I-Press.biz Economia & Mercado | Edição 170 | Ano I

Washington/EUA
Banco Mundial afirma que países emergentes terão falta de até US$ 700 bilhões
Os países em desenvolvimento enfrentarão neste ano um déficit de financiamento de US$ 270 bilhões a US$ 700 bilhões, avalia o Banco Mundial em um estudo publicado neste domingo, advertindo que as instituições internacionais não poderão financiar esta falta de crédito. "Os países em desenvolvimento enfrentam um déficit de financiamento de US$ 270 a US$ 700 bilhões devido ao fato de que os investidores privados fugiram dos mercados emergentes e só um quarto dos países mais vulneráveis, dispõem de recursos para impedir um aumento da pobreza", escreve o Banco Mundial em um comunicado que acompanha a publicação do estudo.
Segundo destaca a instituição, 98 de 129 países em desenvolvimento não serão capazes de atrair investimento privado suficiente para cobrir suas necessidades financeiras. No documento, US$ 270 bilhões seria o valor de captações que não seriam realizadas. Os US$ 700 bilhões seriam atingidos caso a fuga de capitais se acelere ou esses países tenham dificuldade para refinanciar suas dívidas. O documento, preparatório da reunião de ministros da Economia e presidentes de bancos centrais do G20 (grupo de 20 países ricos e em desenvolvimento), previsto para Londres em 13 e 14 de março, diz que "as instituições financeiras não podem cobrir sozinhas este déficit [que inclui a dívida] para 129 países". O comunicado do Bird indica que seu presidente, Robert Zoellick, pede que se "reaja a tempo real contra uma crise que se intensifica e que afeta a população dos países em desenvolvimento".
Por fim, o Banco Mundial estima, além da retração da economia global, que o comércio internacional deve registrar a maior queda em 80 anos. "A crise precisa de uma solução global e prevenir uma catástrofe econômica nos países em desenvolvimento, é importante para a sua superação', diz Robert Zoellick. Em fevereiro passado, Zoellick anunciou a criação de um fundo para os países mais vulneráveis destinado a incentivar os países ricos a ajudar os mais pobres.
(Agence France Presse/AFP)

São Paulo/SP – Da redação
IBGE diz que Indústria teve o pior resultado em 19 anos
Se no mês de janeiro a produção da indústria brasileira
cresceu 2,3% em relação a dezembro de 2008, na comparação com janeiro de 2008 a produção despencou 17,2. De acordo com o IBGE, o resultado é o pior nessa base de comparação desde 1990, quando o país viveu os efeitos do Plano Collor. A maior retração, de 30,9%, foi registrada pelo setor de bens de consumo duráveis automóveis e eletrodomésticos, seguido pelo dos bens intermediários, que compreende os insumos industriais, com queda de 20,4%. Os bens de capital – como máquinas e equipamentos -, que são como um termômetro da capacidade produtiva do País encolheu 13,4%. O setor que apresentou menor queda foi o de bens de consumo semi e não-duráveis, que abrange as indústrias de vestuário e alimento, com retração de 8,3%.

Rio de Janeiro/RJ
Câmbio garante lucro da Petrobras em período crítico da crise
O ganho cambial do último trimestre de 2008 sustentou o
resultado positivo da Petrobras, justamente no momento em que a crise econômica internacional se intensificou. O lucro líquido do quarto trimestre foi 46% superior ao registrado no mesmo período de 2007, tendo passado de R$ 5,053 bilhões para R$ 7,355 bilhões no ano passado. Deste total, R$ 3,3 bilhões são decorrência da desvalorização do real em relação ao dólar.
Ao longo de todo o ano, o ganho cambial foi de R$ 4 bilhões. O diretor Financeiro e de RI - Relações com Investidor - da Petrobras, Almir Barbassa, disse que o aumento de produção também influenciou os resultados. Barbassa descartou, no entanto, que a redução de 30,08% no lucro líquido nos três últimos meses do ano passado, em relação ao trimestre anterior (passando de R$ 10,52 bilhões para R$ 7,355 bilhões), tenha sido em decorrência de uma piora não-operacional. Os resultados sofreram com eventos não-recorrentes, como a variação do preço de custeio do estoque, que teve um custo considerado extraordinário pela companhia de R$ 2,7 bilhões no último trimestre do ano passado.
A estatal trabalha para custear o processo de produção com o preço médio do período. Mas o óleo que compôs o estoque de setembro foi comprado antes, a preços mais altos que em setembro e outubro, quando foi refinado. "Eu desovei estoque mais caro no período do que se tivesse comprado e refinado na hora. O carregamento dos custos prejudicaram o resultado em R$ 2,7 bilhões", disse Barbassa. Outros eventos não-recorrentes foram os "tradings" no exterior, onde a companhia também tem estoques, que perdem valor diretamente com a redução de preços do petróleo no mercado internacional. Com essas operações, as perdas foram de R$ 900 milhões no quarto trimestre.

