Massocca, diretor geral do Wedbush Morgan, em São Francisco. Os principais índices acionários em Nova York abriram em queda, com o Nasdaq recuando mais de 2%, mas gradualmente diminuíram as perdas, com investidores concluindo que os problemas da Cisco são restritos a ela somente. Ainda assim, os papéis da empresa sofreram a maior queda percentual diária desde 14 de julho de 1994, quando derreteram 17,7%. Mais de 531 milhões de ações da Cisco trocaram de mãos, quarto maior volume da história da empresa. O prognóstico decepcionante veio em meio à perda de força do recente rali. As ações do setor de tecnologia têm liderado a alta, com o índice S&P para tecnologia da informação acumulando valorização em torno de 21% desde o final de agosto. Para efeito comparativo, o S&P 500 soma ganhos de cerca de 16% no mesmo período. Indicadores técnicos de curto prazo sugerem que o mercado ainda está com tendência de alta, e operações com opções da Cisco reverteram o negativismo de mais cedo à medida que os traders recompuseram posições compradas.

Londres / Inglaterra
Europa fecha em queda com G-20 e Irlanda
As principais Bolsas europeias encerraram a sessão em queda nos pregões de ontem, dia 11/11, à medida que as preocupações sobre a situação fiscal da Irlanda e a reunião do G-20 na Coreia do Sul levaram os investidores a realizarem alguns lucros.
- O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em queda de 0,09 ponto (0,03%), aos 271,39 pontos
- Na Bolsa de Londres, o índice FTSE-100 fechou com ligeiro recuo de 1,71 ponto (0,03%), aos 5.815,23 pontos. A alta das ações das mineradoras ajudou a conter a liquidação em Londres. "As posições mais altas foram quase que exclusivamente sustentadas pelas companhias cujos negócios estão relacionados aos recursos naturais", afirmou Will Hedden, da IG Index. Antofagasta subiu 4,77% e Fresnillo avançou 4,58%. A companhia de telecomunicações BT ganhou 6,1%, após divulgar lucro acima das expectativas e elevar suas projeções de resultados em 2010. O Royal Bank of Scotland Group, visto como um dos bancos com maior exposição à Irlanda,perdeu 2,70%.
- O índice DAX-30, da Bolsa de Frankfurt, fechou com alta de 3,57 pontos (0,05%), a 6.723,41 pontos, com o mercado oscilando entre perdas e ganhos, em meio às preocupações sobre a dívida dos governos de países periféricos da zona do euro. O provedor de energia RWE caiu 1,47%, após a companhia alertar sobre seus resultados em 2011. O conglomerado industrial alemão Siemens contrariou a tendência negativa e subiu 2,62%, depois de anunciar um aumento de 70% em seu dividendo e definição de metas ambiciosas de crescimento.
- Na Bolsa de Paris, o índice CAC-40, recuou 21,10 pontos (0,54%), para 3.867,35 pontos, pressionado pela queda de 2,4% dos papéis do Crédito Agricole. Société Générale recuou 2,1% e BNP Paribas declinou 1,55%.
- Na Bolsa de Madri, o índice Ibex-35 fechou em queda de 85,90 pontos (0,84%), a 10.149,50 pontos.
- O índice FTSE-MIB, da Bolsa de Milão, recuou 202,05 pontos (0,96%), a 20.855,96 pontos.
- Na Bolsa de Lisboa, o índice PSI-20 caiu 113,52 pontos (1,45%), a 7.720,62 pontos.
Análise - “As questões da dívida e do setor bancários da Irlanda estão claramente conduzindo para baixo as bolsas na Europa" afirmou Christian Tegllund Blaabjerg, estrategista-chefe do Saxo Bank. Também "há as preocupações sobre a reunião do G-20", tendo em vista as tensões em torno dos desequilíbrios comerciais e da chamada "guerra cambial", destacou Blaabjerg. "Há um temor generalizado nos mercados de que, se esses problemas não forem resolvidos, então poderemos ver essa guerra cambial ocorrendo." Os temores sobre as dívidas soberanas continuaram a afetar os mercados periféricos e as ações do setor financeiro de toda a região, com o custo do seguro da dívida da Irlanda, Portugal e Espanha atingindo recordes.

