Edição 410 | Ano II

Rio de Janeiro / RJ
Petrobras se torna a 4ª maior empresa do mundo
Com os cerca de US$ 70 bilhões que a Petrobras conseguiu com o processo de capitalização, a petrolífera brasileira se tornou a quarta maior empresa do mundo em valor de mercado, considerando o fechamento das bolsas de valores na quinta-feira, dia 23/9. A Petrobras passou a valer cerca de US$ 217 bilhões, mais do que companhias como a Microsoft, o Wal-Mart e a General Electric. À frente da Petrobras estão a Exxon Mobil, com valor de mercado de US$ 311 bilhões, a PetroChina, com US$ 265 bilhões, e a Apple, com US$ 264 bilhões. A seleção das companhias foi feita tomando como base a edição de 2010 do ranking FT Global 500, das 500 maiores empresas do mundo, do Jornal Financial Times, elaborada com dados de 30 de março. Os valores de mercado, porém, foram atualizados com base no fechamento das ações da última quinta-feira.
O valor de mercado é o preço de cada ação da empresa multiplicado pelo número de papéis em circulação, ou seja, representa o quanto um investidor pagaria se fosse possível comprar todas as ações da companhia. Isso significa que esse valor varia diariamente, de acordo com a cotação dos papéis da empresa. Na lista do FT Global 500 divulgada este ano, a BP (British Petroleum) estava na sexta posição, com um valor de mercado de US$ 210 bilhões. Mas o ranking foi elaborado antes do acidente com uma plataforma da empresa no Golfo do México. Após o vazamento, que demorou três meses para ser contido, o preço das suas ações despencou. A companhia valia apenas US$ 69 bilhões, o que significa que suas ações perderam 70% dos seu valor desde então.

AS MAIORES EMPRESAS DO MUNDO
Posição Empresa País Setor Valor de mercado*
1° Exxon Mobil EUA Petróleo 311,26
2° PetroChina China Petróleo 264,99
3º Apple EUA Tecnologia 263,95
4º Petrobras** Brasil Petróleo 216,69
5º Microsoft EUA Tecnologia 211,41
6º Bank of China China Financeiro 211,14
7º China Mobile China Telecomunicações 206,36
8º Berkshire Hathaway EUA Financeiro 200,69
9º Wal-Mart EUA Varejo 195,10
10º General Electric EUA Variado 172,56
(Agência Reuters)


São Paulo / SP
Blackstone negocia compra de participação no Pátria Investimentos
O fundo de investimentos americano Blackstone deve anunciar nesta semana a compra de uma participação na gestora de recursos Pátria Investimentos. A aquisição de parte do Pátria será a porta de entrada de um dos maiores fundos de investimentos do mundo no Brasil.O Blackstone tem uma aliança estratégica com o Pátria desde 2004. Mas, até hoje, não tinham feito nenhum negócio em conjunto. Depois da crise financeira global, que debilitou também essa indústria nos mercado maduros, o Brasil ficou atraente para o Blackstone. Procurado, o Pátria disse apenas que não comenta rumores de mercado.
Em parceria com o Pátria, desde o começo deste ano o fundo já vem prospectando empresas locais, de capital aberto, dos setores de óleo e gás, mineração e agronegócio, onde o Brasil tem vantagens competitivas. Está interessado em comprar participação em multinacionais brasileiras que possam fazer a consolidação em seus setores. Fundado em 1985 por Steve Schwarzman com um patrimônio de apenas US$ 400 mil, o Blackstone é um dos ícones do capitalismo americano. Nos Estados Unidos, Schwarzman é chamado de "o novo rei de Wall Street". O Blackstone costuma surpreender as pessoas pelo tamanho dos seus negócios. O fundo esteve por trás de sete das 25 maiores aquisições feitas com dívida na história. Há quatro anos, pagou US$ 38,9 bilhões pela Equity Office Properties, a empresa de propriedades do investidor americano Sam Zell. Com a crise, o tamanho dos seus negócios mudou. Em agosto, anunciou a compra da empresa de energia Dynegy por cerca de US$ 5 bilhões. Foi o maior negócio feito com dívida no ano, mas muito distante dos valores de antes.
Apesar de a crise ter sido um desastre para os fundos de private equity, o Blackstone foi um dos que tiveram o melhor desempenho nessa indústria nos últimos dois anos, garantido pela abertura de capital em 2007, segundo seus executivos. O portfólio do Blackstone tem empresas como a cadeia de hotéis Hilton, comprada em 2007 por US$ 26,7 bilhões, e a operadora de telefonia alemã Deutsche Telekom, comprada há quatro anos por US$ 3,3 bilhões. Emergentes. O Blackstone começou a olhar os mercados emergentes só mais recentemente. Em 2005, abriu escritório na Índia. Há dois anos, abriu um escritório de representação em Pequim, reforçando sua atuação na China. O governo chinês possui 10% do capital da Blackstone. O Pátria foi criado por ex-sócios do antigo Patrimônio no começo desta década, inspirado no fundo americano. Mas o relacionamento entre as duas casas é anterior. Os banqueiros se conheceram em 1999, quando o Patrimônio foi vendido para o Chase Manhattan Bank, mais tarde adquirido pelo J. P. Morgan.

