I-Press.biz Economia & Mercado | Edição 101 | Ano I

Projeção para PIB de 2009 cai para 3,13%
A pesquisa Projeções e Expectativas de Mercados da Febraban - Federação Brasileira de Bancos -, divulgada ontem à tarde, apontou um aumento da previsão para o crescimento do PIB - Produto Interno Bruto - esse ano, de 5,15% no cálculo de setembro para 5,23% agora. Para 2009, porém, o levantamento mostrou recuo na estimativa, de 3,75% para 3,13%. De acordo com o economista-chefe da Febraban, Rubens Sardenberg, a desaceleração na projeção para o crescimento do PIB no próximo ano, está relacionada a um "ajuste das expectativas em linha com a mudança do cenário internacional". Para ele, o período entre setembro e outubro desse ano, foi "o pior momento da crise", principalmente para o setor financeiro. "Passamos o pior momento", avalia. Ele vê certa redução da volatilidade nos mercados financeiros, o que, para ele, é um indicador positivo de estabilidade. Ainda de acordo com o levantamento da Febraban divulgado ontem, a média das projeções das 30 instituições financeiras consultadas para a inflação medida pelo IPCA - Índice de Preços ao Consumidor Amplo - em 2008, aumentou para 6,36%.
No levantamento anterior, em setembro, a expectativa era de uma alta de 6,19% no indicador. Para 2009, a previsão foi revisada de uma alta de 4,94% para um acréscimo de 5,12%. Para o economista-chefe da Febraban, os ajustes nas previsões para a inflação, estão relacionados ao salto dado pelo dólar em relação ao real. As projeções da entidade para a taxa de câmbio, no fim de 2008, avançaram de R$ 1,74 para R$ 2,06. Para o fim de 2009, a cotação estimada mudou de R$ 1,82 para R$ 2,07.
A pesquisa revelou ainda, que a média das projeções das instituições consultadas para a taxa básica de juros, a Selic, foi revisada para a manutenção do patamar atual do juro básico brasileiro em 13,75%, ao ano. No levantamento de setembro, a previsão era de que a Selic encerraria o ano em 14,75%. Para o ano que vem a estimativa para Selic é que ela caia para 13,25% anuais até o fim de 2009. A expectativa anterior da Febraban era de que a taxa encerrasse 2009 em 13,75%.
Contas externas - Ainda segundo levantamento da Febraban, a projeção para o superávit da balança comercial brasileira esse ano, passou para US$ 23,23 bilhões, acima da projeção anterior, de setembro, de US$ 22,90 bilhões. Para 2009, a projeção para o superávit comercial avançou de US$ 12,88 bilhões para US$ 13,96 bilhões. O levantamento mostrou deterioração na previsão para o saldo da conta corrente (saldo de todas as transações do País com o exterior). Em setembro, a Febraban previa um déficit de US$ 24,01 bilhões e, conforme o estudo divulgado ontem, espera um déficit de US$ 30,01 bilhões. Para 2009, entretanto, a projeção para o saldo negativo, recuou de US$ 32,04 bilhões para US$ 30,05 bilhões. A previsão para os IED - Investimentos Estrangeiros Diretos - mudou de US$ 33,11 bilhões para US$ 35,36 bilhões, para 2008. No ano que vem, por outro lado, a Febraban revisou para baixo a sua estimativa, de US$ 29,80 bilhões para US$ 25,40 bilhões.

Meirelles diz que cada país deve ter seu próprio remédio contra crise

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse nessa terça-feira, que cada país deve encontrar seu próprio remédio para combater os efeitos da crise financeira que abala os mercados mundiais, há mais de um ano e meio. "Os remédios [para a crise] devem ser diferentes. Até porque, remédios têm efeitos colaterais", disse Meirelles, em seminário do Lide - Grupo de Líderes Empresariais. O presidente do BC citou como exemplo os EUA, sobre os quais disse terem tomado a medida correta ao lançar o pacote de ajuda ao setor financeiro, de US$ 700 bilhões. "Os EUA estão fazendo a coisa certa em lançar o pacote. Mas o efeito colateral é ter de administrar sua dívida pública, que está crescendo e já passou de US$ 1 trilhão", afirmou. Segundo as recomendações do G20 sobre flexibilização das políticas monetária e fiscal, Meirelles disse concordar, desde que sigam a regra de só fazer isso se tiverem condições. "Todos devem fazer política anticíclica? Sim. Todos devem flexibilizar a política monetária? Sim, desde que tenham condições para tal", afirmou.
Essa posição justifica, por exemplo, que os EUA e a Inglaterra, entre outros países, reduzam seus juros nesse momento. "Os EUA cortam os juros porque podem e devem, já que lá há uma perspectiva até mesmo de deflação ao final de 2009. Por outro lado, na Hungria houve alta dos juros, por causa da desvalorização cambial", disse Meirelles. Meirelles voltou a comentar o anúncio do pacote da China de US$ 586 bilhões, anunciado no domingo, dia 9/11, para combater a crise naquele país. Ele lembrou que a economia chinesa é impulsionada pelas exportações e que essa medida visa, portanto, a aumentar o consumo doméstico. "No Brasil, nosso problema não é o consumo doméstico. Até setembro, o consumo estava muito forte e o emprego, alto. O problema não vem por aí", avaliou.
Brasil está forte - O Brasil está em uma situação melhor que a da maioria dos outros países nesse momento de crise, disse Meirelles, uma vez que o país possui reservas em dólares maiores que a dívida externa, uma larga margem de depósitos compulsórios e uma maior regulação de seu sistema financeiro. O principal problema enfrentado pelo Brasil nessa crise, segundo Meirelles, continua sendo a falta de liquidez em dólares para o crédito. Quanto a isso, o presidente do BC disse que a autoridade monetária segue tomando medidas, como os leilões de dólares e a liberação de depósitos compulsórios. Para Meirelles, a oferta de crédito está aumentando, mas não o suficiente para chegar aos níveis de antes da quebra do banco americano Lehman Brothers. Além disso, ele manifestou preocupação com alguns setores, que ainda estão em situação ruim quanto ao crédito. "A melhora do crédito não pode ser vista pela média, pois a cabeça pode estar no sol e o pé no ar-condicionado. Há setores que sofrem mais por questões de risco e desconfiança do consumidor."

Cúpula do G20 deve adotar ações concretas
O comissário de Assuntos Econômicos da União Européia, Joaquín Almunia, disse ontem, acreditar que a cúpula do G20 sobre a crise financeira global, não servirá apenas para "adotar princípios", mas para chegar a um consenso sobre as "ações urgentes que devem ser adotadas nos próximos meses". "Espero que no próximo sábado haja um acordo sobre as principais prioridades para melhorar a regulação dos mercados financeiros", disse Almunia. Para o comissário, o G20 deve deixar claras as medidas mais urgentes, de modo que, em uma nova cúpula - que a UE propõe que aconteça 100 dias depois da reunião do sábado -, seja possível "continuar olhando para o futuro com novos compromissos, ações e desenvolvimentos". "A profundidade da crise é tamanha que ninguém pode achar que seja possível resolver em um mês", disse Almunia, que considerou que a "urgência na tomada de algumas decisões" não permite esperar mais. O comissário europeu destacou a "unidade" com a qual os países europeus irão a Washington, e se mostrou confiante em um resultado positivo da cúpula. "Acho que todos estamos de acordo sobre os erros do marco regulador, em algumas áreas que contribuíram para a situação difícil dos mercados", disse Almunia, que afirmou que também existe um consenso sobre a necessidade de reforçar o papel do FMI - Fundo Monetário Internacional. Segundo ele, o G20 deve estabelecer em Washington "princípios para a reorganização do sistema financeiro", mas, ao mesmo tempo, tem que "estabelecer um método para preparar propostas precisas" e "adotar decisões concretas, ou dar um mandato para que sejam tomadas a curto prazo". Almunia insistiu ontem, em que a "crise ainda não terminou" e que podem aparecer "novos problemas no horizonte", como os que há agora em vários países da UE, como Hungria e Letônia. Por isso, incentivou os governos europeus a utilizar instrumentos como a política fiscal, a fim de minimizar o impacto das turbulências sobre a economia real, mas ressaltou que todas essas ações devem ser "coordenadas", como foram às destinadas aos mercados financeiros. "Todas as economias européias podem sofrer se um país adotar uma decisão equivocada em política fiscal", advertiu. O comissário explicou também, que a UE trabalha nas propostas destinadas a estimular a economia e o emprego, que deve apresentar aos países-membros na próxima cúpula européia, em dezembro. Entre outras idéias, Almunia disse que a Comissão Européia (órgão executivo da UE) aposta em reformas estruturais que "aliviem o desemprego" e que possam aumentar os investimentos através da participação pública, também em escala européia, utilizando instrumentos como o Banco Europeu de Investimentos. (Efe)

União Européia pede aos EUA novo impulso para a Rodada Doha
A comissária de Comércio da União Européia, Catherine Ashton, pediu ontem, que a cúpula do G20 em Washington, programada para o próximo dia 15, impulsione um desbloqueio das negociações da Rodada Doha para a liberalização do comércio mundial. Ashton e a representante comercial americana, Susan Schwab, se reuniram ontem em Bruxelas, onde falaram sobre a oportunidade representada pela reunião do G20, para retirar da estagnação as discussões sobre a abertura dos mercados mundiais, segundo fontes européias. A comissária européia disse que é "muito importante" na cúpula do G20, que os países participantes "enviem um sinal claro" para poder reativar as negociações na OMC - Organização Mundial do Comércio - sobre a Rodada Doha. Ashton disse que "com liderança e determinação um acordo sobre Doha está ao alcance, porque os detalhes de um compromisso final poderiam ser definidos em semanas", segundo uma declaração escrita divulgada pela Comissão Européia (o órgão executivo da União Européia), após a reunião com Schwab. "É muito importante que a reunião do G20 em Washington, envie um sinal claro aos negociadores para alcançar esse objetivo. A UE e os EUA seguirão proporcionando liderança para manter a abertura que trouxe crescimento e prosperidade nas últimas décadas", disse a comissária européia. Schwab afirmou, segundo o comunicado da CE, que nesse momento "o mais importante não é só evitar ir para trás na abertura dos mercados, mas avançar em um acordo equilibrado e ambicioso sobre a Rodada Doha, que crie novos fluxos comerciais e gere oportunidades econômicas mundiais". As responsáveis de Comércio da UE e dos EUA falaram também, de outros assuntos de interesse bilateral, como a disputa entre ambas as partes, devido às restrições européias à carne bovina com hormônios ou à carne de ave tratada com cloro, e sobre as regras européias para o registro de substâncias químicas. (Efe, de Washington)
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Berlusconi quer expandir G-8 para incluir emergentes
O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, disse que vai buscar expandir o G-8 (grupo dos sete países mais industrializados e a Rússia) para incluir as economias emergentes que mais crescem, quando assumir a presidência rotativa do grupo em 2009. Após um encontro ontem, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Berlusconi disse em entrevista à imprensa que quer juntar a China, a Índia, a África do Sul, o México e o Brasil ao G-8, que se tornaria um G-13. Ele disse que a Itália também, é a favor de se incluir o Egito; o grupo seria batizado então de G-14. O G-13 ou G-14 representaria cerca de 80% da economia global e a vasta maioria da população mundial, disse Berlusconi. O atual G-8 é composto por Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália, Canadá e Rússia. (Agência Dow Jones, de Roma)

