I-Press.biz Economia & Mercado | Edição 156 | Ano I

Brasília/DF – Da redação
Economia brasileira dá sinais de melhora
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante reunião no Palácio do Planalto na segunda-feira, que os últimos números apresentados pela economia dão sinais de melhora da economia. Entre os setores citados está a indústria automobilística, cujas vendas melhoraram no início do ano. Segundo interlocutores do presidente, Lula pretende anunciar depois do Carnaval, o pacote para a habitação e também, as mudanças nos turnos nas obras do PAC - Programa de Aceleração do Crescimento. Em relação ao pacote de habitação, Lula quer o estabelecimento de regras para a compra da casa própria que beneficiem as pessoas de baixa renda, incluindo financiamentos a juros reduzidos. O objetivo do governo federal é construir 1 milhão de moradias até o final de 2010. Já as mudanças nos turnos dos trabalhadores nas obras do PAC, têm como meta, ampliar a oferta de empregos. O assunto é estudado pelos ministros: Dilma Rousseff, da Casa Civil; Geddel Vieira Lima, da Integração Nacional e Alfredo Nascimento, dos Transportes. Lula reuniu na manhã desta segunda-feira, além de Dilma e Mantega, os ministros: José Múcio Monteiro, das Relações Institucionais; Tarso Genro, da Justiça; Franklin Martins, da Comunicação; Luiz Dulci, da Secretaria Geral e Paulo Bernardo, do Planejamento.

Brasília/DF
BC reduz previsão de crescimento para 1,5% em 2009
O agravamento da crise econômica levou os economistas ouvidos pelo Banco Central a reduzirem novamente, a previsão de crescimento da economia brasileira para 2009. De acordo com a pesquisa semanal Focus, o crescimento do PIB - Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas no período - deve ficar em 1,5%. O resultado está abaixo dos 3,2% estimados pelo próprio BC e dos 4% previstos no Orçamento deste ano. Para 2010, a previsão recuou de 3,8% para 3,6%. Com a desaceleração da economia, os economistas passaram a prever também, um corte maior na taxa básica de juros, que deve cair dos atuais 12,75% para 11,75% ao ano, na próxima reunião do Copom - Comitê de Política Monetária do Banco Central -, no dia 11/3. Na última reunião, em janeiro, o Copom cortou a taxa Selic de 13,75% para 12,75% ao ano. Foi o maior corte de juros em cinco anos, motivado pela desaceleração da economia verificada nos últimos meses. Para o final do ano, a previsão para os juros caiu de 10,75% para 10,50% ao ano, o menor patamar da história do Copom.
Inflação
Em relação às previsões de inflação, a expectativa para o IPCA - Índice de Preços ao Consumidor Amplo -, que serve como meta para o BC, caiu de 4,73% para 4,69% (2009) e ficou em 4,5% para 2010. A meta de inflação é de 4,5%, podendo chegar a 6,5% no intervalo de tolerância (teto da meta). Para este ano, a expectativa do mercado para o IGP-DI - Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna - caiu de 4,63% para 4,57%; o IGP-M - Índice Geral de Preços – Mercado - passou de 4,24% para 4,25%. O IPC - Índice de Preços ao Consumidor - da Fipe - Fundação Instituto de Pesquisas Econômica - recuou de 4,53% para 4,50%.
A previsão para o dólar no fim deste ano ficou em R$ 2,30. Para 2010, caiu de R$ 2,29 para R$ 2,28. Para o saldo da balança comercial, a previsão ficou em US$ 14 bilhões. A expectativa para o déficit em conta corrente neste ano ficou em US$ 25 bilhões. A estimativa de investimentos estrangeiros diretos subiu de US$ 22,5 bilhões para US$ 23 bilhões. A previsão para a relação dívida/PIB subiu de 36,1% para 36,2%.

São Paulo/SP
Siderúrgicas fazem projeções para resultados trimestrais carregam impactos da crise

As siderúrgicas serão destaque nesta temporada de resultados não só pelo peso econômico, mas pelo impacto sofrido com a crise no final do ano passado. De outubro a dezembro, o setor não resistiu à piora externa e inverteu o crescimento que vinha apresentando nos primeiros meses de 2008. Cortes na produção e demissões são alguns dos fatores que levam analistas a esperarem uma fraca rodada de resultados. Segundo relatórios divulgados na segunda-feira, 16/02, por Unibanco, Link Investimentos e SLW, os investidores devem avaliar as empresas de forma individual, pesando os pontos específicos de cada caso.
Usiminas - A equipe de analistas do Unibanco enxerga na empresa uma performance prejudicada pela sua elevada exposição à industria automotiva, responsável por quase 33% de todo o volume vendido. Os problemas enfrentados pelas fabricantes de veículos devem fazer as receitas encolherem 21% na comparação trimestral, totalizando lucro de R$ 19,3 milhões. A visão da SLW aponta valores um pouco melhores, com o rápido posicionamento da empresa em relação à mudança no cenário. "No caso Usiminas, a decisão foi antecipar a manutenção de equipamentos e conceder férias coletivas, visando o ajuste entre oferta e demanda de seus produtos", disse. A projeção foi de lucro de R$ 620 milhões. No meio termo, o time de especialistas da Link prevê impacto tanto no mercado interno, com queda nos volumes e preços constantes, como nas exportações, afetadas pelo câmbio. O resultado final deverá ser de um lucro de R$ 120 milhões, 86% abaixo do trimestre anterior.
CSN - Quanto à Companhia Siderúrgica Nacional, o Unibanco espera impacto negativo com o aumento no preço do carvão e com a diluição menor dos custos fixos. O lucro deverá ser positivo de R$ 328,2 milhões, segundo as projeções. A empresa não confirmou quando lançará seus números finais, mas o banco estima que será na segunda semana de março. Ocorre certa divergência entre a opinião exposta pela SLW, que enxerga prejuízo de R$ 444 milhões para o mesmo período. "Ela teve uma postura um pouco diferenciada, mantendo sua produção em ritmo normal até novembro, mas já no mês seguinte trabalhou com férias coletivas".
Gerdau - O desempenho final da empresa gerou uma menor diferença entre as opiniões dos analistas, que pesaram a presença do grupo em países como EUA, Índia e Canadá. Enquanto o Unibanco prevê prejuízo de R$ 14 milhões, a SLW enxerga lucro de R$ 75 milhões para a siderúrgica.
Datas - Os números oficiais da Gerdau e da Usiminas serão divulgados no dia 19/02, antes da abertura do mercado. (Agência InfoMoney)

Porto Alegre/RS
Vulcabrás-Azaléia dá férias coletivas a 2,3 mil funcionários por causa das importações
O grupo calçadista
Vulcabrás-Azaléia vai conceder férias coletivas a 2.300 colaboradores em fábricas na Bahia e no Rio Grande do Sul. A companhia culpa o aumento das importações de calçados pela redução da demanda no mercado interno. Na fábrica de Itapetinga/BA, as férias coletivas foram marcadas para o período de 19 deste mês a 08/3 e, na de Parobé/RS, do dia 20 próximo até 11/3. Juntas, as duas unidades empregam cerca de 18 mil trabalhadores. Ao todo, a companhia tem mais de 35 mil colaboradores no Brasil e no exterior.
Segundo o presidente da Vulcabrás-Azaléia, Milton Cardoso, as férias coletivas foram motivadas pelo crescimento de calçados importados no Brasil, e não pela
crise econômica internacional. Segundo ele, a crise não afetou o mercado interno na mesma proporção em que afetou as principais economias do mundo. "Não fosse o crescimento explosivo das importações ao longo de 2008 e no início de 2009, poderíamos estar em melhores condições para manter o número atual de empregos e continuar executando nossos planos de expansão. Talvez não com o ímpeto dos últimos dois anos, mas seguramente com boas perspectivas de expansão", afirmou Cardoso.
Ele explicou que, em 2007 e em 2008, a empresa realizou os maiores investimentos de sua história. "Foram R$ 154 milhões em ampliação de capacidade de produção, renovação tecnológica e proteção ao meio ambiente. Portanto, já usamos o que tínhamos de gorduras para queimar, ao criar, em 2007 e 2008, praticamente 10 mil novos empregos, o que nos permitiu chegar a 35 mil trabalhadores atualmente", argumentou. "São justamente algumas pessoas dessas novas vagas que agora estamos sendo forçados a manter em férias coletivas, enquanto assistimos à concorrência se abastecer de produtos importados da China e expandir seus negócios em mais de 40%, valendo-se principalmente, da concorrência desleal e da venda de estoques excedentes que surgiram com a recessão global", disse ele. (Agência Brasil)


Barcelona/Espanha
Fabricante do BlackBerry abre contratação de 3 mil funcionários
A empresa canadense Research In Motion, fabricante do BlackBerry, informou na segunda-feira, 16/02, que está abrindo contratações de 3 mil funcionários para poder atender a demanda pelo aparelho, apesar do momento de crise na economia global. "Ampliamos nossa base de funcionários em 50% em 2008. Ainda estamos contratando e planejamos continuar contratando", disse o vice-executivo-chefe da empresa, Jim Balsillie, à agência de notícias France Presse, em Barcelona/Espanha. "Contratamos cerca de 4 mil pessoas em 2008, atualmente temos 3 mil vagas a preencher. Estamos contratando bastante." A Research in Motion anunciou um crescimento de 66% em suas vendas entre setembro e novembro do ano passado, na comparação com o mesmo período de 2007. "Ainda estamos em um momento fantástico Blackberry. Embarcamos nosso aparelho de número 50 milhões, há duas semanas", disse Balsillie.
Outras empresas fabricantes de celulares têm sofrido com os efeitos da crise. No último dia 11, a Nokia anunciou um plano de reestruturação de suas operações que vai acarretar a demissão de cerca de 410 trabalhadores e a suspensão temporária de outros 2,5 mil postos de trabalho na Finlândia. A empresa fechará ainda neste ano, um centro de pesquisa e desenvolvimento em Jyväskylä (centro-sul do país), no qual trabalham 320 funcionários, a fim de concentrar o desenvolvimento de novos terminais em suas instalações em Tampere, Oulu, Salo e na região metropolitana de Helsinque. (Agência France Presse/AFP)

