I-Press.biz Economia & Mercado | Edição 175 | Ano I

Horsham/Inglaterra
G-20 vê necessidade de dar mais voz a emergentes
A necessidade de ampliar a participação dos emergentes na governança global foi reconhecida no sábado, dia 14/3, pelo G-20. "É preciso reconhecer a realidade", disse o ministro de Finanças do Reino Unido, Alistair Darling. Segundo ele, diversas economias tiveram crescimento muito grande nos últimos anos e merecem mais voz nas instituições financeiras internacionais. "Elas querem sentar na mesma mesa." Ficou decidido que uma revisão das cotas do FMI - Fundo Monetário Internacional - será feita até janeiro de 2011. Essa era a data já em discussão entre os integrantes, representando um prazo inferior aos cinco anos normalmente estabelecidos para a revisão - a última foi feita em 2008. As autoridades também acreditam que o FMI deve estar preparado para ajudar os emergentes com problemas nesta crise. O fundo tem hoje US$ 250 bilhões, valor insuficiente para atender às necessidades impostas pela turbulência.

Ministro de Finanças do Reino Unido, Alistair Darling
Apesar de concordarem que o capital do FMI deve ser elevado, os representantes do G-20 não chegaram à definição de um valor específico. Fala-se em recursos adicionais de US$ 250 bilhões a US$ 500 bilhões. Segundo Darling, o valor será definido pelo encontro dos chefes de estado do G-20, em abril. "É importante que o FMI adapte seus instrumentos para as necessidades da crise", disse o secretário do Tesouro dos EUA, Tim Geithner. "Queremos ver uma governança global mais justa." Ao ser questionado se os EUA abririam mão do veto que possuem no FMI, ele não respondeu diretamente e disse apenas que o país "vai olhar para tudo que é necessário". A declaração contra o protecionismo, que aparece no primeiro parágrafo do comunicado, também é outro ponto que interessa a emergentes como o Brasil. Darling afirmou que é preciso combater todas as formas de protecionismo, já que o seu retorno seria "desastroso". "Não podemos deixar isso ocorrer em nenhuma circunstância." (Agence France Presse/AFP e Agencia EFE)

Brasília/DF
Brasil considera tardia reformulação do FMI em 2011
O Brasil não está plenamente satisfeito com a posição adotada pelo G-20 sobre a reformulação do FMI - Fundo Monetário Internacional. O comunicado divulgado pelo grupo no sábado, dia 14/3, coloca que uma revisão de cotas deve ser feita até janeiro de 2011. O novo prazo representa um adiantamento em relação ao normalmente estabelecido de cinco anos, já que a última alteração foi feita em 2008. No entanto, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, acreditam que a reformulação precisa ser feita antes disso. "Em dois anos, ou a crise já passou ou estaremos todos mortos", disse Mantega, em coletiva conjunta com Meirelles, após o final do encontro, nos arredores de Londres. "O prazo não é compatível com a velocidade da crise", completou o presidente do BC. A posição dos Brics (Brasil, Rússia, Índia e China) é de não realizar aportes adicionais de recursos no FMI enquanto os emergentes não ganharem mais voz na instituição. Mantega acredita que o fundo precisa sim, de mais capital para ajudar os países com necessidades na crise. Mas ele avalia que isso precisa ser realizado por outro mecanismo, como uma aplicação de nações que possuem recursos disponíveis, como o Japão está propondo fazer. "Se houver reforma das cotas, aí sim podemos colocar", disse o ministro. Para ele, o FMI precisa de US$ 500 bilhões a US$ 1 trilhão - hoje, possui US$ 250 bilhões. Conforme as autoridades, o encontro deste final de semana concluiu que cada país deve combater a crise da maneira que for mais apropriada - apesar de todo o discurso ter sido focado na ação conjunta. Alguns, como os europeus, já injetaram recursos na economia e agora aguardam os resultados. Todos estão cientes da necessidade de agir diante da situação que já era grave e se deteriorou nos últimos meses.
Sistema Financeiro - Eles também observaram a importância de resolver os problemas dos bancos, que estão no centro da turbulência. "Eu sei de fontes que o Reino Unido vai tomar novas medidas para dar sustentação aos bancos e vai anunciar até 2/4 (data do encontro do G-20)", contou Mantega. Meirelles vê a necessidade de reformar a regulamentação do sistema financeiro não só para evitar novas crises no futuro, mas também, para restabelecer a confiança no momento atual, com a consequente retomada do crédito. Os ministros do G-20 definiram princípios gerais de regulação a serem adotados pelos países. O objetivo é elevar a transparência e colocar normas para todas as esferas do mercado, como os hedge funds, que hoje não são regulados no exterior. Outro ponto é que as agências de rating também terão de se submeter a regras.
Recessão - Questionado se o Brasil conseguiria evitar a recessão técnica, Meirelles respondeu que o Banco Central não faz projeções trimestrais, e sim anuais. "Mas não há dúvidas de que os primeiros dados sobre janeiro e fevereiro, são encorajadores." É considerada recessão técnica quando o PIB - Produto Interno Bruto - fica negativo durante dois meses consecutivos. O resultado negativo do último trimestre do ano passado acendeu o alerta sobre a possibilidade de o número do primeiro trimestre também vir negativo. (Agência Estado)

São Paulo/SP – Da redação
Lucro das empresas brasileiras cai 50% no 4º trimestre de 2008

A crise global reduziu à metade o lucro líquido das empresas de capital aberto no quarto trimestre de 2008, quando comparado com o de igual período de 2007. A conclusão é de um levantamento da empresa de informações financeiras Economática, com base nos balanços de 85 companhias não financeiras negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo. A queda no lucro é atribuída ao impacto do aumento de 363% nas despesas financeiras líquidas das empresas. "A valorização do dólar ante o real deu uma paulada nas finanças dessas empresas", disse Fernando Exel, presidente da Economática. No último trimestre de 2008, o dólar subiu 22%. Boa parte das empresas de capital aberto estava endividada em moeda estrangeira, e a alta súbita do dólar, já no terceiro trimestre, fez sua dívida em reais ficar muito maior. Além disso, muitas delas são exportadoras e costumavam especular com derivativos, apostando na manutenção da valorização do real. Como a moeda brasileira se desvalorizou, elas perderam dinheiro com apostas em derivativos "tóxicos". A despesa financeira líquida das 85 companhias analisadas, somou R$ 9,132 bilhões, ante R$ 1,972 bilhão no último trimestre de 2007. "Elas começaram o ano com uma dívida financeira bruta de R$ 124,457 bilhões que cresceu para R$ 187,780 bilhões no fim de dezembro", diz Exel. A alta foi de 50,9%, sem a inflação do período. O avanço da despesa financeira corroeu o lucro líquido das empresas, que desabou de R$ 8,701 bilhões, no quarto trimestre de 2007, para R$ 4,294 bilhões no último trimestre do ano passado - queda nominal de 50,6%. Apesar das turbulências provocadas pela crise de crédito, a receita líquida das empresas teve crescimento médio nominal de 17,3%. Os analistas dizem que esse resultado se deve a uma continuidade da situação favorável no mercado doméstico que existia até o terceiro trimestre. O pior da crise, explicam, aconteceu em dezembro. (Fonte: Economática)

