I-Press.biz Economia & Mercado | Edição 106 | Ano I

Canadá investirá cerca de US$ 1,2 milhão em empresas brasileiras em 2009
“O Brasil é inovador em ciência e tecnologia”, disse o ministro do comércio internacional e da Ásia-Pacífico do Canadá, Stockwell Day, na tarde dessa última segunda-feira, 17/11, quando ele e o ministro da Ciência e Tecnologia do Brasil, Sérgio Rezende, assinaram um acordo com o objetivo de impulsionar a colaboração em pesquisa e desenvolvimento nas áreas de ciência, tecnologia e inovação, entre os dois países.
Em 2009, primeiro ano do acordo, as empresas do Canadá receberão 1,5 milhão de dólares canadenses (aproximadamente de 1,2 milhão de dólares americanos) para investir em companhias brasileiras. Em 2007, o Brasil foi o sétimo maior investidor financeiro do Canadá. “No ano passado foram negociados cerca de 2 milhões de dólares canadenses no setor de Tecnologia da Informação do Brasil”, conta Day. “Para que parcerias como essa aconteçam, é necessário que os dois países contem com uma força financeira e política estáveis, além de mão-de-obra qualificada”, explica o ministro canadense.A parceria beneficiará também, as áreas de agricultura, biotecnologia, nonotecnologia, farmacêutica, aeroespacial, comunicações e desenvolvimento de energias renováveis.
Ainda de acordo com Day, as instituições financeiras de todo o mundo têm classificado as economias de Canadá e Brasil, como sólidas e, mesmo diante da
atual crise, as expectativas para o próximo ano são positivas. “Estamos maduros para fazermos boas parcerias”, afirma.
O acordo possibilitará que mais empresas canadenses, a exemplo da fornecedora de soluções de telecomunicações
Nortel Networks - que soma 300 colaboradores brasileiros -, atuem no País.

InBev compra Anheuser-Busch e se torna maior cervejaria do mundo
A cervejaria belgo-brasileira InBev anunciou nessa terça-feira, que concluiu a compra da americana Anheuser-Busch, fabricante da Budweiser, em uma operação que totalizará US$ 52 bilhões e criará o maior grupo de cerveja do mundo. A combinação das duas empresas "cria o líder global no setor de cerveja e uma das cinco maiores empresas de bens de consumo", afirmou a Inbev em comunicado. A operação é "uma transação histórica", afirmou o executivo-chefe da InBev, Carlos Brito. Para ele, o sucesso da operação virá da integração das marcas e métodos de trabalho das duas companhias. A compra, que custará à InBev US$ 70 por ação, foi concluída depois que os acionistas das duas companhias, aprovaram o negócio. Os acionistas da Anheuser-Busch aceitaram o acordo no último dia 12/11, e o Departamento de Justiça dos EUA deu seu aval no último dia 14/11. O processo de fusão se iniciou em 14 de julho desse ano. Segundo os termos do acordo, o novo grupo passará a se chamar Anheuser-Busch InBev, a fim de "manter a herança e tradições" da companhia americana. A negociação foi
alvo dos americanos, que criaram sites e canções de protestos contra a saída de marcas como a Budweiser da "propriedade" dos EUA. A Anheuser-Busch manterá sua sede de Saint Louis, em Missouri, que por sua vez, se transformará na base de operações de todo o grupo para a América do Norte. Com 26% do mercado global, três das cinco maiores marcas de cerveja, e uma produção anual de 460 milhões de hectolitros, estimativas apontam que a nova cervejaria produzirá 60% a mais do que seu competidor mais próximo. A InBev traz consigo as marcas Stella Artois e Beck's. (Efe, de Bruxelas)

Walmart planeja aproveitar a crise para ganhar participação de mercado
O gigante americano de distribuição Walmart quer se beneficiar da crise e aumentar sua participação no mercado americano, contando para isso, com sua estratégia de preços baixos, anunciou nessa terça-feira o diretor-geral da Walmart USA, Eduardo Castro-Wright. Até o terceiro trimestre de 2009, o Walmart espera abocanhar cerca de 40% do crescimento esperado no comércio varejista nos EUA, de acordo com uma apresentação feita em uma conferência de analistas organizada pela Morgan Stanley. No terceiro trimestre desse ano, o grupo estima ter conseguido pelo menos, 15% desse crescimento. Na origem desse dinamismo, o diretor apontou, sobretudo, "a liderança em termos de preço", "a comunicação integrada ao redor da marca", "a otimização do espaço", "a cordialidade" e "a limpeza" de suas lojas. No terceiro trimestre, a rede varejista foi uma das poucas do setor que teve crescimento no lucro. Ela teve ganho de US$ 3,14 bilhões, 10% a mais do que no mesmo período do ano passado. Além disso, suas vendas no mês de outubro tiveram alta, enquanto o setor como um todo, vendeu 0,4% menos em relação a setembro. (France Presse, de Nova York)

Latibex aborda oportunidades de investimento na América Latina
O Fórum Latibex, que começa hoje, em Madri, com a participação de diretores de 60 companhias latino-americanas, analisará as expectativas das empresas da América Latina e da Espanha, e as oportunidades de investimento na região, com foco nos setores imobiliários de Brasil e Chile. Participarão do ato inaugural os presidentes da Eletrobrás, José Antonio Muniz; da Telefónica, César Alierta; da Repsol-YPF, Antonio Brufau; e do BBVA, Francisco González. Na próxima quinta-feira, os participantes, entre eles representantes de companhias como OHL, Endesa, Petrobras, Cemex e Salinas, abordarão o desenvolvimento de infra-estruturas e a evolução dos mercados de matérias-primas, como o petróleo. Os efeitos da crise econômica nos mercados financeiros e o papel que desempenham em momentos de crise, os pequenos investidores e acionistas, serão os temas analisados na sessão de encerramento, na sexta-feira. Segundo fontes da organização, esse fórum é "uma porta de entrada" das companhias latino-americanas à zona do euro e um ponto de união dos mercados de valores da Europa e América. O Latibex é o mercado da Bolsa de Madri no qual cotam em euro mais de 30 empresas latino-americanas. (Efe, de Madri)

