Edição 319 | Ano II

Da redação – São Paulo / SP
Crédito chega a 45% do PIB
Números divulgados pelo Banco Central mostram que em março o volume de crédito concedido pelas instituições financeiras chegou a 45% do PIB nacional, ou R$ 1,45 trilhão. Um ano atrás, a relação crédito/PIB era de 41%. Para o Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), entidade que reúne os principais varejistas nacionais, houve uma expressiva continuidade na evolução do crédito, que vem beneficiando principalmente os empréstimos para as pessoas físicas, mas, crescentemente, envolve o financiamento para as empresas. Para a entidade, porém, a decisão do Banco Central em aumentar a taxa básica de juros da economia de 8,75% ao ano para 9,5% ao ano traz dúvidas sobre a continuidade desse processo de crescimento da oferta de crédito.


Da redação – Porto Alegre / RS
Seguro-fiança ganha espaço no mercado de locações
A exigência de uma modalidade de seguro para os contratos de locação de imóveis divide a figura do fiador com outras opções disponíveis no mercado. Entre elas, o seguro-fiança vem crescendo como uma alternativa para o aluguel. Ganhou crédito e, depois do amigo ou familiar, já é utilizado em grande parte dos negócios. O diretor de Locações da Auxiliadora Predial, César Gimenez, diz que o fiador ainda é a modalidade de segurança locatícia mais apresentada ao proprietário pelo inquilino. No entanto, o seguro-fiança consta em cerca de 25% dos sete mil contratos de locação firmados na imobiliária. "É uma modalidade que vem crescendo, nos últimos dois anos, devido ao constrangimento de solicitar fiança a uma pessoa. O futuro inquilino gradativamente vem buscando alternativas de garantias para evitar esse desconforto", completa.
O fiador, explica César, ganha pelo quesito da praticidade. Para substituí-lo pelo seguro-fiança, o inquilino tem que contratar uma empresa que presta o serviço, passando por uma análise de crédito. "Contudo, o bom pagador consegue acesso ao seguro-fiança facilmente. Por isso, é uma modalidade que vem tendo boa aceitação". Ainda de acordo com o diretor, as seguradoras proporcionam vantagens para as residências, como reparos emergenciais no imóvel, chaveiro, hidráulico, eletricista e vidraceiro, em até cinco atendimentos durante a vigência da apólice. Tendo os documentos aprovados, o inquilino contrata o seguro anual que custa, em média, 1,5 vezes o valor do aluguel mais as taxas de condomínio e o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), podendo optar também por uma forma de contratação parcelada. O mercado oferece descontos de até 15% ao inquilino no momento da renovação do seguro. Para a contratação do serviço, o custo do aluguel deve ser inferior a 35% da renda no caso de pessoa física. Já para a pessoa jurídica (locação comercial), o valor deve estar abaixo de 20% dos ganhos mensais.
Conforme a regulamentação da Superintendência de Seguros Privados (http://www.susep.gov.br/textos/circ347.pdf ), o prazo de vigência do seguro-fiança é o mesmo do contrato de locação, devendo ter nova aprovação no momento da renovação do aluguel. Entre as modalidades que substituem o fiador, o seguro-fiança é uma das operações mais vantajosas para o proprietário do imóvel. Em caso de inadimplência, o ressarcimento das parcelas atrasadas começa a ser feito pela seguradora contratada em um período de até 45 dias. Na Auxiliadora Predial, o locador ainda tem a opção de contratar o serviço Aluguel Garantido, que reduz o prazo do pagamento para até o dia 10 de cada mês. (Fonte: WH Comunicação)


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INDICADORES ECONÔMICOS


Da redação – São Paulo / SP
FGV diz que inflação pelo IPC-S acelera em 4 de 7 capitais
A inflação na cidade de São Paulo voltou a ganhar força. O Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) subiu de forma mais intensa na cidade, entre a terceira e a quarta quadrissemana de abril, e acelerou de 0,50% para 0,52% no período, segundo informou hoje a FGV - Fundação Getúlio Vargas. Quatro das sete cidades pesquisadas para cálculo do indicador apresentaram inflação mais forte no período. Além de São Paulo, este é o caso de Rio de Janeiro (de 0,96% para 1,11%), Salvador (de 0,88% para 0,92%) e Brasília (de 0,48% para 0,75%). As três capitais restantes apresentaram desaceleração da inflação. É o caso de Recife (de 1,75% para 1,38%), Porto Alegre (de 0,82% para 0,51%) e Belo Horizonte (de 0,57% para 0,49%).


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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP e Associated Press)

HOJE – Abertura das Bolsas Asiáticas

Cingapura / China
Bolsas da Ásia recuam com preocupação sobre Grécia e China
As bolsas de valores da Ásia fecharam em baixa nesta terça-feira, dia 4/5, pressionadas por preocupações sobre o plano de ajuda à Grécia e o aperto da política monetária da China.
- O índice MSCI que reúne mercados da região Ásia-Pacífica com exceção do Japão exibia queda de 0,74%, a 419 pontos.
- O principal índice de ações de XANGAI teve perda de 1,23%, na primeira sessão desde uma pausa de uma semana durante a qual o banco central chinês informou que elevaria o nível do depósito compulsório para resfriar o mercado imobiliário e a inflação ao consumidor.
- Mas o índice acionário de SEUL teve baixa de 0,14% pressionado por realização de lucros e resultados de empresas decepcionantes no trimestre.
- Em SYDNEY, a bolsa caiu 1,01%, no menor nível em dois meses, com o setor de matérias-primas abatido pelo segundo dia. O banco central australiano decidiu elevar nesta terça-feira a taxa de juros do país em 0,25% para 4,5%.
- A bolsa de TÓQUIO não operou por feriado.
- Em HONG KONG, o mercado se desvalorizou em 0,23%,
- TAIWAN teve queda de 0,27%.
- CINGAPURA recuou 1,46%.
Análise - A performance ocorreu apesar de dados dos Estados Unidos terem mostrado que as fábricas do país operaram no ritmo mais rápido em quase seis anos. "Os mercados parecem ter minimizado o desempenho em Wall Street", disse Lorraine Tan, diretora de pesquisa da Standard & Poor's Ratings Services. "A Grécia é ainda uma preocupação. As pessoas estão preocupadas com a possibilidade de que esses problemas voltarão a nos assombrar", afirmou ela. "Também acredito que os mercados estão preocupados sobre o aumento da taxa de juro da China e também sobre a avaliação de que as coisas vão esfriar em se tratando de ações, então há uma questão sobre liquidez também." Dados dos Estados Unidos, o maior mercado de exportação da Ásia, ajudaram ações da sul-coreana Hyundai a subirem 2,6 por cento. A montadora divulgou vendas recordes no país.