Washington/EUA
AIG paga US$ 165 milhões em bonificações a executivos
A seguradora AIG, a mesma empresa que precisou de US$ 180 bilhões de empréstimos do governo norte-americano, vai pagar US$ 165 milhões em bonificações a executivos. Os prejuízos da AIG foram de US$ 99,3 bilhões em 2008. A notícia está causando grande repercussão pelo mundo neste domingo, e deve provocar reações dos mercados da Ásia e da Europa, quando abrirem nesta segunda-feira, 16/3. O empréstimo levou o secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, a protestar ao principal executivo de AIG, Edward Liddy, nesta semana. Liddy aceitou reduzir alguns pagamentos, mas, em carta enviada a Geithner, alertou para o perigo que a companhia correria de perder alguns de seus executivos, "se eles achassem que a compensação está submissa a um ajuste contínuo e arbitrário por parte do Departamento do Tesouro". A AIG sustenta que as bonificações estão estipuladas nos contratos e não podem simplesmente suspendê-las. "É um escândalo!", esbravejou Larry Summers, diretor do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca, em entrevista ontem, dia 15/3, à emissora rede de televisão "ABC". No entanto, ele afirmou que os EUA "são um país de leis, há contratos e o Governo não pode revogá-los". A reação no Congresso foi parecida. O democrata Barney Frank, presidente do Comitê de Serviços Financeiros da Câmara de Representantes (Deputados), disse à TV Fox News, que o Governo deveria ter imposto à AIG "regras mais estritas desde o início" em troca de fornecer dinheiro público. A intervenção na AIG começou pelas mãos do Federal Reserve, ainda durante o mandato de George W. Bush. Apesar disso, o líder dos republicanos no Senado, Mitch McConnell, acusou o Governo de Barack Obama de "simplesmente ficar parado olhando e acusar a Administração anterior". Na prática, os contribuintes americanos reembolsarão "alguns dos empregados que nos introduziram nesta confusão", disse o senador à TV ABC. As bonificações irão para o departamento de produtos financeiros de AIG, cujas apostas no mercado afundaram a empresa. (Agência EFE)

Nova Iorque/EUA
Opep manterá níveis de produção atuais, dizem delegados
A Opep - Organização dos Países Exportadores de Petróleo - decidiu manter os níveis de produção atuais e reforçou entre os seus membros que os cortes na oferta anunciados até o final do ano passado, de 4,2 milhões de barris por dia, devem ser completamente implementados, de acordo com delegados do grupo. "Eles solicitaram a todos que entrem na linha (e cumpram as metas anunciadas)", disse um dos delegados da Opep. A próxima reunião do cartel deve ocorrer no final de maio ou no início de junho. As expectativas do mercado estavam divididas em torno do que esperar da reunião. Na última sexta-feira, os contratos futuros de petróleo fecharam em queda. Os contratos de petróleo para entrega em abril caíram US$ 0,78, ou 1,7%, para US$ 46,25 o barril, na Nymex - New York Mercantile Exchange. Enquanto isso, na ICE Futures, os contratos de petróleo tipo Brent para abril recuou US$ 0,16, ou 0,4%, para US$ 44,93 o barril. (Agência Dow Jones)

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ESPECIAL


São Paulo/SP
ONGs 'medem' sustentabilidade na web para atrair jovens
Você tem ideia do impacto de um comportamento individual antiecológico para a sustentabilidade do planeta? Consegue imaginar quantas árvores teriam de ser plantadas por uma única pessoa - você, por exemplo - para compensar a parcela individual nas emissões de carbono na atmosfera? Mais que equações, questões como essas são a fórmula encontrada por muitos sites que militam pelo meio ambiente, para atrair jovens à causa.
Diretor-presidente do Instituto Akatu, Helio Mattar.
A ideia é conscientizar a juventude utilizando recursos lúdicos que esse público procura na internet, falando na língua deles. São testes em que o internauta consegue obter uma espécie de diagnóstico de seu comportamento e receber dicas de como pode tornar seu consumo mais sustentável e ajudar a conscientizar mais pessoas sobre a importância de preservar os recursos do planeta Terra. "O jovem tende a se mobilizar mais e usa a internet para interagir. Por isso o uso dessa linguagem com jogos, testes, blogs. O adulto pode mudar seus comportamentos ao observar a sociedade mudando, mas tem dificuldade de mudar os valores. “O jovem muda o comportamento e os valores", explica o diretor-presidente do Instituto Akatu, Helio Mattar. "Para sensibilizar o jovem, não podemos usar ferramentas vistas como 'chatas'", afirma Irineu Tamaio, Coordenador do Programa de Educação para Sociedades Sustentáveis da ONG de proteção ao meio ambiente WWF.
Um dos pioneiros no uso dessa ferramenta na internet, o Instituto Akatu apresenta um teste em seu
site em que inicialmente faz 13 perguntas, e classifica o internauta em quatro categorias de consumo sustentável: indiferente, iniciante, engajado e consciente. Em seguida, caso queira um parecer mais completo, o internauta pode responder questões sobre sete aspectos do seu consumo para receber um relatório completo, que situa seu posicionamento em relação à média de consumidores pesquisados quanto a valores e comportamento em quatro esferas: geral, ambiental, social e pessoal. Por fim, o site apresenta as respostas sobre as quais o internauta "poderia pensar melhor" e dá dicas de como qualificar suas práticas sustentáveis. "É importante levar ao consumidor esse tema complexo, e usamos essa ferramenta do teste. Com os resultados, o consumidor pode perceber no que ele pode melhorar suas práticas e o que ele não vem assimilando", explica Mattar. Segundo o diretor-presidente, mais de 4 mil internautas já responderam ao teste, que também é aplicado em projetos populares do Akatu.
Um pouco diferente, mas também utilizando a ferramenta de questionário pela internet, o teste
Pegada Ecológica, da WWF, foi desenhado para mostrar o impacto que o consumo tem no planeta Terra. Ao final das questões sobre hábitos pessoais, o internauta descobre o impacto de suas ações em uma representação gráfica: o site mostra quantos planetas Terra seriam necessários se cada pessoa do mundo agisse como quem fez o teste. "Não temos dados empíricos, mas sabemos que algumas pessoas ficam assustadas ao perceberem o quanto elas têm impacto no meio ambiente. Esperamos que esse choque possa despertar a pessoa para procurar melhorar seu comportamento", diz Tamaio. O site também apresenta dicas para melhorar as práticas de consumo.
Receita de bolo
Para o fundador e presidente da Associação Arayara de Educação e Cultura, Eduardo Araujo, o uso de novas linguagens é importante para a integração do público com o tema da sustentabilidade. "Acho fundamental a utilização da interdisciplinaridade para sensibilizar o público. Trabalhar a sustentabilidade como uma receita de bolo não provoca mudança de valores", afirma. "A movimentação possível na internet tem de ser complementar às ações presenciais de educação para o consumo sustentável. A internet possibilita o uso de recursos como jogos, áudio e vídeo. Há espaço para criatividade, e os testes são parte disso", diz.
E criatividade não falta. Um teste do site
Iniciativa Verde, calcula - a partir de informações sobre o consumo de energia elétrica, de gás, de combustível e a frequência de viagens aéreas - a "pegada de carbono" do internauta e também quantas árvores ele deve plantar para compensar a emissão anual de gases do efeito estufa. Já o site Planeta Sustentável tem um teste que permite ao internauta descobrir se a construção de sua casa segue práticas sustentáveis. Na revista Amanhã, também há um Teste de Sustentabilidade, mas para empresas.
Também no exterior é possível encontrar bons exemplos de sites que oferecem questionários sobre sustentabilidade, como o
Greendex, parceria da National Geographic com a empresa canadense de pesquisa de opinião GlobeScan, ou o site da American Public Media, que fornece, em inglês, um teste sobre vida sustentável que permite ao internauta criar um personagem e perceber em uma animação, qual o impacto dos costumes pessoais no planeta.
Prazer e conforto
Para Hélio Mattar, do Akatu, o uso de testes e jogos ajuda na missão de vencer o maior desafio encontrado para a popularização do conceito de sustentabilidade: fazer o consumidor perceber que deve mudar seus hábitos e estimular outros a fazerem o mesmo. "Temos de fazer o indivíduo perceber que não basta só ele mudar, tem de haver o fator multiplicador. Às vezes ele tende a julgar que seu impacto é pequeno e não tenta mudar. Nosso trabalho é identificar formas de fazê-lo perceber que tudo tem impacto", explica o diretor-presidente do Instituto Akatu. "Temos de estimular uma ação proativa. Não dá para lamentar o que está errado e ficar estático. É preciso mudar as condutas. E não basta uma nova conduta pessoal. Também tem de ser um posicionamento mais político, de levar esse conhecimento às outras pessoas", afirma Irineu Tamaio, da WWF. Segundo Eduardo Araujo, da Arayara, o momento é de reflexão. "A pessoa tem de questionar suas ideias de prazer e conforto. Tem de questionar seu consumo, para poder compreender esses novos valores e qualificar mais seu consumo", diz. (Fontes: Instituto Akatu e GlobeScan – Colaboração: Agência Estado)

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INDICADORES ECONÔMICOS


RESUMO DA SEMANA - 9 a 13 de março de 2009

Produção industrial em São Paulo cresce 5,0%
O Sinalizador da Produção Industrial indica que a produção física da indústria de São Paulo cresceu 5,0% em fevereiro, com ajuste sazonal, na comparação com janeiro.
IGP-M registra deflação de 0,45% na primeira prévia de março
O IGP-M registrou, no primeiro decêndio de março, taxa de variação de -0,45%. Em fevereiro, no mesmo período de apuração, a taxa foi de 0,42%. Os três componentes do IGP-M apresentaram as seguintes trajetórias, na passagem do primeiro decêndio de fevereiro para o primeiro decêndio de março: IPA, de 0,49% para -0,71%, IPC, de 0,21% para 0,03%, e INCC, de 0,43% para 0,16%.
IPC-S apresenta variação de 0,35% na primeira prévia de março
O IPC-S de 7/3/2009 apresentou variação de 0,35%, taxa 0,14 ponto percentual (p.p.) acima da apurada com base na coleta encerrada em 28/2.

