I-Press.biz Economia & Mercado | Edição 083 | Ano I

Governo brasileiro diz que vai socorrer empresas que perderam com câmbio
O governo já se prepara para socorrer empresas que estejam em dificuldades causadas por apostas erradas no mercado de câmbio. As informações do Planalto são que entre 220 e 250 companhias, correm o risco de sofrer grandes prejuízos com derivativos cambiais que apostavam na continuidade do dólar baixo. "O governo não vai deixar nenhuma empresa desassistida, mas também, não vai passar a mão na cabeça de ninguém", disse o assessor especial da Presidência da República para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia. Segundo ele, se forem necessárias, serão tomadas "medidas legais, com todas as garantias". Nas últimas semanas, várias empresas anunciaram grandes perdas com a aposta na queda da moeda americana, entre elas a Sadia, com prejuízos de R$ 760 milhões, a Aracruz, que perdeu R$ 1,95 bilhão, e a Votorantim, com perda de R$ 2,2 bilhões. Garcia confirmou que a estimativa do governo é que outras 200 empresas estejam em situação de risco. No entanto,
observou que o quadro "não é devastador". Garcia chegou terça-feira a Nova Déli como parte da comitiva do presidente Lula, que participará do último dia da conferência do Ibas - grupo formado por Índia, Brasil e África do Sul. Pouco após se instalar na capital indiana, o presidente telefonou para o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para se inteirar dos últimos acontecimentos e percebeu um "clima de otimismo" nos mercados, após as turbulências das últimas semanas. Em seguida, ligou para o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, para parabenizá-lo por sua atuação contra a crise financeira global. Na segunda-feira, o Reino Unido anunciou um plano de nacionalização parcial de três instituições financeiras que totalizou US$ 64,4 bilhões. "O presidente Lula elogiou o desempenho do primeiro-ministro Brown, que acabou pautando a ação da União Européia", disse Garcia, em referência à injeção de mais de US$ 2 trilhões nos mercados europeus. Na conversa com Lula, Brown mencionou a intenção de convocar em breve, uma conferência internacional para discutir a crise e a criação de "uma nova arquitetura financeira mundial", para a qual convidou o presidente brasileiro. Segundo Garcia, o local mais provável do encontro é Londres, por ser o principal centro financeiro europeu e também pela liderança demonstrada por Brown. "Há poucas semanas ele era considerado um personagem menor em termos mundiais", disse o assessor de Lula, comentando o ressurgimento do premiê britânico. "Não foi a crise que o ajudou a crescer. Foi a resposta que ele deu à crise." O presidente Lula se reuniu na terça-feira com o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, e com o presidente da África do Sul, Kgalema Motlanthe. A crise global deverá impor-se como um dos principais assuntos em pauta.

Banco Central precisa injetar liquidez no mercado
Para o presidente da ABINEE, Humberto Barbato, o Banco Central precisa injetar liquidez no mercado, condicionando a liberação de recursos do compulsório aos Bancos que assumirem o compromisso de manter a oferta de crédito, segundo os limites das empresas antes da eclosão da crise. "Se isto não for feito, os recursos não irrigarão a economia real, causando prejuízos à indústria e ao comércio", diz Barbato. Em função desta situação, as empresas do setor eletroeletrônico ainda estão mantendo cautela na hora de fazer novos negócios. "Caso este quadro se prolongue, o setor pode não atingir a expectativa inicial de crescimento para este ano", completa o presidente da ABINEE.

Brasil registra saída de US$ 1,089 bilhão em dez dias
Os efeitos da crise internacional de crédito no Brasil provocaram uma saída líquida de US$ 1,089 bilhão do país, nos dez primeiros dias de outubro. O número é a diferença entre os dólares que entraram e os que saíram no período. O pior dia de outubro foi a última quarta-feira, dia 8/10, quando o saldo ficou negativo em US$ 1,141 bilhão. Os dados fazem parte do fluxo cambial, divulgado ontem, pelo Banco Central com dados referentes até a última sexta-feira, dia 10/10. O fluxo é dividido em duas partes. Na área comercial, houve uma entrada de US$ 1,970 bilhão. Na financeira, saíram US$ 3,059 bilhões, até sexta. No acumulado de 2008, o fluxo cambial está positivo em US$ 16,099 bilhões. O resultado comercial registra entrada líquida de dólares de US$ 45,240 bilhões, e o saldo da conta financeira aponta uma saída de US$ 29,142 bilhões.

Reservas internacionais recuam em US$ 2,4 bilhões após leilão de dólares
As reservas internacionais do Brasil recuaram para US$ 203,9 bilhões, segundo dados do Banco Central referentes a terça-feira, após três dias de vendas de dólares promovidas pela instituição para segurar o câmbio. Antes do início dos leilões, as reservas estavam em US$ 206,327 bilhões. Desde então, já houve um recuo de US$ 2,4 bilhões. O nível das reservas vem sendo afetado pela oscilação no preço dos ativos nos quais esse dinheiro está aplicado - principalmente títulos dos governos dos EUA, Europa e Japão - e pelos leilões de dólares que vêm sendo realizados pelo BC, desde a última quarta-feira, dia 8/10, para conter a disparada do dólar frente ao real. Como há uma defasagem de três dias úteis entre a venda de dólares e a divulgação das reservas, o dado de ontem, reflete a influência dos leilões do BC realizados até a última sexta-feira, dia 10/10. No início da semana, o ministro Guido Mantega (Fazenda) afirmou que o BC já havia vendido cerca de US$ 3,5 bilhões das reservas. Isso
significa que parte dessa venda foi compensada pela valorização das aplicações feitas pelo BC. O BC não vendia dólares das reservas desde 2003. Voltou a fazer essas operações na semana passada, quando a moeda norte-americana ameaçou romper a barreira dos R$ 2,50. Nos leilões anteriores, o BC vendia a moeda americana com um compromisso de recompra. Na prática, isso funcionava como um empréstimo e não afetava as reservas. No mês passado, antes de o BC interromper as compras de dólares que vinha fazendo para reforçar as reservas, esse "colchão" de segurança contra crises chegou ao valor inédito de US$ 208,7 bilhões.


