I-Press.biz Economia & Mercado | Edição 107 | Ano I

Comissão da Câmara dos Deputados aprova texto principal da reforma tributária
A Comissão especial que analisa a reforma tributária aprovou na madrugada desta quinta-feira o parecer apresentado pelo relator Sandro Mabel (PR/GO). A aprovação permite que o projeto siga na Câmara, onde deve ser submetido a duas votações em plenário para depois seguir para o Senado.
Os parlamentares dos partidos da base governista votaram a favor do texto de Mabel, enquanto oito deputados decidiram contra o parecer, em meio a tentativas da oposição de adiar a votação. Para ser aprovado, o texto precisava de maioria simples, do total de 24 deputados que integram a comissão.
A oposição não conseguiu vetar o texto. Após retirar da votação de hoje vários destaques individuais e alguns propostos por bancadas de partido - que deverão ser votados de uma única vez -, os deputados ficaram com cerca de dez emendas para votar durante a sessão.
Ao todo foram apresentados 125 destaques para mudar o texto, a grande maioria destaques simples.
Votação
De acordo com o vice-líder do governo, deputado Ricardo Barros (PP/PR), o objetivo do governo era concluir a votação dos destaques nesta madrugada, para que o texto esteja pronto e seja levado à discussão e votação, em dois turnos, no plenário da Câmara.
Os governistas esperam conseguir concluir a aprovação da proposta, no plenário da Câmara, até 10 de dezembro. No plenário, são necessários 308 votos favoráveis para ser aprovada.
Já no Senado, o presidente Garibaldi Alves (PMDB/RN) admitiu considerar difícil a votação da proposta ainda este ano na Casa. Ele lembrou que o ano legislativo acaba no dia 22 de dezembro.
Em busca do acordo para aprovar a reforma, Mabel decidiu na quarta-feira, dia 19/11, ampliar de R$ 2,8 bilhões para R$ 3,5 bilhões o valor destinado aos Estados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional. Os Estados também vão ser contemplados com mais R$ 8,2 bilhões do FER (Fundo de Equalização de Receitas) no primeiro ano de sua vigência - que tem como objetivo compensar a unificação da legislação do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).
Destaques
Um dos principais destaques aprovados hoje é o que garante a isenção do ICMS para produtos da cesta básica. Após ressalva de Mabel de que a medida possa acarretar perdas graves a Estados produtores, a Comissão entendeu que o benefício social será maior que as perdas e aprovou a proposta. O texto do relator pretende fixar entre 2% e 3% o percentual da alíquota para o imposto a ser cobrada no Estado de origem. A cobrança de ICMS sobre a comercialização de softwares (programas de computador) será discutida no plenário da Câmara após impasse na medida: o texto define que a cobrança não se aplica a softwares feitos por encomenda, que são tributados como serviço pelo ISS (principal imposto municipal).
A comissão manteve ainda a cobrança do Imposto sobre Valor Agregado (IVA-Federal) com o imposto integrando sua própria base de cálculo, o que é conhecido como "imposto por dentro". A emenda do DEM que pretendia eliminar a cobrança foi rejeitada.
Os parlamentares favoráveis à medida argumentaram que o imposto calculado independentemente do seu valor é mais transparente, porque o cidadão pode saber exatamente quanto paga. Para o deputado Paulo Bornhausen (DEM/SC), a cobrança atualmente é inconstitucional e deveria ser proibida pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Deputados rejeitaram a emenda que criaria a possibilidade de tratamento tributário especial para o serviço publico de transporte coletivo.


Lula diz que G-20 tem que impedir que recessão se alastre
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o G-20 (grupo que reúne grandes economias desenvolvidas e emergentes) tem que impedir que a recessão se alastre pelo planeta. Em discurso de recepção ao presidente da Indonésia, no Palácio do Itamaraty, Lula voltou a cobrar dos países ricos, uma solução para a crise financeira. "Não aceitamos que os responsáveis pela derrocada econômica mundial nos repassem a conta", disse. "Temos de reordenar uma arquitetura financeira internacional falida", acrescentou. Em discurso redigido, Lula evitou fazer referência às negociações da Rodada Doha, como é tradicional nas recepções a chefes de Estado, no Itamaraty. É que a Indonésia é líder do G-33 - grupo de países de economias em desenvolvimento e importadores de alimentos - que se posicionou contra mudanças no sistema comercial nas últimas reuniões da OMC - Organização Mundial do Comércio.
Lula ressaltou a importância do encontro do G-20, no último final de semana, em Washington. "Nos juntamos a outros líderes mundiais para buscar soluções emergenciais e estruturais à grave crise financeira global." Segundo Lula, "a humanidade atravessa um momento difícil". Ele disse que a solução para a crise, não pode impedir a continuidade do desenvolvimento dos países emergentes. "Exigimos soluções verdadeiramente justas e consensuais, que não façam retroceder o nosso desenvolvimento", afirmou. "Não podemos sacrificar os êxitos que tivemos na luta contra a pobreza e a desigualdade".
Lula voltou a defender maior controle do sistema financeiro. "Só com responsabilidade e transparência, garantiremos que os mercados estejam a serviço dos interesses coletivos e não da ganância irresponsável de uns poucos." O brinde ao presidente da Indonésia foi com água e suco, porque o país é muçulmano. O presidente da Indonésia, Susilo Bambang Yudhoyono, insistiu, em seu discurso, na intensificação da relação bilateral e mostrou-se disposto a intensificar a cooperação na área de etanol, que já havia sido esboçada em julho passado, na visita de Lula à Indonésia.

Presidente do grupo BME avalia boa situação da América Latina, mesmo na crise
O presidente do grupo BME - Bolsas e Mercados Espanhóis -, Antonio Zoido, destacou ontem, a "boa" posição da América Latina para enfrentar a crise econômica mundial e avaliou o acerto do investimento da Espanha na região. Zoido comentou que a boa situação da região, nos atuais momentos, foi possível graças à maturidade de seus mercados de capitais, e lembrou que em 2007, a Bolsa de São Paulo figurou entre os 10 mercados do mundo que maior financiamento canalizaram para suas empresas, em um cenário no qual as bolsas e os investidores institucionais locais têm "um papel inquestionável". Essas declarações foram feitas na inauguração do Fórum Latibex, realizado em Madri, que conta em sua décima edição com a participação de mais de 60 companhias espanholas e latino-americanas. Zoido insistiu em que a América Latina não está alheia à conjuntura internacional atual, mas a maioria dos países da região está "em melhor posição do que nunca" para enfrentar a crise, embora não estejam imunes. O presidente do BME avaliou a contribuição para o crescimento do PIB mundial dos países emergentes, que já chega a 65%, ao mesmo tempo, em que enfatizou a mudança que aconteceu no volume dessa contribuição e no maior protagonismo que alcançaram, em relação aos mais industrializados. Segundo Zoido, a região continuará crescendo, embora em menor ritmo, já que grande parte de seu desenvolvimento depende da exportação de matérias-primas. (EFE, de Madri)

Banco espanhol BBVA avalia que a América Latina escapará de recessão
O presidente do banco espanhol BBVA, Francisco González, está convencido de que a América Latina "se encontra melhor preparada para sair da crise do que em épocas passadas", e descartou que a região entre em recessão. Embora o presidente, do segundo maior banco espanhol, reconheça que a crise atual também afetou a América Latina, após o colapso do Lehman Brothers, ele mostrou otimismo sobre o futuro da região. "Estou convencido de que essa será a primeira crise econômica global em que a região não cairá em recessão", disse González durante evento em Madri. González destacou como elementos essenciais da melhor posição da América Latina, o nível de endividamento externo da região, ser menor que em crises passadas e que os países acumularam grandes reservas durante o período de altos preços de matérias-primas. "Pensamos que a região será uma das poucas do mundo com crescimento positivo em torno de 2% para 2009", previu. A região representa atualmente, mais de 40% dos resultados do Grupo BBVA. (Reuters, de Madrid)

Repsol-YPF também está otimista sobre mercado da América Latina
O presidente da petrolífera Repsol-YPF, Antonio Brufau, também se mostrou otimista no evento na capital espanhola sobre o futuro da América Latina, que representa 95% da produção do grupo. "Pela primeira vez podemos dizer que a crise não foi importada pela América Latina", disse Brufau, que previu um crescimento de 2,5% para a região em 2009. (Reuters, de Madrid)

Preços no atacado nos EUA têm maior queda em 60 anos
O PPI - índice de preços no atacado - apontou deflação de 2,8% em outubro nos EUA, no terceiro mês consecutivo de variação negativa desse indicador. Em setembro, o mesmo índice já havia registrado deflação, mas de 0,4%. A queda foi puxada principalmente, na retração nos preços de energia, que caíram 12,8% em outubro, ante uma retração de 2,9% em setembro. Segundo o Departamento de Trabalho americano, responsável pela divulgação, trata-se do maior declínio num mês, em mais de 60 anos. Economistas do setor financeiro estimavam uma deflação em torno de 1,8%. O chamado "núcleo" do índice, que exclui do cálculo os preços de energia e alimentos, apontou uma variação de 0,4%. O mercado financeiro projetava uma variação em torno de 0,1%. Os preços dos bens intermediários tiveram uma deflação de 3,9% em outubro, ante um declínio de 1,2% em setembro. Já no setor de produtos não refinados, a deflação foi de 18,6% em outubro, ante uma queda de 7,9% no mês imediatamente anterior. Os preços dos produtos industrializados tiveram uma deflação de 2,8% em outubro, contra uma retração de 0,4% em setembro.

