I-Press.biz Economia & Mercado | Edição 113 | Ano I

Crise financeira já custou US$ 5 trilhões
As perdas com a crise financeira global já chega a US$ 5 trilhões, informou nessa quinta-feira, o presidente e fundador do Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab, que também, anunciou que a participação de líderes mundiais no próximo encontro, em janeiro de 2009, deverá ser recorde. O Fórum chegou a prever a crise no sistema financeiro em seu relatório anual de riscos, divulgado no início do ano. "Não sou dramaticamente pessimista quanto o futuro, apenas realisticamente pessimista", disse Schwab à agência de notícias France Presse, e acrescentou que a crise financeira fará com que a 39ª edição do evento, realizado em Davos/Suíça, seja a mais importante de sua história e tenha uma grande participação. A lista completa e confirmada de participantes será divulgada em janeiro. No dia 28/01, o encontro terá início com um discurso do primeiro-ministro russo, Vladimir Putin. O encerramento do evento está programado para 1/02. "O encontro irá focalizar na gestão da crise em curso e na formação de uma agenda pós-crise, de reforma econômica a mudança climática", diz um comunicado na página do Fórum na internet. A expectativa é de que compareçam ao evento 1.590 representantes do setor privado; 200 representantes de governos e organizações internacionais - segundo o comunicado, 41 chefes de Estado e governo já confirmaram presença; 140 representantes de instituições da sociedade civil; e 250 representantes de instituições de estudo e pesquisa. No início do mês passado, o FMI - Fundo Monetário Internacional - avaliou que as perdas dos principais bancos americanos e europeus com a crise, serão de
mais de US$ 1,4 trilhão, acima do US$ 1,3 trilhão que o diretor-gerente do Fundo, Dominique Strauss-Kahn, havia previsto semanas antes. Em abril, o fundo tinha calculado que o rombo não chegaria a US$ 1 trilhão. (France Presse)

Gerdau adia investimento de US$ 524 milhões na Argentina
A produtora de aço Gerdau afirmou nessa quinta-feira, que adiou um investimento de 524 milhões de dólares em uma nova siderúrgica na Argentina, que foi anunciado em setembro. A construção estava prevista para começar em novembro. Um representante da companhia não deu mais detalhes sobre o assunto, dizendo apenas que a Gerdau irá publicar uma nota, ainda nessa quinta-feira, com informações adicionais. A mídia local na Argentina reportou que a decisão de suspender os investimentos na expansão da usina de Santa Fé foi motivada pela crise global, que afetou a demanda por aço. De acordo com o anúncio anterior da Gerdau sobre o investimento, a nova usina seria instalada em Perez, na província de Santa Fé, a cerca de 5 quilômetros de uma usina já existente da subsidiária Sipar Gerdau. A previsão era de que a nova usina tivesse capacidade de produzir 1,1 milhão de toneladas de aço e derivados, até 2016.

Perdigão recebe R$ 283,7 milhões do BNDES para investimentos
A Perdigão informou nessa quinta-feira, que recebeu R$ 283,7 milhões do BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Em nota ao mercado, a empresa informou que o montante se refere "a projetos de investimentos de expansão de capacidade já realizados". Conforme a empresa, R$ 240,3 milhões dizem respeito a projetos de expansão de capacidade (principalmente em unidades industriais) e R$ 43,4 milhões, ao projeto de ampliação industrial de Nova Mutum/MT. Também ontem, a rival Sadia, informou à CVM - Comissão de Valores Mobiliários - que não está em negociações com a Nestlé, conforme publicado na imprensa. As ações preferenciais da empresa subiram ontem, 1,48%, para R$ 3,41. A Sadia, assim como a Aracruz, também
admitiu ontem, que foi alvo de ações coletivas ("class action") na Justiça americana por acionistas detentores de ADRs - American Depositary Receipts -, recibo de empresa estrangeira negociado em Nova Iorque.

Supermercados ignoram crise e esperam vendas 14% maiores no Natal
Setor pouco dependente do crédito, os supermercados ainda não acusaram os efeitos da crise financeira internacional. Em outubro, as vendas subiram 11,48% em relação ao mesmo período do ano passado e a expectativa, segundo pesquisa com 500 supermercadistas, é de aumento de 14% do faturamento na semana de Natal e Ano-Novo, na comparação com o ano passado. Para o mês de dezembro, a Abras - Associação Brasileira de Supermercados - projeta alta de 10% com as vendas de fim de ano. Segundo o presidente da entidade, Sussumu Honda, os reflexos da turbulência econômica só devem ser percebidos no primeiro trimestre de 2009. "Somos mais sensíveis à renda do que ao crédito. Alimento não é produto vendido a crédito. Mais de 90% das vendas de supermercados são pagas com cartão de débito, crédito e em espécie, todos considerados pagamentos à vista", disse Honda. Ele pondera também, que o setor de alimentos leva mais tempo para acusar o golpe de queda de vendas, uma vez que os consumidores dispensam primeiro o supérfulo ante uma crise. "O setor alimentar não se expande da mesma forma que o de veículos, por exemplo, no início de uma fase de crescimento da economia. Somos os últimos a entrar na festa e os últimos a sair dela", comparou.
Segundo ele, a queda na taxa de desemprego e o aumento dos rendimentos dos trabalhadores, mantiveram o setor distante dos prejuízos da crise financeira. Se as vendas reais (já descontada a inflação do período) cresceram 11,48%, em relação a outubro do ano passado, e 6,62% ante o mês anterior, no acumulado do ano, o setor não fez pior. Até outubro, a alta das vendas é de 9,19% - o melhor desempenho para os primeiros dez meses em seis anos, segundo a Abras. "A criação de empregos foi muito forte em 2007 e a massa salarial também cresceu. Isso é muito importante para o nosso setor. Por esses fatores, não estamos sentido a crise econômica. Fala-se muito de crise na mídia, mas na vida real, os números de venda não acusaram os efeitos", explica Honda.
O setor aguarda os primeiros reflexos da crise internacional para o início do próximo ano. Conforme Honda, "o faturamento já não deve se expandir como em 2008" e os preços podem subir, devido à alta do dólar, ainda que a tendência seja de estabilização. Para as compras de fim de ano, a expectativa é que os preços sigam estáveis. "A crise pegou o setor de importados já colocados. O momento da produção é anterior [à crise]. E a situação de estoque é boa. A médio prazo teremos algum impacto. Agora, não", disse Honda. Para ele, a pressão pode ser maior sobre produtos da época. "O segmento de bebidas tem impacto, mas é menor proporção, já que houve muita negociação com a indústria."

Petrobras já desembolsou R$ 9,5 bilhões em participações especiais em 2008
O valor pago pela Petrobras com a taxação sobre a produção dos principais campos da estatal cresceu 14,1%, no terceiro trimestre, na comparação com os três meses imediatamente anteriores, segundo dados da ANP - Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis. No terceiro trimestre, foram pagos R$ 3,7 bilhões. De janeiro a setembro, foram desembolsados R$ 9,5 bilhões apenas nas chamadas participações especiais. No terceiro trimestre, a cobrança da ANP levou em conta um preço médio de US$ 114,78 por barril, 5,4% abaixo do que foi observado no segundo trimestre. O dólar médio de compra no terceiro trimestre, incluído no cálculo da ANP, foi de R$ 1,67. A participação especial é uma compensação financeira extraordinária que incide em casos de grande volume de produção ou de grande rentabilidade, em determinados campos. São aplicadas alíquotas progressivas sobre a receita líquida da produção trimestral de cada campo. Em comunicado divulgado nessa quinta-feira, a Petrobras informa que vem tendo maiores gastos com impostos e taxas, especialmente em relação ao recolhimento de imposto de renda sobre o lucro e pelas participações especiais calculadas com base no alto preço do petróleo. Na nota, a Petrobras
justifica o empréstimo de R$ 2 bilhões, obtido junto à Caixa Econômica Federal, destacando a solidez do sistema financeiro internacional. A taxação especial incidente sobre o campo de Marlim, na bacia de Campos, tirou R$ 1,3 bilhão dos cofres da empresa de julho a setembro. Em seguida vem o campo de Roncador, também na bacia de Campos, cuja compensação somou R$ 1,2 bilhão no terceiro trimestre. Ao todo, foi paga participação especial sobre a produção de 20 campos. Os oito campos com maior arrecadação - Marlim, Roncador, Barracuda, Albacora Leste, Marlim Sul, Albacora Espadarte e Caratinga, todos em Campos - representaram cerca de 98% do total obtido.