Rio de Janeiro/RJ
Empresas brasileiras veem classe C como saída da crise
Apontada por especialistas como a fatia do mercado mais resistente aos efeitos da crise, a classe C tem sido alvo de uma nova onda de produtos e marcas específicas lançados para atender a esse segmento. Muitos investimentos foram planejados antes da crise, mas as empresas decidiram ir em frente, porque apostam na capacidade de consumo desse grupo e na migração do consumo das classes A e B para itens mais populares. Pesquisa inédita, feita pela agência McCann Erickson, que investiga as tendências do consumo na classe C, mostra que esses consumidores não estão mais em busca do acesso a bens, mas, sim, da melhoria de qualidade. "Essas pessoas já têm eletrodomésticos, além de uma despensa e uma geladeira sortida e, agora, evoluíram. Não basta dizer, agora, "você pode ter determinada coisa", mas sim "você pode ter a melhor'", diz Aloísio Pinto, vice-presidente de Planejamento da McCann Erickson.
Um exemplo está na alimentação. Para 38% das mil famílias entrevistadas em São Paulo, Recife, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Goiânia, o valor nutricional é o item mais importante em um produto. Para 82% dos entrevistados, nutritiva é a comida preparada em casa, onde 76% fazem sua principal refeição, o jantar. A pesquisa, que será divulgada nesta semana, mostra ainda, que a posse de eletroeletrônicos é associada por 82% dos entrevistados a lazer para toda a família. "Isso compensa a falta de opções nos bairros", diz. De acordo com Haroldo Torres, diretor do instituto Data Popular, a classe C tem maior capacidade de recuperação em um cenário de crise.
"É um consumidor com perfil mais flexível de inserção no mercado de trabalho. É o policial que dirige táxi ou é vigilante à noite, é a dona-de-casa que vende comida, pessoas que se viram na crise", disse. Ele ressalta que a classe A foi duplamente afetada pela crise global, tanto com a perda de vagas em cargos executivos como com as perdas na Bolsa de Valores e em fundos de investimento. Isso explica a nova onda de lançamentos voltados para a classe C, apesar da crise. "Quem vende para as classes A e B têm um mercado de 20 milhões de pessoas. Mesmo que também sofra com a crise, a classe C é um grupo quatro vezes maior. Saber vender para eles é questão de sobrevivência", diz o consultor de varejo Roberto Meir.
Curioso é que nenhuma empresa tradicionalmente focada nos segmentos A e B quer atender a classe C pela sua marca principal. "Não podemos correr o risco de mandar a mensagem errada para nosso público A e B", afirma Ronaldo Marcolin, diretor comercial da Única, fabricante dos armários Dell Ano, que acaba de lançar a linha New, mais barata.
Curinga - Na incerteza econômica, ter produtos de qualidade para a classe C pode ser um curinga para as empresas. "Se a economia piorar, o consumidor da classe B vai comprar esse produto. Quando melhorar, a classe D ascende", diz o consultor de varejo Marcos Quintarelli. Conquistar o público C para quem sempre vendeu para a classe AB não é simples. "É preciso falar a língua desse público, oferecer bom atendimento e investir em qualidade e design, para que o público valorize o produto. Se a comunicação se mantiver sofisticada, o produto vai ser rejeitado. Se não investir na qualidade, o público não vai desejar o produto", diz Quintarelli.

Salvador/BA – Da redação (Rio)
PIB nordestino deve crescer mais que a média
O consumo das famílias deve puxar o crescimento da região Nordeste neste ano para níveis acima da média do país, segundo a Datamétrica. A consultoria apontou que em 2009 o PIB - Produto Interno Bruto - dos Estados nordestinos ficará em 3,12%, enquanto o país terá uma alta de 1,8%. Pelos cálculos da Datamétrica, desde 2005 o Nordeste cresce acima da média. Para 2008, a consultoria indica um crescimento de 6,12% para a região, ante 5,62% do país. Agora, mesmo em um cenário de crise, o movimento deve se repetir. Os dois fatores que mais podem favorecer a região são o aumento do salário mínimo e a Bolsa Família.

São Paulo/SP – Da redação
Inadimplência cai 8,8% em fevereiro
Dados da Equifax mostram que em fevereiro foram registrados 2,19 milhões de cheques devolvidos, uma queda de 8,81% em relação a janeiro e de 1,31% sobre fevereiro de 2008. A redução do volume de cheques devolvidos, na comparação mensal, foi atribuída ao menor número de dias úteis em relação a janeiro (21 contra 19) e à melhora dos resultados do varejo, principalmente nos supermercados. A pequena queda em relação a fevereiro do ano passado, também é atribuída ao menor número de dias úteis (19 contra 20).


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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters e AFP)

Tóquio/Japão
Bolsas asiáticas têm quedas muito forte nesta segunda
As principais Bolsas de Valores da Ásia tiveram desempenho desastroso nesta segunda-feira. O índice Nikkei, do Japão, atingiu seu menor nível em 26 anos e o índice Hang Seng, de Hong Kong, despencou quase 5%. Mais uma vez, os temores pelo aprofundamento da crise econômica mundial foram os principais responsáveis pelo péssimo resultado. Mas a divulgação de que o Japão registrou um déficit em conta corrente de 172,8 bilhões de ienes (aproximadamente US$ 1,8 bilhão) em janeiro deste ano, o primeiro em 13 anos, também contribuiu.
A balança de conta corrente é a diferença entre as entradas de um país de fontes estrangeiras e os pagamentos que este realiza ao estrangeiro, com a exceção do investimento líquido de capital. Foi o primeiro déficit desse tipo desde janeiro de 1996, informou o governo. Em janeiro de 2008, o Japão havia registrado um excedente de 1,164 trilhão de ienes. A recessão global afeta pesadamente as exportações do país e os rendimentos de seus investimentos feitos no exterior.
- O índice Nikkei, da Bolsa de Valores de Tóquio, caiu 1,2% puxado pela queda no preço das ações do principais bancos do país e fechou em 7.086 pontos, o pior resultado desde 1982. Ações de montadoras de automóveis também contribuíram para a queda.
- Já o índice Hang Seng, da Bolsa de Honk Kong, despencou 4,84% e fechou em 11.344 pontos.
- O índice Shangai Composite, da China, também teve uma queda acentuada (3,39%) e fechou em 2.118 pontos.
- A exceção ficou na Coreia do Sul, que viu seu índice Kospi subir 1,58% e atingir 1.071 pontos.
Ainda nesta segunda, o BAD - Banco Asiático de Desenvolvimento - divulgou que as instituições financeiras do continente
perderam quase US$ 9,6 trilhões em 2008 por causa da crise econômica, um número superior ao PIB - Produto Interno Bruto - combinado de todas suas nações exceto o Japão.