Paris/França
L'Oreal registra lucro 26,6% menor em 2008
O lucro líquido do grupo L'Oreal, número um mundial da cosmética, caiu 26,6% em 2008 com relação a 2007, alcançando 1,94 bilhão de euros (US$ 2,48 bilhões), informou a empresa ontem no final da tarde. O atual contexto de crise financeira mundial fez com que a empresa não alcançasse suas expectativas de crescimento. O faturamento em 2008 aumentou 2,8%, para 17,54 bilhões de euros, ante crescimento em 2007 de 8,1%. As vendas caíram no mercado americano, especialmente "deteriorado" pela crise, informou a empresa. O crescimento na Europa ocidental foi fraco e principalmente difícil em França e Espanha, segundo a L'Oreal. (Agência France Presse/AFP)

São Paulo/SP
Volume de cheques sem fundos aumenta em janeiro
O volume de cheques honrados no país recuou em janeiro na comparação com o mês anterior, informou na segunda-feira, a empresa de análise de crédito TeleCheque. Segundo a empresa, 96,68% dos cheques foram honrados - uma queda de 0,96 ponto percentual sobre os 97,62% de dezembro do ano passado. A TeleCheque aponta como principais motivos do aumento do volume de cheques sem fundos a grande quantidade de gastos extras do início do ano, como IPVA - Imposto sobre Propriedade de Veículo Automotor -, IPTU - Imposto Predial Territorial Urbano - e material escolar, além das dívidas contraídas no período do Natal.
"Apesar disso, esse aumento é considerado normal, uma vez que o consumidor já tem seu dinheiro comprometido com o pagamento de contas e despesas do dia-a-dia. Para muitos, estes gastos extras dificultam a administração financeira", disse José Antonio Praxedes Neto, vice-presidente da TeleCheque. O executivo ainda apontou o agravamento da crise econômica como motivo para o aumento do calote. "Alguns setores já começaram a sentir os efeitos e precisaram diminuir custos. De qualquer forma, a tendência é recuar o consumo de supérfluos e priorizar os itens de primeira necessidade, como alimentação", declara Praxedes.
A pesquisa apontou ainda, uma queda no volume de cheques fraudados recebidos. Em janeiro, apenas 0,07% dos cheques estavam nesta situação. Na divisão por Estados, os que tiveram os maiores índices de cheques honrados são: GO (97,55%), PB (97,51%), RS (97,5%), RN (97,47%) e SC (97,42%). Na outra ponta, os que tiveram os menores índices são PA (93,57%), MA (93,8%), ES (94,41%), CE (95%) e AM (95,39%).

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INDICADORES ECONÔMICOS


São Paulo/SP – FGV
Preços de alimentação e educação desaceleram e inflação pelo IPC-S fica em 0,59%
O IPC-S - Índice de Preços ao Consumidor – Semanal - desacelerou para uma alta de 0,59% na coleta de preços feita até o último dia 15, contra alta de 0,81% na abertura deste mês. Trata-se do menor resultado desde a quarta semana de dezembro de 2008, quando o índice registrou variação de 0,52%. Os dados foram divulgados na segunda-feira, pela FGV - Fundação Getulio Vargas.
Os grupos Alimentação (1,16% para 0,81%) e Educação, Leitura e Recreação (2,91% para 1,93%) foram os que mais contribuíram para a desaceleração da taxa do índice, com destaque para os itens frutas (3,32% para 0,22%) e cursos formais (4,71% para 2,98%).
Os grupos Vestuário (-0,27% para -0,74%), Transportes (0,66% para 0,54%), Habitação (0,29% para 0,27%) e Despesas Diversas (0,44% para 0,39%) também desaceleraram, com destaque para os itens: calçados (0,37% para -0,42%), tarifa de ônibus urbano (1,44% para 1,18%), tarifa de gás encanado (6,67% para 4,09%) e cerveja (2,11% para 1,79%).
Já o grupo Saúde e Cuidados Pessoais (0,43% para 0,52%), acelerou, com destaque para o item artigos de higiene e cuidado pessoal (0,34% para 0,59%).
A próxima apuração do IPC-S, com dados coletados até o dia 22 deste mês, será divulgada no próximo dia 26.


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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters e AFP)


São Paulo/SP
Bovespa melhora no final e sobe com Vale e Petrobras

O feriado do Dia do Presidente nos EUA deixou o primeiro pregão da semana na Bovespa apático, quase até seus últimos minutos. Investidores foram às compras das blue chips de olho nos vencimentos de índice Bovespa futuro e de opções sobre o índice, na próxima quarta-feira. Assim, a Bolsa doméstica livrou-se de um fechamento negativo.
- O índice Bovespa terminou a sessão na máxima, em alta de 0,40%, aos 41.841,32 pontos. Na mínima, atingiu os 41.026 pontos (-1,55%).
- No mês, acumula alta de 6,47% e, no ano, de 11,43%.
- O giro financeiro totalizou R$ 4,954 bilhões, mas quase metade dele decorreu do vencimento de opções sobre ações. Dados divulgados pela Bolsa mostraram que o exercício respondeu por R$ 2,104 bilhões, acima do último vencimento, em 19/01, quando o volume alcançou R$ 1,184 bilhão.
Análise 1 - Antes da reação, prevaleceu sobre as ações o mau humor externo, depois que o Japão anunciou um tombo de 3,3% no PIB do quarto trimestre de 2008 ante o terceiro, ou de 12,7% em termos anualizados, a maior retração desde os primeiros três meses de 1974. Em resposta à queda do PIB japonês, a maioria dos mercados de ações asiáticos fechou em baixa - a exceção foi a China -, assim como as bolsas europeias, onde também pesaram, sobretudo, as ações dos bancos, com os temores sobre a saúde das instituições financeiras.
Análise 2 - Com a fraqueza da segunda maior economia mundial, as commodities engataram trajetória descendente, diante da constatação de que a demanda, que já seria menor, agora deve ser ainda mais fraca do que o previsto. As commodities metálicas recuaram, bem como o petróleo. As blue chips domésticas passaram praticamente o dia todo influenciadas por tal desempenho, até melhorarem nos minutos finais da sessão.
Reação das ações - Vale ON subiu 0,33% e Vale PNA, 0,75%. Do setor minerador, vale registro para a notícia de que a China Minmetals Nonferrous Metals Company, ou Minmetals, anunciou que comprará a australiana OZ Minerals por 2,6 bilhões de dólares australianos (US$ 1,7 bilhão). Na semana passada, a chinesa Chinalco já havia anunciado a elevação de sua participação na australiana Rio Tinto, para 18%. Nas siderúrgicas, Gerdau PN perdeu 1,07%, Metalúrgica Gerdau PN, 1,14%, e Usiminas PNA, 1,24%. CSN ON teve alta de 1,05%. Em relatório a clientes, a corretora Socopa revisou para baixo os preços-alvo das ações dos papéis do setor siderúrgico para refletir o agravamento da crise e seus efeitos na economia real. Petrobras avançou 0,97% a ON e 1,16% a PN. Com o feriado nos EUA, o petróleo era negociado apenas no pregão eletrônico. Às 18h22min, recuava 0,56%, a US$ 37,30, com os temores de enfraquecimento da demanda.
- O destaque do pregão na Bovespa foi Positivo Informática, que disparou 78,85%, com o surgimento de novos boatos de que uma multinacional da área de tecnologia de informação teria feito uma oferta pela companhia. Desta vez, Dell e Lenovo são apontadas como possíveis compradoras, segundo operadores.


Londres/Inglaterra
Bolsas da Europa fecham em baixa por causa do setor bancário

As Bolsas europeias fecharam em baixa na segunda-feira. Os investidores venderam ações principalmente do setor financeiro, em particular dos bancos. Sem a referência das Bolsas americanas devido ao feriado do Dia do Presidente nos EUA, os investidores se pautaram pelo
desempenho negativo da economia do Japão, o que aumentou os temores sobre a economia global.
- A Bolsa de Londres fechou em baixa de 1,31% no índice FTSE 100, ficando com 4.134,75 pontos.
- A Bolsa de Paris teve queda de 1,19% no índice CAC 40, para 2.962,22 pontos.
- A Bolsa de Frankfurt teve baixa de 1,06% no índice DAX, fechando com 4.366,64 pontos.
- A Bolsa de Milão teve baixa de 1,05% no índice MIBTel, que ficou com 14.088 pontos.
- A Bolsa de Zurique caiu 0,96%, ficando com 5.077,62 pontos no índice Swiss Market.
- A Bolsa de Amsterdã teve baixa de 1,58% no índice AEX General, que ficou com 247,15 pontos.



