I-Press.biz Economia & Mercado | Edição 104 | Ano I

Berlusconi acredita que "certos assuntos devem ser discutidos por democracias consolidadas" e para Lula o G8 será agora apenas "um clube de amigos"
Foto: Ettore Ferrari/Efe

Berlusconi defende G8 frente ao G20 e Lula diz que grupo rico será "clube de amigos"
O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, defendeu na tarde de ontem, domingo, dia 16/11, o futuro do G8 - formado pelos sete países mais ricos e Rússia -, frente ao G20 (que inclui os países emergentes) e confirmou um plano de apoio à economia da Itália. Por outro lado, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva considera que o G20 irá transformar o G8 em "um clube de amigos" "A partir de 1º de janeiro, teremos a presidência do G8, que não foi apagado pelo G20. Na realidade, certos problemas devem ser discutidos por países cujas democracias estão consolidadas, enquanto outros países, que integram o G20, ainda estão no caminho para a democracia", justificou Berlusconi. O chefe do governo italiano fez a declaração em um discurso por telefone, para os participantes de um congresso político ligado a seu partido, depois de retornar de Washington/EUA, onde participou na reunião do G20 que analisou a atual crise financeira mundial. Berlusconi respondeu assim à opinião do jornal "La Stampa", que em um artigo, sob o título "Adeus à velha Europa", considera que a Europa, "muito presente no tradicional G8", vai perder muita influência no G20. O G8 conta com Alemanha, Canadá, EUA, França, Grã-Bretanha, Itália, Japão e Rússia. O G20 tem ainda, a União Européia, África do Sul, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, China, Coréia do Sul, Índia, Indonésia, México e Turquia. Berlusconi, também, confirmou a apresentação dentro de alguns dias de um plano de 80 bilhões de euros "a favor das empresas e das famílias", segundo suas palavras.
"Clube de amigos"
O presidente Lula disse no sábado, 15/11, que a
Cúpula do G20 foi histórica e representa uma mudança no panorama político mundial. "Apenas posso dizer que o dia de hoje [ontem] é histórico. Saio daqui com a certeza de que a geografia política do mundo ganhou uma nova dimensão", afirmou Lula em breves declarações após a reunião. O Brasil reivindicou durante anos uma maior influência dos países em desenvolvimento nos fóruns e instituições internacionais, assim como sua entrada no G8. Para o presidente, o sucesso da primeira reunião do G20, ainda não representa o fim do G8, mas será transformado em "um clube de amigos". Lula afirmou que há seis meses nunca teria imaginado que o G20 ia ser o grupo escolhido "para definir de forma coletiva a reforma da economia mundial".
Sobre o Acordo
Na declaração final da Cúpula do G20, os líderes se comprometeram a realizar uma reforma dos mercados financeiros por maior transparência e regulação, e que promova uma maior integridade no sistema. Além disso, o documento mostra que existe consenso entre os países quanto à necessidade de reformar instituições financeiras internacionais. No documento, os líderes do grupo - cujos países representam 85% da economia mundial - se comprometem a aplicar medidas fiscais para estimular as economias nacionais, e lista seis áreas que devem ser priorizadas antes de 31 de março de 2009. As prioridades apontadas são: a reforma dos aspectos da regulação que colaboram para a crise, as normas de contabilidade, a transparência dos mercados derivados, as práticas de remuneração e a avaliação das necessidades de capital das instituições financeiras internacionais.
Poder para emergentes
O documento apontou que os líderes do G20 concordaram em aumentar a representação dos países em desenvolvimento no FMI - Fundo Monetário Internacional - e no Banco Mundial. "Estamos decididos a fazer avançar a reforma das instituições de Bretton Woods, de forma a refletir melhor a evolução dos respectivos pesos econômicos na economia mundial para aumentar sua legitimidade e eficácia", destaca o texto. "Nesse sentido, as economias emergentes e em desenvolvimento, incluindo os países mais pobres, devem ter sua voz mais ouvida e ser melhor representados", afirma o comunicado oficial. Na reunião em Washington, os Chefes de Estado e governo do G20, concordaram em se reunir novamente, antes do dia 30 de abril de 2009, "com o objetivo de verificar a execução dos princípios e decisões" adotados ontem. (Agências France Presse e Efe)
Leia íntegra da declaração final do G20, em inglês

Análise: Um pacote ambicioso para a crise
Ao final da cúpula do G20 em Washington, os chefes de Estado concordaram em trabalhar para estimular, de forma coordenada, suas economias e discutir uma eventual nova regulamentação para o mercado. O pacote anunciado é ambicioso, embora não contenha nada de muito novo ou bombástico. Seu vetor é aprofundar sistemas regulatórios e de controle de operações financeiras que já funcionam. E tentar padronizar as medidas para o maior número de países. Embora exista uma enorme nuvem de ceticismo em relação ao progresso dessas medidas (a posição real da China em relação à regulação, por exemplo, é um mistério), elas ganharam certa relevância e apoio com a cúpula.
Para o futuro, será fundamental ainda, a posição do próximo presidente dos EUA, Barack Obama, que assumirá o governo norte-americano no dia 20 de janeiro. Se adotadas, as novas regras regulatórias afetarão diretamente os bancos, os verdadeiros 'donos da crise', e até aqui extremamente avessos a novas regulamentações. Paralelamente à reunião do G20 em Washington, os bancos se reuniram longe dali na sexta, em Nova Iorque. Agora descapitalizados e dependentes da ajuda estatal, eles parecem estar concordando com qualquer medida que possa mantê-los à tona.
Até aqui, o Tesouro dos EUA já injetou US$ 290 bilhões em dinheiro público em bancos privados e na seguradora AIG. E prepara aportes de outros bilhões em pelo menos mais 20 instituições com problemas. Os rombos foram provocados pela falta de regulação e por práticas pouco ortodoxas. Como lastrear, em muitos casos, operações de financiamento imobiliário na proporção de US$ 1, tido como garantia para até US$ 35 em créditos a mutuários, que sequer comprovavam sua renda.
Do encontro em Nova Iorque, os banqueiros reunidos no IIF - Instituto de Finanças Internacionais -, que representa 390 instituições, emitiram seu próprio comunicado. Nele, os bancos não apenas assumiram "a responsabilidade pela adoção de regras frouxas que levaram à atual crise", como afirmaram que uma "reforma regulatória (...) e novas formas de diálogo entre os setores público e privado, são essenciais para reforçar o funcionamento do sistema financeiro mundial".
Os banqueiros também recomendaram no documento, a ampliação da participação das economias emergentes, como Brasil e China, nas decisões e na formatação de políticas de órgãos multilaterais, como o FMI e o Banco Mundial. Como sinal desses novos tempos, os países avançados também parecem ter definitivamente acolhido as grandes economias emergentes no seu clube. Se o G8 será transformado permanentemente em G20, ainda é algo a conferir.
O fato é que, em 2009, os emergentes serão responsáveis pela totalidade do crescimento mundial (já que os avançados estarão em recessão). E são eles, basicamente, quem hoje, financiam com suas reservas, os déficits do mundo desenvolvido. (Agência Folha Online, especial de Washington)

LEIA - Os principais comentários dos líderes sobre cúpula do G20
Os líderes do G20 (que reúne os países ricos e das principais nações emergentes) chegaram a um entendimento nesse sábado, durante a cúpula em Washington/EUA, para agir rapidamente, visando restaurar o crescimento, regular as finanças internacionais e dar aos emergentes, mais voz na condução da economia mundial.