Perdas de empresas com apostas no câmbio estão apenas no começo
As perdas de empresas geradas com apostas erradas sobre o câmbio podem chegar a 10 vezes mais do que já foi anunciado, disse Paulo Rabello de Castro, presidente da RC Consultores e do Conselho de Planejamento Estratégico da Fecomercio/SP. Até o momento, três empresas já admitiram terem sido vitimadas pelo problema: Sadia, com prejuízos de R$ 760 milhões, a Aracruz, que perdeu R$ 1,95 bilhão, e a Votorantim, com perda de R$ 2,2 bilhões. "São mais ou menos 200 empresas afetadas, e um valor cerca de 10 vezes maior do que foi anunciado até agora", disse Castro. "O valor total deve circular em cerca de R$ 30 bilhões, mas trata-se de um número perfeitamente maleável." Na terça-feira, dia 14/10, o assessor especial da Presidência da República para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, admitiu que entre 220 e 250 companhias, correm o risco de apresentar prejuízos com derivativos cambiais onde apostavam no dólar baixo, como estava antes de eclodir a crise financeira global, em setembro. Esse número foi confirmado ontem, pelo ministro Miguel Jorge (Desenvolvimento). Segundo Castro, ocorreram dois problemas graves nessas operações. A primeira foi que a maioria delas foi realizada em mercado de balcão - ou seja, sem passar pela BM&F - Bolsa de Mercadorias e Futuros -, negociada diretamente com bancos. A segunda foi a falta, na grande maioria dos casos, da aprovação dessas operações cambiais por parte dos Conselhos de Administração das empresas. Ele ainda criticou a demora do Banco Central em agir para segurar a disparada do câmbio. Segundo ele, caso o BC tivesse agido com mais força e rapidez, as empresas não teriam sofrido um impacto tão grande. Crédito - Para Carlos Thadeu de Freitas, chefe do Departamento Econômico da CNC - Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo - e ex-diretor do Banco Central, a admissão das perdas com os derivativos cambiais é a primeira parte do problema. "Quem estava comprado [em derivativos apostando em um dólar baixo] vai ter que se financiar a um preço alto, já que o mercado de crédito está contraído por causa da crise financeira", explicou. Para ele, essa questão gera um dilema para o Banco Central, que decide na próxima semana, a nova taxa básica de juros brasileira. Se os juros continuarem subindo, essas perdas serão ainda maiores, porque deixará o custo do financiamento das perdas mais caro. "O ideal é reduzir ou manter [os juros], mas há o risco do dólar disparar e aí o BC ficará em dúvida sobre o que fazer", explica. Porém, ele não acredita que a moeda americana terá novos picos, e ficará circulando a casa dos R$ 2.

Oi suspende oferta de compra de ações da Amazônia Celular
A Oi (ex-Telemar) anunciou ontem que suspendeu as OPAs - Ofertas Públicas de Aquisição - das ações ordinárias da Amazônia Celular e da sua holding, a Tele Norte Celular Participações, que ocorreria hoje. O motivo da suspensão foi a determinação da CVM - Comissão de Valores Mobiliários -, anunciada ontem, de que a Oi aumente o preço das ofertas, a pedido de um investidor minoritário. Esse investidor alegou que o valor dos direitos de subscrição das ações pago à Vivo (antiga controladora das empresas), de cerca de R$ 22,6 milhões, deveria ser contabilizado no "tag along" - dispositivo que estende aos acionistas minoritários o direito de vender as ações pelo mesmo preço pago aos antigos controladores. Com isso, o preço da oferta pelos papéis ordinários da Tele Norte Celular Participações passaria de R$ 79,51 para R$ 93,58, enquanto os da Amazônia Celular passaria de R$ 121,61 para R$ 143,13. Além de suspender as ofertas, a Oi ainda decidiu que irá recorrer da decisão junto ao Colegiado da CVM. Assim que as pendências forem resolvidas, a empresa irá anunciar a nova data para que ocorram as OPAs.

Moody's rebaixa "nota" da Aracruz e adverte sobre VCP
A agência de classificação de risco Moody's comunicou nessa quarta-feira, que rebaixou o 'rating' (nota de risco de crédito) da Aracruz, que passou de "Baa2" para "Baa3", ainda dentro da classificação "grau de investimento" (reservada para países e empresas de menor risco). A "nota" da Aracruz, afirma a agência, permanece sob revisão e pode sofrer novo rebaixamento ("downgrade"). A agência ainda informou que o "rating" da VCP - Votorantim Celulose e Papel - também está sob revisão e advertiu que há risco de "downgrade" (piora da avaliação). A agência afirma que, no último dia 3/10, havia colocado sob revisão o "rating" da VCP, com perspectiva de melhora ("upgrade") da nota de risco, tendo em vista a potencial fusão com a Aracruz, o que traria ganhos de sinergia para a empresa do grupo Votorantim. Essa perspectiva mudou com o "downgrade" de ontem, da nota da Aracruz. "O processo inicial de revisão começou no dia 3/10 desse ano, depois do anúncio pela Aracruz, de potenciais perdas significativas devido a transações com derivativos de câmbio", afirma a equipe da
agência de risco. A Moody's afirma que a revisão do "rating" da VCP, vai levar em conta a
probabilidade e os prazos da fusão com a Aracruz, bem como os impactos dessa operação sob a
perspectiva operacional e financeira. Na quarta-feira passada, dia 9/10, outra agência de classificação de risco, a Fitch Ratings, já havia colocado sob "observação negativa" o "rating" da VCP. A "observação negativa" significa que a nota dessa empresa está sob ameaça de rebaixamento, a exemplo do que já ocorreu com a Aracruz. Perdas cambiais - VCP e Aracruz anunciaram no dia 15/9, que devem se fundir numa nova gigante do setor de celulose. A nova empresa tem potencial de R$ 6,3 bilhões de receita líquida, medida no período de julho de 2007 a julho de 2008. Na noite do dia 2/10, a Aracruz Celulose revelou que uma auditoria contratada, avaliou uma perda potencial de R$ 1,95 bilhão com suas operações de câmbio. E no último dia 10/10, o grupo Votorantim admitiu que vai arcar com um custo de R$ 2,2 bilhões para eliminar a exposição financeira da empresa às oscilações do câmbio.


G8 quer reunião para reformar setor financeiro
Líderes do G8 (grupo que reúne as nações mais industrializadas do mundo) decidiram realizar uma reunião com outros países para discutir a reforma no setor financeiro global. A chanceler alemã, Angela Merkel, disse que um encontro do G8 deveria ser realizado com a participação de países emergentes. Os governantes também concordaram em retomar as discussões para um acordo de liberalização do comércio mundial, que tinham sido paralisadas em julho. As medidas foram anunciadas nessa quarta-feira, depois de um apelo do primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, de uma reforma no FMI - Fundo Monetário Internacional - para ajudar a regular os sistemas financeiros do mundo. As declarações de Brown foram feitas a repórteres antes da abertura da cúpula de dois dias, que os governantes europeus iniciaram nessa quarta-feira, em Bruxelas, na Bélgica. O primeiro-ministro
britânico também pediu a criação de um sistema de alerta para a economia internacional, e maior supervisão sobre as companhias financeiras multinacionais. "Nós precisamos lidar com as crises, à medida que surgirem, de maneira melhor e mais coordenada", disse Brown. "O FMI precisa ser reformado para se adaptar às necessidades do mundo moderno." Na cúpula, que se iniciou ontem, a União Européia deve estender a todos seus 27 países membros o plano de ajuda financeira adotado no domingo passado, em Paris, pelos países que utilizam o euro como moeda oficial. A Comissão Européia, órgão Executivo da União Européia, propôs ontem, ampliar para 100 mil euros a garantia mínima para os depósitos em contas bancárias privadas, no caso de falência de um banco do bloco, em uma iniciativa para melhorar a confiança dos cidadãos diante da crise financeira. Esse limite já havia sido
ampliado de 20 mil para 50 mil euros, na semana passada, e algumas das maiores economias européias - França, Alemanha, Itália e Espanha - anunciaram garantias ainda mais generosas. No entanto, os custos dessas últimas propostas devem preocupar os países menores do bloco. O primeiro-ministro da Hungria, Ferenc Gyurcsany, pediu mais apoio do bloco para nações individuais. A Hungria é um dos países da União Européia, mais afetados pela crise. "A estratégia atual é deixar cada nação aplicar seus próprios instrumentos, mas nós precisamos de mais ações conjuntas", disse Gyurcsany. "Nós precisamos de um órgão de supervisão dentro da União Européia." (BBC Brasil)