UE prevê plano de reativação econômica de 130 bilhões de euros
A Comissão Européia, órgão executivo da União Européia, prevê um plano de reativação da economia de 130 bilhões de euros (US$ 162 bilhões), informou nessa quarta-feira, o ministério alemão da Economia. "Isso representa 1% do Produto Interno Bruto de cada Estado membro", explicou. No caso da Alemanha, o montante chega a 25 bilhões de euros, acrescentou. A Comissão Européia apresentará o plano na próxima quarta. "É prematuro discutir sobre o tamanho e a orientação detalhada desse pacote, porque o trabalho preparatório, ainda está em andamento e ainda, não houve uma decisão política definitiva sobre o tamanho do esforço e sobre as orientações", afirmou, em Bruxelas, o porta-voz do governo europeu, Johannes Laitenberger.
O porta-voz do governo alemão, Ulrich Wilhelm, disse que Bruxelas deve ter em conta, na hora de fazer seus cálculos, o dinheiro disponibilizado pela Alemanha, que acaba de lançar um programa de medidas de apoio de 32 bilhões de euros, em dois anos. "É inimaginável que nosso próprio programa não seja levado em conta" nos cálculos de Bruxelas, disse ao jornal "Financial Times Deutschland". Os apelos a um firme impulso orçamentário se multiplicam na Europa diante da rápida degradação da conjuntura, mas alguns Estados têm uma margem de manobra reduzida e o orçamento europeu não pode fazer mais do que uma modesta contribuição. A Comissão deve propor uma redistribuição de fundos de crédito já programados, com a aceleração de alguns investimentos, especialmente os que envolvem a ajuda da UE às regiões menos favorecidas. O chefe dos ministros da Economia da zona euro, o luxemburguês Jean-Claude Juncker, propôs que Bruxelas emita "obrigações em euros" para financiar projetos de infra-estrutura. (France Presse, de Berlim)

Petrobras esclarece revisão de plano de negócios, após série de notícias
Em esclarecimento sobre as notícias relacionadas ao adiamento da divulgação de seu plano de negócios para o final do ano, a Petrobras informou que não possui informações suficientes para afirmar sobre antecipação ou postergação de projetos. De acordo com a estatal, o lançamento de seu plano foi adiado para o final do ano, devido à necessidade de finalizar as análises dos projetos pretendidos, uma vez que o cenário conjuntural está passando por sérias mudanças. Portanto, afirma a Petrobras, nenhuma afirmação relacionada à antecipação ou postergação de seus projetos, e sobre os seus possíveis impactos sobre a curva de produção estimada para o próximo ano, pode ser feita. As diretrizes - Seguindo as diretrizes atuais de seu plano de investimento divulgado em agosto de 2007, que contempla o período entre 2008 a 2012, a companhia confirma sua intenção de antecipar a produção de petróleo leve e gás natural, após descobertas nas imediações na Bacia de Campos. Ademais, em relação à contratação de 40 navios-sonda e plataformas de perfuração, as doze primeiras unidades já devem entrar em operação a partir de 2012, mas ainda não existe data definida para a solicitação das 28 unidades restantes, não implicando atrasos operacionais.

Produção de aço no Japão apresenta primeira queda em 29 meses
A produção de aço bruto do Japão caiu em outubro pela primeira vez em 29 meses, conforme a crise financeira global enfraquece a demanda por carros e projetos de construção. A produção de aço bruto retrocedeu 2,7% em relação ao ano passado, para 10,1 milhões de toneladas em outubro, já que a demanda por aço, utilizado na fabricação de automóveis, teve uma forte queda, enquanto a das construtoras permaneceu estagnada, informou a Federação de Ferro e Aço do Japão nessa quarta-feira. A Nippon Steel Corp, segunda maior siderúrgica mundial, e a JFE Holdings Inc, terceira maior no setor, afirmaram no mês passado, que planejavam cortes de produção de 3% a 6% entre outubro e março do próximo ano. No entanto, Hajime Bada, presidente da JFE Steel Corp, disse recentemente à Reuters, que prevê uma redução de pelo menos, 10% na produção de lâminas de aço para automóveis no segundo semestre. As siderúrgicas japonesas são clientes da brasileira Vale, que anunciou no final de outubro cortes na produção de minério de ferro para se adequar ao cenário global de desaceleração econômica. (Reuters, de Tóquio)

Vulcabrás irá fechar unidade da Azaléia em Portão no RS
A Vulcabrás encerrará a operação na unidade da Azaléia em Portão, a 43 quilômetros de Porto Alegre. A decisão foi comunicada ontem, aos 250 funcionários da fábrica, que poderão optar entre transferir-se para a sede, em Parobé/RS, ou rescindir contrato. A Vulcabrás oferecerá transporte aos empregados que escolherem continuar na empresa. "O atual momento econômico já não nos permite manter a descentralização de nossas operações", justificou a fabricante de calçados. A companhia também colocou os impostos e a grande oferta de produtos asiáticos no mercado mundial entre os problemas enfrentados pelo setor. A Vulcabrás adquiriu o controle acionário da Azaléia em julho do ano passado. Esse foi o segundo anúncio de fechamento de fábricas de calçados no Rio Grande do Sul na semana. Ontem, a Dakota comunicou que irá desativar, nos próximos dias, sua unidade de Bom Retiro do Sul, a 100 quilômetros de Porto Alegre, diante da retração de crédito e "redução de consumo" associada a ela. A Dakota disse que irá distribuir a capacidade industrial em outras unidades gaúchas. A empresa tem oito fábricas no Rio Grande do Sul, Ceará e Sergipe. (Agência Estado)

Varejo brasileiro cresce 9,4% em setembro
As vendas do varejo brasileiro tiveram outro mês de desempenho forte em setembro, com uma expansão de 9,4% em relação ao mesmo mês do ano passado, na série sem ajuste sazonal. Com isso, o setor acumula um crescimento de 10,4% no ano e de 10,3% nos últimos 12 meses, na série sem ajuste. Com ajustamento sazonal, as vendas acumulam alta de 8% no ano e 13,3% em 12 meses. Na comparação mensal, as vendas do varejo subiram 1,2% em setembro sobre agosto, no sétimo crescimento consecutivo.O desempenho foi positivo na comparação anual (sem ajuste sazonal) em todas as atividades do varejo, com destaque para equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (50,6%); móveis e eletrodomésticos (21,3%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (17%); artigos farmacêuticos, ortopédicos, perfumaria e cosméticos (15,9%); e combustíveis e lubrificantes (13,5%). O setor supermercadista, que é o de maior peso no índice geral, registrou expansão de apenas 1,4%. O setor de móveis e eletrodomésticos respondeu por 35% do crescimento do varejo em setembro, o que foi atribuído pelo IBGE à antecipação das compras, especialmente de eletroeletrônicos, por consumidores que tentaram se antecipar a aumentos de preços provocados pela valorização do dólar. No comércio varejista ampliado (que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças; e de material de construção), em setembro as vendas cresceram 16% na comparação anual, 13,8% no acumulado do ano e 13,7%, em 12 meses. O setor de veículos, motos, partes e peças, teve uma expansão de 28,8% nas vendas, contrariando o discurso catastrofista da indústria, e acumula aumento de 20,7% no ano e de 21%, em 12 meses. Em material de construção, a expansão foi de 14,2% em setembro sobre o mesmo período do ano passado, 11,5% no acumulado do ano e 12,2% em 12 meses, refletindo as condições favoráveis da economia e as medidas oficiais de incentivo à construção civil.

Perdigão cancela acordo entre Eleva e CCL
A Perdigão anunciou nessa quinta-feira, que o contrato de parceria entre sua subsidiária Eleva Alimentos e a CCL - Central de Laticínios do Estado de São Paulo - foi cancelada. O acordo foi firmado entre a Eleva e a CCL em setembro do ano passado, um mês antes da Perdigão comprar a empresa - fabricante da linha de leites Elegê - por R$ 1,35 bilhão. Segundo a Perdigão, os "altos custos da operação industrial levaram a Perdigão a decidir pelo exercício contratual [de cancelar o acordo] dada a impossibilidade da CCL de reduzir os custos operacionais". "A operação de 15 milhões de litros/mês será transferida para a Malibu em 2009, onde encontramos um custo operacional bastante adequado à atividade." Apesar do cancelamento do acordo, a parceria com a CCL, quanto à distribuição de produtos lácteos nas cidades de São Paulo, continuará em vigor.

Indústria dá desconto de 30% a redes médias
Por já estarem com o perfil de redes que vendem grandes volumes, assim como os players do setor, empresas do pequeno e médio varejo, têm ganhado mais força na negociação com seus fornecedores. Prova disso é que começam a receber bonificações da indústria, que incluem descontos nos contratos feitos para a formação de seu estoque ao abrir novas filiais, popularmente conhecidas como enxovais; e barganhas para compor campanhas publicitárias de descontos. A central de compras gaúcha Unisuper, formada atualmente por 104 lojas associadas, cujo faturamento ano passado foi de em torno de R$ 538 milhões, é um exemplo de rede que conseguiu valores até 30% menores nos contratos estabelecidos com a indústria ao inaugurar suas lojas. As negociações especiais não ficam relacionadas apenas à expansão da rede, mas também, são adotadas em datas especiais, como aniversário.

Cetelem, MasterCard e Redecard lançam cartão de crédito co-branded
A Cetelem, financeira do grupo BNP Paribas; a MasterCard; e a Redecard estabeleceram um acordo estratégico pelo qual os clientes portadores dos cartões Aura, poderão ser utilizados em mais de 1,3 milhão de estabelecimentos comerciais em todo o Brasil, onde, atualmente, são aceitos os cartões MasterCard. O acordo prevê ainda, a conversão da atual base de mais de três milhões de cartões Aura em cartões co-branded Aura-MasterCard, ao longo dos próximos cinco anos. A parceria Cetelem/MasterCard já é realizada na Europa, onde conta com mais de sete milhões de cartões emitidos. A Cetelem lançará no início de 2009 o cartão Aura-MasterCard. A projeção é emitir dois milhões de cartões para novos clientes em cinco anos.

Shoppings podem reduzir projetos em 2009
O cenário do setor de shopping centers, que parecia inabalável mesmo com a crise econômica chegando ao Brasil, pode começar a ficar mais nebuloso no ano que vem, uma vez que 13 projetos anunciados para os próximos anos já estariam engavetados. As maiores do setor, entre elas Brascan, Multiplan e Aliansce, além de outras como BR Malls, Ancar Ivanhoe, Sonae Sierra Brasil e Iguatemi, continuam capitalizadas e com geração de caixa. Mesmo aquelas que têm parcerias com empresas estrangeiras, afirmam terem-se prevenido e não devem apresentar problemas. Empresas menores, porém, podem ter dificuldades para levar a acabo projetos e cumprir o prazo estabelecido de empreendimentos já anunciados, sem o capital necessário, o que pode, a partir do próximo ano, levar a um aumento do número de aquisições por parte das líderes do segmento.