ONTEM – Fechamento das Bolsas: Bovespa, NY e Europa

São Paulo / SP
Bovespa fecha com recuo de 0,61%
Os investidores empurraram a Bovespa para o terreno negativo, à força de vender algumas das ações mais negociadas desse mercado, os papéis da Vale e da Petrobras. Nos EUA, as Bolsas americanas valorizaram, após a divulgação de número favoráveis da economia local. A definição da ajuda européia à Grécia pouco entusiasmou os mercados, devido ao temor de que outras economias fragilizadas da região também demandem algum tipo de resgate financeiro.
- O Ibovespa cedeu 0,61% no fechamento, aos 67.119 pontos.
- O giro financeiro foi de R$ 6,53 bilhões.
- O dólar comercial foi vendido por R$ 1,732, em um declínio de 0,34%.
- A taxa de risco-país marca 190 pontos, número 0,52% acima da pontuação anterior.
Análise 1 - Corretores viram um movimento de vendas fortes por parte dos investidores estrangeiros, que miraram justamente nas chamadas "blue chips" do mercado brasileiro: Vale e Petrobras. A ação preferencial da mineradora recuou 2,53% no dia, com volume de R$ 1,089 bilhão. Juntas, as ações da Petrobras movimentaram outro R$ 1 bilhão em negócios, sendo R$ 918 milhões somente com as preferenciais, que desvalorizaram 3,96% no dia, enquanto as ordinárias recuaram outros 4,19%. O mercado ainda se ressente das incertezas sobre o processo de capitalização da estatal, sem saber como e quando a empresa deve lançar ações no mercado ou quanto deve ser pelo mecanismo da cessão onerosa (dinheiro público). Enquanto isso, o projeto do lei que regulamenta a operação segue emperrado no Legislativo. "As declarações do Gabrielli [presidente da estatal] dizendo que, independente da aprovação do Congresso, vai fazer a capitalização da empresa, deixa o mercado em dúvida. A verdade é que ninguém está entendendo mais nada, e isso prejudica os papéis da empresa", diz Ivanor Torres, diretor de departamento de análise da corretora Geral.
Análise 2 - Para acalmar o mercado, a estatal divulgou comunicado onde afirma que "não foram concluídos os processos que levarão a definição dos valores da Capitalização, da Cessão Onerosa ou do Plano de Negócios", e que nas entrevistas concedidas por executivos sobre o assunto "os eventuais números utilizados pela companhia tiveram o objetivo de facilitar o entendimento do público e constituem meras hipóteses". Entre as principais notícias do dia, o governo americano revelou que o consumidor local viu sua renda aumentar em 0,3% no mês de março, enquanto o nível de despesas cresceu 0,6%, em linha com as expectativas do setor financeiro. E o nível de gastos na construção civil teve sua primeira expansão em cinco meses em março, bem acima das projeções do mercado. E no front doméstico, o boletim Focus, preparado pelo Banco Central, apontou que os economistas do setor financeiro ajustaram suas projeções para a inflação: o IPCA projetado para 2010 passou de 5,41% para 5,42%. Trata-se da 15º semana consecutiva em que a mediana dessas projeções aumenta. O Ministério do Desenvolvimento informou um superavit de US$ 1,283 bilhão em abril, um resultado 65% inferior ao saldo positivo contabilizado no mesmo período em 2009.

Nova Iorque / EUA
Bolsas americanas fecham em alta impulsionadas por dados econômicos
As Bolsas americanas fecharam em alta nos pregões de ontem, dia 3/5, impulsionadas por dados econômicos animadores e pelo anúncio da fusão entre United Airlines e Continental, dando origem à maior companhia aérea do mundo.
- O índice Dow Jones Industrial, de referência em Wall Street, fechou ontem em alta de 1,3% e avançou 143,22 pontos, terminando o dia aos 11.151,83 pontos.
- O índice seletivo S&P 500 teve alta de 15,58 pontos (1,31%) e fechou em 1.202,26.
- O indicador da Bolsa eletrônica Nasdaq subiu 37,55 pontos (1,53%), até 2.498,74.
Análise - O setor de transportes teve alta de 2%, enquanto os de equipamento, industrial e de empresas de produtos de consumo cíclico avançaram perto de 1,5%. O de matérias-primas perdeu 0,82%. Caterpillar e Boeing, com altas próximas a 2,7%, lideraram o avanço entre as empresas do Dow, seguidas por American Express, Cisco Systems, JP Morgan Chase e General Electric. A Alcoa (-2,08%) foi a única companhia desse índice que fechou o primeiro pregão de maio com perdas.
Fora do Dow Jones, as ações da UAL, empresa matriz da United Airlines, subiram 2,37%, enquanto as da Continental tiveram alta de 2,28% após o anúncio do acordo para a fusão entre ambas, avaliada em US$ 3,17 bilhões. As ações da Ford subiram 2,15% depois de um aumento de 24,7% na demanda pelos veículos da montadora em abril, mesmo mês em que superou a Toyota em número de vendas. Também tiveram um bom pregão as ações da Apple (2,01%), que conseguiu vender um milhão de unidades de seu tablet iPad em 28 dias no mercado. O produto foi lançado em 3/4. A dívida pública americana para dez anos descia de preço e oferecia uma rentabilidade de 3,69%.