MMX nega decisão de suspender produção em Corumbá
A MMX Mineração e Metálicos informou, nessa quarta-feira, não ter tomado qualquer decisão no sentido de paralisar ou suspender a produção de ferro-gusa por parte da MMX Metálicos, em Corumbá/MS. Na terça-feira, o empresário Eike Batista, presidente do Grupo EBX, admitiu a hipótese de sua subsidiária MMX fechar as operações da siderúrgica que possui em Mato Grosso do Sul. A empresa já recebeu cinco atos de infração do Ibama, desde o ano passado, por problemas ambientais. O grupo MMX recorreu e atualmente o Ibama, está fazendo uma análise dos argumentos da empresa. "As notícias sobre a possibilidade de paralisação da MMX Metálicos, comentada pelo diretor-presidente da companhia, teve o intuito de tão somente enfatizar a seriedade e o compromisso da companhia de adquirir exclusivamente carvão vegetal licenciado, sob pena de, na falta da oferta desse insumo, a companhia se ver forçada a adotar a medida extrema de paralisar suas operações", informou a MMX em fato relevante ontem. A empresa disse ainda que não vislumbra, nesse momento, risco no suprimento de carvão vegetal licenciado para a usina da MMX Metálicos. "A MMX vem implementando seu plano de auto-suficiência na produção de carvão vegetal e trabalhando ativamente, na conscientização e fiscalização de seus fornecedores da matéria-prima", acrescentou. A companhia também afirmou, que as autuações do Ibama estão em fase de recurso administrativo, e que entende
ter legítimas razões de defesa. Os cinco atos de infração que a MMX recebeu do órgão ambiental somam R$ 29,4 milhões.

Petrobras vai investir R$ 82 milhões em cultura
Chamado de "emissário de papai-noel na área da cultura" pelo ministro Juca Ferreira, o gerente-executivo de Comunicação da Petrobras, Wilson Santarosa, anunciou ontem, investimentos de R$ 82,3 milhões no setor. Serão R$ 42,3 milhões por meio de seleções públicas do PPC - Programa Petrobras Cultural -, que está em sua 5ª edição, e mais R$ 40 milhões a serem distribuídos por meio de editais do Ministério da Cultura. O PPC foi apresentado pela atriz Marieta Severo em cerimônia no terraço do MAM - Museu de Arte Moderna - do Rio. Em discurso, o presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, disse que os recursos previstos para cultura estão garantidos, apesar da crise financeira global. Segundo ele, os investimentos poderão até aumentar - isso vai depender do balanço anual da empresa. "As conjunturas e os fenômenos que estamos vivendo não podem afetar o apoio de compromisso que temos para a construção da cultura e de apropriação de bens culturais, principalmente pela população mais carente", disse Gabrielli. Rouanet - Cerca de mil projetos receberam patrocínio desde a criação do PPC, em 2003. O desse ano foi dividido em duas partes: foram abertas ontem inscrições, no site
www.petrobras.com.br, para as áreas de Produção e Difusão
(projetos de audiovisual, artes cênicas, música, literatura e cultura digital). Em maio, serão abertas inscrições nas áreas de patrimônio/memória e formação/educação para artes. Uma novidade: o ministério poderá conferir aprovação na Lei Rouanet para projetos finalistas, após análise. O PPC beneficiará pela primeira vez, companhias de circo, festivais de música e o setor de cultura digital. O último PPC recebeu 7 mil inscrições. Juca Ferreira disse que a Petrobras "se tornou a maior parceira do ministério". "Não basta reduzir a desigualdade e levar renda aos mais necessitados. É preciso disponibilizar cultura." Segundo ele, a atual crise deverá encerrar um ciclo, aberto com a queda do Muro de Berlim, em que "o próprio mercado regularia todas as necessidades".

Oportunidades de negócios na África do Sul
A Amcham-Porto Alegre - Câmara de Comércio Americana - realiza, hoje, das 8h30min às 11h, o encontro “As Oportunidades de Negócios na África do Sul”, promovido pelo Comitê de Comércio Exterior da Câmara. A Embaixadora da África do Sul no Brasil, Lindiwe Zulu, participará do evento e estará acompanhada do Cônsul Comercial da África do Sul no Brasil, Jacob Moatshe, e do Doutor em Direito Internacional pela UFRGS e Coordenador do Curso de Relações Internacionais da Unilassale, Alfa Oumar Diallo, que é oriundo do Senegal. Também participam da ocasião uma comitiva de autoridades e empresários sul-africanos que farão, cada um, uma apresentação. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior do MDIC - Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Governo Federal -, no último ano, as exportações gaúchas à África cresceram 50,5%, muito acima da média nacional. Atualmente, 6,2% de tudo que o RS exporta, tem como destino o continente africano e a tendência é que essa relação comercial se torne cada vez mais intensa.

Crise americana pode impactar segmento de gift cards
Nos Estados Unidos, a crise financeira deverá afetar o varejo de diversas maneiras. Uma delas é na venda de gift cards. Existe o receio de que uma possível concordata de um varejista reduza o valor dos gift cards nas mãos dos clientes, ou mesmo torne os cartões sem valor. Situação que aconteceu quando a Sharper Image pediu concordata em fevereiro: uma das primeiras medidas da empresa foi deixar de honrar seus gift cards, antes mesmo de liquidar suas lojas. No varejo americano, a lista de empresas que quebraram em 2008 inclui, além da Sharper Image, companhias tradicionais, como Linens ‘n Things, Mervyns, Whitehall Jewellers, Boscov’s, Barbeques Galore, Ms. Fields e Bennigan’s. A expectativa do pior Natal, em 17 anos, deverá colocar mais empresas em xeque nos próximos meses.

Casas Bahia inaugura sua primeira loja-conceito
A Casas Bahia, principal varejista de eletrodomésticos, eletroeletrônicos e móveis do país, abriu ontem sua primeira loja-conceito, no Shopping Palladium, em Curitiba/PR. O ponto de venda tem características diferenciadas e o objetivo de oferecer, em um espaço contemporâneo, uma experiência de compra emocional. Até o final do ano a Casas Bahia irá inaugurar mais duas lojas nesse formato, em São Paulo e no Rio de Janeiro. Esses pontos de venda dão destaque aos lançamentos de produtos, novas tecnologias e experimentações. Outra novidade das lojas-conceito são os espaços lifestyle: três opções de apartamentos com sala, cozinha e quarto, decorados por arquitetos, que proporcionam interatividade entre o cliente e os ambientes. Além dos itens que ficarão expostos, os visitantes poderão consultar outras opções de cores e modelos de produtos no catálogo digital, disponível em terminais instalados na loja.