Veja abaixo alguns comentários feitos por eles sobre a cúpula:
- Gordon Brown, primeiro-ministro do Reino Unido
"Um estímulo coordenado e combinado por meio de medidas orçamentárias para apoiar a demanda em nossas economias; acredito que veremos muitos países seguindo isso nas próximas semanas"."É o caminho para um novo Bretton Woods. Se você olha para as conclusões do documento, está absolutamente claro que estamos tentando construir novas instituições para o futuro"."Essa é a primeira vez que uma reunião de líderes instruiu os negociadores comerciais, e eu acredito que agora estamos determinados em alcançar um acordo nas próximas semanas"."Estamos dando instruções aos nossos negociadores comerciais para que cheguem a um acordo até o final do ano".

- George W. Bush, presidente dos Estados Unidos
"O que quer que façamos, quaisquer que sejam as reformas que recomendemos, precisamos ser guiados por esse fato simples - que a melhor maneira para resolver os problemas é o crescimento econômico, e o caminho mais certo para esse crescimento é o capitalismo de livre mercado".

- Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil
"Acho que essa crise terminará mais rápido do que as pessoas estão esperando. O G20 não pode permitir que uma crise deflagrada pela especulação, atrapalhe a produção e a economia real dos países em desenvolvimento".

- Guido Mantega, ministro da Fazenda do Brasil
"O Brasil atingiu seu objetivo de solidificar o papel do G20 como o melhor local para a tomada de decisões econômicas internacionais".

- Stephen Harper, primeiro-ministro do Canadá
"Há uma visão saindo desse encontro, posso lhes dizer muito enfaticamente... que somente a política monetária não será o suficiente para fazer a economia global atravessar essa crise. Terá de haver ação fiscal, e terá de haver ações fiscais adicionais"."É o início de um processo sem precedentes, onde os países desenvolvidos e em desenvolvimento trabalharão juntos... É a realidade. Acho que essa realidade é uma mudança".

- Nicolas Sarkozy, presidente da França
"Todos os países fizeram um apelo para um relançamento combinado [da economia mundial]"."Essa é a mensagem que estamos enviando aos mercados".

Mantega defende redução dos juros mundiais, inclusive no Brasil
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, defendeu a redução das taxas de juros no mundo todo, inclusive no Brasil. Segundo ele, há consenso entre os países do G20 que a redução do custo financeiro é fundamental para impulsionar a economia e, assim, neutralizar os efeitos da crise financeira global. Segundo Mantega, o risco hoje não é apenas de recessão, mas de depressão econômica. Mantega preferiu, no entanto, não fazer previsões. "Cada país tem o ritmo e tem as suas necessidades. Uma coisa é certa, você tem que baixar o custo financeiro em todos os países, porque ele subiu muito recentemente. Tanto no Brasil quanto nos EUA, no Reino Unido e na União Européia, o custo financeiro tem que cair, senão não haverá retomada da atividade econômica", sentenciou.
O ministro defendeu o aumento dos investimentos públicos como estratégia de combate aos efeitos da crise na economia real, repetindo o consenso dos ministros de economia do G20. Mas frisou que políticas, fiscal e monetária, devem estar sintonizadas e coordenadas em nível global. "Se um país fizer isoladamente, ele pode não ter sucesso e vazar recursos para outros países", ponderou. "Se fazemos uma política monetária agressiva, liberando liquidez, crédito em reais e em dólares, por exemplo, os outros países vão se aproveitar e absorver esses dólares e esses reais, sem dar nada em troca", explicou. Ele destacou que a expansão fiscal deve ser feita na medida das possibilidades de cada país. Na reunião de ministros e presidentes de bancos centrais do G20 financeiro, no final de semana passado, em São Paulo, os presidentes de BCs manifestaram preocupação com a possibilidade do aumento dos gastos públicos representar disparada da inflação. Porém, de acordo com Mantega, a inflação não é mais problema e que há espaço para uma política fiscal "mais flexível". "Cada país vai precisar fazer uma política fiscal de acordo com as suas necessidades e suas possibilidades. No caso brasileiro, não há risco de recessão. Estamos dispostos a fazer política fiscal", assegurou, citando a medida provisória publicada na sexta-feira, dia 14/11, no "Diário Oficial", de postergação de pagamento de tributos para empresários. "Isso é só uma amostra do que poderemos fazer se for necessário no Brasil", disse Mantega, frisando que outros países, como os europeus, precisarão de políticas fiscais mais consistentes devido à desaceleração.
Na última segunda-feira, dia 10/11, questionado sobre um eventual pacote para estímulo da economia no Brasil, nos moldes do anunciado essa semana pela China, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, descartou medidas do gênero e garantiu que a estratégia brasileira já está em andamento, e é, segundo ele, o PAC - Plano de Aceleração do Crescimento. (Agência Brasil, de Washington)

PIB do Japão recua 0,1% e país entra em recessão
O governo do Japão declarou que a segunda maior economia do mundo entrou em recessão, com o segundo trimestre consecutivo de contração econômica. A crise financeira global aumentou as perdas do país no comércio internacional e enfraqueceu ainda mais a demanda doméstica. O Produto Interno Bruto (PIB) do Japão se contraiu em 0,1% entre julho e setembro em relação ao trimestre anterior, já ajustado ao índice de inflação, ou 0,4% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com os dados do Gabinete de Ministros. O Gabinete também revisou para baixo o número relativo ao PIB no trimestre entre abril e junho, que passou a ser de contração de 0,9%, ou de 3,7% em relação ao segundo trimestre de 2007. Antes, a queda informada era de 0,7% e 3%, respectivamente. O ministro da Economia do Japão, Kaoru Yosano, assim como muitos economistas privados, manifestou o temor de que a recessão japonesa se aprofunde por causa da queda no crescimento dos principais parceiros comerciais do país, como os EUA e a Europa, em meio à mais grave crise financeira global em décadas. "Os riscos de declínio da economia estão aumentando mais e o Japão está numa situação muito séria", declarou. A última vez em que a economia do Japão havia recuado em trimestres sucessivos tinha sido em 2001, após o estouro da bolha da Internet. Naquele ano, o PIB japonês se contraiu do segundo ao quarto trimestres. "Os próximos dois trimestres serão cruciais para a economia japonesa", disse Kyohei Morita, economista-chefe do banco Barclays Capital no Japão. "É muito possível que a economia se contraia por quatro trimestres seguidos porque as exportações e os investimentos provavelmente vão se enfraquecer mais", afirmou. (Agência Dow Jones, Tóquio)

Produção de petróleo no Brasil aumentou mais de 8% em outubro
A produção média diária de petróleo no Brasil chegou a 1.872.970 barris, um aumento de 8,3% em relação ao mesmo período do ano passado. A produção de gás natural nos campos nacionais atingiu 53,717 milhões de metros cúbicos diários, indicando aumento ainda maior: 26% sobre os 42,589 milhões de metros cúbicos produzidos em outubro de 2007. As informações, divulgadas pela estatal em nota na noite de ontem, domingo, dia 16/11, indicam que, somados os volumes de óleo e gás natural, a produção média, em outubro, no Brasil, alcançou 2.210.839 barris de óleo equivalente (BOE) por dia - aumento de 6,9% em relação ao mesmo mês do ano passado (1.997.366 BOE por dia), mas mantendo o mesmo patamar de setembro de 2008. Quando comparada a setembro, no entanto, a produção média de óleo, em outubro, foi 1,3% inferior. “Essa pequena variação decorreu de problemas operacionais, já resolvidos, nas plataformas P-52 e FPSO-Brasil (Campo de Roncador) e P-48 (Campo de Caratinga), assim como da queda na produção da Estação de Tratamento de Óleo de Furado, em Alagoas, por causa do acidente ocorrido no dia 23/9”, informou a Petrobras. Ainda assim, a produção de gás, em outubro, foi 2,3% maior que a de setembro de 2008. A nota da estatal informa, ainda, que, considerados os campos da Petrobras no Brasil e no exterior, a produção total de petróleo e gás natural atingiu, em outubro desse ano, a média diária de 2.440.367 barris de óleo equivalente (BOE) – um aumento de 9,4% em relação ao registrado em outubro de 2007, mantendo-se estável em relação a setembro desse ano.O volume de petróleo e gás natural produzido pela Petrobras nos oito países onde ela exerce suas atividades de E&P - Exploração e Produção -, em barris de óleo equivalente, atingiu em outubro 229.528 barris/dia, volume 3% superior ao produzido em setembro desse ano. “A entrada em produção de novos poços no campo de Agbami, na Nigéria, contribuiu para o aumento dos volumes produzidos em relação ao mês anterior”, informa a nota. (Agência Brasil e Agência Petrobras)