Londres / Inglaterra
Bolsas na Europa sobem com dados dos EUA, apesar de temor sobre a Grécia
As principais Bolsas europeias subiram ontem, dia 3/5, com bons dados nos EUA reforçando as expectativas de uma recuperação econômica global, ao mesmo tempo em que persistiam dúvidas sobre a eficácia do pacote de ajuda à Grécia.
- O índice FTSEurofirst 300, que acompanha as principais empresas europeias, fechou em alta de 0,21%, aos 1.064 pontos, depois de cair 2,7% na semana passada - a terceira seguida de quedas.
- Em Londres, o índice Financial Times fechou em baixa de 1,15%, a 5.553 pontos.
- Em Frankfurt, o índice DAX subiu 0,51%, para 6.166 pontos.
- Em Paris, oNegrito índice CAC-40 ganhou 0,3%, para 3.828 pontos.
- Em Milão, o índice Ftse/Mib teve valorização de 0,31%, para 21.628 pontos.
- Em Madri, o índice Ibex-35 recuou 0,66%, para 10.422 pontos.
- Em Lisboa, o índice PSI20 encerrou em leve alta de 0,02%, para 7.409 pontos.
Análise - A confiança do investidor ganhou força após dados mostrarem crescimento no setor manufatureiro, construção e gasto do consumidor norte-americano, reforçando a visão de que a recuperação da maior economia do mundo está no caminho certo. A GDF Suez ganhou 2,2% depois de manter sua meta de lucro apesar da queda no resultado do primeiro trimestre, afetada por menores preços de energia e gás, segundo documento publicado antes da reunião de acionistas ontem. A União Europeia e o Fundo Monetário Internacional concordaram no domingo sobre um pacote de 110 bilhões de euros para a Grécia em troca de medidas de austeridade, aliviando alguns temores sobre o calote no curto prazo. Os receios, porém, se mantinham, com o mercado se perguntando qual país pode ser o próximo. "Tenho dúvidas se a Grécia conseguirá ter sucesso nos pagamentos. Mas dito isso, o pacote de ajuda é muito bom para alívio no curto prazo e as pessoas parecem estar felizes com a solução", disse Heino Ruland, estrategista na Ruland Research, em Frankfurt.


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MERCADO FINANCEIRO


São Paulo / SP
Lucro do Itaú Unibanco sobe para R$ 3,2 bilhões no 1° trimestre
O Itaú Unibanco, maior banco privado do Brasil, teve alta de 60,5% no lucro líquido do primeiro trimestre contra igual período do ano passado, para R$ 3,2 bilhões. A carteira de crédito, incluindo avais e fianças, alcançou R$ 284,7 bilhões no final de março, com crescimento de 4,4% em 12 meses. Os dois principais componentes da carteira de financiamentos do banco tiveram comportamentos distintos. A carteira de pessoa física no Brasil estava em R$ 104,3 bilhões no fechamento do trimestre, avanço de 12,5% sobre março de 2009. Já os empréstimos a empresas mostraram queda de 0,8%, para R$ 153,4 bilhões. Para as grandes empresas, o portfólio de financiamentos caiu 13,6% entre março do ano passado e igual mês de 2010, enquanto para as pequenas e médias houve expansão de 24,7% na mesma comparação. A inadimplência - medida por operações com atraso superior a 90 dias - ficou em 4,9% no primeiro trimestre, abaixo dos 5,6% em dezembro, mas acima dos 4,4% verificados em março de 2009. A despesa de provisão para créditos de liquidação duvidosa foi de quase R$ 3,9 bilhões de janeiro a março, abaixo dos R$ 4 bilhões do trimestre anterior e praticamente estável contra os três primeiros meses de 2009. Segundo o banco, a redução da despesa com provisões do final de 2009 para o primeiro trimestre "consolida a percepção de que o ciclo adverso de crédito iniciado com a crise financeira internacional foi superado". O Itaú Unibanco encerrou março com ativos totais de R$ 634,7 bilhões, contra R$ 624,5 bilhões um ano antes. O lucro líquido recorrente, que exclui efeitos extraordinários do resultado, subiu 23,7% na mesma base de comparação. De janeiro a março deste ano, o lucro líquido e recorrente reportados foram de R$ 3,2 bilhões. O lucro líquido do primeiro trimestre representa um retorno anualizado sobre o patrimônio líquido médio - importante indicador da rentabilidade de um banco - de 25%. Em igual intervalo do ano passado, o retorno foi de 18,2%.
As agências - O Itaú Unibanco informou que investirá R$ 580 milhões em 2010 para converter a rede de 1 mil agências do Unibanco à plataforma Itaú, marca que prevalecerá nas operações de varejo bancário. Até março, segundo o banco, foram incorporadas 95 agências. O banco disse ainda que decidiu criar o Itaú Uniclass para atender os clientes situados entre a base do varejo e a bandeira de alta renda Personnalité."Diferentemente do Personnalité, que possui agências próprias, esta nova modalidade de atendimento deverá ser oferecida em espaços específicos dentro de algumas agências da rede Itaú", conforme o Itaú Unibanco.


Brasília / DF
Banco do Brasil aumenta participação na Brasilprev
O Banco do Brasil aumentou sua participação na Brasilprev em uma troca de ações com seu sócio na empresa, o grupo americano Principal Financial. Pelo acordo, o banco estatal passou a deter 75% das ações da companhia de previdência privada. Antes, tinha 50%. Em troca, o BB irá comercializar exclusivamente produtos de previdência da BrasilPrev em suas agências até 2032. Apesar de deter a maior parte dos papéis, o banco estatal não terá o controle da instituição, que continua com o sócio. O BB ficará com 100% das ações preferenciais (sem direito a voto), mas terá 49,99% das ordinárias (com direito a voto). Para manter o controle, o Principal Financial também adquiriu a participação acionária de 4% que pertencia ao Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). De acordo com o BB, o negócio tem como objetivo levar a Brasilprev a 'conquistar melhor posicionamento e disputar a liderança no mercado de previdência privada aberta'. O banco estatal possui o maior número de pontos de atendimento do país entre as empresas do setor, enquanto a Principal tem experiência no mercado internacional e é líder nos segmentos de pequenas e médias empresas dos EUA. Desde o ano passado, o BB vem reestruturando seus negócios nas áreas de seguros, previdência e capitalização.