Dakota fecha fábrica de calçados no Rio Grande do Sul
A indústria de calçados Dakota irá desativar, nos próximos dias, sua unidade de Bom Retiro do Sul, a 100 quilômetros de Porto Alegre/RS. A medida representa um ajuste de estratégia diante da retração de crédito e "redução de consumo" associada a ela, conforme a companhia. A Dakota disse que irá distribuir a capacidade industrial em outras unidades no Rio Grande do Sul. A empresa tem oito fábricas no Rio Grande do Sul, Ceará e Sergipe. Os funcionários da unidade foram informados ontem, da decisão. A fábrica ainda mantinha cerca de 300 empregados, após 70 demissões em novembro, e outras 70 em outubro, segundo dados do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Calçados de Bom Retiro do Sul e Fazenda Vila Nova. Apesar da desativação da unidade, os sapateiros não devem encontrar dificuldades de contratação na cidade, onde o setor tem ampliado vagas no último mês, disse o vice-presidente do sindicato, Paulo Conceição. A mesma situação é sentida em Nova Petrópolis, no nordeste gaúcho, onde a Dakota tem uma de suas fábricas. O ano deve encerrar com aumento em torno de 20% nas contratações no setor na cidade, em comparação a 2007, estimou o presidente do Sindicato nas Indústrias de Calçados de Nova Petrópolis e Picada Café, João Ricardo Schaab.
Até recentemente, a indústria calçadista registrou sinais distintos entre as empresas com perfil exportador e aquelas com dedicação ao mercado interno. A Abicalçados divulgou ontem, que o setor teve queda de 6,1% no volume de pares exportados de janeiro a outubro, ante 2007, na maior retração do ano. Foram embarcados, nesse período, 139,9 milhões de pares, em comparação a 149,1 milhões em 2007. O faturamento com as exportações caiu 0,6% em dólares, para US$ 1,6 bilhão, e 12,66% quando convertido para reais, para R$ 2,784 bilhões. A queda de receita não seguiu o mesmo ritmo do volume por causa do aumento de 23,1% no preço médio do calçado.
Apenas em outubro, os embarques caíram 25,5% em relação ao mesmo mês de 2007, para 12,3 milhões de pares. Os três principais Estados exportadores são Rio Grande do Sul, Ceará e São Paulo. A Abicalçados avaliou que eles vivem realidades diferentes, mas todos tiveram valorização do preço médio do calçado. Apenas o Ceará registrou aumento de volume e faturamento com exportações. São Paulo teve a maior queda em volume embarcado de janeiro a outubro, de 30,7%.
Os trabalhadores na indústria consideram que não há clareza sobre o diagnóstico de problemas que afetam o setor, que teoricamente, seria beneficiado pela valorização do dólar, mas de forma geral as exportadoras relatam que operam com prejuízo. Uma das razões seria o recuo nas compras dos EUA. (Agência Estado, de Porto Alegre)

Vendas do comércio sobem 1,2% em setembro
As vendas no comércio no país cresceram 1,2% em setembro, na comparação com o mês anterior, segundo dados divulgados nessa terça-feira, pelo IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Em relação a setembro de 2007, houve alta de 9,4%. No acumulado de 2008 até setembro, o comércio tem crescimento de 10,4% na comparação com o mesmo período um ano antes. Nos 12 meses até setembro, as vendas cresceram 10,3%. Ao mesmo tempo, a receita nominal de vendas no comércio cresceu 1,3% em setembro, na comparação com agosto. Em relação a setembro de 2007, a receita teve expansão de 15,7%, com destaque para o setor de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, cuja alta foi de 6,6% em relação a agosto. Em relação a setembro de 2007, a alta foi de 34,3%. O crescimento de 1,2% foi o sétimo consecutivo, considerada a comparação com o mês imediatamente anterior. Na comparação com agosto, todos os dez setores pesquisados, registraram crescimento em volume de vendas, com destaque para o setor de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, cuja alta foi de 6,9%, seguido de veículos, motos, partes e peças, com alta de 5,5%, e móveis e eletrodomésticos, com avanço de 3,1%. Em relação a setembro de 2007, todas as dez áreas avaliadas, também apresentaram expansão, principalmente os setores de setor de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, com avanço de 50,6%; móveis e eletrodomésticos, com alta de 21,3%; e outros artigos de uso pessoal e doméstico, com avanço de 17%.

Pequeno varejo tem alta de 15,3% em setembro
As pequenas empresas do varejo paulista registraram alta de 15,3% nas vendas em setembro, na comparação anual. Os resultados ainda não apontam nenhum efeito da crise econômica global, e derivam do crescimento do emprego e da renda real. A informação foi divulgada pela Fecomercio-SP - Federação do Comércio do Estado de São Paulo -, como parte da PCPV - Pesquisa Conjuntural do Pequeno Varejo. Dos sete setores pesquisados, seis apresentaram crescimento das vendas na comparação anual: Material de Construção (37,5%), Lojas de Móveis e Decorações (14,8%), Farmácias e Perfumarias (13,1%), Lojas de Eletroeletrônicos (8,5%), Vestuário, Tecidos e Calçados (8,2%), Alimentos e Bebidas (6,7%). Houve queda apenas em Autopeças e Acessórios (-6,8%).

Lojas de conveniência faturam mais de R$ 2,2 bilhões
O setor de lojas de conveniência fatura mais de R$ 2,2 bilhões por ano, registrando um crescimento anual de cerca de 20%, de acordo com dados da Abiesp - Associação Brasileira das Indústrias de Equipamentos para Postos de Serviços. O segmento é composto por indústrias fornecedoras de produtos, prestadores de serviços e revendas que atuam no segmento dos postos revendedores de combustíveis. Atualmente, o Brasil conta com cerca de 7 mil lojas de conveniência. O prognóstico é que esse número aumente para aproximadamente 15 mil, até 2012.


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ESPECIAL

Brasil é 7º em ranking de satisfação com a vida na América Latina
O Brasil ficou em 7º lugar em um ranking que mede a satisfação com a vida entre os moradores de 24 países da América Latina e Caribe feito pelo BID - Banco Interamericano de Desenvolvimento - e divulgado ontem à tarde. Com pontuação de 6,2 (em uma escala de 1 a 10), o Brasil divide a 7ª posição com a Colômbia e a Jamaica. Os resultados estão em um estudo lançado como parte da série Desenvolvimento nas Américas, nesse ano, intitulada Além dos fatos: compreendendo a qualidade de vida. O país com o maior nível de satisfação com a vida na região foi a Costa Rica, com 7,4. O último do ranking foi o Haiti, com 3,8. O Brasil ficou acima da média da região da América Latina e Caribe, de 5,8. De acordo com os dados globais do BID, a América do Norte é a região com maior satisfação, com 7,5. A África Subsaariana tem o pior nível de satisfação, de 4,2.
Os resultados foram calculados com base nos dados da Pesquisa Mundial 2007 do Instituto Gallup, em que foram entrevistadas mais de 40 mil pessoas, com mais de 15 anos, na América Latina e no Caribe, entre novembro de 2005 e dezembro de 2007. A margem de erro das pesquisas é de 3,1% a 5,1%, e varia de acordo com cada país.
O estudo também utilizou informações complementares, encomendadas diretamente pelo BID. Os entrevistados responderam a perguntas sobre sua avaliação de aspectos como: qualidade da educação, atendimento de saúde, moradia e emprego.
Educação e emprego
Segundo o BID, o estudo revela que "as percepções das pessoas sobre educação e emprego na região, podem diferir amplamente da realidade". Quando analisado o nível de satisfação especificamente, em relação ao emprego, o Brasil ocupa a 4ª posição, com percentual de 89,2% de pessoas satisfeitas, atrás apenas de Guatemala (93,6%), Costa Rica (92,9%) e Venezuela (90,6%).
De acordo com o BID, "81% dos cidadãos da América Latina e Caribe, estão satisfeitos com seus empregos, apesar de um quarto da população da região, não ganhar o suficiente para sair da pobreza e de a informalidade ter aumentado nos últimos anos".
Segundo o estudo, o que importa para a maioria das pessoas entrevistadas na região, é o reconhecimento de seu trabalho e a flexibilidade no emprego, mais do que previdência social ou outros benefícios trabalhistas.
Em relação à educação, o Brasil aparece entre as últimas posições, com 64% de pessoas satisfeitas, mesmo percentual da Guatemala e do Equador, abaixo da média da região, de 70%. A Costa Rica ocupa a primeira posição, com 85% de satisfação. O Haiti é o último, com 43%.
Segundo o estudo, a maioria dos latino-americanos está satisfeita com a educação pública, apesar de os estudantes da região, ficarem atrás das nações desenvolvidas e da Ásia, em testes internacionais de avaliação.
O documento revela ainda, que 83% das pessoas entrevistadas no Brasil, estão satisfeitas com suas condições de moradia, mesmo percentual registrado na Colômbia e em El Salvador, e semelhante à média da região, de 80%, mas bem abaixo do primeiro colocado, a Guatemala, com 90%
Na região, conforme o estudo, "quatro em cada cinco pessoas estão satisfeitas com suas casas e cidades". No entanto, diz o BID, "60%, o maior percentual entre todas as regiões do mundo, sentem-se inseguras ao caminhar sozinhas à noite". (BBC Brasil)