IGP-DI varia –013%, em fevereiro
O IGP-DI - Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna - variou -0,13%, em fevereiro, taxa inferior à registrada em janeiro, de 0,01%. Os componentes do IGP-DI apresentaram as seguintes trajetórias, na passagem de janeiro para fevereiro: IPA, de -0,33% para -0,31%, IPC, de 0,83% para 0,21%, e INCC, de 0,33% para 0,27%.

ECONOMIA NACIONAL
Dólar Comercial
Data R$/US$
9/3 2,3781
10/3 2,3515
11/3 2,3366
12/3 2,3158
13/3 2,3050
Fonte: BACEN

Indicadores Financeiros
Copom reduz a taxa Selic para 11,25% ao ano

Após análise feita no cenário macroeconômico, a reunião do Copom decidiu, neste momento, reduzir a taxa Selic para 11,25% a.a., sem viés, por unanimidade. Segundo nota divulgada esta semana, pelo Banco Central, o Comitê acompanhará a evolução da trajetória prospectiva para a inflação até a sua próxima reunião, levando em conta a rapidez do ajuste da taxa básica de juros já implementados e seus efeitos cumulativos, para então definir os próximos passos na sua estratégia de política monetária.

PIB tem o maior recuo desde o início da série em 1996
A queda no crescimento da economia brasileira foi maior do que o esperado no quarto trimestre de 2008, período em que a crise se acentuou no País. De acordo com dados divulgados pelo IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística -, na última terça-feira, em relação ao terceiro trimestre de 2008, o PIB caiu 3,6%, e teve o maior recuo da série iniciada em 1996. Já o PIB per capita cresceu 4,0% em relação a 2007 e atingiu R$ 15.240,00. A taxa de investimento de 2008 chegou a 19,0% e foi a mais alta da série iniciada em 2000.

Índices de Preço ao Consumidor
Em fevereiro, IPCA fica em 0,55% e INPC em 0,31%

O IPCA - Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - do mês de fevereiro apresentou variação de 0,55% e ficou 0,07 ponto percentual acima da taxa de 0,48% registrada em janeiro, divulgou na quarta-feira o IBGE. No acumulado dos dois primeiros meses do ano, o IPCA ficou em 1,03%. Considerando os últimos doze meses, o resultado situou-se em 5,90%, pouco acima da taxa dos doze meses imediatamente anteriores (5,84%). Em fevereiro de 2008, a taxa havia ficado em 0,49%.
- Já o INPC - Índice Nacional de Preços ao Consumidor - apresentou variação de 0,31% em fevereiro, bem abaixo do resultado de 0,64% de janeiro. Ainda de acordo com o IBGE, no acumulado dos dois primeiros meses do ano, o INPC ficou em 0,95%. Considerando os últimos doze meses, com 6,25%, o resultado situou-se abaixo da taxa dos doze meses imediatamente anteriores (6,43%). Em fevereiro de 2008, o INPC foi 0,48%.
- Índice Nacional da Construção Civil fica em 0,32%. O Sinapi - Índice Nacional da Construção Civil -, calculado pelo IBGE em convênio com a Caixa Econômica Federal, apresentou, em fevereiro, variação de 0,32%, pouco abaixo da taxa registrada em janeiro (0,39%). No ano de 2009, o acumulado está em 0,71%; e, nos últimos 12 meses, em 11,55%.A variação atual ficou 0,11 ponto percentual abaixo da de fevereiro de 2008 (0,43%); nos últimos 12 meses, a taxa (11,55%) também está menor do que os 11,68% dos 12 meses imediatamente anteriores. O custo nacional da construção, por metro quadrado, passou de R$ 679,41 (janeiro) para R$ 681,58 (fevereiro), sendo R$ 399,70 relativos aos gastos com materiais; e R$ 281,88, com a mão-de-obra.
Inflação próxima a zero, em São Paulo
De acordo com nota divulgada essa semana pelo DIEESE - Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos -, em fevereiro de 2009 o custo de vida no município de São Paulo apresentou variação próxima a zero, com taxa de 0,02%, o que representa 0,67 ponto percentual (pp) abaixo da verificada em janeiro (0,69%). Os grupos Alimentação e Vestuário apresentaram variações negativas, -0,24% e -1,02%, respectivamente. Já os segmentos Transporte e Habitação registraram alta. Transporte fechou o mês com 0,29% e Habitação com variação de 0,22%.

Agropecuária
Em 2009, safra deve atingir 135,3 milhões de toneladas
De acordo com divulgação do IBGE, feita na última segunda-feira, 9/3, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas deverá ser 7,3% menor que a obtida no ano passado (145,8 milhões de toneladas). A área plantada deverá atingir 47,4 milhões de hectares, 0,3% maior que a de 2008 (47,2 milhões de hectares). Em fevereiro, o LSPA - Levantamento Sistemático da Produção Agrícola -, realizado pelo IBGE, estimou que, dentre os 25 produtos selecionados, sete apresentaram alta na estimativa de produção, em relação a 2008: amendoim em casca 2ª safra (16,6%), arroz em casca (3,7%), cana-de-açúcar (1,1%), cebola (4,6%), feijão em grão 1ª safra (15,8%), feijão em grão 2ª safra (11,0%) e mandioca (0,3%).

Comércio Varejista
Em janeiro, vendas do varejo cresceram 1,4% e receita nominal, 2,1%

O IBGE divulgou na sexta-feira, 13/3, a Pesquisa Mensal de Comércio. O resultado mostra que após um trimestre negativo, as vendas no varejo cresceram 1,4% e a receita nominal, 2,1%. Em relação a dezembro, na série ajustada sazonalmente. Na comparação com janeiro de 2008, o volume de vendas e a receita nominal cresceram 6,0% e 11,9%, respectivamente. Nos últimos 12 meses, volume e receita acumularam crescimento de 8,7% e 14,7%.
Indústria
Em janeiro, produção industrial avança em 8 dos 14 locais pesquisados

Entre dezembro de 2008 e janeiro de 2009, os índices regionais da produção industrial ajustados sazonalmente avançaram em 8 dos 14 locais pesquisados, divulgou na última terça-feira o IBGE. Os destaques foram PR (6,8%), PE (6,4%), SC (5,0%) e RS (3,6%), onde o crescimento superou a média nacional (2,3%). Os demais locais com taxas positivas nesse confronto foram SP (2,2%), MG (2,1%), região Nordeste (2,0%) e PA (1,1%). Entre as áreas que reduziram a produção destacaram-se, com as quedas mais elevadas, AM (-5,5%) e ES (-4,6%).