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INDÚSTRIA


São Paulo / SP
Klabin prevê novos aumentos nos preços de papeis
Os preços dos papeis kraftliner e cartão no mercado deverão manter a trajetória de alta, assim como os de papelão ondulado, afirmou Reinoldo Poernbacher, diretor-geral da Klabin, maior fabricante do setor do Brasil. No caso do kraftliner, os aumentos já ocorrem desde o segundo semestre do ano passado. Já para o segmento de cartões, a previsão é de novos aumentos tanto no mercado interno quanto no externo, disse Poernbacher nesta segunda-feira, em teleconferência com jornalistas. "Os cartões não têm a volatilidade como o kraftliner. Teremos aumentos, mas menores", afirmou o diretor. De acordo com ele, os aumentos anunciados em abril, de 12%, serão aplicados ao longo dos meses de maio e junho.
No primeiro trimestre de 2010, a Klabin registrou um volume de vendas de 433 mil toneladas, aumento de 22% ante o mesmo período do ano passado. No caso dos cartões, o volume vendido foi visto como um recorde pela própria companhia: 163 mil toneladas, crescimento de 32% na comparação anual. Esse tipo de papel respondeu por 38% das vendas totais da Klabin, contra 35% nos três primeiros meses do ano passado. O volume de vendas no mercado interno foi de 269 mil toneladas, 29% superior ao primeiro trimestre de 2009 e 7% inferior ao quarto trimestre. Já o volume exportado no totalizou 165 mil toneladas, 11% e 12% acima do mesmo período de 2009 e do quarto trimestre, respectivamente. "O aumento no mercado externo foi consequência do maior volume de vendas de cartões para líquidos e papeis kraftliner", disse a Klabin.
A receita líquida da Klabin foi de R$ 844 milhões entre janeiro e março deste ano, alta de 16,9% na comparação anual e 4,8% na trimestral. O resultado ficou pouco acima das expectativas dos analistas consultados pela Reuters. A geração de caixa da companhia, medida pelo Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 242 milhões, avanço de 34,4% antes os R$ 180 milhões dos primeiros três meses do ano passado. Em comparação ao quarto trimestre, a alta é de 10,5%. O resultado ficou acima das estimativas dos analistas, que esperavam, em média, que o número fosse de R$ 226,4 milhões. A margem Ebitda, afirma a companhia, foi de 29% no primeiro trimestre, contra 25% no mesmo período de 2009 e 27% nos três últimos meses do ano passado. O lucro líquido da Klabin foi de R$ 30,7 milhões, crescimento de 6,22% em relação aos R$ 28,9 milhões do mesmo período do ano passado. Desta forma, a companhia reverte o prejuízo de R$ 185 milhões registrados no quarto trimestre de 2009 por conta do efeito não recorrente da adesão ao Refis (Programa de Parcelamento Fiscal).
O resultado da Klabin ficou abaixo das estimativas dos analistas ouvidos pela Reuters. A média das previsões dava conta de um lucro líquido de R$ 37,6 milhões, valor 22,5% superior ao divulgado pela companhia. De acordo com o diretor financeiro e de relações com investidores, Sérgio Alfano, a variação cambial foi a explicação para o lucro que, mesmo positivo, ficou abaixo do previsto. Em 31/3/2010, o endividamento líquido da Klabin era de R$ 2,425 bilhões, redução de R$ 1,33 bilhão em relação a março de 2009 e R$ 144 milhões comparado com dezembro. A companhia está prevendo uma parada para manutenção em junho e a previsão é de que 30 mil toneladas de papel deixem de ser produzidas. Entretanto, o diretor-geral da Klabin garante que a companhia está se preparando para o evento, principalmente com a formação de estoques para garantir o fornecimento no período. (Agência Reuters)


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AGRONEGÓCIOS

Brasília / DF
Novo plano do governo estimula plantio e comercialização de safras
Os planos do governo para estimular o plantio e a comercialização da safra serão mais "verdes" no ciclo 2010/11. Juros mais baixos, crédito mais amplo e atrativos adicionais para estimular boas práticas ambientais serão o eixo do novo Plano Agrícola e Pecuário. Ao mesmo tempo, o governo prevê incentivos ao financiamento de estoques de etanol, construção de armazéns nas fazendas e a "equalização" do crônico endividamento do setor rural por meio de uma ação direta do Tesouro.
No comando da espinhosa missão de conciliar expansão da agropecuária e desenvolvimento ambiental, o novo ministro da Agricultura, Wagner Rossi, informa que adotará "metas ousadas" para programas de integração lavoura-pecuária-florestas (ILPF), plantio direto na palha e produção de alimentos orgânicos, sem uso de agrotóxicos e fertilizantes industriais. "Vamos mostrar mais claramente os caminhos ao produtor em programas específicos", diz o ministro ao Valor. Os programas de agropecuária sustentável (Produsa) e de recuperação de florestas (Propflora) tem, somados, um orçamento de R$ 1,65 bilhão para a safra atual (2009/10). Mas as regras não têm incentivado a contratação de recursos. Menos de R$ 400 milhões foram desembolsados até agora.
Com apenas oito meses de gestão pela frente, Wagner Rossi parece disposto a imprimir uma marca "verde" no ministério. "O presidente Lula determinou um novo desenho para mudar a concepção de confronto com meio ambiente. E vamos sair do discurso para a prática", afirma ele. O novo plano de safra também estimulará, sob o argumento "verde", as florestas plantadas com o objetivo de substituir o carvão vegetal feito a partir de árvores nativas. "Temos que encarar isso sem preconceitos. Em vez da ameaça permanente à mata nativa, plantaremos floresta". E o ministro avisa: "Vamos defender cadeia para quem queima Cerrado para fazer carvão". Os planos também vão estimular o plantio de dendê no Norte do país. A cultura foi incluída em vários programas de financiamento para ajudar na recuperação de áreas degradadas.
As operações, limitadas a R$ 300 mil por beneficiário, terão juros anuais de 5,75%, carência de seis anos e prazo de 12 anos para pagamento. Na questão das dívidas, o ministro Rossi afirma que as renegociações, sobretudo dos investimentos, foram "paliativas" até aqui. E advoga a "equalização" do Tesouro em uma nova rodada de rolagem de débitos via redução de juros e "limpeza da gordura" embutida em repactuações anteriores. "Isso não será feito sem que o governo equalize para refazer o financiamento do setor. Tem que reduzir o juro, equalizar a dívida inteira", diz. "O passado tem que ter empenho do governo para ser pago. É sensível, mas precisa ser feito".
Originário da região sucroalcooleira de Ribeirão Preto/SP, o ministro Wagner Rossi informa ter decidido alterar as regras do programa de estocagem de etanol ("warrantagem"). "O programa atual tem incapacidade de manter os preços equilibrados", diz Rossi, em referência à forte elevação de preços na entressafra da cana, o que levou o governo a mexer novamente no percentual da mistura de etanol na gasolina. "Vamos reduzir juro, garantias e ampliar prazo de pagamento". O ministro afirma não ver "necessidade" de exigir garantias equivalentes a uma vez e meia o valor do empréstimo. "Isso tira a liquidez".
O programa de construção de armazéns nas fazendas (Moderinfra) também será turbinado com maiores recursos e prazos de carência e pagamento. "Acho que 15 anos de prazo é bom. Precisa ganhar dinheiro antes de começar a pagar. Senão, enfrentaremos turbulências". Cooperativas e consórcios de pequenos produtores serão estimulados a contratar crédito. "Precisa de fluxo de caixa positivo, sem tirar do giro", afirma. O ministro também defendeu a proposta da bancada ruralista para reformar o Código Florestal Brasileiro, em vigor desde 1965. "Eles ouviram o Brasil inteiro, e com grande participação me várias audiências públicas", diz Rossi.
Mas as discussões no Congresso seguem radicalizadas com os ambientalistas. O ministro quer garantia para áreas consolidadas de produção e a previsão de recuperação de áreas em outros biomas, e não na mesma bacia hidrográfica. "Ninguém, em sã consciência, pode propor a redução da produção agrícola", diz. E, como contrapartida dos produtores ao Estado, Rossi defende a compra de terras em áreas mais baratas. "Vamos fazer isso em áreas degradadas. Já temos até um mapa prévio". O ministro também inclui a proteção ambiental para Cerrado e Pantanal, e não apenas para a Amazônia. "Não será aí que vamos fazer qualquer expansão de área. Com bom senso, não vamos destruir nada porque o maior interessado na preservação da terra é, antes de todos, o próprio produtor".