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MERCADO FINANCEIRO


Basiléia/Suíça
Bancos Centrais debatem soluções contra calote
Presidentes dos maiores bancos centrais do mundo iniciaram ontem, dia 8/3, reuniões no BIS - Banco de Compensações Internacionais - para avaliar como resgatar a economia da pior crise em 60 anos. A constatação é de que a crise deixou de ser um problema dos países ricos e já atinge a todos os emergentes. Os chefes dos BCs de vários países, entre os quais o Brasil, se mobilizaram para tentar encontrar formas de evitar um calote generalizado entre os países em desenvolvimento e restabelecer as linhas de crédito.
Todos os esforços estão concentrados em uma só direção: recolocar o sistema financeiro para funcionar e evitar a quebra de economias vulneráveis. Só o financiamento à exportação no mundo caiu em mais de 50%, assim como as demais linhas de crédito. Só o Brasil perdeu US$ 100,8 bilhões dos bancos estrangeiros desde o início da crise. O financiamento do mundo em desenvolvimento diante da crise será levado pelos países emergentes à reunião do G-20, em abril.
Para evitar defaults generalizados, uma proposta debatida foi a de criar uma emissão especial de papéis do FMI - Fundo Monetário Internacional - no mercado internacional, na forma de SDR - Direitos Especiais de Saque – (sigla em inglês). O lançamento seria de US$ 250 bilhões, alimentando um novo fundo para sair em socorro de governos. No caso do Brasil, o governo estima que está conseguindo preencher a lacuna com suas reservas. O BC estima que já gastou US$ 13,6 bilhões para financiar as exportações e que a queda das vendas para o exterior já não são resultado da falta de créditos, mas da própria crise econômica nos mercados de destino dos produtos nacionais. (Agence France Presse/AFP)

Londres/Inglaterra
Merrill Lynch suspende operador por perdas de US$ 400 milhões
O banco de investimentos americano Merrill Lynch suspendeu um operador em Londres por acumular nos últimos meses, mais de US$ 400 milhões de perdas não reveladas, informou ontem o Financial Times. Segundo o jornal econômico, que cita como fonte pessoas "familiarizadas" ao caso, o banco está examinando meticulosamente os livros contábeis de Alexis Stenfors, um operador de mercados de divisas que trabalhava na capital britânica. Stenfors foi suspenso por várias operações com moeda norueguesa e sueca que não foram bem, e após o Merrill Lynch entrar em contato com os reguladores financeiros do Reino Unido para chegar ao fundo do assunto, de acordo com o jornal.
Na sexta-feira, a entidade, que evitou a quebra no ano passado ao ser adquirida pelo Bank of America, disse ter descoberto certa "irregularidade" ao rever suas operações. Em comunicado emitido em Londres, o banco explicou que já há executivos com experiência tratando do assunto e acrescentou que "os riscos de possíveis perdas estão controlados". Também na sexta-feira, o jornal The New York Times informou que o Merrill Lynch poderia haver tido muitas perdas no comércio de divisas e de derivados creditícios em 2008.
As perdas não chamaram, no entanto, a atenção até depois que os investidores do Bank of America aprovaram a compra do Merrill Lynch por US$ 33 bilhões e este último pagou US$ 3,6 bilhões a seus executivos, afirmou o jornal nova-iorquino. Segundo o New York Times, que citava um executivo do Bank of America, há três semanas foi descoberto que um comerciante de divisas, radicado em Londres, tinha informado lucro de US$ 120 milhões em suas operações, quando, na realidade, essas resultaram em perdas. O jornal citava pelo nome Alexis Stenfors, de 38 anos, que disse ao New York Times que tudo tinha sido um mal-entendido. (Agência EFE)

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AGRONEGÓCIOS


Brasília/DF – Da redação
Governo atualiza projeções e mantém otimismo no agronegócio
O agronegócio brasileiro tem grande potencial de crescimento para os próximos dez anos, puxado pelo complexo: soja, milho, trigo, etanol, leite e carnes. Segundo o coordenador-geral de Planejamento Estratégico do Mapa - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento -, José Garcia Gasques, o aumento da demanda interna e a carência de áreas agricultáveis em outros países vão impulsionar o setor. Gasques afirma que os baixos estoques mundiais de alimentos, a crescente urbanização e o aumento da classe média mundial, criam condições favoráveis para que países como o Brasil ocupem espaço. Os dados constam da atualização das projeções para o agronegócio até 2018/2019, elaborado pela Assessoria de Gestão Estratégica do Mapa.
De acordo com o estudo, a produção de soja, milho, trigo, arroz e feijão deverá crescer 40 milhões de toneladas em 2019, em relação ao período 2007/2008, que foi de 140 milhões de toneladas. A produção das carnes (bovina, suína e de aves) terá acréscimo de 51% em relação a 2008, ou 12,6 milhões de toneladas. “Outros produtos com expectativa de crescimento em comparação a 2008, são: o açúcar, com incremento de 15,4 milhões de toneladas, o etanol, com mais 37 bilhões de litros, e o leite, com acréscimo de 9 bilhões de litros”, informa Gasques.
A pesquisa indica também crescimento de produtividade maior do que a expansão da área agrícola. “No total das lavouras analisadas, o Brasil deverá ter aumento de 15,5 milhões de hectares na área cultivada”, calcula. A soja cresce cerca de 5,2 milhões de hectares em relação a 2007/2008, o milho, 1,8 milhão de hectares, e a cana, perto de 6 milhões. O café deve sofrer redução de área. Em dez anos, as exportações brasileiras de carne bovina representarão 61% do mercado mundial. A carne de aves abastecerá 90% do comércio mundial e a suína, 21%. “Os resultados indicam que o País manterá a liderança no mercado internacional de carnes”, avalia o coordenador. (Fonte: Mapa)

Brasília/DF – Da redação
Financiamento de estoque de etanol aumentará capital de giro
O financiamento para formação de estoques de etanol na safra 2009/2010, vai equilibrar a oferta do produto ao longo do ano e aumentar o capital de giro para os produtores. A declaração é do ministro da Agricultura Reinhold Stephanes, que anunciou, na tarde do dia 5/3, a destinação de R$ 2,5 bilhões para o financiamento da estocagem de etanol. Os recursos virão do BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. A medida foi decidida em reunião, realizada no dia 4/3, no Palácio do Planalto, entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a equipe econômica do governo. Conforme Stephanes, os procedimentos para a tomada do empréstimo serão simplificados para que o produtor tenha os recursos à disposição, a partir de maio, quando começa a moagem da cana-de-açúcar.

