Edição 340 | Ano II

Rio de Janeiro / RJ
País não cresce tão rápido desde o Real
O IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística -divulga hoje, dia 8/6, o resultado do PIB do primeiro trimestre, com a projeção média do mercado apontando um crescimento de 2,5% comparado ao trimestre imediatamente anterior (na série expurgada de variações sazonais), o que significa um ritmo anualizado de 10,2%. Com esse anúncio, o Brasil deve registrar, a partir do segundo semestre de 2009, o período de crescimento econômico mais rápido desde o plano Real. Mesmo que a expansão do PIB de janeiro a março, comparado com o trimestre imediatamente anterior, em bases dessazonalizadas, venha no piso das expectativas de mercado, de 2,2%, a economia terá dado um salto de 6,1% em nove meses – isto é, na comparação com o PIB do segundo trimestre de 2009. No plano Real, o PIB do primeiro trimestre de 1995 foi 10% superior ao do segundo trimestre de 1994.
Segundo as estimativas das 30 instituições financeiras ouvidas pela AE Projeções, da Agência Estado, a economia acelerou-se ante o forte ritmo já alcançado o último trimestre de 2009, e deve ter crescido entre janeiro e março de 2,2% a 3,1% (9,1% a 13%, anualizado), ante o trimestre anterior, em base dessazonalizada. A mediana das projeções da AE Estado para esse indicador é de 2,5% (10,4% anualizado). No último trimestre de 2009, o crescimento ante o terceiro foi de 1,7%.
Já em relação ao crescimento no primeiro trimestre comparado a igual período de 2009, a AE Projeções colheu 28 projeções, que variaram entre 7,74% e 9,20%, com mediana de 8,55%. "Na verdade, qualquer número de 2% a 3% significa um ritmo muito forte", comentou Alexandre Pavan Póvoa, diretor do Modal Asset Management, referindo-se à comparação ante o trimestre anterior. Pavan, que tem projeção de 2,2% para o crescimento do PIB no primeiro trimestre, acha que a definição de um número mais próximo de 2% ou de 3% vai depender basicamente dos investimentos. No caso do Modal, a projeção é de um crescimento do investimento de 2,5% ante o trimestre anterior, o que dá um ritmo de 10,4% anualizado.
Já o Santander tem uma previsão bem mais agressiva para a expansão do investimento no primeiro trimestre, de 5,1%, naquela mesma base, o que dá mais de 20% anualizado. Alexandre Schwartsman, economista-chefe do Santander no Brasil, ressalva que a sua projeção com resultados mais consistentes é a que compara com o mesmo período do ano anterior – nessa base, e previsão para os investimentos é de um salto de 19% no primeiro trimestre. As instituições também projetam a continuidade do forte desempenho do consumo das famílias. "São dois motores, investimento e consumo", diz José Márcio Camargo, da gestora Opus. A mediana das projeções de mercado para o crescimento do PIB em 2010 já é de 6,6%. (Agência Estado)


Rio de Janeiro / RJ
Eletronuclear inclui Centro-Oeste e Sul em análise para novas usinas
O presidente da Eletronuclear, Othon Pinheiro, afirmou ontem no início da noite, dia 7/6, que a empresa vai incluir as regiões Centro-Oeste e Sul do país na lista de locais analisados para a construção de novas usinas nucleares. A estatal já está pesquisando locais nas regiões Nordeste e Sudeste. Dentro de três meses, a estatal deverá entregar ao Ministério de Minas e Energia uma lista de opções para a construção de uma central nuclear no Nordeste. Os estudos realizados até agora consideram como opções os Estados de Sergipe, Alagoas, Bahia e Pernambuco. Em cada Estado, serão apresentadas cinco opções de locais. A decisão precisará passar pelo Congresso. Pinheiro estima que a definição exata do local da central deve sair dentro de dois anos. "O interessante de ter várias opções é levar em conta os aspectos sociais de cada lugar. A central deve ser encarada como vetor de desenvolvimento", disse Pinheiro a jornalistas após palestra no 33ª conferência da Associação Internacional para Economia da Energia no Rio.
O Plano Nacional de Energia 2030, um estudo de planejamento integrado de energia realizado pelo governo, prevê que até 2030 o país deverá contar com quatro a oito usinas nucleares, distribuídas em duas centrais. A necessidade de um número maior ou menor de usinas depende do ritmo de crescimento econômico. Segundo Pinheiro, em um cenário de expansão moderada, com crescimento do PIB - Produto Interno Bruto - da ordem de 3,5% ao ano, seriam necessárias quatro usinas. Com uma alta de 4,5% a 5% ao ano seriam necessárias oito usinas. "Se tivermos um cenário de oito usinas, nada impede de termos usinas em outras regiões", disse. Apesar de não haver definição do local da central no Sudeste, Pinheiro afirma que o Rio de Janeiro tem poucas chances de receber o empreendimento. Segundo ele, tecnicamente São Paulo e o norte do Espírito Santo seriam boas opções, mas a definição da central do Sudeste só deve sair dentro de quatro anos. (Agência Estado)