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MERCADO de Ações & Futuros

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters e AFP)

Bovespa fecha com retração de 4,54%; ações da Petrobras desabam
O investidor não tem encontrado motivos para voltar às compras com o noticiário econômico dos últimos dias e, nessa terça-feira, fez a Bovespa desabar, com fortes vendas perto do encerramento dos negócios. No câmbio, nem as intervenções agressivas do Banco Central impediram que a taxa retornasse à casa dos R$ 2,32.
Alemanha e Japão, entre outras grandes economias do planeta, já reconheceram que caíram em recessão. Ontem, mais um indicador econômico reforçou a percepção de que a maior economia deve seguir o mesmo caminho: o indicador de preços no atacado dos EUA teve seu pior declínio em 60 anos. Essa foi a notícia que contribuiu para estragar o humor dos investidores na jornada de ontem.


- O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, recuou 4,54% no fechamento, aos 34.094 pontos. O giro financeiro foi de R$ 3,20 bilhões.
- O dólar comercial foi cotado a R$ 2,327, o que significa um incremento de 2,19% sobre a cotação de ontem.
- A taxa de risco-país marca 470 pontos, número 3,07% acima da pontuação anterior.


Análise - As ações líderes da Bolsa, as preferenciais da Petrobras, desabaram 5,86%, movimentando sozinhas, R$ 645 milhões. "Temos que fazer ajustes em projetos que não afetem nossa curva de produção de forma significativa, principalmente para 2009 e 2010. Um pouco mais para a frente, poderá se criar um buraco não muito grande, que vamos recuperar futuramente", disse o gerente-geral de Novos Negócios da área de E&P (Exploração e Produção), José Jorge de Moraes Junior. Corretores apontam que os negócios com a moeda americana são influenciados principalmente, por movimentos especulativos, num ambiente de nervosismo sobre a economia global. "Hoje, o mercado está dominado principalmente, pelo mercado futuro e pelas tesourarias de bancos", comenta Luiz Carlos Baldan, diretor da corretora de câmbio Fourtrade.


Bolsas dos EUA revertem desânimo e fecham em alta
As Bolsas americanas terminaram em alta na terça-feira, depois de uma sessão instável, com um mercado temeroso e indeciso entre o otimismo da HP e um clima mais cauteloso diante das perspectivas negativas para a economia mundial.



- O índice Dow Jones Industrial, o mais importante das bolsas de Nova York, fechou com alta de 1,83%, aos 8.424,75 pontos, antes de começar o debate no Comitê de Bancos do Congresso dos Estados Unidos sobre o futuro da indústria automobilística americana.
- O mercado Nasdaq avançou 0,08%, aos 1.483,27 pontos.
- O indicador seletivo S&P 500 subiu 0,98%, aos 859,12 pontos.



Análise 1 - Wall Street registrou uma nova sessão errante, iniciando os trabalhos no positivo, caindo até 200 pontos durante a tarde, antes de recuperar-se ao final da jornada. "Espera-se que as coisas se estabilizem. Todos os dias se tem a esperança", disse Gregori Volokhin, da Meeschaert Nova York, lembrando a alta dos índices no início da sessão. "Há um vazio em nível político e de calendário. Por cada boa notícia, há dez más", acrescentou.


Análise 2 - Os investidores mantiveram os olhos fixos em Washington durante toda a sessão, atentos às declarações do presidente do Fed - Federal Reserve -, Ben Bernanke, e o secretário do Tesouro, Henry Paulson. Entre as principais notícias do dia, também está a
divulgação do PPI (índice de preços no atacado), que apontou deflação de 2,8% em outubro nos EUA. Foi o terceiro mês consecutivo de variação negativa desse indicador. Em setembro, o mesmo índice já havia registrado deflação, mas de 0,4%. A queda foi puxada principalmente, na retração dos preços de energia, que caíram 12,8% em outubro ante uma retração de 2,9% em setembro.


Bolsas européias se recuperam ao final dos negócios e fecham em alta
As principais Bolsas da Europa fecharam em alta na terça-feira, depois de passar quase todo o dia com perdas devido aos temores de uma recessão global. A virada ocorreu após a surpreendente abertura com ganhos nas Bolsas americanas, que foi o estopim para que os investidores fossem às compras mesmo com a divulgação de dados macroeconômicos ruins.



- A Bolsa de Londres fechou em alta de 1,85%, ficando com 4.208,55 pontos.
- A Bolsa de Paris subiu 1,11% no índice CAC 40, fechando com 3.217,40 pontos.
- A Bolsa de Frankfurt ganhou 0,49% no índice DAX, para 4.579,47 pontos.
- A Bolsa de Milão subiu 0,24% no índice MIBTel, ficando com 15.728 pontos.
- A Bolsa de Zurique teve alta de 0,52%, encerrando o dia com 5.675,58 pontos no índice Swiss Market.
- A Bolsa de Amsterdã teve ganho de 1,74% no índice AEX General, indo para 250,62 pontos.



Análise - Depois de amargarem perdas de segunda-feira e em boa parte dos pregões ontem, as Bolsas européias se recuperaram com os investidores em busca de "pechinchas", o que garantiu o fechamento no azul. Em Wall Street ocorreu o mesmo, dando subsídio para que o mercado europeu saísse às compras. Todo esse movimento ocorreu a despeito da série de más notícias que empurram cada vez mais, a economia global para a recessão. Na semana passada, a zona do euro entrou em recessão: o PIB - Produto Interno Bruto - da região teve uma contração de 0,2% no terceiro trimestre do ano; no segundo trimestre a economia já havia registrado contração de 0,2%, segundo dados da Eurostat (a agência européia de estatísticas). Itália e Alemanha já estão tecnicamente em recessão, e o governo britânico, também espera resultados negativos do PIB referentes ao terceiro e quarto trimestres.


HOJE - Bolsas da Ásia ficam indefinidas com crise de montadoras dos EUA
As principais Bolsas da Ásia fecharam com resultados variados em meio à preocupação com uma crise entre as maiores fabricantes de automóveis dos Estados Unidos - GM, Ford e Chrysler - e às altas no mercado americano ontem.

