I-Press.biz Economia & Mercado | Edição 184 | Ano I


Nova Iorque/EUA
Petróleo avança com otimismo sobre recuperação da demanda
Os preços do petróleo voltaram a subir ontem, 26/3, em Nova Iorque, em um mercado otimista com a possibilidade de uma recuperação da demanda da matéria-prima já nos próximos meses. Na Nymex - Bolsa Mercantil de Nova Iorque -, o barril do petróleo cru para entrega em maio, encerrou o dia em alta de 2,97% (US$ 1,57 a mais), cotado a US$ 54,34. Na Intercontinental Exchange de Londres, o barril de Brent do Mar do Norte, com o mesmo vencimento, ganhou 3,3% (mais US$ 1,71), encerrando a US$ 53,46. Uma vez assimilada a nova alta dos estoques americanos, que derrubou os preços do barril na quarta-feira, dia 25/3, o mercado se orientou por outros dados publicados ontem pelo departamento de Energia, principalmente os da gasolina, considerados "mais otimistas" por Bart Melek, da BMO Capital Markets. As reservas de gasolina caíram na semana passada, com menos 1,1 milhão de barris, o dobro do previsto pelo mercado, e a demanda continuou dando sinais de estabilização. "O mercado começa a ver o momento em que poderá ver o fundo, e antecipa uma melhora da demanda de petróleo", considerou Melek. (Agence France Presse/AFP)

Genebra/Suíça
Para OMC e União Europeia, abertura comercial ajudará a combater crise

O diretor-geral da OMC - Organização Mundial do Comércio -, Pascal Lamy, e a comissária europeia para o Comércio, Catherine Ashton, pediram ontem, dia 26/3, que os líderes mundiais não respondam à crise com protecionismo, e destacaram o papel que a abertura comercial pode ter para impulsionar a atividade. "O comércio internacional nos ajudará a sair da crise", disse Lamy, que ressaltou que, no caso dos países mais pobres, é a única esperança de desenvolvimento. Para ele, não é o momento de "voltar atrás" na liberalização, mas sim de "seguir se mexendo para frente". Em um discurso em um fórum empresarial, Lamy reivindicou que, mesmo no atual contexto de crise, seja garantida a chegada aos países menos desenvolvidos da ajuda especificamente, destinada a ampliar a participação no fluxo do comércio mundial. Ashton, por sua vez, considerou que é preciso convencer os líderes mundiais de que o comércio é uma ferramenta-chave para reativar a economia e, principalmente, que o protecionismo não é a maneira mais adequada de proteger o mercado nem os empregos de um país. Sobre a Rodada Doha de liberalização do comércio mundial, Lamy se mostrou otimista quanto às possibilidades de conseguir um acordo definitivo, e disse que o fato de já haver concordância em 80% das questões fundamentais deveria servir de motivação para avançar em outros assuntos. (Agence France Presse/AFP)

Washington/EUA
New York Times e Washington Post anunciam novo corte de pessoal
O New York Times e o Washington Post, dois dos maiores e mais respeitados jornais dos EUA, anunciaram ontem, dia 26/3, um novo plano de demissões voluntárias, diante de mais uma queda da renda com anúncios. O NYTimes informou que sua casa matriz, a Times Co., deve reduzir em 5% o salário da maioria de seus funcionários durante um período de nove meses, a partir de abril, em troca de dez dias extras de férias, além do corte de 100 jornalistas (cerca de 5% do efetivo total do jornal). O salário 5% menor também será aplicado para funcionários do Boston Globe, enquanto outros jornais do grupo terão reduções de 2,5%. No final de 2008, o grupo Times Co. contava com 9.346 funcionários, contra 10.710 dois anos atrás. O Washington Post, por sua vez, indicou que também estabelecerá um novo plano de demissões voluntárias, o segundo em um ano, para reduzir custos. O jornal disse que o plano anterior foi proposto a empregados de pelo menos 50 anos de idade e cinco de casa. O WP informou ainda, que 231 funcionários se demitiram voluntariamente em 2008, e que sua redação conta atualmente com 700 pessoas. (Agence France Presse/AFP)

Paris/França

Air France-KLM prevê prejuízo de US$ 270 milhões em 2008
A companhia aérea franco-holandesa Air France-KLM anunciou ontem, dia 26/3, que prevê um prejuízo de cerca de 200 milhões de euros (US$ 270 milhões) no ano fiscal de 2008 - que termina no próximo dia 31/3 -, entrando no vermelho pela primeira vez desde que ambas assinaram o acordo de fusão, em 2003. "A evolução do resultado líquido do período dependerá da valorização dos instrumentos de proteção", indicou o grupo em um comunicado. A empresa utiliza instrumentos financeiros que permitem a ela se proteger de variações do preço do petróleo - o combustível é uma das maiores fontes de gastos das companhias aéreas - e do câmbio. "O exercício 2009/2010 será aberto em um contexto de crise sem precedentes, com uma ausência de visibilidade da evolução da conjuntura econômica e de sua volatilidade de parâmetros, como as divisas e o preço dos combustíveis", declarou o diretor geral do grupo, Pierre-Henri Gourgeon, citado pelo comunicado. No dia 13/2, durante a divulgação de seus resultados do terceiro trimestre (outubro a dezembro), o grupo Air France-KLM previa "um resultado positivo de suas atividades" para seu exercício fechado em 31/3 (2008/2009). No ano fiscal de 2007 (encerrado em 31/3/2008), o lucro foi de 1,405 bilhão de euros (US$ 1,901 bilhão). A autorização para a aquisição da KLM pela Air France foi dada pela Comissão Europeia em fevereiro de 2004. (Agence France Presse/AFP)

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INDICADORES ECONÔMICOS


Rio de Janeiro/RJ – Da redação
IBGE diz que taxa de desemprego sobe para 8,5% em fevereiro

A taxa de desemprego em seis principais regiões metropolitanas do Brasil - Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre - avançou para 8,5% em fevereiro, acima dos 8,2% verificados no mês anterior, informou ontem, dia 26/3, o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Em relação a fevereiro do ano passado (8,7%), o índice recuou 0,2 p.p. (ponto percentual). O aumento do contingente de desempregados já era esperado. Normalmente, a taxa de fevereiro reflete a continuidade de dispensa dos trabalhadores temporários contratados no final de cada ano, processo iniciado em janeiro.
Em São Paulo, a taxa de desemprego na comparação de janeiro para fevereiro, foi de 9,4% para 10%. O desemprego também cresceu em Recife (8,6% para 9,1%), Belo Horizonte (6,4% para 6,8%) e Porto Alegre (5,6% para 6%). Houve diminuição em Salvador (11,2% para 11%) e Rio (6,6% para 6,4%).
O número de trabalhadores com carteira assinada ficou em 9,4 milhões, uma queda de 1,1% em relação a janeiro (109 mil pessoas), mas teve alta de 3,4% em relação a fevereiro do ano passado (307 mil pessoas). O rendimento médio real dos trabalhadores ocupados caiu 0,1% frente a janeiro, ficando em R$ 1.321,20. Na comparação com igual período em 2008, foi constatada alta de 4,6%.
Ainda em relação à renda, os empregados com carteira assinada no setor privado (R$ 1.274,90) viram alta de 0,9% no mês e de 5,8%, no ano. Já a renda dos empregados sem carteira assinada no setor privado (R$ 856,10) teve estabilidade no mês e alta de 0,4%, no ano. Em relação aos trabalhadores por conta própria (R$ 1.092,50), a renda ficou estável no mês e registrou alta de 6,7%, no ano.
O contingente de desocupados no mês, por sua vez, totalizou 1,941 milhão de pessoas no total das regiões pesquisadas. Isso indica alta de 2,7% em relação a janeiro, mas uma redução de 1,5% na comparação com fevereiro de 2008. A população ocupada somou 20,943 milhões de pessoas, configurando retração de 1% na comparação com janeiro. Em relação a fevereiro de 2008, houve expansão de 1,4%. Em relação a janeiro, o contingente de ocupados teve variação significativa apenas na indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água (-3,2%). Na comparação anual, todos os grupamentos de atividade ficaram estáveis.
Análise do Dieese
Segundo outros dados divulgados na quarta-feira, dia 22/3, segundo pesquisa da Fundação Seade e do Dieese - Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos -, o desemprego em seis das principais regiões metropolitanas do País - Belo Horizonte, Distrito Federal, Porto Alegre, Recife, Salvador e São Paulo - ficou em 13,9% em fevereiro, contra 13,1% em janeiro. No mês passado, o contingente de desempregados nas seis regiões foi estimado em 2,756 milhões de pessoas, 136 mil a mais do que no mês anterior - resultado da eliminação de 229 mil postos e a saída de 94 mil trabalhadores do mercado.


São Paulo/SP – Da redação
Ipea prevê que pior da crise já passou e que economia crescerá 2% neste ano
O Ipea - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - prevê que a economia crescerá 2% este ano, com intervalo de 0,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Segundo análise divulgada ontem pela manhã, dia 26/3, em coletiva de imprensa, o crescimento será resultado de uma trajetória de recuperação ao longo do ano, em que o PIB - Produto Interno Bruto - a soma de todas as riquezas produzidas no País - cresceria a taxas mais expressivas a partir do segundo semestre.
A hipótese do Ipea é de que o pior da crise financeira internacional já foi superado e que a economia mundial, ainda que de forma lenta, terá uma melhora gradual nos próximos anos, em resposta às políticas econômicas adotadas por diversos governos.
As projeções para o crescimento brasileiro estão baseadas em algumas considerações como o aumento dos investimentos referentes às obras do PAC - Programa de Aceleração do Crescimento -, o lançamento do programa habitacional do governo, o aumento da renda disponível devido à criação de novas alíquotas do Imposto de Renda Pessoa Física e a mais 1,3 milhão de famílias beneficiadas no programa Bolsa Família.
O Ipea também prevê que o déficit em transações correntes ficará entre US$ 25 bilhões e US$ 18 bilhões e que a inflação medida pelo IPCA - Índice de Preços ao Consumidor Amplo - deverá ficar entre 3,7% e 4,7%, ligeiramente abaixo da meta de 4,5% definida pelo CMN - Conselho Monetário Nacional.