Tóquio / Japão
BHP e Rio Tinto buscam aumento de 23% para o minério de ferro
As anglo-australianas BHP Billiton Ltd e Rio Tinto Ltd notificaram as siderúrgicas japonesas de que o preço do minério de ferro para o período entre julho e setembro subirá cerca de 23% em relação ao trimestre anterior, noticiou o jornal "Nikkei". Segundo o jornal japonês, a Vale deve acompanhar a medida. No início do mês, o diretor de Ferrosos da Vale, José Carlos Martins, afirmou que a mineradora já fechou os contratos de preço para o terceiro trimestre deste ano e os apresentou a seus clientes.
A segunda alta trimestral consecutiva deixará o minério de ferro a cerca de US$ 147 a tonelada, 140% a mais do que o preço em 2009, de acordo com a publicação. As siderúrgicas japonesas, que concordaram em negociar os preços do minério trimestralmente em vez de fechar um preço anual referencial, devem concordar com um preço próximo ao do valor proposto, disse o Nikkei.
Com as rápidas altas do carvão e do minério de ferro, as siderúrgicas japonesas estão sendo forçadas a repassar as altas para os usuários, incluindo montadoras, de acordo com o jornal. Com a expectativa de alta da demanda por carvão metalúrgico e minério de ferro na China e em outras economias emergentes no médio a longo prazo, os preços devem permanecer em uma trajetória de alta, disse o Nikkei. "Temos que repassar as altas para os preços do aço e pedir a clientes que assumam os custos elevados", disse o presidente da JFE Holdings Inc, Hajime Bada, segundo o jornal. (Agência Reuters)


Da redação – São Paulo / SP
Receita libera hoje consulta ao primeiro lote de restituição do IR
A Receita Federal libera às 9h de hoje, dia 8/6, a consulta ao primeiro lote de restituições do Imposto de Renda da Pessoa Física 2010. Na mesma ocasião o fisco libera consulta a lotes de malha fina de 2008 e 2009. Para saber se terá a restituição liberada, o contribuinte deve acessar a página do órgão ou ligar para 146 e informar o número do CPF. No próximo dia 15, serão creditadas, simultaneamente, as restituições referentes ao exercício de 2010 (ano calendário de 2009), ao lote residual de 2009 (ano calendário 2008) e de 2008 (ano calendário de 2007) para 1,518 milhão de contribuintes, totalizando R$ 1,8 bilhão. Considerando apenas o exercício de 2010, 1,478 milhão de contribuintes receberão R$ 1,73 bilhão, montante já acrescido da taxa Selic de 1,75% referente ao período. Desse total, 1,22 milhão de contribuintes foram priorizados de acordo com o Estatuto do Idoso, representando R$ 1,36 bilhão. Com relação ao lote residual de 2009, as restituições para 28.896 contribuintes totalizam R$ 49,6 milhões, já atualizados pela Selic de 10,21%. Para o exercício de 2008, serão 10.475 contribuintes com R$ 22,2 milhões de imposto a restituir, com uma variação de 22,28% da taxa básica de juros. Caso o contribuinte não concorde com o valor da restituição, poderá receber o montante no banco e reclamar a diferença em uma das unidades da Receita Federal.


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INDICADORES ECONÔMICOS

Da redação – São Paulo / SP
IPC-S repete alta de 0,21% na abertura de junho
O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) subiu 0,21% na primeira prévia de junho, a mesma alta apurada no mês de maio, informou a FGV - Fundação Getúlio Vargas - nesta terça-feira, dia 8/6. Os grupos Alimentação, Educação, Leitura e recreação e Saúde e cuidados pessoais apresentaram decréscimos em suas taxas de variação. Em contrapartida, apresentaram avanços em suas taxas de variação os grupos Vestuário, Despesas diversas, Habitação e Transportes", disse a FGV em nota. Analistas consultados pela Reuters previam uma taxa de 0,16%, segundo a mediana de 10 respostas que ficaram entre 0,03% e 0,24%.


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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP e Associated Press)