Walmart abre lojas pop up em Nova Iorque
O Walmart, maior varejista mundial, decidiu investir em lojas temporárias para marcar presença em Nova York. A empresa abre nessa semana, um ponto de venda temporário em Times Square e terá também, um caminhão circulando pela cidade para o lançamento do novo álbum da banda heavy metal AC/DC. A banda tem o Walmart como canal de venda exclusivo de seu novo álbum, “Black Ice”, no mercado americano. A varejista também comercializará de forma exclusiva, o game AC/DC Live Rock Band Track Pack. No caminhão, fãs do AC/DC podem ouvir as músicas do novo CD antes do lançamento oficial, no dia 20/10. No próximo sábado, o Walmart e a MTV apresentarão o CD em primeira mão na AC/DC Rock Band Store, a loja pop up em Times Square, e iniciarão as vendas.

Um espaço vazio no Zaffari
Na última década, o grupo Zaffari passou por profundas transformações. A rede foi alvo constante de rumores sobre a venda do negócio no período de fusões e aquisições do setor. Assistiu de camarote à gravíssima crise das empresas no início dos anos 2000, e ao posterior movimento de profissionalização das companhias. Quem sempre esteve à frente desses desafios foi um dos 12 filhos do fundador Francisco José Zaffari, Marcello, incansável defensor de uma ampliação veloz dos negócios da rede gaúcha. Aos 68 anos, Marcello faleceu às 17h do dia 13/9, em São Paulo. Quase nada foi comentado a respeito. A empresa se limitou a emitir uma nota. Falava em falência múltipla de órgãos. A causa da morte teria sido câncer no estômago, informação que a empresa não confirma. O silêncio gerou uma dúvida: quem ocuparia a cadeira de presidente do maior supermercadista de capital 100% nacional? Até agora, ninguém. Quase um mês após a morte do seu presidente, ainda não há um substituto. A empresa informa que não está empenhada em definir a sucessão do cargo. Internamente, porém, parece não haver consenso sobre o nome a ocupar o posto. Há rumores, inclusive, sobre a volta de Pedro Zaffari, o irmão que se afastou do grupo em 2000. Desde março, com a internação de Marcello,
algumas decisões já haviam sido tomadas. O irmão Cláudio passou a responder sozinho pela expansão dos negócios em São Paulo - área que já estava sob sua responsabilidade, mas dependia do aval de Marcello. O vice-presidente João Benjamin Zaffari, incorporou de forma definitiva, tarefas estratégicas da área de supermercados. Outros dois irmãos, Ivo José e Airton Alberto, esse último responsável pelo marketing, mantiveram suas funções.


Varejo de shopping tem retração em setembro
O MercadoFlux, indicador da atividade comercial dos shopping centers, registrou em setembro uma queda de 5% em relação a agosto. Entretanto, na comparação com setembro de 2007 o resultado é positivo, com alta de 3%, ritmo que vem sendo observado durante todo o ano. No acumulado do ano, a atividade comercial em shopping centers, vem em crescimento de 4% em relação ao mesmo período de 2007. Na análise por região, em Belo Horizonte/MG ocorreu a maior queda: 10% em relação a agosto. São Paulo e Rio de Janeiro apresentaram baixa de 5% e 4%, respectivamente. Por porte de shopping, a maior queda ocorreu nos empreendimentos de grande porte (-6%), enquanto nos de médio e pequeno porte. houve retração de 4% e 3% em relação a agosto, respectivamente. Já na comparação com setembro de 2007, o resultado é positivo, com destaque para os shoppings de pequeno porte, que tiveram crescimento de 14%.

Atacadistas param venda de importados
As vendas de produtos importados de atacadistas para os supermercados estão suspensas desde a semana passada, por conta da alta do dólar. A dificuldade para estabelecer preços de vinhos, azeites, azeitonas, alimentos em conservas e de produtos mais consumidos na época de Natal, como uvas-passas, avelãs e castanhas, levou os atacadistas a interromperem as negociações. A expectativa das redes de supermercados é que as negociações voltem a ocorrer nos próximos dias e que os aumentos de preços de importados não ultrapassem 15%, ficando na faixa entre R$ 1,80 e R$ 2,00.

Vivo diz que crise pode retardar expansão do mercado celular
O crescimento do mercado de telefonia celular do Brasil pode perder força com a crise financeira internacional, mas continuará acima dos 10% ao ano, disse Roberto Lima, presidente-executivo da Vivo. O executivo informou que a desaceleração deverá ser temporária e que a Vivo pretende manter sua participação de mercado em receitas e continuar a crescer em linha com o setor. Lima afirmou que o consumo também pode ser afetado pela revisão de subsídios, que facilitam a venda de celulares, devido à valorização que o dólar tem registrado frente ao real, o que também deverá ter impacto nos custos da Vivo esse ano. O presidente da maior operadora de telefonia celular do Brasil, afirmou que a companhia tem conseguido as linhas de crédito que precisa para financiar seus investimentos.

Sadia inaugura fábrica de industrializados no Paraná
A Sadia inaugura hoje, dia 16/10, uma nova fábrica de industrializados em Toledo/PR. A planta, reconstruída e ampliada após incêndio ocorrido em 2006, foi totalmente modernizada e contou com investimentos de R$ 173 milhões. O projeto terá capacidade total de 70 mil toneladas/ano e produzirá industrializados feitos a partir de frango e suínos, principalmente para exportação. Outros R$ 33 milhões foram aplicados na ampliação da capacidade produtiva das linhas já existentes, totalizando um investimento de R$ 206 milhões. A solenidade de inauguração acontece a partir das 11h, na Avenida Senador Atílio Fontana, 4040, Centro, e contará com a presença do governador Roberto Requião, do presidente do Conselho de Administração da Sadia, Luiz Fernando Furlan, do diretor presidente da
Companhia, Gilberto Tomazoni. O Paraná é o Estado brasileiro com o maior número de plantas instaladas da Sadia. Além de Toledo, os municípios de Dois Vizinhos, Francisco Beltrão, Paranaguá e Ponta Grossa também têm unidades produtivas da empresa e empregam, no total, 18,5 mil funcionários.

Dow compra unidade de milho da Coodetec
A multinacional americana Dow AgroSciences anunciou ontem, a aquisição da unidade de produção de sementes de milho híbrido da Coodetec - Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola - em Paracatu/MG. O negócio reforça a atuação da companhia no segmento, que já responde por 25% de seu faturamento no mercado brasileiro. O valor da aquisição não foi divulgado. Em 2007, a empresa já havia ido às compras no segmento de milho híbrido. Foram adquiridas a holandesa Duo Maize, a Maize Technologies International, da Áustria, e, no Brasil, ficou também com a Agromen Tecnologia. Segundo Paulo Pinheiro, gerente geral da Agromen, e um dos articuladores da nova aquisição, a unidade mineira será para abastecimento de produtores em todo o país. Dow e Coodetec já tinham um acordo de cooperação técnica em andamento - a unidade comprada, que inclui instalações para recepção e secagem de milho híbrido, fica ao lado da planta que a empresa americana já tem no município mineiro. Novas aquisições não são prioridade para o curto prazo, afirma Pinheiro. Para o médio prazo, segundo ele, a empresa avalia também a atuação no mercado de sementes de soja, no qual ainda não trabalha. Os passos nessa frente, afirma, ainda não estão definidos. A Coodetec atua como uma central de 36 cooperativas voltadas à pesquisa tecnológica e com receita total de vendas de US$ 14 bilhões ao ano. Juntas, elas têm mais de 180 mil agricultores associados. Sementes de milho e trigo fazem parte da atuação da central, mas seu principal mercado é o de sementes de soja. Nos últimos anos, a operação brasileira da Dow AgroSciences, que atua também nos segmentos de defensivos e saúde animal, passou do quinto para o segundo lugar em vendas da companhia no mundo, atrás apenas dos EUA. Sua receita global é de US$ 3,8 bilhões. O Brasil responde por 18% desse montante.