- Com forte queda nos papéis de empresas exportadoras japonesas - bastante afetadas pela crise financeira mundial -, a Bolsa de Valores de Tóquio (Japão) fechou com queda de 0,66%.
- Na Austrália e na Coréia do Sul, as quedas foram de 0,85% e 1,87%, respectivamente.
- Em Hong Kong, a Bolsa avançava 0,69% perto do fim do pregão.
- A Bolsa da China tinha alta de 6,05%, puxada pelas altas dos papéis das fabricantes locais de automóveis.

Análise - Para analistas, especuladores vêem o crescimento das empresas chinesas no mercado mundial com a crise nas companhias americanas. "Há muita preocupação com a queda das três grandes fabricantes de carros nos EUA e isso afasta os investidores das compras [de ações]", afirmou Katsuhiko Kodama, da Toyo Securities em Tóquio. "Qualquer falência das fabricantes derrubaria as Bolsas, o que atingiria outras montadoras, causando um corte generalizado de empregos e a piora da crise."


Petróleo cai 1% em NY e atinge menor cotação em quase dois anos
O preço do barril do petróleo cru fechou ontem, em baixa de 1%, a US$ 54,39, na Bolsa Mercantil de Nova Iorque. Este preço, o mais baixo dos últimos 22 meses, é US$ 0,56 por barril mais baixo que o alcançado no fechamento anterior, aos US$ 54,95.
A cotação da commodity já está US$ 92,88 mais barata (63%) que no dia 11/7, quando se alcançou o preço recorde de US$ 147,27 por barril.
O preço dos contratos de gasolina e combustível de calefação, para entrega em dezembro, caiu nos dois casos, US$ 0,04 por galão (3,78 litros), até US$ 1,13 e US$ 1,75, respectivamente.
O barril do petróleo cru fechou ontem pela terceira sessão consecutiva em queda, já que os investidores temem há meses, que o arrefecimento econômico reduza com força o consumo e a demanda de combustíveis, o que lhes leva a ver o petróleo como um investimento menos rentável a curto prazo.
Nesse sentido, as informações macroeconômicas que dia a dia se sucedem, confirmam a tendência para a recessão nos EUA, que se juntaria à situação na qual já se encontram zona do euro, Japão e Hong Kong, entre outras economias. (Efe, de Nova Iorque)


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ÍNDICES ECONÔMICOS


Fipe: todos os cortes de carne bovina mostram preço em alta no IPC

Todos os tipos de corte de carne bovina apresentaram preço em elevação na capital paulista, conforme pesquisa realizada pela Fipe - Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas - por meio do IPC - Índice de Preços ao Consumidor - da segunda quadrissemana do mês. No período, que compreendeu os últimos 30 dias encerrados em 15/11, o valor médio do segmento subiu 4,14%, ante variação anterior de 2,87% e representou 0,10 ponto percentual de toda a inflação apurada pelo instituto, de 0,58%.
De acordo com a Fipe, o destaque da segunda medição de novembro, ficou por conta do preço do coxão mole, que avançou 5,31% e respondeu sozinho por 0,03 ponto percentual do IPC. Na seqüência, em ordem de contribuição para a formação da inflação, figuraram a alcatra, com alta de 4,51% e representação de 0,02 ponto; e o patinho, com variação de 7,60% e participação também, de 0,02 ponto percentual.
Com contribuição de até 0,01 ponto percentual para a inflação do período, também foram apuradas pela Fipe aumentos de 4,44% para o contrafilé; de 6,74% para a picanha; de 6,06% para o lagarto; de 5,53% para o coxão duro; de 5,51% para o filé mignon; de 3,49% para a capa de filé; de 3,30% para o fígado; de 2,75% para a costela bovina; e de 2,48% para o músculo, entre outros tipos de corte. "Estamos vendo a alta de preços tanto nas carnes de primeira quanto nas de segunda. Até mesmo o nosso churrasco de cada dia está ameaçado", brincou o coordenador do IPC da Fipe, Antonio Evaldo Comune.
Segundo ele, não há, por enquanto, sinais de que a alta no preço da carne bovina poderá apresentar algum tipo de desaceleração. "Nossas pesquisas de ponta (modelo no qual a Fipe compara os preços da semana de referência com a mesma semana do mês anterior), não indicam mudança na trajetória no curto prazo", avaliou, dando como justificativa para o aumento, o período de preços mais atraentes para a exportação do produto.
Frango
Se a carne bovina manteve o processo de alta na segunda quadrissemana, o mesmo não pode ser dito em relação ao frango, que tradicionalmente, é usado como substituto do produto quando há momentos de elevação de preços. Conforme a pesquisa divulgada ontem pela Fipe, o valor médio do frango caiu 1,41%, ante recuo de 0,75% na primeira medição do mês.
O mesmo não pode ser dito em relação à carne suína. Na segunda quadrissemana de novembro, o segmento mostrou alta média de 3,31%. Foi, entretanto, um aumento um pouco menos expressivo que o observado no levantamento anterior, de 3,41%.

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MERCADO FINANCEIRO

Bradesco prevê desaceleração do crédito em 2009
O Bradesco prevê uma desaceleração no crescimento do crédito à pessoa física no ano que vem, para 14,5%, contra os 25% de expansão esperados para 2008, segundo o diretor-gerente da instituição, Paulo Isola. "Esperamos um volume menor de vendas no varejo e, por isso, o crédito vai crescer menos, mas temos que lembrar que, a partir de agora, passaremos a comparar bases mais altas", afirmou. Isola acredita que a concorrência levou às instituições financeiras a acelerarem a concessão de crédito, e nem sempre os riscos estavam sendo bem avaliados e, por essa razão, a desaceleração será positiva.
Outro fator que contribuirá para o menor crescimento das operações de crédito é a demanda, que já demonstra sinais de desaquecimento. No caso de veículos, os pedidos de financiamento no Bradesco caíram em outubro 38% em relação a setembro. Já em novembro a desaceleração foi menor, 11%, ainda na comparação com setembro. A instituição restringiu ainda a concessão do crédito, exigindo entrada mínima de 10% no caso de veículos novos e de 20%, nos usados.
Além da desaceleração no crédito, Isola afirmou que o Bradesco trabalha com uma perspectiva de aumento na inadimplência no sistema financeiro nacional, que deverá passar dos 7,8% de 2008 para 8,9% em 2009, recuando para 7,5% no ano seguinte. A deterioração será conseqüência, segundo o executivo, da redução do número de vagas no mercado formal de trabalho. Na avaliação de Isola, essa alta da inadimplência não é preocupante porque no Bradesco, a maior concentração de crédito na pessoa física está nas modalidades em que há garantias, que são os financiamentos a veículos e o crédito consignado.
A estratégia de crescimento do Bradesco na área de pessoa física será mais focada no crédito por meio de cartões de crédito. De acordo com Isola, o banco aposta que os consumidores passarão a utilizar mais esse meio de pagamento e que há espaço para ampliar a penetração nesse produto, inclusive entre os não-correntistas. "Há um esforço para elevar a base de aceitação dos cartões e em aperfeiçoar a forma de concessão desse crédito", explicou.
Agências
O diretor-gerente do Bradesco afirmou que a instituição retomou o plano de abertura de agências, suspenso em outubro devido às incertezas em relação ao cenário econômico. "Já retomamos o nosso plano de crescimento", disse. No mês passado, o banco suspendeu a procura de novos pontos comerciais que pudessem abrigar as agências que entrariam em funcionamento a partir do ano que vem. No ano passado, o Bradesco anunciou um plano de abrir 500 agências em três anos. Em 2007 foram inauguradas 98 e nesse ano, 168 até setembro, e há outras 22 previstas até dezembro. Ao final de setembro, o Bradesco contava com um total de 3.235 agências. Isola participou na manhã de ontem, do XX Congresso da Fibafin - Federação Ibero-Americana de Associações Financeiras (sigla em espanhol) - evento promovido pela Acrefi - Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento.