HOJE – Fechamento das Bolsas da Ásia

Tóquio / Japão
Bolsas da Ásia se recuperam e fecham em alta
A presença de investidores em busca de ofertas de ocasião fez com que a maioria das bolsas asiáticas fechasse no campo positivo nesta terça-feira, após as fortes quedas registradas na véspera.
- Essa foi a reação na Bolsa de Hong Kong, onde os investidores buscaram pechinchas no peso pesado HSBC e no setor imobiliário. O índice Hang Seng subiu 109,33 pontos, ou 0,6%, e terminou aos 19.487,48 pontos.
- As Bolsas da China tiveram ligeira alta, lideradas pelas empresas de mídia e de fabricantes de veículos. O índice Xangai Composto subiu 0,1% e encerrou aos 2.513,95 pontos. O índice Shenzhen Composto ganhou 0,8% e terminou aos 1.041,09 pontos. O yuan fechou em alta ante o dólar por causa de um aperto de liquidez relacionado a uma enorme levantamento de fundos por bancos, mas a demanda corporativa por dólares encobriu os ganhos da divisa chinesa. No mercado de balcão, o dólar fechou cotado em 6,8295 yuans, de 6,8322 yuans do fechamento de ontem.
- Em sessão oscilante, a Bolsa de Taipé, em Taiwan, apresentou queda. O índice Taiwan Weighted caiu 0,1% e fechou aos 7.151,99 pontos.
- Na Coreia do Sul, as ações da Hyundai Motor e dos bancos foram alvo da caça às pechinchas e lideraram a alta da Bolsa de Seul, onde o índice Kospi terminou com elevação de 0,8%, fechando aos 1.651,48 pontos.
- Na Austrália, o índice S&P/ASX 200 da Bolsa de Sydney avançou 1,3% e fechou aos 4.381,2 pontos.
- Na Bolsa de Manila, nas Filipinas, o índice PSE ganhou 0,2% e fechou aos 3.274,26 pontos.
- A Bolsa de Cingapura fechou em baixa em linha com a queda em Wall Street uma vez que os investidores permaneceram preocupados com a crise das dívidas europeias e seu impacto na recuperação econômica global. O índice Straits Times teve queda de 0,2% e fechou aos 1.746,61 pontos devido a um movimento de vendas nos últimos minutos do pregão.
- O índice composto da Bolsa de Jacarta, na Indonésia, subiu 1,1% e fechou aos 2.779,98 pontos, uma vez que os investidores avançaram sobre ações de mineradoras recentemente em baixa. A estabilidade da moeda rupia e a retomada da maioria dos mercados asiáticos também inspiraram a compra de ofertas depois de recentes fortes quedas.
- O índice SET da Bolsa de Bangcoc recuou 0,3% e fechou aos 757,41 pontos, com a abertura dos mercados europeus em baixa influenciando. "Com a crise dos débitos na Europa ainda presente, está difícil ver os fundos de ações fluírem", disse um analista.
- O índice composto de cem blue chips da Bolsa de Kuala Lumpur, na Malásia, subiu 0,1% e fechou aos 1.288,18 pontos, com procuras por ofertas depois de recentes movimentos de vendas, mas os investidores não estão ainda convencidos de que a alta é sustentável, disse um dealer.


HOJE – Abertura das Bolsas da Europa
- Londres / Inglaterra - A Bolsa de Valores de Londres abriu em alta nesta terça-feira, dia 8/6, e seu índice geral, o FTSE-100, ganhou 5,97 pontos (0,12%), até 5.075,03. O barril de petróleo Brent para entrega em julho abriu em alta no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres nesta terça-feira, cotado a US$ 72,38, US$ 0,26 a mais que no fechamento de segunda.
- Frankfurt / Alemanha - A Bolsa de Valores de Frankfurt abriu em alta o pregão de hoje, e seu principal índice, o DAX 30, ganhou 0,18%, até 5.915 pontos. O euro abriu em alta em relação ao dólar no mercado de divisas de Frankfurt nesta terça-feira, cotado a US$ 1,1978, contra US$ 1,1929 de segunda. O Banco Central Europeu (BCE) fixou na segunda-feira o câmbio oficial do euro em US$ 1,1959.
- Roma / Itália - A Bolsa de Valores de Milão abriu em alta nesta terça-feira, e seu principal índice, o FTSE-MIB ganhou 0,60%, até 18.738 pontos.
- Madri / Espanha - A Bolsa de Valores de Madri abriu em alta o pregão de hoje, e seu principal índice, o Ibex-35, ganhou 21,50 pontos (0,24%), até 8.815.
- Paris / França - A Bolsa de Valores de Paris abriu em alta nesta terça-feira, e seu principal índice, o CAC-40, subiu 0,42%, até 3.428,03 pontos, contra 3.413,72 do fechamento de terça.


ONTEM – Fechamento das Bolsas: Bovespa, NY e Europa

São Paulo / SP
Bovespa oscila sem firmar tendência
A Bovespa segue volátil na sessão de negócios do pregão de ontem, dia 7/6, sem firmar tendência. O investidor tem pela frente uma agenda complicada, com indicadores fundamentais a serem divulgados no Brasil, nos EUA e na China, além de uma importante reunião do BCE - Banco Central Europeu - nos próximos dias.
- O índice Ibovespa, que reflete os preços das ações mais negociadas, sobe 0,09%, aos 61.731 pontos.
- O giro financeiro foi de R$ 3 bilhões.
- O dólar comercial é vendido por R$ 1,871, em um avanço de 0,64%.
- A taxa de risco-país marca 240 pontos, número 5,26% acima da pontuação anterior.
Análise - Entre as primeiras notícias do dia de ontem, o boletim Focus mostrou que a maioria dos economistas reduziu, ainda que ligeiramente, suas projeções para a inflação deste ano: o IPCA projetado cedeu de 5,67% para 5,64%. As estimativas para a Selic neste ano e no próximo foram mantidas em, respectivamente, 11,75% ao ano e 11,50%. A balança comercial mostrou superavit de US$ 1,14 bilhão na primeira semana de junho. No acumulado deste ano, o saldo comercial está positivo em US$ 6,762 bilhões, ante US$ 10,5 bilhões no mesmo período em 2009.


