Edição 243 | Ano II

Nova Iorque / EUA
S&P mantém classificação de risco do Brasil
A agência S&P - Standard & Poor's - manteve ontem, dia 8/12, a classificação de risco do Brasil, ao considerar que o país superou bem a crise e desfruta de estabilidade política, e considera pouco provável uma mudança de cenário em um prazo de dois anos. A avaliação do crédito soberano em moeda estrangeira de longo prazo permanece "BBB-", enquanto o crédito de curto prazo continua com nota "A-3". "A forte recuperação do Brasil oferece aos políticos do país uma oportunidade para melhorar a capacidade de crédito do governo, consolidando sua situação fiscal, mantendo a inflação sob controle e promovendo o desenvolvimento de investimentos privados a médio prazo", afirmou o analista de crédito soberano da S&P, Sebastián Briozzo, por meio de nota. Segundo ele, o principal risco que tem agora a economia brasileira está no aspecto fiscal, já que "uma prolongada política fiscal relaxada traria danos às dinâmicas da dívida do Governo, complicaria a política monetária e aumentaria ainda mais a dependência do país de fatores externos". A economia do Brasil está se recuperando rapidamente dos efeitos da recessão mundial, segundo a S&P, que calcula que o PIB - Produto Interno Bruto - poderá crescer até 5,8% em 2010, após um aumento de 0,5% em 2009, e que a médio prazo, o crescimento pode chegar a 4,5%. (Agência EFE)


Copenhague / Dinamarca
Fundo do clima pode excluir Brasil
Com a União Europeia à frente, governos de países industrializados se recusam a repassar recursos dos fundos de Adaptação e Mitigação aos grandes países emergentes, como o Brasil. A discussão nos bastidores do primeiro dia da Cop15 - 15ª Conferência do Clima das Nações Unidas, em Copenhague, dia 7/12. O mecanismo, estimado pela União Europeia em 100 bilhões por ano no período 2013 a 2020, é o principal meio de financiamento de ações para prevenir e minimizar os efeitos do aquecimento global.
Alerta - Negociadores europeus e sul-americanos ouvidos pelo Estado alertam que, sem o entendimento sobre o repasse de recursos dos fundos, as chances de acordo são reduzidas. Os debates sobre financiamento devem ser os mais complexos da COP-15. Não há consenso nem sobre a administração do fundo nem sobre seu montante total - e muito menos sobre a divisão dos valores, assunto que provoca divergência ainda maior entre os diplomatas europeus. Para eles, a crise econômica - marcada pelo mau desempenho de países industrializados e pela boa performance dos grandes emergentes como China, Índia e Brasil - alterou as condições de negociação entre Bali, em 2007, e Copenhague, em 2009.
Migração de recursos - "A arquitetura do Protocolo de Kyoto previa fluxos significativos de recursos migrando para China, Índia e Brasil. Hoje, acreditamos que, quanto maiores as necessidades de recursos de um país, mais ele precisa receber", disse ao Estado o negociador da União Europeia, Artur Runge-Metzger, em referência às nações menos desenvolvidas, como as africanas.
Posição confirmada - O ex-ministro do Meio Ambiente da França e embaixador encarregado das negociações do clima, Brice Lalonde, confirma a posição. "Na Europa, nos perguntamos se os emergentes devem receber recursos do Fundo de Adaptação ou se o mais plausível seria que apenas os países menos desenvolvidos, como os da África, tenham acesso", afirmou. "O mundo mudou após a crise, e o papel dos emergentes não é mais o mesmo."
Manobras - Na segunda-feira, dia 7/12, Luiz Alberto Figueiredo, diretor do Departamento de Meio Ambiente do Itamaraty, um dos brasileiros responsáveis pelas negociações, reconheceu que nações industrializadas vêm fazendo manobras para privar os emergentes de recursos. "Um dos problemas da COP-15 é a falta de um engajamento claro sobre o financiamento das ações dos países em desenvolvimento", afirmou, referindo-se também às nações emergentes. "Se não houver financiamento adequado aos países em desenvolvimento será muito difícil sair de Copenhague com um acordo."
Curto prazo - Segundo Figueiredo, os países aceitam mais a criação de um fundo de curto prazo, chamado Fast Start Fund, como o que estabelece US$ 10 bilhões ao ano até 2013. Porém, eles não querem se comprometer com recursos no longo prazo. A posição europeia encontra respaldo também nos Estados Unidos. Ontem, Jonathan Pershing, o principal negociador americano, disse que o país está disposto a fazer a sua parte na contribuição dos US$ 10 bilhões. Mas fez questão de ressaltar que os recursos seriam para as nações "mais vulneráveis e menos desenvolvidas" - o que não inclui o Brasil.
Congresso americano - Segundo avaliação de outro integrante da delegação brasileira, no Congresso americano atualmente é mais problemática a aprovação de recursos para emergentes do que a adoção de metas de cortes das emissões de gases-estufa. Um exemplo prático do impasse é o mecanismo de Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (Redd). As negociações, diz o embaixador brasileiro Sergio Serra, estão avançadas. No entanto, se não for definido um pacote econômico, o mecanismo - que interessa diretamente ao Brasil - não terá como ser implementado.
Origem dos recursos - O fundo é formado por 2% dos recursos do chamado Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), instrumento criado pelo Protocolo de Kyoto para agregar dinheiro para que países menos industrializados promovam o desenvolvimento sustentável. Hoje, o fundo tem cerca de 266 milhões, mas até 2012 poderá receber de 100 milhões a 400 milhões por ano. (Agência Estado)


Washington / EUA
Banco Mundial alerta para novos episódios como a crise da dívida de Dubai
O presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, disse nesta terça-feira no Japão que a turbulência criada no mercado financeiro com a incerteza sobre a dívida da Dubai World - o braço de investimentos do emirado de Dubai (Emirados Árabes Unidos) - será solucionada, mas alertou para "diferentes ondas" que a crise econômica pode vir a gerar. Zoellick fez as declarações após encontro com o primeiro-ministro do Japão, Yukio Hatoyama. No fim de semana, durante encontro com o primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh, Zoellick já havia dito que os problemas de Dubai eram "gerenciáveis" e não afetariam o mercado local. "Eu pessoalmente acho que os problemas financeiros de Dubai podem ser contidos e gerenciados", disse Zoellick na ocasião. "Eu não acho que isso trará algum efeito aos mercados indianos."
Negociação - Hoje, um grupo de bancos internacionais e regionais se reuniu com o Dubai World para iniciar a discussão sobre os esforços da companhia para reestruturar a dívida de US$ 26 bilhões, segundo o diário econômico Financial Times. Citando fontes próximas ao processo, o jornal disse que a reunião era o início do que se esperava ser um longo processo e que incluía os principais credores, que deverão formar um comitê de direção. O teste-chave do processo de reestruturação será um bônus islâmico, chamado sukuk, emitido pela Nakheel, o braço imobiliário do Dubai World, de US$ 4,05 bilhões com vencimento em 14/12.
Uma pessoa próxima às negociações disse ao "Financial Times" que havia opiniões diferentes entre os credores. "Alguns credores acham que se houver uma paralisação, todos devem parar. No outro extremo, alguns acreditam que o sukuk tem de ser restituído a qualquer preço." Os bancos Standard Chartered, HSBC, Lloyds e Royal Bank of Scotland, juntamente aos concessores de empréstimos locais Emirates NBD e Abu Dhabi Commercial Bank, estão entre os credores.
Na última sexta-feira, dia 4/12, o jornal britânico The Guardian informou que os credores do Dubai World iriam rejeitar o pedido de moratória apresentado pelo conglomerado. De acordo com fonte ouvida pelo jornal, não haverá acordo sobre uma moratória. A crise começou dia 25 de novembro, quando Dubai pediu o adiamento do pagamento da dívida do conglomerado Dubai World e de seu braço imobiliário Nakheel.