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SETOR AUTOMOTIVO

São Paulo / SP
Vendas de veículos novos no país batem recorde no 1º quadrimestre
As vendas de veículos novos bateram mais um recorde no acumulado do ano, atingindo 1,066 milhão de unidades emplacadas no primeiro quadrimestre, superando a melhor marca até então, de 2008 (909,2 mil). Em abril, foram licenciados 277,9 mil automóveis, comerciais leves, ônibus e caminhões, com o resultado ainda sendo influenciado pelo efeito da redução de IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados -, que acabou em março mas respingou no mês passado devido aos estoques nas lojas e à corrida dos consumidores às concessionárias nos últimos dias para aproveitar o benefício fiscal.
Ao adiantar os números contabilizados até o último dia 29/4, que já apontavam o recorde para meses de abril e no primeiro quadrimestre, o novo presidente da Anfavea - Associação das Montadoras -, Cledorvino Belini, disse na sexta-feira, dia 30/4, que "abril é um bom mês, considerando a média diária e a sazonalidade". Em março, melhor mês em vendas e produção da indústria automobilística, foram licenciadas 353,7 mil unidades, o que levou a novas marcas também no primeiro trimestre. "Maio será um mês mais revelador da situação de mercado", pondera Luiz Carlos Mello, coordenador do CEA - Centro de Estudos Automotivos.
Desde abril, os carros a álcool ou flex de mil cilindradas tiveram a alíquota do IPI elevada de 3% para 5%. Já nos de até 2.000 cilindradas, o percentual passou de 7,5% para 11%. Para caminhões, a isenção do tributo permanece até junho, quando a alíquota retorna a 5%. O incentivo, concedido em dezembro de 2008 e que até o final de 2009 valia também para os carros a gasolina, foi uma das principais medidas tomadas pelo governo federal para combater os efeitos da crise econômica e estimular as vendas no setor. A medida surtiu efeito, e os emplacamentos registraram o terceiro recorde consecutivo no ano passado.
De olho nesse mercado ainda em crescimento, os investimentos da indústria automobilística brasileira entre 2010 e 2012 devem totalizar US$ 11,2 bilhões, bem acima do triênio anterior (2007 a 2009), quando ficaram em US$ 8,1 bilhões. Os recursos serão direcionados para o desenvolvimento de produtos, tecnologia e melhoria de processos. No entanto, ao anunciar os números na sexta-feira passada, dia 30/4, Belini não detalhou em quanto seria ampliada a capacidade produtiva instalada do setor, que atualmente está em 4,3 milhões de veículos --no ano passado, foram produzidos 3,2 milhões.


Washington / EUA
Grupo Ford registra crescimento de 24,7% nas vendas em abril
O grupo Ford vendeu 167.542 veículos em abril nos EUA, 24,7% a mais que há um ano, o que supõe o quinto mês consecutivo que a demanda dos automóveis da marca cresceu mais de 20%. Das três marcas centrais do grupo, a Ford foi a que obteve os melhores resultados, 26,1% mais que em abril de 2009. A Lincoln teve uma demanda de 7.279 veículos (21,9% de aumento) e a Mercury de 9.128 (19,1% de crescimento). Além disso, a Volvo vendeu 4.546 unidades, um aumento de 1%. A Ford chegou a um acordo para a venda do automóvel à empresa chinesa Geely que se materializará no terceiro trimestre do ano. A fabricante também assinalou que as vendas de carros totalizaram 57.849 unidades (um aumento de 10,3%), as de 4x4 46.326 unidades (32,7%) e as de caminhonetes 58.821 unidades (38,3% de aumento). De janeiro a abril, o grupo Ford vendeu um total de 591.592 veículos nos Estados Unidos, um aumento de 34%. A empresa também destacou que suas vendas a particulares (que exclui as vendas da frota das empresas) cresceram 32% por isso que sua fração de mercado neste setor voltou a aumentar em abril. (Agência EFE)


Washington / EUA
Vendas da Chrysler nos EUA sobem 25% em abril
A montadora de automóveis americana Chrysler anunciou ontem, dia 3/5, que suas vendas domésticas subiram 25% em abril na comparação com o mesmo mês de 2009, a melhor cifra mensal da empresa desde julho de 2005. "Abril foi um mês muito positivo para o Grupo Chrysler, com resultados concretos que destacam que a companhia está em um bom caminho e tomando impulso", declarou o principal executivo da montadora, Fred Diaz. A montadora vendeu 95.703 veículos no mês passado, contra 76.682 em abril de 2009. O destaque do número ficou por conta dos carros, que responderam por 32% dos dados, contra um percentual de 20% no mesmo mês do ano passado. (Agence France Presse / AFP)


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VAREJO & SERVIÇOS

Da redação - São Paulo / SP
Grupos estrangeiros estão de olho nas franquias brasileiras
Com a valorização do real e crescimento no cenário econômico, o Brasil passa a atrair olhares de franquias internacionais que buscam parcerias para novos investimentos. Nos últimos dois anos, a procura por empresas internacionais com interesse em implantar suas marcas no Brasil cresceu em 50%, afirma Paulo César Mauro, presidente da Global Franchise, consultoria que no momento assessora 19 redes internacionais com forte interesse no país e que já desenvolveu cerca de 200 projetos para empresas no Brasil e no exterior. No ranking da Global, está em busca de fechar negócio com brasileiros a Europa, seguida pelos Estados Unidos. Um exemplo é a Villa Pizza (Itália), fast-food de sanduíches e comida italiana que atualmente possui mais de 300 franquias e está presente em seis países. Também italiana é a Ingram, marca de roupa masculina presente nos Estados Unidos, China, Espanha e Romênia, além da Itália. À espera por espaço no território brasileiro também está a Athlete's Foot, rede de calçados esportivos, e a marca produtora dos famosos biscoitos Great American Cookies, entre outras.