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BASTIDOR

- Crise na Pepsico pode adiar construção de fábrica na Bahia. A empresa que é proprietária da Pepsi-Cola, Frito-Lay, Gatorade e Quaker, perdeu 9,6% nas vendas líquidas no terceiro trimestre e reduzirá seus custos em US$ 1,2 bilhão até 2011. Serão dispensados 3,3 mil empregados, dos seus 185.000 em todo o mundo. No início de 2008 foi anunciada a construção de 5 novas fábricas no Brasil, das quais uma localizada na Bahia, para produzir batatas fritas e sucos.

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MERCADO de Ações & Futuros
(Informações: Dow Jones, Bovespa e Reuters)

Bolsa fecha em queda de 11,39%, a maior em 10 anos
A Bovespa voltou a registrar perdas expressivasontem, afetada pela desvalorização das matérias-primas e pela queda dos índices acionários norte-americanos, diante da piora da perspectiva para a economia mundial. A sessão também foi marcada pelos vencimentos de opções sobre Ibovespa e do índice futuro e por nova interrupção dos negócios pelo mecanismo de circuit breaker. Em razão da parada da Bolsa por 30 minutos em um dia de vencimentos relacionados ao índice, o pregão foi estendido para as 17h30min. A apenas 40 minutos de fechar o pregão, a Bovespa fez os investidores prenderem a respiração, diante da possibilidade de que o Ibovespa atingisse uma queda de 15% e assim a Bolsa acionasse novamente no dia o mecanismo de circuit breaker. O "fôlego" só foi retomado quando o relógio marcou 17 horas - por questão do regimento da bolsa, o mecanismo de circuit breaker não é acionado na última meia hora de negociação.

- O Ibovespa registrou a maior perda percentual desde 10 de setembro de 1998, ao encerrar a
jornada com declínio de 11,39%, aos 36.833,02 pontos. Naquela data, caiu 15,8%. Ontem, o índice oscilou de 35.411 pontos na mínima (-14,81%) a 41.567 pontos na máxima (estável). O volume financeiro somou R$ 9,73 bilhões.

Análise - "Não há boas notícias para a Bolsa no Brasil", alertou o estrategista-chefe para América Latina do Barclays em Nova York, Paulo Hermanny. De acordo com o profissional, apesar da correção de baixa muito forte pela qual as ações brasileiras passaram a deixar papéis de algumas empresas baratos, há um cenário de recessão nos EUA e mundial, de menor crescimento no Brasil, de commodities (matérias-primas) com preços mais baixos. E o comportamento do mercado acionário paulista ontem, referenda tal percepção. Após uma onda de euforia, em meio a medidas para capitalizar o sistema bancário na Europa e EUA, declarações sobre o cenário da economia norte-americana e indicadores sobre a mesma, reavivaram as preocupações sobre o tamanho da recessão estimada para aquele país, bem como os reflexos sobre o mundo. "A economia norte-americana parece estar em recessão", já que as pressões inflacionárias "diminuíram substancialmente", disse a dirigente da regional do Fed - Federal Reserve - de São Francisco, Janet Yellen.

Ações - A deterioração nas expectativas para a atividade econômica global afetou também, as
commodities, o que elevou a pressão de baixa no Ibovespa, que tem como carros-chefe ações de
empresas atreladas aos preços desses produtos. Na Bolsa Mercantil de Nova York, o petróleo cedeu 5,20%, a US$ 74,54 o barril. Metais e agrícolas também recuaram. As ações da Petrobras sentiram: as PN caíram 12,09% e as ON perderam 13,85%. O impacto sobre os papéis da Vale não foi diferente: queda de 15,16% nas PNA e declínio de 18,58% nas ON.

- As siderúrgicas também sofreram ontem: Usiminas PNA perdeu 14,52%, CSN ON cedeu 17,11% e Gerdau PN teve baixa de 14,90%. O setor bancário igualmente apresentou baixas significativas: Bradesco PN caiu 8,03%, Banco do Brasil ON, 10,45%, Itaú PN, 10,99% e Unibanco units, 12,50%.

- No Ibovespa, as quedas foram lideradas por: JBS ON (-22,45%), Gafisa ON (-21,21%) e B2W ON (-20,68%). Apenas três ações registraram valorização: Telemar PN subiu 5,30%, Brasil Telecom
Participações PN avançou 2,42% e Telemar Norte Leste PNA apreciou-se 2,18%.

Circuit breaker - A forte baixa do índice levou a Bovespa a acionar o circuit breaker pela terceira sessão do mês de outubro e interromper às 14h25min, por 30 minutos, as operações. Naquele momento, o Ibovespa alcançou queda de 10%, aos 37.412 pontos. Após quase dez anos sem acionar o circuit breaker, a Bolsa precisou lançar mão dele no dia 29/9 e, depois, em outubro, em dois pregões, dias 6 e 10, além do de ontem. No dia 6/10, o circuit breaker foi usado duas vezes, por 30 minutos (queda de 10%), e uma hora (baixa de 15%). O circuit breaker é o mecanismo utilizado pela Bovespa que permite, na ocorrência de movimentos bruscos de mercado, o amortecimento e o rebalanceamento das ordens de compra e de venda. Esse instrumento constitui-se em uma "proteção" à volatilidade excessiva em momentos atípicos de mercado.

Bolsa de NY fecha em queda de 7,87%, a maior em 21 anos
As preocupações em relação à economia dos Estados Unidos - e às perspectivas de entrar em recessão - levaram as Bolsas americanas a fechar em forte baixa nessa quarta-feira. O Dow Jones Industrial Average, principal índice da Bolsa de Nova York, recuou 733 pontos, a segunda maior queda em pontos da história, ou 7,87%, a maior perda percentual em 21 anos, segundo a consultoria Economática.