Sadia e Aracruz são processadas na Justiça americana
As companhias Sadia e Aracruz admitiram nessa quinta-feira, que foram alvo de ações coletivas ("class action") na Justiça americana por acionistas detentores de ADRs - American Depositary Receipts -, recibo de empresa estrangeira negociado em Nova Iorque. A Sadia se limita a informar que "uma nova class action foi proposta no dia 26/11", por Donald Aston, contra a companhia, o presidente Luiz Fernando Furlan e os executivos Adriano Lima, Welson Teixeira Junior, Walter Fontana Filho e Eduardo Fontana D'Ávila. O comunicado ao mercado não esclarece os termos da ação e aponta que a companhia "manterá o mercado informado de quaisquer desenvolvimentos relacionados a esse assunto". Também informa que já tem advogados no exterior para prestar auxílio com relação ao assunto. A Aracruz afirma que tomou conhecimento, por meio de uma nota à imprensa de que um escritório de advocacia, denominado Saxena White, entrou com uma "class action" contra a companhia. "O objetivo da class action seria obter uma indenização por danos causados pela violação das leis norte-americanas de mercado de capitais, o que teria ocorrido com a realização das operações com derivativos cambiais, realizadas pela companhia", afirma a empresa brasileira. A companhia afirma que não foi notificada oficialmente, e que "tão logo disponha de maiores informações, prestará ao mercado e às autoridades regulatórias, os esclarecimentos devidos". Entre setembro e outubro, tanto Aracruz quanto Sadia, admitiram perdas bilionárias com operações de câmbio. A Sadia reconheceu prejuízo de R$ 760 milhões devido "à severidade da crise internacional e da alta volatilidade da cotação da moeda norte-americana", o que levou à substituição de Adriano Ferreira, diretor financeiro da empresa, por Welson Teixeira Junior, diretor de Controladoria e de Relações com Investidores. No caso da Aracruz, as perdas potenciais foram calculadas em R$ 1,95 bilhão. Os prejuízos levaram ao afastamento do diretor financeiro Isac Zagury.

Panasonic estima queda de 90% no lucro líquido de 2008
A Panasonic anunciou, nessa quinta-feira, 27/11, que o lucro líquido desse ano, sofrerá queda de 89% em comparação com 2007. A empresa, maior fabricante de
eletrônicos de consumo do Japão, espera que o lucro líquido em 2008, totalize 315 milhões de dólares, muito menos do que a previsão anterior de 3,2 bilhões de dólares. O total de vendas também foi revisado. A Panasonic estima queda de 6,6%. “A atual crise financeira originada nos EUA, se espalhou pelo mundo e os negócios estão sofrendo com isso. Sob essas circunstâncias, nossas condições estão caindo com força, além da competição de preços intensificada”, justifica a fabricante. Segundo o Wall Street Journal, a aquisição da Sanyo pela Panasonic, foi paralisada por um acionista, que achou a oferta muito baixa. (IDG News Service, do Japão)

Vinícola Salton consegue atingir metas estabelecidas para 2008
Com a expectativa de comercializar 4,630 milhões de garrafas de espumantes até o final de dezembro, um aumento de 20% em relação ao ano passado, a Salton fecha 2008 com motivos de sobra para comemorar. Maior produtora do país e líder na venda de espumantes, sendo responsável por mais de 40% do mercado nacional, a vinícola de Bento Gonçalves/RS, investiu no aumento da produção, aplicando mais de R$ 2 milhões em novos equipamentos e colhe os bons resultados. A venda da bebida já é responsável por 28% (R$ 50 milhões) do faturamento global da empresa. A demanda crescente no consumo de espumantes, também motivou a empresa a levar novidades para o seu público, como a linha de garrafas míni. Lançadas em julho, as versões 187ml do Salton Prosseco Night e Salton Moscatel, já surpreendem pelo sucesso, conquistado tanto pela qualidade do produto como pela praticidade oferecida: pequenas e com tampa rosca (screw cap), podem ser levadas e abertas com facilidade em todos os lugares. O espumante rosé brut Salton Poética segue a mesma tendência, e deve alcançar um incremento de 127% nas vendas em relação ao ano passado, num total de 130,2 mil garrafas. A venda do espumante Salton Moscatel, que se consagra principalmente entre o público feminino, deve chegar a 550 mil garrafas, frente as 378 mil comercializadas em 2007. Em se tratando de volume, o Salton Brut Tradicional e o Salton Demi-Sec devem liderar as vendas, com quase 2 milhões de garrafas. No embalo dos ótimos resultados de seus espumantes, a Salton apostou na releitura do vinho frisante e lançou a linha Salton Lunae, nas versões branco e rosé. “A boa aceitação desse produto pelos consumidores, que o estão preferindo em happy hours e eventos, em substituição aos frisantes italianos, por exemplo, tem mostrado o excelente investimento da empresa”, observa o diretor comercial da vinícola, Daniel Salton. A intensa procura aliada à confiança da Salton no produto motivou a entrada no mercado da segunda remessa do produto em outubro passado: 257.700 garrafas do Salton Lunae Branco e 182.700 do Salton Lunae Rosé – a primeira etapa de elaboração somou 42.300 garrafas de cada uma das versões. Para o diretor comercial da vinícola de Tuiuty, Daniel Salton, a qualidade dos espumantes e o aumento do dólar são fatores fundamentais para o sucesso de vendas da Salton. “Aumentamos nossa produção e nossas vendas. Isso significa que as metas estabelecidas para 2008, foram atingidas e, em alguns casos, até superadas. O momento é de comemoração.”

Shopping Center 3 cresce 30% no ano
O ano de 2008 foi de forte crescimento para o Shopping Center 3, localizado em São Paulo. Com uma média de expansão de 30% nas vendas e de 34% no volume de consumidores em relação ao ano passado, o centro de compras ultrapassou em outubro, o volume de vendas registrado em todo o ano de 2007. O Center 3 tem recebido uma média de um milhão de pessoas, mensalmente. O crescimento deve-se à revitalização do mall, que nesse ano, recebeu várias novas lojas, como Bob’s, Sampa in Stampa, Seletti, Gendai, Teppan, Go Fresh, Roasted Potato, Via Uno, Puket, Niewa Café, Havanna, Oi e Morana.

Novo blockbuster de James Bond é campeão absoluto de bilheteria no mercado internacional
A 22ª aventura do agente secreto James Bond, nos cinemas, 007 – QUANTUM OF SOLACE, mostrou, mais uma vez, ser a atual preferência do público no mercado internacional e seu poder de fogo para uma carreira histórica da franquia da Sony Pictures/MGM. O blockbuster estrelado por Daniel Craig, foi campeão absoluto pelo quarto final de semana consecutivo nos cinemas, fora dos EUA, ao registrar faturamento de US$ 40,6 milhões em 10.400 salas de 72 países, incluindo o Brasil. Incluindo o acumulado registrado de sexta-feira, 21/11, a domingo, 23/11, 007 – Quantum of Solage já atingiu a sexta maior bilheteria do ano no mercado internacional, onde o filme de Marc Forster faturou, até agora, mais de US$ 309 milhões em ingressos vendidos. No último final de semana, o novo blockbuster de James Bond registrou estréias espetaculares na Austrália (US$ 7,9 milhões), 44% superior à abertura de 007 – Cassino Royale (2006), e na Espanha (US$ 5,1 milhões), faturamento 36% maior do que o da estréia do filme anterior da série.
Nos países onde 007 – Quantum of Solage já havia sido lançado e emplacado recordes históricos da franquia, o filme continua sua fantástica e sólida carreira nos cinemas do Reino Unido, Alemanha, França, e outros territórios europeus. Na Suíça, por exemplo, com arrecadação acumulada de US$ 8,1 milhões, o blockbuster da Sony já se tornou a maior bilheteria do ano no país.
O novo blockbuster de James Bond, que estreou na maioria dos países há duas semanas, vai ser lançado na Nova Zelândia no próximo final de semana, restando, por fim, as estréias do filme na Venezuela e Uruguai, em dezembro, e no Japão, em janeiro de 2009. Tal como acontece no mercado internacional, 007 – Quantum of Solage continua trilhando sua carreira de sucesso nos EUA. Em apenas 10 dias em cartaz nos cinemas do país, o longa-metragem já ultrapassou a marca de US$ 100 milhões com a venda de ingressos. Com arrecadação acumulada de US$ 27,4 milhões no final de semana passado, o filme registra até o momento, uma arrecadação de US$ 109,5 nos EUA. E, com isso, a espetacular bilheteria chega a um total acumulado de US$ 418 milhões no mundo inteiro. Distribuído pela Sony Pictures do Brasil, 007 – Quantum of Solage está em cartaz nos cinemas de todo o país.