Rio de Janeiro / RJ
OGX vai investir R$ 4,2 bi no RJ até 2012
A OGX, empresa de petróleo do grupo EBX, esclarece que vai investir R$ 4,2 bilhões no Rio de Janeiro até 2012. A companhia corrigiu o valor, anteriormente informado por ela, de R$ 4,1 bilhões. A empresa pretende começar a produzir no final de 2011. O montante é para contratação de pessoal e equipamentos, exploração e início da produção. No total, 39 poços serão perfurados na Bacia de Campos, no litoral do Rio. Em setembro, a OGX deu início à atividade exploratória nessa bacia. Dos 29 blocos exploratórios que a empresa possui concessão, sete estão na Bacia de Campos. A consultoria norte-americana DeGolyer & MacNaughton, contratada pela OGX, calcula que esses blocos possuem recursos estimados em 3,6 bilhões de barris de óleo equivalente, com probabilidade de sucesso de 44,1%. (Agência Estado)

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MANCHETES DOS PRINCIPAIS JORNAIS Nacionais e Internacionais

HOJE – Quarta-feira / 9 de dezembro de 2009

Jornais nacionais
Folha de S.Paulo /
Chuva alaga marginais e isola SP
Agora S.Paulo /
Tietê sobe 7 metros e engole a marginal
O Estado de S.Paulo / Chuva paralisa SP e mata seis
Jornal do Brasil / O país no rumo da bolha
O Globo / Chuva mata 6 e leva caos a São Paulo
Valor Econômico / Nova lei de falência já salva empresas e cria empregos
Correio Braziliense / Câmara aceita pedidos, mas só vota em 2010
Estado de Minas / O paraíso dos importadores
Diário do Nordeste / Alerta: gripe suína tem 10 novos casos no CE
A Tarde / Feriado violento: 13 mortes em 24 horas
Extra / Nova presidente do Flamengo quer enquadrar Adriano
Correio do Povo / União aceita reduzir royalties do pré-sal
Zero Hora / Ex-reitor se diz vítima de "esquema" na Ulbra

Jornais internacionais
The New York Times (EUA) / Reid diz que acordo resolve o impasse na opção pública
The Washington Post (EUA) / Apesar da seca recorde, agricultores australianos se recusam a pagar por alterações climáticas
The Times (Reino Unido) / Mercados dizem a chanceler: é hora de acabar com os gastos
The Guardian (Reino Unido) / Trabalhistas abrem nova frente de batalha com o City
Le Figaro (França) / Sarkozy lembra os muçulmanos da França, seus direitos e deveres
El País (Espanha) / Espanha teme um longo sequestro depois de confirmar a autoria da Al Qaeda
Clarín (Argentina) / Encontrados mortos no Pomar: controvérsia sobre a investigação



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INDICADORES ECONÔMICOS


São Paulo / SP
IPC-Fipe cai para 0,20% na 1ª prévia
A inflação na cidade de São Paulo, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), recuou de 0,29% em novembro para 0,20% na primeira leitura de dezembro. Divulgado pela Fipe - Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas -, o IPC ficou abaixo das projeções dos analistas ouvidos pela Agência Estado, que esperavam uma taxa de 0,26% a 0,32%, com mediana de 0,28%. Dos sete grupos que compõem o IPC apresentaram alta Despesas Pessoais (de 0,44% a 0,47%) e Vestuário (de 0,35% para 0,66%). Desaceleraram os grupos Habitação (de 0,21% para 0,07%), Alimentação (de 0,30% para 0,17%), Transportes (de 0,35% para 0,17%) e Saúde (de 0,23% para 0,17%). O grupo Educação ficou estável em 0,09%. Veja como ficaram os grupos que compõem o IPC:
Habitação: 0,07%
Alimentação: 0,17%
Transportes: 0,17%
Despesas Pessoais: 0,47%
Saúde: 0,17%
Vestuário: 0,66%
Educação: 0,09%
Índice Geral: 0,20%



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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP e Associated Press)

HOJE – Fechamento das Bolsas da Ásia

Tóquio / Japão
Bolsas da Ásia fecham em queda
As quedas das bolsas de Nova York e dos preços das commodities ontem, bem como o rebaixamento dos ratings da Grécia e de empresas estatais de Dubai, azedaram o humor dos investidores na maioria das bolsas asiáticas.
- Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou o pregão em queda de 1,44%, aos 21.741,76 pontos. As ações dos bancos foram afetadas pelas preocupações com a recuperação econômica global e com os planos de levantamento de recursos por parte dos bancos chineses. O mercado teme que as instituições bancárias chinesas tenham de emitir ações para captar recursos e atender a padrões mais rígidos de reservas de capital. HSBC declinou 2,6% e Standard Chartered caiu 4,2%.
- As Bolsas da China também foram influenciadas negativamente pelas ações do setor bancário. O Xangai Composto caiu 1,7% e encerrou aos 3.239,57 pontos. Já o Shenzhen Composto perdeu 1,4% e terminou aos 1.211,79 pontos. Banco Industrial e Comercial da China (ICBC) baixou 1,5%.
- Já a Bolsa de Taipé, em Taiwan, apresentou ligeira alta, alavancada pelos papéis de setores de LED e energia solar. O Taiwan Weighted subiu 0,4% e encerrou aos 7.797,42 pontos, o maior fechamento desde fins de junho de 2008.
- A Bolsa de Seul, na Coreia do Sul, recuperou-se das perdas iniciais e fechou em alta sob a liderança do setor automotivo e das empresas de tecnologia com grande capitalização de mercado. O índice Kospi ganhou 0,4%, para 1.634,17 pontos.
- Na Austrália, a queda nas cotações das commodities arrastou a Bolsa de Sydney para sua quarta baixa consecutiva. O índice S&P/ASX 200 declinou 0,7%, para 4.637,9 pontos.



ONTEM – Na Bovespa, NY e Europa

São Paulo / SP
Bovespa fecha em queda de 1,14%; investidor embolsa ganhos em dia nervoso
Mostrando que dezembro deve ser um mês volátil para o mercado de ações, os investidores embolsaram parte dos ganhos de ontem e derrubaram a Bovespa na jornada de ontem dia 8/12. Preocupações com agências de "rating" também deram o tom dos negócios de hoje, véspera do Copom no Brasil. E em um ambiente de maior nervosismo, a taxa de câmbio doméstica cravou R$ 1,75.
- O Ibovespa, índice que reflete os preços das ações mais negociadas, recuou 1,14% no fechamento, aos 67.728 pontos.
- O giro financeiro foi de R$ 6,18 bilhões.
- O dólar comecial
foi cotado por R$ 1,758, em um avanço de 2,14%.
- A taxa de risco-país
marca 211 pontos, número 1,44% acima da pontuação anterior. "O que está 'mandando' no preço do dólar neste momento é o mercado futuro [BM&F]. O volume neste segmento aumentou muito.
Análise 1 - Os agentes financeiros que atuam no futuro devem estar posicionados em dólar a R$ 1,72 ou R$ 1,73 e não devem deixar a taxa cair abaixo disso", comenta Luiz Fernando Moreira, da mesa de operações da corretora Dascam. Em uma dia sem indicadores de destaque, as conversas nas mesas de operações de corretoras giraram em torno das agências de classificação de "rating" (risco de crédito). Tudo porque essas agências manifestaram preocupação com as consequências dos imensos gastos públicos realizados pelos países desenvolvidos para fazer frente à crise financeira mundial desde 2008.
Análise 2 - No front doméstico, o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - reportou uma safra de grãos de 140,4 milhões de toneladas, em um crescimento de 4,7% sobre 2009. A FGV - Fundação Getulio Vargas - apontou inflação de 0,07% em novembro, ante uma deflação de 0,04% em outubro, pela leitura do IGP-DI. O mercado também trabalhou sob expectativa da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que anuncia amanhã, após o encerramento dos mercados, a nova taxa básica de juros do país. Há pouca divergência entre economistas de que o resultado da reunião desta semana será a manutenção das taxas em 8,75% ao ano, ganhando mais importância o teor do comunicado oficial.


