Edição 398 | Ano II

Brasília/DF e São Paulo/SP
Brasil é o 6º em potencial de crescimento
Brasil está entre os dez países emergentes com maior capacidade de acelerar seu ritmo de crescimento e se desenvolver. A conclusão é de um estudo feito por economistas do ADB - Banco Asiático de Desenvolvimento. O estudo considera quatro características principais (e algumas divisões das mesmas) na pauta de exportações: sofisticação; diversificação; características únicas e potencial de vender outros produtos com vantagem comparativa para o exterior. Do cruzamento dessas informações, do período entre 2001 e 2007, surgiu o Índice de Oportunidades. Segundo Jesus Felipe, economista do ADB e coordenador do estudo, os países que estão bem posicionados no índice são aqueles que conseguiram ampliar e diversificar suas pautas de exportações em produtos mais elaborados (como máquinas e químicos). (Agência Estado)

São Paulo / SP
Impostos comem 46% de alta do PIB
Quase metade do crescimento da produção de bens e serviços contabilizada no Brasil nos últimos 15 anos foi apropriada pelo governo por meio da cobrança de impostos, impulsionando um aumento igualmente expressivo do gasto público. Cálculos do economista-chefe do Santander, Alexandre Schwartsman, mostram que o PIB - Produto Interno Bruto - cresceu quase R$ 1,1 trilhão entre 1994 e 2009 em termos reais (descontada a inflação). No mesmo período, a carga tributária aumentou cerca de R$ 500 bilhões, o equivalente a 46% do crescimento da produção nacional. A mordida foi maior nos anos FHC, entre 1994 e 2002, (60% da alta do PIB) do que no governo Lula, entre 2003 e 2009 (42%). Mas ambos os números são considerados muito altos. O aumento da carga em relação à expansão do PIB se traduziu em crescimento da mesma magnitude do gasto público, que subiu R$ 500 bilhões entre 1994 e 2009. As contas mostram que para cada R$ 100 de crescimento adicional da produção entre 1994 e 2009, R$ 46 foram absorvidos pelo governo (incluindo União, Estados e municípios). (Agência Folha)

Washington / EUA
Brasil é 3º destino preferido para investimentos até 2012
O Brasil supera os EUA e toda a Europa e já é o terceiro destino favorito de multinacionais que planejam realizar investimentos até 2012. Os dados foram anunciados hoje pela Conferência da ONU para o Comércio e Desenvolvimento (Unctad) a partir de uma pesquisa feita anualmente com 236 empresas multinacionais e 116 agências de promoção de investimentos pelo mundo. Segundo o levantamento, empresas multinacionais apostam em uma alta importante no fluxo de investimentos no mundo nos próximos dois anos, em mais um sinal de que o mercado estaria retomando a confiança depois da crise. Mas a crise deixou seu legado. Para as multinacionais, nove dos 15 países preferidos nos próximos dois anos para investir estão nas regiões emergentes. Pela primeira vez desde que o levantamento começou a ser feito há dez anos, os quatro países do chamado Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) estão entre os cinco locais preferidos do setor privado para investir. O interesse de multinacionais por investimentos no setor de commodities e o crescimento do mercado doméstico brasileiro é o que estaria colocando o País em uma posição de destaque.
Com base em um crescimento econômico mundial de 3% em 2010 e de 3,2% em 2011, a ONU estima que o volume de fluxo de investimentos pode chegar a US$ 1,5 trilhão em 2011, passando para algo entre US$ 1,6 trilhão e US$ 2 trilhões em 2012. Em 2010, o volume deve ser de US$ 1,2 trilhão. Depois de dois anos de queda, grande parte da expansão deve ser atribuída a uma alta no número de fusões e aquisições. Já o investimento em novas unidades e nova produção ainda deve ser limitado. Diante da crise mundial, a taxa de investimento caiu em 50%. Das 236 empresas multinacionais que participaram do levantamento, mais de cem apontaram a China como uma prioridade em seus investimentos. Pequim, portanto, foi de longe o local preferido pelas empresas para investir nos próximos dois anos. Em segundo lugar vem a Índia, com pouco mais de 70 empresas indicando o país como o destino preferido. O Brasil vem então na terceira colocação, uma posição acima da classificação que havia obtido em 2009 e com 70 empresas indicando o País como sua prioridade. O Brasil, assim, supera os EUA, que aparecem pela primeira vez na quarta posição. Em 2009, o Brasil recebeu US$ 25,9 bilhões em investimentos diretos. Nos primeiros sete meses do ano, o Banco Central calcula que o País já tenha recebido US$ 14,7 bilhões em investimentos.
A lista dos cinco primeiros colocados na avaliação das multinacionais é completada pela Rússia, outro membro dos Bric, mas com menos de 40 multinacionais colocando a nação como prioridade. Pelo levantamento, a classificação ainda conta com o México na sexta colocação, seguido pelo Reino Unido, Vietnã, Indonésia e Alemanha."O resultado da pesquisa mostra a atratividade dos países em desenvolvimento como um local de investimentos para as multinacionais e que essas empresas estão confirmando os mercados emergentes como prioridade, em detrimento dos países desenvolvidos", afirma a Unctad em sua avaliação dos resultados."Diferentes níveis de desempenho econômico no mundo após a crise moldaram as perspectivas de investimentos globais. As regiões em desenvolvimento se mostraram mais resistentes à crise que os países desenvolvidos. Além disso, as multinacionais estão em busca cada vez mais de oportunidade de crescimento fora de seus mercados domésticos em queda", diz o relatório.
O estudo ainda mostrou que a crise não foi tão destrutiva aos investimentos quanto se imaginava. Apenas 18% das empresas entrevistadas se desfizeram de unidades de produção ou venderam parcelas de seus conglomerados. Mas a mudança mais profunda foi a transformação no destino dos fluxos de investimentos. Com maior resistência à crise que muitos países ricos, as economias emergentes estão tendo um papel cada vez mais central na atração de investimentos. Segundo as respostas das multinacionais, nove dos 15 locais preferidos para realizar investimentos entre 2010 e 2012 estão nas regiões emergentes. O grande destaque e mesmo a Ásia. Dos 15 destinos preferidos de investimentos no mundo, seis estão no continente asiático. O número é o mesmo de países ricos entre os 15 principais destinos de fluxo de investimentos.
O Fundo Monetário Nacional (FMI) estima que o fluxo de investimentos para os emergentes em 2010 será de US$ 294 bilhões, frente US$ 274 bilhões em 2009. Já o Instituto de Finanças Internacionais apresenta outra conta e aponta que o volume de capital aos emergentes chegará a US$ 435 bilhões no ano. Em 2009, o volume foi de US$ 347 bilhões. O grande interesse de multinacionais nos emergentes é o setor primário e de commodities. Segundo a Unctad, o setor de mineração e outros de exploração de recursos naturais conseguiram manter os mesmos níveis de investimentos dos últimos anos, apesar da crise. Já o setor automotivo, de produtos químicos e eletrônicos sofrem com uma produção acima da capacidade de consumo hoje dos mercados ricos. O resultado foi um corte importante nos investimentos.Mas os países emergentes também aparecem cada vez mais como origem de investimentos. Entre os 20 investidores mais promissores em 2010, quase metade era de países em desenvolvimento. O primeiro lugar ainda é dos Estados Unidos. Mas a China já vem na segunda colocação, com a Índia na sexta posição e os russos no nono lugar. (Agência Estado)