São Paulo/SP - Da redação
Novo indicador do Ipea alerta que avanços sociais, econômicos e ambientais dos últimos anos correm risco
O IQD - Índice de Qualidade do Desenvolvimento -, mais novo indicador do grupo que o Ipea vem criando, aponta que a qualidade do desenvolvimento brasileiro é instável, ou seja, que o crescimento econômico, a distribuição de renda e a inserção externa do País, não evoluem na mesma direção e que vem caindo desde o final do ano passado.Mantendo-se a atual trajetória, já em maio, o País corre o risco de começar a perder os avanços econômicos, ambientais e sociais conquistados neste século.
O IQD agrega dados de três subíndices:
- Índice de Qualidade do Crescimento (cujas variáveis são produção setorial, massa salarial, confiança dos empresários e meio ambiente);
- Índice de Qualidade da Inserção Externa (composição das exportações, investimento estrangeiro, termos de troca, renda líquida enviada ao exterior e reservas internacionais);
- Índice de Qualidade do Bem-Estar (taxa de pobreza, mobilidade social, desigualdade de renda, desemprego e ocupação formal).
Cada um dos índices varia entre zero (péssimo para o desenvolvimento) e 500 (ótimo para o desenvolvimento), e a média dessazonalizada dos três, resulta no Índice de Qualidade do Desenvolvimento.
O novo indicador foi lançado ontem, 26/3, em sessão extraordinária da Comissão de Assuntos Sociais do Senado. O presidente do Ipea, Marcio Pochmann, apresentou o IQD na comissão, que é presidida pelo senador Paulo Paim (PT-RS). Participaram da mesa de debates o secretário nacional de Economia Solidária, Paul Singer, e o professor titular do departamento de pós-graduação em economia da PUC-SP, Ladislau Dowbor, e o representante do TCU - Tribunal de Contas da União -, Carlos Eduardo Sampaio de Freitas. “Acho importantíssima essa contribuição do Ipea, com os novos indicadores que vem criando, porque precisamos priorizar a qualidade de vida das pessoas”, disse o professor Ladislau Dowbor.
Em janeiro, o Ipea lançou o Sensor Econômico, que afere as expectativas do setor produtivo – patrões e empregados, que representam 80% do PIB brasileiro. Os próximos indicadores vão apontar satisfação do cidadão com as políticas públicas e a expectativa das famílias. “No Movimento Nossa São Paulo, na Capital paulista, levantamos mais de 130 indicadores desagregados para cada uma das subprefeituras, um conjunto inédito de dados. Ações como a do Movimento e a do Ipea tem de ser multiplicadas”, destacou Dowbor.
Para o secretário Paul Singer, o País e o mundo precisam se libertar da “ditadura dos números” e ter mais indicadores de satisfação e qualidade. “Também precisamos melhorar os sistemas de medição dos impactos ambientais”, disse Singer. “Vejo que o IQD acompanha emissões de carbono e pontos de devastação; já é um começo, e é louvável a iniciativa. Mas precisamos de mais. Precisamos sofisticar nosso monitoramento”, apontou o secretário. Participaram da sessão os senadores Eduardo Suplicy (PT-SP), Marcelo Crivella (PRB-RJ), Efraim Moraes (DEM-PB), Fernando Flexa Ribeiro (PSDB-PA), Mão Santa (PMDB-PI), Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC), José Nery (Psol-PA), Roberto Cavalcanti (PRB-PB) e Valdir Raupp (PMDB-RO).

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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters e AFP)

São Paulo/SP
Bovespa reflete bom humor nos EUA e fecha em alta de 1,89%

A Bovespa alcançou o seu maior patamar desde 6/2, acompanhando o otimismo dos investidores na Bolsa de Nova Iorque com a economia americana. Indicadores dos EUA e do Brasil contribuíram para melhorar o humor nas últimas semanas e permitiram que a Bolsa brasileira já acumule ganhos de 11,5% somente neste mês. A taxa de câmbio caiu para R$ 2,24.
- O termômetro da Bolsa, o Ibovespa, teve alta de 1,89% no fechamento e bateu os 42.588 pontos.
- O giro financeiro foi de R$ 3,85 bilhões.
- O dólar comercial foi vendido por R$ 2,240, em baixa de 0,40% sobre a cotação final de quarta-feira.
- A taxa de risco-país marca 402 pontos, número 1,22% abaixo da pontuação anterior.
Análise 1 - Analistas comentam que, a medida em que a Bolsa mais se aproximar do preço de 43 mil pontos, mais forte se torne a possibilidade de um grande movimento de "realização de lucros" (venda de ações valorizadas). Os investidores ainda refletem a relativa calmaria de más notícias da economia americana. Embora grandes empresas continuem anunciando cortes maciços de vagas, o mercado tem comemorado a perspectiva de resultados positivos, ainda neste trimestre, dos bancos à beira da falência e alguns indicadores um pouco mais positivos dos EUA. As medidas do Tesouro e demais autoridades econômicas dos EUA para deter a crise, também agradaram e economistas já falavam em "solução definitiva" para a questão dos "ativos tóxicos" (créditos problemáticos, de difícil resgate) que sobrecarregam as principais instituições financeiras desse país.
Análise 2 - Internamente, a economia brasileira mostra alguma resistência à crise americana e alguns já retomam a tese do "descolamento", desacreditada até há alguns meses. Analistas também comemoraram o retorno dos investidores estrangeiros à Bolsa brasileira, com um saldo de R$ 1,7 bilhão (até o pregão do dia 23/3). Entre junho de 2008 e janeiro de 2009, a Bolsa havia registrado somente saldos negativos (vendas de ações superando as compras). "O mercado quer acreditar na melhora da economia", resume Luiz Carlos Baldan, diretor da corretora de câmbio Fourtrade. "A expectativa é de taxas de câmbio mais baixas e de Bolsa em alta", avalia. A equipe de analistas da corretora Gradual acusou a melhora de humor dos investidores, notando a preferência dos investidores por ações mais líquidas (com maior volume de negociação), como Vale do Rio Doce e Petrobras. Mas também ressaltaram o cenário incerto para os próximos meses. "Os dados macroeconômicos não indicam recuperação sustentável do nível de atividade nos próximos meses. Prosseguimos considerando que a recuperação da economia mundial será um processo lento e gradativo, com resultados palpáveis só a partir do próximo ano", avalia a equipe de analistas da corretora
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Nova Iorque/EUA
Bolsas americanas prolongam ganhos com melhora de expectativas
A Bolsa de Nova Iorque encerrou a sessão de ontem, dia 26/3, em alta, impulsionada pelo otimismo dos investidores, que se traduz na valorização dos papéis de tecnologia e energia.
- O índice DJIA - Dow Jones Industrial Average -, da Bolsa de Nova Iorque, subiu 2,25%, aos 7.924,56 pontos.
- A Nasdaq avançou 3,80% (aos 1.587 pontos), que apagou as perdas do ano.
- O índice ampliado S&P 500 subiu 2,33%, para 832,86 unidades.
Análise 1 - "Os setores sensíveis ao ciclo econômico registraram as melhores performances, como o financeiro e o tecnológico, e os setores sensíveis ao consumo", disse Hugh Johnson, da Johnson Illington Advisors. Os dados da jornada reforçaram a confiança do mercado – na quarta-feira, dia 25/3, as Bolsas americanas já
tinham registrado alta. A taxa média de crédito imobiliário (fixa a 30 anos) nos EUA, se encontra no nível mais baixo desde 1971, a 4,85%, em consequência da política monetária do Fed - Federal Reserve -. Os investidores esperam que o reduzido custo do crédito e o recuo dos preços permitam a estabilização do setor imobiliário, origem da crise econômica internacional. Por outro lado, o mercado consolidou seus ganhos logo após o êxito de venda de uma emissão de bônus do Tesouro de sete anos, pela qual a demanda foi mais de duas vezes superior a oferta. "Foi um alívio à decepcionante venda da véspera", disse Johnson.
Análise 2 - Os destaques da sessão de ontem, dia 26/3, foram Hewlett Packard (alta de 7,06%) e Intel (elevação de 5,89%), ambos incluídos no Dow Jones. Entre as notícias corporativas, agradou a informação de que a rede varejista americana Best Buy apresentou ganho por ação de US$ 1,61 no quarto trimestre. A expectativa dos analistas era de um ganho de US$ 1,40 por ação. As vendas da empresa subiram 10%, para US$ 14,72 bilhões. Além disso, a Best Buy anunciou uma expectativa de ganho de US$ 2,50 a US$ 2,90 por ação em 2010, contra uma expectativa de ganho de US$ 2,47 por ação dos analistas. O anúncio da empresa foi visto como sinal de que os gastos dos consumidores americanos podem ganhar alguma força mais cedo do que o previsto pelos analistas. Na quarta-feira, o governo americano informou também, que o PIB - Produto Interno Bruto - caiu 6,3% no quarto trimestre do ano passado. A contração é ligeiramente maior que a divulgada no mês passado, de 6,2%. A previsão dos analistas é de que a economia continue a registrar contração no primeiro semestre deste ano - para o período de janeiro a março, a expectativa é de uma contração entre 5% e 6%.