Cuiabá/MT – Da redação (Brasília)
Primeiro pronunciamento oficial do Frigorífico Independência
Uma semana após suspender os abates de suas unidades no Brasil, o Frigorífico Independência, por meio de sua assessoria, emitiu sábado, dia 7/3, o primeiro comunicado oficial à imprensa, onde confirma o pedido de recuperação judicial e a preocupação em salvaguardar as operações. Nos últimos sete dias, o site da empresa esteve sem qualquer notícia sobre a paralisação por tempo indeterminado e somente sábado foi atualizado.
No comunicado, o Independência frisa que os abates continuam suspensos por tempo indeterminado nas unidades de Mato Grosso (Colíder, Confresa, Juína, Nova Xavantina e Pontes e Lacerda), Mato Grosso do Sul (Nova Andradina e Anastácio), Goiás (Senador Canedo), Rondônia (Rolim de Moura) e norte de Minas Gerais (Janaúba). “O Independência S.A., diante das mudanças adversas nos mercados global e brasileiro de carne bovina, a contínua volatilidade e turbulência nos mercados financeiros do Brasil e do mundo, e com o objetivo de preservar o caixa necessário para dar continuidade às suas operações, ajuizou, no Brasil, pedido de recuperação judicial nos termos da Lei de Recuperação Judicial (n.º 11.1 01, de 9 de fevereiro de 2005), bem como pedido de “Chapter 15” nos termos do Código Falimentar dos Estados Unidos da América”.
Ainda segundo o comunicado, “O Independência tomou a medida de ajuizar recuperação judicial, amparado em decisão do seu conselho de administração, posteriormente à consulta junto a seus assessores e extensa análise de todas as suas alternativas. Estamos enfrentando momentos difíceis e optamos em recuar para poder nos reorganizar. A administração da empresa não está medindo esforços para resolver esta questão. Sabemos da nossa responsabilidade e reconhecemos o contratempo que estamos causando. Somos uma empresa séria e comprometida e acreditamos nas pessoas que nos ajudaram a construir a história do Independência há mais de 30 anos”, destaca o vice-presidente e diretor financeiro do Independência, Tobias Bremer.
O Independência apresentará um plano de reorganização perante seus credores, no prazo de 60 dias contados a partir da decisão judicial que concede a recuperação judicial. O plano irá detalhar as providências a serem tomadas para permitir à Companhia endireitar sua atual situação financeira, de forma a viabilizar a continuidade de seus negócios e satisfação dos interesses comuns de todas as partes envolvidas. (Colaboração: Diário de Cuiabá/MT)

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SETOR AUTOMOTIVO


São Paulo/SP
Montadoras são as primeiras a dar sinal de recuperação A indústria automobilística foi uma das primeiras a sentir os efeitos da crise. E agora é uma das primeiras - ou a única - a mostrar sinais de recuperação. A vida está voltando ao normal nas linhas de montagem, embora muitos ainda tenham medo de que a recuperação seja provisória, uma minibolha de consumo por causa da redução do IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados.
O corte do imposto, que reduziu os preços dos automóveis entre 5% e 7% em média, deveria durar até o fim deste mês. Mas há um movimento intenso, dentro e fora do governo, para que a medida seja prorrogada por mais três meses. Ela é vista como uma das poucas ações do governo de combate à crise que deram resultados efetivos até agora. Após despencar 25% em novembro, para 177,8 mil unidades, as vendas subiram 9% em dezembro, quando o corte do IPI entrou em vigor, para 194,5 mil veículos. Em janeiro, a alta foi de 1,5% (197,5 mil) e em fevereiro de 0,9% (199,3 mil).
Diante da demanda, que até gerou fila de espera para alguns modelos, na semana passada a Volkswagen chamou sete mil funcionários da fábrica de São Bernardo do Campo e cinco mil da de Taubaté para trabalho extra em três sábados de março, o primeiro deles no dia 7/3. Horas extras estavam suspensas desde o fim do ano passado. A Fiat também convocou 12 mil funcionários para repor produção em três sábados deste mês e tem colocado a turma do segundo turno para trabalhar 45 minutos a mais, diariamente. (Agência Estado)

Berlim/Alemanha
Subsidiária da GM ameaça fechar três unidades na Alemanha
A empresa automobilística Opel, subsidiária da GM - General Motors -, ameaçou o governo alemão com o fechamento de três unidades e a redução de 20% de seu quadro de funcionários na Europa, afirma a revista "Der Spiegel". A revista destaca que um plano de reestruturação de 60 páginas, apresentado pela Opel às autoridades alemãs, contempla o fechamento das fábricas alemãs em Eisenach e Bochum, nos estados federados da Turíngia e da Renânia do Norte-Vestfália, respectivamente, assim como na Antuérpia/Bélgica.
Além disso, estabelece uma redução do quadro de funcionários de 20% entre os 55 mil trabalhadores da Opel em suas diversas unidades europeias, a fim de economizar US$ 1,2 bilhão em pessoal. Acrescenta que o cenário alternativo, o único que a Opel divulgou até agora, contempla eliminar 3.500 mil postos de trabalho, mas com drásticos cortes salariais para o resto dos trabalhadores do fabricante, filial do grupo americano General Motors.
A revista afirma que, enquanto isso, o governo alemão continua se negando a oferecer injeções de capital para Opel e, no máximo, estaria disposto a conceder avais e, no melhor dos casos, créditos, embora não rejeite que os estados federados atingidos assumam capital do fabricante alemão e europeu. Enquanto isso, a chanceler alemã, Angela Merkel, reiterou ontem, a disposição do governo alemão em ajudar a Opel a resolver a crise que ameaça o fechamento da fabricante, mas ressaltou que uma intervenção estatal depende de que os benefícios sejam maiores que os danos. (Associated Press/AP)