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MERCADO FINANCEIRO


São Paulo / SP
Inadimplência poderá voltar a subir no início de 2011
A inadimplência dos consumidores pode voltar a subir no primeiro semestre de 2011, segundo avaliação da Serasa Experian. O indicador calculado pela instituição, que mede a perspectiva de inadimplência para os próximos seis meses, apontou alta de 0,6% em setembro, avançando em relação a agosto, quando a tendência era de estabilidade. Os economistas da entidade explicam que é comum a inadimplência subir no início do ano devido às compras de Natal e às despesas com férias e compromissos fiscais, como IPTU e IPVA, além dos gastos com materiais escolares. "Apesar da elevação, o indicador permanece abaixo do nível 100 (inadimplência inferior ao padrão histórico brasileiro). Assim, ainda não se vislumbram riscos de que esta inadimplência constitua algo que inviabilize a continuidade da expansão do crédito aos consumidores, pelo menos no curto prazo", ressaltou a Serasa Experian em relatório. Já a inadimplência das empresas deve continuar caindo no próximo ano. O Indicador de Perspectiva de Inadinmplência das Empresas registrou queda de 2,1% em setembro, contabilizando o décimo sétimo mês consecutivo de recuo. "A retomada de um ritmo de crescimento mais acelerado da economia brasileira, após a desaceleração observada durante o segundo e o terceiro trimestres de 2010, favorece a geração de caixa das empresas. Esse cenário deverá ainda prevalecer ao longo dos próximos meses, colaborando para a continuidade de recuos graduais dos níveis de inadimplemento das empresas", afirma a Serasa Experian.


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INDÚSTRIA


São Paulo / SP
Petroquímica Braskem investirá R$ 1,6 bilhão em 2011
O presidente da petroquímica Braskem, Bernardo Gradin, informou ontem, dia 11/11, que a companhia investirá R$ 1,6 bilhão no próximo ano. O valor deve ficar em linha com os aportes previstos para 2010, também de R$ 1,6 bilhão. De janeiro a setembro, a empresa investiu R$ 1,01 bilhão. segundo Gradin, são considerados no orçamento projetos já em andamento e outros empreendimentos que ainda devem ser aprovados pelo Conselho de Administração. Entre eles, está a unidade de produção de polipropileno verde (plástico que utiliza o etanol da cana-de-açúcar como matéria-prima) que a empresa pretende inaugurar em 2013 com capacidade de produção entre 30 mil e 50 mil toneladas por ano. "Esperamos divulgar em dezembro um plano de ação para os próximos dez anos que sustente a Braskem como líder em química renovável", disse durante coletiva de imprensa. O executivo assegurou que a fábrica será construída no Brasil, apesar do interesse demonstrado por diversos países em sediar uma unidade de plástico verde. Segundo ele, os projetos em química verde devem estar vinculados ao etanol brasileiro, devido à sua competitividade. "Percebemos o Brasil como o Oriente Médio da química verde. Em qualquer inovação nessa área, o Brasil vai ter uma vantagem comparativa bem grande", afirmou.
Até o final do ano, Gradin pretende anunciar o estado que deve receber a fábrica. Sem mencionar quais são os locais avaliados pela empresa, Gradin disse apenas que a companhia busca estados com grande produção de etanol, boas condições de logística e proximidade de mercados consumidores. Em setembro, a companhia inaugurou uma fábrica em Triunfo, no Rio Grande do Sul, com capacidade de produção de 200 mil toneladas de polietileno verde (resina) por ano. O presidente da Braskem também sinalizou hoje que no primeiro trimestre de 2011 a companhia deve detalhar o plano de investimentos que prepara com a Petrobras para o Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro).
Quanto a aquisições, Gradin afirmou que o apetite da Braskem continua, mas que a cautela deve prevalecer. No início deste ano, a empresa comprou a petroquímica norte-americana Sunoco e anunciou que pretendia fazer nova compras para ampliar a sua presença no país. "O apetite continua, com a ressalva clara de disciplina financeira e de comprar bem", disse o executivo, ressaltando que a companhia pretende atingir o "investment grade" em breve. "Na prática, já alcançamos taxas e perfis de financiamento de empresas com investment grade", acredita. A Braskem, que divulgou hoje lucro líquido de R$ 554 milhões no terceiro trimestre, obteve um crescimento de 17% nas vendas de resinas termoplásticas no mercado brasileiro, com 934 mil toneladas. Gradin estimou para este ano um crescimento próximo de 20% do mercado doméstico este ano. Para 2011, ele estima um avanço "mais próximo de 10% do que de 20%".