_________________________________________________
MANCHETES - principais Jornais do Brasil e do Mundo

JORNAIS NACIONAIS
Folha de S.Paulo - Lula vai à TV e afirma que Serra partiu para 'baixaria'
Agora S.Paulo - Saiba como conquistar uma vaga em concurso público
O Estado de S.Paulo - Lula vai à TV defender Dilma após escândalo
Jornal do Brasil - Um desfile de candidatos na parada militar
O Globo - Lula ignora denúncias e diz que a oposição faz baixaria
Valor Econômico - Oferta externa reduz crédito do BNDES a grandes grupos
Correio Braziliense - A pátria de braços abertos
Estado de Minas - Os sete desafios da economia para o próximo presidente
Diário do Nordeste - Municípios têm mais verba
A Tarde - Nordeste e 190 municípios da Bahia sofrem blecaute
Extra - Lei da cadeirinha: PM e Guarda Municipal começam a multar hoje
Zero Hora - MP vê indícios de que espião era elo entre políticos e bicheiros

JORNAIS INTERNACIONAIS
The New York Times (EUA) -
Obama contra a ampliação dos cortes fiscais de Bush
The Washington Post (EUA) - Como a inovação matou a luz
The Guardian (Reino Unido) - Inquérito de grampo telefônico foi abandonado para evitar distúrbios
Le Figaro (França) - Fillon permanece firme, mas promete aberturas
Le Monde (França) - Dia da verdade põe os sindicatos sobre as pensões
China Daily (China) - Investidores prometem mercado mais aberto e transparente
El País (Espanha) - Caso Brugal escancara outra rede de financiamento ilegal ao PP em Alicante
Clarín (Argentina) - Argentina alcança o triunfo sonhado

_____________________________
INDICADORES ECONÔMICOS

Da redação – São Paulo
Análise Revisão PIB 2010
Semana passada foram divulgados os dados referentes à produção brasileira no 2º trimestre de 2010 e o quadro geral é bastante favorável. O resultado triXtri foi melhor que o estimado e apontou alta significativa de 1,2% ao trimestre, quase o dobro da mediana das estimativas do mercado, em 0,7%. Este resultado já teve impacto nas projeções para o PIB de 2010, como ficou evidenciado no relatório FOCUS dessa semana que pulou de 7,09% para 7,34% para o acumulado do ano. Refizemos nossa projeção também, e o estudo preliminar sugere que a economia brasileira vá fechar o ano com alta de 7,40%, o melhor resultado em anos. Este cenário leva em conta mais duas altas de 0,60% no terceiro e quarto trimestres (em relação ao trimestre anterior) Vale apontar a evolução extremamente positiva dos Investimentos, a Formação Bruta de Capital Fixo, que teve a maior expansão da série histórica com alta de 26,5% contra igual período do ano anterior. O crescimento da economia brasileira, apesar de encher os olhos, tem que ser colocada em perspectiva. O processo de acomodação da atividade é evidente e resultados tão fortes que nem estes não serão verificados em muitos anos. Nos EUA dados do mercado de trabalho se apresentaram como uma falsa boa notícia. A expectativa em torno do Payroll apresentado na sexta-feira era tão ruim que a destruição de 50 mil postos de trabalho soou como música aos investidores mais pessimistas. A recuperação do trabalho nos EUA está efetivamente sendo lenta, e, como o gráfico sugere, ainda deve demorar mais dois anos para voltar aos antigos patamares. O que preocupa é que a queda na contratação nos últimos meses criaram certa distorção na recuperação do emprego (círculo verde no gráfico). Talvez isto seja apenas passageiro, mas temos que olhar com atenção redobrada estes valores. É justamente na Demanda Agregada que mora a possibilidade de recuperação de uma economia. Se este indicador continuar piorando o cenário de uma segunda rodada de recessão deve ser pensada com mais atenção. Não trabalhamos com um cenário de piora na economia norte-americana. Apesar dos pesares vemos com certo entusiasmo as medidas até então adotadas para segurar a economia daquele país. A questão agora é tempo até que surtam efeito os pacotes de estímulo. Num mundo onde tempo é dinheiro, talvez seja necessário que o FED compre um pouco mais de tempo, mas não duvidamos que eles vão fazer isso em tempo hábil. (Fonte: André Perfeito – Gradual Investimentos)