Operações bilionárias
US$ 38,9 bilhões - foi o valor da aquisição da Equity Office Properties, há quatro anos
US$ 26,7 bilhões - foi o valor da aquisição da cadeia de hotéis Hilton, feita em 2007
US$ 5 bilhões - foi quanto o Blackstone pagou pela Dynegy este ano
(Agência Estado)

São Paulo / SP
Marca francesa de cosméticos planeja entrada no país com venda parcelada
Depois de precisar contratar funcionárias brasileiras para dar conta das compradoras do Brasil nas suas lojas em Paris, a marca de cosméticos francesa Sephora planeja agora seu desembarque no Brasil. A marca está em negociação com shoppings para a abertura de lojas, mas vai aproveitar a estrutura do site Sacks, comprado em julho. O grupo francês de bens de luxo LVMH, dono da Louis Vuitton, comprou 70% do site brasileiro de cosméticos, em negócio estimado em R$ 250 milhões. Num esforço para alcançar a classe C, a empresa pretende manter o parcelamento em 12 vezes - tradicional na Sacks - nos produtos da marca Sephora. "Precisamos tornar o luxo mais acessível. Dá pena ver que os brasileiros viajam para fora e consomem lá porque os preços são muito melhores", diz Carlos André Montenegro, presidente-executivo do site Sacks, que deve se transformar até 2012 em sephora.com.br. Ele também diz que vai tentar convencer o governo a diminuir as tarifas para a importação de produtos de beleza, que chegam a 79%. Apesar de surpreso com pesquisas de mercado que indicaram conhecimento da marca francesa pelas brasileiras, Montenegro afirma que a Sacks ainda tem mais força. Ele e seus sócios ainda detêm 30% da Sacks. A Sephora tem 700 lojas em 13 países (250 apenas nos EUA). O nome é uma fusão de "sephos", o termo da Grécia Antiga para beleza, com Zípora, mulher de Moisés no livro do "Êxodo" da Bíblia. (Agência Folha)

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MANCHETES - Principais Jornais do Brasil e do Mundo


JORNAIS NACIONAIS
Folha de S.Paulo - Presidência incha no governo Lula
Agora S.Paulo - Justiça dá revisão para auxílio e benefício por invalidez de 2005
O Estado de S.Paulo - Notícia sobre falcatruas no TO põe 'Estado' sob censura
Jornal do Brasil - Dezessete mil mulheres tentam a sorte na polícia
O Globo - De olho no segundo turno, Marina ataca Dilma e Serra
Valor Econômico - Grau de abertura cai, apesar do recorde de importações
Correio Braziliense - PMDB desdenha apoio de Rosso a Weslian Roriz
Estado de Minas - Donos da rua vencem a lei dos flanelinhas
Diário do Nordeste - Guerra silenciosa já matou 1.278 na Grande Fortaleza
A Tarde - Ensino depende de fundo nacional
Extra - Tomógrafo do Hospital Souza Aguiar está quebrado há 11 dias
Zero Hora - 60% ainda não definiram seus deputados, diz Ibope