São Paulo / SP
Lucro da Fibria cai no 3º trimestre
Uma melhora nos resultados da Fibria neste ano está permitindo à maior fabricante de celulose do mundo considerar possível pagamento de dividendos depois de um 2009 em que o tema não entrou na pauta em meio à reestruturação da companhia para redução de dívida. Segundo o diretor financeiro da empresa, João Elek, no cargo desde agosto, as alternativas da Fibria variam de cumprir política de pagamento de 25% dos resultados ou usar os recursos para reinvestimentos ou pagamento de dívidas. "Em 2009, no auge da reestruturação, a empresa achou por bem preservar. Mas se olharmos os resultados de 2010 e a alta produtividade, esse assunto [pagamento de dividendos] vem à baila", afirmou Elek em teleconferência com jornalistas.
A companhia divulgou mais cedo lucro de R$ 303 milhões, queda de 18% sobre o mesmo período de 2009, e uma margem de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês), de 40%, 10 pontos percentuais acima do registrado um ano antes. Elek afirmou que uma decisão sobre pagamento ou não de dividendos sobre 2010 deverá ser tomada em assembleia da companhia que deve ocorrer até 30 de abril do próximo ano. Às 12h47, as ações da Fibria recuavam 2,17%, para R$ 30,22, enquanto o Ibovespa mostrava queda de 0,88%. O executivo comentou que a companhia está seguindo diretriz de investir este ano R$ 1,2 bilhão, e para 2011 "acreditamos em um aumento desse número em função dos planos de expansão".
Segundo Elek, depois de uma pequena redução nos preços da celulose em novembro, os preços da commodity estão relativamente estáveis, na casa de US$ 800 para Ásia e US$ 870 para Europa. "O que observamos ao longo do segundo semestre aponta para uma relativa estabilidade nos preços com demanda forte na Europa e nos Estados Unidos", afirmou. "A demanda da China no segundo semestre está um pouco mais fraca que o primeiro e é essa a nossa perspectiva para o encerramento deste ano." Sobre planos de expansão, em que a Fibria negocia com a sócia europeia Stora Enso a expansão da fábrica da Veracel na Bahia, Elek disse que ainda não há definição sobre quando uma decisão será tomada.
RESULTADO - Segundo a companhia, a queda anual no lucro do terceiro trimestre foi influenciada por um resultado financeiro atingido pela desvalorização do dólar sobre o real. A expectativa média de cinco analistas consultados pela Reuters para o lucro líquido da produtora de celulose era de R$ 475,2 milhões. A dívida líquida da companhia - que desde que problemas com derivativos durante a crise financeira internacional atingiram os resultados da Aracruz, que acabou se unindo à VCP para formar a Fibria - encerrou o terceiro trimestre em R$ 10,1 bilhões, uma queda de 21% sobre um ano antes e de 7% sobre março de 2010.
A relação dívida líquida sobre o Ebitda, de 7,2 vezes no terceiro trimestre de 2009, passou a 3,9 vezes ao final de setembro. Além disso, o prazo médio de endividamento foi alongado no terceiro trimestre para 75 meses, ante 70 meses em março deste ano e 52 meses no fim de setembro de 2009. A Fibria, que exporta praticamente toda sua produção de celulose, encerrou o trimestre passado com vendas de 1,195 milhão de toneladas de celulose, queda de 6% na comparação anual e de 5% sobre o segundo trimestre. As vendas de papel totalizaram 79 mil toneladas de julho a setembro, estáveis sobre o segundo trimestre e 15% menores que um ano atrás.
A queda nas vendas de celulose na comparação anual foi compensada por um aumento de 46% no preço médio do produto em reais. Diante desse quadro, a receita líquida total no trimestre cresceu 28%, para R$ 1,8 bilhão. A empresa reportou um Ebitda ajustado para o terceiro trimestre de R$ 717 milhões, acima dos R$ 426 milhões em igual intervalo de 2009. (Agência Reuters)