_______________________
MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP e Associated Press)

HOJE – Fechamento das Bolsas da Ásia


HOJE – Abertura das Bolsas da Europa
- Londres / Inglaterra -
A Bolsa de Valores de Londres abriu em baixa o pregão desta quarta-feira, dia 8/9, e seu índice geral, o FTSE-100, perdeu 25,80 pontos (0,48%), até 5.382,02. O barril de petróleo Brent para entrega em outubro abriu em baixa no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres nesta quarta-feira, cotado a US$ 77,57, US$ 0,17 a menos que no fechamento de terça.
- Frankfurt / Alemanha - A Bolsa de Valores de Frankfurt abriu em baixa hoje, e seu principal índice, o DAX-30, desceu 0,19%, até 6.106 pontos. O euro abriu em baixa em relação ao dólar no mercado de divisas de Frankfurt nesta quarta-feira, cotado a US$ 1,2712, contra US$ 1,2728 de terça. O Banco Central Europeu (BCE) fixou na terça-feira o câmbio oficial do euro em US$ 1,2744. EFE
- Madri / Espanha - A Bolsa de Valores de Madri abriu em alta hoje, e seu principal indicador, o Ibex-35, perdeu 13,30 pontos (0,13%), até 10.467,20.
- Roma / Itália - A Bolsa de Valores de Milão abriu em baixa nesta quarta-feira, e seu índice seletivo, o FTSE-MIB desceu 0,40%, até 20.314,12 pontos.
- Paris / França - A Bolsa de Valores de Paris abriu em baixa hoje, dia 8/9, e seu principal indicador, o CAC-40, desceu 0,31% até 3.632,62 pontos.

ONTEM – Fechamento das Bolsas: Bovespa, NY e Europa

(A Bovespa não operou por causa do feriado nacional de independência do Brasil)

Nova Iorque / SP
Bolsa americana cai 1,03% após quatro sessões de lucro
As Bolsas de Nova Iorque fecharam ontem, dia 7/9, em queda de 1,03% no Dow Jones Industrial, após quatro sessões consecutivas de lucro, em um dia em que ressurgiu a preocupação com o sistema bancário europeu.
- Esse indicador da bolsa, que inclui 30 das maiores empresas dos EUA, perdeu 107,24 pontos, para 10.340,69.
- O seletivo S&P 500 caiu 12,67 unidades (1,15%), aos 1.091,84.
- O índice composto do mercado Nasdaq perdeu 24,86 pontos (1,11%), para 2.208,89.
Análise - A bolsa nova-iorquina retomou ontem a atividade após um fim de semana prolongado com uma forte tendência de vendas, devido a uma maior inquietação em torno da saúde dos bancos europeus.O diário The Wall Street Journal assinalou que os testes de solvência realizados este ano em 91 bancos europeus subestimaram as pastas de dívida soberana de alto risco de algumas entidades.Isso foi refletido na tendência de baixa que predominou no mercado nova-iorquino, que se uniu assim à jornada desfavorável que tiveram também as principais bolsas europeias.Os setores financeiro (-1,71%) e de empresas de energia (-1,52%) registraram as maiores baixas.A American Express liderou as quedas no Dow Jones Industrial (4,09%), seguida da Disney (2,39%), JPMorgan Chase (2,27%), Cisco Systems (2,19%) e Bank of America (2,15%).

Londres / Inglaterra
Bolsas europeias desvalorizam com preocupações sobre setor financeiro
As Bolsas europeias encerraram uma sequência de sete rodadas consecutivas de valorização, em meio às preocupações renovadas dos investidores com o setor financeiro local.
- A Bolsa de Londres fechou em baixa de 0,58% no índice FTSE 100, aos 5.407 pontos.
- Bolsa de Frankfurt caiu 0,60% no índice DAX, para 6.117 pontos.
- Bolsa de Paris cedeu 1,11% no índice CAC-40, indo a 3.643 pontos.
- Bolsa de Madri retrocedeu 1,35% no índice Ibex-35, para 10.479 pontos.
Análise - Analistas citaram reportagem do diário americano Wall Street Journal para explicar a retração de 0,7%, em média, nas ações dos bancos. Outros analistas citaram a reforma das regras bancárias em curso, que tende a aumentar as exigências de capital sobre as companhias do setor. Ontem, a Associação de Bancos Alemães calculou que as dez maiores instituições financeiras do país devem precisar de US$ 140,9 bilhões para cumprir as novas exigências do Comitê da Basiléia, o grupo de banqueiros centrais e supervisores, baseado na Suíça, que está definindo as novas regras. Hoje, os ministros das Finanças europeus aprovaram um acordo para reforçar da supervisão financeira dos bancos, seguradoras e mercados com a criação de três agências europeias. O jornal americano publicou reportagem com críticas aos testes de estresse, usados para medir a "saúde" financeira dos bancos. As críticas incidiram principalmente sobre o fato de que muitas dessas instituições carregam bônus soberanos de alto risco (títulos de governo que rendem juros). Há meses, os mercados refletiram as dúvidas sobre a capacidade de alguns países do velho continente - como Grécia e Espanha - em manter seus compromissos financeiros em dia.