JORNAIS INTERNACIONAIS
The New York Times (EUA) - EUA estão trabalhando para reduzir escutas telefônicas na internet
The Washington Post (EUA) - Militar frustrou o presidente buscando opções no Afeganistão
The Times (Reino Unido) - Sindicatos clamam por Miliband e enterram Novo Trabalhismo
The Guardian (Reino Unido) - Miliband compromete-se em estar à frente no fronte -- mas seu irmão irá seguí-lo?
Le Figaro (França) - Forte recuperação do mercado automotivo mundial
Le Monde (França) - O acordo Aubry - DSK coloca PS em ebulição
China Daily (China) - Bate-boca com Japão continua
El País (Espanha) - Zapatero oferece negociar pensões aos sindicatos
Clarín (Argentina) - Presidente atacou a Justiça por Fibertel através do Twitte

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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP e Associated Press)

São Paulo / SP
Ações de pequenas empresas são destaque na Bovespa
Índices positivos da economia brasileira - que refletem principalmente a confiança do consumidor e a geração de empregos - têm atraído as atenções dos investidores para ações de empresas menores e voltadas ao mercado interno. Esse movimento, segundo especialistas, está causando um verdadeiro círculo virtuoso nas ações de companhias com menor capitalização em Bolsa, as "small caps". Tratam-se de papéis de empresas pequenas e que geralmente disputavam atenção com gigantes como Petrobras e Vale, entre outras "estrelas" do índice Bovespa, e que encontraram agora, na fase pós-crise, um de seus melhores momentos. Os números da BM&FBovespa, comprovam a tese. Enquanto o Ibovespa, principal índice, encolheu 1,2% desde o início do ano, o índice SMLL subiu 13,9%. O índice reúne 58 empresas, que não atingem 15% do valor de mercado total da Bolsa.
As empresas menores também aparecem entre as dez empresas mais rentáveis do Ibovespa. A maioria é de companhias com valor de mercado de até R$ 20 bilhões, bem abaixo dos R$ 247 bilhões da Petrobras. "Desde a crise, o investidor optou por ficar de fora de setores altamente atrelados a commodities e aproveitar mudanças cíclicas no Brasil, como a expansão do consumo, ou o desenvolvimento do setor imobiliário para colocar seus papéis", diz Carlos Constantini, analista chefe da corretora Itaú BBA.
Segundo ele, esta é a primeira vez em que os investidores voltam as atenções de forma tão evidente para papéis de segunda linha. Entre os setores que mais chamam a atenção, estão aqueles diretamente relacionados à expansão do crédito. "As taxas de juros já pararam de subir, o que beneficia os setores de construção e consumo. Isso faz com que o mercado interno esteja muito mais interessante do que os papéis voltados às commodities", diz Herculano Alves, diretor do Bradesco Asset Management.
COPA E OLIMPÍADA - É consenso entre analistas que a perspectiva de continuidade da boa fase econômica, mesmo com o cenário eleitoral, continuará dando espaço às "small caps". "Existem "small caps" de setores em consolidação, com grandes chances de crescer acima de 20% ao ano. Eventos como Copa do Mundo e Olimpíada também devem continuar impulsionando empresas de infraestrutura", afirma Alves