Gol prevê crescimento menor do mercado doméstico em 2009
A companhia aérea Gol prevê um crescimento de 6% no mercado doméstico em 2009, abaixo dos 8,5% previstos para esse ano, segundo projeções da empresa divulgadas nessa terça-feira. Para o quarto trimestre desse ano, a expectativa da Gol é de uma redução de cerca de 2% na capacidade de assentos sobre o terceiro trimestre. Além disso, a empresa espera uma taxa de ocupação consolidada na faixa de 63%, com yields (preço pago por cliente por quilômetro transportado) consolidados em torno de R$ 0,27. A Gol prevê um CASK (custo por assento por quilômetro), sem despesas de combustível, em torno de R$ 0,09 - estável versus 3T08 - além de custos relativos à devolução de aeronaves. "Esperamos que o acréscimo de aeronaves maiores e mais econômicas e nosso programa de hedge, compensem parcialmente, eventuais aumentos no preço do combustível", informou a empresa. No segundo trimestre, a empresa teve prejuízo de R$ 216,76 milhões, contra um lucro de R$ 157,07 milhões no mesmo período do ano passado. As receitas líquidas da empresa, no período, atingiram R$1,5 bilhão, representando um crescimento de 27,2%, em comparação ao mesmo trimestre do ano anterior.

Vivo reverte perdas e fecha 3º trimestre com lucro de R$ 129,8 milhões
A holding Vivo Participações anunciou ontem, um lucro de R$ 129,8 milhões no terceiro trimestre desse ano, depois de ter registrado um prejuízo de R$ 59,5 milhões no segundo trimestre. No terceiro trimestre do ano passado, a empresa havia registrado um lucro de R$ 42,6 milhões. O Ebit (lucro antes de juros e impostos) teve um crescimento de 83%, registrando R$ 550,9 milhões no trimestre, na comparação com o período de julho a setembro de 2007. Em setembro, a base da Vivo atingiu 42,277 milhões de clientes, chegando a uma participação de mercado de 30%. No terceiro trimestre, o número de clientes cresceu em 1,842 milhão. A receita de serviços no trimestre passado foi de R$ 3,644 bilhão, um aumento de 28% em relação ao período de julho a setembro de 2007. Em relação ao segundo trimestre desse ano, o aumento foi de 7,5%. O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciações e amortizações) no trimestre atingiu R$ 1,316 bilhão, no trimestre passado, um crescimento de 39,8% na comparação com o terceiro trimestre de 2007.

Governo adia votação de reforma tributária para discutir relatório com Estados do Sudeste
O governo desistiu de colocar em votação nessa semana, o relatório do deputado Sandro Mabel (PR-GO) sobre a reforma tributária na comissão especial que discute o tema, na Câmara dos Deputados. O presidente da comissão, deputado Antônio Palocci (PT-SP), atendeu aos apelos da oposição para permitir maior discussão em torno do texto, antes de votar a proposta de reforma. Palocci definiu que, até quinta-feira, a comissão não colocará a matéria em votação para que o texto de Mabel seja discutido com os partidos de oposição. Hoje, a comissão vai realizar uma nova rodada de discussões sobre o parecer e, na quinta-feira, serão ouvidos os secretários de Fazenda de São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo - que são contrários ao texto do relator por temer perdas de arrecadação. O relator, porém, afirma que a reforma não vai trazer prejuízos para os Estados. "Eu garanto que não há perda de arrecadação e, se houver, coloquei mecanismos auto-aplicáveis para recompor perdas, como a norma que diz que a unificação das alíquotas só entra em vigor no momento em que a lei complementar do FER - Fundo de Equalização de Receitas - estiver apresentada", afirmou Mabel.

Caixa eleva limite de crédito para construção de imóvel
A ampliação do limite de empréstimos da CEF - Caixa Econômica Federal - direcionados para o financiamento de construção e reforma de imóveis, de R$ 7 mil para R$ 25 mil, entrou em vigor na segunda-feira, dia 10/11. Somente ontem, porém, a novidade foi divulgada pela Assessoria de Imprensa da Caixa. A nova regra para a linha de crédito, conhecida como Construcard/FGTS, utiliza recursos do FGTS - Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. De acordo com a Assessoria de Imprensa, o aumento do teto foi a única mudança na linha que, por envolver recursos do FGTS, é destinada prioritariamente, às famílias de menor renda, limitada a R$ 1,9 mil por mês. As taxas de juros que podem ser cobradas nesses empréstimos variam de 6% a 8,16% ao ano. Quem possui renda acima de R$ 1,9 mil, tem a opção da linha de crédito Construcard/Caixa/SBPE, que usa recursos próprios do banco público e das cadernetas de poupança. Nesse caso, o valor mínimo de empréstimo é de R$ 1 mil e o valor máximo, é calculado conforme a capacidade de pagamento do tomador do empréstimo. As taxas de juros, nesse caso, podem chegar a 13,5% ao ano.

Lucro da Petrobras quase dobra no 3º tri e bate R$ 10,852 bilhões
A Petrobras anunciou no final da tarde de ontem que obteve lucro líquido de R$ 10,852 bilhões no terceiro trimestre de 2008, alta de 96% sobre o mesmo período do ano passado. Trata-se do novo recorde para um lucro trimestral da estatal. "Esse resultado é conseqüência, principalmente, do aumento da produção, da elevação dos preços médios de realização dos derivados no mercado interno e das exportações e do ganho cambial decorrente da depreciação do real sobre os ativos líquidos expostos à variação cambial no valor de R$ 3,478 bilhões", informou a empresa. No acumulado do ano, o lucro também bateu recorde ao atingir R$ 26,56 bilhões, com alta de 61% sobre o mesmo período de 2007. "O resultado foi fruto da maior produção, volume de vendas. Os preços ajudaram e houve auxílio do câmbio, que impactou positivamente o resultado", disse o diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa. No acumulado do ano até setembro, a Petrobras ganhou R$ 641 milhões em função da depreciação do real frente ao dólar. No mesmo período do ano passado, a estatal havia perdido R$ 3,2 bilhões. O preço médio do barril pela Petrobras, nos nove primeiros meses deste ano, foi de US$ 104,62, em média. No ano passado, havia sido de US$ 76,94. "No campo operacional, a produção de petróleo cresceu 2% em relação ao período anterior e em setembro, atingimos o recorde de produção mensal no Brasil, de 1.897 mil barris por dia. Também registramos crescimento de 2% no volume vendido no mercado interno no trimestre, com destaque para o diesel, gasolina e óleo combustível", disse por sua vez o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, no comunicado. A receita líquida da empresa atingiu R$ 67,46 bilhões no terceiro trimestre, com alta de 52% sobre igual intervalo de 2007. Na mesma base de comparação, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) subiu 20%, para R$ 15,68 bilhões. O comunicado enviado ao mercado informa que os investimentos do Sistema Petrobras atingiram R$ 13,151 milhões no terceiro trimestre deste ano, 22% acima do mesmo período do ano passado e 23% superiores ao segundo trimestre deste ano, "destacando-se a ampliação da capacidade futura de produção de petróleo e gás natural no país".

Vendas do Tesouro Direto atingem recorde de R$ 259,1 milhões em outubro
As vendas de títulos públicos para pessoa física por meio do Tesouro Direto, bateram recorde em outubro. Foram vendidos R$ 259,1 milhões, recorde mensal desde a criação do programa, em 2002. O valor supera em 41,6% o recorde anterior, de julho desse ano. Em relação a outubro do ano passado, houve um crescimento de 345,4%. De acordo com o Tesouro Nacional, as vendas acumuladas em 2008 atingiram R$ 1,2 bilhão. O número de investidores cadastrados cresceu 42,6% nos últimos 12 meses, para 138.563 pessoas. Em outubro, 5.169 novos participantes se cadastraram no Tesouro Direto, novo recorde mensal de adesão ao programa. No mês passado, os títulos mais vendidos foram os prefixados (LTN e NTN-F), com 43,3% do total. Os indexados ao IPCA (NTN-B e NTN-B Principal) ficaram em segundo lugar, com participação de 37,6%. O valor médio por operação no mês foi de R$ 21.838, mas 60% das aplicações foram de até R$ 5.000. Em relação à rentabilidade, a maioria dos papéis acumula rentabilidade negativa nos últimos 30 dias encerrados ontem, devido aos efeitos da crise sobre o mercado de juros. Entre os títulos que ainda são vendidos, o melhor resultado foi da LTN com vencimento em abril de 2009 (+1,15%). A pior, da NTN-F 2017, de -7,38%. É importante lembrar que o investidor só corre o risco de perder dinheiro no Tesouro Direto, quando vende o título antes do vencimento.

Vendas de álcool crescem 15% em outubro
A demanda por álcool no mercado interno continua aquecida e fez com que as vendas da região Centro-sul, chegassem a 1,83 bilhão de litros no mês de outubro, 15% acima do total para o mesmo mês no ano anterior, apontou balanço da Unica - União da Indústria de Cana-de-Açúcar -, divulgado ontem no final da tarde. O crescimento das vendas do álcool hidratado no período foi de 38%, especialmente em função da competitividade do produto em relação à gasolina em mais de 90% do mercado brasileiro. As vendas do álcool anidro cresceram 10% no acumulado da safra (abril a outubro). A produção de álcool na segunda quinzena de outubro foi de 1,73 bilhão de litros, 25,54% superior ao da mesma quinzena da safra anterior. No acumulado da safra, a produção totalizou 20,2 bilhões de litros, 15,41% superior ao acumulado na safra anterior. Exportações - O mercado americano ainda é o principal importador. No acumulado da safra, as saídas de álcool atingiram 3,4 bilhões de litros até o final de outubro, contra 2 bilhões no mesmo período da safra anterior. A Unica prevê que a região Centro-sul exporte 4,2 bilhões de litros no ano. Segundo a Unica, "a falta de liquidez no mercado financeiro, nas linhas de capital de giro e de recursos para exportação, tem levado muitos produtores a ofertar produto no mercado interno em patamares acima da demanda, como forma de financiar o final da safra 2008/09 e honrar seus compromissos com fornecedores de cana, insumos e empregados". Apesar da produção de açúcar inferior à da safra passada em 1,1 milhão de toneladas, o que proporcionou uma moagem adicional destinada à produção de mais 2,7 bilhões de litros de álcool, o nível de estoques em 1º de novembro desse ano, está inferior ao da safra anterior. A Unica possui 116 usinas associadas da região Centro-Sul do Brasil, responsáveis por mais de 50% da produção nacional de cana e 60% da produção de álcool.