Nova Iorque / EUA
Bolsa americana fecha no menor nível em sete meses
As Bolsas de Valores dos EUA terminaram em baixa o pregão de ontem, dia 7/6,, puxadas pelos setores industrial e de tecnologia. Investidores seguiram repercutindo números mais fracos do mercado de trabalho do país divulgados na semana passada, o que desestimulou compras.
- O índice Dow Jones, referência da Bolsa de Nova York, recuou 1,16%, para 9.816 pontos, menor nível desde 4 de novembro.
- O termômetro de tecnologia Nasdaq caiu 2,04%, para 2.173 pontos.
- O Standard & Poor's 500 perdeu 1,35%, para 1.050 pontos.
Análise 1 - O Nasdaq teve o pior desempenho entre os índices, sob o peso de desmonte de posições compradas nas ações mais líquidas de grandes companhias de tecnologia. Research in Motion caiu 5,2%, refletindo preocupações com as vendas do BlackBerry e após o lançamento do novo iPhone. As ações da Apple perderam 2%. "Você tem que quebrar esse viés de baixa antes que você se sinta confortável com o mercado", disse Bruce Bittles, estrategista-chefe de investimento da Robert W. Baird & Co, em Nashville.
Análise 2 - Na sexta-feira, dia 4/6, os principais índices de ações em Nova York recuaram mais de 3% após um relatório mais fraco que o esperado sobre o mercado de trabalho do país e por crescentes temores com a crise de dívida europeia, cujo foco recentemente recaiu sobre a Hungria. O VIX, índice preferido por Wall Street para mensurar a apreensão dos investidores, fechou em alta de 3,1%, para 36,57 pontos. Os papéis de grandes manufatureiras puxaram o Dow Jones para baixo. United Technologies recuou 2,9% e Caterpillar cedeu 3,3%. As ações do Google tiveram desvalorização de 2,7%, após a procuradoria-geral de Connecticut enviar uma carta à líder de buscas na Internet questionando se a companhia coletou dados pessoais e corporativos que trafegavam em redes sem fio sem a permissão dos usuários.

Londres / Inglaterra
Preocupações fiscais pressionam e Bolsas europeias fecham em queda
Os principais índices das ações europeias caíram nos pregões de ontem, dia 7/6, influenciados pelos problemas na Hungria e pela queda da BP (British Petroleum) em meio aos esforços para conter o vazamento de óleo no golfo do México.
- O índice FTSEurofirst 300 caiu 0,95%, para 989 pontos. Ele chegou a subir acima de 1.000 pontos por alguns instantes.
- Bolsa de Londres fechou em baixa de 1,11% no índice FTSE 100, aos 5.069 pontos.
- Bolsa de Frankfurt caiu 0,57% no índice DAX, para 5.904 pontos.
- Bolsa de Paris perdeu 1,21% no índice CAC-40, indo a 3.413 pontos.
- Bolsa de Milão teve desvalorização de 0,55% no índice Ftse/Mib, fechando aos 18.631 pontos.
- Bolsa de Madri caiu 1,44% no índice Ibex-35, para 8.795 pontos.
- Bolsa de Lisboa encerrou em queda de 0,39% no índice PSI20, a 6.947 pontos.
Análise - "Há muito nervosismo no mercado. De um lado tivemos dados positivos [sobre o setor manufatureiro da Alemanha], mas de outro também existe ansiedade sobre a Hungria", disse Heinz-Gerd Sonnenschein, estrategista de ações do Deutsche Postbank. A BP caiu 0,7% após a Guarda Costeira dos Estados Unidos afirmar que os Estados Unidos terão ainda mais quatro a seis semanas para lidar com o vazamento de óleo no golfo do México. A empresa planeja dobrar a quantidade de petróleo capturado a 20 mil barris por dia. A petrolífera foi pressionada ainda pela redução da nota pelo Goldman Sachs, de "compra" para "neutro".


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MERCADO FINANCEIRO


Brasília / DF
Poupança consegue captar R$ 8 bilhões e bate novos recordes
A caderneta de poupança bateu novos recordes de captação de recursos no mês passado. Segundo dados do Banco Central, nos primeiros cinco meses do ano, os depósitos superaram os saques em R$ 8 bilhões. É o maior volume registrado na série histórica iniciada em 1995. O recorde anterior eram os R$ 6,4 bilhões captados nos cinco primeiros meses de 2007.
Somente no mês passado, a captação ficou positiva em R$ 2,1 bilhões, melhor resultado para meses de maio. Desde janeiro não era registrada uma entrada tão expressiva de dinheiro para a poupança. A captação da poupança em maio é a diferença entre depósitos de R$ 95,9 bilhões e saques de R$ 93,8 bilhões. Com esses resultados, o estoque de depósitos na caderneta está hoje em R$ 334,9 bilhões, um aumento de 20% em 12 meses.
Fundos - Os fundos de investimento também tiveram desempenho positivo no mês passado: registraram captação líquida de R$ 1,8 bilhão, puxados pela procura pelos multimercados, que receberam sozinhos R$ 4,2 bilhões. Fundos Renda Fixa, DI, curto prazo e ações, por outro lado, tiveram mais saques do que depósitos. No ano, a entrada de recursos em toda a indústria de fundos é de R$ 35 bilhões, segundo dados da Anbima - Associação Nacional das Entidades do Mercado Financeiro. Em relação à rentabilidade, o retorno dos fundos DI (0,76%) e Renda fixa (0,81%) antes da tributação superam o resultado da poupança (0,55%). (Agência Estado)