___________
INDÚSTRIA


São Paulo / SP
Indústria reage às importações com onda protecionista
O forte crescimento das importações provocou uma onda protecionista na indústria brasileira. Os empresários estão pressionando o governo a adotar medidas capazes de frear a entrada de produtos vindos do exterior: tarifas de importação mais altas, regras mais flexíveis para medidas antidumping e até preferências em licitações públicas. Nas últimas semanas, fabricantes de eletroeletrônicos e máquinas procuraram o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e pediram para aumentar as tarifas de importação de alguns de seus produtos. A iniciativa chamou a atenção dos setor químico, que avalia se é conveniente fazer o mesmo pleito. Outras empresas também estão se mexendo. A Usiminas solicitou a abertura de uma investigação de dumping contra a China. Fabricantes de calçados, escovas de cabelo, óculos e ímãs vão entregar em breve petições para estender as sobretaxas já existentes contra os chineses a outros países. O real valorizado é apenas um dos motivos das reclamações. Com um crescimento de mais de 7% previsto para este ano, o mercado brasileiro se tornou um alvo óbvio. Os países ricos querem sair da crise exportando mais, enquanto os asiáticos precisam diversificar suas vendas. De janeiro a agosto, as importações brasileiras cresceram 45,7% - a maior taxa do planeta.
Temporário - A Abinee - Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica - solicitou ao governo a elevação da tarifa de importação de alguns produtos, como equipamentos de distribuição e geração de energia, de 14% para 35% - o máximo permitido pela Organização Mundial do Comércio (OMC). "Seria uma medida temporária, para compensar o câmbio sobrevalorizado", disse Humberto Barbato, presidente da Abinee. O setor prevê um déficit recorde de US$ 20 bilhões este ano. O objetivo da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) também é subir a tarifa para 35%. Empresários do setor se reuniram com Mantega em Brasília e foram encorajado a fazer um estudo, que deve ser entregue este mês. Segundo José Velloso, vice-presidente da Abimaq, o ritmo das importações acelerou, com altas de 35% em maio, 42% em junho e 53% em julho. Ao perceber a movimentação de outras entidades, o gerente de assuntos de comércio exterior da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) Renato Endres, começou a preparar um estudo sobre elevação de tarifas de importação. "Se for o caso, vamos pleitear algo desse tipo, mas ainda não foi discutido no conselho".
Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, mais de 30 pedidos de elevação de tarifas de importação estão em análise. Também foram solicitadas 19 investigações de dumping (vender abaixo do custo) de janeiro até agora, o mesmo número de todo o ano de 2009. Em breve, prometem pipocar pedidos de tarifa contra a triangulação, uma nova medida que permite estender as tarifas antidumping a outros países usados para disfarçar a origem da mercadoria. "Pelo menos 10 a 12 setores vão entrar rapidamente com seus pedidos contra triangulação", disse Roberto Barth, da Comissão de Defesa da Indústria Brasileira. A entidade convenceu o governo a regulamentar o instrumento de defesa comercial, argumentando que os importadores praticavam triangulação de produtos.
Dumping - O setor siderúrgico promete engrossar as fila dos pedidos de tarifas antidumping. Segundo o presidente-executivo do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes, outras empresas devem seguir a trilha da Usiminas. "O mundo pós-crise é muito competitivo e todos estão no jogo da defesa comercial. O Brasil não pode ser ingênuo". Segundo a entidade, as importações respondem hoje por 18% do consumo brasileiro de aço, o triplo da média histórica. O setor é um dos que mais reclamam. O presidente da CSN e da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Benjamin Steinbruch, provocou polêmica recentemente ao afirmar que "o Brasil precisa se fechar".A Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) apresentou um novo tipo de pleito: preferência para o tecido nacional nas licitações do Exército para a compra de uniformes. "Todos os países estão se protegendo. O maior ativo do Brasil é o mercado interno. Não podemos entregá-lo a outros países", disse o presidente da entidade, Aguinaldo Diniz. Para Rodrigo Maciel, da Strategus, que presta consultorias a empresas chinesas interessadas no País, "sempre que o Brasil cresce, o protecionismo volta. É uma postura simplória".
Fazenda - O governo brasileiro recusa o rótulo de protecionista, mas os empresários estão encontrando interlocutores sensíveis às suas demandas. A grande preocupação em Brasília é com o rombo nas contas externas. "Temos que defender o livre comércio, mas não podemos fazer papel de bobo", disse Mantega, na semana passada, em São Paulo. O chefe de gabinete do ministro, Luiz Eduardo Melin, explica que "não se trata de protecionismo, mas nivelar o campo do jogo", pois outros países estão recorrendo a dumping e estímulos financeiros e tributários. Ele não descarta a elevação de tarifas de importação dentro dos limites permitidos pela Organização Mundial de Comércio (OMC), mas ressalta que os setores podem ser auxiliados com medidas de defesa comercial e incentivos tributários. Os empresários estão procurando diretamente o titular da Fazenda e saem dos encontros otimistas. "A disposição do ministro em avaliar seriamente me chamou a atenção, porque falar em elevar tarifa de importação no Brasil é como chutar a santa", disse José Velloso, vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).
Resistência - No Ministério do Desenvolvimento, a resistência é mais forte à elevação de tarifas de importação. "Não vamos adotar medidas protecionistas", disse ao Estado o ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, que não é simpático à ideia de elevar tarifas de importação. O secretário de Comércio Exterior, Welber Barral, explica que vai avaliar "caso a caso". Ele ressalta os problemas que podem ser causados por aumento de alíquota de importação: preços mais altos ao consumidor, custos mais altos para as indústrias e estímulo ao contrabando. O ministério reforçou o foco na defesa comercial, com a regulamentação mês passado da cláusula antielisão, que permite estender a outros países uma tarifa antidumping em apenas três meses, se for comprovada triangulação de produtos.