Da redação - São Paulo / SP
Klabin vai investir R$ 500 milhões em 2011
A Klabin, maior produtora de papéis para embalagens do Brasil, deve elevar em até cerca de 40% os investimentos em 2011. Entre os investimentos da companhia estão a plantação de novas florestas, que servirão tanto para reposição quanto para a futura fábrica de celulose da companhia, segundo o diretor-geral da empresa, Reinoldo Poernbacher. "O que a empresa tem que fazer agora é preparar a floresta para possibilitar (uma fábrica de celulose) se as condições da economia estiverem favoráveis. É um investimento tão grande que quando a floresta estiver pronta vamos reavaliar", disse Poernbacher em teleconferência com jornalista sobre os resultados do terceiro trimestre de 2010.
O orçamento da Klabin para o próximo ano ainda está sendo finalizado, mas o executivo antecipou que os investimentos deverão ficar entre R$ 400 milhões e R$ 500 milhões. Além de cerca de R$ 100 milhões em novas florestas, os investimentos deverão incluir projetos já anunciados, como novas caldeiras e onduladeiras, além de linhas de transmissão. Segundo o diretor financeiro e de Relações com Investidores da Klabin, Antonio Sergio Alfano, a companhia deve investir entre R$ 350 milhões e R$ 370 milhões neste ano. Até 30/9, os investimentos da Klabin totalizavam R$ 248 milhões. "Em 2011 a economia deve continuar bem e nós estamos nos preparando para acompanhar o crescimento da demanda dos nossos clientes", disse Poernbacher que, entretanto, mostrou preocupação em relação ao câmbio. "Com relação ao mercado externo, incluindo China, vemos uma pressão forte sobre a moeda brasileira, mas é muito difícil fazer um prognóstico sobre como vai evoluir com o câmbio daqui pra frente", disse.
IFRS ANTECIPADO - O resultado da Klabin no terceiro trimestre já está de acordo com as normas internacionais de contabilidade IFRS. Segundo o diretor financeiro, a previsão inicial era de que a Klabin passasse a divulgar os resultados em IFRS a partir do quarto trimestre, com a conclusão do ano de 2010, mas a divulgação foi antecipada. Antes dos ajustes para o IFRS, a companhia apresentou lucro líquido de R$ 186 milhões para o período de julho a setembro, alta de 2% sobre um ano antes. O resultado ficou em linha com a média das estimativas de quatro analistas obtidas pela Reuters, que era de lucro de R$ 183,5 milhões.

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AGROBUSINESS

São Paulo / SP
Cai lucro do grupo JBS em 12% no 3º trimestre
O grupo JBS, maior processador global de carne bovina, apresentou nesta sexta-feira lucro líquido de R$ 133,5 milhões para o terceiro trimestre, resultado 11,9% inferior ao registrado no mesmo período do ano passado. No segundo trimestre, o lucro havia sido de R$ 3,7 milhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) no período ficou em R$ 1,026 bilhão, alta expressiva sobre os R$ 291,9 milhões de um ano antes. A margem Ebitda passou de 3,5% para 7,3% no período. De julho a setembro, a empresa apurou receita líquida de R$ 14,1 bilhões, volume 67,9% superior na comparação com igual período do ano passado. Sobre as operações na Argentina, que vêm concentrando as atenções do mercado, o JBS afirma no demonstrativo de resultados que "mesmo com as dificuldades estruturais encontradas naquele país, temos sido incansáveis na busca por soluções". As medidas já adotadas pelo grupo na Argentina incluem o corte de 1,5 mil funcionários em quatro unidades, o fechamento de três fábricas e encerramento de atividades de abate em outra, além da transferência da sede da empresa para a unidade de Rosário. No final de agosto, a companhia anunciou que poderia reduzir a produção de carne ou vender algumas unidades de produção naquele país, em decorrência do cenário de escassez da disponibilidade de gado e restrição das exportações. (Agência Reuters)