Nova Iorque / EUA
Bolsas de NY fecham em baixa com aversão ao risco
As preocupações com a recuperação da economia mundial - reforçadas hoje por alertas sobre a situação fiscal da Grécia e os déficits dos EUA e do Reino Unido - pesaram sobre o mercado de ações norte-americano, que fechou em baixa, pressionado particularmente pelo declínio acentuado nos papéis dos segmentos industrial e de commodities. Pela manhã, a Fitch Ratings rebaixou o rating de crédito da Grécia de A- para BBB+, destacando "preocupações com a perspectiva de médio prazo para as finanças públicas", enquanto a Moody''s afirmou que tanto os EUA quanto o Reino Unido precisam provar que podem reduzir o déficit para evitar ameaças a seus respectivos ratings AAA.
- O Dow Jones caiu 104,14 pontos, ou 1,00%, para 10.285,97 pontos, registrando a primeira queda das últimas três sessões. Entre seus componentes, Chevron recuou 1,80%, Exxon Mobil perdeu 1,11% e Caterpillar fechou em baixa de 2,05%.
- Entre os demais índices acionários, o S&P 500 perdeu 11,32 pontos, ou 1,03%, para 1091,93 pontos. Todas as categorias do índice fecharam no vermelho, com queda mais acentuada entre os papéis de energia e matérias-primas.
- O Nasdaq caiu 16,62 pontos, ou 0,76%, para 2.172,99 pontos.- O volume negociado na Bolsa de Valores de Nova York (Nyse) alcançou 1,178 bilhão de ações, de 1,059 bilhão


Análise - As notícias provocaram uma onda de aversão ao risco que deu impulso ao dólar e provocou o declínio nos preços do petróleo e dos metais, pesando também sobre diversos componentes do índice Dow Jones. O McDonald''s, que também faz parte do índice, caiu 2,13% após anunciar que as vendas mundiais de lojas abertas há um ano ou mais subiram 0,7% em novembro. Nos EUA, as vendas caíram 0,6%, enquanto na região que compreende a Ásia, o Oriente Médio e a África o declínio foi de 1%. O Dow também foi pressionado pelo declínio de 1,03% nas ações da 3M. A companhia divulgou uma previsão de lucro para o ano que vem que ficou dentro das expectativas do mercado, mas apresentou uma projeção de resultados para este ano que não empolgou os investidores. Operadores destacaram que grande parte das preocupações de hoje já haviam sido levantadas há duas semanas, quando os receios com a dívida da Dubai World abalaram os mercados mundiais. As ações se recuperaram desde então mas, conforme o fim do ano se aproxima, outros receios de longo prazo começam a ganhar força. "A economia não provou que pode andar com as próprias pernas ainda e o mercado está aparentemente bastante cansado", disse Gary Flam, gerente de carteiras de investimento da Bel Air Investment Advisors.


Londres / Inglaterra
Bolsas europeias fecham em queda com temor sobre setor bancário
As Bolsas da Europa fecharam em baixa os pregões de ontem, dia 8/12, com o setor bancário em queda devido às preocupações sobre a exposição do setor financeiro à dívida da Dubai World --o braço de investimentos do emirado de Dubai. Na Grécia, o setor bancário foi afetado por um rebaixamento por parte da agência de classificação Fitch.
- A Bolsa de Londres caiu 0,22%, indo para 5.310,66 pontos no índice FTSE 100.
- A Bolsa de Frankfurt teve baixa de 0,57% no índice DAX, para 5.784,75 pontos.
- A Bolsa de Zurique teve baixa de 0,47%, indo para 6.470,61 pontos no índice Swiss Market.
- A Bolsa de Madri teve baixa de 0,20%, com 1.253,30 pontos no índice Madrid General.
- O índice FTSEurofirst 300 (que reúne ações das principais empresas européias) encerrou em queda de 0,48%, a 1.020 pontos.
- O índice FTSEurofirst 300, que reúne ações das principais empresas europeias, caiu 1,52%, a 1.005 pontos, na mínima em uma semana.
Análise - "Investidores têm lembrado que há muitas questões - a Dubai World e o rebaixamento da Grécia -, o que sugere que há muitos elementos potencialmente negativos", disse o economista Peter Dixon, do Commerzbank. O setor bancário foi o que mais tirou pontos do índice europeu de ações. National Bank of Greece e o EFG Eurobank perderam 9,9% e 6,5%, respectivamente. O segmento também sofreu pressão depois que operadores citaram uma notícia sobre o tamanho das perdas que a Nakheel, unidade da Dubai World, está enfrentando. HSBC, Barclays, Santander e BNP Paribas recuaram entre 1,1% e 2,7%. As ações de empresas ligadas a commodities caíam em linha com o retrocesso dos preços futuros do petróleo e dos metais.


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AGRONEGÓCIOS


Da redação – Brasília / DF
Rastreabilidade vai fortalecer Brasil no comércio exterior
A rastreabilidade de carne de boi e de búfalo, vai favorecer a exportação de carne brasileira. O deputado Moreira Mendes, membro da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), acredita que a sanção da Lei 12.097/09, proveniente do Projeto de Lei 3514/2008, que organiza a rastreabilidade de carne de boi e de búfalo, vai favorecer a exportação de carne brasileira e fortalecer a posição do país nas negociações comerciais, especialmente com a União Européia, o segundo maior mercado, atrás da Rússia, e o "mais exigente", conforme avaliação do deputado.
Análise - Em entrevista realizada pela Agência Câmara, o deputado analisa que a nova Lei diferencia o Brasil dos outros países, uma vez que todos os documentos de controle passam a ser previstos na legislação, tanto o GTA - Guia de Trânsito Animal -, quanto a marca, e as exigências de sanidade animal. Moreira Mendes lembra que na Europa, onde há as maiores exigências, os animais transitam livremente, sem nenhum controle.
Fator positivo - Para ele, o fato de as regras terem sido aprovadas pelo Congresso Nacional - em detrimento de outros instrumentos legais que vinham sendo utilizados anteriormente, como instruções normativas do Poder Executivo - é outro fator positivo que poderá influenciar as negociações comerciais, pois dará maior respaldo à posição nacional.
Chip - Mendes também explicou que o uso do chip para controle dos animais não é obrigatório por se tratar de uma alternativa cara, que não daria para ser utilizada pelos pequenos produtores, mas que o projeto não proíbe que o produtor coloque chip no seu gado caso queira. Segundo o deputado, a preocupação do Congresso foi estabelecer uma lei que pudesse ser cumprida por todos. "Se o europeu disser que só compra carne "chipada", tudo bem, mas ele terá que pagar o preço. Será uma relação direta com o vendedor, que cobrará mais caro pelo seu produto. Isso é uma negociação legítima, do mercado. O importante é que o Brasil já fez sua parte e temos uma lei para garantir os padrões que consideramos necessários para regular o mercado de carne", finalizou o parlamentar. (Fonte: Agência Câmara)