Reação das ações - Entre as ações do setor bancário, as do britânico Lloyds fecharam com perda de 8,1%, depois de na sexta-feira, dia 13/02, terem caído quase 33%. "Acho que o setor bancário britânico não apresenta condições de investimento", disse ao diário americano “WSJ”- "The Wall Street Journal" - o estrategista Graham Secker, do Morgan Stanley. Também caíram as ações dos bancos Santander, Credit Suisse e Deutsche Bank, que fecharam com perdas entre 2% e 6%. As ações do Bank of Ireland caíram quase 15%, depois que o executivo-chefe da instituição, Brian Goggan, disse que pode se aposentar antes do planejado. Fora do setor financeiro, as ações da Air Liquide subiram 7,2%, depois que a empresa informou que seu lucro líquido teve crescimento de 8,6% e sua receita, de 11%.
Análise 1 - Ontem o fundo de investimentos imobiliários Santander Real Estate pediu à CNMV - Comissão Nacional do Mercado de Valores - que
congele durante dois anos a devolução das somas devidas aos investidores, porque não dispõe de dinheiro suficiente para atender aos pedidos de resgate. "O fundo carece atualmente de liquidez [oferta de dinheiro] necessária para enfrentar o pagamento integral do citado valor", destacou o fundo, em um comunicado à CNMV.
Análise 2 - A CBI - Confederação da Indústria Britânica -, principal associação britânica do setor industrial, previu uma
contração de 3,3% do PIB do Reino Unido neste ano e um aumento expressivo dos gastos públicos, que pode elevar o déficit público a 11,8% no próximo ano. A notícia se segue ao anúncio, feito na semana passada, pelo Banco da Inglaterra (BC britânico), de que o Reino Unido está em uma "profunda recessão".
Análise 3 - Já o DIW - Instituto de Estudos Econômicos - informou que a recessão na Alemanha neste ano,
será ainda maior do que o previsto pelo governo e outras entidades, com a queda podendo superar os 3%. Além disso, o Serviço Federal de Estatísticas da Rússia informou que a produção industrial do país caiu 16% em janeiro, na comparação com o mesmo mês de 2008, em mais uma consequência da crise econômica. Trata-se da maior queda desde 2003.

Tóquio/Japão
Bolsas asiáticas apresentam forte baixa

Os mercados acionários asiáticos fecharam em intenso declínio nesta terça-feira. Por conta do feriado pelo Dia do Presidente nos Estados Unidos, eles se pautaram pelos resultados nas bolsas europeias, sucumbiram à realização de lucros nas ações domésticas e também foram influenciados pelas previsões de fracos balanços de 2008 nas grandes corporações.
A venda de ações nos mercados acionários regionais e as preocupações de que mais empresas irão anunciar fracos resultados em 2008 fizeram a Bolsa de Hong Kong fechar abaixo dos 13 mil pontos pela primeira vez em nove pregões.
- Com fraco volume de negociações, o índice Hang Seng caiu 510,48 pontos, ou 3,8%, e encerrou aos 12.945,40 pontos.
A realização de lucros em ações de companhias siderúrgicas, após registrarem fortes ganhos, e as preocupações sobre uma possível desvalorização da moeda chinesa yuan, o que faria os papéis chineses ficarem menos atrativos, provocaram uma forte queda nas Bolsas da China.
- O índice Xangai Composto recuou 2,9% e encerrou aos 2.319,44 pontos - no ano, contudo, o índice acumula alta de 27%. Já o Shenzhen Composto perdeu 3,5% e terminou aos 736,97 pontos.
A valorização do dólar nos mercados externos e comentários de um graduado dirigente econômico chinês sobre uma possível baixa do yuan levaram a moeda chinesa a se desvalorizar sobre a unidade norte-americana. No mercado de balcão, o dólar fechou cotado em 6,8395 yuans, de 6,8340 yuans do fechamento de segunda-feira.
O declínio nas bolsas regionais e a realização de lucros nas ações locais fizeram a Bolsa de Taipé, em Taiwan, fechar em forte queda.
- Com fraco volume de negociações, o índice Taiwan Weighted baixou 2,2% e terminou aos 4.491,78 pontos.
- Na Coreia do Sul, o índice Kospi da Bolsa de Seul fechou no nível mais baixo em mais de três semanas, ante a intensificação das preocupações quanto ao setor bancário europeu e a desvalorização do won, a moeda local. O índice perdeu 4,1% e fechou aos 1.127,19 pontos.
- Os temores em relação ao exterior, particularmente a preocupação sobre os bancos britânicos e europeus, puxaram para baixo o índice S&P/ASX 200 da Bolsa de Sydney, na Austrália. As ações financeiras lideraram um declínio de 1,5% do índice, que fechou aos 3.464,3 pontos.
- O índice PSE Composto da Bolsa de Manila, nas Filipinas, teve baixa de 0,8% e encerrou aos 1.899,90 pontos.
- Fracos dados econômicos domésticos e nos demais mercados da região levaram a Bolsa de Cingapura para baixo e analistas disseram que o cenário sombrio parece que persiste. o índice Straits Times caiU 2,5%, fechando aos 1.637,92 pontos.
- O índice composto da Bolsa de Jacarta, na Indonésia, caiu 1,8% e fechou aos 1.318,04 pontos, afetado pela desvalorização da rupia e pelas baixas nos demais mercados asiáticos.
- O índice SET da Bolsa de Bangcoc, na Tailândia, recuou 1,9% e fechou aos 438,22 pontos, maior baixa em quase duas semanas. A retração deveu-se ao fraco desempenho em várias ações de primeira linha e crescentes preocupações quanto à letárgica economia global.
- O índice composto de cem blue chips da Bolsa de Kuala Lumpur, na Malásia, recuou 1% e fechou aos 898,53 pontos. A baixa foi liderada por perdas nas ações de empresas agrícolas, setor financeiro e de construção.


Nova Iorque/EUA
- Não houve pregão no dia de ontem. Feriado nacional nos Estados Unidos.

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MERCADO FINANCEIRO

Rio de Janeiro/RJ
Lucro do BNDES cai 27,4% e encerra ano em R$ 5,3 bilhões
O BNDES, principal agente do governo usado no combate à crise internacional, obteve lucro líquido de R$ 5,3 bilhões em 2008, o que representa queda de 27,4% frente ao ano anterior. O banco alegou que a redução no lucro deveu-se principalmente, ao menor resultado bruto oriundo das intermediações financeiras, que ficaram em R$ 3,8 bilhões no ano passado, ante R$ 4,7 bilhões em 2007, e à redução de receitas com reversão de provisão para risco de crédito. Em 2008, as provisões atingiram R$ 445 milhões, abaixo dos R$ 1,3 bilhão constatado em 2007 - a situação reflete a "alta qualidade da carteira de crédito do BNDES e seu baixo nível de inadimplência", segundo o banco.
Em comunicado, o BNDES destaca que o menor resultado bruto nas intermediações financeiras ocorreu em função da redução dos "spreads", cobrados nas operações de financiamento - a diferença entre o custo de captação do dinheiro para os bancos e a taxa de juros cobrada dos clientes para emprestá-lo. “A medida contribuiu para a redução do custo total dos financiamentos do banco, favorecendo, dessa forma, novos investimentos na economia", afirma a nota.
O patrimônio líquido do sistema BNDES totalizou R$ 25,3 bilhões, o correspondente a um patrimônio de referência de R$ 42,5 bilhões em 31/12/2008. Um ano antes, esse patrimônio de referência não passava de R$ 41,5 bilhões. O patrimônio de referência é a base utilizada pelo Banco Central para estabelecer limites prudenciais que devem ser seguidos por todas as instituições financeiras. Quanto maior for o patrimônio de referência do BNDES, maior sua capacidade de conceder crédito. Os ativos totais do BNDES somaram R$ 277,3 bilhões ao final de 2008, alta de 36,8% em relação ao ano anterior. Deste total, 77,9% estão representados pela carteira líquida de financiamentos e repasses.
O resultado com participações societárias do banco ficou praticamente estável - R$ 6,1 bilhões em 2008, ante R$ 6 bilhões no ano anterior. Destacaram-se a alienação de títulos e valores mobiliários, no montante de R$ 4,6 bilhões, derivado da venda de participações societárias de ArcelorMittal, CSN e Aços Villares. Finalizada no segundo trimestre de 2008, o negócio tem resultados brutos somados que representaram 79,3% do total obtido no exercício de 2008 com alienações.
A receita de dividendos e juros sobre o capital próprio somou R$ 2,1 bilhões, com destaque para Petrobras (R$ 700 milhões). Foi feita ainda provisão de R$ 700 milhões para perdas em investimentos, mediante estudo realizado pela área de Mercado de Capitais do BNDES. O nível de inadimplência representou 0,15% da carteira total. Segundo o BNDES, a crise financeira não afetou a qualidade da carteira, sendo que 98,2% do total dos créditos concedidos foram classificados entre os níveis de risco AA e C.
O índice de exposição ao setor público ficou 17,1%, abaixo dos 45% limitados pelo Banco Central. O balanço do banco informa ainda, que foram captados R$ 22,5 bilhões junto ao Tesouro Nacional e R$ 7 bilhões em recursos do FGTS, para complementar o orçamento do banco. No ano passado, o BNDES liberou um volume recorde de R$ 92 bilhões para financiamentos. O BNDES fez ainda saldo de provisão para risco de crédito de R$ 4,6 bilhões. Segundo o banco, o valor equivale a 13,9 vezes a carteira de créditos inadimplentes. "Isso significa que o montante provisionado é mais do que suficiente para cobrir possíveis perdas com créditos inadimplentes", completa o banco, em comunicado.