Alcoa anuncia corte global na produção de alumínio
A fabricante de alumínio Alcoa anunciou que vai cortar sua capacidade anual de produção em suas usinas de fundição, em todo o mundo, em mais 350 mil toneladas. Isso eleva o montante total de redução das usinas da Alcoa para 615 mil toneladas por ano, valor que representa 15% de sua produção anualizada. Os cortes terão início imediato. A decisão foi tomada para fazer frente à queda da demanda, ao excesso de alumínio no mercado e ao declínio acentuado dos preços, que atingiram o pico de US$ 3.380 a tonelada em julho, mas desde então, caíram para abaixo de US$ 2.000 a tonelada na LME - Bolsa de Metais de Londres. "Esses cortes fazem parte de um esforço global maior para reduzir nossos custos, adequar a produção à demanda e ajudar a garantir um futuro para nossas operações diante do mercado atual, disse o vice-presidente executivo da Alcoa, Bernt Reitan. (Agência Dow Jones, de Nova Iorque)

Proprietária da Philip Morris nos EUA corta empregos devido à crise
A Altria, proprietária da Philip Morris USA - maior fabricante de cigarros do país - informou nessa terça-feira, que já começou a cortar empregos devido aos efeitos da crise financeira sobre a economia americana. O porta-voz da empresa, David Sylvia, não informou quantos cortes serão feitos, mas disse que serão eliminados postos de trabalho, tanto na Altria quanto na Philip Morris USA. A Altria também possui a fabricante de charutos John Middleton. Em agosto do ano passado, a empresa havia informado que planejava cortar até 400 empregos, quando mudou sua sede e vendeu a Philip Morris International em março desse ano. A expectativa era de que, com esses cortes, a empresa economizasse US$ 250 milhões por ano. A empresa deve buscar expansão em setores fora do segmento de cigarros, devido à queda na demanda entre os consumidores americanos. O porta-voz disse que a empresa ainda, vai decidir quantas demissões irão ocorrer até fevereiro de 2009. O quadro de funcionários da Altria e de suas subsidiárias, empregam mais de 10.500 pessoas. (Associated Press/AP)

Previdência privada argentina perdeu US$ 8 bilhões com a crise mundial
Os fundos de previdência privada sofreram perdas de 27 bilhões de pesos (US$ 8,132 bilhões) na Argentina devido à crise financeira internacional, afirmou nessa terça-feira, Amado Boudou, diretor do órgão estatal de gestão de fundos, defendendo o plano de estatização que ainda precisa ser aprovado pelo Senado. Em discurso no Senado, Boudou acrescentou que, de outubro de 2007 a outubro de 2008, esses fundos perderam 17,46% de seu capital, o que ele atribuiu à crise dos mercados no mundo, gerada pela
crise dos "subprime" (créditos hipotecários de alto risco) nos EUA. Segundo o funcionário, a rentabilidade dos fundos diminuiu, apesar de os contribuintes do sistema terem aplicado um bilhão de pesos mensais nos últimos 12 meses. O ministro do Trabalho, Carlos Tomada, advertiu aos senadores que sem o projeto de lei, aprovado semana passada pelos deputados, "duas das três administradoras podem quebrar com a crise dos mercados", de um total de dez empresas do sistema privado. Os fundos de pensão têm 9,5 milhões de trabalhadores registrados, mas apenas 3,6 milhões são contribuintes efetivos, e precisam do auxílio do Estado, todo mês, para pagar suas aposentadorias, porque as contas dos beneficiários não têm apoio suficiente. O Senado examinará no próximo dia 20/11 o projeto, que permitiria transferir para a esfera estatal, cerca de US$ 26 bilhões dos fundos de pensão, criados em 1994. (France Presse, de Buenos Aires)

Morana inaugura sua primeira loja na Colômbia
A rede de franquias Morana, segunda marca do Grupo Ornatus, vem desde 2002 se destacando no segmento de acessórios e bijuterias femininas. Há 19 anos nesse ramo, agora com um investimento de US$ 200 mil, a Morana está ampliando seus horizontes à América Latina, com a inauguração de sua primeira operação em Bogotá, no 2º semestre de 2008. Localizada no Shopping Gran Estación, a loja terá 40m² construídos. Um dos fatores que fizeram a empresa se sentir sólida para realizar esse investimento, foi o aprimoramento e desenvolvimento dos projetos em logística e operação. Hoje, são 99 lojas e a previsão é de chegar a 500 unidades até 2012. Apesar do cenário de crise financeira global, a previsão do grupo é de fechar 2008 com um crescimento de 15%. "O clichê de globalização se faz presente nessa crise, pois percebemos claramente uma interligação de um todo, e não dá para ficar imune a uma crise dessa natureza. No nosso caso que trabalhamos com um item manufaturado poderíamos tranquilamente, imaginar que estaríamos envoltos na crise. Porém, existe uma outra variável aliada ao nosso negócio, que se relaciona com a beleza e satisfação das pessoas, cujo conceito de valor é relativo. O princípio de intangibilidade, que tem relação com a intimidade das pessoas, é que proporciona à Morana passar um pouco mais distante da crise, porém não totalmente imune", afirma o diretor Marco Ho Lee. No ano de sua inauguração, a marca já contava com oito lojas e é hoje, a maior rede de bijuterias finas do Brasil. O ‘boom’ aconteceu em 2007, quando a Morana atingiu o número de 77 franquias e chegou ao mercado internacional, abrindo lojas nos EUA – em New York e Los Angeles - e em Portugal, na Cidade do Porto. O Grupo Ornatus foi criado em 2007, pelos irmãos Marcos Ho Lee e Jae Ho Lee, representa as redes de franquias Jin Jin Wok, Morana e Balonè – que atuam em segmentos distintos de alimentação e moda. Hoje, o grupo possui 150 lojas distribuídas pelo Brasil e exterior e em 2009, intensificará a expansão das marcas Jin Jin Wok e Morana, também para a Europa e outros países da América Latina.

Venda de papelão foi recorde em outubro
As vendas de papelão ondulado no mês de outubro totalizaram 208,5 mil toneladas, novo recorde mensal registrado pelo indicador de negócios da ABPO - Associação Brasileira do Papelão Ondulado. O resultado representa uma expansão de 4,3% em relação a outubro de 2007 e de 6,5%, sobre setembro de 2008, quando foram negociadas 195,8 mil toneladas, segundo dados revisados pela entidade. No acumulado dos dez primeiros meses de 2008, as vendas acumulam alta de 1,7%, para um total de 1,931 milhão de toneladas. Os números referentes a outubro são preliminares. As vendas de papelão, que refletem a demanda por embalagens, podem ser vistas como um termômetro da atividade econômica. Em nota, o presidente da entidade, Paulo Sérgio Peres, comenta que os dados do setor no acumulado anual, estão dentro das projeções. A ABPO já previa que os resultados do segundo semestre fossem mais expressivos do que os números registrados entre janeiro e junho, devido a questões sazonais. As vendas do setor no segundo semestre são, tradicionalmente, mais fortes do que no primeiro semestre, mas em 2007 os indicadores de negócios do acumulado, entre janeiro e junho, surpreenderam positivamente. Com isso, a base de comparação dos seis primeiros meses ficou destorcida, o que levou o setor a fechar o primeiro semestre de 2008, com vendas 0,15% inferiores às registradas em igual período do ano passado.

Sadia sofre novo processo nos EUA após perdas cambiais
O escritório de advocacia norte-americano Howard G. Smith, entrou com uma ação em benefício de todas as pessoas que compraram ADRs - American Depositary Receipts - ou ações ordinárias da Sadia, entre 1°/5 e 26/9, buscando reparação de prejuízos. De acordo com comunicado distribuído pelo escritório, a ação foi protocolada na Corte Distrital Sul de Nova Iorque. Os advogados alegam que a Sadia informou erroneamente, os investidores, sobre a natureza de seus negócios e sobre a sua situação financeira, violando leis federais que regulam os mercados nos EUA. Essa é a segunda ação movida no país contra a Sadia, após a empresa ter registrado perdas de mais de 700 milhões de reais, devido a operações financeiras com derivativos cambiais. Na semana passada, um fundo de pensão norte-americano já havia processado a empresa brasileira. A Sadia informou que não se manifestaria sobre a natureza das ações enquanto elas estivessem correndo na Justiça. O escritório Howard G. Smith disse ainda na ação, que as informações divulgadas pela Sadia não correspondiam à realidade da empresa e "inflaram artificialmente os valores de suas ações".

Uso do cartão de crédito cresce apesar da crise e já é o dobro do cheque
Os pagamentos com cartão de crédito continuam em crescimento no país, apesar da instabilidade econômica mundial, segundo estudo da Itaucard. O faturamento da indústria de cartões aumentou 21,3% no mês de outubro, comparado ao mesmo período do ano passado, atingindo R$ 19,8 bilhões. Em novembro, esse faturamento deve chegar a R$ 20,3 bilhões, o que representará expansão de 21,9% em relação ao mesmo mês de 2007. "O atual momento macroeconômico do país favorece a confiança do consumidor em sua capacidade de pagamento futuro, mesmo com desaquecimento da economia mundial. E o setor de cartões de crédito é beneficiário direto desse cenário, tanto pela manutenção do consumo da população, quanto pela evolução das emissões de novos plásticos", afirmou Fernando Chacon, diretor de Marketing do Banco Itaú. Em novembro, a indústria deve contar com 108,9 milhões de cartões circulando no Brasil, quantidade 18,8% superior ao mesmo período de 2007. A indústria deve fechar o ano com faturamento de R$ 223,7 bilhões, o que representa uma alta de 22,1% em relação a 2007. Os cartões em circulação devem somar 110,2 milhões e a tíquete médio no ano, deve chegar a R$ 78,40. O número de estabelecimentos credenciados cresceu 367% em dez anos. Em 1998, 300 mil pontos aceitavam os plásticos, estando a maioria deles localizados nos grandes centros, ao final do terceiro trimestre de 2008, já eram 1,4 milhão de locais onde os cartões são aceitos, com expansão tanto pelo interior do País, como por periferias de grandes centros urbanos. Esse crescimento incentivou a substituição dos outros meios pelo cartão. Em 2008 o volume de transações com cartões de crédito atingirá 2,8 bilhões de operações, o dobro do número esperado de cheques compensados no ano (1,4 bilhão).