Pesquisa mostra que brasileiros poupam pouco
Um estudo realizado pela LatinPanel mostra que 74% dos brasileiros não guardam absolutamente nada de sua renda. A pesquisa Consumer Watch fez 9 mil entrevistas nos domicílios da amostra do painel de consumidores, em 16 cidades da América Latina, representando 25 milhões de lares e 100 milhões de pessoas. Segundo a LatinPanel, dos brasileiros que poupam (26%), metade guarda até 10% do salário que recebe. Para o instituto de pesquisas, isso ocorre porque a população, de forma geral, ainda está conquistando o sonho de consumo. No ranking de poupança para educação dos países latino-americanos, o Brasil está abaixo da Argentina (12%), México (20%), Chile (25%), Colômbia (26%), Venezuela (39%) e Peru (42).
The Bank of New York Mellon lança conjunto abrangente de produtos de financiamento de operações comerciais
O The Bank of New York Mellon, líder global em gestão de ativos e serviços de valores mobiliários, anuncia hoje, o lançamento do Global Trade Finance Solutions - Soluções globais de financiamento de operações comerciais -, conjunto modular abrangente de produtos de gestão de processo de cadeia de suprimentos. Sob medida para atender às necessidades de usuários de banco e corporativos, o Global Trade Finance Solutions apresenta plataforma online para gestão completa, ponta a ponta de detalhes transacionais, questões de processamento e informações críticas, juntamente com todas as etapas do processo de cadeia de suprimentos. Vital para a oferta é o Trade Workstation, portal baseado na Web, que integra todas as funcionalidades essenciais para transações de carta de crédito e contas abertas numa única plataforma online, permitindo aos usuários processar e gerenciar a abrangência total de suas transações globais de financiamento de operações comerciais eletronicamente de qualquer local da Internet, vinte e quatro horas por dia e sete dias na semana. (PRNewswire, de Nova Iorque)


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AGRONEGÓCIOS


Brasil dará contribuição fundamental na formação do mercado de etanol
"O desenvolvimento de um mercado mundial de biocombustíveis significa, para o Brasil, muito mais que produzir e vender. É desejável que outros países, também iniciem sua produção e, a transferência da tecnologia nacional, pode ser uma forma de favorecer esse mercado, principalmente, para países em desenvolvimento". A posição é do secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Manoel Bertone, que participa da Conferência Internacional de Biocombustíveis, em São Paulo. Bertone afirmou que a conferência é um momento favorável para reforçar o biocombustível como uma alternativa interessante de renda sustentável para países em desenvolvimento.
Durante a primeira sessão plenária do evento, que discute a relação entre biocombustíveis e segurança energética, o especialista americano em energia e alimentos, Paul Roberts, disse que é preciso pensar em um mundo sem petróleo por causa das limitações de fontes, dos custos e do impacto ambiental. "Nem todas as alternativas disponíveis são ambientalmente vantajosas e, nessa transição, o Brasil tem muito a contribuir com sua experiência na produção de etanol de cana-de-açúcar", completou. Até a próxima sexta-feira, a Conferência Internacional sobre Biocombustíveis abordará temas como mudança de clima, mercado internacional para esses combustíveis, segurança energética, pesquisa e desenvolvimento. Nos dias 20 e 21, haverá reuniões de alto nível com ministros e organismos internacionais dos quase 50 países participantes, incluindo o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes.

Prazo para aderir à renegociação é prorrogado para dezembro
O Banco Central publicou no último dia 13, a Resolução 3636, que prorroga para 12/12 a data final para aderir ao processo de renegociação de dívidas de operações de crédito rural, previstas na Lei 11.775, que renegocia R$ 75 bilhões em débitos. Essa decisão foi tomada em reunião extraordinária do CMN - Conselho Monetário Nacional. Dessa forma, os produtores rurais endividados, terão prazo adicional de quase um mês para procurarem os bancos e formalizarem seu interesse em reestruturar seu passivo, protocolando uma carta na instituição financeira, na qual fez o contrato para tomar financiamento. Esse prazo para manifestar o interesse na repactuação venceria na semana passada (14/11). Segundo o presidente da CNA - Comissão Nacional de Endividamento da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil -, Homero Pereira, quem aderir à renegociação poderá ter direito ao alongamento de prazos para quitação das parcelas das operações, taxas de juros menores, descontos sobre os saldos devidos e retorno à situação de normalidade, no caso daqueles produtores que atrasaram suas prestações e ficaram inadimplentes.

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ENERGIA & Telecomunicações


Após BrT, Sky pode ser próximo alvo da Oi
Depois da Brasil Telecom, a Sky pode ser o próximo alvo de compra da Oi/Telemar. As Organizações Globo (acionista da Sky) consideram que a venda é apenas questão de preço e de oportunidade - embora a Sky negue a existência de qualquer negociação de venda. Um outro acionista da Oi/Telemar ouvido, disse que a Sky, a preço justo, interessaria muito à Oi, mas que o preço apresentado foi tão alto que ele tem dúvida sobre se a Sky Brasil, de fato, está à venda.
Em setembro, o Ministério Público Federal instaurou inquérito no Rio Grande do Sul para investigar se houve formação de monopólio na fusão das operadoras de telefonia Oi e Brasil Telecom. O procurador da República
José Osmar Pumes, diz que a fusão entre as empresas poderá inviabilizar o cumprimento da Lei de Telecomunicações, que garante a toda a população o acesso a telecomunicações, tarifas e preços razoáveis e em condições adequadas. "A proteção da livre concorrência e a repressão ao abuso do poder econômico, que elimina essa concorrência e aumenta arbitrariamente os lucros, constituem bem jurídico valioso, protegido pelo Código de Defesa do Consumidor e cuja titularidade pertence a toda a coletividade", afirma Pumes.
No mês passado, foram divulgados
diálogos captados na Operação Satiagraha da Polícia Federal, revelaram que o ex-deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT) participou ativamente, como representante dos interesses do Opportunity, da negociação com o governo e os fundos de pensão na venda da Brasil Telecom para a Oi (Telemar).
Segundo a reportagem, numa das pontas, ele repassava informações atualizadas sobre o andamento do negócio no lado dos fundos para Humberto Braz - braço direito do banqueiro Daniel Dantas -, preso pela PF na Satiagraha, acusado de tentar subornar um delegado. Na outra, informa a Folha de S. Paulo, recebia ordens de Dantas para pressionar o governo e os fundos a aceitarem os termos do Opportunity.
Por meio de sua assessoria, Greenhalgh disse à Folha, que seu trabalho para o Opportunity foi feito inteiramente dentro da legalidade. Ele preferiu não responder a perguntas sobre seus contatos com fundos de pensão estatais e também no governo. Segundo o Opportunity, Greenhalgh prestou serviço de advocacia, "atuando em negociações empresariais": "O Opportunity tinha conhecimento de que ele tratava com quem era de direito, por exemplo, o presidente da Previ, Sérgio Rosa".