Anfavea aponta aumento nas vendas de veículos
Segundo dados divulgados pela Anfavea - Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores -, as vendas de veículos no mercado interno somaram 3,6 mil unidades em fevereiro de 2009. O número representa um aumento de 18,2%, em relação a janeiro de 2009, e queda de 8,4%, se comparado ao mesmo período no ano passado. De acordo com a Anfavea, as exportações do setor somaram R$ 538,8 milhões em fevereiro, o que indica uma expansão de 27,1% ante janeiro do mesmo ano. De acordo com a Anfavea, o saldo de crédito disponível ao setor, em janeiro, somou R$ 137,3 bilhões.
Mercado de Trabalho
De dezembro para janeiro de 2009, emprego na indústria recua 1,3%

De acordo com o IBGE, essa foi a quarta queda consecutiva na comparação mês/mês anterior, na série livre dos efeitos sazonais. Frente a janeiro de 2008, houve retração de 2,5%, segunda taxa negativa consecutiva e a menor da série histórica iniciada em 2001. O acumulado nos últimos 12 meses (1,6%) desacelerou e atingiu sua marca mais baixa desde setembro de 2007 (1,5%).
Ainda segundo nota divulgada na última quinta-feira, 12/3, o número de horas pagas caiu pela quarta vez consecutiva, tanto em relação ao mês anterior, na série com ajuste sazonal (-1,8%), quanto em relação ao mesmo mês do ano anterior (-3,6%), sendo esta a menor taxa da série histórica. A folha de pagamento real sofreu queda de 1,2%, frente a dezembro de 2008 (com ajuste sazonal), mas avançou 1,2% sobre janeiro de 2008, sendo este o menor resultado desde dezembro de 2006 (0,5%).

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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters e AFP)

HOJE/Bolsas Asiáticas
Bolsas da Ásia sobem impulsionadas por promessas do G20 das finanças
A maioria das Bolsas da Ásia fechou em alta nesta segunda-feira impulsionadas por companhias financeiras e montadoras de automóveis. O compromisso dos ministros das Finaças dos países do G20 – que se reuniram no sábado, sábado, em Horsham, no sul da Inglaterra - em destravar o crédito mundial e combater a crise econômica animou os investidores.
- O índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, subiu 1,8% impulsionado por ações de bancos e fechou em seu nível mais alto em um mês, 7.704 pontos.
- Em Hong Kong, as ações subiram pelo quinto dia seguido e o índice Hang Seng fechou em 12.976 pontos, alta de 3,6%. As ações do HSBC lideraram a alta.
- Na China, o índice Shangai SE Composite subiu 1,1% e fechou em 2.153 pontos.
- Já em Taiwan, o índice Taiex subiu 1,5% e fechou 4.971 pontos.
- Na Austrália, o índice S&P/ASX 200 subiu 0,1% e fechou em 3.348 pontos.
- A exceção entre as principais asiáticas foi a Bolsa da Coreia do Sul, onde o índice Kospi caiu 0,1% e fechou em 1.125 pontos.


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MERCADO FINANCEIRO


São Paulo/SP e Brasília/DF – Da redação
Crédito imobiliário com recursos da poupança cresce 17% em janeiro
O financiamento imobiliário com recursos da caderneta de poupança atingiu R$ 1,9 bilhão em janeiro deste ano, informou na sexta-feira, 13/3, a Abecip - Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança. Com isso, o volume emprestado subiu 17,45% sobre o mesmo período do ano passado. Assim, o volume de contratações feitas pelos agentes do SBPE - Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo - envolveu a construção e aquisição de 18 mil unidades habitacionais, número 3,85% maior que o de janeiro de 2008. Com esses resultados, os montantes acumulados em períodos de 12 meses, mantêm a tendência de crescimento. O número de unidades financiadas superou 300,3 mil (contra 299,7 mil, no saldo de dezembro) e o volume de recursos avançou de R$ 30 bilhões para R$ 30,3 bilhões, na mesma base de comparação. Em relação aos depósitos de poupança, de acordo com informações do Banco Central, houve retiradas da ordem de R$ 900 milhões em janeiro. "Este resultado não constitui surpresa, pois o primeiro mês do ano é caracterizado como um período em que os saques costumam superar os depósitos, devido aos gastos com festas de final de ano, pagamento de tributos, férias e despesas escolares", afirma a Abecip em nota. No fim do ano passado, o presidente da Abecip, Luiz Antonio França, se mostrou otimista com o desempenho do crédito imobiliário, a despeito do avanço da crise. Ele lembrou que o desempenho no quarto trimestre - no auge da crise de liquidez nos bancos, quando a obtenção de financiamentos ficou mais difícil - ficou dentro da média do ano. "Não cair no quarto trimestre mostra que as decisões foram mantidas. Quando você decide comprar um imóvel, não se volta atrás. Não se compra por impulso", disse.

São Paulo/SP – Da redação
Citigroup tem queda de 22% no lucro líquido no Brasil

O Citigroup, conglomerado financeiro que enfrenta a pior crise de sua história, conseguiu fechar o ano passado com lucro líquido no Brasil, de R$ 1,339 bilhão, resultado 22% inferior ao registrado em 2007. No mundo, o banco teve prejuízo recorde de US$ 27,684 bilhões. O lucro no Brasil inclui ganhos de R$ 743 milhões obtidos com a venda de ações da Redecard, em março de 2008, quando o Citigroup reduziu sua participação de 23,95% para 17% na empresa em 2007, o Citigroup também obteve R$ 895,6 milhões com a primeira venda de ações da processadora de cartões. Uma das unidades mais lucrativas do Citigroup no mundo, as operações brasileiras tiveram um resultado operacional, que diz respeito aos negócios propriamente ditos, da ordem de R$ 813,2 milhões no ano passado - volume 10,1% menor do que os R$ 905 milhões apurados no ano anterior. Como nas demais instituições financeiras, o resultado do Citigroup no País, reflete o ambiente operacional mais restrito para operações de captação de recursos para grandes empresas, segmento em que o banco se destaca no Brasil. As operações de crédito do Citi Brasil cresceram 28,6% e somaram R$ 7,953 bilhões. Por outro lado, as provisões para devedores duvidosos saltaram 76,6% no ano passado, passando de R$ 606 milhões para R$ 1,070 bilhão. A receita de serviços, que inclui tarifas, subiu 5,7% e chegou a R$ 1,394 bilhão em 2008. A folha de pagamentos do grupo consumiu R$ 1,017 bilhão, -4% mais do que em 2007.

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INDÚSTRIA


Rio de Janeiro/RJ
Crise econômica dita tendência na moda com clássicos e substituições
Nada de passarelas de Paris ou Milão. Em tempos de crise, o que dita a moda na indústria de vestuário e calçados, é o bolso. Para evitar a queda no consumo e o encalhe, empresários determinaram a produção de coleções menos rebuscadas e mais comerciais, com peças mais clássicas, para não espantar cliente e reduzir custos. Com a substituição de insumos importados e produções mais simples, fabricantes têm conseguido baixar custos em 15%, em média. E, dizem, ter conseguido evitar queda nas vendas - ninguém reconhece que isso tenha acontecido. "Quando há fartura, exageramos porque alguém paga. Agora, não. É preciso ser criativo", diz Denise Areal, diretora da Duloren.
A mudança de material é um dos principais artifícios. Na grife feminina Corpo & Alma, com 16 lojas no país, os tecidos da coleção passada deram espaço para a malha, de custo menor. Nada de aviamentos em excesso. As estampas é que vão dar o tom. "Não chamo este período de crise. Chamo de novos tempos. O consumidor do futuro será mais racional", diz Isac Saadia, dono da grife. A grife masculina Toulon, com 44 lojas no País, trocou bordados por estampas pintadas nas camisas e aposentou os pespontos grossos, sucesso no ano passado. "A ordem é evitar alta no preço para não assustar o cliente", diz Kaíque Freitas, profissional de compras da Toulon. A crise manteve o jeans escuro na moda: as calças passam agora por menos lavagens.
Baratear produtos implica torná-los menos "espetáculo" e mais "praticidade". A calçadista Arezzo criou sapatos menos conceituais e mais clássicos. "Entre ter um sapato lindo, quase exclusivo no armário, e outro fácil de combinar, a consumidora, na crise, vai optar pelo que vai usar mais", diz Cláudia Narciso, diretora de criação da Arezzo. Nos últimos sete anos, a Duloren investiu na imagem de fabricante de lingerie ousada. Agora, resolveu apostar menos em "produtos-show". As rendas estão mais simples. Os bordados, reduzidos. "A mulher na crise quer seduzir, mas com racionalidade", diz Areal. A variação do dólar, que, há quatro anos, empurrava empresas a buscar matéria-prima no exterior, agora favorece o movimento contrário. Na Duloren, as importações, origem de 30% da matéria-prima usada em 2007, foram extintas. Alguns tecidos estão sendo produzidos em uma das fábricas na Baixada Fluminense que estavam com capacidade ociosa. A paulista D'anello, que fabrica alfaiataria e costumes masculinos, também substituiu tecidos estrangeiros por algodão brasileiro no forro das jaquetas. "Uma parte da alta do dólar resolvemos assim; outra, temos que absorver. Não é hora de repassar custo", diz o empresário Franco D'anello.
E a crise vai seguir ditando a tendência do inverno. Em vez de couro nas botas, a Arezzo vai de camurça. "É um material de alta qualidade e durabilidade, além de bonito", diz Narciso. A D'anello vai trazer uma jaqueta em que mesclará couro com retalhos de náilon. "Tenho certeza de que nosso cliente, o público AB, vai gostar", afirma D'anello. Quem apostou nas mudanças diz que os clientes as têm aceitado bem. "Explicamos as mudanças aos lojistas e pedimos que eles as repassem aos clientes. É bom para quem vende e para o cliente, que não terá alta de preço", diz D'anello.