Da redação – Brasília / DF
Soja é destaque da safra 2009/2010
O plantio da soja segue como a cultura que mais cresce no País, em detrimento do cultivo do milho, e ao menor custo da lavoura por hectare, maior liquidez e resistência à estiagem. A expectativa para a produção de grãos da safra 2009/2010 pode alcançar 140 milhões de toneladas, 4% sobre o ciclo anterior ou cinco milhões de toneladas a mais. Esses números foram apresentados pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, ontem, dia 8/12, no 3º levantamento realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O estudo mostra que, se houver manutenção da área e condições climáticas favoráveis nas regiões de maior plantio, a soja deve chegar a 64,5 milhões de toneladas, número recorde e 12,9% maior que no ano passado, 57,16 milhões de toneladas. O feijão também apresenta números positivos para a primeira safra, apesar da redução do plantio. A colheita está projetada em 1,49 milhão de toneladas, sendo 10,6% maior e 142,6 mil toneladas a mais. A variação se deve à recuperação da produtividade, afetada pela estiagem no ano passado, principalmente no Paraná.
Stephanes informou que esse levantamento da Conab não levou em conta os efeitos da chuva nos estados, principalmente no Rio Grande do Sul, que teve diminuição de 100 mil hectares no cultivo, com 2% de queda na produção. "Todas as medidas para não interromper a produção foram adotadas, como a prorrogação de dívidas, concessão de créditos para replantio e aceleração do pagamento de seguro", garantiu. Porém, o ministro advertiu sobre os problemas nas pontes, pontilhões e estradas. "A produção tem mecanismos para recuperação, mas o custo de estradas é muito grande", diz.
Durante a apresentação, o ministro comentou sobre o pagamento dos lotes de café aos participantes do leilão de opções com vencimento em dezembro, que começou na segunda-feira, dia 7/12. Até o momento foram entregues 740 mil sacas, do total de um milhão contratadas. Dessas, 400 mil já foram aprovadas, mas as demais estão em fase de avaliação. Ele explicou que aproximadamente 85% dos produtores estão exercendo as opções, mas nem todos apresentam a qualidade necessária. "Entramos na aquisição e os preços no mercado estão reagindo. As compras não deverão ser no nível que o governo tinha estimado", finaliza.



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SETOR AUTOMOTIVO


Tóquio / Japão
Volkswagen compra 20% da Suzuki por US$ 2,5 bilhões
A Volkswagen vai comprar um quinto da Suzuki Motors por 2,5 bilhões de dólares, dando à companhia alemã a expertize da companhia japonesa na produção de carros pequenos e domínio na Índia, enquanto busca se tornar a maior montadora do mundo. Com a indústria global de veículos ainda enfrentando demanda frágil, excesso de capacidade crônico e regras ambientais mais rígidas, a pressão tem crescido para que montadoras unam força para reduzir custos e desenvolverem novas tecnologias.
No início deste mês, a PSA Peugeot Citroen e a Mitsubishi Motors informaram que vão explorar relacionamento mais próximo, que até agora vinha sendo limitado a uma parceria de projeto. O acordo recente prevê que a Suzuki vai investir até metade dos recursos recebidos em ações da Volkswagen, ganhando o apoio da terceira maior montadora do mundo. As ações de ambas as companhias subiram. "É uma combinação interessante que tem benefícios mútuos", afirmou o analista Toshiro Yoshinaga, da Aizawa Securities. "A Suzuki tem uma sólida posição na Índia e o mesmo acontece com a Volkswagen na Europa."
A Volkswagen, que também é a maior montadora da China, o maior mercado de veículos do mundo, vai fornecer à Suzuki tecnologia para produção de carros híbridos e elétricos que não possui em sua linha de produtos.Nos primeiros seis meses de 2009, a Volkswagen vendeu 3,265 milhões de veículos e a Suzujki vendeu 1,15 milhão. As vendas combinadas das empresas de 4,415 milhões de unidades superam as de 3,564 milhões de unidades da Toyota. (Agência Reuters)


Frankfurt / Alemanha
Vendas da BMW no Brasil crescem 415,5% em novembro
A montadora alemã BMW registrou uma alta de 415,5% no Brasil em novembro, na comparação ao mesmo mês do ano passado. No resultado geral, a fabricante registrou aumento de 11,5% nas entregas. No entanto, na avaliação dos dez primeiros meses do ano, a BMW registrou queda nas vendas de 12,2%. Além de no Brasil, outras altas consideráveis foram registradas na Indonésia (140%), Coreia do Sul (139%) e China (39,7%). Na Europa (11,9%) e nos EUA (3,2%), o crescimento foi moderado. A empresa, que agrupa as marcas BMW, Mini e Rolls-Royce, confirmou vendas de 1,162 milhão de veículos nos dez primeiros meses do ano, 12,2% a menos que nos mesmos meses de 2008. Em novembro, foram vendidas 107.686 unidades.
O diretor de Vendas da BMW, Ian Robertson, disse que a taxa de crescimento vem sendo mantida desde setembro. Após os bons registros de novembro, a expectativa é pela manutenção da tendência em dezembro. O aumento das vendas da marca BMW foi de 11,1%, chegando a 81,386 mil entregues, graças ao sucesso dos modelos Z4, X5 e X6, além das séries 7 e 1. A marca Mini registrou um crescimento de 13,8% em novembro, com 17.199 unidades vendidas.
No domingo, dia 6/12, a empresa informou que suas vendas de automóveis de luxo aumentaram 8% neste ano na América Latina em relação em 2008, apesar do impacto da crise econômica mundial. "A BMW está crescendo [na região], contra todas as tendências. As vendas estão subindo acima de 8% em relação a 2008", disse o diretor da BMW para a América Latina e Caribe, Gernot Volkmer. "Tivemos um excelente mês de vendas em novembro na Colômbia, Brasil, Chile e Costa Rica." O vice-presidente de mercados de importação da BMW, Graeme Grieve, disse à agência de notícias France Presse que a América Latina "tem importância fundamental, pois é uma região muito importante na qual trabalhamos há anos". (Agência EFE)



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VAREJO & SERVIÇO


Nova Iorque / EUA
Vendas do McDonald's crescem 0,7% em novembro
A rede americana de restaurantes fast food McDonald's informou nesta terça-feira que suas vendas cresceram 0,7% nas mesmas lojas (abertas há pelo menos um ano) em novembro, na comparação com outubro. Segundo a empresa, as vendas na Europa tiveram um ganho de 2,5%, lideradas pelo desempenho positivo na França e no Reino Unido. Na região que engloba a Ásia-Pacífico, Oriente Médio e África, no entanto, houve queda de 1% - em novembro do ano passado houve um aumento de 13% na comparação mensal. As vendas foram consistentes neste ano na Austrália, mas o resultado foi ofuscado pelas quedas no Japão e na China. No Estados Unidos houve queda de 0,6% no mês passado; em outubro a rede já havia apontado queda de 0,1% nas mesmas lojas, no primeiro resultado negativo nessa leitura desde o início do ano passado.

Da redação - São Paulo / SP
Dona das redes Viena e Frango Assado quer captar R$ 1,3 bilhão


A International Meal Company (IMC), empresa que atua no segmento de serviço alimentar, detalhou os termos de sua oferta inicial de ações (IPO), uma operação que deve movimentar mais de R$ 1,3 bilhão. A companhia, que tem sede em Miami, é controlada pela empresa de private equity Advent e atua também no México e em alguns países do Caribe. Aqui no Brasil, a IMC é dona de marcas como Viena, Frango Assado, RA Catering e Brunella. A distribuição será primária e secundária, sendo 50 milhões de novas ações ordinárias e 7.142.857 ações de titularidade do acionista vendedor (o fundo Brasil Investimentos). O preço de cada papel está estimado entre R$ 14 e R$ 17. Considerando o teto da estimativa, a oferta inicial soma R$ 971 milhões. Acrescentando os lotes suplementar e adicional o valor chega a R$ 1,311 bilhão. O investidor de varejo poderá tomar parte na distribuição. O investimento mínimo é de R$ 3 mil. Pelo cronograma estimado da oferta, os pedidos de reserva podem ser efetuados do dia 11 ao dia 16 de dezembro. O preço de emissão será fixado dia 17 e as ações chegam ao Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) dia 21, sob o código IMCH3.