HOJE – Fechamento das Bolsas da Ásia

Tóquio / Japão
Wall Street alavanca bolsas asiáticas
Os mercados da Ásia iniciaram a semana em elevação. Nesta segunda-feira, dia 27/9,as bolsas da região foram estimuladas, principalmente, pelo bom desempenho de Wall Street na sexta-feira.
- A Bolsa de Hong Kong teve alta pela sexta sessão seguida, para o melhor resultado em mais de oito meses, alavancada ainda pelos ganhos no setor imobiliário. O índice Hang Seng subiu 221,41 pontos, ou 1%, e terminou aos 22.340,84 pontos, o maior fechamento desde 11 de janeiro.
- Já as Bolsas da China tiveram forte alta, após o feriado nacional de três dias na semana passada. Os investidores foram estimulados pelo rali das commodities na London Metal Exchange. O índice Xangai Composto subiu 1,4% e terminou aos 2.627,97 pontos. O índice Shenzhen Composto avançou 2,3% e encerrou aos 1.170,54 pontos. O yuan teve a décima sessão seguida de valorização histórica em relação ao dólar, apesar de o Banco Central chinês elevar a taxa de paridade central dólar-yuan (de 6,6997 yuans para 6,7098 yuans). No mercado de balcão, o dólar fechou cotado em 6,6923 yuans, de 6,7079 yuans do fechamento de terça-feira passada.
- Em Taiwan, a Bolsa de Taipé fechou em alta, na trilha dos bons resultados da região. O índice Taiwan Weighted avançou 0,3%, encerrando em 8.191,54 pontos.
- A Bolsa de Seul, na Coreia do Sul, encerrou em alta, na maior pontuação em quase dois anos e meio. As compras por parte de investidores estrangeiros continuaram fortes, graças ao sentimento positivo com os fundamentos econômicos do país. O índice Kospi subiu 0,8% e fechou aos 1.860,83 pontos.
- Na Austrália, o índice S&P/ASX 200 da Bolsa de Sydney teve alta de 1,6%, e fechou aos 4.675,4 pontos, impulsionado pelo sentimento positivo em relação à recuperação econômica nos EUA. - A Bolsa de Manila, nas Filipinas, fechou com o índice PSE em alta de 1,1%, e o nível recorde de 4.122,83 pontos.
- A Bolsa de Cingapura fechou na maior alta em 27 meses, apoiada pelos ganhos nos mercados asiáticos, uma vez que os investidores estiveram mais otimistas quanto ao fortalecimento da economia mundial. O índice Straits Times subiu 0,7% e fechou aos 3.113,46 pontos.
- O índice composto da Bolsa de Jacarta, na Indonésia, teve alta de 2,1% e fechou aos 3.468,03 pontos, motivado por compras de blue chips por investidores estrangeiros em meio a expectativas de grandes ganhos corporativos em nove meses.
- O índice SET da Bolsa de Bangcoc, na Tailândia, avançou 1,1% e fechou aos 962,47 pontos, maior nível desde novembro de 1996, uma vez que o fluxo de capital continuou, enquanto os ganhos nos mercados regionais impulsionaram o sentimento.
- O índice composto de cem blue chips da Bolsa de Kuala Lumpur, na Malásia, subiu 0,9% e fechou aos 1.474,71 pontos, recuperando-se após três dias de perdas, ajudado pelos ganhos nos EUA e nos mercados regionais

HOJE – Abertura das Bolsas da Europa
- Londres / Inglaterra - O índice geral da Bolsa de Valores de Londres, o FTSE-100, abriu o pregão de hoje, dia 27/9, em alta de 5,86 pontos (0,10%), aos 5.604,34. O barril de petróleo Brent para entrega em novembro abriu hoje em alta no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, cotado a US$ 78,99, US$ 0,12 mais que no fechamento da sexta-feira.
- Frankfurt / Alemanha - O índice DAX-30 da Bolsa de Valores de Frankfurt abriu hoje em alta de 0,13%, aos 6.306 pontos, superando a cota dos 6.300. O euro abriu hoje com tendência estável no mercado de divisas de Frankfurt, coado a US$ 1,3471, frente aos US$ 1,3476 da jornada anterior. O Banco Central Europeu (BCE) fixou na sexta-feira o câmbio oficial do euro em US$ 1,3412.
- Madri / Espanha - O índice Ibex-35 da Bolsa de Valores de Madri abriu o pregão de hoje, dia 27/9, em leve baixa de 9,10 pontos (0,08%), aos 10.718, enquanto o Índice Geral da Bolsa de Madri caiu 0,07%.
- Paris / França - O índice geral da Bolsa de Valores de Paris, o CAC-40, abriu em alta hoje de 0,17% , aos 3.788,96 pontos, frente aos 3.782,48 do fechamento da sexta-feira passada.
- Roma / Itália - O índice seletivo FTSE MIB da Bolsa de Valores de Milão abriu o pregão, dia 27/9, em alta de 0,24%, aos 20.656 pontos. O índice geral FTSE Italia All Share também abriu em alta de 0,24%, aos 21.223.