Multiplan garante ter caixa para expansão
Com um caixa de aproximadamente R$ 115 milhões, resultado de uma captação de R$ 666 milhões após a oferta primária de ações feita antes da crise, a Multiplan, uma das maiores administradoras de shopping centers do país, mira um futuro promissor no fim de 2008 e no ano que vem. Segundo Armando d'Almeida Neto, diretor vice-presidente de Relações com Investidores da companhia, mesmo com a crise internacional o setor segue seu caminho rumo à consolidação. Essa tendência virá via aquisição ou por desenvolvimento. Há empresas menores que têm dificuldade de se desenvolver e que serão incorporadas pelos grandes grupos. A Multiplan segue seus planos de expansão. No terceiro trimestre, a companhia registrou um lucro líquido ajustado de R$ 47,1 milhões, 16,7% maior que o do terceiro trimestre do ano passado, alcançando R$ 151,2 milhões no acumulado dos primeiros nove meses de 2008.

Kopenhagen aumenta produção de Natal em 31%
A Kopenhagen, uma das principais redes de docerias do país, produzirá para esse Natal, 170 toneladas de panetones e 63 toneladas de chocolates, elevando sua produção em 31% em relação a 2007. A produção foi iniciada em setembro e os produtos estão disponíveis nas lojas desde o início de novembro. A empresa ainda prevê a produção de mais 180 toneladas de itens de linha, como os clássicos: Bala de Leite, Chumbinho, Lajotinha, Língua de Gato e Nhá Benta. A Kopenhagen espera faturar na temporada de Natal R$ 35 milhões, 22% das vendas estimadas para 2008.

Porto Alegre ganha primeira loja Timberland na Região Sul
A marca de produtos outdoor Timberland inaugurou ontem, um ponto de venda no recém-aberto BarraShoppingSul, em Porto Alegre/RS. Essa é a primeira loja da marca na região Sul e segue o novo padrão arquitetônico da marca, com a utilização de materiais reciclados e reutilizados. Segundo a São Paulo Alpargatas, licenciada da Timberland no Brasil, as lojas multimarcas continuam sendo o principal canal de vendas da marca, enquanto as lojas próprias têm o papel de agregar valor e permitir que os consumidores conheçam toda a linha de produtos. A unidade gaúcha é a 15ª loja Timberland no Brasil. A marca conta com seis lojas em São Paulo, duas no Rio de Janeiro, duas em Belo Horizonte/MG e uma em Brasília/DF, Guarulhos/SP, Campinas/SP e Goiânia/GO.

Brasil perderá 5% do PIB com feriados em 2009, diz Firjan
Um estudo divulgado nessa quarta-feira, pela Firjan - Federação das Indústrias do Rio de Janeiro - aponta que o país perderá cerca de 5% do PIB por causa de feriados em 2009. A estimativa da entidade é que serão perdidos R$ 155,6 bilhões em 12 datas nacionais e 39 estaduais. "Ao contrário do que aconteceu em 2008, das 12 datas nacionais do próximo ano, 11 vão cair em dias úteis. No caso dos feriados estaduais, das 39 datas, 29 vão cair em dias úteis", informa. Segundo a Firjan, na conta do prejuízo não estão contabilizadas as perdas com os feriados nacionais que cairão nas terças e quintas-feiras, quando podem acontecer a concessão de "pontos facultativos e enforcamentos". Além disso, também não foram considerados os feriados municipais. Para cada dia parado em 2009, prevê a entidade, o Brasil deixará de produzir o equivalente a R$ 12,9 bilhões. "Assim, chega-se ao valor de R$ 155,6 bilhões - o que equivale a dizer que o país perderia um PIB inteiro a cada 20 anos", afirmou. Nesse ano, as perdas diárias com feriados ficaram em R$ 11,6 bilhões. O levantamento afirma que parte dos bons resultados econômicos obtidos pelo país nesse ano, se deve a menor quantidade de feriados em dias úteis em uma década, com apenas oito de 12 folgas nacionais caindo em dias de trabalho. "Ainda assim, estimativas apontam para uma perda de R$ 105,1 bilhões nesse ano - valor superior a dez programas Bolsa Família ou maior que o total investido em educação e saúde pelo governo federal em 2007".

________
BASTIDOR

- Carrefour anuncia novo CEO. O grupo francês Carrefour anunciou que Lars Olofsson, atual vice-presidente executivo da Nestlé, será seu novo CEO, substituindo José Luis Duran, removido do cargo em julho, depois de 18 anos de atuação no grupo. Duran permanecerá na companhia até janeiro, quando Olofsson assumirá o posto.

- Casas Bahia continua a investir. As Casas Bahia resolveram pisar no acelerador. Três exemplos: dentro de quatro meses, a empresa vai colocar no ar seu portal de vendas na internet. Até 2010, reformará as 75 lojas instaladas em shopping centers, direcionando-as para os clientes de maior poder aquisitivo. As Casas Bahia decidiram também, entrar no Nordeste, com a abertura de um Centro de Distribuição na Bahia e 30 lojas em Salvador/BA em 2009.


________
ESPECIAL


A crise sem demagogias
Kátya Desessards, editora

A crise financeira não é um bicho de sete cabeças... o bichano sempre teve e continuará a ter uma cabeça só... enorme - por certo -... mas, uma só.

A crise financeira tem criado um cenário de pessimismo - de efeito dominó - na grande maioria dos setores produtivos e de serviços no mundo inteiro. É fato que há uma profunda desordem nas economias de diversos países – principalmente – dos desenvolvidos, que deixaram atrelar parte de suas bases de investimentos, tanto estatal como privados, a uma pretensão de reserva de crédito com uma enorme falta de segurança de retorno. A pretensão não é apenas semântica, é de fato uma postura diante da impensada fragilidade do sistema financeiro norte-americano. Isso vinha funcionando como um tipo de especulação (mesmo não admitido pelo governo americano), onde os bancos liberavam crédito sem qualquer respaldo de retorno, pois tinham como ‘garantia’ o investimento, tanto em papéis do governo como em ações das empresas do setor da construção e de outros setores afins. O problema é que bancos e grandes empresas de outros países – como Inglaterra, França, Alemanha e Japão – acreditaram também, na seguridade desse ciclo do crédito imobiliário norte-americano.
Quando o personagem principal (mutuário) não pagou o crédito cedido, o mercado financeiro entrou em crise e - a partir daí – todos os setores da economia começaram a se retrair e a perceber o quanto a cedência de crédito nos EUA é frágil, sem regras definidas e atrelada a uma posição de consumo predatório. A falência do Lehman Brothers ainda será sentida por – pelo menos – três anos e não por ele ter sido durante quase 150 anos uma instituição histórica nos EUA, mas pelas escolhas de investimentos especulativos que fez – assim como todos os bancos de crédito norte-americanos.
E foi essa postura de descrédito na lógica da volatilidade inerente ao mercado, que a crise não pôde ser freada. Desde 2004, o sistema de crédito dos EUA vinha apresentando sinais claros de que havia problemas de retorno.
Mas, apesar da fragilidade do sistema financeiro, o dólar não acompanhou a mesma lógica da crise e não perdeu valor. Ao contrário, ampliou sua força de indexador de câmbio do comércio internacional.
O nível de crescimento do PIB mundial, para 2009, deve apresentar – sim - desaceleração acentuada, mas há sinais de que o mundo não entrará em colapso como apregoam alguns economistas mais céticos quanto à capacidade de reação do mercado.
Partindo-se da lógica de que os países desenvolvidos continuaram a produzir e a possuir riquezas, esse dinheiro terá que ir para algum lugar. E a América Latina desponta como uma possibilidade de escoamento viável e lucrativo para esse dinheiro. “O Brasil será visto como um bom destino para esses investimentos”, pondera André Perfeito, economista da Gradual Corretora.
O economista avalia que o País mesmo tendo uma previsão de crescimento menor do projetado para 2009 – ficando entre 2,5% e 3% - mesmo assim, a economia interna não se encaixa na visão alarmista de desaceleração em massa. “Como no Brasil, o crescimento ainda está muito galgado no consumo das famílias e, nos últimos cinco anos, houve duas situações que ampliaram a capacidade de compra: como aumento do salário real; e o aumento do crédito; conseqüências do aumento do emprego formal, o mercado interno brasileiro sentirá sim, os reflexos da crise, mas, não perderá a sua capacidade de crescimento”, explica André Perfeito.
É fato que o crédito deve ‘minguar’ um pouco em 2009, mas é fato também, que o governo brasileiro não irá permitir que haja a deflagração do efeito reverso dessa crise na economia nacional. As medidas tomadas pelo presidente Luis Inácio Lula da Silva, de garantir crédito – principalmente – ao setor automotivo, já é um indicativo de que o Brasil está preparado para se lançar como destino para os investimentos estrangeiros, além da estabilidade nas políticas macro-econômicas. “Pode até parecer um paradoxo já que os juros ainda são altos e – ao mesmo tempo - o governo incentiva o consumo quando oferta dinheiro e crédito. Mas esse cenário – mesmo antagônico – tem refletido ao mercado interno, a segurança necessária de que haverá continuidade do crescimento, em escala menor, mas real”, explica o economista da Gradual Corretora. André Perfeito pondera ainda, que se o dólar mantiver uma postura entre R$ 2,00 e R$ 2,10 (que é a previsão para 2009) “não haverá grandes oscilações na economia em geral, a desaceleração deverá ser mais homogenia, sem grandes vítimas. O consumo de automóveis e de calçados – por exemplo – estará mais sensível, mas não é previsto retração em escala”.
No mercado de ações o cenário tem que ser analisado por outro viés. A realidade na Bovespa, porém, não acompanha a mesma lógica dos outros setores da economia – menos alarmistas, pois o ‘ânimo’ dos investidores ainda é muito influenciado pelo cenário internacional. É fato, contudo, que a base da primeira carteira de ações da Bovespa é formada de empresas com posições sólidas – nos mercados nacionais e internacionais - e com liquidez. O que gera dúvida sobre a real necessidade dos investidores nacionais, flutuarem na mesma escala de desconfiança dos investidores das outras bolsas no mundo.
O mês de outubro foi o grande exemplo desse descompasso de cenários. As bolsas européias – por exemplo – que possuem nas suas primeiras carteiras, empresas que estão de alguma maneira sendo vitimadas diretamente pela crise – ou por possuírem ações dos bancos credores americanos, ou por terem investido nas empresas do setor da construção nos EUA. A Bovespa, diferentemente, mantém em seus demais grupos de carteiras de ações, empresas de bom desempenho. “O preço do petróleo tem agido como um dos efeitos à causa do desequilíbrio e das oscilações aqui no Brasil”, salienta André Perfeito, economista da Gradual Corretora.
O ‘ânimo’ e a desconfiança do investidor é o outro efeito, esse intangível, que a Bolsa está afeta. Há uma nítida sensação, dentre vários analistas de mercado, de que a bolsa brasileira poderia se fortalecer impondo uma postura de ‘se vender’ mais caro – ou seja – definir maior peso aos cenários internos, valorizando assim, com maior ênfase, a sua carteira principal. Isso, porém, implica na quebra de alguns paradigmas, como impetrar uma ação menos volátil à análise dos cenários internos e definir ação mais moderada dos efeitos externos. As bolsas de Nova Iorque e da Europa, mesmo em ‘queda livre’, continuam a manter sua influência internacional. O fato é que a bolsa brasileira possui – hoje – maior consistência de valor e de liquidez de suas carteiras de ações.
O ano de 2009 poderá ser o ‘divisor de águas’, se a lógica de que os países desenvolvidos terão que repensar o destino de seus investimentos, já que internamente, não possuem mais tantas alternativas de expansão, por possuírem níveis de infra-estrutura e capacidade produtiva chegando ao limite. Nessa lógica, o cenário para o Brasil poderá ser melhor do que se espera. Mesmo com alguns setores vitimados com a crise, a possibilidade de retorno que o Brasil possui hoje, é seu maior ativo e diferencial no cenário internacional. Inclusive diante da gigante China, que não possui o nível de estrutura econômica e de organização interna que o Brasil. A questão é se o setor privado brasileiro está preparado ‘psicologicamente’ para deixar a postura de vítima ou alarmista... Pois a concorrência estrangeira no mercado doméstico será ainda mais acirrada a partir de 2009.