Londres/Inglaterra
Bolsas europeias sobem com ganhos em bancos e mineradoras
As Bolsas europeias fecharam em alta ontem, dia 26/3, mas com avanços modestos. Os ganhos nos setores bancário e de mineração superaram por pouco as perdas no setor petrolífero.
- A Bolsa de Londres fechou em alta de 0,64% no índice FTSE 100, ficando com 3.925,20 pontos.
- A Bolsa de Frankfurt teve alta de 0,85% no índice DAX, que ficou com 4.259,37 pontos.
- A Bolsa de Milão teve alta de 1,14% no índice MIBTel, indo para 13.217 pontos.
- O índice FTSEurofirst 300 - que reúne ações das principais empresas européias - encerrou o dia praticamente estável, com 743,71 pontos.
- As Bolsas de Paris e Zurique fecharam também perto da estabilidade (a primeira com ligeira variação negativa de 0,05%, aos 2.892,07 pontos, e a segunda com ligeira perda de 0,07%, aos 4.966,74 pontos).
- A Bolsa de Amsterdã, por sua vez, teve perda de 0,33% no índice AEX General, que ficou com 4.966,74 pontos.
Análise - "Os investidores estão tentando encontrar um equilíbrio entre o otimismo e a consolidação, e até que um supere o outro, os mercados vão continuar oscilando", disse o estrategista Joshua Raymond, da City Index. No setor bancário, as ações do UBS, UniCredit e Standard Chartered caíram entre 1,3% e 3,8%, mas as do Barclays, Lloyds Banking Group e do HSBC, subiram entre 6,7% e 13,5%. As ações das mineradoras subiram com a alta de 3,4% no preço do cobre. Os destaques do dia foram Anglo American, Antofagasta, BHP Billiton, Eurasian Natural Resources Corporation, Rio Tinto e Xstrata, com ganhos entre 0,7% e 16,9%. No setor petrolífero, as ações que mais caíram foram as do BG Group, da Royal Dutch Shell e da Petroplus, com quedas entre 1% e 1,9%. No setor de energia, caíram as ações da alemã E.ON (-1%), com a notícia no jornal alemão "Handelsblatt" de que a rival RWE anunciou propostas de compra de três usinas nucleares britânicas.


HOJE – Bolsas da Ásia
Bolsa de Tóquio cai 0,1%; Hong Kong sobe 0,07%

As Bolsas asiáticas oscilaram pouco nesta sexta-feira, com os principais índices da região variando menos de 1%. O otimismo sobre uma recuperação da econima americana puxou as ações para cima, enquanto a realização de lucros, sobretudo no final dos pregões, fez com que os preços caíssem.
- No Japão, o índice Nikkei chegou a subir durante o dia e atingir o seu maior nível em dois meses, com empresas exportadoras, como a Sony, vendo o preço de suas ações se valorizar. Entretanto, perdas no fim do dia fizeram com que o índice fechasse em queda de 0,1%, aos 8.626 pontos.
- Em Hong Kong, o índice Hang Seng subiu 0,07% e fechou em seu melhor nível em 11 semanas, 14.119 pontos. A queda de quase 10% nas ações da Esprit - companhia vendedora de roupas e comésticos que viu um de seus principais executivos pedir demissão-- impediu que a alta fosse maior. - Na China, o índice Shangai Composite ganhou 0,5% e fechou em 2.374.
- Em Taiwan, o Taiex teve alta de 0,08% e chegou a 5.390 pontos.
- Na Austrália, o S&P/ASX 200 subiu 0,7% e atingiu os 3.672 pontos.
- Já na Coreia do Sul, o índice Kospi caiu 0,5%, chegando aos 1.237 pontos.
- O índice Straits Times, da bolsa de Cingapura, abriu o pregão desta sexta-feira em 1.755,12 pontos, após perder 3,67 (0,21%).
- O índice composto KLCI, da bolsa de Kuala Lumpur, abriu o pregão desta sexta-feira em 886,7 pontos, após ter alta de 1,23 (0,14%).
- O índice composto SET, da bolsa de Bangcoc, abriu o pregão desta sexta-feira em alta de 2,01 pontos (0,45%), aos 441,41.
- O índice JKSE, da bolsa de Jacarta, abriu o pregão desta sexta-feira em alta de 38,68 pontos (2,72%), aos 1.458,66.
- O índice Psei, da bolsa de Manila, abriu o pregão desta sexta-feira em alta de 54,72 pontos (2,75%), aos 2.042,98.


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MERCADO FINANCEIRO


São Paulo/SP – Da redação
Taxa do cheque especial cai em fevereiro e volta aos níveis pré-crise
Os juros bancários recuaram em fevereiro pelo terceiro mês consecutivo, de acordo com o relatório de crédito do Banco Central divulgado ontem, dia 26/3. A taxa de inadimplência, porém, continua no nível mais alto desde 2002. Uma das maiores quedas foi registrada na taxa do cheque especial, que passou de 172% ao ano em janeiro, para 166,7% ao ano no mês passado. É o menor juro nessa modalidade desde agosto, mês que antecedeu a alta das taxas provocada pela crise internacional de crédito. A taxa média geral, incluindo pessoa física e jurídica em todas as modalidades pesquisadas pelo BC, caiu de 42,4% para 41,3% ao ano. É menor taxa desde setembro, quando estava em 40,4% ao ano.
Para o consumidor, os juros recuaram mais, de 55,1% para 52,7% ao ano, melhor resultado desde agosto. Para as empresas, os juros caíram de 31% para 30,8% ao ano (menor desde setembro). Houve queda nos juros ao consumidor em todas as modalidades verificadas pelo BC. Além do cheque especial, o crédito pessoal caiu de 56,5% para 54,5% ao ano. Aquisição de veículos passou de 34,7% para 31,8% ao ano. O prazo médio dos empréstimos para pessoas físicas chegou a 498 dias, valor recorde da série do BC (iniciada em 1991).
"Spread" - Parte da queda nos juros se deve à redução do "spread" bancário, a diferença entre a taxa de captação dos bancos e os juros cobrados nos empréstimos para os clientes. O "spread" caiu de 30,5 pontos percentuais para 29,7 pontos no mês passado. A taxa ainda está acima da registrada em outubro (28,3 p.p.). Para a pessoa física, caiu de 43,6 pontos percentuais para 41,3 pontos no mês passado. Apenas para as empresas, variou de 18,8 pontos para 18,9 pontos percentuais.
Inadimplência - A inadimplência das pessoas físicas subiu pelo quinto mês consecutivo e passou de 8,2% para 8,3% no mês passado. Trata-se da taxa mais alta desde junho de 2002 (8,34%). No mesmo período, a taxa para pessoa jurídica passou de 2% para 2,3%. A taxa geral (PF mais PJ) passou de 4,6% para 4,8%, a maior desde março de 2007 (4,9%). No caso da pessoa física, a inadimplência ficou estável no cheque especial (10,2%) e no crédito pessoal (5,7%), mas registrou alta na aquisição de veículos (de 4,6% para 4,8%, o valor mais alto da série histórica do BC, iniciada em 1991) e de bens (13,8% para 14%).
Crédito - Já o estoque de crédito na economia cresceu 0,1% no mês passado. Para as empresas, esse indicador mostrou retração de 1,6%. Para pessoa física, subiu 1,2%. Com isso, o volume de dinheiro emprestado hoje chegou ao valor, novamente recorde, de R$ 1,23 trilhão. Isso representa um aumento de 28,3% nos últimos 12 meses. O volume de crédito também foi recorde na comparação com o PIB - Produto Interno Bruto -, soma das riquezas produzidas, passando de 41,5% em janeiro (dado revisado) para 41,6% no mês passado. A previsão do BC é de um crescimento de 16% no crédito neste ano. Com isso, o indicador alcançaria o patamar de 43% do PIB.

Rio de Janeiro/RJ – Da redação
BNDES apoia operação de R$ 276 milhões para consolidar construção civil
Em sua primeira ação de apoio à consolidação do setor imobiliário, o BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - poderá participar da operação de emissão de debêntures da PDG Realty com até R$ 276 milhões. Na quata-feira dia 25/3, o banco de fomento anunciou o lançamento de um programa de R$ 1 bilhão para apoiar a meta do governo federal de construção de 1 milhão de moradias. O governo elaborou um pacote de medidas para tentar amenizar os reflexos da crise financeira mundial sobre o setor de habitação e o apoio do BNDES, ao setor de construção, tem o mesmo objetivo.
Uma das formas de apoiar o setor será a utilização de instrumentos de renda variável emitidos pelas companhias de capital aberto, dando suporte à aquisição de empreendimentos imobiliários para empresas que tenham maior dificuldade de acesso a crédito. A subsidiária de investimentos do banco, BNDESPar, garantirá a subscrição de até R$ 155 milhões em debêntures conversíveis em ações ordinárias. No entanto, esse valor estará sujeito ao exercício do direito de preferência dos outros acionistas, podendo chegar a R$ 276 milhões.
Segundo nota divulgada pelo BNDES, os recursos serão destinados ao reforço da estrutura de capital da companhia, que terá assim, maior robustez para aquisição de empreendimentos e de sociedades de construção civil, além da capitalização desses projetos. No programa de R$ 1 bilhão para o setor de construção civil, os financiamentos serão concedidos de maneira indireta, por meio da rede de agente financeiros do BNDES. Os financiamentos terão custo financeiro de TJLP (taxa de juros de longo prazo), além de uma remuneração básica do banco, de 0,9% para pequenas e microempresas e 1,3% para grandes empresas.
O banco cobra ainda, taxa de intermediação financeira, de 0,5% para grandes empresas, mas isenta as médias, pequenas e microempresas. A instituição financeira intermediária também recebe uma remuneração, negociada entre o beneficiário e o agente. A participação do BNDES nos financiamentos será de até 100% para as menores e 80%, para as grandes empresa
s.

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INDÚSTRIA

São Paulo/SP – Da redação
Grupo Tyson Foods estuda novas compras no Brasil
O grupo americano Tyson Foods, maior processador de carnes do mundo, está tentando comprar empresas processadoras de carne vermelha e de porco no Brasil, Argentina, China e Índia, informou o jornal britânico Financial Times, citando fontes não identificadas. A estratégia da companhia é adquirir empresas onde os custos de produção são mais baixos, segundo o jornal. A Tyson pode gastar até US$ 300 milhões com as compras internacionais. Em janeiro, a empresa anunciou prejuízo líquido de US$ 112 milhões, ou US$ 0,30 por ação, no primeiro trimestre fiscal de 2009. A Tyson Foods entrou no mercado brasileiro em setembro do ano passado, com a aquisição de três empresas na região Sul. O grupo adquiriu a Macedo Agroindustrial, no município São José/SC; a Avícola Itaiópolis, em Itaiópolis, também em Santa Catarina; e a Frangobras, de Campo Mourão/PR.