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INDÚSTRIA


Brasília / DF
Produção industrial cresce em quase todos os setores
A produção teve alta disseminada por quase todos os setores da indústria de transformação em agosto, informou nesta sexta-feira a CNI - Confederação Nacional da Indústria. O índice que mede a atividade passou de 53,4 pontos em julho para 55,1 pontos no mês passado. Os dados variam de zero a 100, sendo que resultados superiores a 50 indicam evolução da produção ou expectativa positiva. De acordo com a Sondagem Industrial, dos 26 segmentos pesquisados, apenas um registrou queda na produção de julho para agosto. No mês anterior, nove setores haviam registrado declínio na produção. A alta também foi disseminada entre as empresas de todos os portes, incluindo as pequenas.
Ainda segundo a CNI, o aumento da produção elevou a utilização da capacidade instalada, que atingiu 51 pontos, um pouco acima do usual para meses de agosto. Pelo segundo mês consecutivo o nível dos estoques ficou acima do planejado pelas empresas, com 51,4 pontos. Contudo, se os indicadores de produção mostraram um avanço, a expectativa dos empresários recuou em setembro em relação a agosto, apesar de ainda se situar num patamar elevado, o que demonstra alta confiança para os próximos seis meses. Foram os menores índices de otimismo no ano. As expectativas para o aumento de demanda nos próximos seis meses recuaram de 63,1 pontos em agosto para 61,5 pontos em setembro. O mês também registrou recuo de 51,8 pontos para 51,4 pontos das expectativas para as exportações para os próximos seis meses.
Já as expectativas para compras de matérias-primas para o próximo semestre caíram de 60,7 pontos para 59,1 pontos. De acordo com a metodologia adotada pela CNI na pesquisa, os indicadores de atividade e estoques referem-se ao mês anterior, enquanto os indicadores de expectativas são referentes ao mês corrente. A Sondagem Industrial foi realizada entre 31 de agosto e 21 de setembro com 1.603 empresas, das quais 900 pequenas, 483 médias e 220 grandes.

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AGROBUSINESS


Da redação – São Paulo / SP
Atacado de carne bovina perde sustentação
O mercado atacadista de carne bovina sem osso de São Paulo patinou durante a semana. Embora a desvalorização tenha sido pequena, 0,6%, sinaliza uma mudança de comportamento, já que o mercado vinha trabalhando em alta há dois meses. A oferta de boiadas melhorou um pouco no estado, o que fez crescer moderadamente a oferta de carne bovina no atacado. Além disso, em finais de mês, a tendência é que o consumo se retraia. No atacado com osso as quedas foram mais expressivas. O dianteiro avulso e dianteiro 1x1, por exemplo, acumularam desvalorização de 3% e 2%, respectivamente, nos últimos sete dias. O repasse das altas registradas no atacado pode ter afetado um pouco as vendas do varejo.

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SETOR AUTOMOTIVO


Da redação - São Paulo / SP
No Brasil a cada quatro carros importados um é coreano
Os carros asiáticos caíram no gosto do brasileiro e de quatro modelos importados, pelo menos um é coreano. Segundo dados da Anfavea - Associação das Montadoras -, a parcela dos países sul-americanos encolheu de 65,2% (2007) para 52,3% no montante de importações de veículos, considerando os oito primeiros meses do ano. Por outro lado, a fatia dos produtos asiáticos expandiu de 10,4% para 24,5%, principalmente por conta de duas marcas sul-coreanas Hyundai e Kia. A participação dos chineses também vem crescendo: nos últimos três anos, passou de 0,5% para 2,7%. E na semana retrasada, a Chery Automobile, maior montadora independente da China, anunciou a assinatura de um acordo com o governo paulista para a instalação de uma fábrica orçada em US$ 400 milhões.