Da redação - São Paulo / SP
Transações com cartão devem crescer 150%


A abertura do mercado de cartões de crédito no Brasil deverá fazer surgir 20 novos adquirentes (emissores de cartões) nos próximos cinco anos - hoje, dois deles detêm mais de 90% do mercado. Ela também diminuirá as margens de lucro e dobrará o faturamento do setor até 2013, além de reduzir os custos para os lojistas. Nos próximos quatro anos, as transações comerciais por cartão de crédito devem movimentar R$ 758 bilhões, alta de 152%. A receita líquida do setor dobrará, atingindo R$ 15,5 bilhões, e o lucro líquido -que hoje é de R$ 3,7 bilhões- atingirá R$ 7,4 bilhões. As margens de lucro deverão atingir 30% ao ano contra os 50% atuais. Essas previsões foram apresentadas pela CSU Card System. "Já existem varejistas, bancos e até planos de saúde interessados em lançar cartões", diz Marcos Ribeiro Leite, presidente da CSU. Essa movimentação ocorre porque o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) quebrou o duopólio existente no mercado. Atualmente, a Redecard possui 39% de participação, e a Cielo (VisaNet), 54%. "Na verdade, eram dois monopólios isolados devido aos contratos de exclusividade entre as bandeiras e os emissores", afirma o presidente do Cade, Arthur Badin. Por isso, o Cade condenou as duas empresas. O monopólio da Redecard, que administra os cartões MasterCard, está quebrado. Já a Cielo tem até junho de 2010 para apresentar as regras que permitirão a entrada de novos interessados em emitir cartões de crédito da Visa. A decisão do Cade acaba com o esquema de exclusividade e determina a interoperabilidade dos sistemas. Uma máquina da Redecard terá de processar uma transação da Visa, por exemplo. "Isso vai derrubar o preço do serviço", diz Leite.


Lisboa / Portugal - Correspondente
Walmart e TAP fecham parceria


Desde o dia 1º de dezembro os participantes do Victoria, programa de milhagem da companhia aérea TAP, acumulam milhas em suas compras no site do Walmart ou pelo televendas da empresa. Com a parceria, a cada R$ 200 gastos no site ou pelo telefone do Wal-Mart o cliente receberá 100 milhas no Programa Victoria da TAP. Atualmente, o programa reúne uma variedade de empresas associadas em diversos segmentos, como financeiro, gastronômico, locação de autos, hotelaria, estética & saúde.



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COMÉRCIO EXTERIOR

Da redação – São Paulo / SP
Exportação brasileira de suco de laranja tem pior desempenho desde 2002
As exportações brasileiras de suco de laranja deverão somar até 1,25 milhão de toneladas (equivalente congelado e concentrado) em 2009, contra 1,29 milhão de toneladas em 2008, informou ontem, dia 8/12, a Citrus BR, associação que reúne os exportadores do produto. O volume previsto coloca os embarques do país em 2009 nos menores níveis desde 2002, quando o maior exportador mundial da commodity vendeu no exterior cerca de 1,2 milhão de toneladas. As exportações brasileiras já chegaram a atingir em seu melhor momento 1,4 milhão de toneladas, em 2007.
Em 2009, segundo a entidade, o desempenho do setor foi afetado pela crise internacional e também por uma menor demanda pelo produto, que vem sofrendo a concorrência de outras bebidas mais baratas. O problema, apontou, deve se repetir em 2010. "As exportações em 2010 não vão crescer muito, mais por causa da demanda [do que pela oferta da matéria-prima no Brasil]", disse o presidente-executivo da Citrus BR, Christian Lohbauer.
Ele se referia à demanda fraca nos dois principais consumidores globais, os Estados Unidos e União Europeia, onde o consumo de suco de laranja deve continuar baixo, sendo abatido pelo avanço dos energéticos, isotônicos, águas aromatizadas, refrescos, sucos de néctares e refrigerantes, que têm conquistado a preferência popular. Lohbauer, à frente da associação que reúne as quatro principais indústrias do Brasil (Cutrale, Citrosuco, Citrovita e Dreyfus), disse ainda que a situação do consumo mundial de suco de laranja pode ser melhor analisada se for levado em consideração que o país cada vez mais exporta o suco não-concentrado (NFC), já pronto para ser bebido.
Uma tonelada de suco congelado e concentrado pode ser multiplicada por seis, quando há a mistura com água. Os embarques de NFC do Brasil, um produto mais caro que o concentrado, cresceram mais de três vezes na comparação com 2003. "As exportações parecem relativamente estáveis, mas estamos falando, na verdade, em equivalente congelado em concentrado."
O crescimento das exportações para mercados emergentes, como a China, segundo Lohbauer, ainda encontra dificuldades nos hábitos dos chineses e na falta de infraestrutura portuária para recebimento do produto no país da Ásia. O Brasil embarca para o exterior cerca de 98% da sua produção, e o desempenho do setor é totalmente dependente da evolução da demanda nos principais países consumidores.
Preços melhores - Dessa forma, as exportações do Brasil em 2010 não passariam de 1,25 milhão de toneladas de suco, apesar de ser esperada uma recuperação nos preços médios do suco. "Este cenário de preços é sustentado por indicadores como a estimativa de queda de 16% na safra 2009/10 da Flórida e a retomada da atividade econômica nos países desenvolvidos", afirmou o presidente-executivo da Citrus BR. "Como a oferta de sucos de laranja será menor, a tendência é de aumento de preços."
Para a próxima safra de São Paulo, o maior produtor brasileiro, a associação prevê uma estabilidade na produção, que deve ficar entre 300 e 315 milhões de caixas, semelhante à colheita da atual temporada, que deve ser finalizada em fevereiro. A indústria deve demandar entre 270 e 285 milhões de caixas de laranja em 2010 (a grande maioria de laranja produzida em São Paulo), de um total produzido no Brasil de 400 milhões de caixas, segundo a associação. A receita com as exportações deve aumentar em meio a preços mais altos. Entre janeiro e novembro deste ano, as vendas renderam aproximadamente US$ 1,5 bilhão, 18% abaixo do total de 2008, com as cotações em queda em 2009. (Agência Reuters)


Montevidéu / Uruguai
Mercosul aprova aumento de imposto sobre importações de lácteos
Os membros do Mercosul concordaram em aumentar o AEC (imposto externo comum, na sigla em espanhol) às importações de produtos lácteos, fibras e artigos de couro de países que não pertençam ao bloco comercial, aumentando a proteção para esses itens. A ministra da Indústria e Turismo da Argentina, Débora Giorgi, afirmou que o imposto para lácteos importados de fora do Mercosul passará de 14% para 28%. A taxa para a importação de fibras chegará a 18 %, enquanto para artigos de couro será de 35%, o máximo permitido pela OMC - Organização Mundial do Comércio. "Com isso se evita seguir mantendo uma invasão de produtos europeus e norte-americanos e vai possibilitar que Argentina e Uruguai comercializem mais com Brasil", disse Giorgi. O Brasil é o principal comprador de produtos lácteos da Argentina, em volume, e do Uruguai, em valor. Ministros de Economia e presidentes de bancos centrais dos países membros do Mercosul -Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai - se reuniram nesta segunda-feira em Montevidéu na cúpula de presidentes do bloco econômico. (Agência Reuters)