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ESPECIAL – Santa Catarina


Indústrias de SC querem linha de crédito de R$ 500 milhões para reparar danos
A Fiesc - Federação das Indústrias de Santa Catarina - propôs ao governo federal a criação de uma linha de crédito para capital de giro no valor de R$ 500 milhões, para atender as empresas que utilizam gás natural. O recurso poderia ser liberado pelo BNDES. O pedido foi encaminhado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pretende atender as dificuldades das indústrias com a falta do combustível. Com as fortes chuvas no Estado, um deslizamento de terra arrancou 60 metros do gasoduto no município catarinense de Gaspar.
Segundo a Fiesc, já foram descartadas as duas hipóteses com as quais a indústria esperava minimizar os problemas decorrentes da falta do insumo: a antecipação da normalização do fornecimento do gás natural ou o suprimento emergencial com GLP - Gás Liquefeito de Petróleo. A previsão para conserto é de três semanas, mas alguns empresários já falam em mais tempo. Ao todo, 87 indústrias tiveram de adotar planos de contingência para continuar operando. Outras pararam a produção e negociam prazos e dívidas. A distribuidora estatal Sulgás, está entregando somente 15 mil metros cúbicos - cerca de 1% do volume fornecido diariamente, antes do acidente.
Em função da falta de alternativas, a indústria solicitou também à SCGás, a suspensão do pagamento das faturas a partir da interrupção no fornecimento, e prazos maiores para o pagamento das faturas, após o restabelecimento do serviço. A federação afirmou que algumas empresas relataram as dificuldades que terão para cumprir seus compromissos financeiros com as fábricas paradas e a conseqüente interrupção do faturamento. O setor cerâmico no Sul do Estado fechou as fábricas e ofereceu licença remunerada aos trabalhadores.

Cerâmicas paralisam produção e calculam perdas de R$ 130 milhões em SC
As indústrias cerâmicas instaladas em Santa Catarina estão com a produção paralisada desde a última segunda-feira. Embora não sofram com inundações, como algumas cidades do Estado, as empresas sofrem a interrupção do abastecimento de gás natural, depois que um duto rompeu na cidade de Gaspar.
Sem combustível para o processo de produção, as empresas dispensaram os funcionários para uma licença remunerada, sem previsão de retorno. O concerto do duto pode levar três semanas. Depois disso, as empresas ainda, precisam de mais cinco dias para retomar o ritmo.
Com isso, as perdas em faturamento podem chegar a R$ 130 milhões em um mês, segundo previsão do presidente da Sindiceram - Sindicato das Indústrias de Cerâmica para Construção e de Olaria de Criciúma -, Otmar Josef Muller. "As empresas estão buscando alternativas, como o GLP - gás liquefeito de petróleo -, mas há dificuldades em relação a quantidade, ao transporte e ao equipamento para vaporizar", afirmou.
As indústrias de cerâmicas de Santa Catarina, concentradas em sua maioria na região de Criciúma, representam uma parte das empresas que solicitaram ao governo uma linha especial de crédito de R$ 500 milhões junto ao BNDES, para capital de giro.

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MERCADO de Ações & Futuros

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters e AFP)


Bovespa fecha em queda de 0,70% com giro extremamente baixo de negócios
A Bovespa teve um dia praticamente "perdido" na jornada dessa quinta-feira, registrando um volume de negócios extremamente baixo, não alcançando nem a metade do seu giro regular nesse mês, já caracterizado pelo fraco giro financeiro. A ausência das Bolsas americanas, paralisadas devido ao feriado local ("Thanksgiving"), deixou boa parte dos investidores de fora, num mercado em que "o estrangeiro" responde por mais de um terço das operações. Nesse quadro, os poucos que negociaram, optaram por ficar de fora da Bolsa e venderam ações, após três dias de fortes ganhos. Em um dia morno, o câmbio teve uma leve alta e cravou R$ 2,28.


- O principal índice de ações da Bolsa,
o Ibovespa, retrocedeu 0,70% e alcançou os 36.212 pontos. O giro financeiro foi de R$ 1,73 bilhão.
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O dólar comercial foi comercializado a R$ 2,281 para venda, o que representa um incremento de 0,26% sobre a cotação de ontem.

Análise 1 - O mercado viu com reservas a notícia de que a Petrobras pediu um empréstimo de R$ 2 bilhões à Caixa Econômica Federal, em meio ao agravamento da crise internacional. Em comunicado ao mercado, a estatal considerou o empréstimo normal e afirmou que, "em virtude das condições atuais do mercado financeiro internacional e a solidez do sistema financeiro nacional, as companhias brasileiras, incluindo a Petrobras, vem utilizando com maior freqüência o mercado doméstico".
Duas das principais autoridades do país vieram a público defender a empresa. "Isso não é grave em nenhuma empresa, isso já se fez tantas vezes, está apenas repetindo o que sempre fez. Esses empréstimos têm sido feito com regularidade, tanto no Brasil como no exterior, não há novidade", afirmou ontem,
o ministro da Energia, Edison Lobão. "A Petrobras é a maior empresa nacional, e não só de petróleo. Ela não está descapitalizada", disse a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Ela acrescentou que "todo banco sonha em emprestar para a Petrobras".

- Principal papel da Bolsa, a ação preferencial da petrolífera caiu 2,77%, enquanto a ação ordinária recuou 2,47%.

Análise 2 - As companhias
Sadia e Aracruz admitiram nessa quinta-feira, que foram alvo de ações coletivas ('class action') na Justiça americana por acionistas detentores de ADRs - American Depositary Receipts -, recibo de empresa estrangeira negociado em Nova Iorque. A ação da fabricante de alimentos subiu 1,48% no pregão de ontem, enquanto a ação da Aracruz perdeu 0,97%. A Sadia também foi obrigada ontem, a negar notícias veiculadas na imprensa especializada sobre uma possível oferta da também fabricante de alimentos Nestlé. A empresa negou a informação. O feriado americano esvaziou a agenda econômica do dia, praticamente restrita a indicadores nacionais. O índice de preços IGP-M, que serve de referência para o reajuste de aluguéis, surpreendeu para baixo e apontou variação de 0,38%, ante expectativas de 0,50%.
Ontem, o presidente da Anatel - Agência Nacional de Telecomunicações -, disse que a venda da TIM Brasil para a Telefônica, ainda é um boato. Na quarta-feira, uma notícia veiculada na imprensa italiana, apontando para uma negociação entre a Telecom Italia e a operadora espanhola Telefónica, fez as ações da TIM dispararem na Bolsa brasileira. Ainda ontem, as ações da holding estiveram entre as maiores valorizações do dia: a ação preferencial teve ganho de 5,94%.

Sem negociações em NY, petróleo cai mais de 1% na Europa
O preço do barril do petróleo Brent caiu ontem, 1,4%, para US$ 53,13 no mercado futuro de Londres, à espera da reunião que a Opep - Organização dos Países Exportadores de Petróleo - fará nesse fim de semana no Cairo.

- O barril de Brent para entrega em janeiro, fechou valendo US$ 53,13 - US$ 0,79 a menos que no fechamento da jornada anterior na Bolsa Intercontinental de Futuros de Londres (ICE Futures).
- O petróleo de referência na Europa chegou a cair ontem, para US$ 51,98, apesar de ter se recuperado e terminado a US$ 53.

Análise - O mercado e os analistas estiveram atentos à Opep, que se reunirá no próximo dia 29/11, no Cairo, em uma sessão de caráter consultivo, enquanto a política de bombeamento do cartel será discutida em outra reunião, em 17/12, na Argélia.

- Nos EUA, não houve sessão na Nymex, por conta do feriado de Ação de Graças. NA quarta-feira, o barril do petróleo cru para entrega em janeiro, terminou em US$ 54,44, em alta de 7,23% (US$ 3,67 a mais) em relação ao fechamento de terça-feira.


Bolsas européias fecham em alta apoiadas nos ganhos da Ásia e de quarta-feira em NY
As Bolsas européias fecharam em alta na quinta-feira. Em um dia de volume de negócios mais modesto, devido ao feriado nos EUA, os investidores europeus se apoiaram nos resultados positivos de ontem, nas Bolsas da Ásia e região, e nas altas de quarta-feira, em Nova Iorque. As Bolsas americanas devem reabrir hoje, mas para uma sessão mais curta.