Milão / Itália
Fiat avalia oferta de ações da Ferrari
A montadora Fiat considera listar parte de sua unidade de carros esportivos Ferrari, para levantar recursos para aumentar a sua participação na companhia norte-americana Chrysler, segundo informou o jornal Corriere della Sera neste domingo. O jornal disse ter obtido informações junto à cúpula da Fiat, em Turim, de que a prioridade da empresa é encontrar recursos que permitam financiar a aquisição de 51% da Chrysler. Um porta-voz da Fiat negou a informação de possível venda de ações."Não há planos de qualquer listagem da Ferrari", afirmou.A Fiat, que possui 20% da Chrysler, deve aumentar a sua participação para 35%, após ter cumprido metas de reestruturação.Ela tem a opção de aumentar o seu controle acionário para até 51%.Segundo o diário, a Fiat manteria uma participação majoritária de 51% na Ferrari, a qual, de acordo com o jornal, vale US$ 3,1 bilhões de dólares. A empresa atualmente conta com 85% das ações da Ferrari.Em setembro, o presidente-executivo da Fiat, Sergio Marchionne, que é também presidente-executivo da Chrysler, disse que queria retornar ao índice histórico de 90%. Isso sem abdicar do fundo de investimentos de Abu Dhabi Mubadala, que possui 5% das ações. (Agência Reuters)

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SERVIÇOS & VAREJO

São Paulo / SP
Redes e franquias de padarias atraem investidores e fundos
O empresário Flávio Del Nero lembra da atuação no mercado financeiro ao falar em conselho de administração, departamento de marketing e de tecnologia da informação. Hoje, ele usa esses nomes para descrever o organograma do seu negócio, de padarias. "Já recebemos propostas de quatro fundos de "private equity" [participação em empresas]", conta Del Nero, sócio e presidente do conselho do grupo Dona Deôla. O executivo representa a transformação de redes de padarias em negócios estruturados.A profissionalização do setor se intensificou com o avanço das superpadarias, no início da década em São Paulo. O modelo foi adotado para enfrentar a concorrência com lojas de conveniência e lanchonetes. Foi uma forma de oferecer mais serviços e diminuir custos fixos. Com maior número de funcionários - saltou de 30 para 300, em média - e logística mais complexa, as organizações amadureceram. As mudanças alçaram o faturamento dos negócios para a casa dos milhões e permitiram o crescimento dos grupos.
SUPERPADARIAS - "O nosso grupo, quando percebe que tem um ponto bom para montar ou para comprar, vai lá e negocia. Sempre pensando em melhorar a empresa, fortalecer o grupo", diz Fernando Cunha, do grupo da Bella Paulista, que tem 600 funcionários e atende 7.000 clientes por dia em uma das cinco unidades. Os sócios pagaram R$ 3 milhões pelo ponto da tradicional lanchonete Real, em Perdizes/SP. Têm ainda uma inauguração prevista para 2011 e estudam outra área. O investimento para uma superpadaria, dizem, é de cerca de R$ 5 milhões. Cunha lembra que, apesar do crescimento, as padarias são negócios de intensa mão de obra e têm uma ligação emocional forte com o cliente, o que dificulta o ganho de escala. Esse foi um dos argumentos que o levaram a descartar as propostas dos fundos de investimento.
MODELO DE NEGÓCIOS - Os investidores também bateram à porta da rede Benjamin Abrahão, que tem 12 unidades. Queriam franquear o conceito de padaria "express" em faculdades, criado em 2002 a partir um convite do Mackenzie. "Os intervalos são pequenos e você tem que atender muita gente em pouco tempo. A gente brinca que tem de ser mais rápido do que o McDonald's", explica Raquel Abrahão, que recusou o convite dos investidores por temer perda de qualidade. O grupo quer agora montar um centro de distribuição para crescer com o modelo "express", que exige investimentos 30% mais baixos que o de uma padaria média.