Arábia Saudita investirá US$ 400 bilhões no setor de petróleo
O rei Abdullah, da Arábia Saudita, disse ontem, domingo, dia 16/11, que um programa de investimento do governo no setor de petróleo, deve totalizar US$ 400 bilhões ao longo dos próximos cinco anos. Abdullah disse que o investimento tem como objetivo ajudar a economia da região, diante da crise financeira mundial, informou a agência de notícias estatal Saudi Press. Ele falou sobre o investimento no domingo, durante a reunião do G-20, em Washington. Segundo a agência, o rei prometeu trabalhar em conjunto com os outros países para "garantir a recuperação e o crescimento da economia global". Ele também advertiu que o Oriente Médio não está imune aos efeitos da crise.

Al Jaber Aviation encomenda 8 aviões da Embraer
A Al Jaber Aviation, de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, encomendou nesse domingo, oito aviões Legacy 450/500 da Embraer, e mais quatro aeronaves da Airbus, sendo dois jatos Elite. O negócio é estimado em US$ 450 milhões por preço de tabela. A Al Jaber Aviation iniciará as operações com um Legacy 600 da Embraer em fevereiro. A companhia receberá um avião a cada três meses nos próximos cinco anos, segundo Mark Pierotti, diretor de operações da Al Jaber Aviation. A Al Jaber Aviation terá vôos a partir de Abu Dhabi e posteriormente, estabelecerá um centro de operações (hub) em Dubai. A empresa atenderá, sobretudo, clientes do Oriente Médio, Rússia, Ásia, Europa e África. (Agência Dow Jones, de Dubai)

Crise já afeta a indústria nacional
O parque industrial brasileiro já começa a sentir os efeitos da crise internacional, de acordo com levantamento realizado pela FGV - Fundação Getúlio Vargas - a pedido do Grupo Estado. Alguns setores tiveram redução expressiva da utilização da capacidade instalada, como móveis, têxteis, químicos e indústria mecânica. Em geral, a indústria sofreu redução de 0,7 ponto percentual de julho para outubro no uso da capacidade instalada, passando a 85,1%. A maior retração apontada ocorreu entre os fabricantes de móveis. Em julho, eles usavam 85,7% da capacidade instalada; em outubro, 76,9%. O desaquecimento da economia nos EUA, principal destino das exportações de móveis, foi um dos motivos que levaram à queda. As montadoras de automóveis vão usar esse ano, 85% da capacidade instalada. Em outubro, as vendas recuaram 11% em relação a setembro. Na comparação com outubro de 2007, a queda foi de 2,1%. Fiat, Ford, GM e Volks reduziram produção. Na indústria química, de julho para outubro, o uso da capacidade caiu de 85,3% para 81,6%. A categoria de bens intermediários, que processa matérias-primas, apresentou recuo de 2,1 pontos percentuais no uso de sua capacidade instalada, para 85,4%. O único indicador positivo foi o dos fabricantes de bens de consumo, com aumento de 85% para 86,2%.

Comissão especial pode votar reforma tributária nessa semana
A Comissão Especial da Reforma Tributária pretende votar nessa semana, o parecer apresentado pelo relator da proposta, deputado Sandro Mabel (PR-GO). O presidente da comissão, deputado Antonio Palocci (PT-SP), quer encerrar a discussão da reforma na reunião marcada para as 12h de terça-feira, 18/11. Palocci espera que o relatório final esteja pronto para ser votado na reunião de quarta-feira. Antes de fechar o parecer final a ser votado, Mabel vai se reunir com alguns secretários estaduais de Fazenda, para buscar um texto consensual que possa ser aprovado pela comissão. Na semana passada, 16 secretários de Fazenda assinaram documento entregue ao presidente e ao relator, pedindo mais prazo para discussão e votação da matéria. Enquanto a comissão tenta votar a reforma tributária, a CPI - Comissão Parlamentar de Inquérito - das Escutas Telefônicas Clandestinas marcou reuniões dois dias para tomada de depoimentos. Na terça, 18/11, às 14h30min, a CPI ouve o delegado da Polícia Federal, Márcio Derenne, ex-secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro. Além disso, os parlamentares votam alguns requerimentos. Na quarta-feira, 19/11, também às 14h30min, a comissão ouvirá o chefe da Divisão de Correições da Corregedoria da Polícia Federal, Amaro Vieira Ferreira, e o procurador da República no Estado de São Paulo, Roberto Antônio Dassié Diana. Depois disso, devem ser votados requerimentos de mais convocações. Até sexta-feira, 14/11, a pauta de votações da Câmara, ainda não tinha sido definida, embora existam projetos de lei e de PECs - Propostas de Emendas à Constituição - prontos para serem votados em plenário. O presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), deve reunir-se com os líderes partidários no início da semana, para definirem as propostas que serão levadas à votação no plenário da Casa. (Agência Brasil/EBC)

Empresários optam por redobrar cautela
Em meio à crise financeira, as companhias definem o orçamento para o próximo ano, diante da preocupação de uma possível queda no poder de compra da camada de baixa renda da população, que faz o varejo ter atenção redobrada para esses consumidores. A dificuldade encontrada pelos empresários, mais céticos, é definir o cenário de referência para as atividades. A C&C Casa e Construção, com 39 lojas, tem entre as previsões iniciais um PIB - Produto Interno Bruto - entre 3% e 4% e dólar a US$ 2,10. No varejo têxtil, a franquia de roupas infantis Tip Top, fez suas projeções tendo como cenário um PIB de 4% e inflação a 5%. David Bobrow, presidente da Tip Top e da TDB Têxtil, disse que a tormenta internacional levou a companhia a rever as metas para 2009. Antes, a projeção era de crescimento de 8% para 2009, mas agora foi revista para 5%.

Setor de cartões vê crescer pressão por regulamentação
Com o mercado de cartões batendo esse ano, a marca de 500 milhões de plásticos no país, cresce a pressão dos consumidores para uma maior regulação do setor. O objetivo é evitar práticas abusivas, como o envio de cartão sem solicitação e a cobrança indevida de taxas. A Pro Teste Associação de Consumidores encomendou um estudo à Faculdade de Direito da Fundação Getúlio Vargas para avaliar o que pode ser feito para uma maior disciplina das administradoras de cartões de crédito. A FGV analisou contratos dos bancos emissores, projetos de lei que estão tramitando em Brasília e as queixas mais comuns que chegam ao Pro Teste. Com base nisso, foram elaboradas duas propostas, que a fundação encaminhou a vários órgãos do governo. A primeira é uma alteração em uma resolução do Banco Central, para que as administradoras de cartão possam ser consideradas instituições financeiras. Com base nisso, elas ficariam sob a guarda e a fiscalização do BC. A segunda proposta é a criação de uma convenção coletiva de consumo, no qual haveria um acordo da Pro Teste com a Abecs - Associação das Administradoras de Cartões - estabelecendo regras mínimas de conduta para as administradoras.