Petrolíferas privadas produzirão 400.000 barris no Brasil em 2012
O primeiro grande projeto de produção de petróleo controlado por empresas privadas no Brasil, começará a operar em 2009, com uma capacidade de 100.000 barris por dia (bpd), anunciou ontem, um executivo da Petrobras. Trata-se do Parque das Conchas, nas águas do oceano Atlântico e que é operado pela Shell, com 50% do controle acionário, e com a participação da Petrobras (35%) e do grupo indiano ONGC (15%), explicou o gerente corporativo de novos projetos da Petrobras, José Jorge de Moraes.
Até agora se esperava que o Parque das Conchas, que fica na Bacia de Campos, entrasse em operações após 2010, mas seu início será antecipado, declarou. O também chamado BC-10 está a cerca de 120 quilômetros do litoral do estado do Espírito Santo. As grandes petrolíferas particulares buscam cada vez mais espaço no Brasil, onde produzirão 400.000 barris de petróleo por dia, a partir de 2012, explicou o executivo durante o 12º Congresso Brasileiro de Energia.
Para esse ano a Petrobras prevê extrair no total 2,421 milhões de barris em seus próprios campos. Outro projeto importante que deverá entrar em operação em 2009, é o Campo de Frade, da americana Chevron, declarou Moraes. A Chevron é a operadora desse campo e também, possui 51,7% da participação acionária, acompanhada pela Petrobras, com 30%, e pela japonesa Frade Japão, com 8,3%. Segundo a operadora, esse campo deverá produzir 85.000 barris por dia em 2011. (Efe, do Rio de Janeiro)


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SETOR AUTOMOTIVO


Mercado de veículos tem calote recorde
Após recordes seguidos de produção e venda nos últimos meses, o setor automotivo bate mais uma marca: em setembro, a inadimplência nos financiamentos para a compra de veículos, atingiu o maior patamar da série histórica: 3,83% dos empréstimos apresentavam atraso superior a 90 dias, segundo o Banco Central. Com isso, a dívida pendente dos brasileiros soma R$ 4,6 bilhões. Esse valor que os bancos têm a receber já é superior à ajuda dada recentemente pelo governo federal ao setor, de R$ 4 bilhões. Nas concessionárias e financeiras, o clima é de muita preocupação com a crise. A sensação é de que o setor desacelerou o ritmo e começa a dar sinais de que pode começar a andar para trás, a dar ré. A inadimplência cresce sem parar desde janeiro e, se forem somados os atrasos mais curtos, superiores a 15 dias, a dívida pendente salta para R$ 13,4 bilhões, ou 11,23% de todos os financiamentos para compra de veículos. Além disso, novos financiamentos estão rareando. Em setembro, os bancos concederam, na média diária, R$ 207 milhões em crédito para compra de carros. Em dezembro de 2007, esse valor diário foi de R$ 308 milhões. Os motivos para essa ressaca não faltam: clientes com endividamento acima do razoável, consumidores que não previam gastos gerados pelo carro e a piora do mercado de crédito, explicam a dificuldade em se manter o carnê em dia.

Ford vende 20% das ações da Mazda por US$ 540 milhões
A Ford anunciou ontem, que venderá 20% das ações da Mazda à montadora japonesa e a um grupo de seus parceiros comerciais, em troca de US$ 540 milhões para aumentar sua liquidez. A Ford manterá em seu poder 13,4% do conjunto de ações de Mazda, o que ainda a mantém como maior acionista da empresa japonesa. A montadora americana, que conservará um posto no conselho de administração da Mazda, disse que as "duas companhias continuarão sua bem-sucedida relação estratégica", que se mantém há cerca de 30 anos. "Esse acordo permite à Ford obter capital que ajudará a financiar nossa transformação", acrescentou em comunicado o presidente e executivo-chefe da Ford, Alan Mulally. "A venda das ações da Mazda por parte de nossa sócia, a Ford, não representará nenhuma mudança na nossa direção estratégica", destacou o presidente e executivo-chefe da montadora japonesa, Hisakazu Imaki. A Ford explicou que manterá as empresas conjuntas que tem com a Mazda. As duas companhias também seguirão compartilhando plataformas e motorização. A General Motors
anunciou ontem a venda de 3% da Suzuki - a totalidade de sua participação na empresa - para aumentar sua liquidez. A GM calcula que obterá US$ 230 milhões com a venda. GM, Ford e Chrysler estão negociando com o governo dos EUA a concessão de bilhões de dólares em ajuda para superar a grave crise financeira que atravessam. Nos dois últimos anos, as três montadoras americanas perderam bilhões de dólares e eliminaram dezenas de milhares de postos de trabalho, na pior crise de sua história. (Efe, de Washington)

Chrysler corre risco de quebrar se não tiver ajuda 'imediata'
O presidente da montadora americana Chrysler, Robert Nardelli, disse na terça-feira, que sem uma ajuda "imediata" do governo federal, o grupo não terá um nível de liqüidez suficiente para prosseguir com suas funções normais. "Se não houver um apoio financeiro imediato, a liquidez da Chrysler poderá cair abaixo do nível exigido para poder garantir nossas atividades normais", disse Nardelli, a uma comissão do Senado. Isso coloca em risco cerca de 56 mil empregos da Chrysler, 20 bilhões de dólares em cobertura médica a cargo do grupo e 35 bilhões de dólares pagos anualmente aos fornecedores. (AFP, de Nova Iorque)

Especialistas defendem que a Opel seja separada da GM
Especialistas no setor automotivo vêem a separação da Opel da General Motors como a melhor solução para as dificuldades enfrentadas pela subsidiária alemã da construtora de automóveis norte-americana. A separação evitaria que a possível quebra da GM atingisse também a Opel. "Eu defendo isso há anos", disse o professor Wolfgang Meinig, da Universidade de Bamberg. Ele disse que, já em 2001, sugeriu que a Daimler vendesse a Chrysler para a GM e, em troca, incorporasse a Opel. Para ele, Opel e GM estão fortemente ligadas, mas uma separação não é impossível. (Deutsche Welle, da Alemanha)


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COMÉRCIO EXTERIOR


Crédito do BNDES para exportação cresce 44,5% e chega a R$ 4,5 bilhões
A liberação de empréstimos do BNDES para exportação cresceu 44,5% nos dez primeiros meses do ano, em relação ao mesmo período de 2007. Segundo o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, foram emprestados R$ 4,512 bilhões no período. O objetivo é chegar ao final do ano com um total de R$ 6 bilhões de financiamentos para as vendas ao exterior. Ele destacou que, somente em outubro, quando as linhas para exportação secaram por causa da crise internacional, os empréstimos para exportação foram 115% maiores que o registrado na média dos nove meses anteriores. "O BNDES fez em outubro um esforço especial de apoio à exportação, em função da forte redução do crédito a partir da crise financeira internacional", disse Coutinho em audiência pública na CAE - Comissão de Assuntos Econômicos - do Senado.
Crédito total
A crise também levou o banco a alcançar o valor de R$ 86,6 bilhões em empréstimos nos últimos 12 meses até outubro, em todas as modalidades. A expectativa é terminar o ano com R$ 90 bilhões. As consultas de empresas para projetos cresceram 40% de agosto a outubro, em relação ao mesmo período do ano passado. O presidente do banco estatal afirmou que os impactos da crise poderão ser minimizados se o país mantiver taxas de crescimento no investimento de 10% ao ano. A taxa atual está em 16%. Ele afirmou que o BNDES responde diretamente, por 14% do investimento no país e, indiretamente, por 30%. "A taxa de crescimento em 2009 será mais moderada do que nesse ano, mas temos condições de retomar o crescimento daí em diante, apesar de uma situação internacional muito desfavorável."