São Paulo / SP
Importadores de máquinas e equipamentos preveem 2010 aquecido
A importação de máquinas e equipamentos industriais deve aumentar em US$ 700 milhões de dólares em 2010, um avanço de 50% sobre este ano, impulsionada pelo aquecimento da economia brasileira. Porém, ainda deve ficar abaixo do recorde registrado antes da crise global, segundo estimativa feita nesta terça-feira pela Abimei - Associação Brasileira dos Importadores de Máquinas e Equipamentos Industrias. De acordo com a Abimei, o movimento em 2009 deve ficar em cerca de US$ 1,5 bilhão, abaixo do esperado no final do ano passado. Isso corresponderia a 55% dos US$ 2,6 bilhões em importações em 2008. Para 2010, a expectativa é de importações equivalentes a US$ 2,2 bilhões. "A economia interna já demonstra melhora, o consumidor está mais confiante e a indústria planeja reinvestir", disse o presidente da Abimei, Thomas Lee. "As empresas importadoras ainda estão se reorganizando, depois de tantas dificuldades que o setor passou em 2009."
Segundo Lee, as importadoras ligadas ao setor aeronáutico foram as que mais sofreram com a crise. "Não se esperava que fosse tão ruim", afirmou. No lado oposto, a importação de máquinas ligadas a materiais plásticos foi a que menos sofreu. O presidente da Abimei comentou que as políticas do governo de estímulo à indústria automotiva e a produtos da linha branca foram positivas, mas demoraram a fazer efeito sobre o setor porque os estoques da indústria estavam muito altos.
Ele estima que o Brasil tem condições de crescer 5 por cento nos próximos anos, sem formação de gargalos. Além disso, Lee avalia que as eleições presidenciais de 2010 não mudarão as diretrizes da política econômica do país. Questionado sobre o nível do câmbio, o presidente da Abimei afirmou que seria mais conveniente para o setor uma taxa ao redor de R$ 2 por dólar. Isso estimularia a atividade de empresas exportadoras, que, assim, precisariam de máquinas como as importadas por empresas representadas pela associação. A Abimei é formada por 82 associados, e afirma representar mais de 80% dos importadores de máquinas-ferramenta e equipamentos industriais do Brasil, com bastante participação de empresas ligadas ao setor automotivo. (Agência Reuters)


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MERCADO DE TI


Nova Iorque / EUA
HP assina contrato global com laboratórios Eli Lilly
A divisão de serviços corporativos da HP
assinou acordo global de prestação de serviços para o laboratório farmacêutico Eli Lilly. Com duração de sete anos, o contrato prevê suporte às necessidades tecnológicas da empresa e fornecimento de serviços de colaboração. Pelo acordo, a HP será responsável por gerenciar o ambiente de computação e e-mails dos funcionários da empresa no mundo inteiro. O contrato vai abranger service desk e suporte para mais de 60 mil pontos de acesso à rede (desktops, notebooks e computadores de mão), além de 45 mil caixas de correio hospedadas nos servidores da fornecedora. A entrega dos serviços em cada unidade da HP será feita por meio da rede global Best Shore, modelo de fornecimento de serviços que mistura diferentes tipos de terceirização de fornecedores.


Nova Iorque / EUA
Siemens Enterprise Communications anuncia novo CEO
O grupo de comunicações da Siemens
anunciou ontem, dia 8/12, a nomeação de Hamid Akhayan como novo CEO da companhia. O executivo entrou em fase de transição de cargo, que deverá ser completada até o final de fevereiro de 2010. Antes de receber a nova posição, Akhayan foi chefe de operações da Deutsche Telekom e responsável por comunicações móveis no Conselho de Administração da empresa, além de ter ocupado o cargo de CEO da T-Mobile. O executivo também foi chefe de informação e chefe técnico da companhia de banda larga Teligent. (Agência EFE)

Da redação - São Paulo / SP
Novo serviço on-line descobre senhas para invadir redes sem fio
Pesquisadores desenvolveram um aplicativo para testes de segurança que usa técnica de força bruta e testa milhões de palavras em busca das senhas compatíveis usando um cluster com centenas de computadores distribuídos, num arranjo de “cloud computing”. O serviço abrevia drasticamente o tempo gasto para “quebrar” uma senha, que de vários dias passa a alguns minutos. Segundo o site The Register , a ferramenta denominada WPA Cracker faz uso do poder de processamento de 400 computadores. O serviço é pago e existem duas modalidades de pesquisas de senhas. A primeira custa US$ 34 e varre todo o dicionário de 135 milhões de palavras em 20 minutos. A segunda usa apenas 50% da capacidade computacional do cluster e custa US$ 17. A pesquisa completa, neste caso, pode demorar 40 minutos. Se em vez de 400 computadores em cluster fosse usado um único PC, mesmo que equipado com um processador poderoso como o Intel Core i7, o tempo mínimo para quebrar a senha seria de cinco dias, possivelmente mais.
O serviço foi criado por um já conhecido pesquisador hacker, que prefere ser chamado pelo seu pseudônimo Moxie Marlinspike – algo muito comum mesmo entre pesquisadores sérios. Em uma entrevista ao site PC World , Marlinspike afirmou que a idéia surgiu depois de conversar com outros pesquisadores a respeito de como aumentar a velocidade de auditoria para fazer testes de penetração em redes WPA . “É meio chato ter que esperar por cinco ou dez dias para ter os resultados”.
O serviço funciona contra os sistemas Wi-Fi com criptografia WPA e WPA2, desde que estes possuam autenticação baseada em Pre-Shared Keys ( PSK ). A falha no WPA - PSK já é conhecida há tempos pelos hackers, e para explorá-la usa-se uma técnica ainda mais antiga, que data dos anos 70: o ataque de força bruta por dicionário , no qual usa-se uma lista bastante grande de palavras que são testadas, uma a uma e combinadas entre si, como senhas ou chaves de criptografia em sucessivas tentativas. No caso do dicionário usado no WPA Cracker, a base de dados foi desenvolvida usando os conceitos de OpenWall, onde as informações das próprias pesquisas a alimentam.
Nas chaves Wi-Fi que usam a tecnologia de criptografia WPA , as senhas devem possuir no mínimo oito caracteres (no Windows, por exemplo, a senha de login pode ser mais curta ou mesmo não existir) e as entradas podem usar uma variedade enorme de palavras e frases. Conforme explicado no site do projeto , foi feita uma pesquisa de termos específicos recorrentes, que também foram adicionados ao conjunto de elementos usados nos testes. A pesquisa levou em conta os termos mais usados por quem administra ou configura roteadores Wi-Fi. Na lista constam palavras redigidas com o linguajar “leet” (por exemplo, h4ck3rzz) e expressões comuns usadas pelos técnicos e que acabam sendo usadas como senhas. Mais informações podem ser encontradas no site oficial, em www.wpacracker.com .


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MERCADO WEB


São Paulo / SP
Pão de Açúcar e Casas Bahia detém 22% do e-commerce
As operações de comércio eletrônico do Grupo Pão de Açúcar e Casas Bahia, que recentemente anunciaram a combinação de suas atividades de comércio eletrônico com a criação da Nova PontoCom, apresentaram um aumento de 4,78 pontos porcentuais no número de acessos entre abril e dezembro, atingindo uma participação de 22,25% entre os 80 principais sites de varejistas na internet. Os dados fazem parte de levantamento sobre o comportamento de mais de 90 mil internautas brasileiros divulgado hoje pela Serasa Experian Hitwise. No mesmo período, a B2W, empresa resultante da fusão entre os sites Americanas e Submarino, mais o Shoptime, atingiu uma fatia de 48,44% dos acessos, o que representou uma queda 2,02 pontos porcentuais. O maior recuo na participação entre os sites da B2W ficou por conta do Submarino, que teve uma retração de 2,97 pontos porcentuais, para 15,19%. Já a liderança se mantém com o site da Americanas, com 26,62% dos acessos, significando uma alta de 0,7 ponto porcentual ante abril. Os três sites que fazem parte da Nova PontoCom da associação entre o Pão de Açúcar e Casas Bahia apresentaram aumento na participação dos acessos entre abril e dezembro, segundo a pesquisa. A fatia do site da Casas Bahia subiu de 5,18% para 8,21%, do Extra passou de 6,86% para 8,03% e do Ponto Frio avançou de 5,43% para 6,01%. Outras varejistas que também registraram evolução na participação no acesso dos internautas na pesquisa da Serasa foram Magazine Luiza e Wal-Mart. O Magazine Luiza ocupa a terceira posição, com uma participação de 8,87% em dezembro, o que representou uma alta frente aos 6,97% de abril. Já o Wal-Mart encontra-se na oitava colocação, com 5,75%, ante 3,92% de abril. Parte do crescimento das redes varejistas no período se deve à saída da Pernambucanas das vendas por meio da internet. Em abril, a rede contava com 3,88% de participação. Completam a lista das dez maiores audiências do e-commerce brasileiro o site Compra Fácil (5,20%) e a Amazon (2,08%). (Agênia Estado)