________________________
MERCADO de Ações & Futuros

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters e AFP)

Bovespa fecha em queda de 2,02% e acumula perda de 7,2% em quatro dias A Bovespa acumulou seu quarto pregão de baixa, acompanhando a derrocada generalizada das principais Bolsas de Valores mundiais. Os EUA registraram a pior deflação em 61 anos, um sinal visível de recessão. O câmbio bateu R$ 2,39, mesmo com
as intervenções agressivas do Banco Central.

-
O Ibovespa, retrocedeu 2,02% e alcançou os 33.404 pontos. O giro financeiro foi de R$ 2,89 bilhões, bastante esvaziado, mesmo para uma véspera de feriado. No acumulado desse ano, a Bolsa acumula perda de 47,7%.
-
O dólar comercial foi cotado a R$ 2,390 para venda, o que representa um acréscimo de 2,70% sobre a cotação final de ontem. A taxa de risco-país marca 492 pontos, número 5,57% acima da pontuação anterior.

Análise 1 - "Está uma onda generalizada de pessimismo. Por bem ou por mal, os governos já resolveram de alguma forma o problema financeiro, mas resta ainda o problema da economia real, que é bem mais difícil. E a Bolsa está refletindo as expectativas para os próximos trimestres, de que as margens de lucro das empresas fiquem piores devido à crise", comenta Advaldo de Campos, economista da AMW Investimentos. "Nesse cenário, a Bovespa vai buscar novos patamares, provavelmente rumo aos 30 mil pontos. Vamos ser realistas: não tem dinheiro novo e quando tem algum volume [de negócios], a maior parte é de venda", acrescenta.

Análise 2 - Segundo estatísticas da Bolsa, o saldo de investimento estrangeiro está negativo (vendas de ações superando compras) em R$ 1,2 bilhão até o pregão do dia 14/11. Nos últimos meses, o saldo também foi negativo. No ano, os estrangeiros já retiraram R$ 24,32 bilhões.

- Uma das principais notícias do dia,
o indicador CPI, o índice de preços ao consumidor dos EUA, apontou deflação de 1% em outubro. Segundo o Departamento de Trabalho americano, trata-se da maior queda para esse indicador desde fevereiro de 1947. Em setembro, o mesmo índice havia ficado estável.
- Ontem, o índice de preços
PPI (preços no atacado) reforçou as expectativas de que os EUA caiam em recessão ao registrar uma variação negativa de 2,8% em outubro, a pior deflação num mês desde 1947.

Bolsas de NY fecham em forte queda, com aumento do temor de recessão
As Bolsas americanas fecharam nessa quarta-feira, com fortes perdas, que se intensificaram ao longo do dia, devido a uma série de más notícias macroeconômicas e a dificuldade das montadoras conseguirem um pacote de ajuda financeira junto ao governo federal.

- O índice Dow Jones Industrial Average, da Nyse (Bolsa de Valores de Nova Iorque, fechou em baixa de 5,07%, indo para 7.997,28 pontos.
- O S&P 500 teve perda de 6,12%, indo para 806,58 pontos.
- A Bolsa Nasdaq recuou 6,53% no indicador Nasdaq Composite, indo para 1.386,42 pontos.
Análise - Dados macroeconômicos, divulgados na terça-feira, fizeram os investidores reforçarem seus temores quanto à gravidade da recessão nos EUA, forçando a venda em massa de papéis de empresas que deverão ser afetadas em seus resultados.

Bolsas européias caem com risco de queda em lucros de empresas
As Bolsas européias fecharam em baixa nessa quarta-feira, com o temor dos efeitos da crise sobre os lucros das empresas, em particular nos setores químico, financeiro e de commodities.

- A Bolsa de Londres fechou em baixa de 4,82%, ficando com 4.005,68 pontos.
- A Bolsa de Paris caiu 4,03% no índice CAC 40, fechando com 3.087,89 pontos.
- A Bolsa de Frankfurt caiu 4,92% no índice DAX, para 4.354,09 pontos.
- A Bolsa de Milão caiu 2,60% no índice MIBTel, ficando com 15.319 pontos.
- A Bolsa de Zurique teve baixa de 2,67%, encerrando o dia com 5.524,06 pontos no índice Swiss Market.
- A Bolsa de Amsterdã teve queda de 4,99% no índice AEX General, indo para 238,12 pontos.
Ontem, o presidente do
BCE - Banco Central Europeu -, Jean Claude Trichet, pediu cooperação maior entre os setores público e privado para superar a grave crise econômica e financeira. "Essa é a primeira vez que está em jogo o coração das finanças dos países industrializados, e atravessamos uma etapa muito difícil e turbulenta", disse. "Isso é novo, é a primeira vez que acontece desde a Segunda Guerra Mundial."
Análise - A empresa alemã do setor químico
Basf anunciou ontem, o fechamento temporário de 80 unidades de produção no mundo todo, devido à queda de demanda, além de reduzir a produção em 100 outras unidades. A empresa ainda abandonou a meta de igualar o lucro atingido no ano passado, principalmente devido à queda nas encomendas vindas do setor automotivo. No ano passado, a Basf teve um lucro de 7,6 bilhões de euros, com vendas de 57,9 bilhões de euros. Para esse ano, a Basf já abandonou a meta de igualar esses resultados. No terceiro trimestre desse ano, a Basf teve uma queda de 38% em seus ganhos, que ficaram em 758 milhões de euros. Também caíram as ações da Air Liquide (-8,6%) e Akzo Nobel (-10%).

Ação da GM cai ao seu menor nível em 66 anos
As ações das montadoras General Motors e Ford apresentam nessa quarta-feira, fortes perdas devido à resistência política em relação ao pacote de ajuda financeira de US$ 25 bilhões para salvá-las. As ações da GM recuam 15,65%, para US$ 2,61 - o valor mais baixo em 66 anos. Já os papéis da Ford perdem 23,21%, para US$ 1,29, o menor preço em 26 anos. Por sua vez, a Chrysler - que forma com as outras duas empresas o chamado "Big 3" de Detroit, berço da indústria automotiva americana - não possui ações em Bolsa.
O preço em queda livre é causado pela declaração do presidente do Comitê de Bancos do Senado dos EUA, Christopher Dodd. Ele disse não acreditar que o Congresso chegará a um acordo sobre o pacote nessa semana. "Estou ansioso para ver algo ocorrer", disse o parlamentar. "Mas, francamente, a idéia de que isso se transformará em projeto de lei, eu acho, é remota."
Os principais executivos das montadoras passaram o segundo dia seguido, no Congresso, tentando convencer os parlamentares de que o pacote de ajuda é vital para que o setor automobilístico sobreviva à atual crise econômica do país. O pacote suscita críticas, especialmente dos republicanos. Eles questionam se as montadoras estão saudáveis o suficiente para que não quebrem mesmo com a ajuda - o que deixaria o contribuinte americano sem os recursos enviados para as empresas do setor.
Pechinchas - O setor automotivo é o segundo que formou "pechinchas" na Bolsa de Nova Iorque. Empresas do ramo financeiro que quase quebraram, mas sobreviveram, também possuem atualmente, ações com preços convidativos para aqueles que não acreditam na falência delas no curto prazo. Os exemplos mais claros são da financiadora hipotecária Fannie Mae e da seguradora AIG, ambas salvas, graças a aportes financeiros do governo americano. Os papéis da Fannie Mae custam hoje US$ 0,40, contra cerca de US$ 35 no início do ano. Já os da AIG, custavam cerca de US$ 55 na virada de 2008 e agora, estão cotados a US$ 1,69. (Reuters, de Nova Iorque)