Madri/Espanha
Fundo do Santander pede congelamento de resgates por falta de dinheiro
Um fundo de investimentos imobiliários do banco espanhol Santander pediu na segunda-feira, às autoridades da Bolsa de Valores espanhola, que congelem durante dois anos a devolução das somas devidas aos investidores porque não dispõe de dinheiro suficiente para atender aos pedidos de resgate. "O valor dos reembolsos solicitados pelos participantes do fundo até 13 de fevereiro de 2009 chega a 2,617 bilhões de euros, o que representa 80% do patrimônio do Fundo no final de janeiro", segundo comunicado do Santander à CNMV - Comissão Nacional do Mercado de Valores. "O fundo carece atualmente de liquidez [oferta de dinheiro] necessária para enfrentar o pagamento integral do citado valor", destacou Santander Real Estate, filial do Santander, responsável destes fundos. O Santander pediu autorização à CNMV para "suspender o reembolso das participações por um período de dois anos", segundo o documento. No início deste mês, o ministro espanhol da Indústria, Miguel Sebastián, afirmou que
os bancos "são os principais culpados desta crise", e que o governo está perdendo a paciência com as entidades financeiras pelas restrições ao crédito. "Todos temos que fazer alguma coisa. A começar pelos bancos, que são os responsáveis e têm que ser os protagonistas para sair da crise. Têm que fazer um exercício de responsabilidade neste país e ampliar a situação do crédito", disse. (Agência France Presse/AFP)

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AGRONEGÓCIOS

Curitiba/PR
Abrafrigo diz que redução no preço do boi não chega ao consumidor
Levantamento divulgado na segunda-feira, pela Abrafrigo - Associação Brasileira de Frigoríficos -, aponta que a queda nos preços do boi que vem ocorrendo há alguns meses, tanto para o produtor como no atacado, não está chegando ao consumidor final e que, em alguns tipos de cortes, os preços estão sendo elevados e seguindo o caminho contrário. Segundo o levantamento da associação, o preço da arroba do boi, tomando como base o Paraná (Maringá), em 15/9 passado, atingiu a R$ 88,00 e em 12/02/2009 estava cotado a R$ 75,00, com queda de quase 15%.
Nos preços praticados pela indústria (o atacado), houve algum reflexo dessa redução e queda diferenciada nos valores dos cortes. No coxão mole houve redução de 2,6% no quilo do produto entre 15/9 e 12/02, e caiu de R$ 7,70 para R$ 7,50. No patinho, a queda foi de quase 20%, com o preço do produto caindo de R$ 7,60 para R$ 6,60. Estes são dois dos cortes mais consumidos no país.
“Na hora destes novos preços serem repassados ao consumidor isso não está acontecendo porque os supermercados, responsáveis pela comercialização de 70% da carne consumida no Brasil, elevaram ou no mínimo, mantiveram brutalmente suas margens que eram, em médias históricas, entre 20% e 60% para mais de 100%”, afirma o presidente da Abrafrigo, Péricles Salazar. “E essa situação ocorre em todo o país porque o comportamento geral do varejo é o de realizar alguma promoção chamativa de um único produto e da manutenção de preços elevados em todos os demais cortes”, completa.
Ainda tendo como referência os dois cortes mais consumidos no país - os preços praticados no varejo para o coxão mole, por exemplo, subiram 9,7% no período analisado, saindo de R$ 13,63 o quilo em 15/9 para R$ 14,96 o quilo em 12/02/2009; no patinho o comportamento foi idêntico: em 15/9 o quilo no varejo valia R$ 12,94 e em 12/02/2009 atingiu R$14,39, acumulando alta de 11,2%.
“Pelos dados obtidos pela Abrafrigo, a margem de lucro do varejo em 15/9 passado, era de 77% para a comercialização do coxão mole e ela foi elevada para 99% até 12/02/2009; no patinho, a margem que era de 70% em 15/9, foi elevada para 121% em 12/02/2009”, explica Péricles Salazar.
“Isto significa dizer que não adianta nada os preços caírem na esfera do produtor, se na ponta do varejo não reduzem na mesma proporção para o consumidor. A política de preços praticada pelo grande varejo penaliza toda a cadeia produtiva, especialmente os produtores e os consumidores. Ocorre o mesmo no preço do barril de petróleo que baixou de US$ 104 para menos de US$ 40 hoje e o preço da gasolina na bomba continua o mesmo para o consumidor. Isto é o que está acontecendo na carne”, finaliza Péricles Salazar. (Assessoria de Imprensa Abrafrigo)

São Paulo/SP – Da redação
Investir na produção avícola garante retorno ao produtor rural
A crise econômica mundial, que recentemente abalou – e, devido as suas fortes consequências, ainda abala – muitos setores da indústria, deixou uma certeza: investir na avicultura é uma garantia de segurança para o pequeno produtor rural. No campo, algumas lavouras, como as de milho e soja, se mostraram bastante suscetíveis aos efeitos da crise, mas quem aplicou seu dinheiro na construção de aviários teve um retorno garantido ao final do mês. De acordo com dados da SEAB - Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado do Paraná -, cada vez mais produtores rurais estão se dedicando à produção de frango de forma integrada, isto é, com subsídio das indústrias avícolas no Paraná. Em agosto de 2000, havia 5.810 aviários cadastrados pela SEAB no estado; hoje eles somam 11.465, o que representa um aumento de 50,6% em apenas oito anos. O número de granjas dobrou em menos de uma década, impulsionado pelo boom da avicultura.
Para Aguinaldo Bulla, gerente de expansão e integração do Grupo Frangos Canção, maior abatedouro de aves de Maringá, no Norte paranaense, cresceu a segurança do pequeno produtor para investir. “Hoje, graças aos aumentos de limite de crédito, que ainda não são os ideais, mas já ajudam muito, os produtores podem colocar o dinheiro no frango sem o risco de acumular prejuízos em virtude de um período de seca ou de chuvas intensas”, explica.
Este aumento de limite de crédito rural, citado por Bulla, foi regulamentado no segundo semestre do ano passado, quando entrou em vigor o atual “ano agrícola” (período de safra, que começa em julho de um ano e vai até junho do ano seguinte), com o Plano Safra da Agricultura Familiar 2008/2009, lançado pelo Governo Federal. O pacote de auxílio financeiro destina R$ 13 bilhões em crédito aos pequenos produtores rurais atendidos pelo Pronaf - Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar –, são R$ 8 bilhões a mais do que o previsto para o ano agrícola 2007/2008. Com esta injeção de crédito, as cotas de financiamento para o pequeno produtor rural interessado na construção de um aviário, passaram de R$ 200 para R$ 250 mil por pessoa (CPF) e prazo de 8 anos para pagamento, sendo que 2 anos e meio são de carência.
O aumento do limite estimula estas famílias, que com o teto de crédito anterior não tinham condições de ingressar no promissor segmento avícola. Entretanto, Bulla defende um novo ajuste, com novos limites e prazos em razão da dinâmica da economia mundial. “Acreditamos que o Governo Federal poderia ter aumentado ainda mais este limite, pois com os efeitos da crise, alguns materiais para a construção e manutenção dos barracões das granjas, como alumínio e custos com água e energia, ficaram mais caros. No momento, R$ 280 mil, com prazo de 11 anos para quitar o financiamento e uma carência de 4 anos seria o ideal”, acrescenta Bulla.
Convir -
Antiga reivindicação dos empresários do setor avícola, em função do crescimento dos custos dos insumos vivido pelo setor, este maior limite de crédito chega até o pequeno produtor por meio do CONVIR – Convênio de Integração – oferecido pelo Banco do Brasil, seguindo as regras do Prodeagro - Programa de Desenvolvimento do Agronegócio -, com recursos do BNDES e Pronaf.
Até o início de 2009 já foram creditados 87 financiamentos por meio do CONVIR de forma integrada com o Grupo Frangos Canção. Os pequenos produtores, inclusive, já estão com os aviários em funcionamento. E ainda há outros 56 pedidos de financiamento protocolados, apenas aguardando a aprovação das linhas de crédito. “Outra prova de que o investimento na avicultura é muito seguro, é o número de pedidos de aprovação de aviários. Nós precisávamos de mais 51 granjas para atender nossa demanda atual, mas algumas aprovações ficaram somente para o próximo ano agrícola, que começa em julho”, conta Bulla.
Com os 87 aviários já em funcionamento pelo convênio do CONVIR, o Grupo Frangos Canção aumenta o seu abate diário em 70 mil aves – hoje o abate da empresa é de 160 mil aves/dia. “Sem dúvida, temos espaço para mais granjas, mas é fato que o CONVIR está impulsionando o crescimento do Grupo, pois gera novos empregos e melhora a renda do produtor rural, nosso parceiro comercial”, finaliza o gerente.

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SETOR AUTOMOTIVO


Tóquio/Japão
Nissan vai suspender produção por cinco dias em fevereiro

A Nissan anunciou hoje pela manhã, dia 17/2, a suspensão da produção durante cinco dias em fevereiro para reduzir em até 20% o salário dos funcionários de suas três fábricas no Japão. A decisão sucede o
corte de 20 mil empregos em todo o mundo como resultado do primeiro ano de prejuízo da companhia em quase uma década. O terceiro maior fabricante de veículos do Japão planeja implementar no ano fiscal de 2009 (que começa em abril) um programa de divisão de trabalho para manter o número de empregados fixos, reduzir os pagamentos e o número de horas de trabalho.
O fabricante japonês já tinha anunciado a suspensão de produção em suas fábricas nacionais entre nove e 13 dias, em fevereiro e março, para fabricar 64 mil unidades menos do que agora. Novas paralisações da produção estão previstas para março. A Nissan estuda tomar estas medidas para atenuar os efeitos negativos da crise econômica que a obriga a reduzir a produção perante a queda da demanda. Na semana passada, a empresa anunciou que deve ter um prejuízo de 265 bilhões de ienes (US$ 2,9 bilhões) para o ano fiscal de 2008-2009 (que termina em março deste ano).
Segundo a agência de notícias Associated Press, a última vez que a Nissan registrou perdas foi em 2000, antes da fusão com a francesa Renault que colocou Ghosn para resgatar a japonesa da falência. "Em 1999 nós estávamos sozinhos, mas em 2009 estamos todos juntos", disse Ghosn sobre a crise financeira durante a divulgação das previsões da empresa nesta segunda, em Tóquio (Japão).
No mês passado, a Honda Motor, segunda maior fabricante japonesa de automóveis, anunciou a demissão de 3.100 funcionários temporários no Japão e um novo corte da produção, em consequência da crise econômica. As empresas japonesas já anunciaram mais de 85 mil cortes de empregos neste ano, devido aos efeitos da crise global. O anúncio mais recente desse tipo foi feito hoje pela Pioneer, que informou que vai eliminar 10 mil empregos, o que eleva o total de cortes apenas no setor de tecnologia para mais de 62 mil. (Agências Efe e Associated Press)