São Paulo/SP – Da redação
Louis Dreyfus negocia com exclusividade com Santelisa
O grupo francês Louis Dreyfus está negociando com exclusividade, parceria com o grupo Santelisa Vale, de Sertãozinho/SP. A companhia encontra-se em situação financeira delicada, com endividamento em torno de R$ 3 bilhões. A busca por um parceiro é a saída para que o grupo ganhe maior robustez no mercado. Neste mês, o grupo recebeu propostas de vários grupos para firmar parceria. Além do Louis Dreyfus, Cosan, Bunge, São Martinho, em parceria com o GP Investimentos, BTG, do empresário André Esteves, e ETH, controlada pelo grupo Odebrecht, fizeram propostas para a companhia sucroalcooleira. No entanto, a melhor proposta considerada pela empresa foi a do grupo francês, que confirmou a informação, mas não deu mais detalhes. O BNDESPAr, braço de participações do BNDES, que também é sócio da Santelisa, deverá fazer um aporte no grupo.

Porto Alegre/RS - Da redação
Vinícola Garibaldi participa da Prowein na Alemanha
A Vinícola Garibaldi marca presença, a partir deste domingo, dia 29/3, da Prowein, a mais importante feira de bebidas da Alemanha e uma das mais importantes do mundo, que acontece em Dusseldorf. O evento tem significativa importância para a empresa, já que os rótulos Garibaldi encontram-se disponíveis no mercado alemão. “A feira servirá como divulgação e apresentação da marca, em especial os espumantes”, destaca o enólogo Maiquel Vignatti. Segundo ele, o produto tem apresentado consumo constante no País, e a vinícola quer aproveitar esse momento para acelerar a venda. Uma das grandes apostas da vinícola será sua linha de orgânicos, a mais completa do País. “A Alemanha é um país que tem um alto consumo de produtos orgânicos e queremos entrar com força total no mercado alemão com essa linha, sobretudo Malbec e Cabernet orgânicos”, aponta Maiquel. Ao longo dos três dias de feira, estão agendadas reuniões para promoção de acordos com grandes cadeias varejistas e atacadistas da Alemanha, bem como lojas especializadas na comercialização de vinhos. No Brasil, o segmento de vinhos, sucos e espumantes orgânicos é responsável por 4% do faturamento da empresa. (Fonte: Due Company)

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AGRONEGÓCIOS

Londres/Inglaterra
IGC: safra global de grãos deve cair para 1,725 bi/t em 2009/2010
A produção mundial de grãos deve atingir 1,725 bilhão de toneladas, estimou ontem, dia 26/3, o IGC - Conselho Internacional de Grãos – (na sigla em inglês). O volume será o segundo maior já registrado e mostra uma queda de 3% ante a safra 2008/2009 (ano-safra de produção recorde), resultado da perda de área para oleaginosas. "Há algumas indicações de enfraquecimento na demanda por grãos, principalmente para ração animal, como resultado de dificuldades financeiras e econômicas em muitos países", afirmou o IGC. A produção global de trigo em 2009/2010 deve atingir 651 milhões de toneladas, queda de 5% ante 2008/2009, e o plantio deve ter redução de 1% na mesma comparação. Já os estoques de passagem de trigo devem aumentar para 171 milhões de toneladas em 2009/2010, contra 160 milhões em 2008/2009. "A safra de trigo de inverno está se desenvolvendo bem na Europa e na CEI - Comunidade dos Estados Independentes -, e chuvas na China e nas Planícies do Sul dos EUA diminuíram as preocupações com a produção nesses locais", disse o IGC. (Agência Dow Jones)


Brasília/DF – Da redação
Governo Federal não tem proposta para resolver crise da carne
“Nem o ministério, nem o governo, tem o diagnóstico preciso do que está acontecendo”, disse o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), sobre audiência pública na terça-feira, 24/3, pela Comissão de Agricultura da Câmara, para discutir os impactos da crise na cadeia produtiva da carne. Lorenzoni, que presidiu durante o ano passado a Comissão, afirmou que não há nenhum plano de curto prazo para ser adotado. A ideia dos ruralistas é criar um grupo de trabalho, que terá a duração de três semanas, para fazer um diagnóstico aprofundado, preparar um conjunto de propostas objetivas para atender aos produtores e também, verificar a sustentabilidade da indústria frigorífica. O segundo passo será promover outra audiência convocando o ministro da Fazenda e da Agricultura para encaminhar as resoluções do grupo.

Brasília/DF – Da redação
Desdobramento da crise vista pela Abag
Luiz Lourenço, da Cocamar do Paraná, Homero Pereira, deputado atuante da Confederação Nacional de Agricultura e o diretor do Banco do Brasil, Luis Carlos Guedes Pinto, examinaram na manhã de quarta-feira, o cenário mundial e nacional que impactaram e envolvem o sucesso da atual e próxima safra agropecuária brasileira. O seminário da Abag - Associação Brasileira de Agribusiness - realizado em São Paulo, contou com expressões do closter da agropecuária brasileira.
Luiz Lourenço falou de realidades regionais e que impactam frigoríficos, produção de milho, e a mudança do perfil da safra de inverno diante dos preços do trigo. Homero Pereira fez uma abordagem focada na crise. Objetivamente encaminhou uma proposta de comunicar a sociedade brasileira a eficácia e a competência do produtor rural, visando ajustar a verdadeira imagem de trabalho e competência, que deveriam prevalecer na visão da sociedade urbana. A crise financeira consolidou a crise de confiança, que impacta o crédito, gerando a sentida crise econômica que pode se estender por período indefinido, determinando a crise institucional do agronegócio brasileiro. Identificou uma situação singular: o governo prioriza a agricultura familiar, os grandes agricultores se resolvem como empresa e o agricultor de porte médio se encontra sem alternativas de recursos para a próxima safra. O deputado sugere que em dois anos, os agricultores com este perfil se estabeleçam como pessoa jurídica, em torno de associação de agricultores ou pequenas cooperativas, considerando a possibilidade de Refis Rural.
Historicamente o agricultor foi desafiado a produzir a partir das margens de rios e lagos para combater endemias, e hoje, a necessidade ambiental exige dele absolutamente o contrário, ameaçando através da legislação na redução de área de plantio. Estas e outras realidades como a competência, a produtividade, a responsabilidade social, sugere que sejam levadas à sociedade em geral. Entende que a safra próxima vai encontrar preços firmes e fertilizantes mais competitivos. Luiz Carlos Guedes fez uma apresentação sólida de dados a partir da crise mundial, considerando a alavancagem histórica dos bancos americanos, imprudência, falta de transparência e queda dos ativos reais. Percebe o Brasil com relativo otimismo, pois, bancos locais têm situação sólida, o Brasil não tem dependência excessiva de qualquer ordem dos EUA, e se espera a manutenção do grau de investimentos. São 177 os países que adquirem nossos produtos de exportação. O governo brasileiro já vem implementando medidas como redução do compulsório, intervenção firme no mercado de câmbio e nos ACC, prevalecendo o Banco Central autônomo.
Guedes entende que a solução da crise atual passa por restabelecer a confiança e uma agenda positiva, uma vez que o grande fluxo de capital injetado neste seguimento pela comunidade mundial estancou em 2007, após ter estimulado o empresário rural a tomada de capital com base em dólar sobrevalorizado e juros baixos. A inversão do cenário deixa muitas empresas em situação de elevada dificuldade. Este elevado grau de endividamento, a pressão do reforço das margens de hedge, bancos reduzindo os empréstimos e traders recuando nas compras antecipadas exigem do governo, atitudes que estão encaminhadas com o possível aumento de disponibilidade de crédito rural em até 25% para a próxima safra.
Na ocasião, Guedes lembrou que o crédito rural em valores é hoje a metade do que foi a duas décadas. Entende que se deva produzir uma agenda positiva que passe por seguro de crédito, seguro agrícola e garantia de preços. Esta é a pauta que está sendo produzida pelos ministérios da Agricultura, Fazenda e Confederação Nacional da Agricultura. Esta agenda precisa ser integrada com fornecedores e processadores, visando alterar uma legislação inadequada redigida a 44 anos. O Novo Plano Safra que se define em maio, pretende disponibilizar algo entre R$ 93 e R$ 100 bilhões, com crescimento expressivo sobre os R$ 78 bilhões da safra anterior. Será um belo esforço de ajustes diante da redução dos depósitos à vista. Um processo de garimpagem, se lembrarmos que em grandes números, os custeios se dão em média 1/3 com recursos de traders, 1/3 com recursos do crédito rural e bancos e 1/3 com capital próprio. Espera-se que os preços estejam em patamares compensadores para que os recursos próprios seja a variável indiscutível. E a safra atual se encaminha para assegurar esta premissa.
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SETOR AUTOMOTIVO