___________________
ÍNDICES ECONÔMICOS


Crise ainda não afetou mercado de trabalho
O gerente da pesquisa mensal de emprego do IBGE, Cimar Azeredo, disse ontem, que a crise internacional ainda não teve efeito no mercado de trabalho metropolitano do País. "Com toda essa turbulência internacional, o mercado de trabalho, ainda não está sentindo os efeitos da crise ao ponto de ocorrer redução do número de ocupados. Não estão ocorrendo demissões, o mercado está contratando", disse. Azeredo argumenta que a pesquisa divulgada ontem, mostrou um aumento de 0,8% no número de ocupados em outubro, ante setembro, com a geração de 176 mil vagas de um mês para o outro. Na comparação com outubro do ano passado, foram feitas 855 mil contratações. "O nível de ocupação subiu, a taxa está estável, parece não haver reflexo da crise", disse.
Azeredo observou que um dos primeiros sintomas da crise no mercado de trabalho costuma ser o aumento da informalidade, o que também não ocorreu em outubro. Ao contrário, ele destacou o aumento de 1,9% no número de contratações com carteira assinada, ante setembro.
Rendimento
A queda de 1,3% no rendimento médio real dos ocupados em outubro ante setembro, representou o maior recuo na margem, apurado pelo IBGE desde janeiro de 2006 (-1,6%). O gerente da pesquisa mensal de emprego do instituto, disse que a queda na renda ante setembro, ocorreu em quatro (São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Recife) das seis regiões pesquisadas, com aumentos apenas em Belo Horizonte e Porto Alegre.
Segundo Azeredo, o deflator da renda real, que é o INPC médio das seis regiões pesquisadas, subiu para 0,50% em outubro, ante 0,16% em setembro, o que pode ter influenciado o resultado do rendimento. Segundo ele, uma das possibilidades para explicar a queda ante mês anterior, além do deflator, pode ser também, a contratação de trabalhadores temporários em outubro, que costumam ganhar menos.
Azeredo ressaltou que, apesar da queda na renda ante mês anterior, os dados comparativos a iguais períodos do ano anterior, prosseguem positivos. A renda real subiu 4,5% ante outubro de 2007 e, na média de janeiro a outubro de 2008, é 3,3% maior do que igual período do ano passado. Mas a renda real média das seis regiões, nos 10 primeiros meses desse ano (R$ 1.247,16), ainda é 2,8% inferior do que a apurada em 2002, até o mês de outubro daquele ano.
2008
O gerente de pesquisa de emprego do IBGE disse que a série histórica da pesquisa mostra que é provável que a taxa de desemprego final de 2008, seja a menor da série iniciada em 2002. Na média de janeiro a outubro, a taxa de desemprego nas seis regiões, ficou em 8%, bem inferior à apurada na média de igual período do ano passado (9,6%). "A chance de termos uma taxa inferior a do ano passado, é muito grande", disse. Azeredo destacou também, o nível de ocupação (total de ocupados em relação à população total, acima de 10 anos de idade, nas seis regiões metropolitanas pesquisadas) em 10 meses, que é o maior da série. Em 2008, na média de janeiro a outubro, o nível de ocupação é de 52,4% e no ano passado, no mesmo período, era de 51,4%.


___________________
MERCADO FINANCEIRO


Crédito volta a circular, mas fica mais caro e restrito
Depois de praticamente secar em meados de outubro, o crédito voltou a circular na economia brasileira nas últimas semanas. Engana-se, porém, quem pensa que a mudança é suficiente para contentar os clientes, principalmente as empresas. Quem precisa de empréstimos no dia-a-dia reclama do custo mais alto, do aumento das restrições e diz que o nível ofertado é inferior ao de setembro. "O máximo que se vê é a renovação (das linhas que já existiam)", afirma o presidente da seguradora de crédito Coface, Fernando Blanco. "A melhora é insuficiente", emenda o presidente da Fiesp - Federação das Indústrias do Estado de São Paulo -, Paulo Skaf. A questão, portanto, tem um foco diferente. Não se trata mais de discutir se o crédito voltará, mas como está voltando.
A Fiesp fez uma pesquisa com 35 grandes empresas e constatou que 55% delas, sentiram mais dificuldade para conseguir empréstimos depois do agravamento da crise. Além disso, o custo aumentou. Segundo o levantamento, 60% das companhias informaram que está mais caro tomar dinheiro emprestado. A entidade apurou que o custo médio dos financiamentos subiu 56% entre janeiro e novembro. "Isso sufoca as empresas", queixa-se Skaf.
O presidente da Anefac - Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade -, Miguel de Oliveira, diz que as pessoas físicas também estão sofrendo - com a alta das taxas, maior seletividade na concessão do empréstimo e diminuição dos prazos de pagamento. "Antes, quem queria financiar uma geladeira ia à loja e apresentava o holerite. Agora, é preciso comprovar uma série de informações, como o tempo de trabalho na empresa", exemplifica.
O presidente da Acrefi - Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento -, Adalberto Savioli, confirma o aumento das restrições. "Embora tenhamos percebido uma irrigação maior (do crédito), a forma está diferente do passado", afirma. "Hoje, raramente se financia 100% de um carro. Em geral, pede-se uma entrada. O prazo máximo é de 48 prestações, em comparação com 72 antes de a crise piorar", relata.
Para alguns especialistas, não há justificativa para que as restrições e os juros cobrados pelos bancos tenham aumentado tanto. "Ser mais precavido é uma coisa, aumentar as taxas desproporcionalmente, é outra", diz o sócio da Integral Trust e ex-economista-chefe da Febraban, Roberto Troster. "(O Banco Central) tem de ver se há justificativa para os juros em determinadas situações. Sou contra tabelamento, mas, com abusos, durante algum tempo, pode ser adotado." Troster e Skaf temem os efeitos das restrições na economia real. "Os dias estão passando e, se queremos evitar um impacto maior da crise no Brasil, precisamos de custos mais acessíveis", diz o presidente da Fiesp.
O economista-chefe da Febraban, Rubens Sardenberg, avalia que, depois do pior da crise (que ele acredita já ter passado), é natural que o crédito retorne em um nível mais baixo. "A oferta será menor do que antes, mas a demanda também cairá", pondera. Ele nota que o mundo mudou totalmente. "Antes, havia uma abundância de crédito; agora, é uma nova fase, com crescimento menor." Sardenberg observa, ainda, que nem todo o dinheiro liberado pelo BC por meio da redução dos depósitos compulsórios e de outras medidas, chegou ao mercado. Nas contas da entidade, até ontem, estavam disponíveis para empréstimos R$ 56 bilhões, dos R$ 100 bilhões liberados. "O resto depende de fatores como a compra de carteiras de crédito bancos (menores pelos maiores)

______________
AGRONEGÓCIOS


Produção agrícola brasileira deve crescer 30% em dez anos
Nos próximos dez anos, o País deverá produzir 40 milhões de toneladas de grãos a mais que a produção atual. Levando em consideração as safras de soja, milho, trigo, arroz e feijão, a produção deverá saltar de 139,7 milhões de toneladas na safra 2007/08, para 179,8 milhões de toneladas em 2018/19, aumento de 28,7% no rendimento das principais lavouras.A produção de carnes deve avançar 51% no mesmo período. Carnes de frango, bovina e suína deverão saltar de 24,6 milhões de toneladas para 37,2 milhões de toneladas, um aumento de 12,6 milhões de toneladas. Outros produtos, como etanol, terão elevação de 37 bilhões de litros, o açúcar com aumento de 14,5 milhões de toneladas, e o leite, um acréscimo de 9 bilhões de litros.
Essas projeções para os próximos dez anos foram tema de palestra realizada nessa terça-feira, 18/11, no auditório da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, em Curitiba/PR. A convite do secretário, Valter Bianchini, o assessor de Planejamento Estratégico, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, José Garcia Gasques, explicou os detalhes da pesquisa aos técnicos do Deral - Departamento de Economia Rural. Além do comportamento da safra, Gasques apresentou também, os indicativos de renda agrícola conforme o VBP - Valor Bruto da Produção - previsto para os próximos 10 anos. O VBP nacional ficará em R$ 165,3 bilhões, um aumento de 16,7% em relação ao ano passado. O Paraná deve gerar R$ 22,63 bilhões, o que corresponde a 13,7% da renda nacional.
Gasques observou que os resultados das projeções, só serão obtidos se o Brasil continuar no ritmo atual. “É preciso que haja mais investimentos em logística, tecnologia e práticas agrícolas. Assim o campo estará fortalecido para atingir os resultados projetados”, afirmou. Os resultados podem ter interferência de alguns aspectos, segundo Gasques. Dentre os principais estão o clima e a recessão mundial. Segundo ele, os dois motores do crescimento da produção agrícola são as exportações e o aumento no consumo interno, que podem ser afetados pela crise. “Daí a importância em manter a diversificação da atividade agropecuária”, explicou.

Estudo reforça compatibilidade entre etanol e alimentos
A afirmativa de que não existe conflito entre a produção de etanol e a de alimentos, ganhou mais um reforço, ontem, 19/11, com o lançamento do livro Bioetanol de cana-de-açúcar - Energia para o desenvolvimento sustentável. O estudo foi lançado durante a Conferência Internacional sobre Biocombustíveis, que vai até sexta-feira, em São Paulo/SP. A publicação do BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - e do CGEE - Centro de Gestão e Estudos Estratégicos - foi elaborada em parceria com a Cepal - Comissão Econômica para América Latina e Caribe - e a Organização das Nações Unidas para a FAO - Agricultura e a Alimentação.Em entrevista coletiva, o gerente de biocombustíveis do BNDES, Paulo Faveret, destacou que a obra trata exclusivamente, sobre o biocombustível feito a partir da cana-de-açúcar, e está dirigida aos formadores de opinião do mundo todo. O estudo, realizado a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, objetiva compartilhar a experiência nacional do etanol, especialmente com os países em desenvolvimento localizados nas zonas tropicais e subtropicais.“Faltava uma análise sobre o etanol, que é o grande combustível do continente americano”, afirmou o representante regional da FAO para a América Latina e Caribe, José Graziano da Silva. “Esse documento consolida o que já se sabe sobre o etanol e coloca as dúvidas que ainda precisam ser resolvidas”, comentou.Graziano observou, ainda, que os biocombustíveis não vão substituir o petróleo, mas são um importante aditivo e de excelente qualidade para essa matéria-prima fóssil. “O petróleo deve ser poupado para usos mais nobres, como a petroquímica, por exemplo”, enfatizou.A secretária-executiva da Cepal, Alicia Bárcena, reforçou a opinião de Graziano, e defendeu a importância do etanol na agenda política internacional, principalmente no que se refere a seu impacto no meio ambiente. “O etanol produzido a partir da cana-de-açúcar, é 7,5 vezes mais eficiente que aquele produzido a partir de milho e, reduz, ainda, até 1,2% das emissões de gás carbônico na atmosfera”, completou. O livro Bioetanol de cana-de-açúcar - Energia para o desenvolvimento sustentável, pode ser encontrado no site
www.bndes.gov.br.