Camicado reforça meta de crescer fora de SP
A Camicado Houseware, varejista paulistana de utensílios para casa e artigos de cama, mesa e banho, inaugurou em Londrina/PR, sua segunda loja no Paraná. Hoje, dia 17/11, abre sua primeira unidade em Porto Alegre/RS. As inaugurações fazem parte de um acelerado plano de expansão traçado há cinco anos pela varejista, que foi fundada em 1980 por três irmãos de origem japonesa que vendiam legumes em feiras livres na capital paulista. Desde 2003, a Camicado Houseware praticamente, dobrou de tamanho e passou a figurar no topo da lista dos maiores clientes de empresas como a Schimdt, fabricante de louças, e a Tramontina, de panelas e utensílios domésticos. Em 2003, a Camicado possuía 14 lojas. Hoje, são 22, além do site na internet, cujas vendas devem crescer 40% nesse ano, e já respondem por cerca de 10% do faturamento total. A meta é chegar ao fim de 2009 com 30 lojas. O investimento para abertura de uma nova loja gira em torno de R$ 2 milhões, e os recursos para a expansão, virão do próprio caixa da companhia. Em 2010, a empresa inicia a segunda fase de seu projeto de expansão, no qual pretende reforçar a sua estratégia de expansão nacional, com a abertura de lojas fora de São Paulo. Atualmente, a varejista já está presente em Brasília/DF e Belo Horizonte/MG.


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ESPECIAL


Brasil arrecadaria US$ 390 milhões em taxas, caso reduzisse a pirataria de software em 10%
Uma redução de 10% no volume de pirataria de software praticada no Brasil poderia culminar em um aumento de 390 milhões de dólares em impostos, segundo Robert Holleyman, presidente e CIO da BSA. Além disso, o País poderia gerar 11,5 mil novos postos de trabalho. "Essa redução geraria um impacto tanto em contribuições econômicas quanto na indústria de TI em geral", conclui o executivo.
De acordo com estimativas da associação, a redução na pirataria iria adicionar 2,9 bilhões de dólares em receita para indústria local. Apesar de o Brasil ter o melhor desempenho em redução de pirataria na América Latina, de acordo com a IDC, os números ainda são pequenos. Na comparação de 2006 para 2007 o índice caiu apenas 1%.
Nos EUA, o índice é o maior de todo o mundo. De acordo com dados da pesquisa, o país perdeu 8 bilhões de dólares com a pirataria de software, seguido da China - maior comprador de computador do mundo - com 6,6 bilhões de dólares.Educação e consciência no combate contra a piratariaMesmo com a parceria do Governo, ABES - Associação Brasileira de Software - e do CNCP - Comitê Nacional do Cerimonial Público - no Brasil, Holleyman afirma que a melhor ação para combater a pirataria no País seria investir na educação, considerando que as suas maiores ações partem de iniciativas das classes mais baixas do País.
Segundo ele, boa parte da pirataria dentro das empresas ocorre porque os colaboradores não estão totalmente, conscientes da ilegalidade de efetuar cópias, mesmo que para uso interno. O executivo garante, no entanto, as companhias estão investindo em software e em suas licenças.
Esse comportamento faz a empresa perder em diversos sentidos, defende a associação. A começar por estar sujeito a ataques de vírus, passando pelo risco de sofrer processo por direitos autorais, além de inibir o seu crescimento. “A pena chega a ser três mil vezes maior que o preço do software”, completa o diretor da BSA no Brasil, Frank Caramuru. Nesse sentido, Holleyman diz que uma alternativa seria o mercado oferecer licenças especificas, como por exemplo, uma autorização única para cloud computing.
Contudo, de uma forma geral, o presidente da BSA ressalta que a posição do Brasil é positiva em relação ao combate contra a pirataria. “Nos últimos 10 anos aconteceram medidas importantes nesse sentido. Isso faz com que possamos acreditar num futuro mais positivo para esse cenário”, disse. “Mais que proteger a economia, as ações contra a pirataria são também, uma proteção de valores”, disse Neil Macbride, vice-presidente da BSA. “Por isso a lei não deve distinguir quando a falsificação é de um hardware ou software”.


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BASTIDOR


- Emílio Odebrecht estreou domingo como colunista semanal da Folha de S. Paulo. Embora avesso aos holofotes da mídia, o empresário baiano Emílio Odebrecht, não resistiu ao convite para substituir Antonio Ermírio de Moraes, que escrevia aos domingos no jornal paulista. Ele será titular da coluna 3 vezes ao mês e Ermírio, apenas uma vez. Emílio é presidente do Conselho de Administração da Odebrecht S.A., cargo que ocupa desde 1991, quando substituiu seu pai, Norberto. Hoje está afastado das funções executivas do Grupo, transferidas em 2001 para o seu filho Marcelo. Recentemente, lançou um livro escrito por ele, e é também membro do Conselho Curador da Fundação Criança (assiste crianças com câncer), da Endeavour (ONG que estimula o empreendedorismo) e conselheiro do Masp.

- GOL tem prejuízo de R$ 474,4 milhões no 3º trimestre. A Gol registrou um prejuízo de 474,4 milhões de reais no terceiro trimestre do ano, ante lucro de 49,4 milhões de reais no mesmo período do ano passado, informou a companhia aérea no início da noite de ontem, domingo, 16/11.

- Carne mais barata. Crise pode fazer a carne brasileira baixar de preço no mercado interno, em 2009. Os altos preços para as exportações que incluem os desenrolos aduaneiros e a série de contratos que estão sendo renegociados ou cancelados para 2009, estão dentre os motivos que levaram a carne baixar de preço por causa do aumento da oferta no mercado doméstico.



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MERCADO de Ações & Futuros

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters e AFP)

RESUMO DA SEMANA – 10 a 14 de novembro

Bovespa fechou sexta-feira com retração de 0,57% com pessimismo sobre economia global
Os investidores se renderam aos números desfavoráveis das economias americanas e européias, derrubando a Bovespa em seu último pregão da semana. Um relativo otimismo sobre a reunião do G20 nesse final de semana, não foi suficiente para eclipsar a notícia de que as maiores economias da Europa caíram em recessão. Nos EUA, a queda histórica das vendas de varejo desanimaram as compras. O câmbio cedeu para R$ 2,27. Na semana, a Bolsa brasileira recuou 2,4%.
- O termômetro da Bolsa,
o Ibovespa, retrocedeu 0,57% e alcançou os 35.789 pontos. O giro financeiro foi bastante baixo de R$ 3,09 bilhões, ante uma média de R$ 4,22 bilhões/dia nesse mês.

Bolsa de NY caiu 3,82% na sexta-feira por dados negativos nos EUA
- O índice Dow Jones Industrial, o principal das Bolsas de Nova Iorque, fechou com queda de 3,82%, aos 8.497,31 pontos, diante da forte queda das vendas no varejo em outubro nos EUA.
Além disso, a queda ocorreu à espera dos resultados da Cúpula de Chefes de Estado e de Governo do Grupo dos Vinte (G20, que reúne os países mais ricos e principais emergentes) em Washington.
- No pregão, bastante volátil, o Dow Jones oscilou entre uma baixa de 4,78% e uma alta de 0,99%.
- O mercado Nasdaq baixou 5%, aos 1.516,85 pontos, enquanto o indicador S&P 500, perdeu 4,17%, aos 873,29 pontos.
- O índice composto NYSE, que reúne as ações cotadas em Nova Iorque, baixou 4,6%, para 5.452,63 pontos.
No conjunto da semana, o Dow Jones desceu 4,99%, o Nasdaq, 7,92%, e o S&P 500, 6,2%.
As Bolsas de Nova Iorque fecharam sexta-feira, com os principais índices com perdas, à espera do início da cúpula do G20, prevista para esse sábado, com a qual pretende-se estabelecer as bases para a reforma do sistema financeiro mundial.