- A Bolsa de Londres fechou em alta de 1,77%, ficando com 4.226,10 pontos.
- A Bolsa de Paris subiu 2,54% no índice CAC 40, fechando com 3.250,39 pontos.
- A Bolsa de Frankfurt subiu 2,30% no índice DAX, para 4.665,27 pontos.
- A Bolsa de Zurique teve alta de 2,59%, encerrando o dia com 5.640,80 pontos no índice Swiss Market.
- A Bolsa de Amsterdã fechou em alta de 3,30%, com 253,26 pontos.
- A Bolsa de Milão fechou em alta de 1,05%, com 15.641 pontos.

Entre os papéis que subiram ontem, estiveram os do setor financeiro, com destaque para os do Standard Chartered, Deutsche Bank, UBS e Société Générale. Também subiram as ações do setor petrolífero, com destaque para os da British Petroleum, Royal Dutch Shell e Total.

HOJE - Bolsas da Ásia ainda se animam com economia chinesa
O corte de juros promovido pelo Banco Central da China na quarta-feira ainda reflete nos mercados asiáticos. As Bolsas registraram novas altas nesta sexta-feira e fecharam a semana em um pregão positivo empurradas pela esperança de que a
maior redução nos juros da década (1,08 ponto percentual) ajude a acabar com a crise financeira mundial. O Banco do Povo da China anunciou a redução para 5,58% na taxa básica do país, a fim de estimular a economia. A redução foi a quarta nos últimos três meses, após as duas de setembro e a de 0,27 ponto decidida em 29 de outubro.
- A Bolsa de Valores de Tóquio fechou em alta de 1,66%, aos 8.512,27 pontos. O mercado conseguiu reduzir as perdas e registrou em novembro, uma perda acumulada de 0,75%, até agora o melhor mês desde maio, segundo levantamento da Reuters. Hoje, os negócios no Japão foram puxados, principalmente, por empresas de tecnologia, como Panasonic e Kyocera.
- Sem a influência do mercado americano, onde um feriado manteve as Bolsas fechadas, Hong Kong subiu 1,34%.
- Enquanto na Austrália
a alta foi de 4,10%.
- O indicador Kospi da Bolsa de Seul (Coréia do Sul) avançou 1,18%.
- Bolsa de Manila abre em baixa. O índice PSEI da Bolsa de Manila operava nos primeiros minutos do pregão de hoje em baixa de 4,04 pontos (0,21%), aos 1.962,97.
- Bolsa de Bangcoc abre em alta. O índice SET da Bolsa de Bangcoc operava nos primeiros minutos do pregão de hoje em alta de 3,21 pontos (0,82%), aos 393,02.
- Bolsa de Cingapura abre com perdas. O índice Straits Times da Bolsa de Cingapura operava nos primeiros minutos do pregão de hoje em baixa de 18,48 pontos (1,08%), aos 1.692,04.
- Bolsa de Jacarta abre com lucro. O índice JKSE da Bolsa de Jacarta operava nos primeiros minutos do pregão de hoje em alta de 2,45 pontos (0,20%), aos 1.204,52.
- Bolsa de Kuala Lumpur cai na abertura. O índice KLCI da Bolsa de Kuala Lumpur operava nos primeiros minutos do pregão de hoje em baixa de 5,85 pontos (0,67%), aos 864,13.

Uma declaração do ministro chefe da Comissão Nacional para a Reforma e o Desenvolvimento da China derrubou a Bolsa nesta sexta-feira, que fechou com queda de 2,44%. Ontem, Zhang Ping advertiu que a economia do gigante asiático
continua em declínio e pediu que o governo atue para evitar um desemprego em massa e novos protestos sociais.


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ÍNDICES ECONÔMICOS


Inflação pelo IGP-M desacelera em novembro e fica em 0,38%, diz FGV
- O IGP-M - Índice Geral de Preços – Mercado - teve alta de 0,38% em novembro, abaixo do 0,98% registrado em outubro. No ano, o índice acumula alta de 9,95% e, nos 12 meses até outubro, a alta acumulada é de 11,88%. Contribuiu para a desaceleração nesse mês o subgrupo alimentos processados, de uma alta de 1,95% para uma deflação de 0,20%. Os dados foram divulgados nessa quinta-feira, pela Fundação Getulio Vargas.
A metodologia aplicada na apuração do IGP-M é a mesma do IGP-10 e do IGP-DI - usados no reajuste, por exemplo, de contratos de aluguel -, também apurados pela FGV, com a única diferença de ter um período de coleta diferente. O IGP-M é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.
- O IPA - Índice de Preços por Atacado - subiu 0,30%, redução acentuada em relação a outubro, quando houve alta de 1,24%. O índice relativo aos Bens Finais teve ligeira correção para cima, de 0,06%, nesse mês, contra alta de 0,64% um mês antes. Excluídos os subgrupos alimentos in natura e combustíveis, o índice subiu 0,41%, contra alta de 1,01% no mês passado.
- O índice referente ao grupo Bens Intermediários desacelerou para uma alta de 0,39%, contra 1,14% em outubro. O subgrupo suprimentos recuou de alta de 2,08% para deflação de 1,64%, exercendo a maior influência para a redução no ritmo do indicador. Excluído o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, a alta foi de 0,48%, contra 1,19% em outubro.
- O índice de Matérias-Primas Brutas subiu 0,42% nesse mês, contra 2,09% um mês antes. Os itens mandioca (28,97% para 8,46%), suínos (5,96% para -13,18%) e bovinos (-0,21% para -2,28%) contribuíram para a desaceleração. Já os preços dos itens leite in natura (-8,07% para -3,80%), aves (-0,67% para 1,77%) e laranja (0,78% para 8,62%) subiram.
- O IPC - Índice de Preços ao Consumidor - subiu 0,52% nesse mês, contra 0,25% em outubro, com a contribuição do grupo Alimentação (0,13% para 0,97%). Os destaques foram carnes bovinas (2,39% para 4,47%), laticínios (-1,42% para 0,63%), frutas (3,15% para 4,57%), hortaliças e legumes (-3,78% para -2,69%) e óleos e gorduras (-3,15% para -0,25%).
Também subiram os preços nos grupos Educação, Leitura e Recreação (0,02% para 0,34%), Habitação (0,38% para 0,45%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,30% para 0,42%), com destaque para passagem aérea (-0,44% para 3,82%), tarifa de eletricidade residencial (-0,31% para 0,40%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,32% para 0,35%).
Já os grupos Vestuário (0,90% para 0,53%), Transportes (0,14% para 0,09%) e Despesas Diversas (0,22% para -0,07%) desaceleraram, com destaque para roupas (1,18% para 0,75%), seguro facultativo para veículos (1,41% para 0,83%) e cigarro (1,74% para 0,00%).
- O INCC - Índice Nacional de Custo da Construção - subiu 0,65% nesse mês, menos que em outubro, quando a alta foi de 0,85%. O grupo Materiais apresentou decréscimo em sua taxa de variação (de 1,63% para 1,07%). Já os grupos Serviços (de 0,59% para 0,66%) e Mão-de-Obra (de 0,14% para 0,24%) tiveram alta.

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MERCADO FINANCEIRO


Meirelles diz a banqueiros que "a prudência compensa"
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, exaltou nessa quinta-feira, a forte regulação e o provisionamento dos bancos brasileiros, que conseguiram manter o sistema bancário local, afastado do epicentro da crise financeira global. "A prudência compensa", disse Meirelles em discurso no jantar anual da Febraban - Federação Brasileira de Bancos. Segundo o presidente do BC, o risco das operações de crédito não aumenta em momento de crise, e sim quando o crédito é dado. "O risco está sempre subjacente. Ele apenas se materializa nos períodos de crise", afirmou. Meirelles ainda defendeu, durante seu discurso, que o Brasil poderia ter um sistema de provisionamento de crédito que acompanhasse a concessão desse crédito. Atualmente, os bancos fazem o provisionamento de acordo com o tipo de financiamento dado e com o nível de risco que considera ter ao fazer a operação.
Mantega - Já o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse, durante a sua fala, que as conseqüências da crise são menores no Brasil, inclusive na comparação com os demais países emergentes. Por esse motivo, continua mantendo a sua aposta de que o PIB - Produto Interno Bruto - crescerá 4% em 2009. A maioria dos analistas aposta que o PIB ficará em 3%, segundo o último boletim Focus, do Banco Central. "É uma meta ambiciosa, mas exeqüível", disse o ministr
o.