De olho no Oriente Médio
Esse ano, as exportações de carne de frango do Brasil devem atingir a marca de 756 toneladas e gerar 6,38 bilhões de dólares em negócios feitos com países do Oriente Médio, que adquirem o produto com características especiais, denominados "Halal". Esse é um termo árabe do Alcorão que significa "lícito" ou "permitido", e acompanha alimentos e outros produtos considerados apropriados para o consumo pela fé muçulmana. Atualmente, o Oriente Médio é o principal destino das exportações de carne do frango do Brasil.


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MERCADO ONLINE


Crise nos Estados Unidos atinge comércio pela internet
O comércio online já sente a queda no consumo provocada pela crise econômica. As vendas praticamente não cresceram em outubro nos EUA, revela estudo publicado nessa terça-feira, 18/11, pela agência especializada ComScore. As vendas pela internet progrediram apenas 1% em outubro, na comparação com o mesmo período de 2007, o que representa "o mais baixo crescimento já registrado de um ano para o outro", segundo a ComScore. No período entre agosto e outubro, as vendas cresceram 4%, mas as compras realizadas por famílias que ganham menos de US$ 50 mil anuais caíram 3%, o que revela que a alta foi puxada pelas famílias com renda elevada. Outubro foi o sexto mês consecutivo de desaceleração no comércio online nos EUA.
Mercado online no Brasil - O faturamento do comércio eletrônico no Brasil deve fechar o ano com crescimento de 35% sobre 2007, de acordo com relatório
divulgado no mês passado pela consultoria e-bit. Segundo o levantamento, as vendas online devem atingir faturamento de R$ 8,5 bilhões. (France Presse, de Nova Iorque)

Saída do Yahoo! é "tacada de mestre" de Jerry Yang
A
mudança na diretoria do Yahoo! representa uma "tacada de mestre" de Jerry Yang na busca por alternativas para impulsionar os negócios da empresa. A avaliação é de José Calazans, analista de mídia do Ibope/NetRatings. Para outros especialistas, no entanto, a medida era "inevitável" em razão dos resultados financeiros da companhia.
Co-fundador do Yahoo!, Yang deixa o cargo de executivo-chefe da empresa poucos meses após rejeitar uma proposta de compra de US$ 33 por ação feita pela Microsoft - o triplo do atual valor de mercado da companhia. Ele vai assumir um posto no Conselho de Administração assim que a diretoria indicar seu sucessor.
Para Calazans, a saída do executivo deve abrir as portas para um acordo - negócio que ele considera positivo para as duas empresas e para o fortalecimento do mercado de internet, que ganha uma empresa capaz de fazer frente ao Google. "O Jerry, como líder que foi, muito respeitado dentro do Yahoo!, deve ter percebido que esse é o momento. Essa é mais uma tacada", afirma o analista. Para Calazans, o mérito de Yang foi ter percebido as vantagens de passar o posto para outro executivo em melhores condições de negociar.
O embate
Yang liderou dentro do Yahoo! o movimento para rechaçar a oferta da Microsft e entrou em confronto direto com o mega investidor Carl Icahn, que defendia o acordo. Na época, Icahn, que detém cerca de 5% do Yahoo!, ameaçou pedir a demissão de Yang. Após meses de recusa, o co-fundador do Yahoo! decidiu declarar que a aquisição pela Microsoft seria, de fato, "a melhor coisa". "Se nós queríamos fazer esse acordo? Sim." Mas a Microsoft já informou que não tem interesse no negócio. "Fizemos uma oferta, insistimos com outra oferta, e ficou claro que o Yahoo! não queria vender seu negócio para nós. Então, seguimos em frente", disse o executivo-chefe da Microsoft, Steve Ballmer.
A fritura
Para Marcelo Sant'Iago, ex-presidente do IAB - Interactive Advertising Bureau - Brasil, as mudanças no Yahoo! eram "inevitáveis", em razão do não fechamento do negócio com a Microsoft e o fracasso do acordo com o Google para publicidade online. Pelo acordo, o Yahoo! iria exibir anúncios comercializados pelo Google em seu sistema de buscas e outros sites. As receitas obtidas seriam divididas entre as empresas.
O Yahoo! esperava obter US$ 800 milhões por ano de faturamento com o negócio - o valor estimado para os primeiros 12 meses era de US$ 250 milhões a US$ 450 milhões. "Não há CEO que resista. Apesar de o Jerry ser reconhecido como amável e amigável, você olha para os negócios e vê dois fracassos muito grandes", diz Sant'Iago. "Talvez tenha demorado porque ele é emblemático para a empresa. Se ele não fosse fundador, já teria sido fritado antes."
De acordo com ele, essa semana será essencial para a definição do futuro do Yahoo! e das investidas da Microsoft. "Esse é o prazo para sentir o termômetro da negociação, se a coisa esquenta novamente. Nenhum deles tem mais condições de agüentar outros meses de negociação. Tem de ser de agora para ontem", afirma Sant'Iago.


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MERCADO DE TI

Mesmo com crise, Intel vê Brasil como 3º maior mercado de PCs em 2009
Apesar dos reflexos da crise financeira no Brasil e da instabilidade do dólar, a Intel acredita que o Brasil vai se tornar o terceiro maior mercado de PCs do mundo em 2009, superando o Japão. “O Japão está oficialmente em recessão por dois trimestres. Mesmo com o dólar instável, o Brasil está em posição para ser o terceiro maior mercado de PCs do mundo, já em 2009”, disse Oscar Clarke, diretor geral da Intel.
Atualmente, o Brasil é o quarto maior mercado do mundo, atrás do Japão, da China e dos EUA. Em 2007, segundo a IDC, foram vendidos 269 milhões de computadores. No Brasil, diz o instituto, foram vendidos 10,7 milhões de computadores no ano, enquanto no Japão foram vendidos 13,9 milhões de PCs.
Clarke ressaltou que, mesmo com as conseqüências da crise ainda não estarem completamente claras, a Intel está preparada para tempos difíceis por ter realizado uma grande reestruturação dois anos atrás, que culminou com a
demissão de 10 mil funcionários, preparou a empresa “para tempos difíceis como estamos vivendo hoje”.
Brasil pode ter desabastecimento de PCs nas festasOscar Clarke garantiu que as redes varejistas não sentiram queda na demanda por computadores, mas os fabricantes de PCs reduziram o ritmo de compras por conta da instabilidade do dólar. “Sabemos que há procura no varejo, mas estamos vendo uma retração nas compras de componentes pelos fabricantes de PC. Se os varejistas e os fabricantes não chegarem a um acordo, isso pode culminar em um desabastecimento para o período de festas”, disse o executivo.
Clarke garantiu que o quarto trimestre é tradicionalmente forte em importação de componentes para computador por conta das festas de final de ano, mas, ainda assim, caiu a demanda por processadores. “O nosso crescimento no último trimestre vai ser menor do que o que registramos no primeiro e segundo”, disse o executivo, sem revelar números.