Brasil terá contribuição fundamental na formação de mercado mundial de etanol
“O desenvolvimento de um mercado mundial de biocombustíveis significa, para o Brasil, muito mais que produzir e vender. É desejável que outros países, também iniciem sua produção e, a transferência da tecnologia nacional, pode ser uma forma de favorecer esse mercado, principalmente, para países em desenvolvimento”. A posição é do secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Manoel Bertone, que participa da Conferência Internacional de Biocombustíveis em São Paulo. Bertone afirmou que a conferência é um momento favorável para reforçar o biocombustível como uma alternativa interessante de renda sustentável para países em desenvolvimento.Durante a 1ª sessão plenária do evento, que discute a relação entre biocombustíveis e segurança energética, o especialista americano em energia e alimentos, Paul Roberts, disse que é preciso pensar em um mundo sem petróleo por causa das limitações de fontes, dos custos e do impacto ambiental. “Nem todas as alternativas disponíveis são ambientalmente vantajosas e, nessa transição, o Brasil tem muito a contribuir com sua experiência na produção de etanol de cana-de-açúcar”, completou. Até a próxima sexta-feira, a Conferência Internacional sobre Biocombustíveis: os biocombustíveis como vetor de desenvolvimento sustentável, abordará temas como: mudança de clima, mercado internacional para esses combustíveis, segurança energética, pesquisa e desenvolvimento. Nos dias 20 e 21/11, haverá reuniões de alto nível com ministros e organismos internacionais dos quase 50 países participantes, ocasião que terá a presença do ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes.

Custos da pecuária sobem 30,56% em 2008
O COE - Custo Operacional Efetivo - da pecuária de corte apresentou alta de 1,33% em agosto, acumulando elevação de 30,56% nos oito primeiros meses de 2008. Dos dez estados que fazem parte da pesquisa, Rondônia foi o estado com a maior variação do COE nesse ano, de 40,95%, seguido por PR (40,84%) e PA (35,77%). As informações estão na edição de outubro dos Ativos da Pecuária de Corte, publicação elaborada pela CNA - Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil - e do Cepea/USP - Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo. Segundo o estudo, o sal mineral continua sendo o item mais caro dos custos de produção da pecuária, com aumento de 92,72% no ano. A pesquisa aponta também que o COT - Custo Operacional Total - em 2008, aumentou 26,93% na média nacional. Em agosto, o COT subiu 1,56%. Entre as regiões pesquisadas, a maior expansão foi verificada no Paraná, onde os custos totais subiram 36,37%. Já a arroba do boi gordo teve valorização de 26,35% na média Brasil. O levantamento da CNA e do Cepea aponta que os pecuaristas de Rondônia tiveram a maior alta nos preços pagos pelo boi, que chegou a 38,51% de janeiro a agosto dests ano.

_________________
SETOR AUTOMOTIVO


Presidente da Nissan prevê que empresa deve fechar semestre sem lucro
A fabricante japonesa de veículos Nissan deve encerrar o segundo semestre desse ano, sem registrar lucro, disse o presidente das duas marcas, Carlos Ghosn, ao "The Wall Street Journal". Segundo Ghosn, o objetivo das duas empresas é manter recursos disponíveis em caixa. Para a Renault, Ghosn (que é presidente das duas empresas) diz que deve obter uma margem de exploração de 2,5% em 2008, já que a previsão inicial do grupo (6%) não levava em consideração a crise econômica mundial. Carlos Ghosn afirmou ainda, que apóia as reivindicações das montadoras européias, que pediram em outubro, uma ajuda de 40 bilhões de euros em forma de empréstimos com juros reduzidos e benefícios para estimular os consumidores a trocar de carro. Também defendeu uma ajuda do governo do Japão às empresas do setor. No mês passado, a Nissan informou o fechamento de 3.500 empregos em fábricas da Espanha, Japão e EUA. O vice-presidente do grupo, Joji Tagawa, havia afirmado à época, que antes do fim do ano serão suprimidos 2.500 postos de trabalho permanentes em Barcelona e nos EUA, assim como mil empregos temporários no Japão. A Nissan Motor teve uma queda de 40,5% no lucro líquido no primeiro semestre de 2008-2009. (France Presse)

Fiat manterá investimentos de R$ 5 bilhões em Minas Gerais
O Grupo Fiat irá manter os investimentos, já anunciados, de R$ 5 bilhões em Minas Gerais, em projetos de expansão nas unidades de Betim, Sete Lagoas e Contagem. A garantia foi dada ontem, pelo presidente do grupo, Sergio Marchionni, ao governador Aécio Neves (PSDB), durante encontro em Torino, na Itália. O governador e a direção da empresa assinaram, também, o protocolo de intenções para a criação de um centro de inteligência em combustíveis na planta da Fiat em Betim. O projeto de ampliação das atividades do grupo no Estado, faz parte do plano de investimento de R$ 6,4 bilhões no Mercosul, no período de 2008 a 2010. Além da ampliação da Fiat Automóveis, em Betim, e da Iveco, em Sete Lagoas, o grupo vai investir na expansão da FPT Powertrain Technologies, em Betim e Sete Lagoas; da Teksid, em Betim; da New Holland Construções, em Contagem; e da Magneti Marelli, em Contagem e Lavras. A conclusão da expansão poderá gerar um incremento de R$ 11 bilhões no faturamento do grupo, dentro de quatro anos. A fábrica da Fiat Automóveis em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, é a responsável pela maior produção da marca em uma única planta. De acordo com informações da montadora, as vendas totais atingiram 574,4 mil automóveis e veículos comerciais leves nos dez primeiros meses do ano. No acumulado, a fatia de participação da Fiat no mercado, chegou a 24,7%. De janeiro a outubro, foram produzidos 654 mil veículos, equivalente a um aumento de 9,6%, em relação ao mesmo intervalo do ano passado. Na planta de Betim, além da Fiat Automóveis, também está instalada a FPT Powertrain Technologies, que produz motores e transmissões, e a Comau, de automação e manutenção industrial. A Teksid, também localizada em Betim, é a maior produtora de peças fundidas para a indústria automotiva no País. Em Sete Lagoas são produzidos veículos comerciais leves da Fiat e caminhões da Iveco, além de motores diesel da FPT. Em Contagem, ficam as fábricas da New Holland (máquinas para o setor de construção) e da Magneti Marelli. Em Lavras, está localizada a unidade de produção de amortecedores da Magneti Marelli. (Agência Estado, de Belo Horizonte/MG)

Grupo alemão Solarworld se oferece para comprar fábricas da Opel
A companhia alemã de energia solar Solarworld, se ofereceu para comprar as quatro fábricas alemãs da montadora Opel, filial da americana General Motors, por um bilhão de euros (1,26 bilhão de dólares). O fabricante de painéis solares oferecerá 250 milhões de euros em efetivo, e 750 milhões de euros, através de um crédito bancário, mas sob condições. A SolarWorld só tornará efetiva sua oferta se a Opel se separar completamente da GM, que está ameaçada de bancarrota, e se obtiver pagamentos de indenização no valor de 40.000 euros por cada trabalhador da Opel, o que totalizaria aproximadamente, um bilhão de euros. Finalmente, então, a compra da Opel não custaria nada à Solarworld. A Opel está estudando uma resposta à oferta feita, segundo um porta-voz da montadora. (AFP, de Frankfurt)

GM diz que unidade européia Opel não está à venda
A montadora norte-americana General Motors informou que sua unidade européia Opel, não está à venda, em resposta ao inesperado anúncio da companhia SolarWorld, de interesse pela empresa com operações na Alemanha. A SolarWord, fabricante de equipamentos de energia solar, afirmou que pretende fazer uma oferta inicial de US$ 1,3 bilhão pela Opel, e que pretende desenvolver a "primeira empresa européia verde de automóveis". "Trata-se de pura especulação", disse a porta-voz da GM, Karin Kirchner, em e-mail enviado da sede da GM européia, em Zurique. "A Opel não está à venda". A Opel enfrenta dificuldades e na semana passada pediu oficialmente, ajuda do governo alemão, para que oferecesse mais de US$ 1 bilhão em garantias de liquidez. O governo alemão e executivos da empresa reuniram-se, na última segunda-feira, 17/11, para discutir o assunto. (Agência Dow Jones, de Detroit)

Toyota vai interromper produção por dois dias nos EUA e Canadá
A fabricante japonesa de veículos Toyota Motor vai paralisar por dois dias, no mês de dezembro, a produção em todas as fábricas nos EUA e no Canadá, em conseqüência da redução da demanda no mercado da América do Norte, anunciou a empresa nessa quarta-feira. As 11 fábricas de montagem, produção de motores e de sistemas de transmissão da Toyota nos EUA e Canadá, ficarão paralisadas nos dias 22 e 23/12, mas os operários cumprirão o horário de trabalho, informou a porta-voz do grupo, Kayo Doi. "Nos adaptamos às condições locais, ou seja, a queda do mercado e a desaceleração das vendas. Se continuássemos produzindo, teríamos um excesso de estoque", explicou. A Toyota não revelou quantos veículos deixará de fabricar nos dois dias. As instalações da Toyota nos EUA e Canadá produziram 1,636 milhão de carros em 2007. As vendas de automóveis da marca Toyota nos EUA caíram 25,9% em outubro, em comparação com o mesmo mês em 2007, de acordo com a empresa. O mercado americano está à beira do colapso por causa da crise econômica. (France Presse)