Nova Iorque / EUA
Microsoft e Yahoo! fecham acordo de parceria nas buscas
As empresas Microsoft e Yahoo! finalizaram o acordo de parceria nas buscas de internet que fora anunciado em julho deste ano. O pacto fará com que a tecnologia da empresa de Redmond seja a responsável por rodar a ferramenta de buscas do Yahoo!. Ao anunciar a parceria, as gigantes da web explicaram que alguns detalhes ainda precisam ser trabalhados. A expectativa inicial era de finalizar o acordo ao final de outubro, mas preferiram estender este prazo para negociar e colocar as ideias em prática, conta o site do jornal britânico The Register. Agora o acordo está pronto e só espera uma aprovação regulatória. As duas empresas disseram ainda esperar completar seu fechamento logo no início de 2010, diz o blog Tech Trader Daily do grupo Barrons. Foi liberada uma declaração conjunta das empresas anunciando a finalização do acordo, que ambas acreditam que criará uma alternativa sustentável e mais convincente nas buscas, promovendo aos consumidores, anunciantes e publicitários verdadeiras escolhas, melhores valores e mais inovação. (Agência EFE)


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LOGISTICA & INFRAESTRUTURA



São Paulo / SP
Primeiras ZPEs funcionarão em Rondônia e Pernambuco
O Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportações aprovou ontem, dia 8/12, a criação das primeiras ZPEs no País, que serão instaladas em Assú/RN e em Suape (Jaboatão dos Guararapes/ PE). Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), que preside o Conselho, ainda é necessário que a Receita transforme as ZPEs em áreas de alfândega para que possam entrar em funcionamento. A lei que regulamentou a instalação de ZPEs foi aprovada pelo Congresso em julho de 2007, mas a instalação do Conselho, que define os critérios para aprovação dos projetos de instalação dessas zonas, só ocorreu em maio deste ano. A Lei das ZPEs suspendeu por 20 anos o pagamento do Imposto de Importação, do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), do PIS/Pasep e do Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mercante, desde que 80% da produção da empresa seja vendida no mercado externo. O projeto permite a venda de 20% da produção no mercado doméstico, desde que todos os tributos sejam recolhidos. A ZPE de Assú, segundo o Ministério do Desenvolvimento, deve iniciar as atividades em 21 meses, após o término das obras de infraestrutura, que devem custar cerca de R$ 18 milhões. Segundo a prefeitura de Assú, devem se instalar na ZPE indústrias de alimentos - principalmente para beneficiamento de frutas e frutos do mar -, de produtos químicos, de sal e recursos minerais. O estudo sobre a viabilidade econômica, apresentado ao Conselho das ZPEs, indicou que os mercados potenciais para as empresas que se instalarem em Assú serão Estados Unidos, Holanda, Espanha, França, Reino Unido, Argentina, Líbia, Itália, Canadá e Nigéria. As obras de instalação da ZPE de Suape estão estimadas em R$ 10,8 milhões, em um prazo também de 21 meses. Além disso, haverá custos operacionais de R$ 2 milhões. A Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes informou ao conselho que uma empreiteira já se comprometeu a investir R$ 10 milhões no empreendimento, e o Governo de Pernambuco, mais R$ 4 milhões, que serão aplicados em obras para a instalação de gás e luz na área. O projeto apresentado ao conselho diz que já existe interesse de empresas dos setores de alimentos, bebidas, equipamentos elétricos e produtos químicos na instalação de unidades na área. (Agência Estado)



São Paulo / SP
Tarifa econômica do trem-bala poderá ser de R$ 288
No leilão para a licitação da concessão para a operação do trem-bala Campinas-São Paulo-Rio de Janeiro, o valor máximo da tarifa por quilômetro na classe econômica deverá ser de R$ 0,60. Isto significa que, para vencer a disputa, as empresas interessadas terão de oferecer tarifas inferiores a essa uma vez que um dos critérios para arrematar a concessão é o de menor tarifa. O outro critério para a escolha do operador do serviço será o de quem demandar menor financiamento público para viabilizar o projeto. Considerando o valor teto da tarifa econômica, uma viagem entre São Paulo e Rio de Janeiro no trem de alta velocidade custaria em torno de R$ 288. O preço teto da tarifa consta de resolução do CND - Conselho Nacional de Desestatização - publicada no Diário Oficial de hoje. A resolução traz outras regras para a futura operação do trem como, por exemplo, a determinação para que no mínimo 60% dos assentos disponíveis em cada composição do trem-bala terão de ser da classe econômica. Na classe executiva, o preço da passagem não poderá superar em mais de 75% o que é cobrado na classe econômica. (Agência Estado)


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TELECOM & ENERGIA

Madri / Espanha
Telefônica planeja investir mais de R$ 2 bilhões no Brasil e critica Vivendi
A Telefônica pretende investir mais de R$ 2 bilhões de reais no Brasil em 2010 e vai focar em seu negócio de banda larga, afirmou nesta terça-feira o presidente da unidade brasileira da companhia, Antônio Carlos Valente. "O foco total é banda larga e tudo que for relacionado a ela", afirmou Valente. Ainda ressentido pela perda da GVT para a Vivendi, Valente afirmou que fazer gol de mão não vale, referindo-se a possíveis irregularidades no negócio envolvendo os franceses.
O grupo espanhol Telefónica esteve envolvido em uma batalha com a Vivendi pela aquisição da GVT porque via como melhor alternativa para ampliar sua atuação, hoje concentrada no Estado de São Paulo, para todo o Brasil. "(A perda da) GVT foi uma tristeza para a companhia", disse Valente.
A Vivendi anunciou em 13 de novembro ter assegurado uma participação majoritária no capital da GVT, por meio de acordo com os controladores e contratos irrevogáveis de opção de compra de ações da empresa-alvo. O grupo francês se dispôs a pagar, em sua oferta vencedora, R$ 56 por ação da GVT, acima dos R$ 50,50 apresentados pela Telesp, subsidiária da Telefónica no país.
A CVM - Comissão de Valores Mobiliários - informou no final de novembro que investigações levantaram dúvidas sobre a capacidade de as contrapartes da Vivendi nos contratos de opção de ações honrarem seus compromissos. "Estávamos tentando colocar a bola no gol com o pé. Fazer gol com a mão não pode", afirmou Valente, que classificou a operação entre Vivendi e GVT de "um pouco heterodoxa". "Nós viemos obedecendo a lei e com transparência em nossa oferta pela GVT. Sempre achamos que poderíamos oferecer mais, porque temos sinergias óbvias com a GVT e conhecemos o mercado brasileiro", comentou.
Competição - Para enfrentar o aumento da competição esperado com a chegada da Vivendi por meio da GVT ao mercado brasileiro, a Telefônica prepara proposta comercial mais "agressiva" em termos de preço para clientes de internet rápida. A previsão da empresa era de realizar investimentos de R$ 2,4 bilhões de reais neste ano, mas a suspensão das vendas do serviço de banda larga Speedy durante alguns meses e a valorização do real contra o dólar, que torna equipamentos importados mais baratos, farão com que o valor gasto até o final do ano seja menor.
Sem a GVT, Valente disse que a companhia vai agora buscar sinergias com a operadora celular Vivo, que tem o controle dividido por Telefônica e Portugal Telecom. A Vivo detém uma licença nacional para a exploração de serviços de TV paga por satélite (DTH), e a Telefônica oferece a terceiros infraestrutura para o provimento de serviços de TV, citou Valente, sem dar mais detalhes.
De acordo com o executivo, existem poucas oportunidades de aquisições no mercado brasileiro. Ele frisou que a empresa não está em negociações atualmente para qualquer compra de ativo de rede. Ao mesmo tempo, disse que a opção de se construir novas redes de telecomunicações no país é pouco viável, dado o nível de competição no mercado.
A companhia, que em meados deste ano ficou por dois meses proibida de vender o Speedy por falhas no serviço, resolveu todos os problemas e agora está buscando adicionar valor para os atuais clientes. Valente afirmou que isso envolve permitir que os usuários possam se conectar à internet em outros locais além de suas residências. (Agência Reuters)