Senado discutirá legislação sobre biocombustíveis
As legislações, nacional e internacional, que regulam o setor de biocombustíveis serão discutidas no dia 19/11, em São Paulo/SP, pela Subcomissão Permanente de Biocombustíveis do Senado, durante a programação da Conferência Internacional de Biocombustíveis, organizada pelo Governo Federal nos dias 17 a 21 desse mês. A mesa-redonda sobre os Biocombustíveis, pretende identificar os pontos de conflito e de aproximação entre as diversas legislações sobre biocombustíveis já aprovadas no mundo. O encontro, que começa às 18h30min, no Hotel Grand Hyatt São Paulo, será coordenado pelo presidente da subcomissão, senador João Tenório. De acordo com o parlamentar, por ser fonte de energia limpa e renovável, os biocombustíveis vêm ganhando um papel cada vez mais estratégico no cenário energético mundial. "A produção e a distribuição da bioenergia, ainda enfrentam enormes desafios, como desinformação, ausência de padronização, baixos incentivos governamentais e excesso de barreiras comerciais", diz.

Cosméticos são maior destaque em shopping
O varejo de cosméticos e artigos de perfumaria ganha espaço e parece não se intimidar com a crise econômica, principalmente aproveitando o número de shopping centers: entre os segmentos varejistas dentro de centros de compras, é o que mais se destaca, devendo crescer 25% esse ano. O Boticário, considerada a maior rede da área no mundo, crê que a crise deve ter algum impacto. Entretanto, no período cresce a procura por franquias e a previsão é de fechar 2008, com um faturamento global de R$ 2,4 bilhões, alta de 18%. Surgem, ainda, cada vez mais redes especializadas: a Contém 1g, por exemplo, está crescendo em torno de 30% ao ano, e em 2009 deve abrir o dobro das unidades abertas esse ano, sendo que 90% das suas lojas estão em shoppings. Outra rede que está entrando na competição é a Akakia, que também cresce a um ritmo acelerado.

Indústrias de elétricos e eletrônicos discutem novas nanotecnologias
Começou ontem, no Centro de Eventos Imigrantes, em São Paulo, o 4º Congresso Internacional de Nanotecnologia. O evento, que vai até o dia 14/11, objetiva debater os conhecimentos sobre os avanços da nanotecnologia e suas aplicações em produtos e em processos industriais, além de ampliar o relacionamento entre as comunidades científica e empresarial. Segundo os organizadores, os seminários serão fundamentais para as indústrias definirem suas políticas de inovação, assim como para facilitar a escolha de parcerias com as universidades, que desenvolvem projetos de nanotecnologia de maior interesse para seus produtos.

Comitê de Finanças debate crise financeira mundial na Amcham-Porto Alegre
Para dar prosseguimento a série de encontros da Amcham-Porto Alegre (Câmara Americana de Comércio) como forma de debater a crise financeira mundial, nessa sexta-feira, 14/11, a partir das 8h30min, é a vez do Comitê de Finanças abordar o tema. Durante o evento, que ocorrerá no Amcham Business Center (Mostardeiro, 322, 11º andar), serão abordadas projeções e, principalmente, os rumos a serem tomados diante da atual conjuntura econômica. Participarão do debate, além do presidente do Comitê de Finanças, Olavo Fagundes, Gustav Gorski, Economista-chefe do Banco Geração Futuro, Antônio Bonilha, Diretor Financeiro da Zamprogna S.A., Júlio Câmara, Diretor Administrativo e Financeiro da Mundial S.A., e Antonio Carlos Amancio, Gerente Financeiro do Banco de Lage Landen. O Comitê de Finanças dessa sexta-feira, 14/11, integra o ‘Ciclo de Discussões da Crise Financeira Internacional’, realizado pela Amcham-Porto Alegre. A série de encontros para debater o tema iniciou com o Comitê de Construbusiness, no fim do mês de outubro.

Congresso internacional vai discutir inovação, em Porto Alegre
Especialistas nacionais e internacionais em inovação, e lideranças empresariais e governamentais estarão em Porto Alegre/RS, de 17/11 a 19/11, para o Congresso Internacional de Inovação. O evento é realizado pelo Sistema FIERGS - Sesi, Senai e IEL, pela CNI - Confederação Nacional das Indústrias - e pela ABDI - Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial. Entre os palestrantes internacionais, que virão para o evento, estão o americano John Kao, especialista em empreendedorismo, criatividade e inovação em mudanças organizacionais; Hitendra Patel, diretor do Centro para Inovação, Excelência e Liderança de Cambridge, Massachussets/EUA; Deborah Wince-Smith, presidente do USA Council on Competitiveness (Conselho de Competitividade dos EUA), responsável pelos projetos de colaboração entre Brasil e EUA; o economista Michael Hobday, estudioso das políticas de inovação em países asiáticos e em países em fase de desenvolvimento, como o Brasil; e o professor de gestão e inovação, Jay Paap, Ph.D pelo Instituto de Tecnologia de Massachusets/EUA, especialista em inovação aberta e consultor de empresas globais. Também estarão presentes, entre os especialistas nacionais, o professor da USP - Universidade de São Paulo -, Glauco Arbix, coordenador geral do Observatório de Inovação e Competitividade e membro do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia; o gerente técnico do Movimento Brasil Competitivo, Alceu Castello Branco; e o Charles Bezerra, Ph.D. em Design pelo Illinois Institute of Technology/EUA e consultor em inovação. O Congresso Internacional de Inovação terá como foco o conceito de Inovação, seus efeitos benéficos e a discussão de subsídios para decisões empresariais, de governo e das universidades e organizações de ensino quanto ao tema. Entre os temas de debate estarão: Inovação e Crescimento, Estratégias para a Inovação, Inovação e Competitividade Local e Global, o Sistema Nacional de Inovação e o ambiente de inovação no RS.

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BASTIDOR


- OGX tem lucro de R$ 281 milhões no 3º trimestre. A OGX, empresa do grupo EBX, registrou lucro líquido de R$ 281,040 milhões no terceiro trimestre desse ano. A companhia teve despesas operacionais de R$ 3,472 milhões, receitas financeiras de R$ 318,926 milhões e despesas financeiras de R$ 18,260 milhões. O lucro antes de impostos foi de R$ 297,194 milhões. Em comunicado com a apresentação dos resultados, a empresa lembra que os demonstrativos de resultados refletem, basicamente, seu resultado financeiro líquido, uma vez que sua controlada OGX Petróleo e Gás Ltda.


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MERCADO de Ações & Futuros

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters e AFP)

Bovespa fecha em alta de 1,32%; ações da Vale evitam queda
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) recuperou terreno perto do encerramento do pregão desta terça-feira, em um dia de poucos negócios. Os investidores estão pessimistas com a economia global e cautelosos a respeito do mercado financeiro. As ações da Vale do Rio Doce contribuíram para que a Bolsa brasileira "escapasse" da derrocada generalizada das Bolsas mundiais. O câmbio atingiu R$ 2,22.

- O
Ibovespa, ganhou 1,32% e alcançou os 37.261 pontos. O giro financeiro foi de R$ 3,35 bilhões, muito inferior à média do mês (R$ 4,23 bilhões/dia), já bem abaixo da média anual (R$ 5,8 bilhões/dia).
Análise - Hoje, os investidores aguardaram com ansiedade a divulgação do balanço trimestral da Petrobras, previsto para depois do encerramento dos mercados. Especialistas estimam que estatal deve apresentar lucro recorde. No pregão desta terça-feira, a ação preferencial da petrolífera cedeu 0,16%, para R$ 23,91. O analista Rodney Otero, da corretora Planner, projeta um lucro líquido na casa dos R$ 6,5 bilhões, ante ganho de R$ 5,5 bilhões. "Acreditamos que o impacto da desvalorização do câmbio em 20,3% durante o terceiro trimestre de 2008 deva afetar significativamente o resultado financeiro líquido do período", comenta.

Num dia de desvalorização generalizada dos papéis, a ação preferencial da Vale subiu 1,22%, movimentando R$ 417 milhões, e ajudou a minimizar as perdas da Bolsa paulista.

-
O dólar comercial foi vendido por R$ 2,225, o que significa um acréscimo de 1,50% sobre a cotação de ontem. O Banco Central já realizou um leilão de "swap" cambial e colocou no mercado US$ 143,7 milhões desses contratos.

Dados ruins de empresas provocam queda nas Bolsas de NY
O temor de uma recessão econômica fez com as Bolsas americanas fechassem hoje em baixa pelo segundo pregão consecutivo. O mercado foi afetado pela degradação do consumo nos Estados Unidos e suas conseqüências para as empresas.

- O Dow Jones Industrial, principal indicador da Bolsa de Nova York, caiu 1,99%, para 8.693,96 pontos.
- O Nasdaq teve baixa de 2,22%, para 1.580,9 pontos.
- E o S&P500 caiu 2,2%, aos 898,96.

Análise 1 - "Observou-se o mesmo tipo de tendência que na segunda-feira. Os investidores se concentraram no estado da economia americana", observou Marc Pado, da Cantor Fitzgerald. As ações da General Motors caíram 13,10% (US$ 2,92), ainda sob ameaça de a companhia não agüentar até o fim do ano sem socorro financeiro. A avaliação foi feita ontem pelo Deutsche Bank, que rebaixou a indicação para o papel de "manutenção" para "venda". Também caíram os papéis da
American Express (6,59%, que obteve aprovação do Fed (Federal Reserve, o BC dos Estados Unidos) para se transformar em banco e acessar o pacote de socorro a instituições financeiras.
Análise 2 - A construtora americana
Toll Brothers, especializada no segmento residencial do mercado imobiliário, informou que sua receita trimestral caiu 41% na comparação com o resultado de um ano antes. O presidente e executivo-chefe da empresa, Robert Toll, informou em um comunicado que a empresa foi afetada pela crise financeira e que é difícil prever se terá lucro no próximo ano. Já a rede de cafeterias Starbucks anunciou vendas menores, o que resultou em um lucro abaixo do esperado no trimestre passado. As ações da empresa caíram 2,06%. As ações da Alcoa caíram 7% após a empresa cortar mais 350 mil toneladas de sua capacidade mundial de alumínio, culpando a queda da demanda global.
Análise 3 - No fim do dia, o governo dos Estados Unidos
anunciou um plano de resgate voltado aos proprietários de imóveis em dificuldades. O objetivo é prevenir a execução de hipotecas --origem da crise financeira na qual mergulho os EUA e o mundo-- por meio da modificação das condições dos empréstimos. O Citigroup também divulgou medidas para ajudar mutuários nos EUA endividados com a compra da casa própria a fim de que possam se manter em dia com o pagamento de suas hipotecas e evitar o despejo. O Citi irá reavaliar a situação de 500 mil proprietários nos próximos seis meses que estão em risco de ficar atrasados com o pagamento de seus empréstimos. O banco vai renegociar prazos de pagamento dessas hipotecas, que acumulam um valor de US$ 20 bilhões. Mesmo assim, os investidores não se animaram a ir adiante com os negócios de ontem.