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AGRONEGÓCIOS


Brasília / DF
Governo anuncia investimento de R$ 116 bilhões em agricultura
O Governo anunciou hoje que o setor agrícola terá um investimento de R$ 116 bilhões para a safra 2010-2011, o que representa um aumento de 7,4% em relação ao período anterior. O anúncio foi feito em um ato público liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que afirmou que a agricultura será um dos pilares do crescimento da economia. Lula reiterou que, segundo diferentes organismos internacionais, o Brasil pode se transformar nos próximos anos na "quinta economia do mundo", uma meta para a qual o setor agrícola "será fundamental". O presidente afirmou ainda que o desenvolvimento do setor reforçará a oferta de exportação do país, em um cenário no qual "a demanda mundial de alimentos aumentará", propiciando uma expansão dos mercados. Lula lembrou que o Brasil é o maior exportador de carne bovina e de aves, de café, açúcar, suco de laranja, grãos e outros produtos do campo, e disse que o aumento do financiamento público para a agricultura ajudará a reforçar essas posições. O presidente assegurou que o setor público brasileiro tem um "sistema financeiro exemplar", que foi um dos fatores que permitiu ao país minimizar o impacto da crise internacional. Segundo Lula, o "Brasil está em uma situação econômica que causa inveja aos países mais desenvolvidos", que ainda não conseguiram superar os efeitos da crise que estourou em 2008 nos Estados Unidos e que agora afeta a Europa. (Agência EFE)


Da redação – Brasília / DF
Agricultura de Baixo Carbono
Além da produção de alimentos e bioenergia, a agricultura é importante aliada na redução de gases de efeito estufa. Para aumentar essa contribuição ao meio ambiente, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) instituiu o programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC). A iniciativa prevê a aplicação de R$ 2 bilhões em técnicas que garantem eficiência no campo, com balanço positivo entre sequestro e emissão de dióxido de carbono (CO2). O programa integra as ações do Plano Agrícola e Pecuário 2010/2011, anunciado nesta segunda-feira (7), pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Agricultura, Wagner Rossi.
O investimento será direcionado à adoção de práticas sustentáveis no campo, como o plantio direto, que dispensa o revolvimento do solo com grades e arados, ao fazer a semeadura direto na palha da cultura da safra anterior. Esse procedimento preserva os nutrientes do solo, aumentando a produtividade da lavoura. Com o ABC, o Ministério da Agricultura pretende ampliar, em dez anos, a área atual com uso da técnica em oito milhões de hectares, passando de 25 milhões para 33 milhões de hectares. Esse acréscimo vai permitir, nesse período, a redução da emissão de 16 a 20 milhões de toneladas de CO2 equivalentes.
Outro mecanismo que garante a retenção de carbono no solo é o Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). O agricultor pode alternar pastagem com agricultura e floresta numa mesma área, recuperar o solo e ainda incrementar sua renda. A meta do programa é aumentar, na próxima década, a utilização do sistema em quatro milhões de hectares, reduzindo, neste intervalo, de 18 milhões a 22 milhões de toneladas de CO2 equivalentes.
O plantio de florestas comerciais com espécies como eucalipto e pinus também reúne renda extra para o produtor com balanço positivo de emissão de carbono. A meta do ministério é aumentar a área, até 2020, de seis milhões de hectares para nove milhões de hectares de florestas. Isso poderá resultar na diminuição, em dez anos, da emissão de oito milhões a dez milhões de toneladas de CO2 equivalentes. O programa ABC vai garantir recursos a agricultores e cooperativas, com limite de financiamento de R$ 1 milhão por beneficiário. O crédito será financiado com taxa de juros de 5,5% ao ano e prazo de reembolso de 12 anos. (Fonte: Assessoria de Imprensa do Mapa)


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VAREJO & SERVIÇOS

Da redação – São Paulo / SP
Magazine Luiza prevê ampliar venda de TVs
Beneficiada pela inclusão social e pelo aumento da renda, a rede Magazine Luiza tem boas perspectivas de aumento das vendas, especialmente de aparelhos de televisão de tela LCD, graças à Copa do Mundo. A venda de TVs se reflete na produção: a indústria diz estar pronta para atender à demanda do mercado gerada pela Copa do Mundo da África do Sul. Empresas como a chinesa H-Buster projetam crescer até 800% no Brasil neste ano. A empresária destacou, porém, que a sustentabilidade da situação atual depende de investimentos em infraestrutura, tanto no curto quanto no longo prazo, porque a logística chega a ser um entrave para o crescimento das companhias.

Da redação – São Paulo / SP
Walmart irá acelerar expansão internacional
O Walmart, maior varejista do mundo, disse ter planos de acelerar sua expansão fora dos Estados Unidos, como forma de compensar o desaquecimento da economia americana. O desempenho no mercado externo já tem sido superior ao dos Estados Unidos há alguns anos, e as vendas internacionais ultrapassaram em 2009 a marca de US$ 100 bilhões, com alta de 11% sobre o exercício anterior. No primeiro trimestre de 2010, a empresa teve uma queda de 1,4% nas vendas em mesmas lojas nos Estados Unidos, enquanto internacionalmente houve alta de 21% (8,9% excluindo variações cambiais).