Da redação – São Paulo / SP
Baú contrata Galeazzi para se reestruturar
O grupo Silvio Santos acaba de contratar a Galeazzi & Associados, do consultor Cláudio Galeazzi, para trabalhar na reestruturação de seu braço de varejo, a Lojas do Baú Crediário. Sucessora do carnê Baú da Felicidade, desativado há cerca de três anos, a rede, que até a metade do ano passado contava com apenas 18 lojas, inchou com a aquisição, por R$ 30 milhões, da paranaense Dudony, da qual herdou 100 estabelecimentos. Atualmente, são 125 lojas em operação, com 1,8 mil funcionários. De lá para cá, a Lojas do Baú Crediário despendeu boa parte do tempo digerindo a aquisição problemática - a Dudony se encontrava em recuperação judicial à época da compra. Algumas lojas no Paraná foram fechadas, a administração central da Dudony, em Maringá, foi transferida para São Paulo, e novos executivos foram contratados para colocar ordem na casa. O principal deles foi José Roberto Prioste, diretor de compras, vendas e marketing, recrutado no Ponto Frio. A Galeazzi ainda está na fase de diagnóstico do negócio. Posteriormente, virão as propostas para a reestruturação na rede varejista. Segundo Prioste, a meta é dobrar o número de unidades, chegando a 250 até o final de 2011, com um investimento ao redor de R$ 40 milhões. Aquisições não estão descartadas.

Da redação – São Paulo / SP
EmpórioNaka deve fechar ano com 35 lojas
A rede de calçados femininos EmpórioNaka deve fechar o ano com 35 lojas, quase o dobro do ano passado. Até dezembro, serão abertas unidades em Florianópolis/SC, Porto Alegre/RS, Vitória/ES, Belém/PA, Uberaba/MG e Salvador/BA. O crescimento é impulsionado pela abertura de franquias. Em 2011, a empresa espera chegar a 60 pontos de venda no país, sendo apenas cinco próprios e o restante via franquias.


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TI, WEB & e-COMMERCE


São Francisco / EUA
LinkedIn faz aquisição e discute oportunidades com bancos
O LinkedIn fechou a compra da ChoiceVendor, uma pequena provedora de avaliações e ratings de companhias e conversa com banqueiros sobre outras "oportunidades", afirmou o presidente-executivo da rede social. Questionado sobre se a aquisição - segunda da companhia em 2 meses - foi de menos de US$ 5 milhões, o executivo Jeff Weiner disse apenas que o valor "estava dentro dos parâmetros corretos". O LinkedIn, rede social para profissionais que superou os 80 milhões de usuários, vem discutindo diversas outras estratégias com bancos, embora não avalie especificamente a abertura de capital da companhia, afirmou Weiner em entrevista á Reuters. "Dado nosso crescimento este ano, há muitas oportunidades para nós e, portanto, há um número de empresas e banqueiros e outras pessoas interessadas em conversar conosco sobre onde estamos caminhando estrategicamente, se podem nos ajudar de alguma forma", disse o executivo. "Já participamos de negociações anteriormente; continuaremos a participar dessas conversas", afirmou, acrescentando que não "as caracterizaria como sendo especificamente sobre um IPO - Oferta Pública Inicial. O LinkedIn é uma das redes sociais com maior crescimento na Internet, junto com o Facebook e o Twitter. Diferentemente do Facebook, em que membros interagem com amigos, compartilhando fotos e jogando games, o LinkedIn se concentra na vida profissional das pessoas. (Agência Reuters)