Zaragoza/Espanha
GM tem de separar marcas para evitar demissões, diz sindicato europeu
O comitê europeu sindical da General Motors afirmou na segunda-feira, que o
plano de viabilidade elaborado pela montadora de automóveis multinacional "não é viável" e que a empresa deveria separar suas marcas. Segundo o comitê, órgão sindical que representa todos os centros de trabalho da companhia na Europa, a "única opção razoável e possível" para "não destruir as operações" da GM na Europa e evitar possíveis demissões maciças, é separar as marcas Opel-Vauxhall e Saab. De acordo com ele, o plano de viabilidade da GM pode levar a Opel e a Saab a "demissões maciças e, provavelmente, o fechamento de várias fábricas". Segundo o sindicato, sua aplicação levaria ao "colapso da Opel-Vauxhall em um prazo de ano e meio". A representação sindical afirmou que "apoia ativamente" o pedido de avais aos governos europeus, mas lembrou que isso exige o desenvolvimento de "um modelo sustentável e viável de negócio que requer investimentos".
Demissões - Na semana passada, a GM anunciou um
plano de demissão voluntária que foi oferecido a seus 62 mil funcionários que são filiados ao UAW - United Auto Workers, principal sindicato do setor. A direção da GM espera que pelo menos 11 mil desses funcionários aceitem o pacote preparado para incentivar a saída da empresa, que consiste em US$ 20 mil de indenização e um bônus de US$ 25 mil para a compra de um novo veículo. A oferta deverá permitir aos funcionários enquadrados nas condições propostas, deixar o grupo até 01/4l. Também na semana passada, a GM informou que vai cortar 10 mil postos de trabalho em 2009 - 13,7% de sua força de trabalho - como parte do plano. Só nos EUA, cerca de 3.400 dos 29.500 cargos administrativos, devem ser fechados - a expectativa é que os cortes ocorram até maio. No sábado, o "WSJ" informou que a GM estuda pedir mais dinheiro à Casa Branca ou declarar falência. Por sua parte, o serviço de informação financeira e econômica pela internet UAW - MarketWatch afirmou que o Sindicato de Trabalhadores do Automóvel - retirou as concessões que tinha feito em suas negociações com a GM, e as conversas foram suspensas.
Força-tarefa - Nos EUA, o presidente Barack Obama vai criar uma
comissão especial, que reunirá representantes de diversos órgãos do governo, para supervisionar a reestruturação do setor automotivo americano, descartando assim, a possibilidade de nomear um "czar dos carros" para executar essa tarefa, segundo reportagem desta segunda-feira do diário americano “WSJ”- "The Wall Street Journal". O secretário do Tesouro, Timothy Geithner, e o presidente do Conselho Econômico Nacional, Lawrence Summers, liderarão a nova comissão, segundo a reportagem. A decisão de Obama de renunciar à ideia de seu antecessor, George W. Bush, de nomear um "czar" para fazer a mediação entre governo, indústria automotiva, sindicatos e outras partes envolvidas, foi conhecida na véspera da apresentação por parte das companhias de suas propostas para a reestruturação do setor. (Agência Efe)

Paris/França
Grupo ING anuncia que deixará a Renault e a F-1 no fim de 2009

O grupo bancário e de seguros holandês ING, patrocinador da escuderia Renault de F-1, anunciou na segunda-feira, que não renovará o contrato que tem com a equipe francesa, que vai até o fim de 2009, e abandonará a categoria ao final da temporada. "Seguindo com o programa de redução de custos anunciado recentemente, a ING confirma hoje que não renovará o contrato de patrocínio de três anos (2007-2009) assinado com a Renault F1 e que encerra sua participação na F-1 na temporada 2009", anuncia o grupo em um comunicado. O ING reduziu em 40% os investimentos na F-1 em 2009, acrescenta a nota. O banco e seguradora anunciou em 26/01 a demissão de 7 mil funcionários em todo o mundo em 2009, em um plano de redução de gastos. O ING, um dos 20 maiores bancos do mundo em capitalização, com 85 milhões de clientes, não revelou o valor do investimento no patrocínio. (Agência France Presse/AFP)

Londres/Inglaterra
BMW anuncia 850 demissões no Reino Unido
A fabricante alemã de veículo BMW anunciou na segunda-feira, que demitirá 850 funcionários em sua fábrica de Mini em Cowley, perto de Oxford/Reino Unido, a partir de 02/3. A medida afetará os funcionários que trabalham nos fins de semana. A partir dessa data, a fábrica funcionará cinco dias por semana com duas equipes, ao invés de três. A BMW informou que os sindicatos participaram nas discussões que levaram à decisão. Um terço dos 4.500 funcionários de Cowley são trabalhadores temporários e temem não receber indenizações pela demissão. "O governo deve agora, adotar medidas drásticas para respaldar a indústria automobilística e estimular as pessoas a comprar carros", afirmou Derek Simpson, um dos dirigentes do sindicato Unite. "Os bancos devem voltar a conceder créditos, ou vamos direto para uma catástrofe", completou. (Agência France Presse/AFP)

São Bernardo do Campo/SP
Mercedes-Benz abre PDV para mil aposentados em SP
A unidade da montadora Mercedes-Benz de São Bernardo/São Paulo, abriu ontem à tarde, dia 16/02, um PDV - plano de demissão voluntária - para os aposentados que continuam trabalhando na empresa, segundo informações do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. De acordo com a unidade, há cerca de 1 mil funcionários nestas condições e que poderiam aderir ao programa. O sindicato informou, no entanto, que não há meta a ser atingida, o que considerou como um fator positivo. As inscrições para o PDV vão até 13/3. Os trabalhadores aposentados que aderirem ao plano receberão quatro salários.
Acordo - O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e de Mogi das Cruzes informou que chega a 24 o total de acordos formalizados entre trabalhadores e empresas, com o objetivo de preservar 16,3 mil empregos. Na semana passada, foram fechados mais seis acordos. Em todos eles, os trabalhadores concordaram com a redução da jornada de trabalho em 20%, com variações na diminuição do salário e do período de estabilidade. Os metalúrgicos da MTU do Brasil vão ter um corte de 17% nos salários, sendo fixado um mínimo de R$ 1,5 mil, e estabilidade por três meses.
Na Parker Hannifin a redução é de 12% no salário e a estabilidade também, é de 90 dias. Na Multek Brasil, o corte salarial é de 10%, e a estabilidade, de 60 dias. Na Higval Indústria e Comércio, o salário ficará 16% menor, e a garantia temporária de emprego foi definida em 60 dias. Na Metalúrgica Mauser e na Combustol Metalpó, o salário será reduzido em 17% e os trabalhadores terão dois meses de estabilidade.
Segundo o sindicato, a estabilidade temporária foi inserida em todos os acordos, com períodos que variam de 45 a 180 dias. No comunicado, a entidade destaca ainda, que "cada acordo resulta de um processo de negociações que conta com a participação de trabalhadores das empresas e uma equipe de advogados, técnicos, economistas do Dieese - Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos - e diretores do sindicato". As empresas precisam comprovar as dificuldades e queda de produção, segundo o sindicato.
Acordos prevendo flexibilização já atingem cerca de 40,6 mil trabalhadores do setor metalúrgico no Estado de São Paulo, desde o início da crise econômica global. Eles são funcionários de 66 empresas que adotaram, com a aprovação dos sindicatos, medidas como banco de horas e redução de jornada de trabalho com encolhimento proporcional do salário.
Algumas das empresas da lista são
Rayton Industrial, Aleo Sistemas Automotivos (faróis e lanternas), Samot, Sabó, Olimpus (alarmes e antenas), Novex e MWM. Outras 604 metalúrgicas paulistas - que empregam cerca de 167,9 mil pessoas - procuraram os sindicatos pedindo a abertura de negociações visando flexibilização.
Polêmica - Dentro da discussão, os lados discordam ainda sobre a garantia de estabilidade do emprego. As empresas dizem ser impossível garantir a manutenção das vagas, enquanto os trabalhadores afirmam que sem esta prerrogativa não é possível sequer iniciar alguma conversa. As centrais sindicais defendem ainda, a redução da contribuição ao INSS - Instituto Nacional do Seguro Social - por parte das empresas, para evitar mais demissões no setor produtivo. Nesse contexto, a
CNI - Confederação Nacional da Indústria - e o presidente da Fiesp - Federação das Indústrias do Estado de São Paulo -, Paulo Skaf, apoiam a redução da jornada de trabalho e de salários para evitar demissões no país. Ele adverte, no entanto, que um possível acordo não vai garantir estabilidade do emprego - o que foi repudiado pelas centrais sindicais, inclusive a Força Sindical, que chegou a aceitar a medida.