- O índice acionário Dow Jones caiu 7,87% - a maior queda percentual desde outubro de 1987.
- O S&P-500 recuou 9,03%.
- O Nasdaq Composite cedeu 8,47%.
- Balanços corporativos também ocuparam as atenções dos investidores em Nova York. O
JPMorgan Chase reportou queda de 84,5% no seu lucro líquido no terceiro trimestre desse ano, para US$ 527 milhões. A receita caiu para US$ 14,74 bilhões, de US$ 18,4 bilhões. O executivo-chefe da instituição, Jamie Dimon, afirmou que espera lucros menores nos próximos trimestres. Ainda no setor bancário, o Wells Fargo & Co., registrou queda de 22% no lucro líquido do terceiro trimestre desse ano, para US$ 1,64 bilhão. Mesmo o resultado positivo da Coca-Cola foi ignorado: a empresa teve um crescimento de 14% no trimestre encerrado em 26/9, na comparação com o mesmo período de 2007. O lucro da empresa ficou em US$ 1,89 bilhão (US$ 0,81 por ação) no período. "Nossas marcas e nossos negócios foram erigidos para períodos como o atual", disse o executivo-chefe da empresa, Muhtar Kent, em uma teleconferência. A previsão dos analistas era de um lucro de US$ 0,77 por ação, com uma receita de US$ 8,53 bilhões.

Análise 1 - As ações caíram influenciadas por uma combinação entre dados econômicos negativos - incluindo um forte recuo das vendas no varejo - e a constatação do Fed - Federal Reserve -, o Banco Central dos EUA, de que as condições de crédito estão prejudicando os negócios no país. Ontem, o Departamento do Comércio informou que as vendas no varejo nos EUA em setembro, caíram 1,2%, maior perda desde 2005. O dado foi visto como sinal de que, além dos problemas no setor financeiro, há os da economia real. O consumo responde por cerca de 70% de toda a atividade econômica dos EUA.

Ánálise 2 - O presidente do Fed, Ben Bernanke, também colaborou para ampliar os temores dos
investidores, ao alertar que os mercados de crédito levarão tempo para descongelar e que, mesmo se os mercados financeiros se estabilizarem, a economia não irá se recuperar logo em seguida. Da agenda macroeconômica, as vendas no varejo caíram em agosto acima do esperado, o núcleo do PPI - Índice de Preços ao Produtor - que exclui alimentos e energia, superou a previsão dos analistas e o índice Empire State caiu para -24,62, patamar recorde de baixa. Ainda, o Livro Bege, sumário das condições econômicas americanas, preparado pelo Fed, também mostrou que a atividade econômica e o mercado de empregos sofreram um enfraquecimento em todos os 12 distritos do Federal Reserve em setembro.


Bolsas européias voltam a cair sob pressão do temor de recessão global
As Bolsas européias fecharam com perdas acentuadas nessa quarta-feira. A tensão entre os investidores sobre o risco de quebras de bancos diminuiu, depois de anunciadas iniciativas na Europa e nos EUA que, em conjunto, já passam dos US$ 2 trilhões. Mesmo assim, o temor de uma recessão global permanece.

- Bolsa de Londres fechou em baixa de 7,16%, ficando com 4.079,59 pontos.
- Bolsa de Paris teve queda de 6,82% e fechou com 3.381,07 pontos.
- Bolsa de Frankfurt teve perda de 6,49%, fechando com 4.861,63 pontos.
- Bolsa de Amsterdã caiu 7,56% e ficou com 263 pontos.
- Bolsa de Milão teve baixa de 4,95%, fechando com 16.840 pontos.
- Bolsa de Zurique fechou em baixa de 5,58%, com 5.911,17 pontos.

Análise - O pessimismo em Wall Street contribuiu para a falta de confiança dos investidores europeus ontem: o índice Dow Jones chegou a cair ontem, quase 4%, puxado para baixo pelo desempenho das vendas no varejo nos EUA em setembro. O Departamento do Comércio informou que as vendas caíram 1,2% no mês passado, superando o previsto pelos analistas (decréscimo de 0,7%) e a maior queda desde agosto de 2005 (queda de 1,4%). Os dados confirmam a tendência atual dos norte-americanos de reduzir seus gastos ante a crise financeira e a dificuldade de ter acesso ao crédito. Além disso, o desemprego no Reino Unido também preocupa os investidores, que viram no indicador um sinal a mais da perda de força da economia global. Os pedidos de seguro-desemprego aumentaram em 31.800, para 939.900, segundo dados divulgados pelo ONS - Escritório Nacional de Estatísticas. Além, disso, segundo o órgão do governo britânico, o número de desempregados no país cresceu em 164 mil no trimestre até agosto. Com isso, a taxa de desemprego no Reino Unido cresceu em 0,5 ponto percentual, indo para 5,7%, maior crescimento na taxa desde julho de 1991.

Bolsas asiáticas voltam a cair após dois dias de ganhos
A maioria das Bolsas da Ásia recuou, ontem, com o movimento de venda dos investidores para
transformarem em lucro as fortes altas registradas nessa semana nos mercados.

- Na Bolsa de Tóquio (Japão), a principal da região da Ásia-Pacífico, o índice Nikkei abriu com baixa de 1,08%, mas reverteu as perdas e acabou o dia com avanço, aos 9.547,47 pontos. Analistas atribuem a queda no continente, ao movimento de venda dos investidores para realizar os lucros após os fortes ganhos da terça. Nos outros mercados da Ásia, os ganhos de ontem puxaram o avanço de Hong Kong (que recuou 4,96%).
- Sydney, na Austrália (-0,9%).
- Seul, na Coréia do Sul (-2%).
- Em Xangai, na China (-1,12%).
- A maior queda ontem foi registrada na Bolsa indiana de Bombaim (-5,02%).

Análise - "O pior parece ter passado depois que os mercados entenderam que os governos não
deixariam os bancos falirem", disse Soichiro Monji, estrategista da Daiwa Investments. "Há dúvidas ainda sobre ganhos no curto prazo, mas poderemos ver uma reação [das Bolsas] após a onda de vendas da semana passada." Na terça-feira, dia 14/10, o BoJ - Banco do Japão - realizou sua primeira absorção de capital, após ter injetado fundos no mercado financeiro por 19 dias consecutivos. O banco retirou do mercado 1 trilhão de ienes (US$ 9,871 bilhões) por considerar que havia um excesso de fundos para ontem. O BoJ injetou mais de 35,6 trilhões de ienes (US$ 351,466 bilhões) para aumentar a liquidez no sistema financeiro e suavizar a falta de crédito após a quebra do banco de investimento americano Lehman Brothers, em setembro. Além disso, os países do sudeste asiático, além do Japão, China e Coréia do Sul, fecharam um acordo para a criação de um fundo bilionário para pagar as dívidas e apoiar os bancos.

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ÍNDICES ECONÔMICOS

País cria 283 mil empregos em setembro e bate recordes
O Caged - Cadastro Geral de Empregados e Desempregados -, do Ministério do Trabalho, registrou em setembro a abertura de 282.841 empregos com carteira assinada no País. Com esse número, o mês passado foi o melhor da série do Caged, iniciada em 1992, para meses de setembro, e representou uma alta de 0,92% no total de ocupações com carteira assinada no Brasil, que somaram 31.052.760. Em comparação, foram criados 251.168 postos em setembro de 2007. De janeiro a setembro desse ano, o Caged acumula 2.086.570 vagas formais de trabalho criadas. É a primeira vez na série do Caged que se registra a criação de mais de 2 milhões de empregos em um único ano. Esse saldo acumulado em 2008 representa 7,2% de aumento do total de vagas formais. De janeiro a setembro de 2007, foram gerados 1.617.392 empregos com carteira assinada.