Bolsas européias resistiram na sexta-feira à onda de más notícias e fecham em alta
As Bolsas européias fecharam em alta nessa sexta-feira. Os investidores resistiram à onda de notícias ruins, tanto sobre a economia européia - como as recessões na Itália e na zona do euro como um todo - como americana. Os ganhos de quinta-feira, dia 13/11, nos EUA, e o desempenho positivo nos mercados asiáticos, inspiraram os negócios na manhã de sexta-feira, dia 14/11, na Europa. Ao longo do dia, mesmo com as quedas em Wall Street, os negócios mantiveram-se em alta. Os papéis do setor petrolífero sustentaram os índices positivos.
- A Bolsa de Londres fechou em alta de 1,53%, ficando com 4,232.97 pontos.
- A Bolsa de Paris subiu 0,67% no índice CAC 40, fechando com 3.291,47 pontos,
- A Bolsa de Frankfurt subiu 1,31% no índice DAX, para 4.710,24 pontos.
- A Bolsa de Milão subiu 1,60% no índice MIBTel, ficando com 16.170 pontos.
- A Bolsa de Zurique teve alta de 1,65%, encerrando o dia com 5.834,75 pontos, no índice Swiss Market.
- A Bolsa de Amsterdã
teve alta de 1% no índice AEX General, indo para 252,47 pontos.
- O índice FTSEurofirst 300 - que reúne ações das principais empresas européias - fechou em alta de 1%, ficando com 860,76 pontos. Durante o dia, no entanto, o indicador chegou a 879,19 pontos. Os destaques foram os papéis das petrolíferas BP, Royal Dutch Shell e Total, com ganhos entre 3,2% e 3,6%.

HOJE – Bolsa do Japão sobe, mesmo com economia em recessão
A Bolsa de Valores de Tóquio (Japão) fechou em alta nesta segunda-feira mesmo com as notícias de que a segunda maior economia do mundo entrou em recessão pela primeira vez desde 2001. O governo do país divulgou hoje que o PIB (Produto interno bruto) caiu 0,1% no terceiro trimestre --e 0,4% no ano.

- O índice Nikkei, que mede os negócios na Bolsa, avançou 0,7%, com a esperança dos investidores sobre a reunião do G20, realizada entre os países mais ricos e os principais emergentes no sábado. Os mercados asiáticos, em geral, fecharam o dia com tendências variadas.
- Em Hong Kong, o pregão operava com queda de 0,48% perto do fim do dia.
- Na Austrália, a queda era de 2,32%.
- A Coréia do Sul recuava 0,91%.
- Na China, o mercado avançava 1,42%.

Análise - Prejudicado por uma forte redução do investimento empresarial, o PIB (Produto Interno Bruto) japonês recuou 0,1% pelo segundo trimestre consecutivo. Esse número contrasta com as estimativas do mercado, que previa um aumento de 0,1% em comparação com o trimestre anterior. No segundo trimestre, o PIB já havia sofrido uma contração de 0,9% em relação ao trimestre anterior, segundo dados oficiais revisados. A notícia de recessão da economia japonesa fez com que a Bolsa de Tóquio abrisse as negociações com perda de 2,4%. Outros países desenvolvidos estão oficialmente em recessão, como Alemanha e Itália, que divulgaram números de queda do PIB na última semana.


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ÍNDICES ECONÔMICOS


RESUMO DA SEMANA – 10 A 14 DE NOVEMBRO

IGP-10 cai para 0,73% em novembro
O IGP-10 registrou em novembro variação de 0,73%. Em outubro, a taxa foi de 0,78%. Os três componentes do IGP-10 apresentaram as seguintes trajetórias, na passagem de outubro para novembro: IPA, de 0,98% para 0,81%, IPC, de 0,10% para 0,49% e INCC, de 1,00% para 0,74%.

SPI: Produção física industrial cai 0,4% em São Paulo
O SPI - Sinalizador da Produção Industrial - indica que houve uma redução de 0,4% da produção física industrial no Estado de São Paulo, em outubro de 2008, sobre o mês anterior, com ajuste sazonal. Elaborado em parceria entre a Fundação Getulio Vargas e a AES Eletropaulo, o SPI é um indicador econômico mensal.

IGP-M varia 0,80% no primeiro decêndio de novembro

O IGP-M registrou, no primeiro decêndio de novembro, taxa de variação de 0,80%. Em outubro, no mesmo período de apuração, a taxa foi de 0,55%. Os três componentes do IGP-M apresentaram as seguintes trajetórias, na passagem do primeiro decêndio de outubro para o primeiro decêndio de novembro: IPA, de 0,71% para 1,01%, IPC, de -0,08% para 0,22%, e INCC, de 0,97% para 0,70%.

IPC-S mantém alta
O IPC-S de 07 de novembro de 2008 apresentou variação de 0,58%. Taxa 0,11 ponto percentual (p.p.) acima da apurada com base na coleta encerrada em 31/10. Esse foi o maior resultado desde a terceira semana de julho de 2008, quando o índice registrou variação de 0,67%.


ECONOMIA NACIONAL

Dólar Comercial
Cotações de fechamento da PTAX
Data R$/US$
10/11 2,13350
11/11 2,20100
12/11 2,26320
13/11 2,33140
14/11 2,2870
*Cotação de 12:30
Fonte: BACEN / Semana: 10 a 14 de novembro


Balança Comercial
Primeira semana de novembro termina com números favoráveis
Na primeira semana de novembro de 2008, a balança comercial apresentou exportações de US$ 4,164 bilhões e importações de US$ 3,687 bilhões. Os dados resultam em um superávit de US$ 477 milhões. No ano, as exportações totalizam US$ 173,536 bilhões e as importações, US$ 152,214 bilhões, com saldo positivo de US$ 21,322 bilhões. Comparadas as médias de exportação da primeira semana de novembro/2008 (US$ 832,8 milhões) e novembro/2007
(US$ 702,6 milhões), houve crescimento de 18,5%.


ÍNDICES DE PREÇOS AO CONSUMIDOR

IPC da FIPE registra alta de 0,57% na primeira prévia do mês

O IPC - Índice de Preços ao Consumidor -, referente à cidade de São Paulo, apresentou elevação de 0,57% durante a primeira quadrissemana de novembro. O número divulgado na terça-feira, 11/11, pela Fipe - Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas -, é 0,07% ponto percentual maior do que o fechamento de outubro (0,50%).
Entre os sete grupos que compõem o IPC, quatro tiveram taxas mais altas: Alimentação (de 0,37% para 0,56%), Transportes (de 0,36% para 0,41%), Despesas Pessoais (de 0,26% para 0,40%) e Vestuário (de 0,54% para 0,55%). A única desaceleração aconteceu no segmento Educação, de 0,04% para 0,03%, enquanto os grupos Habitação e Saúde mantiveram as mesmas taxas, de 0,76% e 0,63%, respectivamente.