Frankfurt/Alemanha
Porsche deve elevar fatia na Volkswagen a 75%
A Porsche Automobil Holding irá receber, em março, um empréstimo de cerca de 12,5 bilhões de euros (US$ 15,8 bilhões) para aumentar sua participação na Volkswagen de atuais 51% para 75%, de acordo com a revista alemã "Focus". Segundo a "Focus", a Porsche espera aumentar suas vendas no primeiro semestre deste ano, principalmente no segmento de conversíveis e do modelo Cayenne, utilitário esportivo que recebeu um novo motor a diesel. (Agência Dow Jones)

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VAREJO & COMÉRCIO


Porto Alegre/RS – Da redação

Lojas Colombo edita tablóide verde
A Lojas Colombo, uma das principais varejistas de eletroeletrônicos e móveis do país, produziu seu tablóide de março com oferta de móveis em papel reciclado, com textos impressos com fonte que exige menos tinta para impressão. O tablóide também privilegia produtos da indústria moveleira fabricados com madeira certificada, obtida a partir de florestas renováveis. Já em circulação nas 371 lojas da rede, localizadas nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Minas Gerais, a publicação leva o selo Colombo Verde e tem uma tiragem de 790 mil exemplares.

Texas/EUA
Walmart e Target têm fevereiro acima das expectativas
As duas principais redes de lojas de departamentos de descontos dos EUA tiveram desempenho acima do esperado no mês de fevereiro. No Walmart, as vendas cresceram 5,1% em lojas abertas há mais de 12 meses no mercado americano (Wall Street esperava apenas 2,4%), um resultado atribuído à queda do preço dos combustíveis, que abriu espaço no orçamento dos clientes para a compra de outros produtos. As vendas líquidas subiram 2,8% no mês, para US$ 30,02 bilhões. No caso da rival Target, o desempenho foi fraco, mas não tanto quanto o mercado esperava: as vendas em lojas abertas há mais de 12 meses recuaram 4,1% em fevereiro, na comparação anual, contra uma projeção de -4,8% dos analistas do mercado financeiro. Em termos absolutos, as vendas da empresa ficaram estagnadas em US$ 4,37 bilhões. Desde o início da crise financeira, a Target vem apresentando queda nas vendas, já que seu modelo de preço baixo com estilo perdeu apelo em um momento em que os clientes buscam os maiores descontos possíveis. (Agência EFE)

São Paulo/SP – Da redação
Cardif cresce 46% no Brasil
A Cardif, empresa do grupo BNP Paribas e que administra atualmente mais de dez milhões de certificados de seguros no país, fechou 2008 com crescimento de 46% do faturamento. A empresa registrou vendas totais de R$ 372 milhões, com lucro líquido de R$ 11,6 milhões. Os números incorporam o desempenho das três empresas do grupo no Brasil: Cardif Vida, Cardif Garantias e Luizaseg (joint venture da empresa com o Magazine Luiza). O crescimento da Cardif do Brasil em relação ao mercado segurador está muito acima dos dados divulgados pela Susep - Superintendência de Seguros Privados -, que apontou uma estimativa de 15% de aumento no volume de negócios das empresas do setor em 2008.


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MERCADO DE TI


Berlim/Alemanha
CeBIT fecha com forte queda de público e expositores
A feira internacional de informática CeBIT, a maior do mundo, fechou ontem, domingo, dia 8/3, suas portas na localidade de Hannover, no norte da Alemanha, com uma forte queda de público e de expositores, devido à crise econômica mundial. Os organizadores do evento indicaram que o número de visitantes do evento registrou uma queda de 20%, para cerca de 400 mil pessoas, enquanto o de expositores caiu em 25%, para 4,3 mil. Acrescentaram que, principalmente, as empresas asiáticas do setor renunciaram à presença na feira em Hannover, que teve também uma redução da superfície de exposição em 20%, para 200 mil metros quadrados.
Chamou especialmente a atenção que grandes consórcios internacionais, como a Toshiba e a Samsung, desistissem de participar do evento. Apesar de tudo, o presidente da associação de empresários do setor de informática Bitkom, August-Wilhelm Scheer, mostrou-se satisfeito com o desenvolvimento do evento, já que "muitas empresas voltam para casa cheios de encomendas". Scheer acrescentou que a crise internacional não evitou que a feira "tenha sido um grande sucesso para a grande maioria das firmas presentes", como o confirmou o sensível aumento dos presentes profissionais. A Bitkom ressaltou, em uma nota, que a crise não afeta o setor de informática na mesma medida que o do automóvel, e que esse mercado, junto com o das telecomunicações e da eletrônica de entretenimento, manterá este ano o volume de negócios alcançado em 2008, que foi de 145 bilhões de euros na Alemanha. Entre as áreas com as novidades mais interessantes da recém-encerrada CeBIT, estão a internet móvel, a segurança na rede e as tecnologias da informática de caráter ecológico. (Agência EFE)

Brasília/DF – Da redação
Anatel prepara regras para internet pela rede elétrica
Imagine usar a tomada de energia elétrica para acessar a internet, conectar o computador, transmitir e-mails e baixar vídeos. Essa possibilidade pode parecer futurologia, mas é uma realidade bem próxima. As agências reguladoras de telecomunicações (Anatel) e de energia elétrica (Aneel) estão preparando regras que permitirão o lançamento comercial no Brasil da tecnologia PLC - Power Line Communication -, que utiliza os fios de eletricidade para banda larga. Tecnicamente, as redes das distribuidoras de energia elétrica estão prontas para prestar esse serviço - bastaria fazer algumas adaptações de baixo custo, explicam os técnicos. Seria necessário instalar roteadores nos postes para direcionar a transmissão de dados e um modem na casa ou no escritório do cliente, parecido com os aparelhos que as empresas de telefonia ou de TV a cabo usam para fornecer acesso à internet. A relatora do assunto na Anatel, conselheira Emília Ribeiro, aposta nessa ideia para estimular a competição no mercado brasileiro de banda larga. "Estamos querendo baixar o custo dos serviços, e isso acontece ampliando a oferta. Hoje temos banda larga por cabo, por satélite, por frequência, e por que não pela rede elétrica?", questiona. Ela ressalta ainda, que a velocidade de conexão desse tipo de tecnologia já começa com 20 megabits por segundo (Mbps), bem acima da capacidade dos serviços oferecidos hoje, que em geral vão até 10 Mbps. (Colaboração: Agência Estado)

São Paulo/SP – Da redação
British Telecom oferece rede virtual privada para grandes organizações
A BT -
British Telecom - passou a oferecer, a partir do dia 5/3, um serviço de rede virtual privada (iVPN) em 172 países. De acordo com a empresa, a solução permite que as corporações aperfeiçoem o gerenciamento e o desempenho de suas redes de tecnologia da informação e de suas aplicações de negócios, além de propiciar redução de custos técnicos e operacionais. Após testes com clientes dos setores industrial e financeiro, a BT está combinando a iVPN a serviços como acesso com base na Internet, otimização de aplicações, gerenciamento de voz, videoconferência, comunicações unificadas, centros de dados, centros de chamadas, segurança e mobilidade.