Rio de Janeiro / RJ
Vale vai investir US$ 12 bilhões para se tornar líder em fertilizantes
A mineradora Vale planeja se tornar a líder mundial em fertilizantes, segundo informações do "The Wall Street Journal". Na próxima sexta-feira, dia 10/9, a empresa pretende dar início ao seu plano de consolidar um império na área por meio da reestruturação de algumas operações que irão formar uma nova companhia, a Vale Fertilizantes. A companhia reservou US$ 12 bilhões para investir em novos projetos e aquisições em fertilizantes nos próximos três anos, de acordo com a reportagem que cita como fonte o diretor Mario Barbosa. No início deste mês, fracassou a tentativa da Vale de comprar o controle da Paranapanema, empresa líder na produção de cobre refinado no país. A Vale informou, em nota, que não obteve a adesão necessária para o êxito da oferta. A oferta pública estava condicionada à aquisição de, no mínimo, 50% mais uma ação da empresa. O valor inicial da oferta era de R$ 6,30 por ação, o que representaria desembolso de R$ 2 bilhões caso houvesse adesão de 100% dos acionistas. A Vale chegou a elevar o valor da oferta para R$ 6,75 por ação, mas mesmo assim só atingiu o patamar de 38,28%, abaixo das condições mínimas exigidas. A operação era interessante para a Vale por conta dos ativos em cobre e fertilizantes.
POTASH CORP - No mês passado, a Vale negou que esteja preparando uma oferta de aquisição da produtora de potássio canadense Potash Corp. "São totalmente infundados os rumores de que (a Vale) teria feito proposta de compra por empresa produtora de fertilizantes ou de que estaria em negociações com o objetivo de fazer uma proposta de compra", disse a companhia em nota. A Vale se capitalizou às vésperas da crise financeira que se agravou no segundo semestre de 2008 para comprar a empresa de fertilizantes Mosaic, negócio de US$ 25 bilhões que não foi concluído e deixou a companhia com um caixa privilegiado na época, abrindo margem para especulações sobre outras aquisições.

Frankfurt / Alemanha
ArcelorMittal e ThyssenKrupp vão reajustar preço do aço
A ArcelorMittal, maior siderúrgica do mundo, planeja elevar o preço do aço laminado a quente em 5% para cerca de 620 euros a tonelada em outubro por causa do recente aumento no custo das matérias-primas. A alemã ThyssenKrupp, por sua vez, planeja elevar o preço do laminado plano em 30 euros por tonelada, na média, a partir de outubro. As duas empresas confirmaram notícia publicada mais cedo pelo diário de negócios Handelsblatt, da Alemanha, sobre o plano de aumento de preço de grandes siderúrgicas na Europa, particularmente nos setores automotivo e de engenharia. A Salzgitter, também citada pelo jornal, não quis comentar o suposto plano de elevar seus preços. (Agência Dow Jones)

_______________
AGROBUSINESS

Da redação – São Paulo / SP
Novos paradigmas para a fertilidade do solo
A introdução de tecnologias de países frios na agricultura brasileira, a partir da década de 1960, foi um dos fatores que agravou a degradação dos solos nacionais. Métodos que pregavam o revolvimento e a não cobertura do solo, por exemplo, não eram condizentes com as condições climáticas do Brasil e comprometeram o teor de matéria orgânica dos solos. Mas a situação começou a ser revertida a partir da década de 1970, com a criação de técnicas nacionais personalizadas. De acordo com Ibanor Anghinoni, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, só agora os pesquisadores estão percebendo os erros que existiam no antigo sistema de produção agrícola que vigorava no Brasil.
Os parâmetros tradicionais servem, mas não são suficientes para interpretar o que o solo é capaz de oferecer. Não podemos mais associar fertilidade do solo à sua simples capacidade de fornecer os elementos essenciais e nutrientes. Estamos numa situação de quebra de paradigmas. Estamos descobrindo alguns erros e ruídos no sistema antigo, embora ainda não tenhamos uma visão clara de como encarar a situação – explica o pesquisador. As novas técnicas produtivas nacionais estão, de acordo com Anghinoni, melhorando a capacidade dos solos brasileiros. O próximo passo é avaliar essas tecnologias e criar um novo sistema nacional. Com métodos como a rotação de culturas e o não revolvimento do solo estamos equiparando nossa fertilidade à fertilidade do meio extra americano, mas com a vantagem de que aqui temos sol o ano inteiro. É uma situação muito promissora para nós, pois nos permite produzir o ano todo – comemora.
Sistemas de fertilidade - O conceito de fertilidade do solo surgiu muito antes do próprio conceito de solo. No início da atividade agrícola, o homem encarava fertilidade como a capacidade do solo de produzir abundantemente. Em 1700, cientistas chegaram à conclusão que a fertilidade vinha do húmus do solo, ou seja, da matéria orgânica. Surgiu então a teoria humista, que deu lugar, cerca de um século depois, à teoria mineralista. Criada na década de 1840, ela relacionava fertilidade do solo com a capacidade de suprir nutrientes. Essa teoria permitia, através de análises, fazer recomendações de adubação e correção para melhorar a fertilidade.
No Brasil, o conceito mineralista chegou por volta da década de 1960, quando a agricultura passou da fase familiar para a produção comercial. Como os solos do clima tropical eram de baixa fertilidade, os produtores lançaram mão da mecanização e de defensivos, o que permitiu a exploração dos solos ácidos do Sul e do Cerrado brasileiro, antes considerados inférteis. Com o passar dos anos, entretanto, esses solos começaram a degradar. Por isso a agricultura brasileira sofreu mudanças no sistema de produção agrícola com a introdução de tecnologia de países frios. As técnicas incluíam o revolvimento do solo para aquecer a terra e oferecer um maior período de produção durante o frio. No Brasil, essa tecnologia contribuiu ainda mais para a degradação dos solos.
Com o excesso de mobilização, a atividade microrgânica tornou-se intensa e começou a decompor toda a matéria orgânica. Isso, associado a chuvas pesadas e à falta de proteção dos solos com cobertura agravou o processo de degradação – explica. A partir de 1970, o Brasil começou a desenvolver tecnologias próprias de um sistema de produção mais conservacionista. O revolvimento do solo e a rotação de culturas foram algumas das práticas que permitiram o aumento da matéria orgânica no solo e a reversão do quadro de degradação. A teoria mineralista começou a não explicar como as plantas respondiam, demostrando a existência de erros intrínsecos.
Com a interpretação mineralista, às vezes uma planta parecia bem mesmo em um solo com baixo teor de nutrientes. Agora a gente tem que olhar o solo considerando um sistema e não os indivíduos. Naquele sistema, você corrigia a acidez e obtinha uma resposta da planta. Mas é necessário observar o solo como um todo e encarar a fertilidade como a capacidade produtiva do solo, que é a capacidade não só de suprir nutrientes, mas também de suprir água e oxigênio. É preciso observar a relação entre os indicadores individuais – explica Ibanor Anghinoni.