Bolsas européias caem com efeitos da crise sobre resultados de empresas
As Bolsas européias fecharam em queda nessa terça-feira, pela primeira vez, após três sessões em alta. Os papéis dos setores financeiro e de commodities foram os que mais perderam, devido à incerteza dos investidores quanto aos efeitos da crise financeira sobre os resultados das empresas e sobre a economia mundial.

- A Bolsa de Londres fechou em queda de 3,57% no índice FTSE 100, ficando com 4.246,69 pontos.
- A Bolsa de Paris caiu 4,83% no índice CAC 40, fechando com 3.336,41 pontos.
- A Bolsa de Frankfurt despencou 5,25% no índice DAX, para 4.761,58 pontos.
- A Bolsa de Milão caiu 5,13% no índice MIBTel, ficando com 16.197 pontos.
- A Bolsa de Zurique teve baixa de 3,45%, encerrando o dia com 5.880,79 pontos no índice Swiss Market.
- A Bolsa de Amsterdã teve baixa de 3,74% no índice AEX General, indo para 257,13 pontos.

Ações em queda -
Os papéis do banco italiano Intesa Sanpaolo caíram 17%, depois de uma queda de 54% em seus lucros. No setor de commodities as ações da mineradora BHP Billiton e as da britânica British Gas, caíram mais de 9%. As ações da seguradora Allianz caíram 8,1%; as da Swiss Life Holding, por sua vez, caíram 8,2%. Ainda no setor financeiro, as ações do Banco Bilbao Vizcaya Argentaria caíram 9%; o banco americano Merrill Lynch rebaixou a classificação dos papéis do BBVA, dizendo que as operações do banco espanhol no México, serão afetadas pela crise.

Análise - O otimismo dos investidores quanto ao
pacote de quase US$ 600 bilhões apresentado pelo governo da China diminuiu, depois de ter elevado os ânimos dos investidores na segunda-feira. O governo chinês pretende empregar o dinheiro em obras de infra-estrutura, o que deve manter a demanda do país por commodities. Mas a perspectiva de recessão global continua a preocupar os mercados mundiais. Ontem a Nokia Siemens Networks - joint venture entre a fabricante finlandesa de celulares Nokia e o conglomerado alemão Siemens - informou que deve cortar 1.820, principalmente na Finlândia e na Alemanha. O grupo ainda mantém o objetivo de eliminar 9.000 empregos - o quadro de funcionários contava com cerca de 60 mil pessoas até o fim de setembro. Segundo a empresa, 750 vagas da empresa deverão ser cortadas na Finlândia e outros 500 em Munique, na Alemanha, com o fechamento de uma unidade de produção no país. Outros 50 postos de trabalho deverão ser cortados no Egito e 20 nos EUA.

Bolsas da Ásia caem com preocupação sobre empresas nos EUA
As Bolsas da Ásia caíram nessa terça-feira, mesmo com o
plano de estímulo de US$ 586 bilhões anunciado pelo governo da China, nesse domingo, 9/11, para enfrentar a crise. A preocupação dos investidores é com os resultados das empresas nos EUA.

- Em Tóquio (Japão), menores ganhos de empresas exportadoras derrubou o índice Nikkei, que mede os negócios na Bolsa: o mercado recuou 3%, aos 8.809,30 pontos.
- Em Hong Kong, a Bolsa baixou 4,77%;
- A bolsa da Austrália caiu 3,4%; a Coréia do Sul perdeu 2,06%;
- A bolsa da China teve retração de 1,66%. "O desapontamento sobre o mercado americano alterou o apetite dos investidores com o plano de estímulo à economia da China", afirmou Won Jong-hyuck, da SK Securities.

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ÍNDICES ECONÔMICOS

A alta dos alimentos leva à aceleração do IPC-S nas capitais
Aumentos mais intensos nos preços dos alimentos levaram à aceleração da taxa do IPC-S - Índice de Preços ao Consumidor - Semanal - em todas as sete capitais pesquisadas, na passagem da última quadrissemana de outubro para a primeira quadrissemana de novembro. Segundo o economista da FGV - Fundação Getúlio Vargas -, André Braz, houve acelerações de preços expressivas do grupo Alimentação em SP (de 0,82% para 1,08%); e no RJ (de 1,21% para 1,3%).
Entre os destaques, estão as movimentações de preços de frutas em SP (de 5,90% para 7,95%); e no RJ (de 6,03% para 9,40%). Entretanto, ele comentou que as taxas de inflação mais intensas no setor de alimentação, estão sendo puxadas por itens cujo comportamento é "errático". "Na verdade, essa aceleração nos preços dos alimentos está sendo sustentada por preços de alimentos voláteis, como os in natura", comentou. O economista observou que há alimentos registrando queda de preços, tanto em São Paulo quanto no Rio de Janeiro. É o caso de laticínios (-1,01%) na capital fluminense; e de panificados e biscoitos (-1,23%) na capital paulista.
Na análise de Braz, apesar da aceleração de preços generalizada nas taxas do IPC-S nas capitais, esse cenário pode mudar ao longo de novembro. Isso porque os preços dos alimentos que estão subindo muito no varejo, atualmente, podem começar a subir menos ou até cair, até o fim de novembro - visto a facilidade de mudança de trajetória no comportamento de preços desses itens, principalmente os in natura.
Ainda segundo o economista, a influência da desvalorização cambial não chegou com força ainda na alimentação do varejo. Sinais de impacto do câmbio podem ser mensurados apenas em alguns itens alimentícios derivados de commodities agrícolas, que estão apresentando quedas e desacelerações no atacado, devido ao recuo nos preços desse tipo de produto no mercado internacional, devido ao agravamento da crise dos mercados internacionais. "Por enquanto, o câmbio tem funcionado como uma espécie de amortecedor na inflação dos alimentos no varejo", afirmou.

Para Dieese, 13º salário injetará R$ 78 bilhões na economia
Até o fim do ano, cerca de R$ 78 bilhões devem ser injetados na economia brasileira em conseqüência do pagamento do 13º salário no fim desse mês (1ª parcela), e após a segunda quinzena de dezembro (2ª parcela). A estimativa é do Dieese - Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos. O valor total representa 2,7% do PIB - Produto Interno Bruto - do País. Aproximadamente 68,2 milhões de brasileiros serão beneficiados esse ano, entre trabalhadores do mercado formal e beneficiários da Previdência Social. O levantamento não considera, no entanto, o adiantamento da primeira parcela do 13º salário feito ao longo do ano, junto com as férias.
Os empregados formais, contribuintes da Previdência, correspondem a 60,9% do total de beneficiados, o que equivale a 41,5 milhões de pessoas. Já os beneficiários da Previdência Social, como aposentados e pensionistas, equivalem a aproximadamente 26,7 milhões, ou 37,7% do total.
Do montante de R$ 78 bilhões a serem pagos a título de 13º, cerca de 20,7% (R$ 16,1 bilhões) serão destinados aos beneficiários do INSS; 69% (R$ 54,4 bilhões) irão para os empregados formalizados; 1,2% (R$ 918,5 milhões) aos empregados domésticos; 5,1% (R$ 3,99 bilhões) aos aposentados e pensionistas da União; e 3,3% (R$ 2,6 bilhões) aos aposentados e pensionistas dos Estados.
O número de beneficiários esse ano, é cerca de 6,9% superior ao observado em 2007, quando o Dieese projetou que cerca de R$ 64 bilhões entrariam na economia em conseqüência do pagamento do 13º salário. Para a entidade, 4,4 milhões de pessoas passaram a receber o pagamento por terem se incorporado ao mercado de trabalho, formalizado o vínculo empregatício, ou requerido aposentadoria ou pensão.

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MERCADO FINANCEIRO


Febraban afirma que escassez de crédito deve continuar
Para presidente da Federação Brasileira dos Bancos, Fábio Barbosa, o dinheiro em circulação na economia não bastará para atender à demanda das empresas por crédito. Mesmo com o governo liberando R$ 100 bilhões em recursos captados pelos bancos, que estavam parados no Banco Central, Barbosa acha que a "sensação de paralisação" continuará, reduzindo o crescimento. "Os reais não são suficientes para atender a essa nova demanda de pessoas que migraram de dólar para reais. Por definição mesmo, não tem [reais], e o que tem é limitado.", disse Barbosa, que é presidente do Santander no Brasil. Segundo ele, as pessoas físicas continuam sendo atendidas normalmente. No caso das empresas, o problema é que as operações ficaram com prazo mais curto e elas precisam de financiamentos longos.
Falta de crédito - Na segunda-feira, dia 10/11, o presidente do BC, Henrique Meirelles, afirmou que o principal problema enfrentado pelo Brasil, por conta da crise, é a da falta de liquidez (crédito), sobre a qual o BC já age. "O Brasil tem adotado medidas decididas, aproveitando de sua [boa] condição nas reservas internacionais, sua dívida pública, com porcentagem em queda sobre o PIB, e compulsórios elevados, com condições de serem reduzidos", disse Meirelles. "Era uma posição relativamente melhor do que alguns países e certamente melhor que no passado recente." Meirelles afirmou que outros problemas causados pela crise não afetam o Brasil, como perdas bancárias ou grande dependência de exportações a países desenvolvidos.
Medidas - Na semana passada, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou uma
série de novas medidas que, juntas, disponibilizam R$ 20 bilhões em linhas de crédito para diversos setores via BNDES (banco estatal de investimento) e Banco do Brasil. O anúncio com valor mais alto refere-se ao BNDES, que terá mais R$ 10 bilhões para financiar o capital de giro de empresas e para empréstimos em linhas de exportação pré-embarque - ou seja, os valores serão usados para permitir as vendas externas. Outros R$ 5 bilhões, provenientes do BB - Banco do Brasil -, serão usados para abrir uma linha de crédito para capital de giro de pequenas e médias empresas. Mantega confirmou R$ 4 bilhões, também do BB, para ajudar os bancos de montadoras a elevar o crédito aos consumidores. O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, anunciou a criação de uma linha de crédito de R$ 1 bilhão para financiamento dos produtores rurais. (Folha Online)

Nossa Caixa libera R$ 4 bilhões para bancos de montadoras
O governador de São Paulo, José Serra, anunciou ontem, ao lado do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que o banco estadual Nossa Caixa vai liberar R$ 4 bilhões para cerca de 15 financeiras de montadoras, a fim de que os recursos sejam destinados à compra financiada de veículos pelos consumidores. De acordo com o presidente da Anfavea - Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores -, Jackson Schneider, o crédito é essencial para o setor automotivo, dado que 70% das vendas aos clientes são realizadas a prazo. "Esses recursos são essenciais para a retomada das vendas desse segmento importante da economia e poderão ser concedidos às financeiras, imediatamente", afirmou Serra, em solenidade no Palácio dos Bandeirantes.