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AGRONEGÓCIOS


São Paulo/SP – Da redação
Ecom Energia anuncia expansão da geração de energia pelo País e prevê crescer 25% em 2009

O mercado sucroalcooleiro está na mira da Ecom Energia em 2009. A comercializadora paulista de energia livre, apresenta ousada estratégia de negócios e estrutura uma nova representação na cidade de Catanduva, localizada no noroeste do estado de São Paulo. Conhecida pelo potencial no setor, a região tem agora, uma empresa que poderá proporcionar assessoria na gestão de energia das usinas, na busca de potencializar ganhos e minimizar riscos nas operações de comercialização de energia, diante da crise financeira mundial. “Identificamos uma carência desse tipo de trabalho na região. A proposta é dar suporte completo às usinas com serviços de gestão, e consultoria com independência e transparência. Levaremos nosso conhecimento mercadológico e regulatório e apresentaremos análises de riscos, além de perspectivas de preços de energia no mercado”, afirma Paulo Toledo, sócio-diretor da Ecom Energia, informando ainda, que a comercializadora terá “maior liquidez para a colocação de energia alternativa”.
O novo passo da companhia acompanha a atual situação do setor sucroalcooleiro no País e enfrenta a crise internacional. “Alguns potenciais geradores não realizarão mais investimentos nesse mercado por conta da crise econômica, porém, o que já está em andamento será concluído. Por outro lado, alguns precisarão de ‘ajuda’ para atuar no setor elétrico, já que a energia não é mais considerada um subproduto. Posso afirmar que este é um cenário propício para fusões e aquisições”, diz Toledo.
A base de negócios de Catanduva, que segue o mesmo modelo da representação da companhia em Recife, deve aumentar a comercialização de energia da Ecom. “A princípio, estaremos mais focados nos serviços de gestão e administração de contratos de energia. Esperamos comercializar aproximadamente 100 MW médios no ano de 2009. Já para 2010, a expectativa é dobrar este número para 200 MW médios, referentes às energias de Biomassa e PCH´s”, conclui o executivo. (Fonte: Fran Press Assessoria de Imprensa)

Porto Alegre/RS – Da redação
Embrapa lança variedade de abacaxi para o sul do País
A variedade é resultado de dez anos de pesquisa do programa de melhoramento genético do abacaxizeiro liderado pela Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical (Cruz das Almas/BA), Unidade da Embrapa - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária -, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Apresentada aos produtores durante a Expointer do ano passado, em Esteio/RS, a cultivar foi avaliada com sucesso durante três ciclos nos municípios de Terra de Areia (litoral) e Porto Vera Cruz (nas margens do Rio Uruguai), que têm microclima favorável para a produção de frutas tropicais, com poucas geadas e temperaturas elevadas. Essa etapa do trabalho foi realizada pela Embrapa Transferência de Tecnologia, por meio do Escritório de Negócios localizado em Passo Fundo/RS, em parceria com a Emater local.
Resistência - A Ajubá tem como principal característica a resistência à fusariose, mais importante doença da cultura no Brasil, causada pelo fungo Fusarium subglutinans, que pode gerar perdas superiores a 80% da produção. Seu controle requer a integração de práticas culturais e a aplicação de defensivos químicos. “A utilização de cultivares resistentes à fusariose, como a Ajubá, pode aumentar a produtividade ao reduzir o custo de produção, pois serão eliminadas de quatro a seis pulverizações com fungicidas para o controle preventivo da doença”, explica José Renato Santos Cabral, melhorista responsável pelo desenvolvimento da Ajubá. “Pelo fato de ser resistente e não demandar o uso de agrotóxico, a variedade tem grande possibilidade de se inserir na produção agroecológica e na agricultura familiar”, salienta José Renato. No RS, a cultivar mais plantada é a Pérola, que produz frutos pequenos e doces, mas, nos últimos dez anos, a fusariose vem provocando perdas elevadas nas principais regiões produtoras do Estado.
Frutos - A Ajubá produz frutos com polpa amarela, elevado teor de açucares e excelente sabor, que se torna ainda mais doce no verão. É recomendada para consumo in natura e para a indústria. Outra vantagem é a ausência de espinhos nas folhas, o que facilita o manejo na colheita e na pós-colheita. Segundo Renato Cabral, está programada a instalação de Unidades de Observação em Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul. “Os produtores destes Estados estão interessados em conhecer o comportamento da Ajubá na região”, explica. No dia do lançamento, duas mil matrizes de mudas convencionais da nova variedade serão disponibilizadas para venda aos produtores. Em breve, a Embrapa Transferência de Tecnologia vai abrir processo de oferta pública para as biofábricas interessadas em multiplicar a cultivar. (Fonte: Embrapa)

São Paulo/SP – Da redação
Queda no preço do boi gordo em SP e no PR
O motivo apontado para a queda no preço em São Paulo é o baixo volume de vendas de carne (mesmo que tenha melhorado ligeiramente nos últimos dias), o que reduz a demanda por animais para o abate, levando as compras a caminharem lentamente. Para manter o ritmo das escalas, os frigoríficos continuam comprando animais de outros Estados, principalmente do Mato Grosso do Sul. Desde o final de fevereiro, a queda da arroba paulista já acumula 4,46%.
No Paraná - De acordo com levantamento da Scot Consultoria, a arroba do boi gordo, que já tinha caído na última terça-feira, recuou R$1,00 quarta-feira, sendo negociada a R$76,00, a prazo, para descontar o Funrural. Até semana passada o preço da arroba estava firme no Paraná e valia R$79,00, a prazo, mas o mercado devagar derrubou a cotação do boi gordo, apesar da oferta minguada de animais terminados na região. Com isso, a arroba do boi gordo acumula queda de 2,56%, em março, no PR.

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SETOR AUTOMOTIVO

Buenos Aires/Argentina
GM vê "grande oportunidade" na América do Sul
A GM - General Motors - vê "uma grande oportunidade" de negócios em mercados da América do Sul, Ásia e Rússia, para atenuar os efeitos da crise financeira global, afirmou Jaime Ardila, chefe de operações do fabricante americano no Mercosul. "As expectativas de crescimento foram para os países emergentes e agora estamos aproveitando ao máximo", disse, em entrevista publicada hoje pelo jornal argentino "La Nación". "Vemos uma grande oportunidade na Argentina, China, Índia ou Rússia, por exemplo. E para ali vai o investimento. Ao contrário do que se pensa, no futuro, vamos investir mais nesses Países", acrescentou. Ardila, de nacionalidade colombiana, ressaltou que o mercado automobilístico "está funcionando assim" porque a crise abriu as portas a "um mundo diferente". Destacou que "funciona muito bem" o acordo de comércio compensado de automóveis vigente entre Brasil e Argentina, dentro do Mercosul, o maior bloco comercial da América Latina e ao qual, a Venezuela, está em processo de incorporação como membro pleno.
Ardila disse que foram recuperadas as vendas de automóveis no Brasil e que isso "compensa" uma queda nas do mercado da Argentina, que calculou em 10%, este ano. O empresário disse que depois do golpe sofrido pela indústria brasileira, a partir de setembro de 2008, o que obrigou a GM a reduzir sua produção "em quase 50%", o setor automobilístico se recuperou, graças à oferta de créditos públicos e reduções de impostos. "Em dezembro, o setor já se recuperou e, em janeiro e fevereiro, os números da indústria foram muito semelhantes aos dos mesmos meses" de 2007. "E março está sendo muito bom, com um aumento das vendas de cerca de 10%", comentou.
Ardila disse que a queda das vendas na Argentina "é compensada com as exportações ao Brasil" mediante o acordo de troca, que é "muito ordenado", "cumprido sem problemas" e "funciona muito bem". "Não estamos pedindo ajuda em nenhum destes países da região, porque não precisamos. Só pedimos ajuda em nível industrial, que ajudem o consumidor para ampliar as vendas, mas ajuda direta à companhia, não precisamos", disse. (Agência EFE)