________________________
ENERGIA & Telecomunicações


Para Anatel, 2008 já é o melhor ano para telefonia celular
O mercado de telefonia móvel registrou em outubro 4,007 milhões de novas habilitações, o que representa o terceiro melhor desempenho desde a implementação da telefonia celular no País, em 1990. Segundo a Anatel - Agência Nacional de Telecomunicações -, o resultado só perde para os meses de dezembro de 2007 (4,666 milhões de novas linhas) e dezembro de 2004 (4,416 milhões). Com isso, o Brasil atingiu, no mês passado, 144,795 milhões de assinantes do SMP - Serviço Móvel Pessoal -, dos quais 81,24% usam o sistema pré-pago, conforme dados consolidados divulgados ontem.
De acordo com a Anatel, no acumulado do ano de janeiro a outubro, foram registradas 23,815 milhões de novas adesões do SMP, o que levou a carteira total de clientes a crescer 19,68% no período. O número de novas adesões nesses dez meses de 2008 é 13,08% superior aos novos acessos habilitados em todo o ano de 2007, "o que torna 2008 o melhor ano na telefonia celular", conforme expressou a Anatel, em nota oficial.
Considerando apenas outubro, comparativamente a setembro, a base de clientes de telefonia móvel ficou 2,8% maior no mês passado. Já em relação a outubro do ano passado, quando os usuários de telefonia celular somavam 116,313 milhões, o crescimento é de 26,24%.
Estados
A teledensidade, indicador utilizado internacionalmente para demonstrar o número de telefones em serviço a cada grupo de 100 habitantes, atingiu a marca de 75,24% em outubro. Um ano antes, esse índice era de 60,42%. O Distrito Federal é o local com maior número de linhas de telefone celular, exibindo uma teledensidade de 131,65%. O Rio de Janeiro, segundo colocado no ranking, mostra 93,54%. Em terceiro lugar vem o Mato Grosso do Sul, com teledensidade de 90,83%.
Os maiores crescimentos da teledensidade em outubro foram registrados nos Estados de São Paulo, Ceará, Pernambuco, Piauí e Espírito Santo. Quando observados os avanços até outubro no ano e nos últimos 12 meses, o destaque fica com Estados do Nordeste e do Norte.
Na classificação por regiões, conforme os dados consolidados da Anatel, a região Centro-Oeste lidera, com 91,47% de teledensidade. Depois vem o Sudeste (84,56%), Sul (79,75%), Nordeste (59,88%) e Norte ( 56,12%).
Empresas
A Oi foi a única operadora de telefonia móvel a ganhar participação de mercado em outubro, saindo de 15,53% em setembro para 16,21%, embora siga na quarta colocação do ranking elaborado pela Anatel.
A Vivo continua no topo, apesar do recuou em outubro para 29,74% de participação no mercado, contra 30,03% indicados em setembro. Na seqüência está a Claro, cuja presença no mercado de celulares ficou praticamente estável entre setembro (25,33%) e outubro (25,31%).
Na terceira posição vem a TIM, com 24,70% dos assinantes do SMP em outubro. Em setembro, a operadora tinha 25,02% do mercado. Depois da Oi, a BrT Móvel aparece na quinta posição, com 3,67% - contra uma fatia de 3,73% registrada em setembro.
Tecnologias
A tecnologia GSM continua em expansão e na liderança do mercado, com 127,419 milhões de acessos (88% do total). A tecnologia CDMA tem 14,020 milhões de habilitações (9,68%) e a TDMA, 1,882 milhão (1,3%). A tecnologia analógica AMPS possui apenas 12,3 mil pontos de acesso (0,01%).

_________________
COMÉRCIO EXTERIOR


Rússia reduz cota de importação de carne suína e de frango
O governo da Rússia decidiu reduzir a cota de importação de carne de frango para 2009 em 300 mil toneladas, para 952 mil toneladas, informou ontem, o Ministério da Agricultura. E as importações de carne suína, acima da cota normal, serão reduzidas em 200 mil toneladas. Segundo o ministério, as importações de carne suína em 2008 podem atingir 700 mil toneladas, e em 2009 devem chegar a 500 mil toneladas. O ministério afirmou que o corte nas importações será compensado por um aumento na produção nacional de carne suína e de frango, que é previsto em 8% e 16%, respectivamente. (Agência Dow Jones, de Moscou)

País exige repasse de tecnologia na compra de armas
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou ontem, no Itamaraty, que o governo brasileiro será favorável à conclusão de uma compra de equipamentos de defesa russos, somente se a operação garantir transferência de tecnologia. Na próxima semana, a operação será um dos temas do encontro que o presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, terá no Rio de Janeiro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo Amorim, os negociadores russos estão muito bem informados sobre a condição imposta pelo Brasil para fechar o negócio e sabem também, que a opção de compra não é exclusiva para a Rússia. "O Brasil não comprará equipamentos militares sem a transferência de tecnologia, porque a compra faz parte de uma política de desenvolvimento industrial e tecnológico nacional", disse o ministro. Perguntado se causa preocupação ao governo brasileiro a realização de exercícios militares conjuntos por Venezuela e Rússia, Amorim respondeu que não. No entanto, ele afirmou, em tom de ironia, que não sabe para que servirão esses exercícios.

Exportação de ovos para os países árabes quintuplicaram
De janeiro a outubro de 2008, as exportações brasileiras de ovos para os países árabes cresceram 423%, em relação ao mesmo período de 2007. Saltaram de US$ 6,14 milhões para US$ 32,14 milhões. Em volume, passaram de 16,5 milhões de dúzias, nos primeiros dez meses de 2007, para 46,7 milhões de dúzias de janeiro a outubro de 2008. Graças a esse crescimento, os países árabes passaram a ser o principal destino das exportações nacionais de ovos. “Em 2006, a região era o terceiro maior destino e recebia 9,5% dos ovos exportados pelo país. Hoje esse percentual já ultrapassa 46% do total exportado”, explica o gerente do Departamento de Desenvolvimento de Mercados da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, Rodrigo Solano. No geral, as exportações brasileiras de ovos cresceram 111% de janeiro a outubro de 2008, quando comparadas a igual período do ano passado. Passaram de US$ 33 milhões para US$ 69 milhões.
De acordo com Solano, entre os destinos árabes para as exportações brasileiras de ovos, 65% vão para Emirados Árabes Unidos. Omã, Catar, Kuwait e Iraque também são mercados importantes. O gerente destacou também, o potencial de países árabes que ainda registram importações modestas, como a Arábia Saudita. “Numa missão comercial que realizamos ao país em fevereiro desse ano, visitamos várias redes de hipermercados, como Hyper Panda, bem como os ministérios do Comércio e da Indústria, e praticamente todos necessitavam de alimentos, entre eles ovos, frutas e sucos”, observou Solano. Segundo ele, a Arábia Saudita é um mercado gigantesco; representa aproximadamente ¼ de tudo o que os países árabes importam do mundo e cerca de 27%, do que o Brasil exporta para os países árabes. "Mais do que um centro de compras, os hipermercados locais têm uma parcela de lazer", destacou.
Solano disse ainda, que o Departamento de Comércio Exterior da Câmara Árabe tem o contato de todas as empresas sauditas e pode repassar para os empresários brasileiros interessados. “É interessante os exportadores brasileiros verificarem junto aos importadores, informações sobre exigências e especificações. Uma dica é acessar o site da Saso (
www.saso.org.sa)”, recomendou. “O site da Câmara de Comércio Árabe Brasileira – www.ccab.org.br - possui várias informações. Na sessão Links Úteis e Parceiros, por exemplo, é possível localizar muitos dados e contatos”, completou.
Exportação de melão para UE deve crescer 10%, prevê Cepea
O Brasil deve exportar 230 mil toneladas de melão para o mercado europeu na temporada que se encerra em março do próximo ano, volume 10% acima do embarcado na temporada passada. Segundo as pesquisadoras Lilian Cabral Missura e Joseana Arantes Pereira, em artigo publicado na revista Hortifruti Brasil, do Cepea/Esalq - Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada. Segundo as pesquisadoras do Cepea, as exportações de melão brasileiro à Europa não devem diminuir em novembro, mesmo com a chegada do inverno naquele bloco, em dezembro. "Ao mesmo tempo em que o frio reduz o consumo da fruta, as festas de fim de ano, aquecem o mercado". Citando dados da Secex - Secretaria de Comércio Exterior -, as pesquisadoras comentam que o volume da fruta embarcada à União Européia, de julho a setembro desse ano, aumentou 17% em relação ao mesmo período do ano passado, totalizando 40,3 mil toneladas no período. "Quanto à receita, houve elevação de 37% no período, favorecida pelos reajustes nos preços e pela boa qualidade da fruta." Nas consultas entre os agentes do setor, as pesquisadoras constataram que os exportadores temem reduções das vendas, por causa da crise internacional. "Já no correr de outubro, vários setores, incluindo o de frutas, sentiram o impacto da redução de recursos para adiantamento de crédito de exportação – ACC - Adiantamento de Contrato de Câmbio".

___________________________
LOGÍSTICA & INFRA-ESTRUTURA


Terminal 3 passa a operar todos vôos da Emirates
Com a inauguração da última fase do Terminal 3, todos os vôos da Emirates passam a ser operados no mais novo e exclusivo terminal no Dubai International Airport. A malha de rotas da empresa, agora conta com 91 destinos em seis continentes e continua em expansão. Segundo Sheik Ahmed bin Saeed Al-Maktoum, Presidente e CEO da Grupo Emirates: "O Terminal 3 da Emirates não é apenas um símbolo do nosso sucesso ou de nossos planos ambiciosos, mas um testemunho de nosso conhecimento acerca das necessidades dos clientes. Nossos passageiros merecem ser tratados com o estilo, luxo e com a hospitalidade que eles já se acostumaram a receber e esperar da marca Emirates. Nós recebemos elogios maravilhosos de nossos passageiros, atestando os valores corporativos de excelência em serviços e inovação". Nos primeiros dias de operações, as instalações do T3 foram submetidas a uma série de testes e simulações, sempre com resultados positivos, conseqüência do meticuloso planejamento e execução do projeto. Os passageiros que passaram pelo T3 aprovaram as novas facilidades, como o check-in online ou os quiosques self-service da Emirates, além dos serviços especiais como: Lounges exclusivos para Primeira Classe e Executiva; espaço de compras com mais de 29 lojas, em 11.000 m²; três spas; entre outras atrações. A Emirates vai continuar a marcar presença no Terminal 1 do Aeroporto Internacional de Dubai, operando em 12 portões e também, nos Lounges da Primeira Classe e Classe Executiva. Os terminais estão conectados e todos os passageiros da Emirates passarão pelo Terminal 3 - seja na chegada ou na saída de Dubai.