Fed aprova conversão da American Express em banco comercial
O Federal Reserve aprovou ontem, a conversão da gigante americana do setor de cartões de crédito AmEx - American Express - em um banco comercial. Com isso, a empresa poderá se beneficiar dos programas de financiamento de baixo custo da autoridade monetária. Em comunicado, o Fed aceitou o pedido da American Express depois que, em setembro, os bancos de investimento
Goldman Sachs e Morgan Stanley fizeram o mesmo. A preocupação nos mercados mundiais de uma recessão global - e, em nível mais local, o temor de uma recessão prolongada nos EUA - elevou as incertezas sobre a situação financeira da AmEx, embora suas duas divisões bancárias já contassem com acesso ao instrumento do Fed chamado "discount window" (programa de emergência para bancos comerciais e outras instituições depositárias), segundo o diário americano WSJ - The Wall Street Journal. "Dada a volatilidade contínua nos mercados financeiros, queremos estar mais bem posicionados para tirar vantagem dos diversos programas que o governo federal introduziu ou pode introduzir, para dar apoio às instituições financeiras americanas", disse o presidente e executivo-chefe da AmEx, Kenneth Chenault, em um comunicado. Ao tomar essa medida, os dois bancos de investimento adquiriram a capacidade de tomar emprestado o dinheiro do Fed, e, além disso, construir uma carteira de depósitos de clientes, com a idéia de equilibrar seus balanços, afetados pela crise financeira. A American Express seguiu os mesmos passos, depois que em outubro, reportou uma queda em seu lucro trimestral de 24%, devido ao menor uso dos cartões e às maiores dificuldades de seus clientes para devolver o crédito. Essa situação fez com que a empresa enfrentasse dificuldades para colocar sua dívida no mercado e, portanto, para obter financiamento. (Efe)

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AGRONEGÓCIOS

O “novo” agronegócio brasileiro diante da crise financeira mundial
De um lado, o “novo” agronegócio brasileiro, com todo seu potencial, mostrando diversas oportunidades em áreas como biocombustíveis, bioenergia e gestão ambiental (incluindo a chamada ILP - Integração Lavoura-Pecuária). Do outro lado, a alta do dólar e a realidade de uma crise financeira mundial, trazendo incertezas para os produtores agrícolas. A maioria dos analistas econômicos já reconhece a necessidade de pelo menos dois ou três anos, para que o mercado absorva totalmente essa crise e restabeleça a confiança. O 10º Congresso de Agribusiness da Sociedade Nacional de Agricultura terá como tema “O Novo Agronegócio Brasileiro”, e ocorre de 25 a 26 de novembro, no Rio de Janeiro.Empresas da cadeia do agronegócio encontram um cenário de retração, falta de crédito para especulação no mercado de valores, perda de investimentos e outros prejuízos. O movimento de abertura de capitais na Bolsa (IPO´s), após dois anos bastante positivos, praticamente parou, e especialistas calculam que haverá uma possível retomada somente no segundo semestre de 2009.O preço das commodities brasileiras, principal fator de atração do capital estrangeiro, sofre com oscilações e desvalorização. Isso afeta diretamente as exportações que, segundo previsões do setor econômico, poderão acumular perdas de mais de até US$ 5 bilhões no próximo ano. Em contrapartida, o governo brasileiro se mobiliza para injetar recursos – um montante que ultrapassa os R$ 6 bilhões – destinados a financiamentos, compra de equipamentos e custeio da lavoura.
Um panorama de ofertas e demandas, e também de cautelas, será apresentado no 10º Congresso de Agribusiness da Sociedade Nacional de Agricultura, que terá como tema “O Novo Agronegócio Brasileiro”. Com o patrocíncio do SEBRAE-RJ, o evento será realizado nos dias 25 e 26 de novembro, na Confederação Nacional do Comércio, no centro do Rio de Janeiro. O ex-ministro e atual coordenador do FGV Agro - Centro de Agronegócio da Escola de Economia da Fundação Getúlio Vargas -, Roberto Rodrigues, falará na palestra de abertura, sobre o “Panorama e Perspectivas do Agronegócio Brasileiro”. Para ele, o momento é de extremo cuidado para o produtor. “Ele deverá plantar tudo o que for possível com recursos próprios e crédito barato, sem arriscar o plantio com baixa tecnologia, pois um contratempo trará prejuízo ainda maior.” O ex-ministro teme ainda, que a crise se alastre e tenha reflexos também, nos preços dos alimentos.
Convidado do sexto painel “As questões do Meio Ambiente”, o ex-ministro da Agricultura do governo Geisel, Alysson Paolinelli, que hoje atua como consultor da empresa Listen, vê um cenário de incertezas e aponta caminhos: “Nós vamos plantar uma safra cara sem saber o que vamos colher em matéria de preços. Eu acho que o governo deveria recompor o preço mínimo dessa safra face os custos de produção de hoje. O Brasil, também deveria adotar uma posição protecionista, assim como outros países fazem.” Na opinião de Arlindo Moura, diretor-presidente da SLC Agrícola, que participa como palestrante do segundo painel do congresso “Produção de Alimentos”, “a redução da produção agrícola brasileira nesse ano-safra, é fato. A escassez de financiamentos, os altos custos com fertilizantes e commodities em declínio levam o pequeno e médio produtor à redução da área plantada, da adubação e da tecnologia empregada no setor. Para sobreviver às oscilações do mercado, o produtor deve focar na otimização dos custos de produção”.
Integrando o quarto painel “Gestão do Novo Agronegócio Brasileiro”, Sérgio Bueno, diretor da empresa Agrícola Rio-Galhão, destaca que "a atual crise financeira é uma crise de confiança no sistema bancário global, que traz conseqüências extremamente danosas para o agronegócio brasileiro. A mais importante é a queda brusca no preço das commodities agrícolas. Os custos de produção subiram algo em torno de 50% nessa safra para as principais culturas, tais como a soja e o milho. A fortíssima restrição ao crédito, principalmente internacional, que pega o agronegócio brasileiro às vésperas do plantio, gera impacto direto no resultado da safra 2008/2009."


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SETOR AUTOMOTIVO


Montadoras mais otimistas com crédito de R$ 1 bilhão do BB
A injeção de R$ 1 bilhão do Banco do Brasil, aos bancos das montadoras de veículos, trará mais tranqüilidade e melhores perspectivas para a indústria automobilística, afirmou a Anfavea - Associação Nacional dos Veículos Automotores. Esses recursos fazem parte de um pacote de R$ 4 bilhões negociado pelo setor com o governo e que, de acordo com a entidade, deve ajudar a restaurar o fluxo de crédito para o segmento. O setor, que verificou queda de 11% dos licenciamentos no mês de outubro, ante setembro, retração que não ocorria desde 2003, espera que o consumidor volte às concessionárias após o anúncio da volta do crédito. Além disso, a Anfavea afirmou que os bancos privados já sinalizaram voltar a fazer empréstimos aos bancos das montadoras, por meio de linhas de crédito interbancárias. Segundo a entidade, o mês de setembro contou com R$ 138,6 milhões em volume de crédito. Já outubro, encerrou com um número 41% mais baixo: R$ 98,3 milhões. Mesmo diante desse cenário, a Anfavea não alterou sua projeção para o fechamento do ano. De acordo com a entidade, o ano fechará, ainda, com 3,060 milhões de veículos produzidos, o que representa uma alta de 24,2% na comparação com 2007.

GM amplia parada na fábrica de Gravataí em mais 3 dias
A montadora GM - General Motors - ampliou o número de dias de paralisação na fábrica de Gravataí/RS, onde produz os veículos, Celta e Prisma. Os funcionários voltaram ontem ao trabalho e foram comunicados que a fábrica estará parada entre hoje e sexta-feira, dia 14/11, em vez de retomar a produção essa semana. Com isso, serão 19 dias sem produção em Gravataí, durante novembro, e não 16. Na primeira semana do mês, os trabalhadores receberam licença remunerada. A partir da próxima segunda-feira, dia 17/11, eles entram em férias coletivas até o começo de dezembro. Segundo a montadora, as mesmas condições que levaram à parada, determinaram a ampliação em mais três dias: restrição ao crédito que afetou as vendas internas e a necessidade de ajustar estoques na fábrica e nas revendas. Há fortes rumores no mercado de que a montadora americana pode – literalmente – fechar as portas nos EUA até o final do ano. Se a GM pedir falência, pode gerar uma crise ainda mais profunda no mercado interno norte-americano e – por efeito – cascata – refletir em vários países onde a GM possui fábrica, dentre eles o Brasil. O Presidente eleito, Barack Obama, pediu para que Bush não deixe a situação se agravar e forneça o auxílio necessário às montadoras.

Renault vende 25% mais veículos em outubro
A Renault ultrapassou o patamar de 100 mil unidades comercializadas em 2008. O volume, bastante superior ao total vendido em 2007 (73.612 unidades), representa um recorde histórico para a empresa, mesmo ainda faltando quase dois meses para o encerramento do ano. Em outubro, a montadora vendeu 9.253 veículos, 25% mais que no mesmo período do ano passado, um resultado que contrasta fortemente com o desempenho do setor apontado pela Anfavea, de queda de 3,58%. No acumulado do ano (de janeiro a outubro), a empresa já comercializou 101.054 veículos, resultado 75% superior em relação ao acumulado de 2007 e três vezes maior que o crescimento do mercado, que registra alta de 22% no período.


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ANÁLISE SETORIAL


Paying Taxes 2009: Crise financeira aumenta a pressão por reformas tributárias
A mais recente edição do estudo Paying Taxes 2009, elaborado pelo Banco Mundial, IFC e PricewaterhouseCoopers - PwC, revela que as autoridades da área tributária em todo o mundo, estão aperfeiçoando os sistemas tributários por meio da redução da quantidade de impostos, da melhoria dos processos administrativos e modernização dos sistemas de pagamentos. A crise financeira atual deve acentuar a pressão já existente para a adoção de sistemas menos complexos na busca por alternativas para reduzir custos, embora o estudo não contemple os efeitos da crise, já que a coleta de dados foi feita entre o fim de 2007 e o início desse ano. Em sua terceira edição, o estudo Paying Taxes tem como objetivo, fomentar o diálogo entre os governos e a iniciativa privada, visando a melhoria dos sistemas tributários.
O relatório avalia o grau de facilidade para que empresas de pequeno a médio porte cumpram com as obrigações tributárias em 181 países (na edição anterior eram 178), analisa os sistemas tributários em cada economia e acompanha as ações de reformulação e seus impactos. O estudo desse ano inclui exemplos de 18 países, que utilizaram as informações de edições anteriores da publicação global Doing Business, para promover melhorias em seus sistemas tributários e conclusões das discussões com membros dos governos e outros públicos interessados, realizadas a partir dos relatórios da série Paying Taxes.