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VAREJO & COMÉRCIO


São Paulo/SP
Vendas de eletroeletrônicos recuam 25%

Crédito mais escasso e consumidor menos confiante, provocaram queda de 25%, em média, nas vendas de produtos eletroeletrônicos, de outubro até agora. Os produtos que mais sentiram a crise mundial foram DVDs, aparelhos de som e eletroportáteis, segundo fabricantes do setor, que também já cortaram a produção em 25%. A TV de tela fina (LCD e plasma), que deve substituir o tradicional modelo de tubo de imagem, registrou pela primeira vez, desde o seu lançamento no País, em 2005, queda nas vendas - de 10%, em média, em fevereiro em relação a janeiro, segundo fabricantes. Neste mês, as vendas de TVs de tela fina reagiram e animaram os fabricantes. Essa linha representa cerca de 60% da receita do setor de áudio e vídeo. A previsão da indústria é vender neste ano, 1 milhão a mais desses aparelhos do que em 2008, quando foram comercializados cerca de 2,7 milhões de unidades, 260% a mais do que o volume de 2007. Além de terem tecnologia que resulta em melhor imagem, as TVs de tela fina vêm registrando queda significativa de preços, principalmente por conta do aumento da escala de produção de painéis - o principal componente dessas TVs.
Uma TV de plasma de 42 polegadas, que, em 2005, custava cerca de R$ 20 mil, hoje é comercializada por R$ 2.999, em promoção. Essa redução de preço acirrou a disputa entre os maiores fabricantes de TVs de tela fina no país - LG, Samsung, Philips e Sony. LG e Samsung desbancaram há cerca de dois anos a tradicional liderança da Philips no mercado brasileiro de televisores (até então com tubo de imagem) e hoje, disputam mês a mês, a primeira posição nas vendas de TVs de tela fina.
Ranking - Levantamento mais recente desse mercado mostra que, em janeiro deste ano, a LG tinha 29% de participação; a Samsung, 27%; a Philips, 19%; e a Sony, 14%. Em setembro de 2008, esse mesmo levantamento mostrava Samsung com 28%; LG com 27%; Philips com 21% e Sony com 16%. O ranking é feito por uma empresa estrangeira e compartilhado entre os fabricantes. Com cerca de 5 milhões de unidades vendidas em 2008, o mercado de aparelhos com tubo de imagem, ainda representa o dobro do de tela fina - o maior interesse do fabricante, pois vai substituir o primeiro.
"A competição com a LG é bem acirrada e vamos trabalhar para ser sempre a número um no setor. Chegamos há cerca de quatro anos ao Brasil num bom momento, no meio de uma revolução na tecnologia de televisores, chegada do sinal digital e de redução de custos de aparelhos devido ao aumento de escala de produção no mundo", diz José Roberto Ferraz de Campos, vice-presidente-executivo de vendas da Samsung. Para atrair o consumidor em tempo de crise, as quatro maiores fabricantes de TVs de tela fina do País, vão colocar novas linhas no mercado neste ano.
Lançamentos - A LG e a Sony lançaram modelos neste mês. A Philips e a Samsung farão o mesmo a partir de abril. "A ideia é antecipar os lançamentos, não retrair por causa da crise", diz Campos, da Samsung. Até o meio do ano, a LG deve lançar uma linha de TV mais básica, para o consumidor com orçamento mais apertado. Há cinco anos, as TVs de plasma e de LCD eram importadas e hoje já são montadas no País - em Manaus/AM. O que vem de fora do Brasil são os painéis, que representam aproximadamente, 70% do custo do aparelho. Com o dólar mais caro, os fabricantes de televisores de tela fina avaliam que não há espaço para queda de preços expressiva. "Não acreditamos em mais redução de preços. O dólar subiu e as TVs só não foram reajustadas porque os preços dos painéis caíram no exterior e deu para compensar", diz Campos. "O preço das TVs já chegou ao limite", afirma Roberto Barboza, diretor da LG. Apesar de desejar a TV de tela fina, como mostra pesquisa feita pelos fabricantes, o consumidor estará mais cauteloso nas compras neste ano. Na avaliação da indústria, o forte de vendas do setor de áudio e vídeo neste ano, será a TV de tela fina de 32 polegadas.

São Paulo/SP – Da redação
Lucros do Carrefour desabam no ano

O grupo varejista francês Carrefour disse que no ano passado, seus lucros líquidos caíram 44,8% na comparação anual, para 1,27 bilhão de euros, mesmo com um aumento de 5,9% nas vendas, para 87 bilhões de euros. A queda nos resultados decorreu do ambiente macroeconômico desaquecido, que elevou os custos e diminuiu as margens de operação. O maior crescimento das vendas aconteceu na América Latina, com expansão de 31% em relação a 2007, para 10,5 bilhões de euros. Em 2009, a empresa irá investir 600 milhões de euros para dinamizar seus negócios, ao mesmo tempo em que pretende reduzir seus custos em 500 milhões de euros e reverter essa economia em cortes no preço dos produtos.

Washington/EUA
Vendas de smartphones podem crescer até 11% em 2009
As vendas de smartphones podem crescer até 11,1% em 2009, afirmou a iSuppli. A estimativa mais conservadora de crescimento é de 6%. Embora a consultoria estime uma queda geral na venda de celulares, os modelos com sistemas operacionais e aplicativos mais avançados, terão bons resultados de vendas este ano. A previsão é de que as vendas móveis, no geral, caiam para 1,11 bilhão de unidades este ano - em 2008, foram vendidos 1,26 bilhão de aparelhos. As vendas unitárias de smartphones, contudo, podem crescer para 192,8 milhões, mais do que os 173,6 milhões registrados no ano passado. Dessa forma, a participação dos smartphones no setor, deve crescer de 13,8% para 17,4% este ano. (Agência IDG Now!)