Indústria
Emprego industrial variou 0,1% em setembro
Divulgado pelo IBGE na última segunda-feira, 10/11, o emprego industrial permaneceu estável pelo segundo mês consecutivo (0,1%), na passagem de agosto para setembro, já descontado os efeitos sazonais. Na comparação set/08 – set/07 foi observado avanço de 2,2%, o que representou a 27ª alta consecutiva. Já no acumulado no ano, o crescimento foi de 2,7% em relação a igual período de 2007.
Ainda segundo o IBGE, a folha de pagamento real dos trabalhadores cresceu 2,7% no confronto mês/mês imediatamente anterior (com ajuste sazonal). Na análise de iguais períodos do ano passado, houve acréscimo de 7,9% frente a setembro de 2007 e 6,8% no acumulado no ano.


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MERCADO FINANCEIRO


Citigroup corta mais 10 mil empregos
O banco americano Citigroup vai demitir pelo menos outras 10 mil pessoas, na tentativa de melhorar seus resultados financeiros, afirmou o "Wall Street Journal" nessa sexta-feira. "Essa semana, o Citigroup anunciou demissões de pelo menos 10 mil empregados em sua atividade de banco de investimentos e em outras divisões no mundo", escreve o jornal, citando fontes ligadas ao assunto.
O presidente "Vikram Pandit e seus adjuntos, pediram aos diretores do grupo que reduzam os orçamentos reservados à remuneração dos empregados em pelo menos 25%", acrescentou.
Segundo o jornal, a medida ocorre em meio às tentativas de Pandit de estabilizar o gigante financeiro norte-americano, que teve perdas de mais de US$ 20 bilhões em relação ao ano passado. O preço de parte das ações caiu cerca de US$ 0,19 (2%), para um dígito - US$ 9,45 na Bolsa de Nova Iorque, na sexta-feira, dia 14/11.
O Citigroup já demitiu cerca de 23 mil funcionários nos últimos 12 meses, deixando o total de efetivos, em 352 mil no fim de setembro, lembrou o jornal.
No final do mês passado, o Tesouro dos EUA iniciou a
injeção de capital de US$ 125 bilhões em nove grandes bancos - parte fundamental de seu programa de socorro ao mercado -, entre os quais o Citigroup foi um dos beneficiados, com U$ 25 bilhões.


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AGRONEGÓCIOS


Programa Sadia de Suinocultura Sustentável é destaque no relatório da ONU em português
O Programa Sadia de Suinocultura Sustentável (3S) está entre os 50 casos citados no relatório “Criando Valores para Todos – Estratégias para Fazer Negócios com os Pobres”. A versão brasileira do documento do PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento -, que será lançada no próximo dia 17, em São Paulo, destaca ações do setor privado destinadas a reduzir a pobreza, melhorar as condições de vida dos mais pobres e, com isso, contribuir para o desenvolvimento econômico mundial. Foram escolhidos 50 casos do mundo todo, sendo três deles de empresas brasileiras, entre as quais a Sadia - por meio do Instituto Sadia. O PNUD escolheu a Sadia para figurar no relatório pelo seu Programa 3S. Com biodigestores já instalados em 1.104 propriedades de suinocultores parceiros da Companhia, o projeto tem a finalidade principal de envolver os cerca de 3,5 mil produtores integrados na redução das emissões de gases do efeito estufa e na comercialização de créditos de carbono, usando o MDL - Mecanismo de Desenvolvimento Limpo -, previsto no Protocolo de Kyoto. Além do macrobenefício que se estende a todo o planeta, o programa tem alcançado um impacto positivo no micro-universo da vida do suinocultor.O projeto influi diretamente no desenvolvimento humano, proporcionando diversificação de renda e competência dos produtores de pequeno porte, que somam 90% dos fornecedores integrados da Sadia. Isso porque, além de possibilitar a comercialização do crédito de carbono, o uso do sistema de biodigestor pode incrementar os ganhos do produtor, oferecendo subprodutos como estoque de biofertilizante para uso agrícola e biogás para utilização como energia elétrica. Os biodigestores também afastam vetores prejudiciais à saúde das famílias.O relatório destaca que o projeto do Instituto Sadia atua preventivamente, para reduzir a pobreza extrema, além de contribuir para o desenvolvimento sustentável da suinocultura no Brasil. “O programa contribui para o desenvolvimento sustentável da suinocultura brasileira e apresenta modelos alternativos de negócios, que no futuro poderão ser replicados nas áreas mais pobres do país”, diz o PNUD em um trecho do relatório, destacando a contribuição da Sadia para a prevenção e redução da pobreza extrema nas zonas rurais.Para Paloma Cavalcanti, coordenadora institucional do programa 3S, a inclusão da empresa no relatório da ONU, é o reconhecimento de um trabalho pioneiro, que efetivamente melhora as práticas da suinocultura. “O Programa é um exemplo de ação que integra princípios de sustentabilidade, objetivando gerar resultado social, ambiental e econômico”, afirma.

Micros e pequenas empresas podem ter lucro com a cana
O conselho foi dado na noite de sábado, pelo professor doutor Alcides Lopes Leão, durante o Congresso Nacional de Bioenergia e o 2º Seminário de Bioenergia do Oeste Paulista. O evento aconteceu de terça-feira a sábado e foi organizado pela Udop - União dos Produtores de Bioenergia. "A exploração da terra e a produção de produtos industriais é uma briga para cachorro grande. Os pequenos e médios empreendedores devem procurar se especializar no setor de serviços agregados, seja prestando assessoria técnica terceirizada ou industrial de menor porte, como fabricação de equipamentos de proteção individual, manutenção e operação de equipamentos", disse Leão. A palestra foi ministrada no prédio do Unisalesiano, na rodovia Teotônio Vilela.


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ANÁLISE SETORIAL


Construção civil reduz ritmo e demite mesmo com ajuda
Apesar das medidas de auxílio do governo ao setor de construção civil, as incorporadoras continuam em ritmo de desaceleração, e seguem revisando para baixo seus planos de lançamentos para esse ano. Após divulgar os resultados referentes ao terceiro trimestre, ontem, a Abyara afirmou que não lançará novos empreendimentos nesse ano. Com isso, a empresa encerra o ano com R$ 1,1 bilhão em lançamentos.
A expectativa inicial era de R$ 2,2 bilhões. "A ordem agora é manter a cautela e a disciplina financeira", diz a diretora financeira da empresa, Ana Granato. A Abyara já começou a implementar um programa de contenção de gastos, que inclui 40% de corte na folha de pagamentos, como medida para enfrentar os efeitos da crise financeira internacional no Brasil. O número de demissões não foi informado. De acordo com Granato, as ações do governo para estimular o setor, embora bem-vindas, ainda não tiveram efeito. "Não que não sejam suficientes, mas ainda não ocorreram de fato." Entre as medidas anunciadas, está uma linha de financiamento de capital de giro oferecida pela Caixa Econômica Federal, no valor de R$ 3 bilhões para os empreendimentos lançados antes do dia 1/10.
A ajuda, porém, ainda depende de regulamentação para entrar em operação. A Caixa também poderá comprar participações em construtoras com dificuldades de caixa. A Cyrela e a Agra também anunciaram revisões significativas em seu "guidance" (projeções) de lançamentos. Em nota, a Cyrela afirmou que, "em virtude do atual cenário econômico internacional e das incertezas sobre o impacto na economia brasileira, a empresa optou por postergar parte dos lançamentos previstos para 2008". A Cyrela previa lançar R$ 7 bilhões em projetos nesse ano e rebaixou para algo entre R$ 5,25 bilhões e R$ 5,6 bilhões.
Já a Agra rebaixou de R$ 2,1 bilhões para R$ 1,4 bilhão sua projeção de lançamentos. "Muitos consumidores estão receosos com o que vai acontecer com emprego e crédito. Precisamos nos ajustar à nova situação", diz o diretor de relações com investidores da Agra, Fábio Tsubouchi. Para o presidente do Secovi-SP - sindicato da habitação -, João Crestana, as empresas agora adotam uma atitude de cautela e devem se tornar mais seletivas com os projetos. "É preciso priorizar a liquidez e garantir capital de giro. Se uma empresa tinha cinco ou seis lançamentos previstos, agora vai escolher dois ou três, aqueles que têm rentabilidade."