São Paulo / SP
Bulevares com novo conceito entram na mira de investidores
Um novo conceito está atraindo diversos tipo de investidores ao mercado imobiliário: são os centros de conveniência, que repetem o conceito americano de one stop shop. São bulevares que reúnem no mesmo endereço banco, alimentação, drogaria, lavanderia e até pequenos supermercados e se propõem a adiantar a vida de cidadãos atarefados com uma única parada. É o produto imobiliário que está no radar da Equity International, do megainvestidor americano Sam Zell. "É um formato novo e eficiente de varejo", disse em entrevista recente ao Valor, Thomas McDonald, diretor de assuntos estratégicos da empresa. A demanda de investidores por esse tipo de produto cresceu de tal forma que, em março, o Credit Suisse Hedging-Griffo lançou um fundo de investimento imobiliário estruturado com a receita de aluguel desses empreendimentos.
Diferente do modelo criado na década de 90, com postos de gasolina e uma lojinha multiuso nos fundos, os novos centros de conveniência não incluem a parada para abastecer o carro. Por alguns motivos: dificuldade de terrenos que possam abrigar um posto de gasolina, entraves legais e a restrição de algumas marcas - sobretudo as de alimentação - em dividir o mesmo espaço que os postos. Os empreendimentos são erguidos em terrenos desde 1,5 mil m2 até 5 mil m2 em regiões bem localizadas, de preferência, residenciais ou na proximidades de áreas com grande concentração residencial. Seu sucesso está diretamente relacionado ao mix de lojas e ao número de vagas de estacionamento - alguns incorporadores já fazem vagas no subsolo. "É uma alternativa mais rápida aos shoppings centers e mais segura e conveniente do que uma loja de rua", afirma Marcos Saad, diretor da REP Centros Comerciais, do grupo LDI, que está nesse mercado há 17 anos. A empresa é parceira do Credit Suisse no fundo imobiliário. A REP tem 19 empreendimentos em operação e mais três em desenvolvimento, um na Lapa (em São Paulo), um em Indaiatuba/SP e um em São José dos Campos/SP. Para este ano, a REP estima crescimento de 300% na área bruta locável. (Agência Valor)

Da redação – São Paulo / SP
Patroni Pizza projeta forte expansão para 2010
Maior rede de pizzarias do Estado de São Paulo, com franquias nas regiões Sul, Sudeste, Nordeste e Centro-oeste, a Patroni Pizza teve no ano passado um aumento de 30% no número de lojas e de 41% em seu faturamento. Para 2010, a projeção é crescer 37% em número de lojas, atingindo a marca de 100 lojas, tanto com unidades em shoppings como em ruas. Para alcançar esta meta, a empresa estará na ABF Franchising Expo, que acontece nesta semana em São Paulo, onde buscará novos parceiros.

Da redação – Brasília / DF
Weeze aposta em produtos verdes para crescer
A Weeze, empresa especializada em cosméticos ecologicamente corretos, à base de ativos naturais, pretende abrir 50 unidades franqueadas nos próximos cinco anos. Para isso, aposta no apelo “verde” de seus produtos, com produtos que equilibram matérias primas com forte investimento tecnológico e ativos naturais, extraídos de fontes renováveis e sem derivados animais. A empresa conta hoje com uma loja franqueada em São Paulo e uma que será aberta em Cuiabá/MT. Participando da ABF Franchising Expo, em São Paulo, a empresa irá isentar a taxa de royalties e de publicidade os dez primeiros franqueados e dará a eles uma bonificação do valor da taxa de franquia em produtos.


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COMÉRCIO EXTERIOR

Brasília/DF e São Paulo/SP
Mercado russo quer mais fornecedores no Brasil
A suspensão imposta pelo governo da Rússia às exportações de oito plantas industriais brasileiras de carne bovina foi um "sinal de alerta" contra o "poder de negociação" e a "excessiva concentração" da produção nacional nas mãos de grupos frigoríficos como JBS e Marfrig. A advertência protecionista, disfarçada de medida sanitária, reflete o temor russo com a elevação dos preços da carne no mercado interno. Em maio, por exemplo, o preço médio da carne exportada pelo Brasil subiu 32%.
Os problemas encontrados pela missão russa em algumas unidades frigoríficas foram usados como pretexto para ampliar a base de fornecedores brasileiros e conter o aumento de preços, avaliam fontes do governo. "Mas não podemos baixar a guarda com eles", diz um dirigente do setor privado. O setor privado aproveitará a visita do ministro da Agricultura, Wagner Rossi, a Moscou, em julho, para tentar acordo com as autoridades locais. O setor concorda em oferecer alternativas à concentração das vendas à Rússia por meio de novas unidades industriais.
A busca por um antídoto à concentração começou em outubro de 2009, durante a feira Anuga, na Alemanha. Então, os importadores já demonstravam temor com a tendência de elevação dos preços. Frigoríficos médios e pequenos foram bastante assediados durante a feira. A missão russa que visitou 29 plantas frigoríficas de bovinos, suínos e frangos, em meados de abril, buscou diversificar os fornecedores ao auditar unidades do Frigol, Frialto, Minerva e Mataboi. Os russos também queriam "garantias adicionais" de segurança, inclusive o aperfeiçoamento do controle de resíduos e contaminantes na carne. Em ambos os casos, isso foi visto como uma "senha" para a necessidade de atendimento à demanda russa por preços mais baixos.
O Brasil não é o único país com o qual a Rússia trava uma disputa em carnes. Na quarta-feira, o Ministério da Indústria e Comércio russo informou que os EUA podem perder até 25% de sua fatia na cota de importação de frango russa. O volume será redistribuído entre outros países que fornecem frango à Rússia, segundo a agência Ria Novosti. A cota americana, que era de 600 mil toneladas, cairá para 450 mil toneladas. No Brasil, exportadores avaliam que a medida pode beneficiar o setor. Hoje, os brasileiros exportam dentro da cota para "outros países", de 36 mil toneladas. Por trás da decisão de reduzir a fatia dos EUA na cota está a disputa acerca do uso de cloro na higienização das carcaças de frango. Desde o início do ano, a Rússia proibiu o método, o que, na prática, suspendeu as compras dos EUA. Os dois países têm negociado a retomada do fornecimento de frango. No fim de maio, autoridades russas disseram que uma solução estava próxima. (Agência Valor)