Da redação - São Paulo / SP
Governo dobra venda a “balcão” de milho
O presidente executivo da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Francisco Turra, foi informado ontem, dia 11/11, por telefone, pelo ministro da Agricultura, Wagner Rossi, de que o governo federal tomará várias medidas para ajustar o mercado de milho. Segundo o Ministro, serão suspensos os limites de leilões de estoques de milho, o que deverá amenizar o cenário inflacionário, já que agora acontecerão de acordo com a necessidade de equilíbrio do mercado. A medida vai se estender a todas as regiões onde há falta, incluindo o Sul do País. Juntamente com essa decisão o governo dobrará o limite da chamada venda a “balcão” de milho, que poderá atingir no máximo 54 toneladas. Outra informação repassada pelo ministro Rossi é a da realização de encontro entre ele e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para definir detalhes sobre uma portaria referente à realização de leilões de VEP - Valor para Escoamento de Produto -, que deverá ser editada na próxima quarta-feira (17/11). As medidas somam-se a outras que estão sendo adotadas pelo poder público, com o objetivo de conter as altas consecutivas nos preços do grão. “A intervenção governamental é a única forma de conter o grave problema que o encarecimento dos insumos está causando à produção alimentar brasileira. Sem a ação imediata do governo para conter o aumento dos custos de produção, o repasse para o consumidor será inevitável e poderá gerar inflação”, explica o Presidente da Ubabef. (Fonte: Assessoria de Imprensa da Ubabef)


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SERVIÇOS & VAREJO


Rio de Janeiro / RJ
Lucro do Pão de Açúcar recua 30%
O Pão de Açúcar registrou um lucro líquido consolidado, que inclui o Ponto Frio, de R$ 115,106 milhões no terceiro trimestre, representando um recuo de 30,1% sobre o mesmo intervalo do ano passado. Segundo o relatório de administração que acompanha o balanço, o resultado líquido - apenas das operações alimentares - foi afetado por efeitos não recorrentes, como parcelamentos de impostos (de R$ 2,2 milhões) e gastos com reestruturação (de R$ 6,3 milhões). Excluindo-se essas despesas, o lucro líquido ajustado consolidado somaria R$ 132,6 milhões - alta de 18% também na comparação com 2009. A geração de caixa consolidada, medida pelo Ebitda, totalizou R$ 493,5 milhões, aumento de 41,8% sobre o mesmo período do ano passado. A margem Ebitda atingiu 7%, representando um incremento de 1,3 ponto porcentual. A margem bruta foi de 24,6%, alta de 0,8 ponto porcentual. A receita líquida consolidada somou R$ 7,1 bilhões, o que significou um incremento de 16,6% sobre o mesmo intervalo do ano passado. Os números não consideram os resultados da Casas Bahia, que devem ser incluídos no balanço da companhia a partir do quarto trimestre. (Agência Estado)


Da redação – São Paulo / SP
Schincariol abrirá 16 cervejarias Devassa em um ano
A nova cervejaria Devassa aberta ontem ao público na capital paulista na região dos Jardins é apenas parte de uma estratégia agressiva que o Grupo Schincariol planeja pôr em prática até o fim de 2011 para fortalecer a rede por meio de estabelecimentos próprios e franqueados em todo o país. Atualmente com 28 pontos de venda da marca, a companhia pretende chegar em dezembro do próximo ano com 44 unidades e faturamento de R$ 100 milhões, montante 66,7% superior aos R$ 60 milhões previstos para 2010. Há dois anos, eram apenas nove lojas, que resultaram em R$ 9 milhões. O principal objetivo é ganhar o mercado paulista, cuja capital deve receber mais três lojas até o início do próximo ano instaladas nas regiões da praça Vilaboim (própria), Berrini e Vila Madalena (ambas franquias). Já no interior do Estado, a companhia deve abrir unidades em Ribeirão Preto e Araraquara. Apesar do Grupo Schincariol ter o mercado paulista como prioritário, a estratégia da companhia prevê também levar as cervejarias Devassa para a região Nordeste.

Da redação – Recife / PE
Shopping Recife espera bater recorde de vendas neste Natal
As vendas do Shopping Recife, na capital pernambucana, apresentam neste ano um crescimento da ordem de 20% em relação a 2009. Com a proximidade do Natal, as vendas deverão crescer ainda mais. A expectativa da administração do centro de compras é ultrapassar os índices de crescimento nos últimos três anos, avançando 25% em relação a 2009. A expectativa é de um fluxo de clientes 8% maior que no Natal passado, o que significa mais de quatro milhões de pessoas. Para antecipar as compras de Natal, o shopping ampliará seu horário a partir do dia 9 de dezembro, quando passará a funcionar das 10h às 23h. Nos dias 21, 22 e 23 de dezembro, o Shopping funcionará das 9h à meia-noite. Para essa temporada de fim de ano, o Shopping Recife investiu R$ 1,5 milhão em decoração do mall, campanha publicitária e ações de marketing.