São Paulo/SP – Da redação
GM mostra que reestruturar empresa não é motivo de vergonha
O caso da montadora de veículos GM - General Motors - nos EUA, que em meio a dificuldades financeiras afirmou preferir o processo de reestruturação à falência, é uma sinal de que empresas de todos os portes estão sujeitos a abalos e a necessidade de reorganizar os negócios. A avaliação é do sócio da consultoria Deloitte e especialista em reorganização de empresas, Luis Vasco Elias. "É uma cultura nova [reestruturação] do ponto de vista conceitual. E faz parte até de uma GM. Tem empresário em dificuldades aqui no Brasil, com vergonha de ir à cidade. O aspecto da GM tentar reestruturação tem efeito psicológico muito importante, para uma proporção enorme de empresários que acha vergonhoso fazer essa opção", disse Elias. Auditores que avaliam a situação da GM, nos EUA, levantaram "dúvidas substanciais" sobre a capacidade da empresa de continuar suas operações e disseram que a empresa pode ter de recorrer à proteção do "Chapter 11", o capítulo da legislação americana que regulamenta falências e concordatas. A GM negou a preferência pela concordata. A Deloitte apresentou ontem, dia 26/3, em São Paulo, a pesquisa "Reorganização de Empresas no Brasil", feita com 259 organizações com faturamento superior a R$ 50 milhões, e 50 agentes envolvidos nos processo de recuperação de empresas, representando bancos, fundos de investimento, advogados e juízes. Conforme o estudo, 86% das empresas analisadas estão ou estiveram envolvidas em processo de reorganização. Entre setembro e novembro do ano passado, quando o levantamento foi feito, 36% estavam em meio ao processo, que prevê um "conjunto de estratégias e medidas para retomar a fase de crescimento ou reverter a situação negativa em momentos de crise". "A reorganização das empresas pode ser feita por meio de uma reestruturação, no momento em que se inicia sua fase de declínio, ou por meio de uma recuperação, quando há o agravamento da crise, levando a risco de insolvência (que é a dificuldade de pagar dívidas)", informa o estudo.
Competitividade - Entre os motivos que levam ao processo de reorganização, segundo a pesquisa, está a necessidade de expansão (para 56% dos entrevistados), a redução de lucratividade (49%), busca de novos mercados (48%), aumento da concorrência (43%) e perda da competitividade (38%). "O motivo que leva à reorganização está sempre ligado à intenção de se tornar mais competitivo", afirmou Elias. Para ele, a crise econômica internacional e os fatores decorrentes dela, como a escassez de crédito, são uma oportunidade para as empresas repensarem seus negócios e mercados. "As empresas estão tomando ações rápidas. Isso vai parar [problemas de crédito] e as empresas que se reorganizaram, vão aproveitar mais cedo a retomada", avaliou. "É muito difícil entender a profundidade dessa crise, que chegou de maneira rápida e recebeu medidas também muito rápidas pelos governos. As empresas devem encarar o momento como oportunidade para promover reorganização e que é um processo para escapar disso", recomendou.


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VAREJO & COMÉRCIO


São Paulo/SP – Da redação
Supermercados têm alta de 4% nas vendas
A Abras - Associação Brasileira de Supermercados - corrigiu um dado divulgado anteriormente. As vendas reais nos supermercados cresceram 5,37% no acumulado de janeiro e fevereiro de 2009, ante igual período de 2008, e não em 12 meses, como foi informado. Segue texto corrigido: As vendas reais nos supermercados cresceram 4,16% em fevereiro, sobre o mesmo mês do ano passado, segundo a Abras - Associação Brasileira de Supermercados. Em relação a janeiro, as vendas de fevereiro apresentaram queda de 5,37%. No acumulado de janeiro e fevereiro, as vendas subiram 5,37%, ante igual período de 2008. Os números estão deflacionados pelo IPCA - Índice de Preços ao Consumidor Amplo. Em nota, a Abras destaca que o setor apresenta um resultado "expressivo", mesmo com os efeitos da crise financeira internacional. Na avaliação da entidade, "isso corrobora a tese de que o varejo de alimentos é o último a sentir os efeitos da crise". Sobre a queda em fevereiro, ante janeiro, o documento ressalta ser efeito calendário, por fevereiro ter menos dias. O valor da cesta de 35 produtos considerados de largo consumo pelo indicador Abras Mercado, como alimentos, limpeza e beleza, recuou 1,6% em fevereiro, ante janeiro, para R$ 259,94. Já em relação a fevereiro de 2008, o valor está 12,15% superior. Os produtos da cesta que registraram as maiores quedas foram: tomate (-12,64%), feijão (-7,20%) e carne bovina (-7,06%), enquanto as maiores altas foram no açúcar (13,76%), batata (9,42%) e ovo (7,08%). (Fonte: ABRAS)

São Paulo/SP – Da redação
Abras apresenta ranking dos 20 maiores supermercados
O Carrefour se manteve na liderança pela segunda vez consecutiva no ranking de supermercados da Abras - Associação Brasileira de Supermercados. Em seguida aparecem Pão de Açúcar e Walmart. De acordo com o levantamento, houve aumento de 11,46% no faturamento das 20 maiores redes supermercadistas do Brasil. O estudo mostra ainda, que a disputa pela liderança do setor se mantém acirrada. No conjunto, o faturamento das 20 maiores passou de R$ 71,7 bilhões, em 2007, para R$ 82,1 bilhões, em 2008. Os quatro primeiros colocados no Ranking Abras, em 2008, mantiveram as posições do ano anterior. São eles: Carrefour (faturamento de R$ 22,47 bilhões), Pão de Açúcar (R$ 20,86 bilhões), Walmart (R$ 16,95 bilhões) e GBarbosa (R$ 2,35 bilhões) - esta última foi adquirida em 2007 pela rede chilena Cencosud. A partir da quinta colocação, o Ranking Abras 2009 registra intensas mudanças, com trocas de posições significativas. A mineira Bretas Supermercados foi de 7ª para 5ª colocada, enquanto a gaúcha Zaffari ocupa a 6ª posição. Outros que alteraram de posições foram o Prezunic Supermercados/RJ, agora em 7° lugar; o Super Muffato/PR, atualmente na 9ª posição e o Sonda/SP, o 15° colocado. A rede Condor/PR passou a ser o 12ª da lista dos maiores.
Confira a lista das 20 maiores empresas do País segundo o faturamento:
1. Carrefour
2. Pão de Açúcar
3. Walmart
4. GBarbosa
5. Supermercados Bretas
6. Zaffari e Bourbon
7. Prezunic
8. Epa/Mart Pluss/ViaBrasil
9. Super Muffato
10. Angeloni
11. Coop
12. Condor
13. Y Yamada
14. Lider Supermercados
15. Sonda
16. Supermercados BH
17. Zona Sul
18. Comercial Carvalho
19. Supermercados Savegnago
20. Bahamas

São Paulo/SP - Da redação
McDonald’s cresce 22% no Brasil
A filial brasileira da rede de fast food McDonald’s, operada pela licenciada latinoamericana Arcos Dourados, aumentou suas vendas em 22% no ano passado, em relação a 2007, chegando a R$ 3,3 bilhões. A empresa abriu no período 78 unidades, entre restaurantes, quiosques e McCafés, fechando o ano com mais de 1.200 pontos de venda. Foram inaugurados 20 restaurantes, entre eles o primeiro restaurante ecológico da rede na América Latina, e reformados outros 54. Para 2009, a expectativa é abrir pelo menos 26 restaurantes, 30% mais que no ano passado e mais que o dobro dos 11 de 2007. Além de continuar focando seu crescimento nas regiões Sul e Sudeste, a rede ampliará sua presença em outras regiões, abrindo, por exemplo, o primeiro restaurante em Rondônia. Além da expansão orgânica, um ponto importante no aumento das vendas foi o horário estendido. Com o menu de café da manhã, as lojas passaram a abrir mais cedo. Como muitas funcionavam até o início da madrugada, várias unidades ampliaram o funcionamento até as 5h ou tornaram-se 24 horas. Esse movimento trouxe uma alta de 4% nas vendas. Em toda a América Latina, as vendas do McDonald’s chegaram a US$ 3,5 bilhões, 26% mais que em 2007, com alta de 21% em mesmas lojas.

São Paulo/SP - Da redação
Starbucks abre loja em Campinas
A rede de cafeterias Starbucks abriu na quarta-feira, dia 25/3, mais uma unidade em Campinas/SP, dessa vez no Parque Dom Pedro Shopping. O ponto de venda, localizado na Entrada das Flores, possui 188 metros quadrados de área total.

Lisboa/Portugal - Da sucursal Lisboa - Maria João S. Freitas, correspondente
Sonae aumenta vendas em 25% no ano
O grupo varejista português Sonae disse que suas vendas cresceram 25% em 2008, na comparação com o exercício anterior, para 4,22 bilhões de euros. A empresa investiu um total de 350 milhões de euros em um plano de expansão que incluiu a integração de hipermercados comprados do grupo Carrefour, a abertura de 137 lojas (em um total de 77 mil m²) e o desenvolvimento de quatro novos conceitos de negócios. A empresa ainda iniciou suas operações no mercado espanhol, com a inauguração de 16 lojas com as bandeiras Sport Zone e Worten.

São Paulo/SP – Da redação
Rede Hortifruti investe em linha premium de saladas
Buscando oferecer uma opção prática e saudável para quem está sem tempo de fazer as refeições, a rede capixaba Hortifruti desenvolveu receitas e embalagem para lançar a linha premium de saladas Salata Hortifruti. São três opções de saladas verdes prontas para o consumo em porções individuais. Desenvolvida especialmente para o produto, a embalagem, que imita uma bandeja, possui talheres integrados e destacáveis, formando uma única peça. A tampa conta ainda, com espaço para colocação dos sachês de molho que vêm junto com cada salada. A linha Salata Hortifruti faz parte do mix de alimentos prontos para o consumo que a Hortifruti disponibiliza para os clientes, em um sortimento de mais de 100 itens, entre água de coco, sucos naturais, salada de frutas, frutas, verduras e legumes cortados e higienizados.