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TECNOLOGIA & WEB

Seattle / EUA
HTC compra empresa de software para celulares
A HTC adquiriu uma empresa francesa que produz software usado por operadoras e fabricantes de celular para projetar as telas de abertura dos aparelhos. A HTC não revelou o preço de compra da Abaxia, empresa com sede em Paris cujo software tem sido utilizado em mais de 25 milhões de celulares e 60 modelos diferentes. O software da Abaxia permite que uma operadora ofereça uma tela de abertura consistente entre todos os aparelhos oferecidos por ela. Isso pode ser importante para operadoras que buscam oferecer aplicações e serviços específicos. O software também é usado por fabricantes de celulares para projetar telas de abertura.
Entre os clientes atuais da Abaxia estão Vodafone, Orange, Nokia, Motorola, Samsung e Sony Ericsson. Em um breve comunicado, a HTC não revela se continuará a oferecer os produtos da Abaxia para fabricantes concorrentes. A HTC começou como um fabricante de aparelhos por encomenda, mas tem produzido mais e mais celulares com marca própria. Além disso, ela tem utilizado o sistema Android para produzir uma interface própria, que se destaca dos outros aparelhos que usam o mesmo sistema operacional. A tecnologia Abaxia pode contribuir para esses esforços.
Se a aquisição trouxer patentes importantes à HTC, ela poderia obter vantagens em sua batalha legal com a Apple. No começo de 2010, a Apple abriu um processo contra a HTC, acusando-a parcialmente de violar patentes relacionadas à interface de usuário do iPhone. Patentes adicionais poderiam, em princípio, ajudar a HTC a negociar durante a disputa. (Agência IDG News Service)


Nova Iorque / EUA
Oracle vai demitir mais funcionários ligados à Sun
A Oracle iniciou mais uma leva de demissões de funcionários provenientes da Sun (companhia adquirida – em abril do ano passado – por US$ 7,4 bilhões). A informação partiu de um relatório de preenchimento obrigatório que a empresa teve de entregar na última sexta-feira, dia 4/6. De acordo com o documento, a empresa adicionou ao planejamento de 2010 um orçamento de até 650 milhões de dólares para pagar custos de demissões, que devem atingir mais fortemente a Europa e a Ásia. O relatório revela ainda que os funcionários afetados começaram a ser notificados no dia 28/5o e que o objetivo dos cortes é eliminar redundâncias e aumentar eficiência operacional. O documento não diz, no entanto, quantos empregos serão cortados. A companhia afirmou que não faria comentários além do que já está no relatório. No começo do ano, o CEO da Oracle, Larry Ellison, criticou reportagens que apontavam possíveis demissões na Sun. Segundo o executivo, elas eram irresponsáveis, pois aumentavam a angústia já existente dos funcionários da companhia adquirida. Ellison chegou a dizer que a empresa contrataria 2 mil pessoas para acelerar negócios da Sun, ou o dobro do número de funcionários demitidos após a conclusão da aquisição. (Agência IDG News Service)

Nova Iorque / EUA
Usuários do Yahoo terão mais acesso ao Facebook
O Yahoo anunciou novos atributos que permitirão aos seus usuários mais acessos a atualizações do popular site de relacionamento Facebook, ampliando a parceria que as empresas firmaram no ano passado. A partir desta segunda-feira, as contas do Yahoo e do Facebook podem ser diretamente ligadas, permitindo que os usuários do Yahoo, por exemplo, tenham as atualizações do Facebook enviadas diretamente às suas páginas iniciais ou ao email. A integração adicional também facilitará o compartilhamento de atividades no site do Yahoo, como fotos no Flickr, por meio do Facebook. A expansão de acesso foi anunciada no domingo. Os novos atributos ressaltam os esforços do Yahoo para acompanhar a popularidade das redes sociais e evitar que seus usuários migrem para sites como o Facebook, que conta com mais de 350 milhões de usuários pelo mundo. O Yahoo informou ainda que irá renomear o Yahoo Profiles, sua central de gerenciamento de perfis e atividades, para Yahoo Pulse, além de alterar a configuração para facilitar os controles de privacidade do usuário. (Agência Reuters)