Da redação – Paris / França
Mercado internacional deve gerar 50% das vendas da Fnac em 2015
A rede francesa de eletrônicos e entretenimento Fnac, pertencente ao conglomerado PPR, pretende gerar metade de suas vendas fora de seu mercado natal em 2015 (hoje são 33%), um movimento reforçado pela expansão da empresa na África do Norte e na América do Sul. Entretanto, a prioridade é o crescimento orgânico nos países onde a empresa já se encontra. Em 2011, serão abertas novas lojas no Brasil e a primeira unidade da rede no Marrocos, na cidade de Casablanca. O mercado americano não faz parte dos planos de expansão da empresa no curto e médio prazo.

Da redação – São Paulo / SP
Burger King amplia lucros no trimestre
A rede americana de fast food Burger King disse que no primeiro trimestre do seu ano fiscal (três meses fechados em 30/09) seus resultados tiveram uma melhora substancial, em grande parte devido à redução dos custos operacionais. As vendas no período, porém, continuaram em queda em mesmas lojas, por conta do desempenho nos Estados Unidos. No trimestre, o resultado líquido da empresa subiu 36,1%, para US$ 63,4 milhões (US$ 0,46 por ação), enquanto as vendas em mesmas lojas recuaram 5,8% na comparação anual, para US$ 600 milhões. Nos EUA e Canadá, o recuo foi de 4,1%.

Da redação – São Paulo / SP
Multiplan tem crescimento de 23,5% nas vendas
Os 13 shopping centers da Multiplan em operação no país apresentaram vendas somadas de R$ 1,7 bilhão no terceiro trimestre do ano, um crescimento de 23% em relação ao mesmo período de 2009. No acumulado do ano, as vendas já somam R$ 5 bilhões, 23,5% mais que no mesmo período de 2009. O resultado ficou muito acima do desempenho do varejo, da ordem de 10%. Segundo a empresa, o desempenho se deve a uma gestão eficiente dos centros de compras, uma vez que empreendimentos consolidados, como o BarraShopping, no Rio, e o MorumbiShopping, em São Paulo, tiveram expansão de 18,1% e 15,3% nos primeiros nove meses do ano.


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COMÉRCIO EXTERIOR


Da redação – Brasília / DF
A produção nacional bate recorde no embarque nos últimos 12 meses
O agronegócio vem consolidando o recorde de exportações em 2010, superando o maior patamar da história (US$ 71,8 bilhões) atingido há dois anos. Na análise do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), os embarques do setor nos últimos 12 meses, entre novembro de 2009 e outubro deste ano, já somam US$ 73,88 bilhões. A dois meses do final do ano, a previsão é de que o total exportado em 2010 ultrapasse US$ 74 bilhões. Em outubro, as vendas externas do agronegócio chegaram a US$ 6,99 bilhões, aumento de 27,7% em relação ao mesmo período do ano passado. O valor é o maior na série do décimo mês do ano. As importações aumentaram 24,1%, chegando a US$ 1,19 bilhão. Como resultado, o superávit da balança comercial foi de U$ 5,79 bilhões.
Entre os setores que mais contribuíram para o avanço das exportações agropecuárias estão o complexo sucroalcooleiro (44,1%), café (62%), sucos de frutas (50,3%), animais vivos (58,8%) e complexo soja – farelo, grão e óleo – (28%). Neste último, as vendas totalizaram US$ 984 milhões. O valor exportado dos grãos, principal item da pauta do complexo, aumentou 38,3% em relação ao registrado em outubro de 2009 (de US$ 310 milhões para US$ 429 milhões). O volume comercializado para o exterior aumentou 41,5% e os preços foram 2,2% inferiores. A receita das exportações de carnes aumentou 6,4%, passando de US$ 1,139 bilhão, em outubro de 2009, para US$ 1,213 bilhão, em outubro de 2010. A venda de carne bovina in natura foi o destaque, sendo 20,6% superior. A arrecadação com o produto, há um ano, foi de US$ 286 milhões e saltou, no último mês, para US$ 345 milhões.
O valor das vendas para o exterior do complexo sucroalcooleiro passou de US$ 1,011 bilhão para US$ 1,457 bilhão, resultado do aumento dos preços e das quantidades embarcadas de açúcar (17,6% e 33,4%, respectivamente). O valor exportado da commodity totalizou US$ 1,348 bilhão, 56,9% superior a 2009, e o do álcool diminuiu 28,3%, totalizando US$ 109 milhões. Na análise por país destaca-se o crescimento das vendas, em outubro, para: Indonésia (245,2%), Egito (161,4%), Irã (121,5%), Tailândia (84,6%), Espanha (79,7%), Japão (66,6%), Bélgica (65,7%), Coreia do Sul (51,1%); e Arábia Saudita (42,4%). (Fonte: Assessoria de Imprensa do Mapa)