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COMÉRCIO EXTERIOR


Brasília/DF – da redação
Pacote chinês reverterá balança para o Brasil
O Brasil fechou o mês de fevereiro com um aumento de 24,85% nas exportações para a China, e queda de 22,98% nas importações, em relação ao mês anterior. Estes dados possibilitaram a forte redução do déficit da balança comercial entre os países, que passou de US$ 610 milhões em janeiro para US$ 117 milhões no mês passado, de acordo com dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. No entanto, analistas ouvidos pela reportagem do DCI, disseram que o pacote de estímulo chinês, que visa reestruturar o País, possibilitará a inversão deste saldo, com a exportação em massa de minério de ferro para a construção de rodovias, ferrovias e portos na China.
Um dos principais motivos apontados pelo secretário executivo do conselho empresarial Brasil-China, Rodrigo Maciel, para a queda nas exportações chinesas, foi o fechamento das empresas (entre 120 mil e 165 mil) que eram voltadas especificamente, para exportação, com a demissão de 20 milhões de trabalhadores. "O pacote chinês prevê um investimento na infraestrutura entre US$ 120 bilhões e US$ 150 bilhões, o que representa 45% do total anunciado pelo governo chinês para as grandes obras, ferrovias, rodovias e portos. Com isso, o Brasil deve aumentar a exportação de minério de ferro para a China". Entre as principais exportações do Brasil para a China, estão os produtos básicos, com 77,5%. Dentre estes o petróleo, minério de ferro e soja que, juntos, representam 70%. Por outro lado, as principais compras brasileiras do mercado chinês foram bens de capital (35,01%), equipamentos tecnológicos (31,8%) e materiais eletrônicos (26,8%).
Segundo Maciel, em 2008 o valor total de minério de ferro exportado foi de US$ 4,886 bilhões, o que representou aproximadamente, 30% das exportações para a China, somados aos US$ 5,324 bilhões de soja e US$ 1,702 de petróleo exportados para o País.
De acordo com Paul Liu, presidente da CBCDE - Câmara Brasil-China de Desenvolvimento Econômico -, o valor da balança comercial entre os países, só não foi maior no primeiro mês de 2009, em razão das perturbações na produção e no comércio chinês, por severas intempéries financeiras e pelo ano-novo chinês. Comparado com o mesmo mês do ano passado, as importações apresentaram queda de 21,66%. As exportações brasileiras para o mercado chinês cresceram 21,09%, em comparação com o mesmo período de 2008.
No entanto, Kevin Tang, diretor da CCIDC - Câmara de Comércio e Indústria Brasil – China - destaca que a desaceleração tem causado um reflexo muito maior no preço das commodities brasileiras e da própria demanda chinesa. "A China está aproveitando a oferta grande de commodities com preço baixo, como a soja, para fazer estoque. Se comparado o valor exportado de soja, entre os meses de fevereiro de 2008 com este mês, veremos um crescimento de 337,01%". Isto aconteceu pela queda na exportação de soja da Argentina para a China, em razão das secas no país.
Este crescimento, segundo Maciel, deve se acelerar, uma vez que a venda potencial da safra só tem início nos meses de maio e julho, como mostra a balança comercial de 2008, que registrou superávit de US$ 699 milhões e US$ 585 milhões, respectivamente. Com relação ao petróleo, segundo os especialistas, conforme a queda no preço do barril houve uma maior procura da China, no entanto em valor exportado, houve uma queda de 30,8%, em comparação com o mesmo período de 2008, já em quantidade, os dados mostram um aumento de 97%, entre fevereiro do último ano e deste ano.
Tang explica que como a Petrobras anunciou que a previsão é manter o barril do petróleo com o valor de US$ 45, ele acha que a exportação permanecerá crescente, mas como os produtos importados, como maquinário eletrônico, são mais caros, a tendência é de estabilidade na balança, após a inversão do quadro negativo.
Apesar do déficit, Maciel ressalta que o objetivo do Brasil não deve ser exportar mais e importar menos. "O País precisa importar para permanecer competitivo, uma vez que importamos tecnologia e maquinário eletrônico em grande quantidade." Segundo Maciel, a solução é diversificar os produtos exportados para a China, abrir novos mercados, como por exemplo, a quantidade de carnes enviadas para os chineses, "exportamos somente US$ 9,9 milhões em 2008, enquanto os EUA exportaram US$ 700 milhões".

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MERCADO DE TI

São Paulo/SP – Da redação
HSBC otimiza sistema de armazenamento de informações

O HSBC acaba de adotar um novo modelo de processamento e gestão de documentos. O novo sistema foi desenvolvido pela Iron Mountain, especializada em gerenciamento de documentos e parceira global da instituição financeira. O projeto COM/DAW - que consiste na substituição das antigas máquinas KOM Star, que produziam microficha de 105 mm, por um equipamento híbrido de microfilmagem -, foi desenhado em conjunto pelas duas empresas utilizando a tecnologia de transformação de dados em imagens e posterior gravação em microfilmes de 215 pés. O objetivo foi substituir o sistema de máquinas anteriormente utilizado pelo banco. Ou seja, antes, o banco usava a tecnologia COM para a fabricação de suas microfichas 105 mm - que armazenava informações de conta corrente, poupança, relatórios contábeis, folha de pagamento, informações de RH, cobrança e financiamentos -, gerando um acúmulo de 12 meses em relação à conta corrente.
Como primeiro passo, a gestão da operação, que antes era feita pelo HSBC, passou a ser feita pela Iron Mountain. Como resultado, a mudança possibilitou a regularização de todo o acúmulo em apenas três meses de implantação, além de uma redução do custo da operação em 25%, entre outros benefícios intangíveis. O investimento total foi de aproximadamente 400 mil dólares, que impactou em uma redução de 25% a 30% dos custos totais. “É realmente impressionante como conseguimos transformar um grande problema em uma oportunidade de melhorar nossos negócios, reduzir custo e desenvolver novas tecnologias”, afirma Denilson Alves, Gerente do Projeto no HSBC.
A tecnologia desenvolvida, também permitiu a evolução do armazenamento das informações de microfichas para microfilme e uso da imagem para recuperação. Isso reduziu significativamente o tempo para se obter uma informação solicitada ao HSBC: em alguns casos, de 24 horas para 15 minutos. O projeto COM/DAW continua em evolução. No momento a Iron Mountain está homologando o projeto-piloto para realizar as recuperações das informações por meio das imagens geradas no processo. Isso possibilitará que o HSBC recupere todas as informações em qualquer unidade que esteja conectada à sua rede interna.

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MERCADO ONLINE


São Paulo/SP – Da redação
UOL 'sobe um degrau' com compra da DHC
A compra da DHC significa, para o UOL, a capacidade de vender serviços de data center mais complexos e terceirização para o mercado corporativo. É assim que Gil Torquato, diretor corporativo do provedor, resume a compra, que não teve valor divulgado. “As aquisições anteriores e o desenvolvimento interno da plataforma nos colocou em destaque no varejo. Agora, subimos mais um degrau”, resume. O executivo refere-se às compras das carteiras de clientes da Plug-In e Digiweb, que culminaram com a criação do UOL Host em fevereiro de 2008. A diferença desta aquisição, relata Torquato, é que toda a DHC foi adquirida e o os diretores da empresa serão mantidos, assim como a marca e as estruturas separadas. “Gostei muito da equipe e da qualidade da carteira de clientes. Apostamos no expertise da atual equipe”, garante. Quando questionado se a crise motivou a aquisição, o executivo destacou a dependência do setor de data center “em capital intensivo”. “Empresas que não têm suporte de um grande grupo, sentem-se fragilizadas e isso certamente pesou. Foi um bom negócio para ambos os lados”, disse. As aquisições acabaram? Torquato garante que não há nenhuma discussão de compra no momento, mas “oportunidades podem surgir”.

Washington/EUA
Malware usa página falsa de Facebook para se alastrar
A firma de segurança Websense, alertou para um novo malware que simula uma página do Facebook e está circulando via mensagens de email. Segundo o site Digital Trends, os ataques chegam via email como se tivessem sido originados por mensagens pessoais enviadas pelo Facebook, com assuntos como “dancing girl drunk in the pub” (“dançarina bêbada no pub”, na tradução) e “super beautiful girl dancing” (garota super linda dançando, em português). No email, um link leva para uma suposta página do Facebook, que redireciona o usuário para uma falsa atualização do Flash Player do Adobe, chamada de “Adobe_Player11” e na realidade é um arquivo executável que infecta o Windows e pode permitir futuros acessos remotos à máquina, explicou o site da companhia . A recomendação de sempre vale aqui: qualquer internauta deve suspeitar de emails recebidos com links e anexos, principalmente de remetentes desconhecidos, e clicar em endereços e baixar arquivos anexos apenas se confirmados pelo destinatário. Ou, como no dito popular, “não aceite balas de estranhos”. (Agência EFE)