São Paulo / SP
Vender pela internet exige planejamento e informação
Que montar uma loja virtual pode ser negócio bom, barato e lucrativo, os micro e pequenos empreendedores já sabem. Afinal, são eles os responsáveis por 98% dos 60 mil sites que realizam vendas no Brasil, segundo dados da Câmara Brasileira do Comércio Eletrônico. Falta a eles investir na profissionalização da atividade, no planejamento, em informação, sistemas e equipamentos. É o que aponta o relatório preliminar obtido pelo Estado de uma pesquisa quantitativa sobre uso da internet com 12 micro e pequenas empresas dos segmentos de varejo, serviços, moda, informática, eventos e cama, mesa e banho. O estudo é realizado pela professora do programa de mestrado e doutorado da Universidade Nove de Julho (Uninove) Silvia Novaes Zilber.
De acordo com o levantamento, as micro e pequenas empresas têm conseguido resultados positivos no e-commerce, como aumento da lucratividade, maior alcance geográfico, visibilidade e redução dos custos. No entanto, ainda encontram dificuldades na escolha dos sistemas (considerados caros e ineficientes), no estabelecimento de parcerias e na busca por funcionários qualificados. Também enfrentam obstáculos para obter conhecimento em tecnologia e e-commerce e obter dinheiro para investir na melhoria dos processos. O estudo mostra ainda que as empresas não realizam planejamento formal antes de abrir uma loja online, possuem poucos indicadores sobre resultados na rede e utilizam, para o comércio na web, a mesma estrutura organizacional de outra área de atividade da empresa.
Segundo Silvia, a segunda fase do levantamento, uma pesquisa quantitativa, já está em andamento. "O objetivo é traçar um diagnóstico preciso sobre como as pequenas empresas utilizam o e-commerce e elaborar um modelo de negócio com as melhores práticas", explica. Mesmo sem a conclusão do estudo, a pesquisadora já aponta um dos principais motivos pelos quais as pequenas empresas ainda encontram tanta dificuldade para emplacar na rede. "Falta planejamento. A sondagem mostra que as empresas que se planejaram tiveram melhores resultados", diz Silvia.
Foi o que aconteceu com Alan Soares de Lima, de 24 anos, dono da HTS do Brasil, especializada em venda de peças automotivas. Há seis anos no mercado, a empresa surgiu com um canal de vendas por telefone. Há quatro, Lima montou um site institucional e começou a vender peças também pela internet, mas não obteve resultado satisfatório. No início deste ano, ele decidiu fazer dois cursos de curta duração, um sobre e-commerce e outro sobre marketing digital. Aos poucos, começou a aplicar no site da empresa as técnicas aprendidas. "Para aumentar o número de acessos, investi em links patrocinados, que fizeram minha loja aparecer no topo dos sites de pesquisa", diz.
Lima também mudou os sistemas de logística, gestão e o layout. O resultado do investimento - cerca de R$ 8 mil com os cursos e R$ 22 mil com o novo sistema - apareceu no mês seguinte. O faturamento triplicou de R$ 35 mil para R$ 110 mil. Hoje, 80% das vendas são pela internet. "Também economizei com telefone e com os vendedores, já que não precisava pagar comissão. Assim, reduzi o preço dos produtos", conta. Outro fator que atrapalha o sucesso dos pequenos é a escolha do mix de produtos. "A venda de vários tipos de mercadorias exige um grande sortimento, algo que o pequeno não consegue obter em condição de competir com as grandes empresas ", alerta o coordenador do curso de Marketing Digital da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), Marcelo Lobianco. O ideal é que as pequenas invistam em nichos específicos. Para elaborar um planejamento adequado (veja quadro acima), o empreendedor deve buscar informação na rede e fazer cursos da área. "A internet é uma grande sacada. Com conhecimento, a chance de sucesso é bem grande", garante o diretor executivo da Câmara Brasileira do Comércio Eletrônico, Gerson Rolim.
PASSO A PASSO
1. Tenha um objetivo claro - Pense qual o resultado que você deseja obter e trace um plano estratégico para alcançar seu objetivo.
2. Qual o seu público? Conhecer o comportamento, os gostos e preferências do seu consumidor ajuda na elaboração do planejamento.
3. Escolha um nicho de mercado - É melhor investir em um único tipo de produto do que em um mix de mercadorias.
4. Passe uma imagem profissional - Não peça para um amigo montar o site. Contrate uma empresa especializada e utilize sistemas profissionais.
5. Use estratégias de marketing - Aprenda a utilizar palavras-chave para colocar sua página entre as primeiras dos sites de busca e, assim, aumentar o número de acessos. (Agência Estado)


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MÍDIA

Cambridge / EUA
Rupert Murdoch reforça ataque contra NY Times
O Wall Street Journal engrossa sua artilharia hoje com uma edição de fim de semana maior e repaginada, munindo-se de resenhas de livros, ensaios e uma recapitulação analítica dos fatos da semana para atacar o New York Times em seu território mais caro. Desde que comprou o Journal em 2007, em uma tentativa de somar prestígio a um portfólio repleto de sucessos, Rupert Murdoch tem investido pesado para transformar o sisudo diário financeiro no jornal mais lido dos EUA. (LEIA MAIS)




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