Utilização do Rio Jacuí no RS como meio de transporte será retomada hoje
O diretor-superintendente da SPH - Superintendência de Portos e Hidrovias -, Gilberto Cunha, representa o governo do Estado nesta quinta-feira, 20/11, na volta da utilização do Rio Jacuí como modal de transporte de cargas. O evento “Jacuí abrindo seus portos” marca a retomada do transporte fluvial para o carregamento de arroz na região Central do Estado. A presença do superintendente da SPH em Cachoeira do Sul foi confirmada pelo deputado Adolfo Brito (PP), que também, irá acompanhar o embarque da carga prevista e participar de reunião-almoço na Sociedade Rio Branco. “Depois de 18 anos sem utilização desse importante e necessário meio de transporte, entramos numa nova etapa, de valorização do potencial hídrico de nossa região”, destaca o parlamentar. Autoridades estaduais, lideranças da região e empresários, irão assistir, às 10h15min, a Coriscal e sua parceira Cereais Araguaia carregar 1,1 mil toneladas de arroz em um barco da Navegação Aliança, no terminal da Cesa. Após a visita ao rio acontece a reunião-almoço “Jacuí abrindo seus portos”, promovida pela Cacisc - Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Cachoeira do Sul. Durante o evento, o superintendente da SPH irá expor os investimentos previstos em infra-estrutura hidroviária no Estado. Cunha irá representar o secretário de Infra-Estrutura e Logística, Daniel Andrade.

Fretes sofrem queda pela segunda vez
O frete cobrado em todos os modais de transporte dos EUA sofreu uma queda em setembro último, pelo segundo mês consecutivo. Na semana passada, o Departamento de Estatística do Transporte norte-americano relatou que o custo das operações logísticas caiu de 2,5% para 1% do valor total do produto final. Segundo o órgão, que conta com dados de fretamentos rodoviários, ferroviários, fluviais, aéreos e de gasodutos, foi constatado um decréscimo durante o ano, que registrou, nos primeiros nove meses, uma redução de 0,3%. O indicador fechou setembro cotado em 108 pontos, valor 4,5% menor do que o pico que a taxa atingiu em novembro de 2005.

_______________
MERCADO ONLINE


Microsoft descarta aquisição e derruba ações do Yahoo!
O executivo-chefe da Microsoft, Steve Ballmer, descartou nesta quarta-feira (19) uma aquisição do Yahoo!, mas disse que sua empresa estava interessada em retomar as negociações quanto a uma parceria em serviços de busca.
As ações do Yahoo! caíram 13% depois da declaração. Isso acabou revertendo os avanços
registrados nesta semana devido às esperanças de investidores quanto a uma nova oferta da Microsoft pelo grupo, agora que Jerry Yang, que era contrário ao negócio, anunciou que deixará o posto de executivo-chefe. "Permitam-me ser tão claro quanto venho tentando ser sobre esse assunto, publicamente: nós deixamos para trás toda a possibilidade de negociar a aquisição do Yahoo!", disse Ballmer, durante a assembléia anual de acionistas da Microsoft.
"Já repeti a afirmação diversas vezes. De alguma forma as pessoas continuam a se confundir", acrescentou Ballmer. "Nós achávamos que tínhamos uma proposta que fazia sentido. Não fez sentido para eles. Nós a deixamos para trás." Por outro lado, a Microsoft afirmou que continua interessada em um acordo sobre serviços de busca com o Yahoo!. "Não temos discussões ativas quanto a isso. Mas estaríamos muito abertos à idéia."
Co-fundador do Yahoo!, Yang deixa o cargo de executivo-chefe da empresa poucos meses após rejeitar uma proposta de compra de US$ 33 por ação feita pela Microsoft --o triplo do atual valor de mercado da companhia. Ele vai assumir um posto no Conselho de Administração assim que a diretoria indicar seu sucessor. Yang também amargou o fracasso do acordo com o Google para publicidade on-line. Pelo acordo, o Yahoo! iria exibir anúncios comercializados pelo Google em seu sistema de buscas e outros sites. As receitas obtidas seriam divididas entre as empresas. O Yahoo! esperava obter US$ 800 milhões por ano de faturamento com o negócio - o valor estimado para os primeiros 12 meses era de US$ 250 milhões a US$ 450 milhões. (Reuters, de Nova York)

Publicis compra agência online brasileira Tribal
O grupo francês de propaganda Publicis anunciou no início da noite de quarta-feira, a compra da agência brasileira de publicidade online Tribal por um valor não revelado. A Tribal, que tem entre seus clientes a Philips e a Microsoft, será parte da unidade de marketing digital da Publicis - a Digitas -, comprada em 2006 e que opera na Inglaterra, Cingapura, China e França. A Publicis informou no mês passado que conta com o setor digital e com mercados emergentes para ampliar sua participação de mercado e proteger margens diante da redução de ritmo do mercado de publicidade. O quarto maior grupo de comunicação do mundo, tem como objetivo gerar um quarto de seu faturamento, a partir de atividades digitais até 2010, e outro quarto em mercados emergentes. "A aquisição da Tribal é importante para o fortalecimento de nossas operações globais e para a expansão da rede da Digitas para a América Latina", informou a Publicis em comunicado. "O Brasil está posicionado para um crescimento significativo da penetração da Internet e da banda larga nos próximos dois anos", acrescentou a empresa. No terceiro trimestre de 2008, a Publicis teve crescimento orgânico de receitas de 9,9%, para 62 milhões de euros (78,27 milhões de dólares), na região da América Latina, ante expansão de 3,9%, para 1,105 bilhão de dólares, no mundo. (Reuters, de Paris)

_____________
MERCADO DE TI


Nvidia lança supercomputador de baixo custo com velocidade de 4 teraflops
A
Nvidia, fabricante de processadores gráficos e outros equipamentos, anunciou um novo computador de baixo custo e que pode ser ligado em cluster. Com isso, disse a empresa, os supercomputadores estão ficando mais acessíveis. Para reforçar essa idéia, a Nvidia inclusive batizou o produto de Tesla Personal Supercomputer. O computador tem como base o arquitetura Cuda de processamento paralelo. Dentro dele vão placas que carregam o processador gráfico Tesla C1060. Segundo a companhia, esses computadores podem ter até 250 vezes o poder de processamento de um PC comum. Esses "supercomputadores pessoais" tem até 4 teraflops (4 trilhões de operações por segundo) de velocidade e podem ser usados em simulações complexas e no processamento de números, disse a Nvidia.O preço das máquinas, porém, está longe de ser pessoal. A estimativa é que cada unidade do Tesla Personal Supercomputer seja vendida por 10 mil dólares. Ainda assim, o preço é bem mais em conta do que o custo de um grid de computadores, que pode chegar a centenas de milhares de dólares. Segundo a Nvidia, as máquinas serão vendidas por empresas como a Dell, a Lenovo e a Asus, entre outras.

________________
MERCADO DE LUXO


O futuro do mercado de luxo
O mercado mundial de bens de luxo, considerado no passado imune às flutuações econômicas, começou a sentir os efeitos da redução do ritmo econômico mundial. Provavelmente, deve entrar em recessão em 2009, de acordo com os resultados divulgados na 7ª edição do estudo Luxury Goods Worldwide Market Share, da Bain & Company. No entanto, um aumento de gastos em artigos de luxo ao longo dos próximos cinco anos pela elite mais abastada, variando entre 20% e 35% nos mercados emergentes (incluindo Brasil, Rússia, China e Índia), juntamente com a força de várias tendências mundiais, traz otimismo sobre as perspectivas.O estudo constatou que o crescimento global das vendas de bens de luxo deverá cair abruptamente para 3% em 2008, chegando a €175 bilhões. A taxa de crescimento mais lenta contrasta bastante com o crescimento de 9% em 2006 e de 6,5%, observado em 2007. Para 2009, os bens de luxo enfrentarão sua primeira recessão em seis anos, à medida que as flutuações da taxa de câmbio e as turbulências da economia minam a confiança de muitos consumidores de bens de luxo em mercados maduros. Haverá um declínio de 7% nas vendas globais de bens de luxo em 2009, usando taxas de câmbio constantes, em contraste com um possível declínio de 2%, usando as taxas de câmbio atuais. Ironicamente, pode ser a primeira vez na história, afirmam os autores, que as flutuações da moeda teriam um impacto positivo no crescimento do mercado de artigos de luxo. "O impacto da crise financeira irá causar recessão em alguns setores”, afirmou Claudia D'Arpizio, sócia do escritório da Bain, sediado em Milão, e principal autora do estudo. “O quanto e por quanto tempo, depende, em parte, de como as empresas irão reagir. As que mais resistirão são aquelas que possuem marcas internacionais fortes e diversificadas.”Apesar de um lento 2008 e da perspectiva de queda em 2009, a Bain prevê que o mercado de luxo deverá voltar a crescer rapidamente, à medida que mais e mais consumidores entrarem no segmento de luxo no mundo todo. D'Arpizio sugere que os players de produtos de luxo sigam três “regras de ouro” para crescerem mais rápido, quando houver novo aquecimento do setor:
- Maior Foco no Consumidor - Repensar a experiência da compra na loja e sustentar o crescimento com iniciativas de marketing localizadas.
- Foco no Crescimento Orgânico – Desacelerar a expansão do varejo e fortalecer a oferta de produtos de entrada, aumentando seletivamente outros preços. Evitar o aumento dos preços em todo o portfólio.
- Criar uma Cultura de Custos Inteligente – Procurar redução de custos (no capital de giro, G&A, cadeia de suprimentos), evitando cortar custos estratégicos (marketing e desenvolvimento). Não investir menos que seus concorrentes.
“As marcas têm de resistir à tentação de cortar investimentos em criatividade e trabalhar na promoção de uma experiência de compra muito especial para o consumidor", adverte D'Arpizio. "Tal como aconteceu com a desaceleração no início dessa década, as marcas que cortaram despesas gerais, enquanto investem em seus consumidores e produtos, estarão em melhor condição de recuperação quando a economia voltar a crescer”. (HSM Online)

__________
EXPEDIENTE


Produção: WLine.biz - Intelligent Business Strategies / wline@wline.biz
Revisão: Professora Lúcia Iná Sá d’Oliveira / + 55 51 9299.1274
Colaborador: Nilton Santolin / www.niltonsanolin.com.br


Os direitos autorais deste Blog são protegidos pela lei nº 9.610/98.
I-Press.biz - Copyright © 2008 - Todos os direitos reservados a Kátya Desessards