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MERCADO DE LUXO


A roda da fortuna do mercado do luxo no Brasil, um universo que emprega e paga bem
Vamos imaginar um dia na vida da socialite e agora empresária Kátia Grubisich. Mas poderia ser na de Lucilia Diniz, Olavo Setubal, Ana Maria Velloso, Otávio Piva de Albuquerque, Tania Bulhões ou na de qualquer um dos 24 700 milionários que, segundo a consultoria Escopo Geomarketing, vivem em São Paulo, a cidade mais rica do Brasil. Kátia acorda cedo, antes das 7h. Exercita os músculos por duas horas com um personal trainer e, em seguida, saboreia o café-da-manhã preparado pela cozinheira Célia José das Neves, uma das cinco pessoas que cuidam de seu apartamento de 750 metros quadrados, no Jardim Paulista. Duas vezes por semana, Kátia recebe em casa uma massagista, que lhe aplica shiatsu e drenagem linfática. Dia sim, dia não, hidrata e escova as madeixas no cabeleireiro. Há um mês, conta com mais uma atividade: administrar o ateliê que abriu em sociedade com o estilista Rogério Figueiredo, no Jardim Paulista, com um investimento de 3 milhões de reais. Nada, é claro, que prejudique sua agenda de jantares e eventos sociais com o marido, o empresário José Carlos Grubisich, presidente da petroquímica Braskem.
Kátia emprega diretamente 66 pessoas: catorze para cuidar das três casas da família (no Jardim Paulista, na cidade baiana de Ilhéus e na fazenda no interior do estado) e outras 52 que trabalham na butique. Se forem contabilizadas também, as que atuam nos salões de beleza e nos restaurantes que Kátia freqüenta semanalmente, a conta ultrapassa fácil, fácil, 500 pessoas. No mundo dos milionários, ela não é exceção. Um casal típico com dois filhos tem, em média, dezesseis empregados, entre seguranças, caseiros, cozinheiros, jardineiros, governantas, motoristas e babás. A empresária Lucilia Diniz, por exemplo, conta com onze funcionários para manter em ordem sua mansão no Jardim Europa. A administração cabe à governanta, graduada em hotelaria.
Ao criarem seu próprio ecossistema, os milionários geram uma gama de funções e serviços que não existiria sem seus dispendiosos hábitos. Em alguns dos restaurantes mais caros da cidade, o número de funcionários é quase equivalente à capacidade do salão. No Antiquarius, há 78 pessoas para atender o máximo de 110 clientes. Desse total, trinta estão na linha de frente. Integram a brigada de serviço capitaneada por seis maîtres e dois sommeliers. Os cuidados nesses estabelecimentos revelam-se nos mais discretos detalhes. A cada quinze dias, no Fasano, são polidos todos os talheres de prata para que fiquem brilhando. Duas vezes por mês, a casa recebe a visita de um afinador para que o piano, conduzido por Mario Edson, tenha sempre som cristalino. Os números impressionam. No La Tambouille, são consumidos 300 quilos de pescados frescos, além de partidas especiais de peixes congelados importados de países europeus. Para executar as sugestões do menu, concebido originalmente pelo baladado chef argentino Francis Mallmann, o Figueira Rubaiyat usa por mês 200 quilos de foie gras, 1 500 quilos de camarão e 1 800 litros de azeite extra virgem. Tantos refinamentos e exigências alimentam uma cadeia de postos de trabalho em importadoras, portos e produtores agrícolas.
Endereço certo de gourmets, a Casa Santa Luzia, no Jardim Paulista, é uma ilha de excelência em serviços. Entre seus 460 funcionários (sessenta terceirizados), há um responsável só pelo corte de frios, que tira uma fatia de presunto cru com a espessura de uma folha de papel. Para atender os vips dos vips, a equipe da nova Daslu ganhou o reforço de 300 integrantes – agora são 900. Só de arrumadeiras, as conhecidas aventaizinhas, são 220. No Shopping Iguatemi, outro templo do superluxo, trabalham 4 500 pessoas. Na Tania Bulhões Home, no Jardim Europa, que tem 18 000 itens de decoração à venda, há noventa profissionais registrados, dezoito terceirizados e centenas de colaboradores.
Estima-se que os paulistanos gastem 4 bilhões de reais por ano em produtos de alto luxo – incluindo nessa categoria carros, cosméticos, bebidas, vestuário, acessórios e imóveis. Roupas, respondem por um terço do total. Os que sustentam o grosso desse consumo são uma minoria que está no topo da pirâmide. Ao cruzar dados do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística -, a consultoria Escopo Geomarketing constatou que 24 700 paulistanos moram em domicílios com rendimento mensal acima de 50 000 reais, o que representa 0,24% da população da cidade. Entre esses, 7 880 vivem com 1 milhão de reais por ano e, lá no cume do triângulo, noventa fazem essa fortuna por mês. O consumo de luxo gira em torno desses 24 700 habitantes, sem somar dois grupos importantes: os milionários que vêm de outras cidades para torrar os cartões de crédito por aqui e os paulistanos que não têm tanto poder aquisitivo, mas se esforçam para concretizar o sonho de ostentar uma pecinha de grife.
É fácil entender porque esse fenômeno ocorre em São Paulo. A cidade respira acontecimentos sociais. Há cinqüenta shows, quinze concertos e 100 apresentações de teatro por semana. Sem contar as centenas de festas que pipocam aqui e ali. Ou seja, são muitos locais para ver e ser visto, uma característica que o luxo ama. Para circular nos lugares badalados, é preciso estar renovado, e a capital vive dessa demonstração de poder. Não é à toa que São Paulo (ao lado de Paris e Hong Kong) está entre as três cidades do mundo com quatro endereços da marca alemã Montblanc. Em toda a América do Sul, só aqui existem duas filiais da joalheria italiana Bulgari. No mês em que abriu suas portas no Shopping Iguatemi, no ano passado, a D&G, marca jovem dos estilistas da Dolce & Gabbana, vendeu a coleção inteira de inverno. Para não deixar as prateleiras vazias, antecipou em nove meses a chegada dos looks de verão.
Esses compulsivos consumidores fazem a roda da fortuna girar e girar. Sem eles, o que seria dos sommeliers, dos prédios de luxo da Vila Nova Conceição ou dos caddies, aqueles rapazes que carregam os tacos numa partida de golfe? Um estudo da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural aponta que cada 41 alqueires de cultivo de soja geram um único posto de trabalho. Com um pouco mais da metade dessa medida, o Terras de São José, um campo de golfe em Itu, tem quarenta empregados e 150 caddies, para atender seus 250 sócios. (Especial Veja/SP)

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