Washington/EUA
Microsoft vai lançar três correções de segurança, uma delas crítica
A Microsoft divulgará três correções de segurança na próxima terça-feira, dia 10/3, corrigindo pelo menos uma falha de segurança crítica no sistema operacional Windows. A companhia afirmou que a mais séria das atualizações corrige um bug que pode ser usado para instalar softwares maliciosos no PC da vítima que usa qualquer versão do Windows. Os outros dois patchs corrigem falhas consideradas "importantes" e uma delas não afeta usuários das versões XP e Vista do Windows. A notificação desse mês deixa algo bem claro: um bug amplamente alardeado no Excel, usado em alguns ataques, não será corrigido em março. Dado que o bug no Excel foi reportado pela Microsoft há semanas, não surpreende o fato de a empresa não ter tido tempo hábil para testar plenamente e divulgar uma correção, afirmou Andrew Storms, diretor de segurança da consultoria nCircle. A Microsoft tem outras falhas acumuladas em seus softwares além do problema do Excel. Em dezembro, a empresa admitiu uma falha de segurança no WordPad Text Converter que afeta versões anteriores do Windows. Existe também outra falha não corrigida no Windows que está em espera desde abril do ano passado. (Agência IDG News Service)

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MERCADO ONLINE (Especial)


São Paulo/SP
Fraude na web causa rombo de R$ 500 milhões ao ano
As fraudes na internet já utilizam outros meios além dos já conhecidos e-mails com links duvidosos e páginas falsas na internet. Mensagens falsas pelo celular, também podem enganar o usuário. Operadoras de telefonia já enviam aos clientes avisos para não digitarem senhas solicitadas por falsas ligações e não aceitarem novos aplicativos sem que tenham solicitado. A Polícia Federal estima que os golpes somam rombo de R$ 500 milhões por ano.
As armadilhas, na maioria dos casos, incluem uma troca de mensagens em que o fraudador tentará obter dados do usuário, possivelmente indicando que ele deva acessar determinada página na internet. O coordenador do Movimento Internet Segura, Djalma Andrade, afirma que fraudadores criam novos mecanismos de acordo com os procedimentos de segurança e a atenção e o cuidado do usuário com os serviços digitais ainda são a melhor forma de prevenção.
Na internet, os links que levam aos chamados arquivos espiões, capazes de roubar dados e senhas se multiplicam. Segundo estimativa a Cert. br, são mais de 3 milhões de spams reportados em 2008. A consultoria também registrou mais de 220 mil ocorrências de irregularidades, incluindo fraudes e tentativas frustradas. O consultor Gean Rezende, sócio diretor da Horus, afirmou que o brasileiro está aprendendo a utilizar a internet em suas movimentações bancárias, compras e comunicação. Para ele, os esquemas de segurança e o cuidado dos usuários atualmente são muito maiores do que há alguns anos, mas a atenção deve permanecer sempre.
Carlos Eduardo Sobral, chefe da unidade de repressão a crimes cibernéticos da Polícia Federal, afirmou que os criminosos estão cada vez mais "inteligentes" e usam diversos mecanismos para tentar burlar a segurança de bancos e empresas e enganar consumidores e clientes. "A tecnologia melhorou para todo mundo e tem gente que usa para o bem e outra, para o mal, tentando obter vantagens ao enganar o outro", afirma.
Sobral também explicou que a principal forma de enganar os usuários de internet e fraudar informações, ainda é com o uso de e-mails falsos e com links que expõem o internauta e seus dados. "A mensagem não tem vírus. O código malicioso está no link que vem com o e-mail. Os criminosos usam de engenharia social e disparam milhares de e-mails para, em algum momento, tentar fazer com que o internauta clique naquele link."
Além de prometerem fotos ou vídeos de acidentes ou celebridades, ou fotos que podem incluir o internauta, os e-mails ainda forjam contato de entidades ou órgãos federais, como Receita ou Justiça Eleitoral (veja abaixo a lista dos mais conhecidos). A orientação, tanto da PF quanto dos consultores, é não abrir e-mails de remetentes desconhecidos, não clicar em qualquer link comprometedor e não acessar sites desconhecidos (veja abaixo cuidados para aumentar a segurança).
Os riscos elevados
Andrade, do Movimento Internet Segura, afirma que, utilizando com cuidado e atenção, os riscos de exposição às fraudes pode ser reduzido em 90%. "A internet não é um mundo virtual. É uma extensão digital do mundo real. Tudo que ocorre tem consequências e tem que tomar cuidado, assim como com a casa ou outros bens", defende. Andrade também afirma que os usuários não devem ter medo, apenas atenção. "As pessoas tem que ser conscientizadas".
Rezende, da Horus, afirmou que as empresa estão aprimorando os seus programas e investindo em processos e sistemas internos para identificar falhas e como resolver os problemas. Segundo a Febraban - Federação Brasileira dos Bancos -, apenas as instituições financeiras investem cerca de R$ 1,5 bilhão por ano em segurança na internet.