Dólar fecha a R$ 2,16, após ações do BC; Bovespa cede 10,57%
O mercado de câmbio teve mais um dia turbulento, em que a taxa oscilou entre a cotação máxima de R$ 2,200 e a mínima de R$ 2,082. Após uma ação agressiva do Banco Central, que interferiu por três vezes, a moeda americana foi negociada a R$ 2,166 (venda), nas últimas operações registradas nessa quarta-feira, com avanço de 3,48%.

Análise - Os investidores estão nervosos com o contágio da crise global para empresas não-financeiras. Ontem, números da economia americana e balanços de bancos reforçaram esse pessimismo. E mesmo autoridades dos EUA não escondem a preocupação com o horizonte da maior economia mundial. "As pessoas devem saber que temos pela frente vários meses com dificuldades", disse o secretário do Tesouro americano, Henry Paulson.

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MERCADO FINANCEIRO

Banco do Brasil perde R$ 22 bilhões de seu valor em 15 dias
Mesmo sem exposição a ativos podres do mercado imobiliário norte-americano, os bancos brasileiros perderam valor em razão do reflexo da crise de confiança que se espalhou por todos os mercados financeiros mundiais. E o maior prejuízo foi do Banco do Brasil, que do dia 30/9 para cá, perdeu R$ 22 bilhões do seu valor, embora seja o banco nacional com os melhores fundamentos. A afirmação foi feita pelo gerente de Relações com Investidores do Banco do Brasil, Marco Geovanne Tobias, em teleconferência com investidores e analistas de mercado. Ele não especificou perdas dos demais bancos e ressalvou que "não há sinais de que a crise deteriore a qualidade do crédito no país", particularmente no BB que, segundo ele, tem uma carteira de crédito "distribuída de forma equilibrada". A teleconferência foi aberta pelo vice-presidente de Finanças e Mercado de Capitais do BB, Aldo Luiz Mendes, para quem o agravamento da crise externa abalou os setores financeiros e de câmbio. Para ele, o governo e o Banco Central atuaram para minimizar os efeitos da crise financeira na economia real. Mendes disse que "o mercado passa por momento delicado" e destacou que a escassez de linhas internacionais de crédito exige criatividade. Ele acrescentou que "tempos de crise favorecem instituições de reconhecida liquidez, como o Banco do Brasil, que tem captação suficiente para financiar a expansão de nossa carteira de crédito". Números do BB mostram que a carteira de crédito somava R$ 193,3 bilhões em agosto, e deve ter fechado setembro próximo a R$ 200 bilhões, de acordo com Geovanne Tobias. Números que vão melhorar, segundo ele, porque o alívio gradativo no compulsório bancário vai proporcionar reforço de R$ 11,4 bilhões ao BB. Tobias disse que a liberação do compulsório (parte dos depósitos que os bancos têm que recolher ao BC) aumentará a liquidez do sistema financeiro como um todo. Acrescentou que o BB deve usar o reforço de caixa para alavancar
ainda mais seus empréstimos a pessoas físicas e à aquisição de carteiras de crédito de outros bancos. Essa é uma prática que o BB utiliza normalmente, segundo ele. Tanto que nos últimos 18 meses o banco investiu R$ 1,5 bilhão na aquisição de carteiras de crédito de bancos pequenos e tem outras propostas em análise, no valor total de R$ 3 bilhões. Ele ressaltou que operações desse tipo nem sempre são imediatas: "As decisões de aquisição são tomadas dentro da boa prática bancária, levando em consideração a equação risco versus retorno".


União comprará carteira de bancos federais para o Pronaf
O governo publicou ontem, no Diário Oficial, a portaria 241, do Ministério da Fazenda, que regulamenta a compra pela União das operações de crédito feitas por bancos públicos federais para custeio da produção de assentados dentro do Pronaf - Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar. O objetivo da medida é dar eqüidade de condições entre os assentados que contrataram operações de crédito com risco da União e aqueles em que o risco foi assumido pelo sistema bancário. Segundo o secretário adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt, a compra pela União é necessária para permitir a renegociação da dívida pelo agricultor familiar que teve o risco da operação assumida pelo banco. Segundo Bittencourt, de cada quatro operações de crédito dentro do Pronaf para assentados, uma teve o risco assumido pelo sistema bancário. "A União vai
comprar essas operações para dar o direito desse agricultor renegociar sua dívida", disse o secretário. As regras para renegociação das dívidas rurais estão previstas na Lei 11.775, de 2008 (antiga Medida Provisória 432). O Ministério do Desenvolvimento Agrário estima que um milhão de contratos do Pronaf, poderão ser renegociados pelas regras da lei. Até 30/9, 408.500 produtores já haviam comunicado aos bancos o interesse na renegociação, o que corresponde a cerca de 40% do total. O prazo de adesão termina no dia 14/11. O secretário explicou que a portaria prevê o deságio com que a União irá comprar essas carteiras. "Conforme o tempo de inadimplência será definido o deságio". Ele afirmou que o valor dessas operações é irrisório, comparado com o valor total da dívida agrícola que será renegociada. Segundo o secretário, essas operações somam menos que R$ 50 milhões.

Bradesco negocia compra de até 7 carteiras de crédito
O Bradesco estuda a compra de mais seis ou sete carteiras de crédito de instituições de menor porte, dentro das medidas anunciadas pelo Banco Central no final do mês passado, segundo informou o vice-presidente Arnaldo Alves Vieira. "Isso é um processo que requer avaliação desses ativos", afirmou. Na segunda-feira, o Bradesco já havia anunciado a compra de uma carteira de crédito consignado e outra de veículos, mas sem divulgar qual o nome dos bancos que fizeram a cessão do crédito. Sobre as perspectivas de crescimento do crédito para o próximo ano, o executivo afirmou que essas considerações ainda não foram realizadas pelo banco. De acordo com Vieira, a única redução da demanda nas linhas de varejo, percebida pelo Bradesco, ocorreu no financiamento a veículos, com uma queda entre 10% e 15%. Isso fez com que o percentual de propostas aprovadas no varejo como um todo, caísse de 55% para 45% nos últimos 30 dias. Para o executivo, as medidas do BC para melhorar o fluxo de recursos entre as instituições financeiras, foram positivas e serão suficientes para atender a demanda por crédito, uma vez que haverá uma redução natural da procura com o cenário de incerteza causado pela crise externa. "Além disso, estamos mais seletivos e fizemos alguns ajustes, como reduzir um pouco os prazos e subir um pouco os juros", disse, lembrando que esse é outro fator que reduz o volume de operações de crédito.