São Paulo/SP - Da redação
Redes de vestuário reduzem aportes para expansão
Neste ano, os passos das principais redes de vestuário do País rumo à expansão, serão bem mais lentos, apesar dos resultados positivos apresentados nos balanços de 2008. A redução nos investimentos, a corrida para adotar novas estratégias de marketing e a estruturação dos processos logísticos serão as principais metas para se adequar à nova realidade macroeconômica de empresas, como: Lojas Renner, Riachuelo, Lojas Marisa, Leader Magazine e Grupo Caseli. Vice-líder no segmento, a gaúcha Renner não vê um quadro animador para este ano. Depois de contabilizar queda de 5,4% nas vendas entre os meses de outubro e dezembro, nas unidades com mais de um ano de funcionamento, a varejista decidiu diminuir os investimentos programados para 2009. Serão destinados no máximo R$ 80 milhões para a abertura de oito novas lojas, enquanto no ano passado foram investidos R$ 137 milhões, sendo R$ 84 milhões para 15 lojas. No caso da concorrente Lojas Marisa, o mesmo foi sinalizado, visto que serão direcionados R$ 15 milhões para a abertura de seis novas lojas, contra 16 no ano passado. Na avaliação de Rafael Cintra, analista da Link Investimentos, o ritmo de demissões foi acima do esperado e com isso a confiança do consumidor caiu. O primeiro semestre será difícil para as empresas e o cenário só deverá melhorar mesmo no início de 2010. Cintra aponta de que a prioridade para o segmento será fortalecer o caixa para enfrentar a falta de crédito que acomete o mercado. Empresas com baixo grau de endividamento e finanças equilibradas, como Renner e Hering, deverão ser beneficiadas. Ele analisa também, que por terem operações de financiamento, Renner e Riachuelo poderão ver o índice de inadimplência subir. Já a Hering, que tem cartão de crédito em parceria com a Losango, sai na frente por dividir metade das perdas com a financeira.

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COMÉRCIO EXTERIOR


Brasília/DF – Da redação
Brasil quer triplicar fluxo comercial com Irã
O ministro Celso Amorim, das Relações Exteriores, disse ontem, dia 26/3, que a visita do chanceler iraniano, Manoucherhr Mottaki, ao Brasil, pode ajudar na retomada do comércio entre os dois países. A reunião entre os dois ocorreu na quinta-feira. Segundo Amorim, em 2007, o Brasil exportou quase US$ 2 bilhões ao Irã - que exportou cerca de US$ 50 milhões ao Brasil. Os valores, no entanto, caíram pela metade no ano passado. "É um ponto de partida para retomar, sobretudo, mecanismos de comércio. Temos interesses em mecanismos financeiros que facilitem os investimentos", afirmou. A meta é chegar a um fluxo de comércio entre os dois países de US$ 3 bilhões, o triplo do registrado no ano passado. O ministro brasileiro frisou que a chamada cooperação sul-sul, entre países em desenvolvimento, responde hoje a 57% das exportações brasileiras. "Foi um certo 'colchão' para a crise. Temos que continuar explorando ao máximo essas possibilidades", afirmou.
Sobre EUA - Amorim que, durante o encontro com o ministro iraniano, foi discutida a tentativa de aproximação do governo norte-americano com o Irã. "Eu acho que foi uma análise boa", disse Amorim, sem dar detalhes. Mottaki, que se reuniu ontem com o ministro Edison Lobão, das Minas e Energia, e com representantes da Petrobras, disse que serão estudadas oportunidades de cooperação nas áreas de petróleo, petroquímico e de fertilizantes e que espera mais avanços no futuro
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João Pessoa/ PA – Da redação (Rio)
Paraíba exportará açúcar para a União Europeia
O ministro da Indústria e Comércio, Miguel Jorge, acatou integralmente o pedido do governador José Targino Maranhão, aprovando cotas tarifárias para exportação de açúcar para os países da União Europeia. A medida beneficia os produtores de cana-de-açúcar da Paraíba, que agora poderão exportar o produto para a União Europeia, além da perspectiva de gerar novos empregos para setor. A medida foi aprovada na quarta-feira, dia 25/3, pelo conselho da Camex - Câmara de Comércio Exterior - e atendeu os termos solicitados pelo governador da Paraíba, beneficiando não só o Estado, mas todos os produtores do Nordeste. "Os produtores agora precisam aguardar os entendimentos diplomático entre Brasil e a União. A decisão já foi comunicada ao Itamaraty e ao Ministério das Relações Exteriores, que irá enviar para União Europeia", informou o Chefe de Gabinete da Camex, Gustavo Fontenele. O presidente do Sindicato da Indústria de Fabricação do Álcool e Açúcar no Estado da Paraíba, Edmundo Barbosa, agradeceu o empenho do governador José Maranhão, em atender a um antigo pleito do setor, corrigindo as desigualdades que existem nas regiões brasileiras, além de colocar em prática a Lei 9362/96, que define cotas de exportação de cana-de-açúcar do Nordeste. Os produtores terão a possibilidade de ampliar seus investimentos no setor e levar seu produto para os países da União Europeia. "As três empresas do setor de cana-de-açúcar geram cerca de 10 mil empregos diretos e indiretos em todo o Estado. Com essa nova conquista vamos passar a exportar para a União Europeia cerca de 13 mil toneladas do produto, o que equivale a 10% anual", acrescentou Edmundo. O produtor de cana-de-açúcar, Clodoaldo Soares, acrescentou que Maranhão conseguiu o beneficio para o Estado da Paraíba no momento em que o setor passa por uma crise sem precedentes.

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MERCADO DE TI


Helsinque/Finlândia
Nokia abandona serviço terceirizado na fabricação de celulares
A Nokia, maior fabricante mundial de celulares, parou de utilizar serviços terceirizados na montagem dos aparelhos móveis devido à fraqueza da demanda, afirmou uma porta-voz da companhia ontem, dia 26/3. "Na fabricação do núcleo de celular nós paramos (de usar serviço terceirizado) completamente", disse a porta-voz, acrescentando que a empresa, ainda estava utilizando serviço terceirizado em outras funções como embalagem e logística. Em 2008, a Nokia terceirizou aproximadamente 17% do volume de produção do núcleo de celulares, incluindo componentes e softwares que permitem operações básicas. Dentre os principais prestadores de serviços da Nokia, estão a Foxconn, a BYD, a Jabil Circuit e a Elcoteq. A Nokia informou em janeiro que pretende cortar os custos anuais em mais de 700 milhões de euros na sua principal unidade de celulares para conter o declínio da demanda. O mercado geral de telefones móveis deve se contrair em cerca de 10% neste ano, à medida que consumidores reduzem os gastos e vendedores de celulares tentam se livrar dos aparelhos em estoque. Às 12h (horário de Brasília), as ações da Nokia caíam 3,6%. (Agência Reuters)

Nova Iorque/EUA
Negociação entre IBM e Sun pode passar da próxima semana
As negociações da IBM para adquirir a Sun Microsystems continuam a acontecer e podem se estender além da próxima semana, de acordo com uma pessoa próxima à questão. A fonte, que pediu anonimato por não ter sido autorizada a falar sobre as negociações, disse ontem, dia 26/3, que a IBM continua examinando as operações da Sun como parte de seu processo de diligência. Uma porta-voz da IBM se recusou a comentar e representantes da Sun, não foram encontrados imediatamente. Nenhuma das companhias confirmou as negociações, apesar de fontes terem dito à Reuters que os dois lados estão negociando um acordo que impulsionaria os negócios de servidores e softwares da IBM. (Agência Reuters)

Round Rock/EUA
Dell diz que demanda mundial se estabilizou desde janeiro
A Dell Inc, segunda maior fabricante de computadores do mundo, disse que a demanda mundial por seus produtos se estabilizou desde meados de janeiro, após uma queda forte a partir de setembro do ano passado. "A demanda tem sido bem estável em uma base semanal desde janeiro", disse Michael Dell, executivo-chefe da companhia, nos bastidores de um evento em Pequim. "Os consumidores estão saindo do estado de pânico e choque para um padrão mais estável", disse. Segundo Dell, o setor público dos EUA será responsável pelos fortes resultados esperados para o segundo e o terceiro trimestre deste ano. Ele também revelou que as vendas da companhia na China em 2008, aumentaram 28%, ultrapassando de longe o crescimento médio do setor no País, de 7%. Nas economias Bric - Brasil, Rússia, Índia e China - as vendas cresceram 34%, ante uma taxa de crescimento nesses mercados de 6%, disse. Dell revelou que a empresa estuda aquisições no mercado de servidores e outros serviços de dados corporativos, área onde a competição está aumentando entre os gigantes da tecnologia. Em 2007, a Dell comprou a EqualLogic, de sistema de armazenamento de dados, por US$ 1,4 bilhão. (Agência Dow Jones)

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MERCADO ONLINE


Washington/EUA
Brasil é 59ª economia mais conectada do mundo
O Brasil é a 59ª economia conectada do mundo, de acordo com o Relatório Global de Tecnologia da Informação 2008-2009, divulgado pelo Fórum Econômico Mundial (World Economic Forum). O País manteve a posição do ranking do ano passado, com pontuação de 3,94. Na América Latina, à frente do Brasil, estão Chile (39º) e Porto Rico (42º). Pelo terceiro ano consecutivo, Dinamarca e Suécia lideram o ranking do Fórum como as economias mais conectadas do mundo. Os EUA estão em terceiro lugar, subindo uma posição em relação à edição anterior. Segundo Irene Mia, economista sênior da rede de competitividade do Fórum e editora-conjunta do relatório, embora o Brasil apresente alto nível de prioridade para TCI - Tecnologias de Comunicação e da Informação - e práticas do governo no mundo eletrônico, essas ações ainda não criaram um ambiente tecnologicamente avançado para a população. De acordo com Irene, a exclusão digital, social e econômica do País são obstáculos, além do ambiente de mercado que também sofre de excesso de regulação e a baixa qualidade do sistema educacional, entre outros. O documento analisa 134 economias em todo o mundo, avaliando o impacto da TCI no processo de desenvolvimento e competitividade das nações. Sob o tema de Mobilidade Num Mundo Conectado, a pesquisa deste ano foca o relacionamento entre mobilidade e a TCI. A pesquisa gera o ITI - Índice de Tecnologia da Informação -, que representa o nível de preparo dos países para usar a tecnologia no ambiente regulatório, empresarial e de infraestrutura; a qualificação de indivíduos, empresas e governos para usarem e aproveitarem a TCI; e a implementação real das últimas tecnologias de comunicação e informação disponíveis. (Agência Associated Press/AP)