BC vai fiscalizar cartão pré-pago com reais ou moeda estrangeira
O Banco Central vai apertar a fiscalização nas operações realizadas com cartões pré-pagos carregados com reais ou moedas estrangeiras, modalidade utilizada principalmente, com dólares e euros para quem viaja ao exterior. A partir de março de 2009, as instituições financeiras deverão registrar no BC a emissão ou recarga de valores mensais, a partir de R$ 10 mil (ou o equivalente em moeda estrangeira) para pagamento em espécie; ou a partir de R$ 100 mil no caso de transferência bancária. Também devem ser informadas operações que apresentem indícios de "ocultação ou dissimulação" de origem do dinheiro, movimentação financeira ou propriedade de bens e direitos. Serão informados dados como razão para a emissão do cartão, CPF, CNPJ, valor e data das operações, além de informações sobre a conta bancária e pessoas autorizadas a movimentá-las.

BB amplia prazo em operações de capital de giro
Com a estratégia de ampliar a oferta de crédito, o Banco do Brasil anunciou ontem, a ampliação de 12 para 24 meses do prazo de pagamento da linha de capital de giro atrelada a vendas de crédito. Chamada de "Recebíveis Cartão a Realizar", a linha recebeu uma roupagem nova com mais facilidades para as empresas que centralizam no BB, seus domicílios bancários para recebimento dos créditos devidos pela Visanet (Visa) e Redecard (MasterCard).
A linha toma por base as vendas com cartão de crédito que os estabelecimentos efetuaram nos últimos 12 meses. Segundo o BB, o objetivo é ampliar a oferta de crédito e oferecer condições negociáveis mais atrativas aos clientes, que escolheram o BB como sua principal instituição financeira. O alongamento do prazo de pagamento permite ao empresário, distribuir a reposição do empréstimo de acordo com o seu fluxo de caixa. Além disso, a linha conta com carência de até 59 dias para o pagamento da primeira prestação de capital e oferece a possibilidade de escolha da melhor data para o débito das parcelas. Para as empresas que centralizarem apenas o domicílio Visanet, o prazo de pagamento é de 12 parcelas mensais.
Com a mudança, anunciada ontem, o BB está permitindo também, a empresa tomar o empréstimo no limite de até oito vezes da média mensal do faturamento com cartões de crédito Visa. Essa possibilidade depende de análise de crédito e da comprovação de faturamento médio na Redecard correspondente a, no mínimo, 35% do faturamento Visanet. Para os clientes que centralizarem apenas o domicílio Visanet, essa condição é limitada a seis vezes o faturamento Visa. De acordo com o BB, o novo limite amplia a oferta de crédito aos clientes, permitindo que utilizem o valor para pagar compromissos ou comprar matérias-primas. A empresa pode também, reutilizar o crédito a qualquer momento, desde que disponha de margem no limite contratado.
A linha "Recebíveis Cartão a Realizar" tem como público-alvo as empresas com faturamento anual superior a R$ 500 mil, e que tenham indicado o BB para receber os créditos provenientes das vendas com cartões Visa. Além do domicílio Visa no Banco, é necessário comprovar, no mínimo, 12 meses de atividade e avaliação prévia do risco de crédito pelo BB. A taxa de juros é estabelecida de acordo com o relacionamento do cliente com o BB e a operação é amortizada ou liquidada, com os créditos provenientes da Visanet. Caso sejam insuficientes, o valor é debitado na conta corrente da empresa.

Unibanco paga US$ 820 milhões por participação na AIG
O Unibanco fechou a compra da participação da AIG - American International Group - na seguradora em que tinham parceria no Brasil. O negócio já havia sido em setembro. O negócio foi fechado por US$ 820 milhões. De acordo com o Unibanco, nada muda para os clientes da seguradora. A empresa tem 1.600 colaboradores. A seguradora Unibanco AIG figura entre as três maiores brasileiras e esteve em alguns dos maiores sinistros de grandes riscos do país, como as obras do metrô de São Paulo, a caldeira da CSN - Companhia Siderúrgica Nacional -, a queda do Fokker da TAM em 1996 e do Airbus de 2007. Maior seguradora do mundo, a AIG sofreu intervenção do governo americano em meados de setembro. Desde então, os novos controladores procuram se desfazer de participações da seguradora no mundo. Para socorrer a AIG, o governo americano fez uma injeção de US$ 85 bilhões e ficou com 80% da empresa.

CDB prefixado para 90 dias fecha a 13,30% ao ano
As taxas dos CDBs - Certificados de Depósito Bancário - prefixados encerram o pregão apontando juro de 13,05% ao ano para aplicações de 32 dias. Já para 60 dias, a remuneração foi de 13,25% ao ano. Para 90 dias, fechou a 13,30% ao ano, enquanto que para 120 dias, a taxa ficou em 13,40% ao ano. Para 180 dias, a remuneração chegou a 13,60%, para 361 dias, a taxa ficou em 14% e, para 720 dias, a taxa encerrou em 14,75%. Já nas operações de CDBs pós-fixados, as instituições apresentaram taxas de 70% a 105% do CDI - Certificado de Depósito Interbancário. As aplicações de CDBs prefixados com volume entre R$ 1 mil e R$ 4.999,99, com prazo de 32 dias, apresentaram taxa entre 9,40% a 13,55% ao ano. Para operações superiores a R$ 50 mil, a taxa variou de 12% a 13,65% ao ano, de acordo com a sondagem realizada pelo InvestNews com seis instituições financeiras. As taxas acima servem apenas como parâmetro, pois cada instituição financeira analisa prazo, volume da operação e o perfil do cliente. Essas taxas são brutas, ou seja, não embutem o Imposto de Renda. Nos investimentos em CDB, o IR é cobrado sobre o ganho da operação no vencimento do título ou no resgate.

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AGRONEGÓCIOS


Falta de financiamento para comercialização compromete produção de leite em 2009
Se a área econômica do Governo não liberar os R$ 100 milhões necessários para a implantação imediata dos PROP - Contratos Privados de Opção de Venda -, com preço de referência de R$ 0,60/litro, estará comprometendo a expansão da produção de leite no País, em 2009. Segundo o presidente da CNA - Comissão Nacional de Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil -, Rodrigo Alvim, os produtores de leite aguardam desde setembro uma resposta do Governo às reivindicações do setor, para apoiar a comercialização do produto e amenizar o impacto da crise na atividade leiteira, que tem convivido com baixos preços pagos pelo volume produzido e elevação do custo de produção. Os recursos solicitados financiariam a transferência de um bilhão de litros de leite das principais bacias produtoras aos Estados consumidores, reduzindo o excedente de produção, de 1,4 bilhão de litros.
“O Ministério da Agricultura acenou favoravelmente ao pleito, mas a decisão final depende do Ministério da Fazenda”, disse Rodrigo Alvim, que também preside a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Leite e Derivados do Mapa - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Diante da falta de instrumentos de apoio à comercialização, os pecuaristas de Goiás tiveram, em um ano, queda de 20% na rentabilidade e enfrentam um aumento de 18% no COE - Custo Operacional Efetivo. Em Minas Gerais, principal produtor do País, a renda caiu 15% em 11 meses, enquanto o custo efetivo subiu 11%.
Outra solicitação do setor, aprovada ontem, pelo CMN - Conselho Monetário Nacional -, foi a criação de uma LEC - Linha Especial de Crédito -, com limite de R$ 15 milhões por empresa, para financiar a estocagem. Na avaliação de Alvim, essa decisão representa um avanço, mas ainda falta definir um preço de referência, que deverá ficar em torno de R$ 0,60/litro, para estar adequado ao mercado. O prazo para contratação dessa linha é até 30 de junho de 2009.
Também está em discussão a criação de um PEP - Prêmio para Escoamento de Produto - para o leite na região Sul. Esse instrumento é uma subvenção concedida para quem adquire um produto indicado pelo Governo Federal, diretamente de produtores ou cooperativas e escoa para uma região previamente definida. Outro tema debatido na reunião de ontem, 26/11, da Comissão da Pecuária de Leite da CNA foi a concentração das exportações brasileira de lácteos para a Venezuela, destino de 58% das vendas externas do País em 2008.
“Precisamos diversificar os mercados”, alertou Rodrigo Alvim. O Brasil embarcou para o exterior US$ 456,3 milhões em produtos lácteos, de janeiro a outubro desse ano, valor que supera o total registrado em 2007, de US$ 299,6 milhões. Para facilitar e ampliar os embarques para o exterior em busca de novos mercados, também foram solicitadas ao Governo, ações para firmar acordos de equivalência sanitária, habilitação de novas fábricas, promoção comercial de produtos nacionais no exterior e estímulo à vinda de missões estrangeiras ao País.
A adesão das Federações e entidades que compõem a Comissão Nacional de Pecuária de Leite ao programa de Marketing Institucional, também poderá contribuir significativamente, para aumentar o consumo interno de leite no Brasil. Hoje, os brasileiros consomem menos de 150 litros de leite por ano, embora a quantidade mínima recomendada seja de 200 litros/ano, segundo o Guia Alimentar do Ministério da Saúde.