São Paulo / SP
Peixe amazônico vira opção no mercado de couros exóticos
A pele dos peixes amazônicos, geralmente descartada no ambiente ou em lixões, surge como opção para o mercado brasileiro de couros exóticos. A iniciativa é incentivada pela Secretaria de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas por meio do projeto AMA (Ame o Amazonas), com a grife Iódice. O material também está na mira da empresa gaúcha Péltica, que trabalha com couros exóticos e é especializada no de peixes há três anos. "Já trabalhamos com o couro de peixes marítimos do Maranhão e do Pará. No Amazonas, além de evitar a poluição, podemos ganhar com uma matéria-prima nobre", afirma Alexandre Frasson, sócio na empresa.
A Péltica pesquisou e testou em seu curtume a pele de diferentes peixes da região. Por enquanto, foram aprovadas como insumo as do aruanã e do tucunaré. A pele de algumas espécies, como a pirarara, é mais resistente que a bovina, de acordo com Nilson Carvalho, coordenador do Projeto de Beneficiamento de Couro de Peixe do Inpa - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia. Além disso, o insumo é abundante. Atualmente, segundo o instituto, uma tonelada de pele de peixe é desperdiçada por dia no Estado. Na coleção de inverno da Iódice, apresentada na São Paulo Fashion Week, em janeiro, o couro de peixe amazônico foi utilizado para a confecção de bolsas, de cintos e de sapatos. Os produtos, cujos preços vão de R$ 180 a R$ 900, foram bem aceitos pelos clientes da marca, segundo Alexandre Iodice, coordenador de estilo da Iódice Denim.
Cadeia produtiva - Entre os planos do governo do Estado e da Iódice está a criação de uma cadeia de beneficiamento de couro de peixe no Estado. "A gente foi desbravar o mercado. Agora a ideia é sempre manter [esses produtos nas coleções], então voltamos a fazer um trabalho de desenvolvimento. Eles [os produtores locais] poderão fornecer para qualquer indústria", explica Iodice. Ele destaca, além da sustentabilidade, o impacto positivo do desenvolvimento da atividade na geração de recursos para o Estado e para os produtores locais.Se o mercado local der garantia de abastecimento do insumo, a Péltica abrirá uma filial no Amazonas.
De acordo com Frasson, o investimento para a instalação de um curtume com capacidade de processamento diário de 5.000 peles incluindo o tratamento de efluentes é estimado em cerca de R$ 2,5 milhões. Para incentivar os produtores, a empresa já realizou um curso que os ensinou a processar a pele de peixe. Para ter valor comercial, o material deve ter 30 centímetros e não pode ter furos. Também foram apresentadas as técnicas de curtume para a sua conservação, já que, enquanto não houver filial no Amazonas, o transporte até a indústria gaúcha será feito em caminhão. De acordo com Carvalho, o Inpa já havia tentado desenvolver a atividade na região. "Não vingou porque eles [os produtores] não quiseram fazer investimentos." Porém, ele acredita que o envolvimento de empresas interessadas no produto "era o que faltava" para estimular a produção local.