São Francisco/EUA
Google vai cortar 200 empregos nas equipes de vendas e marketing
O Google está cortando sua equipe de vendas em aproximadamente 200 funcionários, dizendo que há certas partes da companhia com investimentos em excesso. A medida é o mais recente esforço da líder de busca da Web para cortar custos em meio à economia travada e uma queda global nos gastos com publicidade. Em janeiro, o Google dispensou cerca de 100 recrutadores e afirmou que até 40 pessoas seriam dispensadas em fevereiro, quando a empresa refreou seus investimentos em publicidade via rádio. "Quando as companhias crescem a essa velocidade, é quase impossível fazer tudo corretamente e nós certamente, não o fizemos", disse Omid Kordestani, vice-presidente sênior do desenvolvimento em negócios e vendas globais, em um anúncio postado no blog do Google ontem, dia 26/3. "Somado a isso, nós realizamos investimentos em excesso em algumas áreas, em preparação para os movimentos de crescimento que nós estávamos vivendo na época", acrescentou. A companhia tem quase 21 mil funcionários. A empresa, sediada em Mountain View, Califórnia, não revela quantos colaboradores possui nas áreas de vendas e marketing. Sameet Sinha, analista na JMP Securities, afirmou que os cortes estão de acordo com a agenda do vice-presidente financeiro da companhia, Patrick Pichette, que assumiu o cargo no ano passado e tem feito do corte de custos uma prioridade. "Sua primeira linha de ataque mirou em gastos não prioritários. Agora ele está olhando para algumas das maiores divisões onde você pode cortar custos", disse Sinha, que avalia a "performance de mercado" das ações da Google. Sinha ainda disse que a equipe de vendas está mais vulnerável a cortes, na esteira da recente saída da empresa do chefe de vendas nos EUA, Tim Armstrong, para assumir um importante cargo na Time Warner AOL. A Google controla o mecanismo de busca número 1 nos EUA, com uma participação de mercado de aproximadamente 63%, de acordo com a comScore. Em 2008, 97% dos US$ 21,8 bilhões em receitas da empresa vieram de publicidade. (Agência Reuters)


São Paulo/SP
Custo impede que Web acompanhe salto das vendas de PCs no País
O custo ainda alto dos acessos à Internet impede que o volume de conexões à Web nos domicílios brasileiros acompanhe o crescimento do número de microcomputadores nos lares. Com isso, ano a ano cresce o volume de PCs sem qualquer conexão com a rede mundial, de acordo com pesquisa divulgada ontem, dia 26/3, pelo NIC.br - Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR. "A barreira continua a ser o custo elevado", afirmou Alexandre Barbosa, coordenador do Cetic.br - Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação -, que desenvolveu a pesquisa. Entre os entrevistados, 54% citaram o custo elevado como razão para não contratar algum tipo de conexão. Em 2008, a diferença entre lares com computador e residências com acesso à Internet, dobrou de 4 para 8 pontos percentuais. Dessa forma, 4 milhões de domicílios possuem hoje computador em casa, mas eles estão desconectados da Internet, já que 28% das casas possuem PC, mas apenas 20%, dispõem de alguma conexão com a Web.
Lan houses no topo
Enquanto não consegue pagar uma assinatura mensal de Internet, o brasileiro utiliza cada vez mais as lan houses, ou pontos públicos de acesso à Internet, onde paga preços baixos pelo tempo de conexão. "Há lan houses que cobram R$ 1 por hora", citou Barbosa. Entre os entrevistados, 47% afirmaram utilizar o centro pago para se conectar, índice superior aos que acessam de casa, que foi de 43% em 2008.
O estudo também mostrou queda nas conexões feitas a partir do trabalho, de 26% em 2005, para 22%, em 2008, o que pode tanto ser um sinal do aumento das conexões em casa como das restrições das empresas ao acesso de funcionários. Os centros públicos gratuitos de Internet, ou telecentros, criados por iniciativas de governo, ainda respondem por apenas 3% dos acessos, de acordo com a pesquisa. "Tem várias ações que o governo pretende fazer para que a Internet seja importante na vida do cidadão, é um esforço conjunto de vários órgãos de governo", disse Augusto Gadelha, secretário de política de informática do Ministério de Ciência e Tecnologia, que participou do encontro com a imprensa através de videoconferência. "As lan houses são certamente, um meio bastante efetivo para a inclusão digital, no entanto os telecentros têm uma missão especial, muito ligada à educação, a objetivos específicos. Não temos que colocar um em oposição a outro, eles são complementares", acrescentou.
Rogério Sant'Anna, secretário de logística e TI do Ministério do Planejamento, ainda lembrou que os telecentros são hoje em número muito menor que as lan houses, ainda que admita que não há dados oficiais que mostrem quantos centros de acesso pago existem no País. "Na verdade existe algo em torno de 5 mil a 6 mil telecentros, não chega a 1 por município", afirmou o secretário.
Rádio em queda e celular em alta
De acordo com a pesquisa TIC Domicílios, que pelo quarto ano consecutivo mediu a adoção de tecnologia dentro dos lares, o uso do rádio tradicional vem caindo ano a ano, mas pode estar sendo substituído pelas emissoras online ou pelo acesso a estações pelo celular, segundo os organizadores do estudo. Em 2005, por exemplo, 92% dos lares dispunham de aparelhos de rádio, índice que caiu para 87%, em 2008. O total de lares com telefone fixo também caiu, de 54% em 2005 para 40% em 2008, enquanto o uso de celular saltou de 61% em 2005 para 76% dos domicílios no ano passado. O computador portátil, ainda que represente uma fatia muito pequena dos lares, saltou de 1% para 3% do total, entre 2005 e 2008. Já o computador de mesa estava em 17% dos lares há quatro anos e em 28% deles no ano passado. (Agência Reuters)


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TELECOM & ENERGIA


São Paulo/SP
Lucro da Embratel em 2008 cai 22,4% e fecha em R$ 612,703 milhões
A Embratel teve lucro líquido consolidado de R$ 612,703 milhões em 2008, uma queda de 22,4% em relação ao lucro de R$ 789,367 milhões em 2007. A receita líquida subiu para R$ 9,777 bilhões, ante R$ 8,624 bilhões. O lucro bruto foi de R$ 3,400 bilhões no ano passado, contra R$ 3,061 bilhões no exercício anterior. O resultado financeiro foi negativo em R$ 396,091 milhões, ante despesa financeira líquida de R$ 231,974 milhões em 2007. (Agência Estado)

São Paulo/SP - Da redação
Operadoras de telecom expandem fronteiras de atuação
A entrada das operadoras de telecomunicações em nichos que antes eram dominados por companhias de tecnologia da informação é fato, e vem se consolidando no Brasil nos últimos anos. As teles descobriram uma nova – e rentável – fonte de renda em serviços e produtos considerados, até alguns anos, tipicamente de TI. “As operadoras estão buscando novos nichos para tentar compensar o processo de comoditização das redes. No varejo, o exemplo claro são os pacotes triple play”, avalia Jeferson Stabille, supervisor da prática Advisory Services - IT Effectiveness, da PricewaterhouseCoopers. “No âmbito corporativo, a tendência é investir na área de tecnologia da informação”, completa Kirtanananda Borrero, consultor da Pricewaterhouse. A estratégia das teles é oferecer a seus clientes, além de um ponto de transmissão de dados, serviços como gerenciamento de redes e de segurança, hosting e acesso a hardware, por exemplo.
Aluguel - É o caso da Telefônica, que há dois anos lançou no País um serviço que já existia em sua sede na Espanha. Batizada de “Posto informático”, a solução oferece equipamentos de informática ou telefonia em modelo de aluguel para corporações usuárias do serviço de banda larga da operadora. “O cliente paga uma mensalidade e não precisa se preocupar com a aquisição do equipamento, manutenção, seguro, atualização de antivírus, licença de software etc.”, enumera Mário Miloni, diretor de marketing de pequenas e médias empresas da operadora. Miloni contabiliza 90 mil PCs em serviço neste modelo, mas diz que é difícil estabelecer a economia média que a solução pode gerar. “No caso de empresas novas, é um custo evitado. Para as já em funcionamento, a economia pode ser verificada na ponta do lápis”, observa. Entre os grandes grupos, a operadora espanhola tem 2 mil clientes de seus “serviços tecnológicos”, que englobam hospedagem e terceirização total das áreas de telecomunicações e tecnologia da informação – excluindo-se, neste caso, desenvolvimento de software e BPO - Business Process Outsourcing -, relata Maurício Trad, diretor de marketing do segmento empresas da Telefônica. A versão do “Posto Informático” para os clientes graúdos chama-se “Posto de Trabalho”, que inclui tudo o que diz respeito ao computador e à conectividade. Ao todo, há 120 mil postos de trabalho vendidos em toda a América Latina, segundo dados da Telefônica. Ao adotar uma solução que reúne em um único fornecedor voz, dados e TI, a empresa-cliente obtém uma redução média de 20% em seus custos, informa Trad. A diminuição não se dá apenas porque a operadora é capaz de criar uma oferta comercialmente mais interessante. Segundo o executivo, o compartilhamento de profissionais e de equipamentos entre diversos clientes, também colabora para frear gastos. “Temos um centro de comando que gerencia todos os equipamentos do Posto de Trabalho. Lá, compartilhamos ferramentas e profissionais especializados entre diversos clientes. Dessa forma, sai mais barato para o cliente e consigo solucionar problemas com mais rapidez”, detalha Trad. Para pequenos e médios negócios, a Telefônica também oferece, além do aluguel de computadores, soluções de VPN - Virtual Private Network -, co-location e web hosting – serviços de hospedagem da estrutura de servidores em seu data center. “Com o co-location, você coloca seu servidor no data center, mas o gerenciamento dele cabe a você. Já no web hosting, seus dados são armazenados digitalmente nos servidores da empresa de telecomunicações, você hospeda a sua rede ali”, explica Fernando Faria, analista sênior da Pyramid Research.
Entre o link e o BPO - A BT - British Telecom - atua no Brasil exclusivamente prestando serviços como gerenciamento de redes e de segurança, hosting, data center e soluções de conectividade via satélite para corporações e governo, duas áreas de foco da companhia. “A estratégia da BT, adotada há dez anos, foi se posicionar em um mercado não ocupado pelas empresas de commodity, que só forneciam links, e pelas que só forneciam BPO”, comenta Luiz Sanches, diretor geral da BT no Brasil. Com uma carteira que contabiliza entre 550 e 600 clientes de todos os portes, a BT assumiu a posição de ASP - Application Service Provider -, com a oferta de serviços de tecnologia da informação baseados em rede. “Posso oferecer até Windows sob demanda, colocando a licença no servidor que está no nosso data Center, em vez de instalá-lo em cada computador. Com isso, você vê o nível de integração que existe entre os nossos serviços e a TI”, ressalta. Na contramão do caminho feito pela BT no Brasil, a Embratel conta, há cinco anos, com serviços como gerenciamento de redes, segurança e data center (com hosting e co-location) prestados para grandes corporações e governo. “Somos o hospital 24 horas da rede deles [os clientes]. A gente olha para a rede e diz se tem que expandir, otimizar, atualizar”, informa Danni Mnitentag, gerente de marketing corporativo da Embratel, sem citar o total de usuários das soluções. Já a GVT soma cerca de 60 corporações de médio porte em seu serviço de gerenciamento de redes, que permite ao usuário acompanhar, pela internet, o status de sua infraestrutura. A operadora também presta serviços de co-location em grandes projetos e está desenvolvendo uma solução que possibilita ao assinante corporativo monitorar, em tempo real, os recursos de voz usados. “Já foi o tempo de se vender só link. Isso foi há 10 anos”, finaliza Mnitentag, da Embratel.