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TI, WEB & e-COMMERCE


Hong Kong / China
Alibaba.com prevê desaceleração após registrar lucro trimestral recorde
O maior grupo de comércio eletrônico da China, Alibaba.com, espera que seu ritmo de crescimento desacelere em decorrência de novos aumentos de preços e um desaquecimento das exportações chinesas. A empresa apresentou lucro trimestral recorde ontem, dia 11/11. As vendas da companhia, pertencente ao Grupo Alibaba, que conta com 40% de participação do Yahoo!, são fortemente relacionadas às exportações chinesas. De julho a setembro, o lucro da empresa cresceu 55%, para 366 milhões de iuans (US$ 55 milhões), ante 236 milhões de iuans um ano antes. O resultado superou a média de estimativas de 344,8 milhões de iuans, segundo sete analistas consultados pela Thomson Reuters. A receita total subiu 40%, somando 1,45 bilhão de iuans no terceiro trimestre. A companhia também informou que sua base de clientes aumentou em 29,7% ano a ano, para 750,937 mil usuários. (Agência Reuters)

São Francisco / EUA
Google inicia disputa com Facebook para reter talentos
O Google, que vem enfrentando crescente ameaça do Facebook na disputa pelo tempo que os internautas gastam na rede, também travou uma guerra com o rival por talentos de engenharia. Na terça-feira, o Google anunciou aos seus funcionários que planeja elevar os salários em 10% no ano que vem, uma decisão interpretada como esforço para conter a saída de engenheiros e executivos que estão trocando o gigante de buscas por rivais em crescimento como o Facebook. "Eles não têm mais controle absoluto sobre os maiores talentos," disse Colins Gillis, analista da BGC Partners, sobre o Google. "O Facebook atualmente está contratando talentos de primeiro escalão e o Google enfrenta dificuldades para reter pessoal," disse ele, acrescentando que o aumento de salário era uma das maneiras de o Google contra-atacar. O Google domina o segmento de buscas na Internet em todo mundo, com cerca de dois terços do mercado, e controla um sistema de publicidade vinculado a buscas que gerou cerca de US$ 24 bilhões em receita em 2009. Mas, com a crescente popularidade das redes sociais, uma nova geração de companhias de Internet vem exercendo forte atração sobre engenheiros e gerentes de produto do Vale do Silício.Para alguns profissionais de tecnologia, a oportunidade de trabalhar em uma empresa menor que o Google, que tinha 23 mil funcionários no final de setembro, e de receber opções de ações a preço favorável antes de uma oferta pública inicial, oferece atrativos que o Google não é capaz de cobrir. "As pessoas veem as redes sociais como o lugar onde as coisas são interessantes e inovadoras, e o mesmo já não se aplica às buscas, ainda que estas sejam interessantes e lucrativas," disse Dave McClure, fundador da 500 Startups, empresa que investe em companhias iniciantes e apoia diversas novas redes sociais. "Para certas pessoas, não penso que seja uma questão de dinheiro ou ações," disse McClure sobre os atrativos de trabalhar em uma companhia de redes sociais. "É a oportunidade de trabalhar em uma empresa iniciante e aquecida. Para muita gente, isso quer dizer Facebook, Zynga ou Twitter." (Agência Reuters)

Da redação – São Paulo / SP
Softtek seleciona 75 profissionais de TI no Brasil
A Softtek, prestadora de serviços de TI, com operação na América Latina, anunciou abertura de processo seletivo para o preenchimento de 75 vagas distribuídas por todas as regiões brasileiras nas quais a companhia está presente. Há vagas para gerente de projetos, consultor, analista programador, analista de negócios, desenvolvedor e executivo de negócios. São 45 vagas em São Paulo (15 delas temporárias), 14 em Belo Horizonte/MG, nove no Rio de Janeiro, três em São Leopoldo/RS, duas em Goiânia/GO, uma em Fortaleza/CE e uma em Salvador/BA. Mais informações sobre as contratações estão no site da Sofftec.