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MERCADO DE LUXO


Da redação - São Paulo / SP
De cremes a rodas de carros: conheça os produtos de luxo com preços que chegam a milhões
Muito se fala de produtos de luxo, cujos conceitos de excelência e impecabilidade têm impacto direto no preço. Mas há um grupo de pessoas que vai além. Consome itens que custam até 100, mil ou 10 mil vezes o valor de similares de boa qualidade e, mais, tem utilidade questionável. Afinal, para que uma roda de carro cravejada de diamantes, por módicos R$ 8.325.000 (sim, milhões) ou uma sobremesa decorada com uma pedra de água-marinha de 80 quilates, que sai o preço de um carro popular? Nem mesmo os especialistas em consumo de luxo concordam com tais excentricidades. "Esse tipo de consumo não está calcado no emocional (um dos principais impulsos para a compra de produtos caríssimos). É um exercício de extravagância e ostentação", disse Carlos Ferreirinha, diretor-presidente da MCF Consultoria, empresa especializada em ferramentas de gestão e inovação do mercado de luxo. Conheça algumas das "loucuras" disponíveis em diversos lugares do mundo para quem tem dinheiro para dar, vender e, claro, gastar.



1) - Sobremesa que vale um Uno Mille Preço:


US$ 14.500 ou R$ 24.650


Não basta estar hospedado em um dos hotéis mais luxuosos do mundo, o The Fortress, no Sri Lanka. Em um dos restaurantes do local, o Wine 3, uma das sobremesas no menu custa US$ 14.500. Uma camada de calda de açúcar cristalizado emoldura um doce com frutas diversas e decorado com uma escultura de chocolate que segura uma pedra de água-marinha de 80 quilates. O valor da joia está inclusa no preço. Segundo o diretor do hotel, Steve Delefortrie, a primeira The Fortress Aquamarin Dessert foi vendida no mês de outubro. O valor equivale ao preço de um carro Uno Mille zero quilômetro.



2) - Café coletado em fezes de animal


Preço: US$ 600 ou R$ 1.040 o quilo


O que faz do Kopi Luwak o café mais caro do mundo não é nada glamouroso. Na verdade, é de causar espanto. Os grãos do café usados para produzir a bebida são coletados das fezes do civeta, um animal que vive na Ásia. Os grãos saem intactos do corpo da criatura, mas sofrem alterações que especialistas dizem deixar o café com sabor inigualável, parecido com uma mistura de chocolate com suco de uva. No Brasil, o Café Santo Grão compra o produto desde 2007, em alguns períodos do ano. A xícara do espresso (40 ml), quando disponível, sai por R$ 25. Com o mesmo valor, é possível beber até 53 litros de café feito com pó da marca Pilão, cujo meio quilo custa cerca de R$ 6. Ou seja, quase 100 vezes mais barato que o café importado.



3) - Bolsa Chanel, a mais cara do mundo


Preço: US$ 261 mil ou R$ 453 mil


Desde que foi lançada em 2007, a Chanel Diamond Forever Classic Bag ganhou o posto de mais cara do mundo. É feita de couro de crocodilo e é decorada com 334 diamantes e ouro 18 quilates. Apenas 13 unidades foram fabricadas pela marca francesa. Dá para comprar um apartamento em lançamento de 60 m2 no bairro de Higienópolis, em São Paulo; ou um usado no Morumbi, de 182 m2 e quatro dormitórios. Se a comparação for por bolsas, o valor é o mesmo de cinco modelos Birkin, da Hermès, na versão mais cara, a de couro de crocodilo com diamantes. Ou caindo na realidade de pobres mortais, lojas como Le Postiche vendem bolsas de couro até por R$ 100, ou seja, com o preço da Chanel, dá para comprar mais de 4,5 mil bolsas.



4) - Creme pequeno, mas poderoso e caríssimo


Preço: US$ 600 ou R$ 1040 mil (30g)


Diferente do que prega a maioria dos cosméticos, o RèVive Intensité Volumizing Serum não combate rugas, marcas de expressão ou manchas. O creme recupera as formas que a face tinha quando mais jovem, dando volume ao rosto. Segundo o fabricante, isso é possível devido a duas substâncias fabricadas em laboratório, o fator de crescimento Keratinocyte e um complexo de antioxidantes. Com o valor, dá para pagar uma viagem de São Paulo até Natal para duas pessoas, com hospedagem por três dias, o que não deixa de ser revigorante para a pele e para o espírito.



5) - Rodas com diamante valem mais do que três Ferraris


Preço: R$ 8.325.000


Não é brincadeira. A empresa Asanti produz rodas para carros decoradas com pedras preciosas. Disponível para todos os tipos de automóveis de luxo ou esportivos como Rolls Royce, Bentley, Aston Martim, Lamborghini, Ferrari, Porsche, Bugatti, entre outros, o modelo com 26.100 diamantes e 1.200 rubis sai por R$ 8.325.000 e a versão com 12.000 diamantes e 800 safiras, por R$ 4.162.000, o jogo de quatro rodas. Pelo jogo de valor mais caro, dá para comprar três carros Ferrari do modelo mais caro vendido no Brasil, que custa R$ 2,5 milhões, com algum troco. "Puffy Daddy tem um jogo para seu Rolls Royce, mas no Brasil ninguém tem", disse Willy Leandrini, importador das rodas da empresa. As versões sem pedras saem por cerca de R$ 20 mil. No quesito rodas, o símbolo de status são as da marca Vellano, cujo preço médio é de R$ 35 mil o jogo. Então, lembra do apartamento usado no Morumbi de 182 metros? Dá para comprar quase 20 deles no lugar da roda com pedras.



6) - Viagem ao espaço é igual a 27 viagens de primeira classe a Paris


Preço: US$ 200 mil ou R$ 347 mil


A Virgin Galactic, uma das empresas do Grupo Virgin, de Richard Branson, oferece a partir de 2010 viagens ao espaço para simples mortais. São duas aeronaves, uma menor (SpaceShipTwo) com capacidade para seis pessoas e dois pilotos, e a nave mãe (WhiteKnightTwo), que leva a espaçonave até a altura necessária para a saída da órbita terrestre. O vôo espacial leva aproximadamente 90 minutos e a nave permanece quatro minutos no espaço, com gravidade zero. O primeiro vôo espacial de turismo partirá do Mojave Spaceport / Airport, no Deserto de Mojave na Califórnia, nos Estados Unidos. Posteriormente, partirá do Spaceport América a ser construído no Estado do Novo México, também nos Estados Unidos. Inicialmente está prevista a realização de um vôo semanal, mas a Virgin Galactic espera aumentar a freqüência gradualmente até atingir a marca de um vôo por dia. No Brasil a Teresa Perez Tours comercializa a viagem. O preço de permanecer quatro minutos no espaço corresponde a 80 dias de viagem no cruzeiro mais caro do mundo, o Oásis of the Seas. Ou a 27 viagens a Paris de avião em primeira classe. (Fonte: Michelle Achkar)


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