Brasília/DF – Da redação
Brasil e Suécia firmam acordo de cooperação em bioenergia
Os senadores aprovaram, na quarta-feira, 25/3, o Projeto de Decreto Legislativo (PDS 287/08) que acata memorando de entendimento celebrado entre o Brasil e a Suécia sobre cooperação na área de bioenergia, incluindo biocombustíveis. Celebrado em Estocolmo no dia 11/9/2007, o acordo estabelece a criação de um grupo de trabalho para conduzir a implementação das iniciativas de cooperação conjuntas, prevendo ainda, o auxílio a países em desenvolvimento no campo de biocombustíveis, bem como a participação de organizações multilaterais e bancos de desenvolvimento, visando à promoção de opções de energias renováveis. Composto de nove artigos, o texto do acordo determina que os dois países devam encorajar a cooperação entre as respectivas organizações e instituições públicas e privadas, envolvidas na pesquisa e no desenvolvimento de bioenergia, incluindo biocombustíveis. O objetivo é alcançar melhor desempenho técnico, aumento da eficiência e promoção do desenvolvimento sustentável, destacou o relator da matéria na CRE - Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional -, senador João Tenório (PSDB-AL). O acordo possibilita também, a cooperação com outros países e organizações multilaterais, para estimular o comércio bilateral nessa área. Segundo o relator, o grupo de trabalho encarregado dessa tarefa, deverá ser composto por representantes de alto nível de cada governo. Quanto aos custos do projeto, estão sujeitos à disponibilidade de fundos apropriados e serão pagos pelo participante, salvo acordo mútuo em contrário, explicou o senador.


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MERCADO DE LUXO


São Paulo/SP – Da redação
Dona da Daslu é presa pela PF com mais dois acusados e outros dois estão foragidos
A Polícia Federal prendeu ontem, dia 26/3, além da dona da Daslu, Eliana Tranchesi, outras duas pessoas acusadas de crimes financeiros: Antonio Carlos Piva de Albuquerque, irmão de Eliana e ex-diretor financeiro da butique, e Celso de Lima, da importadora Multimport. As prisões foram realizadas em cumprimento de sentença judicial condenatória da 2ª Vara da Justiça Federal, em Guarulhos/SP. Ao todo são sete mandados de prisão expedidos, mas apenas três foram efetuados – dois ainda estão em curso, segundo a PF, sendo que outros dois envolvidos já são considerados foragidos. A PF e o Ministério Público Federal não informaram, por enquanto, a pena determinada pela Justiça. O MPF pediu a condenação do grupo em abril do ano passado, por sonegação fiscal (descaminho), formação de quadrilha e falsificação de documentos, após a conclusão das investigações da operação Narciso, deflagrada em 2005. Por meio de nota, a defesa da empresária informou que entrou, na quinta-feira, dia 26/3, com um pedido de habeas corpus. De acordo com a advogada da Daslu, Joyce Roysen, a defesa ainda procura ter acesso à sentença. "Estamos certos de que Eliana Tranchesi terá sua liberdade imediatamente devolvida pelo Poder Judiciário", disse Roysen. O IML - Instituto Médico Legal - confirmou que Tranchesi fez exame de corpo de delito na manhã de ontem. Depois disso, ela foi conduzida provisoriamente, ao presídio feminino do Carandiru na zona norte da capital paulista.
Entende o caso
A crise da loja mais luxuosa do País começou em julho de 2005 com uma megaoperação (chamada Narciso) da Polícia Federal e da Receita Federal, que resultou na detenção, por 12 horas, de Eliana Tranchesi e na apreensão de documentos. À época, Antonio Carlos Piva de Albuquerque, irmão de Eliana, ficou preso por cinco dias, sendo liberado e preso novamente, em 2006. A maior butique de luxo do País é acusada de importação irregular. A empresa teria construído um esquema para subfaturar importações com o objetivo de sonegar impostos.
No esquema, a Daslu seria a responsável pela negociação, compra, escolha e pagamento de mercadorias no exterior e, após tais atos, entravam em cena as importadoras ("tradings"), que eram responsáveis pela falsificação de documentos e faturas destinados a permitir o subfaturamento do valor das mercadorias. Em dezembro de 2005, na esteira da investigação, a Receita apreendeu R$ 1,7 milhão em bolsas das marcas Chanel e Gucci importadas pela Columbia. Etiquetas da trading estariam sobrepostas às da Daslu no contêiner que foi fiscalizado pela Receita. Ao ocultar o nome da Daslu, a loja deixaria de ser contribuinte de IPI - Impostos sobre Produtos Industrializados - de 10% sobre o valor da venda do produto. Só esta suposta sonegação alcança ao menos R$ 330 mil.
Durante o processo, a defesa de Eliana Tranchesi e Piva de Albuquerque, jogou a responsabilidade pelo esquema para as importadoras, alegando que os irmãos nada sabiam. Autoridades americanas, porém, obtiveram das empresas Marc Jacobs, Donna Karan e Ralph Lauren, as faturas originais de venda de mercadorias à Daslu, atestando inúmeras negociações realizadas por tais grifes diretamente com a butique brasileira, além dos preços reais praticados. Em outro capítulo do caso, em abril de 2008, o Ministério Público Federal em Guarulhos, pediu a condenação de sete envolvidos no suposto esquema de importações fraudulentas. No processo, foram pedidas as condenações de Tranchesi, de seu irmão e cinco donos de quatro importadoras. Na ocasião, Joyce Roysen, advogada da empresária, afirmou que as provas de acusação são "escassas e insuficientes" para a condenação dos acusados. (Fonte: Ministério Público Federal/MPF
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São Paulo/SP – Da redação
Defesa de dona da Daslu já pediu habeas corpus e reconsideração de sentença
A advogada Joyce Roysen, que representa Eliana Tranchesi, dona da Daslu, informou que já entrou com pedido de habeas corpus no TRF - Tribunal Regional Federal - para a revogação da prisão preventiva da empresária, condenada a 94,5 anos de prisão por crimes financeiros. Além disso, Roysen pediu também, uma reconsideração da sentença para a juíza Maria Isabel do Prado, da 2ª Vara da Justiça Federal, em Guarulhos/SP. Desde que foi presa, a empresária está em uma penitenciária feminina na zona norte de São Paulo, ao lado do antigo complexo do Carandiru. O pedido de habeas corpus é analisado pelo desembargador Luis Stefanini. "Se não for concedido, o que acho improvável, iremos ao STJ - Superior Tribuna de Justiça - ou até o STF - Supremo Tribuna Federal -", disse Roysen em entrevista coletiva dada na tarde de quinta-feira, 26/3. Segundo ela, a prisão realizada ontem, é "injusta, ilegal e desumana". Para a advogada, é injusta porque pessoas que cometeram crimes muito mais violentos tiveram penas menores - ela citou, por exemplo, Suzane von Richthofen (matou os pais) e Champinha (matou a jovem Liana Friendebach), que pegaram, respectivamente, 39 e 47 anos de prisão.
Já a ilegalidade seria por tratar-se de uma sentença provisória, da qual ainda cabe recurso, e desumana devido ao fato de Tranchesi estar sob tratamento quimioterápico devido a um câncer de pulmão. Sobre isso, ela confirmou que junto ao pedido de habeas corpus foi entregue
laudo médico, que aponta que a empresária já sofre com a metástase do câncer pulmonar e que demanda "cuidados médicos diários". Sobre a sentença proferida, Roysen afirmou ainda, que houve uma "análise tendenciosa" e que uma "pena justa" em caso de condenação definitiva pelos crimes citados (formação de quadrilha, falsidade ideológica e descaminho), não passaria de quatro anos. Ao explicar a "possibilidade" da Daslu ter cometido novamente os crimes de descaminho (importação irregular com sonegação fiscal), denunciados na primeira fase da operação Narciso (através do aeroporto de Cumbica, em São Paulo), a advogado afirmou tratar-se de "um caso totalmente diferente". O Ministério Público Federal e a juíza destacaram que mesmo após a denúncia, a Daslu continuou a importar ilegalmente pelo porto de Itajaí, em Santa Catarina. Segundo a advogada, neste segundo caso, a Daslu contratou uma nova "trading", a Columbia, com a qual já importou R$ 78 milhões, desde 2007. "Nessas importações a Daslu pagou R$ 58 milhões em impostos", disse a advogada.



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