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SETOR AUTOMOTIVO


GM e Ford decidem ampliar férias coletivas de funcionários
A GM e a Ford voltaram a anunciar férias coletivas para funcionários de suas fábricas. Mais uma vez, a decisão das montadoras está relacionada à queda das vendas provocada pela redução do crédito para financiamento de veículos, reflexo da crise financeira. Segundo a GM, a nova paralisação vai atingir um dos dois turnos de produção dos veículos S-10 e Blazer, em São José dos Campos (91 km de São Paulo). Os cerca de 400 funcionários do setor ficarão parados entre 1 e 23/12, mas voltam ao trabalho apenas em 5 de janeiro devido a folgas já compensadas durante o ano.
Essa é a terceira vez que a GM anuncia férias coletivas em pouco mais de um mês. O primeiro período de paralisação ocorreu entre os dias 20/10 e 2/11. Outros dois já estão programados para começar nos dias 17 e 24/11, respectivamente.
No total, as férias coletivas vão atingir cerca de 4.500 funcionários de São José. E a montadora já havia anunciado também, paralisações de produção em outras três fábricas: São Caetano do Sul, Mogi das Cruzes/SP e Gravataí/RS. Segundo a assessoria da GM, as medidas visam ajustar a produção e reduzir os estoques nas fábricas e nas concessionárias. Menos de duas semanas após antecipar as férias coletivas dos seus 8.800 funcionários que trabalham em Camaçari (região metropolitana de Salvador), a Ford ampliou o prazo de inatividade da empresa, que tem capacidade para produzir 250 mil carros por ano.
Inicialmente, as férias dos trabalhadores estavam programadas para 24/12 a 2 de janeiro. No começo desse mês, com o agravamento da crise econômica, os funcionários foram avisados de que o recesso começaria em 10/12 (turno da noite) ou 11/12 (turnos da manhã e tarde) e que eles somente retornariam às atividades em 5 de janeiro do próximo ano.
No sábado, dia 15/11, nova decisão foi confirmada. Quem trabalha à noite terá férias coletivas de 3/12 a 2 de janeiro; os funcionários dos turnos matutino e vespertino estarão com as atividades interrompidas entre 4/12 e 2 de janeiro.
Na fábrica de Taubaté/SP, os empregados da linha de transmissões terão as férias coletivas ampliadas a partir de 15/12, uma semana antes da previsão estabelecida pela montadora. A Ford já havia anunciado férias coletivas para funcionários da fábrica de São Bernardo do Campo/SP. Volkswagen e Fiat, também já anunciaram paralisações em suas fábricas no Brasil.
Para o ex-presidente da Ford no Brasil e diretor do CEA - Centro de Estudos Automotivos -, Luiz Carlos Mello, a indústria brasileira ainda vive um bom momento e as vendas vão voltar a crescer nos próximos meses. "As pessoas não estão parando de comprar definitivamente. É como se elas parassem para sentir o movimento que está se processando, para então executar algo que já estavam decididas a fazer, que é comprar um carro."

Daimler deve retomar programa de corte de custos
A montadora alemã Daimler deve promover uma segunda edição de seu programa de contenção de gastos, batizado de "Core", segundo reportagem publicada na revista "WirtschaftsWoche", ontem, domingo, dia 16/11. De acordo com fontes ouvidas pela publicação, as decisões sobre o plano serão tomadas antes do Natal. A primeira edição do Core resultou em uma economia de 1,7 bilhão de euros entre 2005 e 2007, ao custo de cerca de 10 mil empregos. Segundo a revista "Automobilewoche", a Daimler pretende fabricar cerca de 150 mil automóveis Mercedes a menos do que o planejado para 2009. A publicação cita um rascunho dos planos da companhia em circulação na fábrica da Mercedes, em Sindelfingen. A medida poderia significar uma redução na jornada de trabalho para 30 horas semanais. (Agência Dow Jones, de Frankfurt)

Toyota planeja reduzir ainda mais produção no Japão
A japonesa Toyota Motor Corp. pretende diminuir ainda mais, a produção doméstica de veículos a partir de janeiro, em resposta à desaceleração da demanda, segundo reportagem do jornal Asahi Shimbun. A empresa planeja parar de operar parte de suas linhas noturnas de produção da fábrica em Tahara, mantendo apenas os turnos diurnos, de acordo com o jornal. A unidade de Tahara, na região central do Japão, é o maior centro doméstico de produção de veículos da Toyota. A Toyota já reduziu seu plano de produção global para o ano fiscal que termina em março de 2009 em 950 mil veículos, para 7,92 milhões de unidades. (Agência Dow Jones, de Tóquio)

Após montadoras, duas empresas de autopeças anunciam férias coletivas
Duas empresas do setor de autopeças, a TI Automotive e a Parker Hannifin - Divisão Filtros, anunciaram nessa sexta-feira, a concessão de férias coletivas para trabalhadores de São José dos Campos/SP. Ambas enviaram comunicado ao Sindicato dos Metalúrgicos da região. O anúncio coincide com o período de
férias coletivas da General Motors, que também, nessa sexta-feira, ampliou o número de trabalhadores na mesma situação, todos do segundo turno do setor de produção da S10. A TI (antiga Bundy) informou que entrarão de férias os trabalhadores das células de produção ligadas ao fornecimento de peças para as montadoras. A empresa possui cerca de 700 trabalhadores. As férias serão divididas por setor, em três períodos (1 a 30/12, 8/12 a 4 de janeiro e 15/12 a 4 de janeiro). De acordo com a empresa, no dia 1/12 sairão 40% dos trabalhadores. A partir do dia 15/12, a paralisação da produção será de 100%. Já na Parker Filtros, o período de férias será de 1 a 15/12 para 36 trabalhadores. A empresa, também fornecedora da General Motors, possui cerca de 150 funcionários.


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LOGÍSTICA & INFRA-ESTRUTURA


Metade dos desembolsos do BNDES até outubro foi para infra-estrutura
A área de infra-estrutura teve aumento de 47,1% nos desembolsos efetuados pelo BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - nos 12 meses encerrados em outubro, somando R$ 35 bilhões. A maioria dos projetos foi das áreas de logística e energia elétrica. De acordo com o BNDES, os setores de transporte rodoviário, energia elétrica e telecomunicações, responderam por liberações no montante de R$ 27,9 bilhões, entre novembro de 2007 a outubro de 2008, o que equivale a 80% do total desembolsado para a área. No acumulado do ano, os desembolsos do banco para infra-estrutura atingiram R$ 28,3 bilhões, com aumento de 50,2% em relação a igual período de 2007. Para a indústria, foram desembolsados R$ 34,5 bilhões nos últimos 12 meses. O crescimento foi de 16,1%. No acumulado de 2008, essa área recebeu recursos do BNDES de R$ 28,9 bilhões, com incremento de 39,3%.
A indústria respondeu por R$ 56,1 bilhões das aprovações feitas pelo banco nos 12 meses encerrados em outubro. Para infra-estrutura, as aprovações alcançaram R$ 45,1 bilhões. O presidente do Banco, Luciano Coutinho, avaliou que o ciclo de investimento em infra-estrutura é muito forte e está em plena aceleração. “Não foi afetado de forma nenhuma pela crise internacional. Então, nos parece que a área de infra-estrutura confirma a sua robustez, a sua pujança nesse momento.”
Movimento no Porto do Mucuripe cresce 18%
O Porto de Fortaleza movimentou em outubro, 379.623 t. de mercadorias — um incremento de quase 18% frente à igual período de 2007. No acumulado até outubro, os números fecharam em 2,9 milhões de toneladas, um acréscimo de 4,5% em relação ao ano passado.