Crise força Clean Energy Brasil a adiar projetos de novas usinas
A Clean Energy Brasil decidiu adiar projetos de novas usinas no Brasil, por conta da crise de crédito. Entre as unidades já em operação, a empresa possui 49% de participação da Usaciga - Usina Cidade Gaúcha -, no Paraná, e é acionista da Unialco MS, da Aralco, em Aparecida do Taboado/MS. A companhia, controlada pelo banco londrino Numis, tem 100% do capital aberto na Bolsa de Londres, e admitiu perdas de US$ 15,5 milhões em operações de hedge cambial, uma perda líquida de aproximadamente US$ 21,4 milhões. A dívida da CEB cresceu 21% com a valorização de 35% do dólar frente ao real. Na Usaciga, a Clean Energy moeu, até setembro, 1,4 milhão de toneladas de cana. A estimativa total para essa safra é de 2,5 milhões de toneladas. No referido período, a usina produziu 105 mil toneladas de açúcar e 46 milhões de litros de etanol. A previsão de produção total é de 200 mil toneladas de açúcar e 80 milhões de litros de etanol hidratado. As vendas durante os nove primeiros meses do ano foram de aproximadamente, US$ 45,7 milhões. Cerca de 600 mil toneladas da cana-de-açúcar processadas na Usaciga fazem parte do projeto da usina Santa Mônica, no Paraná, que terá capacidade para moer 2,5 milhões de toneladas de cana. O outro projeto é o da Usina Rio Paraná, no município de Eldorado, em Mato Grosso do Sul. Inicialmente as duas novas unidades entrariam em operação nas safras 2009/10 (MS) e 2010/11 (PR). Juntas, terão capacidade para moer 5 mil toneladas de cana.

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SETOR AUTOMOTIVO


Mitsubishi Motors anuncia 1,1 mil demissões temporárias no Japão

A fabricante japonesa de veículos Mitsubishi Motors anunciou nessa quinta-feira, 1.100 demissões temporárias no Japão para adaptar a produção à queda da demanda mundial. A Mitsubishi Motors se une assim a Toyota, Nissan, Mazda e Isuzu na lista de montadoras japoneses que cortarão postos de trabalho para tentar superar a brutal queda de demanda, especialmente nos EUA, provocada pela crise econômica.
Os contratos de 1.100 trabalhadores temporários das cinco fábricas japonesas do grupo não serão renovados no fim de março de 2009. Dessa forma, a empresa reduzirá em um terço o contingente de funcionários temporários. Na semana passada, a Toyota Motor anunciou a paralisação por dois dias, no mês de dezembro, a produção em todas as fábricas nos EUA e no Canadá, em conseqüência da redução da demanda no mercado da América do Norte.
A Toyota não revelou quantos veículos deixará de fabricar nos dois dias. As instalações da Toyota nos EUA e Canadá, produziram 1,636 milhão de carros em 2007. As vendas de automóveis da marca Toyota nos EUA caíram 25,9% em outubro, em comparação com o mesmo mês em 2007, de acordo com a empresa. O mercado americano está à beira do colapso por causa da crise econômica.
A Nissan, por sua vez, deve encerrar o segundo semestre desse ano, sem registrar lucro, disse o presidente do grupo formado pela empresa japonesa e pela francesa Renault, Carlos Ghosn, ao “WSJ” - "The Wall Street Journal" - no último dia 19/11. Para a Renault, Ghosn diz que deve obter uma margem de exploração de 2,5% em 2008, já que a previsão inicial do grupo (6%) não levava em consideração a crise econômica mundial.
No mês passado, a Nissan informou o fechamento de 3.500 empregos em fábricas da Espanha, Japão e EUA. O vice-presidente do grupo, Joji Tagawa, havia afirmado à época que antes do fim do ano, serão suprimidos 2.500 postos de trabalho permanentes em Barcelona e nos EUA, assim como mil empregos temporários no Japão. No último dia 17/11, o governo do Japão informou que o país entrou em recessão no terceiro trimestre de 2008, ao registrar uma contração de 0,1% na economia, depois de ter registrado queda de 0,9% (dado revisado) no segundo.

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ENERGIA & Telecomunicações


TIM Participações informou que não está à venda
O ministro das Comunicações, Hélio Costa, afirmou ontem, na capital mineira que não possui nenhuma informação sobre uma eventual venda da TIM Participações pela Telecom Itália. "A informação que eu tenho da direção da TIM, é de que a empresa não está à venda. Eu fui informado pela própria direção da TIM", afirmou o ministro. O rumor de venda foi veiculado na quarta-feira, pelo jornal italiano Il Sole 24 Ore. Costa lembrou que a Telecom Itália pretende reunir o Conselho de Administração, em Turim, para avaliar uma série de operações, incluindo a presença da companhia no exterior. "Só depois dessa reunião da Telecom Itália, lá em Turim, nós vamos saber o que vai acontecer. Por hora, são apenas boatos, são informações não confirmadas", afirmou.
A reportagem do jornal italiano considerou que o candidato natural à compra da companhia no Brasil seria a Telefónica, e diz ainda que a Telecom Itália pretende avaliar medidas extraordinárias para enfrentar a crise econômica global, mas que qualquer decisão sobre a TIM Brasil ou as operações de rede, não é considerada iminente. O comitê da empresa vai se reunir no dia 2/12 para aprovar o plano de negócios do grupo para 2009 a 2011. A notícia provocou uma grande valorização das ações da operadora anteontem e ontem, na Bovespa. Quanto à extensão do prazo para pagamento das licenças pelas freqüências de telefonia de terceira geração (3G), compradas em leilão no fim do ano passado, Hélio Costa reiterou que o governo não pretende abrir mão do pagamento de um montante da ordem de R$ 4 bilhões.
No início desse mês, as empresas entregaram uma carta ao Ministério das Comunicações, pedindo a prorrogação de 18 meses para o pagamento das licenças, sem cobrança de juros e correção monetária, e argumentaram que a prorrogação seria motivada pela crise financeira global. A extensão do prazo, segundo as operadoras, garantiria a manutenção do cronograma de investimentos. "Nesse momento de crise, o governo não pode abrir mão de R$ 4 bilhões", disse. De acordo com o ministro, a questão foi encaminhada ao presidente da República e à ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. "Em princípio, nossa posição no Ministério das Comunicações é de que o governo, nesse momento, não tem como adiar".
Costa considerou que a proposta foi bem elaborada e que as empresas poderão pagar a primeira parcela como fizeram há um ano, e parcelar o restante em seis pagamentos, conforme prevê o edital do leilão que estipulou ainda, um prazo de três anos de carência, a uma taxa de juros de 12% ao ano, além da correção pelo IST - Índice dos Serviços de Telecomunicações. "Eles têm tempo suficiente de, não tendo recurso, procurar nos bancos, inclusive nos bancos oficiais, possivelmente o BNDES pode participar". Mas ao considerar a questão, o ministro foi enfático: "Quem quiser pode pagar à vista, como fez a Claro. Do contrário, podem parcelar, evidentemente pagando juros, como qualquer empresa pagaria." No leilão de 3G foram vendidas 44 licenças para as empresas Vivo, TIM, Claro, Oi, Brasil Telecom e CTBC.