Conheça as principais conclusões do estudo Paying Taxes 2009:
- 36 países simplificaram seus sistemas tributários. A República Dominicana foi o país que fez mais reformas no período 2007/2008 e a Malásia ficou em segundo lugar.
- As reformas mais comuns são a redução do imposto sobre o lucro (adotada em 21 países) e a melhoria de eficiência nos sistemas de preenchimento eletrônico de documentos e de pagamentos (12 países).
- Oito países reduziram a quantidade de impostos pagos pelas empresas.
- Em média, o imposto sobre o lucro representa somente 13% da arrecadação, 26% do tempo gasto para cumprir os procedimentos tributários requeridos e 37% do Total Tax Rate –TTR (custo dos impostos com referência ao case estudado).
- Obrigações tributárias na área trabalhistas respondem por 34% do Total Tax Rate, considerando somente os tributos pagos pelo empregador. As obrigações trabalhistas são comuns, particularmente, nos países da Comunidade Européia e representam 65% do TTR da empresa de nosso case, na região.
- Em media, 36% do tempo total gasto no cumprimento das obrigações tributárias e 48% do total de pagamentos, dizem respeito a tributos sobre o consumo.
As dez primeiras economias classificadas entre as que fizeram mais reformas reduziram pela metade a quantidade de pagamentos. Entre as regiões estudadas, o Leste Europeu e os países da Ásia Central, foram os que fizeram as maiores reformas. Na América Latina e Caribe, além das reformas na República Dominicana, Antígua e Barbuda reduziram de 30% para 25% o imposto sobre o lucro. St. Vincent e Grenadines introduziram um novo imposto sobre valor agregado que substituiu vários tributos. O Uruguai aboliu um imposto sobre o consumo e o México, o imposto sobre ativos. Colômbia e Honduras facilitaram o processo ao instituir e aprimorar os sistemas de preenchimento de informações e pagamento eletrônico.

Sobre o Doing Business Project - O ranking Doing Business 2009 classifica os países de acordo com a facilidade para fazer negócios. A classificação é baseada em 10 aspectos regulatórios, que indicam o custo e o tempo necessários para que novos negócios atendam às exigências governamentais, no que diz respeito a operação, comercialização, tributação e encerramento das atividades. A classificação não considera aspectos relativos à política macroeconômica, infra-estrutura, volatilidade da moeda, percepções dos investidores ou taxas de criminalidade. Desde 2003 o Doing Business inspirou ou serviu como subsídio para mais de uma centena de reformas em âmbito mundial. Para mais informações, acesse
www.doingbusiness.org.

Para maiores informações ou para solicitar um exemplar do relatório, acesse:
www.pwc.com/payingtaxes ou www.doingbusiness.org/taxes.
Para informações sobre o IFC e Banco Mundial, acesse
www.ifc.org e www.worldbank.org.
Para informações sobre PricewaterhouseCoopers, acesse www.pwc.com/br.

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COMÉRCIO EXTERIOR


Até fevereiro, commodities são verdadeira incógnita
As exportações do Brasil para China são sustentadas pelas commodities, tendo como destaque a soja, o minério de ferro e o petróleo. Os três somaram pouco mais de US$ 9,6 bilhões até setembro, num total de US$ 13.712 bilhões vindos das exportações para a China. Na queda contínua dos preços dessas mercadorias, como ficam as perspectivas para o comércio sino-brasileiro em 2009? “Só será possível saber em fevereiro, quando chegam ao mercado as primeiras colheitas da safra 2008/2009. O resto é especulação”, diz Gilman Viana, presidente da CNA - Comissão de Comércio Exterior da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil. Pairam dúvidas sobre as previsões que anunciam os preços das commodities agrícolas despencando em 40% a partir de janeiro. “Acho difícil, embora seja uma ameaça. O horizonte está muito desconhecido. Não tem nenhum ponto do mercado, em lugar nenhum do mundo, que confira segurança a esses indicadores. Esse valor é blefe”, diz Viana, que vê como inevitável a queda no consumo da soja. O Brasil exporta 20 milhões de toneladas e fatura perto de US$ 4,5 bilhões/ano. “Em tempos de crise, corta-se o supérfluo e administra-se a compra do básico. Mesmo sendo alimento básico, nessa soja pode haver um supérfluo, como fabricação de ração animal”, diz. Para o executivo da CNA e secretário de Agricultura de Minas Gerais, o agricultor pode fazer uma mistura, reduzindo a cota de soja adquirida. “Só não dá para saber agora, o tamanho da redução”. No minério, os efeitos são claros. A Vale, que exporta 20% do que produz para a China, anunciou a redução da produção, mesmo apostando que a queda na demanda chinesa será breve.

Exportações de carne crescem 22% e devem atingir US$ 5,7 bilhões no ano
As exportações de carne bovina somaram receita cambial de US$ 4,6 bilhões de janeiro a outubro desse ano, alta de 22% em relação ao mesmo período de 2007, segundo dados da Abiec - Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne. A entidade estima que, no ano, as receitas devem somar US$ 5,7 bilhões. Em relação ao volume embarcado, houve uma queda de 13% no acumulado desse ano, em relação ao ano passado. O preço médio cresceu 44,23% na mesma comparação. No mês de outubro, o crescimento da receita cambial foi de 33,8% na comparação com o mesmo mês de 2007. Com relação ao volume, houve uma queda de 7,2% em relação a outubro do ano passado. O presidente da Abiec, Roberto Giannetti da Fonseca, se mostrou otimista com relação ao desempenho do setor em 2009. "Fazer previsões do que vai ocorrer no ano que vem, depois da crise financeira instalada no mundo, é muito arriscado, mas no setor de carne há sinais de boas notícias em 2009", afirmou. "A Europa está sentindo falta da nossa carne. Nossa expectativa é a de que o comércio de carne bovina com a Europa se normalize no ano que vem", completou. O presidente da Abiec ressaltou, ainda, que a crise financeira tem funcionado como alerta às autoridades de Bruxelas, quanto aos altos subsídios que são despejados na agricultura daquele continente. "Não tem mais porque colocar cerca de US$ 300 bilhões, por ano, na agricultura européia para manter uma vaca nos campos suíços. É uma paisagem muito bonita, mas custa muito caro", afirmou. No ranking dos países importadores de carne in natura, de janeiro a outubro, a Rússia manteve a liderança na receita cambial, com US$ 1,3 bilhão. A Venezuela aparece em segundo lugar, com US$ 314 milhões. Com relação à compra de carne industrializada, os EUA continuam líderes. As vendas de carne industrializada para o mercado americano de janeiro a outubro de 2008, atingiram US$ 222 milhões em receita cambial. O Reino Unido vem em segundo lugar com US$ 159 milhões.

Brasil continuará "gigante exportador"
A União Européia avalia que o Brasil consolidará seu status como "exportador gigante" de produtos agrícolas até 2017, visto seu domínio nas vendas de oleaginosas, açúcar, etanol, carnes bovina e de frango. Já a UE deve perder espaço nas vendas de grãos, açúcar, lácteos e carnes. A exceção será para o trigo, cujas exportações deverão aumentar. Os EUA continuarão líder no comércio de trigo e de milho, principalmente. A nova projeção européia, para o comércio agrícola global, prevê que o Brasil vai passar os EUA como maior produtor mundial de óleo de soja em 2016/17. O Brasil e a China (como importador) representarão mais da metade desse comércio em 2010. Argentina e EUA continuarão na liderança das exportações.
A demanda por açúcar deve crescer mais rápido que a produção, e o Brasil e a UE serão os principais atores no mercado. Até 2017, o Brasil terá 60% do mercado mundial. A UE se tornará o maior importador global, comprando mais de 5 milhões de toneladas. A China e os EUA vão importar muito açúcar, deixando a Rússia (hoje o maior importador), na quarta posição em 2017. A Tailândia deve superar a Austrália como segundo maior exportador de açúcar, com uma fatia de 12%. Desde 2006, a Índia é o segundo maior produtor.
A UE projeta para o etanol o domínio do Brasil como exportador e dos EUA, como importador. O comércio internacional deve crescer velozmente, pelos cálculos de Bruxelas. As exportações brasileiras podem alcançar 13 bilhões de litros, dentro de dez anos, pelo cenário europeu. O setor de carnes como um todo, manterá sua expansão, graças a aumento da população mundial e maior renda nos países em desenvolvimento. O comércio deve aumentar 2,5% ao ano. O Brasil ganhará mais da metade do crescimento, com 30% das exportações globais de carnes em 2017. Os EUA também ganharão fatias de mercado. A Rússia permanecerá como o maior importador líquido, seguido pelo Japão. A China representará mais de 40% do crescimento da demanda, mas isso terá menos impacto no comércio mundial porque o consumo pode ser atendido em grande parte pela produção doméstica.
O Brasil continuará dominando o comércio de carne bovina, com 47% das exportações mundiais. Também, poderá mais que dobrar suas exportações de carne de porco. E será o único país onde a produção de frango é prevista para aumentar significativamente, mais rápido do que o consumo, consolidando sua posição de maior exportador, a frente dos EUA. Entre os principais cereais, o trigo terá produção maior na Austrália, UE e EUA. Em relação ao arroz, a Tailândia pode consolidar sua posição como maior exportador mundial, seguido pelo Vietnã. Quanto ao milho, os EUA devem "recapturar" mercados e elevar sua fatia de mercado de 63% para 72%. A Argentina será o segundo, com 20%. Já o Brasil terá sua fatia menor, porque o consumo doméstico de milho será maior que a produção. A demanda da China continuará alta. A expectativa é de que os preços serão mais voláteis no futuro. Para o médio prazo, as projeções são de alta, depois da queda de cotações registradas nesse ano. (Valor Online)


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LOGÍSTICA & INFRA-ESTRUTURA


Tráfego doméstico cai e internacional sobe
O movimento de passageiros nos vôos domésticos caiu 3,9% em outubro desse ano, na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo dados divulgados ontem, pela Anac -Agência Nacional de Aviação Civil. A taxa média de ocupação dos aviões recuou de 69% em outubro de 2007, para 62% no mês passado. Entre as empresas aéreas, a TAM manteve a liderança do mercado, com fatia de 51,77% do movimento doméstico em outubro, ante 46,39% em igual mês de 2007. A Gol reduziu sua participação para 35,23%, ante 42,31%, obtida em outubro do ano passado. A nova VRG - Varig - ficou com 5,07%, ante 2,74% de outubro de 2007. A WebJet aparece com uma participação de 3,27% em outubro de 2008, ante 0,94% em igual mês do ano passado, enquanto a OceanAir teve fatia de 2,49% no mês passado, ante 2,95% um ano antes. A ocupação média dos aviões da TAM caiu cinco pontos percentuais, na mesma base de comparação, para 65%. No caso da Gol, a taxa de ocupação média recuou de 73% em outubro de 2007, para 58% no mesmo mês desse ano. A nova Varig elevou seu indicador e teve 55% dos seus assentos dos seus aviões ocupados, ante 49% em outubro de 2007. A WebJet reduziu sua taxa de ocupação no décimo mês do ano para 65%, ante 71% de igual mês de 2007. A OceanAir, por sua vez, elevou o indicador para 74% em outubro, ante 65% obtido em igual intervalo do ano passado.
Tráfego internacional - O movimento de passageiros nos vôos internacionais, operados por companhias brasileiras, cresceu 14,8% em outubro na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo a Anac. A taxa média de ocupação ficou em 73%, cinco pontos percentuais acima do registrado em igual mês de 2007. A TAM lidera o mercado internacional com participação de 83,84% em outubro, acima dos 71,19% obtidos no mesmo mês do ano passado. A Varig aparece em segundo lugar, com 9,09%, ante os 15,49% de outubro do ano passado, enquanto a Gol deteve 6,70%, ante os 11,54% obtidos um ano antes. A ocupação média dos aviões da TAM foi de 78% em outubro, contra 73% há um ano. Na mesma base de comparação, a Varig reduziu o indicador em quatro pontos percentuais para 59%, enquanto a Gol registrou queda para 50%, ante 61% registrado em outubro de 2007.