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MERCADO DE TELECOM


Brasília/DF – Da redação
Anatel oferecerá 17 posições para satélites comerciais
A Anatel - Agência Nacional de Telecomunicações - vai oferecer 17 posições para satélites comerciais em licitação ou chamamento público. O superintendente de Serviços Privados da Anatel, Jarbas Valente, informou que está marcada reunião com o setor para o dia 26 deste mês, para discutir esse e outros assuntos. De acordo com Valente, o processo já está em curso, mas pode ser feito por chamamento público ou por licitação, o que também, será tema da reunião do dia 26/3. "Normalmente, só vai para licitação se tiver mais de um interessado. Caso não tenha, a gente faz um chamamento público", disse Valente, em entrevista coletiva na ACRJ - Associação Comercial do Rio de Janeiro -, onde está se realizando o seminário "Satélites impulsionando o desenvolvimento do País".
O presidente da Abrasat - Associação Brasileira das Empresas de Telecomunicações por Satélite - e gerente geral da Intelsat no Brasil, Manoel Almeida, estranhou. "Não conheço ninguém pleiteando posição", disse Almeida, lembrando que a Hispamar, sociedade da espanhola Hispasat com a Oi, vai lançar o satélite Amazonas 2 este ano, e a Star One vai lançar o seu satélite Star One C3. De acordo com Almeida, a crise econômica global só afetará o setor se durar muitos anos, porque os contratos das operadoras de satélites são em média de cinco anos, e de no mínimo três anos. O superintendente acredita que a demanda virá do serviço móvel. Ele lembrou que a Anatel está exigindo que todos os municípios brasileiros sejam cobertos por telefonia móvel até abril do ano que vem. De 1.800 municípios que ainda não tinham esta cobertura quando a Anatel impôs a exigência, 900 devem passar a tê-la em abril deste ano e o restante, em abril do ano que vem. "Isso vai gerar mercado para telefonia via satélite", disse.
De acordo com Valente, já há 180 mil estações de transmissão e recepção de satélites licenciadas, sendo que 50 mil são ERB - Estações Rádio Base -, de telefonia móvel. Só no ano passado, disse 18 mil licenças para estações de transmissão e recepção de satélites foram liberadas, sendo 14 mil dessas para serviços móveis.
Valente disse também, que o Brasil quer duas posições ou mais para satélites militares. Uma dessas posições, para o satélite geoestacionário, tem prazo para ser ocupada até 2013, segundo Valente. O presidente da AEB - Agência Espacial Brasileira -, Carlos Ganem, em entrevista também no seminário, queixou-se do corte de verbas para a AEB, realizado pelo Congresso no fim do ano passado, para o Orçamento deste ano e vê risco de o Brasil não ter pronto no prazo, um satélite geoestacionário oficial brasileiro e desenvolvido no Brasil. Apesar disso, disse também que não há risco de o Brasil perder a posição porque, em último caso, é possível fazer uma parceria com outro país, que disponibilizaria o satélite.
São Paulo/SP – Da redação
Intelig fecha acordo com credores e abre caminho para venda à TIM
A solução de pendências judiciais envolvendo a Intelig pode abreviar a conclusão das negociações com a TIM, que já manifestou interesse na infraestrutura de rede da operadora de longa distância. Nesta semana, a Intelig, controlada do grupo Docas Investimentos, e os bancos UBS e Deutsche, chegaram a um termo comum para encerrar disputas judiciais no Brasil e no exterior. Com o acordo homologado na 38ª Vara Cível de São Paulo, cujos termos não foram revelados pelas partes, ficam extintas ações judiciais de execução que totalizavam aproximadamente US$ 260 milhões. Os passivos legais da Intelig constituem um dos principais empecilhos para os analistas estimarem o valor da empresa e, com isso, avaliarem o impacto do negócio sobre as ações da TIM.
As ações de execução que foram extintas - uma de US$ 17 milhões e outra de aproximadamente US$ 40 milhões - foram movidas por UBS e Deutsche, porque a Intelig não quitou empréstimos concedidos pelas instituições financeiras, os quais tinham ativos da operadora como garantia. Os bancos também tinham se manifestado na Justiça contra a venda da Intelig para a Docas Investimentos, fechada em 2008, por entenderem na época, que "a transferência do controle afetava o conteúdo da garantia ao empréstimo", explicou o advogado Sergio Sobral, do escritório Castro, Barros, Sobral, Gomes Advogados, que atua em nome de UBS e Deutsche, no caso. O acordo presente selado entre as partes, também encerra a ação judicial referente à troca de controle da Intelig.
Segundo Sobral, a solução de uma controvérsia tão complexa em apenas um ano, mostra que a Justiça brasileira reserva "proteção mais do que suficiente aos direitos dos credores". Ele diz que o fato de a Justiça ter bloqueado, no início do quarto trimestre de 2008, os ativos financeiros da Intelig, acelerou o processo. E reconhece, também, que as tratativas entre a operadora e a TIM podem, também, ter abreviado a chegada a um acordo. A Intelig preferiu não destacar um porta-voz para comentar o caso, mas enviou nota, na qual diz que, "após um longo período de negociações, houve um consenso sobre o valor real da dívida remanescente que a operadora mantinha com os bancos credores UBS e Deutsche Bank". No comunicado oficial, a tele diz que "a conclusão destas disputas representa um importante marco na história da Intelig Telecom, permitindo à empresa melhores condições financeiras para suportar o seu plano de crescimento".
Presente no mercado de telecomunicações desde 2000, a Intelig foi comprada no início de 2008 pelo Grupo Docas, do empresário Nelson Tanure. Em 2008, a operadora registrou um faturamento de R$ 860 milhões, alta de 18% sobre 2007. Segundo sua assessoria de imprensa, trata-se do "melhor resultado operacional da história" da Intelig. Os 16 mil quilômetros de rede de fibra ótica própria da Intelig, instalada de Norte a Sul do País, despertaram a atenção da TIM, que tem procurado meios de reduzir custos com aluguel de redes de terceiros e tarifas de interconexão, que somaram R$ 1 bilhão, no quarto trimestre do ano passado. Além de aquisições de empresas com redes já montadas, a TIM está trabalhando na construção de uma rede própria de fibra óptica. Cerca de 60% do investimento de R$ 2,3 bilhões programado para 2009, será destinado à infraestrutura de rede da TIM. (Colaboração: Agência Estado)

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MERCADO DE LUXO


Lisboa/Portugal
Maria João S. Freitas (correspondente internacional)

Multimilionários não são beliscados pela recessão
Muito embora os abastados consumidores que podem se dar a tais luxos só representem 12% dos consumidores em nível mundial, John Meyer, diretor da Acxiom, uma empresa de soluções de marketing, revela que ainda existem. Segundo um recente inquérito realizado pela Prince & Associates, uma empresa de estudos de mercado especialista em fortunas privadas, os consumidores com um patrimônio líquido superior a US$ 30 milhões de dólares não estão a ser beliscados pela recessão. Cerca de 60% responderam que continuariam a esbanjar dinheiro em colares de diamantes de US$ 200 mil. “Os ultra-abastados (indivíduos com um patrimônio líquido superior a 30 milhões de dólares), ainda vão comprar artigos muito caros, mas vão ser mais seletivos”, explica Silvia Springolo, da Grail Research, um fornecedor global de informações de mercado. “Ainda valem muitos milhões, e não vão mudar o seu estilo de vida assim de um momento para o outro. Vão continuar a comprar artigos exclusivos, intemporais e de elevado valor”.
Mas porque é que alguém haveria de gastar tanto dinheiro num par de óculos de sol ou num relógio em plena recessão? Existem três razões principais: a marca, o custo inerente dos materiais e o trabalho do artesão. Apesar de alguns estilistas inflacionarem o preço só porque uma peça exibe o seu nome, outros permanecem fieis ao real custo das horas de trabalho necessárias para coser à mão, bordar e montar o artigo, explica Milton Pedraza, CEO do The Luxury Institute, uma empresa de consultoria de estilos de vida luxuosos.
Para criar
vestido de seda de Óscar de la Renta, 14 costureiras trabalharam arduamente durante 36 horas, enquanto para se fabricar um fato Kiton são necessárias mais de 20 horas para cortar à mão, coser e engomar. Peças de roupa que usem intricados bordados ou penas trabalhadas, podem também fazer disparar os preços, explica Ann Frank, professora de fashion design na Parsons New School of Design.
Porém, há casos em que o custo do artigo do estilista reflete, principalmente, a etiqueta estampada no vestido ou na embalagem. Por exemplo, a pele de crocodilo não é extremamente cara e encontra-se com alguma facilidade, mas é com frequência inflacionada pelos estilistas. O truque para descobrir quais as peças de luxo que valem os exorbitantes preços é conhecer a história da casa de design, sugere Frank. “É como uma obra de arte. Precisa saber-se o valor por detrás da peça, não apenas se é bonita”.

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