Oi emite R$2 bilhões para completar compra da Brasil Telecom
Com uma emissão de 2 bilhões de reais em notas promissórias, a Oi informou, nessa quinta-feira, ter concluído a captação de recursos necessários para a compra da Brasil Telecom. "Mesmo em um mercado bastante tumultuado, ainda que com um custo mais alto, conseguimos captar 2 bilhões de reais", disse José Luis Salazar, diretor financeiro e de relações com investidores da Oi. Ele lembra que, no primeiro semestre, quando a Oi já emitiu notas promissórias, o custo foi CDI mais 1,60% ao ano e agora, o custo foi CDI mais 3%.
A emissão foi coordenada pelos bancos Bradesco BBI (coordenador líder), Itaú BBA e Santander. A Oi pretende emitir 80 notas promissórias em série única, com valor nominal de 25 milhões de reais, cada. Com essa emissão, a Oi terá captado cerca de 10 bilhões de reais para a aquisição da Brasil Telecom, quase 80% dos cerca de 13 bilhões de reais que estima desembolsar no negócio, entre a compra do bloco de controle e as ofertas públicas obrigatória e voluntária dos papéis em circulação. "Para o restante dos recursos, usa-se o caixa da companhia", afirmou Salazar. A empresa já aplicou em torno de 3 bilhões de reais na compra de ações preferenciais da Brasil Telecom, em bolsa. O acordo entre as duas companhias foi assinado no dia 25/4. A Oi se dispôs a pagar 5,86 bilhões de reais pelo controle da companhia, além 315 milhões de reais para encerrar os litígios entre os sócios da Brasil Telecom. A Oi, entretanto, só pediu a anuência prévia da Anatel na semana passada porque, até então, o PGO - Plano Geral de Outorgas - em vigor, impedia o negócio.
Na véspera do pedido de anuência, o presidente da República publicou novo PGO, em que é possível a criação de uma empresa com duas concessões de telefonia. O acordo celebrado em abril prevê que, se o negócio não estiver concluído até 19/12, a Oi deverá pagar uma multa de 490 milhões de reais aos sócios da Brasil Telecom, pondo fim ao contrato. Fizeram parte do pacote de financiamento montado pela Oi a emissão de CCB - Cédulas de Crédito Bancário - no valor de 4,3 bilhões de reais, junto ao Banco do Brasil, e a emissão de 3,6 bilhões de reais em notas promissórias. "A nova emissão de notas promissórias constitui a terceira e última etapa do programa de financiamento", informou a Oi no comunicado. (Reuters)

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COMÉRCIO EXTERIOR


Brasil quer exportar carnes para reduzir déficit com a China
O Brasil planeja concluir acordos sanitários com a China na área de carnes bovina, suína e de aves, para aumentar exportações e reverter a forte tendência de déficit observada na balança comercial entre os dois países. A estratégia que dá prioridade a alimentos foi traçada a partir de um levantamento que revela que o déficit é, na pratica, superior ao que mostram as estatísticas. Uma missão do Ministério da Agricultura está na China, e acordos sanitários deverão ser assinados para permitir a entrada de carne suína e bovina e a retomada das exportações de aves. Atualmente, a China já consome esses produtos brasileiros, mas eles são primeiramente exportados a Hong Kong e então redirecionados ao continente.
Commodities
Um levantamento do governo brasileiro apurou que o déficit comercial com a China no primeiro semestre de 2008, foi superior a US$ 1 bilhão, apesar do alto preço das commodities observado entre janeiro e junho. As commodities são o principal tipo de produto que o Brasil exporta para a China. Levando a alta dos preços em consideração, o Ministério da Agricultura fez uma simulação da balança, recalculando as trocas do primeiro semestre com preços de commodities de 2006, e concluiu que o déficit real seria superior a US$ 4,5 bilhões. "A tendência do déficit é explodir se os preços agrícolas continuarem a cair rapidamente, como estão caindo agora, com a crise", afirmou o secretário de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Célio Porto, à BBC Brasil. "Onde é que o Brasil pode equilibrar, ou diminuir o déficit, no comércio com a China? É na área agrícola", acrescentou o secretário. "E em que produtos nós temos maiores chances de reduzir esse déficit mais rapidamente? Nas carnes, que são produtos dos quais somos grandes exportadores mundiais e, na China, nós não estamos ainda entrando."
Hong Kong
Estatisticamente, as exportações de carnes do Brasil para a China são próximas de zero, porém, as vendas a Hong Kong são um indício de que o produto é repassado ao continente. "Na parte de aves, há muita venda para a China a partir de Hong Kong, sem problemas", disse Ricardo de Gouvêa, diretor-executivo do sindicato de carnes e derivados do Estado de Santa Catarina. Em 2007, as vendas de produtos do agronegócio brasileiro para Hong Kong, corresponderam a US$ 1,2 bilhão, 90% do total de exportações à ilha. Carnes de frango, suínos e bovinos estão na lista dos três produtos mais comercializados.
Suínos
Um acordo sanitário deverá ser assinado durante a visita do secretário de Defesa Agropecuária, Inácio Kroetz, a Pequim na semana que vem, para dar início às trocas bilaterais no comércio de carne suína. Segundo o documento, frigoríficos brasileiros aprovados, poderão exportar diretamente à China e vice-versa. Apesar de ser uma grande produtora de carne de porco, a China passou a ter interesse em importar esse tipo de carne, depois de sofrer uma epidemia de síndrome respiratória e reprodutiva suína, que chegou a elevar os preços desse alimento em mais de 70% no final de 2007. Embora, ainda não compre oficialmente, suínos do Brasil, a China consome o produto via Hong Kong, que é o segundo maior destino dessas exportações, atrás apenas da Rússia.
Aves e carnes
A missão também espera conseguir engrenar a retomada das exportações de aves diretamente à China. O Brasil já obteve licença de exportação à China para 24 frigoríficos de aves, dos quais dois chegaram a comercializar com Pequim no passado, mas tiveram a autorização revogada após casos de contaminação por bactérias. Desde então, a China não liberou a entrada de aves brasileiras porque quer renegociar os termos do acordo para que passe a ser bidirecional, o que daria oportunidade aos frigoríficos chineses de também vender aves ao Brasil. O Ministério da Agricultura está disposto a negociar com Pequim novos termos e trará na delegação, técnicos para inspecionar os frigoríficos chineses produtores de processados, como um sinal de que o Brasil aceita comprar da China. A expectativa é de que, uma vez solucionado o impasse sobre as aves, a China abra seu mercado também à carne de gado brasileira. (BBC Brasil)


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LOGÍSTICA & INFRA-ESTRUTURA

Tráfego aéreo internacional de passageiros cai 1,3% em outubro
O tráfego internacional de passageiros caiu 1,3% em outubro, em relação ao mesmo mês do ano anterior, informou ontem, a Iata - Associação Internacional de Transporte Aéreo -, sigla em inglês. Pelo segundo mês consecutivo, o número de passageiros diminuiu, embora em menor ritmo em outubro do que em setembro, quando caiu 2,9%. Em relação ao tráfego de cargas, houve recuo de 7,9% em outubro, o quinto mês consecutivo de queda acentuada. "A sombra continua e a situação da indústria permanece crítica. Enquanto a queda do preço do petróleo é um alívio, agora a recessão é a maior ameaça para os lucros das companhias", declarou o diretor-geral da Iata, Giovanni Bisignani. "A diminuição no número de passageiros pode ser temporária. Entretanto, a forte queda do tráfego de mercadorias, indica que o pior ainda está por vir", acrescentou. Por áreas geográficas, a África teve queda de 12,9%, seguida da região da Ásia e Pacífico (6,1%). A América Latina registrou recuo de 4,5%, o Oriente Médio de 3,5% e a América do Norte de 0,8%, enquanto a Europa foi a única a registrar crescimento (1,8%). Em relação ao transporte de cargas, a maior redução aconteceu na América Latina (11,4%), seguida da região da Ásia e Pacífico (11%), da América do Norte (7,6%) e da Europa (5,4%). O Oriente Médio e a África tiveram aumento do tráfego de mercadorias, de 1% e 3%, respectivamente. (Efe, em Genebra)