Além de e-mails que parecem pessoais, os principais assuntos abordados são:
- "Imposto de Renda - Restituição ou declaração".
- "Título Eleitoral - Recadastramento".
- "Você foi vítima de ação de despejo".
- "Veja fotos inéditas do desastre aéreo" de uma determinada companhia.
- "Confira fotos eróticas" de um determinado artista. "Seu nome está na lista do Serasa. Clique aqui para saber detalhes".
- "Recadastre sua senha. Clique aqui", em nome de um determinado banco.
- "Febraban e bancos desenvolvem módulo de segurança. Para obtê-lo, clique aqui.".
- "Você recebeu um cartão de alguém especial. Clique aqui".

Veja dicas dos especialistas para evitar problemas nas compras online:
- Utilize apenas o seu computador, atualize o antivírus e não faça compras em lan house.
- Não clique em mensagens encaminhadas por e-mail por estranhos, eles podem ter programas espiões.
- Evite propagandas que prometem levá-lo ao site, prefira digitar o endereço na barra quando quiser visitar uma página.
- Prefira as lojas grandes e conhecidas ou aquelas indicadas por amigos. Busque no site as informações do endereço físico da loja e dos telefones. Toda loja, mesmo que tenha contato online, deve ter um telefone para atendimento ao cliente.
- Verifique no site se há informação sobre troca do produto e devolução. Leia as informações sobre a política de privacidade da empresa.
- Desconfie de lojas que não aceitam cartão de crédito e pedem depósitos.
- Cuidado com preços muito baixos, os produtos podem ser falsificados ou a empresa pode estar sonegando impostos.
- Fique atento aos prazos de entrega e valor de frete.
- Arquive ou imprima o pedido feito, a confirmação da loja e eventual e-mail que a loja enviar confirmando a encomenda


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ENERGIA


Rio de Janeiro/RJ – Da redação
Pesquisas com etanol podem ajudar o Brasil a ser líder de mercado
Apesar do sucesso neste mercado, em 2006, os EUA assumiram a liderança na produção de bioetanol. A retomada da liderança brasileira dependerá do desenvolvimento de novas tecnologias e avanços. Há espaço para melhorias nos processos industriais e fatores de produção, dizem os especialistas. Com histórico investimento em pesquisa com sorgo sacarino, mandioca amilácea e mandioca sugary, e cana-de-açúcar, a Embrapa mostra envolvimento em pesquisa para produção de biomassa, como também em pesquisa para transformação, utilização e conservação de energia, relacionadas a parte socioeconômica e de análise de sistemas direcionada para impulsionar o setor sulcroalcooleiro. “Cabe à Embrapa fazer e executar a boa ciência com fins estratégicos para o Brasil”, assegurou o Chefe-geral da Embrapa Agroenergia, Frederico Durães.
Visando uma interlocução adequada, a rede Embrapa e os demais parceiros focam suas ações em produção de cultivares modificadas, via melhoramento genético clássico, e também, assistido por biologia avançada. Além disso, desenvolve estudos especiais para cana energia, focando teor de sacarose, estrutura modificada de parede celular, eficiência de sistemas biológicos para hidrólise enzimática e processos especialistas para rota de Et-LC, destaca o Chefe.
Etanol a partir de material lignocelulósico está dentro das metas estratégicas da empresa em dar suporte técnico-científico ao setor sucroalcooleiro. No caso deste suporte, a Embrapa Agroenergia desenvolve ações no que diz respeito à caracterização de rotas tecnológicas e processos específicos, visando saltos de competitividade no negócio brasileiro para a melhoria da produção de etanol incluindo tecnologias de 2ª geração. As várias rotas tecnológicas para produção de etanol de matéria-prima lignocelulósica, em desenvolvimento no Brasil e no mundo, apresentam alguns gargalos técnico-científicos relevantes que vêm merecendo esforços concentrados de pesquisa, desenvolvimento e inovação.
Mercado atualNo atual cenário, a cultura da cana-de-açúcar tem um papel fundamental para atender as demandas dos mercados domésticos e internacionais com aumento da área, produtividade e eficiência de conversão em etanol. O Brasil cultiva entre 7 e 8 milhões de área plantada desta cultura e a proposta de crescimento deverá observar uma estratégia conservadora entre 2 a 3 vezes, ou incrementar de 3 a 10 vezes mais. De acordo com Durães, dados conservadores apontam que se a matriz mundial fizer substituição da gasolina por etanol em 10%, o Brasil pode contribuir em até 50% com esta oferta num período de 10 a 15 anos. Os atores públicos e privados do Brasil, com esta perspectiva, podem vislumbrar estratégias futuras de mercado. Para isso, a curto prazo, o Brasil deverá cuidar do fortalecimento do suporte tecnológico, da logística de transporte e escoamento da produção e acordos bilaterais ou multilaterais.