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COMÉRCIO EXTERIOR


Brasília/DF – Da redação
Exportações brasileiras sobem 9,5% na 1ª quinzena de fevereiro e balança volta a ficar positiva
As exportações brasileiras apresentaram recuperação na primeira quinzena de fevereiro, em relação ao resultado de janeiro, e o saldo no acumulado do ano voltou a ficar positivo. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, as vendas do Brasil para o exterior nesse período somaram US$ 5,101 bilhões (média diária de US$ 510,1 milhões). O resultado representa uma alta de 9,5% em relação à média de janeiro, mas ainda está 24,3% abaixo do registrado em fevereiro de 2008. As importações somaram US$ 4,405 bilhões nas duas semanas do mês, com uma média diária de US$ 440,5 milhões. O número é 10,2% inferior ao valor de janeiro deste ano e 30% menor que a média de fevereiro de 2008. O saldo comercial acumulado no mês (diferença entre exportações e importações) é de US$ 696 milhões. Pelo critério da média diária, esse valor foi 55,6% maior que o verificado nos 19 dias úteis de fevereiro de 2008. Sobre o desempenho de janeiro, houve um crescimento de 379%.
Apenas na semana passada, a balança registrou exportações de US$ 2,361 bilhões e importações de US$ 2,136 bilhões. A diferença entre os dois números representa um superávit de U$ 225 milhões. A queda nas exportações em janeiro levou a balança comercial brasileira a registrar o primeiro déficit mensal em quase oito anos.
Ano - No acumulado do ano, a balança comercial apresenta um saldo positivo de US$ 172 milhões. Isso significa que as exportações superaram as importações no período. Apesar de estar no azul, pelo critério da média diária, o superávit caiu 91,3%, em relação ao mesmo período de 2008. No ano, as exportações brasileiras somam US$ 14,883 bilhões, número 22,3% menor que o verificado no mesmo período de 2008. As importações caíram 14,3% na mesma comparação e somam US$ 14,711 bilhões.

São Paulo/SP
Exportação de couro cai 60%, para US$ 73,63 milhões
As exportações brasileiras de couros movimentaram US$ 73,63 milhões no primeiro mês do ano, queda de 60% em comparação ao mesmo mês do período anterior, segundo dados elaborados pelo CICB - Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil -, com base no balanço da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O presidente do CICB, Luiz Bittencourt, disse que a queda nas exportações é reflexo da escassez de crédito provocada pela crise financeira internacional. "Além disso, o desempenho do setor é constrangido pelas altas taxas de juros, burocracia excessiva, precariedade do sistema de infraestrutura, e, principalmente, falta de capital de giro", afirmou.
Segundo Bittencourt, o setor reivindica iniciativas para revitalizar o segmento, como reajuste no Revitaliza (programa do Governo Federal que concede linhas de financiamento a capital de giro, investimento e exportação) e agilização nos ressarcimentos de créditos retidos nas exportações. "Nessa época de incertezas, crédito escasso e negócios reduzidos, o que os setores produtos precisam é de capital de giro", afirma o presidente do CICB.
Os principais destinos do couro brasileiro em janeiro foram: a China e Hong Kong, ambos com US$ 25,5 milhões (34,58% de participação); Itália, com US$ 20,8 milhões (28,42% de participação); e EUA, US$ 4,5 milhões (6,15%). A Índia foi um dos mercados que mais cresceu em janeiro (205%), somando US$ 1,04 milhão, além do Peru (106%) que importou US$ 49,12 mil. O México foi outro país que aumentou 36% as compras do produto nacional, totalizando US$ 3,4 milhões. (Agência Estado)


São Paulo/SP
Abiquim: importação de químicos cai 23,7% em janeiro

A desaceleração da economia mundial afetou o ritmo de negócios da indústria química nacional no primeiro mês de 2009. As importações apresentaram retração de 23,7%, ante o mesmo mês de 2008, para US$ 1,9 bilhão. As exportações brasileiras somaram US$ 614,7 milhões em janeiro, com queda de 34,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Com isso, o déficit comercial do setor ficou em US$ 1,3 bilhão, ou 17,5% menor que o registrado em janeiro de 2008, segundo dados da Abiquim - Associação Brasileira da Indústria Química.
Na comparação com dezembro, os indicadores da indústria química, também apresentaram encolhimento em janeiro. As importações caíram 14,2%, enquanto as exportações recuaram 26,4%. Segundo a Abiquim, além da desaceleração econômica, outro fator preponderante para os fracos resultados do setor, foi à restrição ao crédito no mercado mundial. A indústria brasileira também reduziu as importações e exportações quando considerados os volumes negociados. As vendas internacionais somaram 681,4 mil toneladas de produtos químicos, uma queda de 19% em relação a janeiro de 2008 e de 31,1%, em relação a dezembro do ano passado. Já as importações totalizaram 1,2 milhão de toneladas em janeiro, queda de 55,7% em relação a janeiro de 2008 e de 9,8%, em relação a dezembro do ano passado.
O principal destaque da balança exportadora foi o segmento de resinas termoplásticas, com vendas de 114,8 mil toneladas (US$ 96,5 milhões). O volume representa uma alta de 32,5% em relação a janeiro de 2008 e de 28,5%, sobre dezembro do ano passado. Na ponta importadora, o segmento mais representativo continua sendo a área de intermediários para fertilizantes, com importações de 299 mil toneladas (US$ 156,2 milhões). O montante representa queda de 77,8% frente a janeiro de 2008 e de 24,8%, sobre dezembro do ano passado.


Brasília/DF
Brasileiros e russos discutem comércio bilateral de trigo e carne suína
Técnicos da Secretaria de Defesa Agropecuária, do Ministério da Agricultura, e do Serviço Veterinário russo se encontrarão até a próxima sexta-feira, 20/02, para tratar de questões comerciais entre os dois países. A principal questão a ser tratada é a liberação da compra do trigo russo, à medida que os argentinos, principais fornecedores para o mercado brasileiro, terão queda brusca da produção e não terão como suprir as necessidades brasileiras do produto. Um grupo de trabalho brasileiro das áreas animal e vegetal, já está em Moscou e tentará, entre os principais objetivos, ampliar as exportações de carne suína a Rússia. No fim do ano passado, o governo russo impôs cota às importações desse tipo de carne, reduzindo as exportações brasileiras para aquele país em 50 mil toneladas. O governo brasileiro pretende usar a importação do trigo como moeda de troca para o fim da retaliação. Em relação à cota imposta pelos russos, o presidente da Abipecs - Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína -, Pedro de Camargo Neto, disse em nota que "neste momento de crise, não podemos ver o comércio se restringir ainda mais, com alterações políticas em regime de acesso ao principal mercado brasileiro”. (Agência Brasil)

São Paulo/SP
Exportações de suínos se recuperam e sobem 30%

As exportações de carne suína em janeiro tiveram um forte crescimento em comparação ao mesmo período do ano passado. As vendas externas somaram no mês passado 37,8 mil toneladas, volume que supera em 30,4% os embarques registrados no mesmo período de 2008, de 28,9 mil toneladas. Em receita, o crescimento observado no mês passado, foi de 12%, passando de US$ 67,2 milhões em janeiro de 2008 para US$ 75,3 milhões neste ano. As exportações de janeiro, também representaram um crescimento de 21,6% em volume e de 0,5% em receita, em comparação às vendas de dezembro, informou a Abipecs - Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína.
"É, porém, muito cedo para falar do futuro. A queda em novembro e dezembro, resultado da crise que afetou os principais mercados de destino da carne suína brasileira, e a tragédia climática no porto de Itajaí, certamente reduziram os estoques do produto nacional nos países consumidores. Agora o fluxo pode estar se regularizando. Mas é preciso aguardar as próximas semanas para verificarmos se o comportamento da demanda externa se manterá estável", disse em nota Pedro de Camargo Neto, presidente da Abipecs.
No caso da Rússia, maior cliente do Brasil e um dos responsáveis pelas fortes quedas registradas no final do ano passado, as exportações de janeiro tiveram um crescimento expressivo. No mês passado, foram vendidas 14,6 mil toneladas para aquele mercado, desempenho que supera em 62,2% o resultado de janeiro de 2008. A receita com as vendas para a Rússia teve um crescimento de 9,6%, passando de US$ 27,2 milhões para US$ 29,8 milhões no mês passado.

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MERCADO DE TI

Nova Iorque/EUA
Satyam está em busca de compradores
De acordo com reportagem publicada pelo Wall Street Journal, a Satyam está considerando aceitar propostas de compra. A empresa vem lutando para se reerguer após a confissão de
fraude nos balanços contábeis feita por B. Ramalinga Raju, ex-chairman e fundador da prestadora de serviços. O conselho da companhia, nomeado pelo governo indiano, tem sido abordado por inúmeras organizações, afirmou em entrevista à publicação, A.S. Murty, atual CEO da Satyam. A empresa de engenharia e construção indiana Larsen & Toubro, que detém 12% de participação na Satyam, disse ter interesse em comprar a problemática companhia, segundo o jornal. Outras candidatas seriam a HCFL Technologies, o Hunduja Group, a Tech Mahindra e o Spice Group. Um dos maiores desafios de Murty está sendo manter a companhia funcionando até a conclusão de uma possível venda. A Satyam teve algumas dificuldades em realizar pagamentos no mês passado, e ainda está tendo suas finanças analisadas por conta da confissão de Raju. De acordo com o CEO, a empresa conseguiu um empréstimo de 130 milhões de dólares que vai ajudar a manter a Satyam trabalhando. Entretanto, um acordo de venda pode não sair tão cedo. Murty afirmou ao WSJ que não consegue dar um prazo para o processo de achar um comprador para a companhia.

Barcelona/Espanha
Accenture cria unidade de negócios focada em mobilidade
A Accenture anunciou ontem, dia 16/02, durante o
Mobile World Congress, em Barcelona, a criação de uma nova unidade de negócios voltada para mobilidade, batizada de "Accenture Mobility Operated Services". O objetivo é oferecer serviços que incluem o desenvolvimento, a entrega e o gerenciamento de aplicações de mobilidade. A unidade de negócios foi lançada na Itália e o objetivo é levá-la a outros países da Europa, além das Américas e da Ásia, ainda em 2009. O foco inicial serão os setores de comunicações, serviços financeiros, automobilístico, serviços públicos e varejo. A unidade de negócios terá uma equipe de especialistas com experiência em pesquisa, desenvolvimento, entrega e gerenciamento de soluções móveis. Em comunicado divulgado para a imprensa, Michele Marrone, diretora da nova unidade de negócios, comentou que provedores e empresas que estão usando e lançando avançadas aplicações móveis como forma de manter sua competitividade, devem colocar esses serviços à disposição do público em um ritmo acelerado e da forma mais econômica possível. Um dos diferenciais que a Accenture promete oferecer para este mercado, é o fato de sua plataforma de entrega das aplicações reduzir custos iniciais com infraestrutura e tecnologia da informação, além de diminuir os riscos e a complexidade de gerenciar múltiplas conexões com diversos fornecedores.