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MERCADO ONLINE


Lucro do UOL cai 15% e atinge R$ 27 milhões no terceiro trimestre
O UOL registrou lucro líquido de 27 milhões de reais no terceiro trimestre do ano, resultado 15% menor que os números alcançados no mesmo período de 2007. No acumulado dos nove primeiros meses de 2008, o provedor teve lucro líquido de 75,6 milhões de reais - 18% menor que os três primeiros trimestres do ano passado.
No segundo trimestre do ano, o provedor também registrou redução no seu lucro líquido. Em comunicado, o provedor informou que, excluindo-se os itens não-recorrentes no acumulado do ano, apresentou crescimento de 5% no lucro líquido de janeiro a setembro, na comparação com o mesmo período de 2007.
A receita bruta de serviços totalizou 203 milhões de reais no terceiro trimestre e 581,5 milhões de reais no acumulado do ano, um avanço de, respectivamente, 13% e 11% sobre os mesmos períodos de 2007. Mesmo com o crescimento no número de assinantes pagantes - 1,78 milhão em setembro; 3% de aumento em relação ao mesmo mês do ano passado -, o UOL sofreu redução na receita com assinaturas. Segundo a empresa, a diminuição no valor do ticket médio é resultado de maior competição no segmento de acesso.
A receita com assinaturas caiu 3% no trimestre e 2% no acumulado do ano, chegando a 129,7 milhões de reais e 386 milhões de reais, respectivamente. Os clientes de banda larga representaram 1,13 milhão, segundo dados de setembro - 16% a mais que o total do mesmo mês do ano passado. Por outro lado, a receita com publicidade e outras, cresceu 58% na análise comparativa entre o terceiro trimestre desse ano e o mesmo período de 2007, chegando a 73,3 milhões de reais. Nos nove primeiros meses de 2008, o total é de 195,5 milhões, avanço de 47% ao se comparar com período similar do ano passado. De acordo com análise do portal, esse aumento deve-se, principalmente ao aumento do número de anunciantes de publicidade e de marca e ao crescimento da receita com produtos.
O Ebitda totalizou 29,1 milhões no período, uma diminuição de 22% sobre o 3T07. A margem Ebitda atingiu 20% no terceiro trimestre de 2008, decréscimo de 8 pontos percentuais sobre o mesmo período do ano passado.


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MERCADO DE TI


Crise financeira: Semana das más notícias para o setor de TI
As notícias ruins para companhias de TI não pararam nessa semana. A Intel reduziu a
previsão de ganhos no futuro, as ações do Google tiveram a pior queda dos últimos dois anos e a Sun, cortando até 18%, entre 5 mil a 6 mil funcionários, da sua força de trabalho. Além disso, a IDC e o Citigroup reduziram as previsões de crescimento do mercado de TI.
O senso comum diz que os orçamentos de TI foram tão reduzidos após o estouro da bolha ponto com que não resta muito para cortar. Isso significaria que o ritmo dos gastos de TI iria cair, mas o budget não seria cortado. No entanto, especialistas estão revisando as suas previsões, diminuindo as expectativas ou prevendo quedas.
Na última quinta, 13/11, a Nasdaq - bolsa na qual a maior parte das empresas de TI têm suas ações negociadas - atingiu 1499 pontos, o nível mais baixo no ano e patamar comparável ao que foi visto durante o estouro da bolha ponto com. Analistas de mercado continuaram a recomendar as ações de empresas de TI na semana. O Goldman Sachs diminuiu a recomendação da Dell de “neutro” para “venda”, por conta da previsão de declínio nas margens de negócios e faturamento. A Dell segue muito dependente das vendas de hardware, o primeiro item cortado quando os orçamentos de TI.
O Goldman também recomenda que investidores “vendam” ações da Palm, por não acreditar que a empresa melhore com mais competição no mercado. Já o Credit Suisse cortou a previsão do valor de ações da Apple de 135 dólares cada para 120 dólares cada, ressaltando uma visão menos otimista para o desempenho para a indústria de computação pessoal. O pedido de
falência da Circuit City mostra como as condições estão ruins nos EUA.
Nas redes, a Nortel teve
prejuízo de 3,4 bilhões de dólares no terceiro trimestre e vai cortar 1,3 mil empregos. O Citigroup reduziu a previsão de vendas de PCs para uma queda de 5%, ante os 3% anterior. "Ainda esperamos que as vendas de notebooks cresça 15% no mundo em 2009 por conta dos netbooks. Mas o setor de desktop vai cair 21%," disse o analista do Citigroup Richard Gardner.
A nova previsão da IDC para 2009 prevê alta de 2,6% nos gastos globais de TI, menos da metade do que a previsão inicial de 5,9%. O crescimento no mundo online, também vai cair dramaticamente. Pesquisa do Citigroup alertou que “a taxa de alta vai cair fortemente no quarto trimestre para as quatro maiores empresas de comércio eletrônico nos EUA (Amazon, EBay, Expedia e Priceline), saindo de uma média de 25% na comparação ano a ano no terceiro trimestre, para uma alta de 8% na comparação ano a ano no quarto trimestre. De alguma forma, o Google também vai ser atingido."


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MERCADO DE LUXO


Casas de leilão estimam queda em preços de jóias e relógios
Centenas de diamantes, jóias e relógios de luxo serão oferecidos em Genebra na próxima semana, num mercado em que os compradores estão cautelosos e os preços vêm tendo queda de 20% a 30%, anunciaram casas de leilões na sexta-feira. A Christie's e a Sotheby's estão aconselhando os vendedores a diminuir seus preços de reserva - ou seja, os preços mínimos, mantidos em sigilo - nos leilões de jóias, devido à crise financeira que vem reduzindo a procura por artigos de luxo.
Mas, enquanto muitos lotes ficaram sem compradores nos leilões de arte do outono em Nova Iorque, sem receber ofertas que chegassem às estimativas mínimas, especialistas prevêem que os melhores diamantes e gemas raras, sejam arrematados por preços bons em Genebra. "Digamos que, com um pano de fundo mais seletivo, artigos bons, com estimativas realistas, terão bons resultados", disse o diretor do departamento de joalheria da Christie's em Genebra, Eric Valdieu, em entrevista em seu escritório. "Estou dizendo aos clientes que eles farão melhor em vender aos preços de hoje e dispor de um montante sólido em cash, em lugar de aguardar dois, três ou cinco anos até os preços chegarem aos níveis anteriores." François Curiel, diretor internacional do departamento de joalheria da Christie's, disse que há demanda forte por diamantes - "sinal de uma certa insegurança" em meio aos mercados acionários em queda.
O mercado dos leilões de jóias é movido pelos melhores diamantes, que, segundo corretores e joalheiros de primeira linha, caíram em relação aos picos de preço verificados no início do ano. David Bennett, presidente de jóias da Sotheby's na Europa e Oriente Médio, encara a situação com otimismo cauteloso. "Estou otimista quanto às chances de as jóias continuarem a ter bons resultados, já que são vistas como tendo um valor palpável ...", disse ele à Reuters.
A semana começou na noite de ontem, domingo, dia 16/11 com o leilão da Sotheby's de 200 relógios, e hoje, dia 17/11, a Christie's vai leiloar 415 relógios com valor estimado em 15 milhões de francos suíços (12,6 milhões de dólares). (Reuters)

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