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TELECOMUNICAÇÕES


Manaus/AM – Da redação (Brasília)
Produção de celulares na Zona Franca de Manaus recua 61%
A produção do setor de celulares na Zona Franca de Manaus/AM caiu 61% em janeiro, em relação ao mesmo mês de 2008. Foram produzidos 582.219 aparelhos no primeiro mês de 2009, ante 1.487.535 em igual período do ano passado, diz a Suframa - Superintendência da Zona Franca de Manaus. Os números apontam a maior queda na produção de celulares desde outubro, quando a crise internacional começou a se agravar. Segundo o Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletroeletrônicos e Similares do Amazonas, a fabricação de celulares em Manaus representa 32% da produção no mercado nacional. Fabricam celulares em Manaus as indústrias Nokia, Semp Toshiba e Evadin. Gustavo Igrejas, coordenador-geral de acompanhamento de projetos da Suframa, disse que a queda na produção dos aparelhos não significa pessimismo das indústrias. "Elas não demitiram funcionários e existe uma expectativa de produção normal neste ano", afirmou Igrejas.
Das empresas de celulares, apenas a Nokia comentou a queda na produção. A indústria finlandesa, responsável por 95% da produção de celulares em Manaus, anunciou nesta semana a produção do primeiro celular "high-end" - com câmera, vídeo, internet e GPS integrado com mapas - no Brasil. Os aparelhos serão fabricados na Zona Franca de Manaus. À Folha o presidente da Nokia do Brasil, Almir Narcizo, afirmou que a retração nas vendas de aparelhos é mundial. "Haverá uma retração do mercado global de 10% nas vendas, esse é o número com que trabalhamos. Evidentemente cada país vai reagir de forma diferente. Acreditamos que o Brasil está mais bem preparado para enfrentar a crise."
O Brasil é o oitavo mercado da Nokia, que atua em 150 países. Narcizo afirmou que, mesmo com o reflexo da crise na produção de celulares, a indústria vai manter os empregos e os investimentos no país. "O país tem condições, pelo mercado interno, que ainda é muito forte, de manter empregos e investimentos e sair da crise mais forte do que entrou." Conforme a Suframa, a produção de celulares na Zona Franca foi de 2,4 milhões de aparelhos em outubro. Em dezembro, caiu para 458 mil. A Nokia emprega 1,5 mil pessoas na fábrica de Manaus, que exporta para a América Latina.
Habilitações
Apesar da queda na produção, o número de celulares habilitados cresceu em 1.307.674 em janeiro, o segundo maior aumento para o mês em dez anos. O melhor desempenho havia acontecido em janeiro de 2008, com um acréscimo de 1.877.474 celulares. No total, a Anatel - Agência Nacional de Telecomunicações - contabiliza 151.949.077 de aparelhos celulares habilitados no país. A despeito do crescimento em janeiro, o número total de celulares está aumentando em ritmo lento -0,87% de expansão em relação a janeiro de 2008. Até janeiro, segundo a Anatel, a Vivo continuava a maior operadora, com 29,81% do mercado. Na sequência, vinham: Claro (25,73%), TIM (24,06%), Oi (16,19%) e Brasil Telecom (3,84%). Os celulares com tecnologia GSM tinham 89,2% do mercado.

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MERCADO DE LUXO


São Paulo/SP
Os planos da Fred Leighton para driblar a crise

Fred Leighton começou a sua carreira vendendo vestidos mexicanos e jóias de prata em Nova Iorque. Em meados dos anos 60, ele passou a garimpar jóias antigas entre a elite europeia, especializando-se no período que começa na época vitoriana e termina no Art Déco. Em 1974, em uma época em que joias antigas eram desmontadas para a reutilização da matéria prima, ele fundou a Fred Leighton, com a proposta de inserir joias vintage pela primeira vez no universo fashion. Em 1998, Leighton inaugurou uma segunda loja no The Bellagio em Las Vegas. Em 2006, a Fred Leighton foi vendida para Ralph Esmerian, um renomado colecionador que comprou a joalheria com um financiamento da Merrill Lynch. Como a dívida não foi paga, Esmerian enquadrou os patrimônios da Fred Leighton no Capítulo 11 de proteção a falências, para impedir que a financeira se apodere do acervo da joalheria.
Além da difícil situação jurídica, a Fred Leighton está sentindo os efeitos da crise econômica que se instalou com mais força no mercado norte-americano. Segundo Esmerian, nos últimos meses as pessoas têm entrado nas lojas da Fred não para comprar, mas para vender as suas jóias.
Diante desse cenário, a empresa conta com um novo CEO, que ocupa o cargo desde janeiro, e pretende colocar em prática um ousado plano de ações. Peter Bacanovic é um homem acostumado a enfrentar situações difíceis. Enquanto era corretor da Merrill Lynch, Bacanovic foi considerado culpado pelo uso de informação privilegiada no caso da venda das ações do laboratório ImClone, um escândalo que envolveu a apresentadora Martha Stewart e que levou ambos a passarem alguns meses na cadeia. Ironias à parte, hoje o CEO da Fred Leighton está encarregado da difícil missão de tirar a empresa da falência dentro de 12 semanas. Bacanovic acredita que para driblar a crise será necessário desenvolver novos produtos, investir em comunicação e inaugurar novas lojas.
“Em tempos difíceis, é importante que o público saiba que estamos com as portas abertas e em plena operação”, disse Peter Bacanovic. A Fred vai inaugurar sua terceira loja em Beverly Hills ainda esse mês. A loja, que será localizada na Rodeo Drive, apresentará um acervo de joias com preços que variam de US$ 5 mil a US$ 1,2 milhão. Bacanovic calcula que a nova loja venderá um volume equivalente ao da loja de Nova Iorque, mas não quis adiantar números. “Estamos animados porque a Califórnia é um mercado muito importante, não só por causa das pessoas que moram lá, mas por causa dos turistas que vem do Oriente Médio para visitar a região.” Para atender melhor essa clientela, a Fred planeja inaugurar lojas no Qatar, em Dubai e em Hong Kong, em 2010.
Investimentos em comunicação também fazem parte do plano de ações da casa. A empresa realiza exposições de joias antigas em lojas e espaços culturais espalhados pelo mundo. Além das exposições, a grife está associada a nomes como Nicole Kidman, Sarah Jessica Parker e Michelle Williams, que recentemente desfilaram joias da Fred Leighton no tapete vermelho. Ainda no campo das comunicações, a joalheria está reformulando o seu site para atrair novos consumidores. O
fredleighton.com terá um caráter mais educativo, com informações suficientes para que consumidores leigos tenham acesso a uma joia vintage. Cada peça virá com informações sobre o seu valor, sua procedência e sobre os traços que a classificam dentro de um estilo de época.
Além da expansão global e da comunicação, a Fred está investindo no desenvolvimento de novos produtos, lançando uma coleção de peças novas. As joias terão preços mais acessíveis com peças custando a partir de US$ 2 mil. A coleção, que será lançada em 2010, será vendida nas lojas da joalheria e também por atacado para varejistas selecionados. Mas será que uma coleção de peças novas e mais acessíveis não vai ferir o posicionamento de uma marca tradicionalmente conhecida por joias antigas e caras? Segundo Esmerian, não. “Nosso negócio é centrado em joias antigas. Estaríamos perdendo o foco se estivéssemos desenvolvendo uma coleção com um design que pudesse ser reproduzido em larga escala, mas não estamos fazendo isso” conclui.

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EXPEDIENTE


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