Da redação – Porto Alegre / RS
Lojas Colombo espera alta de 20% nas vendas de Dia das Mães
A Lojas Colombo, uma das principais varejistas de eletroeletrônicos do país, projeta para este ano um aumento de cerca de 20% nas venda spara o Dia das Mães, em relação a 2009, quando o consumidor apresentava um comportamento muito mais cauteloso, ainda como reflexo da crise financeira global. O desempenho também deve ser impulsionado pela proximidade da Copa do Mundo, alavancando as vendas de TVs de tela fina e produtos de tecnologia, como notebooks, netbooks e smartphones.

Da redação – São Paulo / SP
Carrefour amplia sortimento de marcas próprias com produtos baby e pet
O Carrefour colocou no mercado dois lançamentos em marcas próprias: a linha Carrefour Baby, voltada para bebês, com opções de lenços umedecidos, talco, fraldas e hastes flexíveis; e a marca de rações para cães e gatos Pet Food. A rede possui hoje mais de 1.400 itens de marcas próprias distribuídas em dez categorias, como alimentos, beleza e saúde, higiene e limpeza, têxtil e alimentos saudáveis (Viver). Com os lançamentos, a empresa quer aproveitar o momento favorável do mercado, que tem crescido mais de 30% ao ano no Brasil.

Da redação – São Paulo / SP
Chilena Cencosud compra baiana Perini
O grupo varejista chileno Cencosud, dono da rede GBarbosa no mercado brasileiro, adquiriu a rede baiana Perini, com oito lojas em Salvador/BA focadas no público classe A, por US$ 27,7 milhões. Neste ano, a Cencosud há havia investido US$ 33,1 milhões para arrematar as lojas da cearense Super Família, com quatro lojas e um Centro de Distribuição em Fortaleza.

Da redação – Porto Alegre / RS
Brun Vídeo Produtora assina filme institucional do Grêmio Náutico União
A Brun Vídeo Produtora assina a criação e produção do filme institucional do Grêmio Náutico União. Com duração de seis minutos, o material já foi apresentado no Congresso Brasileiro de Clubes e no baile de aniversário do União, no dia 17/4. Todo rodado em HD (high-definition), a produção procura evidenciar, ao mesmo tempo, o fato de se tratar de um clube centenário, mas que busca constantemente a atualização e modernização. “Para evidenciar esses conceitos, captamos imagens das sedes, do dia a dia do clube, e também utilizamos imagens do arquivo histórico do próprio União”, ressalta o diretor da Brun Vídeo, Fábio Brun.
Sobre o Grêmio Náutico União - O Grêmio Náutico União foi fundado em Abril de 1906 por seis jovens garotos: Carlos Arnt, Hugo Deppermann, Arno Deppermann, Hugo Berta, Arnaldo Bercht e Emílio Bercht. Cento e três anos depois, o clube possui três sedes, mais de 60 mil associados e cerca de 450 funcionários. Hoje, é um dos maiores da América Latina e o terceiro maior no Brasil. Atualmente, o Grêmio Náutico União possui três sedes: Alto Petrópolis (58.400 m²), Ilha do Pavão (sede náutica com 126 m²) e Moinhos de Vento.
Sobre a Brun Vídeo Produtora - Há mais de 20 anos no mercado de produção audiovisual, a Brun Vídeo desenvolve vídeos institucionais, publicidade, além de eventos sociais. Com sede em Porto Alegre e Santa Rosa, tem atuação em todo o Rio Grande do Sul com uma equipe própria de cinegrafistas, editores e diretores de imagem. (Fonte: Spindler Comunicação Corporativa)


Da redação – Caxias do Sul / RS
Enter conquista novas contas
A empresa Enter Comunicação de Caxias do Sul conquistou as contas da Qualytool ConsultingGroup, empresa caxiense de consultoria empresarial, pesquisa e educação executiva, e da Emporio Arredo, fábrica de móveis artesanais de Garibaldi. Para a Qualytool, a Enter desenvolverá estratégias de relacionamento com a imprensa, além de coordenar a festa de 10 anos da empresa, que acontece em junho. Na Emporio Arredo, o trabalho será de consultoria em comunicação, com o planejamento de ações que aproximem a empresa de seus públicos. No mês de maio, a Enter Comunicação, que atua no mercado com Assessoria de Imprensa e Publicações, completa sete anos, e está preparando o lançamento de um novo projeto.


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COMÉRCIO EXTERIOR

Brasília / DF
Balança comercial tem queda de 65% e fecha abril com superavit de US$ 1,3 bilhão
A balança comercial brasileira - diferença entre exportações e importações - fechou abril com superavit de US$ 1,283 bilhão, ante resultado de US$ 3,693 bilhões registrado no mesmo mês do ano passado. O desempenho foi 65,3% inferior nesse comparativo, considerando a média diária de comércio. De acordo com dados divulgados nesta segunda-feira pelo Ministério do Desenvolvimento, o saldo em abril foi resultado de exportações de US$ 15,161 bilhões e importações que somaram US$ 13,878 bilhões ao longo do mês. Apesar do saldo menor, decorrente do crescimento das compras do exterior a um ritmo maior que a recuperação das vendas, a corrente de comércio - soma das duas operações - chegou a US$ 29,039 bilhões em abril, 38,6% superior ao resultado do mesmo mês em 2009, que foi de US$ 20,951 bilhões.