Porto Alegre/RS – Da redação
Advanced IT é especialista em SOA, BI, Infraestrutura e IDM pela Oracle
A Advanced IT, responsável por oferecer serviços e soluções voltadas para o gerenciamento, integração e compartilhamento de informações estratégicas, conquistou a certificação comercial e de implementação em SOA, BI, Infraestrutura da Oracle. Além disso, conquistou a certificação de comercialização da ferramenta o IDM. O resultado é que a empresa torna-se diferenciada no mercado, oferecendo inteligência em uma gama de soluções da Oracle.
A Certificação SOA que habilita a empresa a desenvolver projetos com Arquitetura Orientada a Serviços; o BI - Business Intelligence - que permite que a empresa possa coletar, organizar, analisar, compartilhar e monitorar informações que dão suporte a gestão de negócios; a Infraestrutura que habilita organizar a estrutura de TI e o IDM - Identity Management - que permite que a empresa gerencie identidades corporativas estando apto para trabalhar com o gerenciamento de ciclo de vida do usuário na empresa, como a entrada na empresa, acesso aos sistemas, níveis de acesso a informações, entre outros.
O processo de especialização, que teve a participação de 12 colaboradores da Advanced IT, segue treinamento baseado no Oracle University, estudo em conteúdo disponibilizado pela Oracle e realização de provas técnicas (vendas, pré-vendas e implementação) juntamente com alguns treinamentos presenciais.
O investimento pessoal de cada colaborador foi muito importante para a realização deste projeto. O tempo disponibilizado por eles permitiu com que a Advanced IT mantivesse a posição de especialistas em SOA e BI, já conquistados ano passado; e agora também, de Infraestrutura (módulo novo criado pela Oracle em 2008) e de IDM. Com isso, a Advanced IT, que incentiva a especialização de sua equipe e tem o domínio de comercialização e implementação dessas ferramentas, ganha um diferencial competitivo frente à concorrência, conquistando uma importante posição no mercado de TI.

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MERCADO ONLINE

São Paulo/SP – Da redação
Mercado de virtualização deve crescer 20% em 2009
O mercado mundial de
virtualização deve crescer 20% em 2009, de acordo com o Gartner. O faturamento total com software de virtualização deve ficar em 2,7 bilhões de dólares este ano, ante 1,9 bilhão de dólares em 2008, um crescimento de 43%. Segundo o instituto, a adoção da tecnologia pelas empresas será impulsionada pela necessidade de redução dos custos totais de propriedade (TCO), de aumentar a agilidade e a velocidade de distribuição da tecnologia e por questões ecológicas, como a diminuição das emissões de carbono. O Gartner estima que as vendas de desktops virtualizados, irão mais que triplicar, crescendo de 74,1 milhões de dólares em 2008 para 298,6 milhões de dólares, em 2009. O faturamento com software para gerenciamento de ambientes virtualizados vai aumentar 42%, saindo de 913,9 milhões de dólares em 2008 para 1,3 bilhão de dólares em 2009. As vendas de infraestrutura para virtualização de servidores devem crescer 22,5%, aumentando de 917 milhões de dólares para 1,1 bilhão de dólares em 2009. Segundo Alan Darley, diretor de pesquisas do instituto, o gerenciamento de virtualização de servidores será a fonte primária de crescimento do mercado de virtualização, pois a funcionalidade de software hypervisor - chave para virtualizar um servidor - é transferida rapidamente para o hardware.



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TELECOMUNICAÇÕES

Barcelona/Espanha
Fabricantes de celulares apostam em mercados emergentes
Operadores e fabricantes de tecnologias apresentam suas novas gerações de celulares no 4º Congresso Mundial de Telefonia Celular, aberto hoje em Barcelona, e no qual procuram fórmulas para enfrentar a crise econômica, que incluem produtos tecnologicamente "prudentes" e aposta nos mercados emergentes. Nos lançamentos, o presidente da Microsoft, Steve Ballmer, apresentou hoje os serviços com os quais tenta crescer no setor do qual é o terceiro colocado mundial em software.
O destaque vai para o Windows 6.5, que deve ser lançado no terceiro trimestre de 2009 e incluirá um serviço chamado My Phone, que permitirá aos usuários armazenarem mais facilmente contatos, calendários e fotos arquivados e transferi-los a outro celular se mudarem de aparelho, ou perderem ou forem roubados. Além disso, a Microsoft pretende ampliar sua participação na América Latina - onde já cresceu 160% no ano passado - a fim de enfrentar as duas concorrentes que estão na sua frente nesta parcela de mercado: Symbian, que opera quase todos os smartphones da Nokia e RIM, fabricante do BlackBerry.
Para isto, ela fará, durante a feira, acordos de colaboração com operadores de telefonia na América Latina, incluindo a Telefónica, para ampliar os serviços do Microsoft Live, como Hotmail e MSN Messenger em celulares na região. Já o presidente-executivo da Nokia, Olli-Pekka Kallasvuo, anunciou a criação de uma parceira com a Adobe, para dedicar US$10 milhões e acelerar a criação de conteúdos avançados para celulares.
Enquanto a Microsoft pensa em ampliar softwares populares em PCs para celulares, principal representante da LG, Skott Ahn, disse que aposta em lançar produtos "mais acessíveis" em 2009 para crescer nos mercados emergentes. Na mesma linha, J.K. Shin, principal executivo da divisão de comunicações da Samsung, afirmou hoje que seu grupo espera superar a crise mundial graças ao crescimento na Índia, na África e na China. Telefônica e Vodafone, porém, concentram-se hoje em expor novas tecnologias.
A primeira mostrou um roteador para conexão sem fio WIFI de até 5 dispositivos com tecnologia móvel e a segunda, uma conexão de dados por telefonia celular a 21,6 megabits por segundo, que só deve começar a vender somente em 2010, embora em seis meses já preveja o lançamento do serviço em 16,2 megabits. (Agência Efe)

Shenzhen/China
ZTE revela próxima geração de placas de dados
A ZTE Corporation, uma líder mundial no fornecimento de equipamentos de telecomunicações e soluções para redes, anunciou hoje, o lançamento de duas placas inovadoras que fazem parte da sua família de produtos de high speed packet access (HSPA - acesso de pacote de alta velocidade). O MF662 é uma placa de dados HSDPA+ compacta que oferece para os consumidores velocidades aprimoradas de dados, e o MF645 é uma placa de dados USB TV que viabiliza que a audiência veja TV digital em um laptop através de conexão de banda larga móvel. O MF662 foi projetado especialmente, para as redes HSPA+ - a evolução da atual tecnologia de rede 3G baseada em HSPA que permitirá que os usuários tenham uma conexão de banda larga móvel muito mais rápida. O adaptador oferece índices de download e de upload de até 21,6 Mbps (de 14,4 Mbps no HSPA) e 5,76 Mbps, respectivamente.
O MF645 da ZTE é a menor placa de dados para TV do mundo, e acredita-se ser a primeira placa de dados de plug-and-play do mundo. Este modem USB viabiliza que os consumidores vejam televisão digital em um computador ou laptop através de uma conexão 3G. Como o MF645 aceita um índice de download de até 7,2 Mbps, ele oferece para o usuário uma experiência semelhante a dos aparelhos de TV tradicionais. "HSPA+ é uma etapa importante na evolução da rede e trará menor custo de conexão, dando para os consumidores acesso a serviços inovadores e eficazes. E o mais importante, ele ajudará as transportadoras a testar as águas para os negócios da próxima geração de redes, abrindo as portas para o LTE", disse Zhang Yadong, gerente geral de placas de dados da ZTE Corporation. "A ZTE está reforçando a sua posição de liderança no mercado de HSPA com o lançamento de duas placas de dados inovadoras que irão oferecer para os consumidores uma experiência de usuário superior".
A emergência dos serviços de alta largura de banda como os de TV móvel, download de clipes de música e de filme para TV, jogos interativos em 3D com vários jogadores, e serviços de correio de alto volume, está estressando substancialmente a velocidade e a capacidade da rede. O HSPA+ abordará este desafio com a oferta de links de alto download e upload e maior capacidade.
A ZTE é a segunda maior fornecedora do mundo de placas de dados HSPA e já tinha vendido mais de 10 milhões placas de dados até o final 2008. A ZTE está fortemente focada em pesquisa e desenvolvimento (R&D), investindo 10% das suas vendas anuais em R&D e empregando uma equipe de 1.000 funcionários dedicados a R&D em centros em Xangai e Xi'an na China, e nos EUA e Suécia. Além disso, a ZTE é uma das poucas fabricantes com a capacidade de oferecer placas de dados 3G e WiMAX para HSDPA, HSUPA e HSPA+ como as placas de dados de multimídia ou modems integrados. As placas de dados da ZTE são vendidas mundialmente através das 20 principais operadoras móveis. (Agência PR Newswire)