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TELECOM & ENERGIA

Da redação - São Paulo / SP
Brasil deverá investir R$ 67 bilhões em telecom nos próximos 4 anos
Os investimentos em telecomunicações no Brasil deverão chegar a 67 bilhões de reais entre 2010-2013. As previsões são do Ipea - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada -, ligado à Secretaria de Assuntos Estratégicos, da Presidência da República. De acordo com o órgão, a maior parte desse montante será aplicada em telefonia móvel para expansão de rede 3G e banda larga. A estimativa faz parte do estudo “Desafios e Oportunidades do Setor de Telecomunicações”, divulgado pelo Ipea nesta segunda-feira, 07/6, em São Paulo. O investimento é uma projeção apenas do setor privado. Portanto, não soma os cerca de 13 bilhões de reais que o governo federal vai gastar até 2014 com a implantação do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). Não inclui outros recursos que serão desembolsados pelo Estado nessa área no Brasil, como os destinados aos programas de inclusão digital.
Entre 1999 e 2008, período pós-privatização, o segmento de telecom recebeu das empresas privadas uma injeção de 148 bilhões de reais, sendo 26 bilhões de reais financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Essa quantia foi aplicada na construção das redes móveis, expansão da telefonia fixa e na infraestrutura para prestação dos serviços de banda larga. Apesar da quantia elevada, o diretor de estudos setoriais do Ipea, Rodrigo Abdalla de Sousa, afirma que o montante não foi suficiente para a massificação dos serviços de telecomunicações no Brasil, que ele considera essencial à população. Segundo ele, faltaram investimentos do setor público e orientação ao mercado, que expandiu o serviço visando apenas rentabilidade. “As companhias do setor privado sempre privilegiam as áreas de maior densidade”, diz o diretor do Ipea. Como resultado disso, tem muitas regiões no Brasil carentes dos serviços de telecom. Ele observa que os preços ainda são elevados por causa da tributação que encarece entre 42% e 60% o valor da tarifa, somando os impostos do governo federal (PIS, Cofins, Fistel, Funtel e Fust) estadual (ICMS) e municipal (ISS).
Nem na telefonia móvel, que conta com quase 160 milhões de linhas ativas, o Brasil conseguiu massificar o serviço, segundo análise de Sousa. “Cerca de 80% da base é pré-pago e as pessoas não querem ter conta de telefone”, afirma o diretor do Ipea, que compara que a tarifa de celular no Brasil é uma das mais altas do mercado mundial. No País, a cobrança mínima por minuto já começa é 30 centavos por causa dos custos com a interconexão, que é um dos fatores que oneram o serviços.
Novos investimentos - Com os gargalos da tributação, tarifas elevadas, baixa densidade em algumas regiões do Brasil e falta de escolaridade de alguns usuários para manipular terminais sem fio e navegar na internet, Sousa acha que os investimentos de 67 bilhões de reais estimados até 2013 ainda são baixos para popularização dos serviços convergentes no País.
O diretor do Ipea considera importante a definição de uma política pública para reduzir a defasagem no Brasil em telecomunicações. Ele acredita que a Telebrás, que está sendo reativada pelo governo federal para gerir o PNBL, pode dar uma parcela de contribuição. O técnico argumenta que é preciso intensificar a competição nesse mercado, que hoje é dominado por quatro grupos (Oi, Telefônica/Vivo, Claro/Net/Embratel e TIM), que juntos disputam telefonia móvel, fixa, banda larga e TV por assinatura. “A chegada da Telebrás vai permitir que áreas não atendidas tenham esses serviços”, diz o pesquisador do Ipea, que acredita também em redução das tarifas. Porém, ele destaca que só a estatal não resolve o problema.
O estudo do Ipea aponta uma série de desafios que o Brasil precisa vencer para tornar telecom acessível a todos, como aconteceu com o abastecimento de energia depois do programa "Luz para Todos". Entre as barreiras estão o desenvolvimento de novas aplicações, maior sinergia entre as três esferas de governo, intensificação dos programas de inclusão digital, redução de impostos, criação de uma política ambiental e solucão dos obstáculos para uso do Fundo de Universalização das Telecomunicações (Fust), alé de outras medidas.


Da redação – São Paulo / SP
Venda da Vivo pode ser definida pela PT em 30 de junho
O futuro da Vivo pode ser decidido no final deste mês. A Portugal Telecom (PT) convocou para 30/6 uma assembléia geral com os acionistas para analisar a oferta revista que recebeu esta semana da Telefônica da Espanha para venda dos 50% de participação 50% que tem na Brasilcel, controladora da operadora móvel brasileira pelos dois grupos. A Telefônica elevou de 5,7 bilhões de euros para 6,5 bilhões de euros a sua proposta para ficar dona 100% da Vivo, a maior operadora do Brasil, com 54,4 milhões de assinantes e 30,14% do mercado de telefonia móvel do País, segundo balanço da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), divulgado em maio último. A PT havia recusado a oferta hostil. Reunidos esta semana, os membros do Conselho Administrativo, informaram que a nova oferta da Telefônica não reflete o valor de mercado da Vivo. Entretanto, decidiram levar a questão para apreciação dos acionistas. Eles enviaram comunicado para a Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).


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MERCADO DE LUXO

Da redação – São Paulo / SP
Hotel Gstaad Palace um sonho luxuoso
Inaugurado em 1913, o Hotel Gstaad Palace ganhou ao longo do tempo a reputação de ser um dos melhores, mais discreto e sofisticados hotéis ao redor do mundo. (LEIA MAIS)

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AGENDA – Eventos / Cursos / Feiras

Da redação – Porto Alegre / RS
Tarso Genro fala sobre seu plano de governo para o setor financeiro
O ex-ministro da Justiça e candidato ao governo do Estado pelo Partido dos Trabalhadores (PT) Tarso Genro é o palestrante convidado pela Associação dos Bancos do Rio Grande do Sul (Asbancos) e pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (IBEF-RS) para reunião-almoço que será realizada em 11/6, a partir das 12h15, no salão nobre da Federasul. (LEIA MAIS)

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ARTIGOS - Conheça nossos especialistas


- Pensar infraestrutura é investir resultados no futuro, por Ricardo Guimarães (LEIA)


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