Brasília / DF
Falta de competitividade do produto brasileiro prejudica exportação
O secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Welber Barral, afirmou que a queda de 65,3% no saldo da balança comercial de abril em relação ao mesmo mês do ano passado está diretamente relacionada com o forte aumento das importações. "Mesmo com a base de comparação deprimida, o aumento nas compras foi considerável. O impacto foi uma redução considerável no saldo comercial", disse. Já do outro lado da balança, completou, os exportadores ainda enfrentam dificuldades para recuperar mercados importantes perdidos durante a crise. "O produto brasileiro não é competitivo no exterior por causa da burocracia, dos tributos e do câmbio. Com isso os exportadores perdem mercados e escala na produção", concluiu Barral.


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MERCADO DE TECNOLOGIA


São Paulo / SP
Pequena empresa é desafio para fornecedores de ERP
Entregar sistemas de gestão empresarial (ERP) para as Pequenas e Médias Empresas (PMEs) é um grande desafio para fornecedores nacionais e internacionais. Além de ter uma solução adequada para a automação desses negócios, eles precisam descobrir fórmulas para oferecer pacotes que os empresários possam pagar, bem como reduzir o custo de implantação, que consome o dobro do investimento em software. A Totvs leva mais vantagem nesse mercado por ter sido originada da Microsiga, criada para atender PMEs. Mas suas concorrentes internacionais, como SAP, Oracle e Microsoft, além de fornecedores brasileiros, como Benner, Senior, Mega e Sanhkya, também vêm reforçando investimentos para chegar a esses clientes, que estão distribuídos por todo o Brasil. SAP e Totvs, por exemplo, têm como metas para 2010 ganhar penetração no Nordeste. O argumento é que os Estados nordestinos têm alto potencial para a realização de negócios. "Fizemos um mapeamento e descobrimos que no Nordeste existe um grande volume de companhias médias que estão profissionalizando suas operações", explica a vice-presidente de segmento de PMEs da SAP no Brasil, Cristina Palmaka. A fornecedora alemã vai explorar a região por meio de vendas indiretas, via revendas especializadas.
Já a Totvs chegou a adquirir, em janeiro, duas revendas da Bahia: M2I e M2S, para expandir sua atuação naquele mercado e diminuir a distância entre possíveis clientes. "Como temos baixa penetração entre pequenas e médias empresas do Nordeste, sentimos a necessidade de estar mais próximos desses clientes por meio de uma operação própria", justifica o presidente da Totvs, Laércio Cosentino.
Curso com fundamentos básicos - A produtora mineira de ERP Sankhya quer brigar com os gigantes no Nordeste e também em outras regiões do País. Para isso, sua estratégia é oferecer cursos de capacitação para os clientes, com o objetivo de fazer com que eles tirem melhor proveito da tecnologia e economizem com custos de implantação dos produtos. A iniciativa teve incício porque a Sankhya se deu conta de que a falta de conhecimento básico sobre as ferramentas dificultava a venda de sua solução. "Os usuários olhavam para as telas do ERP e não entendiam nada. Eles não tinham conhecimento de gestão, dos fundamentos contábeis nem sabiam analisar um balanço", conta o diretor-presidente da Sankhya, Felipe Calixto. A capacitação, segundo Calixto, reduziu o tempo de implantação dos projetos entre 30% e 35%.
Com a fórmula de investir em treinamento, a empresa conseguiu conquistar usuários da concorrência. Um deles foi a Emegê Alimentos, que produz mensalmente 6,5 milhões de toneladas de massa. A empresa adquiriu o ERP da SAP para funcionar na fabricante de macarrão Rei Massas (uma das empresas do grupo), com sede em Uberlândia. Mas o alto custo de manutenção levou à substituição da solução pelo produto da Sankhya. "Na época, pagávamos entre 60 mil reais e 70 mil reais por mês para mantermos o ERP da SAP. Com a troca pelo sistema da Sanhkya, esse gasto caiu para aproximadamente 1,2 mil reais por mês", compara o contador da Emegê Alimentos, Humberto Silva.
A Emegê desativou o centro fabril da Rei Massas, mas a base de dados foi transferida para o grupo, que opera com matriz em Goiás e filiais no Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e Amazonas. A empresa não conseguiu importar os dados do SAP para o novo sistema de gestão e mantém o antigo ERP apenas para consulta. Hoje, a solução de ERP usada pela companhia é a da fornecedora brasileira.
Silva acredita que o treinamento facilita o uso do ERP e melhora a imagem desses sistemas, que ficaram com fama de que caros e de difícil implantação. Além disso, na avaliação do executivo, casos de empresas que não tiveram sucesso ao adotar soluções do tipo prejudicam a venda dos sistemas de gestão para pequenas e médias empresas. O contador da Emegê Alimentos acredita que educar as PMEs é uma das saídas para cativar esses clientes. O vice-presidente de gestão de atendimento e relacionamento da Totvs, Wilson de Godoy, reconhece que chegar aos clientes PME não é tarefa fácil. "ERP com preço competitivo e canal não é tudo. É preciso ter um jeito especial para atender e também saber se relacionar com essas empresas". (Agência Computerworld)


Nova Iorque / EUA
Apple vende 1 milhão de iPads em 28 dias
Em apenas 28 dias, a Apple vendeu 1 milhão de iPads, seu computador tablet. Usuários já baixaram mais de 12 milhões de aplicativos e 1,5 milhão de livros em formato eletrônico, informou o fabricante tecnológico ontem, dia 3/5. A companhia californiana lembrou em comunicado que o iPad chegou ao mercado em 3/4 e informou que, na sexta-feira passada, vendeu o computador de número 1 milhão. O executivo-chefe da Apple, Steve Jobs, destacou nesse comunicado que para alcançar o milhão de iPads vendidos a companhia precisou de menos da metade do tempo que o iPhone levou para atingir a marca, que demorou 74 dias para alcançar esse número. "A demanda segue superando a oferta e estamos trabalhando intensamente para atender os clientes", acrescentou Jobs. O iPad é um pequeno computador portátil de uma só tela que se assemelha a um iPhone, porém em tamanho maior, já que não tem teclado incorporado e sua tela é tátil. Permite navegar pela internet, ler livros eletrônicos, utilizar contas de e-mail, ver fotos e filmes em alta definição e escutar música, entre muitas outras funções típicas de um computador pessoal. Uma hora depois da abertura do mercado nova-iorquino Nasdaq, as ações da Apple subiam 1,8% e eram negociadas a mais de US$ 265,70. (Agência EFE)