SUGESTÃO I-Press.biz
Já estão disponíveis os relatórios da Coleção Panorama Logístico. Esses relatórios, recomendados pelo ILOS - Instituto de Logística e Supply Chain - trazem resultados das mais importantes pesquisas realizadas pelo COPPEAD/UFRJ, englobando temas extremamente relevantes para os executivos de Logística, Compras e áreas relacionadas.

TEMAS DOS RELATÓRIOS:
1) Os Melhores Prestadores de Serviço Logístico e Ferrovias do Brasil (2008)
2) Gestão de Suprimentos nas Empresas Industriais Brasileiras: Práticas e Tendências em Compras (2008)
3) Análise e Avaliação dos Portos Brasileiros (2008)
4) Custos Logísticos no Brasil (2008/2006)
5) Avaliação do desempenho logístico das indústrias na percepção dos supermercadistas (2008)
6) Gestão do Transporte Rodoviário de Cargas nas Empresas: Práticas e Tendências (2007)
7) Exportação: Indústrias e Prestadores de Serviço Logístico (2006)
8) Intermodalidade de Containers no Brasil (2006)
9) Logística e Comércio Internacional (2005)
10) Terceirização Logística no Brasil (2003)

Os preços de cada relatório variam de: R$ 550,00 a R$ 4.900,00 e são vendidos exclusivamente, pelo COPPEAD pelo Tel. +55 21 2598.9812. Informações adicionais no
www.ilos.com.br.

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MERCADO ONLINE


UOL compra carteira da SouthTech Datacenter

Aquisição reforça presença da unidade de host da companhia na região sul. South Tech continuará operando serviços de telecom. O
UOL anunciou na segunda-feira, dia 10/11, a compra da carteira de clientes de data Center da SouthTech Datacenter, empresa que atua no Rio Grande do Sul desde 1996. Com o negócio, o UOL reforça a presença de sua unidade de host na região e a South Tech continuará atuando no mercado de telecom, área em que tem investido fortemente nos últimos anos. As duas empresas também firmaram intenções de atuarem juntas em projetos que envolvam data center e telecom na região. Assim como ocorreu com as compras de carteiras da Plug In, absorvida pelo UOL em novembro de 2007, e da Digiweb, adquirida em abril desse ano, os serviços prestados aos clientes da South Tech não serão afetados durante a transição. Em comunicado divulgado à imprensa, o diretor corporativo do UOL, Gil Torquato, disse acreditar que essa parceria será muito importante para o desenvolvimento dos negócios na região sul. Ele afirmou que o UOL tem investido em serviços de data Center, e a South Tech tem soluções de telecomunicação que complementam esses serviços.
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MERCADO DE TI & Telecomunicações


Evento da IEC será apresentado à imprensa
Alguns dos principais especialistas mundiais em TI, multimídia e novas tecnologias ligadas à indústria eletroeletrônica, vão participar em São Paulo da Reunião Anual da IEC - Comissão Eletrotécnica Internacional -, que é a responsável pela elaboração de normas técnicas de alcance mundial. O evento será apresentado à imprensa pelas diretorias do COBEI e da IEC na próxima quinta-feira, dia 13/11, às 14 horas, no auditório da Abinee, em São Paulo.

Nokia Siemens planeja eliminar 1,8 mil empregos
A Nokia Siemens Networks, "joint venture" entre a fabricante finlandesa de celulares Nokia e o conglomerado alemão Siemens, informou ontem que deve cortar 1.820, principalmente na Finlândia e na Alemanha. O grupo ainda mantém o objetivo de eliminar 9.000 empregos - o quadro de funcionários contava com cerca de 60 mil pessoas até o fim de setembro. A medida faz parte de um programa de corte de custos, que pretende economizar para o grupo cerca de 2 bilhões de euros (US$ 2,54 bilhões). "Condições difíceis, prolongadas no mercado de telecomunicações, mostraram a necessidade de efetuar novas reduções", informou a Nokia, em um comunicado. Em maio de 2007, a empresa havia anunciado o plano de cortar 9.000 empregos; até hoje, já foram eliminadas mais de 6.000 vagas. Segundo o documento, 750 vagas da empresa deverão ser cortadas na Finlândia e outros 500 em Munique, na Alemanha, com o fechamento de uma unidade de produção no país. Outros 50 postos de trabalho deverão ser cortados no Egito e 20 nos EUA. A Nokia Siemens Networks começou a operar em abril do ano passado, mas logo lançou um programa de demissões e cortes de empregos. O programa de redução de custos pretende elevar a margem de lucro da empresa para 10%, até o fim de 2009. A margem de lucro operacional da Nokia Siemens caiu para 5,1% no terceiro trimestre, contra 6,7% no trimestre anterior. Outro sinal de dificuldades no setor de telecomunicações foi apresentado ontem: a canadense
Nortel anunciou que perdeu US$ 3,4 bilhões no terceiro trimestre do ano e que eliminará 1,3 mil postos de trabalho em vários países. Além da redução de 1.300 postos de trabalho, está a eliminação de posições executivas e de direção em toda a companhia, congelamentos salariais e de novos contratos ao longo de 2009. As receitas da companhia, no terceiro trimestre de 2008, foram de US$ 2,32 bilhões, 14% a menos que no mesmo período de 2007. Sobre os cortes de empregos, a Nortel disse que 25% serão realizados até o final do ano e o restante, em 2009.

Psion Teklogix amplia presença na América Latina
A Psion Teklogix, é um fornecedor internacional de soluções sem fio de informática, anunciou ontem, a abertura de escritório da empresa na Argentina, em Buenos Aires, para fornecer suporte de vendas e serviço ao cliente, para o crescente mercado da América Latina, para sua linha de computadores robustos. Além da abertura de um escritório de vendas, a Psion Teklogix também irá oferecer aos seus clientes, seu programa de serviço global ampliado, I-Serv, que incluí hardware completo e suporte para serviços, rastreamento de dispositivo em tempo real e um Centro de Reparo Corporativo, próprio e equipado. "Nós trabalhamos no mercado latino-americano há mais de 10 anos, mas nosso investimento na região, através do estabelecimento da Psion Teklogix Argentina, marca um novo compromisso para o crescimento e para servir nossa forte base de clientes diretos e de canais parceiros", disse Fabian Audisio, diretor de venda da América Latina, Psion Teklogix Argentina. Através desse escritório, os clientes latino-americanos da Psion Teklogix, podem receber suporte direto com o I-Serv. O I-Serv simplifica o processo de serviço, tornando-o mais fácil ao tirar proveito de um simples contrato global. Ao contar com um simples contrato, os clientes latino-americanos podem reduzir drasticamente, seu custo total de propriedade (TCO) em mais de 50%, tanto para o hardware quanto para os serviços. I-Serv combina rastreamento de dispositivo online em tempo real, com os acordos de nível de serviço garantidos (SLAs), 24/7 serviço de suporte ao vivo em mais de sete idiomas, suporte técnico no local e reparo de abuso em uma solução de serviço flexível.

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MERCADO DE LUXO


Glamour de Monte Carlo é cenário para o lançamento da nova coleção de bolsas sensuais
Mont Charles de Mônaco, uma das grifes de alta moda, originada no próspero Principado, revelou sua coleção exclusiva de bolsas sensuais, como parte de um plano coordenado de reviver a identidade glamourosa de Mônaco. "Mônaco sempre foi sinônimo de estilo e sofisticação", explica o Fundador e CEO John Mclean, em uma referência à nação luxuosa do Mediterrâneo, tornada famosa pela Princesa Grace e pelo Grand Prix de Mônaco. Mas, temos que lembrar o mundo disso, e acrescentar um toque moderno". Diferente de seus vizinhos de estilo, França e Itália, o Principado de Mônaco nunca teve uma grife de alta moda. Apesar disso, o mundo indubitavelmente, associa Mônaco ao glamour, luxo e exclusividade. "Mônaco merece uma grife de alta moda que reflita sua identidade ultra-glamourosa", acrescentou Mclean. Para conhecer a coleção acesse www.montcharles.com.
Coleção de bolsas sensuais de edição limitada - Os formatos glamourosos são inspirados nas curvas da mulher de hoje, lembrando a sensualidade da linha do pescoço, decote e quadris. Materiais refinados incluem peles exóticas preciosas, nas cores da moda e clássicos favoritos dessa estação. Os designs atraem as mulheres mais femininas - elegantes, cobiçadas e auto-confiantes. Mulheres que entendem que tal investimento é eterno e nunca saem da moda. Todas as bolsas são edições limitadas, numeradas e feitas à mão em um atelier de 100 anos. Os preços são a partir de 980 euros para a carteira Lady Eve, 2.880 euros para a Lady BoMo grande, 3.880 euros para a exclusiva e clássica First Lady, e até 34.800 euros para a Lady Affair, maior em crocodilo.
Proteção exclusiva do cliente - Devido ao alto preço e à quantidade limitada, os clientes são protegidos contra falsificações, com a compra somente sendo permitida, diretamente da sede da companhia em Mônaco ou da própria butique online no www.montcharles.com .
Um paraíso de presentes de Natal - Uma caixa com um presente exclusivo da Mont Charles de Mônaco é oferecida de graça para todas as compras de bolsas ou vale-presentes, que estão disponíveis online a partir de 100 euros, até o valor total de qualquer bolsa. (PRNewswire,de Monte Carlo)

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