______________________
SETOR AUTOMOTIVO


Sorocaba / SP
Nova fábrica da Toyota, em Sorocaba, atrai 12 fornecedores de autopeças A chegada da Toyota, primeira montadora de automóveis a se instalar em Sorocaba, a 92 quilômetros de São Paulo, vai produzir uma grande transformação no perfil da cidade. Além de investir R$ 1 bilhão em sua unidade, a montadora japonesa trará outras 12 fabricantes de componentes e fornecedoras de serviços. A área fica à margem esquerda da rodovia Castelo Branco, que liga a capital ao oeste paulista. No mesmo local, a prefeitura e o governo estadual iniciaram a montagem de um polo de alta tecnologia para incubadoras de empresas, laboratórios e extensões de universidades. Com os lançamentos imobiliários e comerciais previstos para a região, num prazo de cinco anos a área urbana terá uma ampliação de 10 quilômetros, atingindo a beira da rodovia. "O atual mapa de Sorocaba será fortemente alterado", prevê o prefeito Vitor Lippi (PSDB). A pedra fundamental da fábrica será lançada na quarta-feira com a presença do governador de São Paulo, Alberto Goldman, e do vice-presidente da Toyota Motor Corporation, Atsushi Niimi. A terraplenagem da área de 3,7 milhões de metros quadrados foi concluída. De acordo com a prefeitura, o volume de terra movimentada só foi menor que o da construção do trecho sul do Rodoanel. A produção de veículos será iniciada em 2012, conforme a previsão da Toyota. Na fase inicial, serão montados 70 mil automóveis por ano, mas, segundo o prefeito, a empresa pretende ampliar gradativamente a planta até a capacidade instalada de 400 mil veículos. "Essa expansão vai depender do mercado", disse. A empresa admitirá inicialmente 1.500 funcionários. Lippi estima a geração de outros 5 mil empregos indiretos.
Valorização - A Toyota se instala na zona norte, região mais populosa da cidade e a única com potencial de crescimento. Nos anos 90, ela concentrou os loteamentos populares para atender moradores de baixa renda. De dez anos para cá, a ocupação se acelerou. A prefeitura estima que nos 260 bairros morem 200 mil pessoas. Desde que a montadora japonesa instalou o canteiro de obras, em agosto do ano passado, o preço da terra dobrou, segundo o corretor de imóveis Francisco Ávilla. A chegada dos condomínios fechados de médio e alto padrão, segundo ele, contribuiu para a valorização imobiliária, um fenômeno que acabou se espalhando por toda a cidade.
O professor universitário Antonio de Araujo, que se transferiu de Bauru para Sorocaba, conta que teve dificuldade para conseguir um imóvel. "Vendi um apartamento de 315 metros em Bauru e só consegui achar por valor equivalente um de 115 metros aqui", conta Araujo. O diretor geral do Sindicato da Habitação (Secovi) em Sorocaba, Flávio Amary, acredita que as áreas livres no entorno da Toyota serão ocupadas por empreendimentos imobiliários de vários níveis, para atender tanto trabalhadores das linhas de montagem, como prestadores de serviços, técnicos e executivos. "Nesse processo, a região deve atrair o comércio e, com ele, agências bancárias e outros serviços."
Dois shoppings centers tomaram a dianteira - um deles, o Plaza Shopping Itavuvu, terá 200 lojas, um hipermercado, cinemas e estacionamento para 1,5 mil veículos. A empresa Proactiva instalou um centro de gerenciamento ambiental em área próxima, licenciado para receber resíduos industriais. O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) vai construir escola para mil alunos. O prédio, em área de 24 mil metros doados pelo município, começa a funcionar junto com a Toyota.
A prefeitura anunciou o prolongamento e a duplicação da Avenida Itavuvu, uma das principais da zona norte, até a rodovia Castelo Branco. O plano é construir uma ciclovia ao longo da pista - a cidade já dispõe de 65 quilômetros desse tipo de via. O governo estadual assumiu a construção de viadutos e alças de acesso da rodovia à fábrica, obra de R$ 80 milhões. O município já investe R$ 150 milhões na construção de 33 quilômetros de avenidas para melhorar o trânsito. A região deve receber quatro das oito escolas que serão construídas até 2012 para 15 mil alunos do ensino básico.

_____________________
SERVIÇOS & VAREJO


Da redação – São Paulo / SP
Leader prevê 20 novas lojas nos próximos três anos
Abertura de capital, investimento de fundos externos, dinheiro sobrando num mercado repleto de aquisições, nada disso interessa à Leader Magazine, rede fluminense com 45 lojas, das quais 11 fora do RJ. "Nosso foco é o crescimento orgânico. Este ano vamos abrir sete lojas", afirma o vice-presidente da empresa, Fernando Labanca. Serão três unidades no Rio, duas em Recife/PE e duas em Salvador/BA. A empresa, que vende roupas, sapatos, artigos de cama e banho, além de brinquedos, vai investir cerca de R$ 35 milhões nas novas filiais, tudo com dinheiro próprio. Em 2009 foram abertas duas lojas, uma no Rio e outra em Salvador. O faturamento atingiu R$ 871,4 milhões. De 2011 a 2013, o plano é abrir entre 15 e 20 lojas no País. Labanca diz que as inaugurações podem chegar a sete por ano. Para viabilizar esse crescimento, a empresa espera conseguir um financiamento de um banco de fomento como o BNDES.

Da redação – Rio Janeiro / RJ
Caxias Shopping ganha novas operações
O mix do Caxias Shopping, em Duque de Caxias/RJ, será incrementado com novas operações até o final de setembro. Uma das novidades é a Nobel, inaugurada em 20/8. A unidade iniciou suas atividades com mais de dez mil títulos, além de um serviço de encomenda de livros de ficção e didáticos. No setor de moda feminina, as marcas Aquamar, Mercatto e Bag Shoes chegam para oferecer ainda mais opções para as clientes. Para as crianças, a grife Lilica & Tigor traz lançamentos e tendências em vestuário, calçados e acessórios. Na área de gastronomia, será inaugurada uma unidade da marca Yoforia, que aposta em sobremesas à base de frozen yogurt. Neste ano, dez lojas foram abertas no Caxias Shopping.

Da redação – São Paulo / SP
Oficina Brasil inaugura primeira unidade no Guarujá
A Rede Oficina Brasil, maior rede de serviços automotivos do país, abriu sua primeira unidade no Guarujá/SP. O investimento de R$ 300 mil permitiu oferecer serviços como alinhamento de direção computadorizado, atendimento com hora marcada e “leva e traz“. O local conta com sala de espera climatizada, minibiblioteca com revistas e livros e cyber café, em um espaço de 350 metros quadrados para atender ate 35 carros por dia.

Da redação – São Paulo / SP
Mentos entra no segmento de balas de alta refrescância
A marca Mentos colocou no mercado uma novidade no segmento de balas e pastilhas mastigáveis de alta refrescância: Mentos Duo Black Ice tem duplo sabor de menta e produz uma sensação prolongada de hálito fresco. Macia por dentro e crocante por fora, a nova bala combina duas diferentes notas de menta. O recheio mastigável concentra notas de menta forte, enquanto a casquinha traz notas de menta verde. O lançamento inova no segmento de balas sabor menta forte, as preferidas dos consumidores brasileiros. Os sabores de menta representam mais de 48% do consumo de balas no país. O produto chega ao mercado em embalagem stick, com 14 unidades de 38 gramas, ao preço sugerido de R$ 1,10.