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MERCADO WEB

São Francisco / EUA
Google Apps agora permite apagar cookies de login remotamente
Administradores do Google Apps agora podem desativar cookies do navegador que contém credenciais de login, movimento para aumentar a segurança no pacote de aplicativos corporativos da empresa. Os usuários do serviço podem acessar suas contas de qualquer dispositivo ou navegador, portanto permitir aos administradores apagar cookies do painel de controle do Google Apps adiciona recursos de segurança, afirmou o Google ontem, dia 3/5. A funcionalidade será útil para administradores caso o PC ou dispositivo móvel de um usuário final seja roubado ou perdido, afirmou o engenheiro de softwares do Google Apps, Will Smit, em um post oficial. “Isso registrará tudo sobre as sessões atuais de um usuário e pedirá uma nova autenticação na próxima vez que ele tentar acessar o Google Apps”, escreveu Smit. Os administradores do Google Apps já podem redefinir senhas de usuários finais. (Agência IDG News Service)


Da redação – Porto Alegre / RS
Novidade na web quer discutir o talento para o futebol do brasileiro aplicado à gestão das empresas
Futebol na Cabeça, www.futebolnacabeca.com.br, é um projeto que acaba de ser lançado com o objetivo de difundir e discutir idéias relacionando futebol e sociedade no Brasil. Criado por Vitor Bertini, o projeto desenvolve seu conteúdo a partir da pergunta “por que o Brasil vai tão bem no futebol e em outras áreas não consegue o mesmo desempenho?” O portal abre caminho para palestras, um livro, uma unidade de pesquisa de opinião pública além de um blog de atualização diária e outro, em inglês, voltado para os admiradores do futebol brasileiro no exterior. As palestras “Futebol na Cabeça” partem de uma visão geral das razões do sucesso do futebol brasileiro e se desenvolvem tendo algum aspecto específico de gestão como foco. De caráter motivacional, institucional ou de treinamento de pessoal, o futebol sempre é o paradigma. Profundamente identificadas cultural e emocionalmente com a platéia, instigantes no conteúdo e provocativas na abordagem, as palestras buscam mostrar as relações entre futebol e alto desempenho empresarial ou pessoal. Para o idealizador, o objetivo do projeto é contribuir no entendimento e na construção das relações da sociedade com o futebol brasileiro. Esta é uma temática crescente no mundo. Simon Kupper em seu livro Soccernomics - ainda inédito no Brasil, estabelece relações entre futebol e desenvolvimento econômico. Seguindo esta tendência, Bertini estuda e compila dados sociais e de gestão para explicar o sucesso de nosso futebol dentro das 4 linhas. “Esta semana o Brasil voltou a ocupar o 1º lugar no ranking da FIFA, temos algum benchmark melhor?” - provoca Bertini.


Da redação – São Paulo / SP
Brasileiros navegam mais de 70 horas em março
Números divulgados pelo Ibope mostram que os brasileiros passaram em média 71:14:32 conectados à internet no mês de março, 16,8% mais que em fevereiro. O número de pessoas que utilizaram a internet de maneira ativa no último mês também cresceu: em março, chegou a 37,9 milhões, 3,3% mais que no mês anterior.


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MERCADO DE LUXO


Paris / França
Louis Vuitton é a marca de luxo mais valiosa do mundo
A Louis Vuitton foi considerada a marca de luxo mais valiosa do mundo, segundo um estudo da consultoria Millward Brown Optimor. A grife francesa foi avaliada em US$ 19,8 bilhões, seguida pela Hermès, que foi avaliada em US$ 8,45 bilhões. Em terceiro, apareceu a italiana Gucci, com valor de marca de US$ 7,58 bilhões. O quarto ficou com a francesa Chanel (cujo valor foi estimado em US$ 5,54 bilhões) e o quinto ficou a Hennessy, avaliada em US$ 5,36 bilhões. Segundo a consultoria, as marcas mais bem colocadas no ranking alcançaram tal prestígio por apoiarem sua estrutura de comunicação em valores ligados à exclusividade e à sofisticação associadas ao seu consumo. O ranking das dez marcas mais valiosas do segmento de luxo foi completado por Rolex, Moet & Chandon, Cartier, Fendi & Tiffany & Co. (Agence France Presse / AFP)


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AGENDA – Eventos / Cursos / Feiras


Da redação - Brasília / DF
Inicia hoje a Tecnotêxtil/Seritex 2010 em Goiania
Dezenas de trabalhadores estão concentrados desde o último dia 30/4 finalizando a montagem de estandes, máquinas e equipamentos que estarão em exposição nas feiras Tecnotêxtil e Seritex 2010. O evento inicia hoje, dia 4/5, e se estende até sexta-feira, dia 7/5, no Centro de Convenções de Goiânia, em Goiás. Mais de 230 marcas expositoras têm presença confirmada na mostra. O horário de visitação é das 15h às 22h. “O público que vier ao evento vai se beneficiar de diversas maneiras. Aqui é tempo de estruturar novos e bem sucedidos negócios e de aprimorar conhecimentos através das palestras do seminário Tecnológico da ABTT e do ENAT”, diss e Hélvio Roberto Pompeo Madeira, presidente da feira, referindo-se aos eventos paralelos. A grande novidade do Seminário Tecnológico neste ano é a inclusão da programação do ENAT – Encontro Nacional de Tecelagem e Confecção, evento apresentado pelo SENAI-CETIQT, pela primeira vez fora de sua sede, o Rio de Janeiro. Ainda de acordo com Madeira, “a moda também estará muitíssimo bem representada nestes quatro dias”, fazendo referência ao Brasil Fashion Designers, grande evento de moda com desfile marcado para hoje, dia 4/5, no Teatro Rio Vermelho, a partir das 19h. Caravanas - Os organizadores das feiras também aguardam a vinda de caravanas oriundas de municípios do interior de Goiás e de estados do centro-oeste brasileiro. “Ninguém quer ficar de fora. A procura por inscrições tem sido grande, nossa expectativa de público é muito boa. Aqui na Tecnotêxtil e Seritex 2010, todos os elos da cadeia têxtil estão presentes”, finalizou Madeira. Outras informações e a grade completa das atividades da feira estão à disposição em www.feiratecnotextil.com.br. (Fonte: Leed - Inteligência e Soluções em Comunicação)

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