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MERCADO DE LUXO


Nova Iorque/EUA
Na recessão, Saks investe em ternos de US$ 7 mil
Durante anos, os executivos da Saks Fifth Avenue cortejaram uma das coleções de trajes masculinos mais exclusivas do mundo. Eles foram até a Itália, onde trajes da Kiton são cuidadosamente costurados à mão e vendidos a lojistas em quantidades modestas. Gradualmente, uma seleção limitada de roupas passou a ser oferecida em lugares de Beverly Hills e Chicago. Finalmente, o sonho da Saks de abrir uma grande butique da Kiton em Nova Iorque se tornou realidade - a tempo para a pior recessão dos últimos 70 anos. A loja está prestes a descobrir quantos homens sobraram em Nova Iorque com o dinheiro, e a coragem, para pagar mais de US$7 mil por um terno exclusivo, ou até US$ 21.025 por uma versão de encomenda. Para os que se preocupam com o orçamento, os óculos de sol da Kiton podem sair por US$ 1.395. As calças por US$ 1.195. E os jeans? Apenas US$795. Hoje, a loja emblemática de Manhattan planeja revelar o que os executivos chamam de jóia do departamento masculino: uma butique de 185m² dedicada à grife de luxo italiana. A loja possui um piso de mármore Carrara e vista para o rinque de patinação no gelo do Rockefeller Center, perfeitos para o coquetel de 26/02 que a Saks oferecerá para seus principais clientes. A companhia não divulgou quanto está gastando com a abertura da butique. As pessoas no comando da Saks estão apenas um pouco encabuladas em apresentar roupas caras em um momento tão terrível. (A Saks, como muitas lojas, tem oferecido descontos de até 70% para mercadorias de alto padrão). "Essas decisões são tomadas com um planejamento significativo," disse Ronald L. Frasch, presidente e chefe de promoção de produtos da Saks. Ele enfatizou que não voltaria atrás na decisão mesmo se pudesse. "Uma loja como a Saks precisa ter os melhores produtos disponíveis", disse Frasch. "E realmente acredito que o homem que deseja se presentear de uma forma especial ainda exista." Em uma recessão, um varejista de luxo como a Saks anda no fio da navalha, tendo que diminuir os custos de operação para sobreviver à redução de gastos do consumidor e ao mesmo tempo, manter seu status como provedor de grifes de elite. Os números sugerem que muitos consumidores ainda estão usando ternos e vestidos do ano passado. Todas as grandes lojas de departamento, das mais luxuosas às mais populares, estão sofrendo quedas nas vendas, com o setor de luxo passando pelas maiores dificuldades. As vendas nas lojas Saks abertas a pelo menos um ano, um índice importante para medir a saúde do varejo, caíram 23,7% no mês passado. E a companhia eliminou 1,1 mil empregos, ou cerca de 9% de seus funcionários. O otimismo da Saks em relação à Kiton vem das vendas de sua coleção de outono, que foi em parte oferecida pela primeira vez em Nova Iorque no mês de junho. A companhia se recusou a fornecer números exatos, mas disse que as vendas da grife excederam suas expectativas - que eram altas, pois foram estabelecidas na primavera americana de 2008, muito antes da crise no comércio. "Tivemos uma primeira temporada muito impressionante com a coleção, disse Tom Ott, vice-presidente sênior e gestor geral de produtos para trajes masculinos e móveis para o lar da Saks. "Isso só mostra que no final das contas, o consumidor está buscando valor. E valor, não está apenas no preço." A Kiton - que emprega 330 alfaiates para a confecção de trajes à mão - produz apenas algumas milhares de peças por ano. São necessárias 25 horas para se confeccionar uma jaqueta. Fãs das roupas da Kiton, um grupo fiel, dizem que os trajes são macios, leves e primorosamente confeccionados. Eles dizem que os trajes têm o caimento de uma segunda pele. Um paletó pode supostamente ser esmagado no assento do avião em um vôo longo sem amassar. "É preciso ter uma certa renda para apenas chegar a considerar" a linha Kiton, disse Simon Collins, reitor de moda da Escola de Design Parsons. "Depois de vesti-la, você não consegue voltar atrás." Detalhes pequenos e caros de alfaiataria são a marca da grife. Diferente de muitos paletós, os da Kiton têm "mangas de cirurgião," ou botões que abrem nos punhos. Alguns consumidores deixam alguns botões abertos como um símbolo sutil de seu status. Mas Collins, que tem uma jaqueta da Kiton, descreveu isso como um hábito de mau gosto. "É algo que se faz por ostentação," ele disse. "É mais elegante abotoar tudo." Muitos funcionários da Saks visitam as fábricas da Kiton na Itália, sendo capazes de explicar aos clientes porque estão pagando tanto. Frasch espera que a nova loja se saia bem. Mas nem mesmos as lojas de luxo têm bolas de cristal. "Estamos jogando no escuro e isso pode ser dito sobre qualquer lojista do setor no momento," ele disse. Os números das vendas de roupas do SpendingPulse, um relatório da MasterCard Advisors, e de outros grupos mostraram que as roupas masculinas estão se saindo melhor que as femininas - uma tendência já verificada nas últimas crises econômicas, com homens passando a se vestir mais formalmente por medo, talvez, de perderem o emprego. Walter Loeb, presidente da Loeb Associates, uma consultoria do varejo, disse que embora a roupa masculina seja tipicamente um item opcional do orçamento familiar, mais homens estão usando ternos e gravatas hoje em dia. "Eles querem passar uma imagem de polidez e assumir o comando da situação," ele disse. "Nessa recessão em particular, na qual as pessoas já se sentem ameaçadas apenas pelas notícias de desemprego ao seu redor, é preciso tomar cuidado com o comportamento e a aparência." A loja da Kiton na Saks não é, no entanto, uma estratégia contra-intuitiva à recessão. Pelo contrário, ela é parte de uma renovação mais ampla do departamento masculino, que já acontece há mais de dois anos. Atrasos na construção e fabricação empurraram o lançamento para agora. E embora o momento possa ser desfavorável, Ott disse que a Saks está investindo na Kiton para o longo prazo. "Acho que já passamos por momentos difíceis antes na Saks Fifth Avenue," ele disse. Parte do negócio de artigos de luxo, talvez especialmente em tempos difíceis, é jogar com as fantasias dos consumidores. "Você sabe," Frasch disse, "todo mundo sonha". (ESPECIAL – The New York Times)

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TERCEIRO SETOR


Brasília/DF
O Restaurante ecológico chegou...

Brasil ganha primeira unidade da rede McDonalds da América Latina construída dentro da cartilha de construção sustentável. Eficiência energética, utilização da água da chuva, aquecimento de água por meio de energia solar e melhor aproveitamento de luz natural. Esses são alguns dos conceitos empregados pela equipe da Todescan Siciliano Arquitetura na construção do primeiro restaurante ecológico do McDonald’s na América Latina, inaugurado em dezembro, em Bertioga, no bairro de São Lourenço, litoral de São Paulo.
A obra seguiu vários conceitos de preservação ambiental, desde a escolha do material à conclusão. Na construção foi privilegiado o uso de materiais reciclados e recicláveis de baixo impacto ambiental, como tijolos de demolição, madeira com certificação de manejo florestal, tintas com solução à base de água, além de revestimentos de cerâmica feitos a partir de restos de lâmpadas fluorescentes. Materiais de fontes facilmente renováveis como o bambu, casca de coco e palha de arroz foram usados na decoração para criar divisórias e luminárias.
A área construída tem 310m² e possui amplos salões envidraçados, com pé-direito duplo para permitir maior aproveitamento da luz externa. A tecnologia de ponta (domótica) empregada na construção mede a ventilação no interior do restaurante e, sempre que ela for considerada suficiente, aciona o desligamento automático do ar condicionado, sem a interferência do ser humano. Toda a iluminação do salão é feita com lâmpadas tipo led, de baixo consumo de energia elétrica. Já a iluminação externa é feita com placas fotovoltaicas (energia solar).
A água da chuva será coletada para irrigar as mudas de mata nativa que fazem parte do projeto de paisagismo. Ainda na área externa, o projeto visa estimular o uso de veículos com energia limpa. Para isso, o estacionamento conta com um bicicletário e prioridade para vagas de estacionamento para carros híbridos.
Com essa nova medida, reafirmamos o compromisso mundial do McDonald's com o meio ambiente e nos colocamos, uma vez mais, na vanguarda do que há de mais avançado em construção, operação e manutenção de restaurantes em todo o mundo", diz Flávia Vígio, vice-presidente de Comunicação da Arcos Dourados, empresa responsável pela administração dos restaurantes da rede na maior parte da América Latina. A executiva ressalta que pesquisas realizadas indicaram que os novos restaurantes reforçarão os laços com os clientes: "Eles manifestam a preferência por empresas que se preocupam com a preservação do planeta e qualidade de vida das comunidades onde atuam".
SustentáveisA Arcos Dourados planeja instalar unidades dentro dos mesmos moldes também, na Costa Rica e Argentina. Como no Brasil, elas seguirão as normas da certificação internacional da Leed - Leadership in Energy and Enviromental Design - e estarão aptas a pleitear o selo da organização a partir do funcionamento.
"O novo conceito será implantado nas inaugurações dos novos restaurantes sempre que houver tecnologia, equipamentos e materiais disponíveis", informa Flávia Vígio. Entre as soluções adotadas, destaque para medidas para diminuir o consumo de recursos naturais, como a utilização de pisos de material reciclado, tinta ecológica, madeira certificada, proveniente de árvores extraídas de zonas de replantio e o uso de materiais ecológicos de fontes renováveis e de produção regionalizada, como pastilhas de casca de coco e de bambu. As unidades também terão equipamentos para captação da água da chuva e farão o melhor aproveitamento da luz natural.
As vantagens ambientais dos "restaurantes verdes" são significativas. Comparados a unidades similares, permitem uma redução de 14% do consumo de energia e de 50% do de água potável, representando uma economia de 50 mil KW e de 217 mil litros de água por ano. Contribui para essa diminuição o fato de a carga térmica instalada para refrigeração ser 25% menor e de a luz solar, responder por uma parcela de 2,5% do total da energia consumida. (ESPECIAL – Revista Responsabilidade Social)

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