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TELECOM


São Paulo / SP
Oi faz estimativa conservadora de lucro de R$ 7 bilhões
A Oi espera ter, numa "estimativa conservadora" R$ 7 bilhões a mais no caixa quando for concluído o aumento de capital para a entrada da Portugal Telecom na operadora, afirmou há pouco o diretor de Finanças e Relações com Investidores da Oi, Alex Zornig. A expectativa é que esse aumento de capital aconteça até 31 de março de 2011. Os controladores da companhia têm até 31 de janeiro para assinar o acordo com a Portugal Telecom. O presidente da Oi, Luiz Eduardo Falco, disse que não poderia precisar uma data, mas, perguntado se sairia nas próximas semanas, respondeu que as notícias na imprensa sobre as conversas entre os controladores são "muito boas".
Falco afirmou que as multas da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) não são um empecilho para a entrada da portuguesa na Oi. A agência tinha definido como uma exigência para a entrada do novo acionista o pagamento de multas para as quais não cabia recurso. Falco disse que antes de uma decisão recente do TCU, a Oi tinha 75 dias para pagar as multas ou recorrer judicialmente e que agora esse prazo não existe mais. O presidente da Oi afirmou que a empresa já se ajustou a essa condição. Segundo Zornig, o valor total é de R$ 124 milhões, mas "isso muda todo dia". No fim de julho, foi fechado o acordo para a venda da participação da PT na Vivo para a Telefônica por 7,5 bilhões de euros, ao mesmo tempo que a portuguesa acertou a sua entrada no grupo brasileiro Oi mediante investimento de até R$ 8,44 bilhões. A Anatel concedeu anuência prévia à aquisição de ações de controladores da Oi pela companhia portuguesa condicionada à regularização fiscal, quitando seus débitos referentes a receitas do Fistel, o que inclui multas com prazo de pagamento vencido decorrentes de processos administrativos já transitados em julgado.
Investimentos - Os executivos não quiseram afirmar quanto a empresa planeja investir no ano que vem, mas que vai ficar acima da faixa de R$ 3 bilhões a R$ 3,5 bilhões definida para este ano. "Neste ano o objetivo foi reduzir a alavancagem e rentabilizar a base de clientes que já temos. No ano que vem, vamos retomar os investimentos, principalmente em mercados em que não somos líderes", disse Zornig, no evento Investor's Day da Oi, em São Paulo. Até o final deste ano a empresa pretende lançar seu serviço de banda larga popular. O preço vai depender da negociação com os Estados para isenção de ICMS, segundo Falco. Até agora, São Paulo, Pará e Brasília concedem o benefício. E, segundo o executivo, Ceará, Paraíba e Pernambuco já concordaram em dar isenção de ICMS. (Agência Estado)


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MERCADO DE LUXO


Da redação – São Paulo / SP
Jato executive Hawker 750
A Hawker Beechcraft Corporation, uma das principais fabricantes de aeronaves executivas do mundo, lançou seu novo modelo, o Hawker 750. Perfeitamente adaptado para atender as necessidades atuais de negócios globais, o jato proporciona eficiência operacional e desempenho por valores previamente encontrados apenas em jatos menores e menos sofisticados. O modelo comporta até nove passageiros e oferece excelente relação custo-benefício para quem busca conforto, privacidade e rapidez. Sua cabine é espaçosa, com 1,75 metros de altura por 1,83 metros de largura, e permite uma série de configurações personalizadas, de acordo com o interesse do cliente. (LEIA MAIS)

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MÍDIA

São Paulo / SP
Jornais debatem fusão de redações impressa e digital
Em debate sobre redações integradas durante o seminário MediaOn, no Instituto Itaú Cultural realizado ontem, dia 11/11, o editor-executivo da Folha, Sergio Dávila, disse que não existe uma fórmula certa para integrar as plataformas analógica e digital e "ninguém sabe onde vai parar". O jornalista afirmou ainda que o jornal conta com uma equipe "futurística" para pensar sobre novas plataformas e novas possibilidades de integração. Segundo Dávila, sua missão é transformar a redação em um centro captador de noticia 24 horas por dia. "O repórter sai para a rua sem necessariamente saber onde a informação será publicada. Isso cada vez importa menos." (LEIA MAIS)




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