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MERCADO ONLINE


Comércio eletrônico nos EUA tem primeira queda em vendas desde 2001
As vendas no período de festas devem permanecer estáveis ou até encolherem esse ano, em relação ao ano passado nos EUA. O
varejo online norte-americano enfrenta uma desaceleração em 2008, mas ainda possui uma vantagem em relação ao comércio de rua, diante da crise econômica, que se agrava nos últimos meses. Entre seus pontos positivos, estão ofertas geralmente mais generosas em relação às 'lojas offline'', ferramentas de comparação de preços, reviews de produtos entre outras comodidades para o consumidor. No entanto, o natal online de 2008 deve ser o pior desde 2001, quando o e-commerce decolou no mundo.
A
avaliação da comScore divulgada na tarde de terça-feira, 25/11, mostra que durante os 23 primeiros dias de novembro, os consumidores norte-americanos gastaram 8,19 bilhões de dólares na internet - uma queda de 4% em relação ao mesmo período do ano passado, o que marca o primeiro declínio nas vendas pela internet desde 2001. Nos primeiros dez meses do ano, as vendas online cresceram 9%, segundo o relatório. "As pessoas farão compras, mas serão muito mais cautelosas sobre o valor de cada dólar gasto" comentou Ron LaPierre, presidente do site de comparação de preços PriceGrabber.com.Os comerciantes já entenderam o recado e devem apostar ainda mais em descontos e negociações de todos os tipos. De acordo com a Shop.org, divisão de internet da Federação Nacional de Varejo dos EUA, a chamada 'Cyber Monday' - a liquidação do e-commerce que ocorre na segunda-feira após o feriado de Ação de Graças - um total de 84% dos varejistas promoverá ofertas especiais na internet. No ano passado o grupo representava 72,2% dos varejistas online. Além de anúncios do tipo "click-to-call" para que o consumidor tire dúvidas sobre as ofertas com um atendente via chamada de voz, ou a lista de palavras-chave do Google, os comerciantes online, também apostam em sites de recomendações, redes sociais e blogs.Uma pesquisa recente da ChoiceStream, fornecedora de serviços de personalização e recomendações, mostra que 71% dos e-consumidores baseiam-se em recomendações e opiniões ou pelo menos as consideram antes de fecharem seus carrinhos na web. Na semana passada, a Federação nacional de Varejo informou que os blogs influenciam 6% das escolhas de eletroeletrônicos entre os norte-americanos e 3,3%, de suas compras.

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MERCADO DE TI


Pesquisa do Now!Digital aponta crescimento nos orçamentos de TI em 2009
Segundo pesquisa realizada pela Now!Digital Business com gestores de TI de grandes, médias e pequenas empresas, 76% dos entrevistados vai manter ou aumentar seus orçamentos em 2009, posição contrária a apontada por alguns
institutos de análise de mercado. O estudo incluiu também, as intenções de consumo dos usuários domésticos. A maioria dos profissionais, de acordo com a pesquisa, acredita em um cenário econômico de estabilidade do câmbio e da inflação para o próximo ano. Quase metade dos entrevistados estima crescimento nos investimentos empresariais em 2009 e 60% esperam maiores gastos com atualização tecnológica.
Segurança é prioridade para 73% dos pesquisados. Virtualização (63%), ERP (59%) e Business Intelligence (57%) seguem logo atrás no ranking das tecnologias prioritárias para as empresas em 2009, segundo o estudo. Em relação ao treinamento de TI, 49% dos entrevistados afirmam que vão investir em ITIL, 47% em ERP e 44% em segurança. Cerca de 40% dos executivos têm como estratégia usar a TI para melhorar os processos produtivos de suas empresas. Outros 25% pretendem reduzir os custos operacionais de toda a companhia. Para 46% dos pesquisados, a qualidade dos serviços prestados pelos fornecedores, precisa de melhorias. A otimização de custos é apontada como fator importante de relacionamento por 23% dos entrevistados.
Realizada no mês de novembro pelos publishers do COMPUTERWORLD, CIO, IDGNOW! MACWORLD, PCWORLD e CHANNEL WORLD, a pesquisa inédita teve a participação de 169 profissionais. Do total de participantes, 38% exercem o papel de CIOs de grandes empresas e 54% são gerentes ou supervisores de TI. Quase 70% dos respondentes trabalham em companhias com mais de 500 funcionários.

Microsoft investirá US$ 3,5 milhões em centro de localização de aplicativos de SP
A Microsoft investirá 3,5 milhões de dólares no centro latino-americano de desenvolvimento e localização de produtos da
linha Dynamics (ERP e CRM) que funciona em São Paulo. A unidade, inaugurada no final do primeiro semestre de 2006, atende a todos os países da região, desenvolvendo e adaptando os softwares de gestão empresarial da companhia para necessidades locais. Com os recursos, a empresa pretende triplicar o tamanho da equipe ligada à divisão no Brasil, embora não revele o número absoluto de profissionais que trabalham exclusivamente na unidade.
O faturamento da Microsoft com a linha Dynamics aumentou 40% ao longo do último ano na América Latina, onde a empresa tem mais de 9.000 clientes. No Brasil, juntos, o ERP e o CRM da companhia somam entre 400 e 500 empresas usuárias - de médio e grande porte -, de acordo com Mauricio Prado, gerente-geral da divisão Microsoft Business Solutions no Brasil. Entre elas, estão Pirelli, Light, Cyrela e Bosch. Em todo o mundo, são 300.000 clientes Dymamics, de todos os portes, segundo a Microsoft. Mas vale ressaltar que a estimativa inclui a instalação dos produtos em um único departamento de uma empresa.
Para 2009, a meta da divisão comandada por Prado, é superar três vezes a taxa de crescimento do mercado local. "A expectativa é que o mercado brasileiro cresça 20% em 2009", afirma Klaus Holse Andersen, vice-presidente de vendas e operações da divisão Microsoft Business Solution. "Queremos crescer muito mais rápido do que o mercado", completa. Andersen diz que a
crise financeira mundial não afetou a área de soluções de negócios, porque, ao mesmo tempo, que há setores da economia sentindo o impacto econômico, outros continuam a pleno vapor.
De acordo com o executivo, seus parceiros (que somam 10.500 no mundo, dos quais 51 estão no Brasil) ainda não demonstraram sentir os efeitos da instabilidade mundial, pelo contrário. "Temos uma demanda maior do que somos capazes de atender. Nosso maior desafio é ampliar o número de parceiros", comenta. (Computerworld Online)

Defferrari oferece bolsas de estudos em Novo Hamburgo
Com o objetivo de estimular o crescimento da mão-de-obra qualificada para o setor de TI, a Deferrari, juntamente com a CIGAM, Gad’brivia e SystemHaus, apóia o Curso Técnico de Desenvolvimento de Software da Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha através de bolsas de estudo, definição da grade curricular e eventos e palestras do curso. O curso qualifica estudantes de Ensino Médio Completo no desenvolvimento em Java e net/banco de dados, tendo o apoio da APM - Associação de Pais e Mestres - da escola e também da Assespro/RS - Associação das Empresas Brasileiras da Tecnologia da Informação, Software e Internet. O primeiro módulo inicia em março de 2009, tem duração de um semestre e irá totalizar 360 horas/aula.
Esse é o segundo semestre que a Defferrari concede bolsas aos alunos da Liberato Salzano. Além da bolsa, os estudantes também ganham vale-transporte e vale-refeição ao longo dos seis meses do curso e, durante o dia, recebem treinamento na própria empresa. Segundo Marco Defferrari, sócio da empresa, “a iniciativa de desenvolver um curso local, focado nas necessidades das empresas da região, deve-se à escassez de mão-de-obra. Com o fomento de treinamentos especializados, com foco claro em necessidades de contratação, esperamos melhorar a oferta de mão-de-obra na região. A parceria com a Fundação Liberato é vital em função da qualidade do ensino e na preocupação com o aluno."

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MERCADO DE LUXO


Cliente de luxo não está blindado contra a crise
Após atravessarem a maior parte de 2007 ilesas, as marcas de luxo dão sinais de que também estão sofrendo. Os consumidores de alto poder aquisitivo, que até recentemente estavam blindados à crise econômica, passaram a gastar menos nos últimos meses. Os gastos no mercado de luxo começaram a decair lentamente em junho. Em outubro, no entanto, houve uma queda de 20,1%, segundo o MasterCard SpendingPulse, que estima os gastos dos consumidores no setor de varejo e serviços. Uma queda que é uma péssima notícia para as revistas e jornais norte-americanos que têm crescido cada vez mais dependentes dos anúncios de produtos de luxo. As páginas de anúncios nas revistas, voltadas para o público de luxo, caíram 22% nas edições de dezembro em comparação com o mesmo mês em 2007, de acordo com a Media Industry Newsletter. A Vogue, por exemplo, caiu de 284 páginas em dezembro de 2007, para 221 páginas para dezembro desse ano. Os anúncios do mercado de luxo foram os que continuaram fortes durante 2007 - todos os demais setores já haviam reduzido os investimentos em propaganda. Por enquanto, os homens de negócios das revistas estão tentando persuadir as marcas a manter seus compromissos em relação aos anúncios. Mais da metade dos consumidores afluentes cortaram os gastos com produtos de luxo, em comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com um estudo da Unity Marketing, empresa de pesquisa de mercado. A confiança desses consumidores na economia é a menor em cinco anos.

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