______________________
COMÉRCIO EXTERIOR


Da redação - Brasília / DF
Fluxo cambial positivo cai para US$ 796 milhões no mês
O BC - Banco Central - informou hoje, 8/9, que as operações de câmbio contratadas na rede bancária em fevereiro até o dia o último dia 20/9 apontavam para uma sobra de US$ 796 milhões, menos da metade do saldo positivo de US$ 1,57 bilhão que se apresentava até o dia 18/9. De qualquer forma, fevereiro pode vir a ser o primeiro mês de fluxo cambial positivo desde setembro de 2008. O resultado dos primeiros quinze dias úteis é a diferença entre a sobra de US$ 2,429 bilhões nas operações de comércio exterior, menos US$$ 1,633 bilhão em saídas líquidas no câmbio financeiro. Segundo o BC, os contratos de exportações acusavam entrada de US$ 8,664 bilhões no mês até o dia 20/9, sendo que US$ 2,25 bilhões representam financiamentos à produção de bens e serviços para venda ao exterior via Adiantamento sobre Contrato de Câmbio (ACC). Já as importações ficaram em US$ 6,235 bilhões, resultando no saldo positivo das operações comerciais em US$ 2,429 bilhões. As operações do câmbio financeiro tiveram ingressos da ordem de US$ 14,112 bilhões com captações, empréstimos e investimentos. Mas as saí¬das em pagamento de compromissos externos ou saque de aplicações atingiram US$ 15,745 bilhões no intervalo de comparação.

São Paulo / SP
Pilgrim's Pride retoma exportações de carne de frango para a Rússia
A JBS informou, na sexta-feira passada, que sua controlada Pilgrim's Pride retomaria as exportações de carne de frango para a Rússia no sábado, tão logo o serviço de inspeção de segurança alimentar (FSIS) liberasse os certificados que devem acompanhar os embarques. A Pilgrim's tem quatro frigoríficos nos Estados Unidos autorizados a exportar para a Rússia, instalados nas cidades de Boaz e Russellville, no Alabama; Athens, na Georgia e Dallas, no Texas. A companhia esperava iniciar no sábado os carregamentos nos portos americanos. "A demanda da Rússia está forte. Vendemos toda a nossa produção habilitada para os próximos 30 dias e os preços continuam fortes," comentou em nota o presidente da Pilgrim's, Don Jackson. "A Rússia é um mercado importante para o frango dos Estados Unidos e a reabertura de suas fronteiras será um grande benefício para a indústria e nossa companhia." Em julho, os oficiais russos assinaram com os Estados Unidos um acordo formal sobre frango estabelecendo novos requisitos de processamento para a produção que será exportada para a Rússia. No início do ano, a Rússia baniu as exportações de frango dos EUA que foram produzidas com água clorada. Com os novos requisitos aprovados em julho, as empresas americanas puderam substituir o enxágue clorado por cloreto de cetilpiridínio, ácido peracético ou peróxido de hidrogênio, informa a JBS. (Agência Valor)

_____________________
TECNOLOGIA & WEB


Nova Iorque / EUA
Oracle anuncia contratação de ex-presidente da HP
A Oracle informou que contratou Mark Hurd, ex-presidente da HP, que renunciou em meio a um escândalo de suposto assédio sexual. Hurd chega à Oracle como presidente, substituindo Charles Phillips, que renunciou, informou a companhia. Ele deixou a presidência da HP em 6 de agosto. Segundo a HP, o executivo registrou relatórios de despesas incorretos relacionados a Jodie Fisher, uma funcionária terceirizada que trabalhou para o gabinete de Hurd de 2007 a 2009. "Mark fez um trabalho brilhante na HP e espero que faça ainda melhor na Oracle", disse o presidente-executivo da empresa, Larry Ellison, em comunicado. Em 9 de agosto, Ellison havia criticado em carta o posicionamento da HP em relação à Hurd, que é seu amigo próximo. As ações da HP acumulam queda de 13%o desde a renúncia de Hurd. O executivo é considerado responsável por ressuscitar a HP ao cortar custos e buscar ambiciosas aquisições. De acordo com a HP, os relatórios de despesas foram feitos para esconder "uma relação pessoal próxima" de Hurd com Jodie, que já foi atriz no passado com aparições em shows de televisão e filmes. (Agência Reuters)

Berlim / Alemanha
Google TV será lançada ainda em 2010
O gigante da informática Google planeja internacionalizar em 2011 sua plataforma de televisão, que deverá chegar ao mercado americano antes do fim do ano e que foi apresentada nesta terça-feira na Feira de Telecomunicações (IFA) de Berlim. "Vocês não terão que se preocupar com a seleção dos programas que quiserem ver, nós iremos fazer isso por vocês", disse o diretor do Google, Eric Schmidt, ao apresentar o projeto. "Nossas ideias não se esgotam nunca. Nós podemos sugerir o que você pode fazer em um certo momento ou o que é importante para você", acrescentou o diretor. Para que essa ferramenta seja possível, no entanto, Schmidt disse ser necessário que os consumidores tenham menos reservas diante da coleta de informação por parte do Google. Schmidt, à margem do projeto de televisão, imaginou um futuro em que o sistema possa sugerir por si mesmo "conteúdos que desconheço mas que me interessam", para o qual o computador precisaria ter muitas informações sobre os usuários. No projeto de televisão do Google, com a ferramenta do buscador, seria possível escolher, segundo assegurou a responsável de televisão da empresa, Britany Bohnet, entre todas as ofertas televisivas da rede. "A concorrência oferece 20 ou 30 canais. Nós oferecemos toda a web e centenas de Apps do mercado andrógino", disse Bohnet. A data precisa do lançamento do "Google TV" na Europa ainda não está definida. (Agência EFE)

________
ARTIGO

A evolução - ou revolução - da contabilidade empresarial
Ângelo Mori Machado Técnico contábil e diretor da Gerencial Auditoria e Consultoria (LEIA)



---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
i-press.biz - Copyright © 2008 / 2010 - Todos os direitos reservados