Áustria admite que estatizaria bancos à força
O governo da Áustria estatizaria os bancos do país à força, mas apenas se esse fosse o último recurso na luta para conter o contágio pela atual crise no sistema financeiro internacional, afirmou ontem, o chanceler Alfred Gusenbauer. A opção de estatização total ou parcial de um banco, contra a vontade de seus acionistas, faz parte de uma proposta de pacote de 100 bilhões de euros para apoiar o setor financeiro divulgada ontem. "Como último recurso, essa possibilidade está prevista", afirmou Gusenbauer a jornalistas em Bruxelas, antes de reunir-se com outros líderes da EU - União Européia. A proposta de pacote determina que uma estatização forçada, poderia ocorrer somente por meio de decreto ministerial e que caberia aos tribunais decidir posteriormente, o montante da compensação a ser paga aos acionistas. Harald Waiglein, um porta-voz do Ministério das Finanças da Áustria, disse que uma eventual estatização parcial ou total seria considerada "somente para evitar um prejuízo econômico grave à sociedade", e apenas como medida de curto prazo. Grécia - O governo da Grécia anunciou ontem, um pacote de 28 bilhões de euros (US$ 38 bilhões) para ajudar os bancos do país, como parte de um esforço europeu para restaurar a confiança no sistema financeiro. O pacote consiste de três medidas específicas, e de curto prazo, que se estenderão apenas até 2009: o compromisso de garantir até 15 bilhões de euros em emissões de bônus novos de três a cinco anos por parte dos bancos locais; a injeção de até 8 bilhões de euros nos bancos por meio de bônus do governo para ajudar a aumentar a base de capital do setor bancário; e a disponibilidade do governo para comprar até 5 bilhões de euros em títulos híbridos de bancos. (Agência Dow Jones, de Viena/Áustria)

Bancos centrais na Europa injetam US$ 254 bilhões no mercado
O BCE - Banco Central Europeu -, o Banco da Inglaterra e o Banco Nacional Suíço emprestaram ontem, aos bancos comerciais, um total de US$ 254,3 bilhões, na primeira operação de refinanciamento por uma quantia de dólares ilimitada. Esses três bancos centrais ofereceram dinheiro a uma taxa de juros fixa de 2,277% e com uma semana de vencimento. O BCE injetou no mercado interbancário US$ 170,9 bilhões, o Banco da Inglaterra ofereceu US$ 76,3 bilhões e o Banco Nacional Suíço, US$ 7,1 bilhões. Segundo o BCE, a operação de refinanciamento extraordinária de ontem, teve a participação de 86 bancos comerciais da zona do euro. No caso da Suíça, sete institutos de crédito participaram da operação de refinanciamento. O BCE injetou ontem também, US$ 100 bilhões com vencimento a um dia e a uma taxa de juros marginal de 0,5%. Os bancos centrais da Europa anunciaram na última segunda-feira, dia 13/10, a oferta de quantidades ilimitadas de créditos em dólares em períodos compreendidos entre uma semana e 84 dias. Segundo informou o BCE na ocasião, a autoridade monetária vai lançar toda quarta-feira, a partir de ontem, e por um período de sete dias, uma operação em dólares a taxa fixa. (Efe, de Frankfurt)

Relatório do Fed mostra atividade econômica mais fraca
Os problemas nos mercados financeiros globais se intensificaram em setembro, e a atividade econômica sofreu um enfraquecimento em todos os 12 distritos do Fed - Federal Reserve -, diz o Livro Bege, divulgado pelo banco central americano. O relatório divulgado ontem, foi preparado pelo Federal Reserve Bank, de Chicago, com base em dados coletados até 6/10, e vai subsidiar as decisões de política monetária a serem tomadas na próxima reunião do Comitê de Mercado Aberto do Fed, nos dias 28 e 29 de outubro. Segundo o Livro Bege, todas as regiões dos EUA se tornaram mais pessimistas quanto à perspectiva da economia; a maioria dos distritos relatou desaceleração na atividade industrial e redução dos gastos dos consumidores. "As condições de crédito se caracterizaram como apertadas em todos os 12 distritos, com vários deles relatando disponibilidade reduzida de crédito tanto para as instituições financeiras como para as não financeiras", diz o relatório. Os únicos pontos
descritos como positivos foram os setores: agrícola, de mineração e de energia. De acordo com o Livro Bege, as exportações continuaram a impulsionar a demanda do setor agrícola, apesar de os furacões Ike e Gustav terem prejudicado as regiões Sul e meio-oeste dos EUA. O relatório caracteriza as condições dos setores de energia e de mineração como "positivas", exceto por problemas temporários trazidos pelos furacões. A atividade de prospecção de gás natural cresceu significativamente, os preços do carvão ficaram estáveis e os preços do petróleo e do gás natural, caíram. O Livro Bege também diz que a maioria dos distritos do Fed, relatou que as pressões dos
custos sobre os preços se reduziram. "As pressões inflacionárias se moderaram um pouco em setembro. Enquanto vários distritos notaram repasses continuados de elevações anteriores dos
preços de metais, alimentos e energia, a maioria indicou que as pressões de custos se reduziram. As condições do mercado de mão-de-obra se enfraqueceram na maioria dos distritos, e as pressões de salários continuaram limitadas. Vários distritos relataram queda nos investimentos ou planos de reduzir investimentos por causa do alto nível de incerteza, quanto à perspectiva econômica ou preocupações quanto à disponibilidade de crédito", afirma o relatório. O Livro Bege diz ainda que os mercados de imóveis residenciais permaneceram fracos e que os mercados de imóveis comerciais sofreram desaceleração.


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AGRONEGÓCIOS

BC esclarece: recurso para crédito rural soma R$ 5,5 bilhões
O Banco Central corrigiu ontem à noite, uma informação anterior e esclareceu que está correta a interpretação do Ministério da Fazenda, segunda a qual chegará a R$ 5,5 bilhões o total de recursos extraordinários que serão liberados pelos bancos para o crédito rural, como efeito da decisão do CMN - Conselho Monetário Nacional - de aumentar o percentual de recursos para empréstimos a esse segmento. Antes, o BC havia divulgado estimativa de que os recursos totalizaram R$ 4,5 bilhões. Com a decisão do CMN, em vez de 25%, os bancos vão emprestar 30% de tudo que recebem de depósitos à vista para financiar a agricultura, de 1º/11 desse ano a 30/6 de 2009. O secretário adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt, explicou que o cálculo inicial do BC levava em conta apenas o aumento do saldo total de recursos disponível para ser emprestado. "O BC considera somente o saldo disponível para emprestar. Nós consideramos quanto efetivamente terá para o produtor pegar na ponta. Por isso, não há divergências nos números", afirmou. Para justificar sua conta, Bittencourt também argumenta que os R$ 5,5 bilhões representam os cinco pontos percentuais que serão elevados da chamada exigibilidade, considerando que os depósitos à vista somam cerca de R$ 110 bilhões. O Ministério da Fazenda considera, no entanto, o fluxo de recursos. Ou seja, como parte das operações de crédito é de prazos menores (três meses ou seis), que os oito meses em que a medida estará em vigor, cerca de 20% desse volume devem ser emprestados mais de uma vez. Por isso, a Fazenda espera que os recursos disponíveis para o produtor fazer o plantio da safra 2008/09, sejam ampliados em R$ 5,5 bilhões, em função da medida aprovada ontem, pelo CMN -
Conselho Monetário Nacional. Na noite de ontem, o BC informou, também, que a redução da alíquota do depósito compulsório sobre os depósitos à vista - de 45% para 42% - valerá por período idêntico ao do direcionamento de recursos para a agricultura, ou seja, de 1º/11 desse ano a 30/6 de 2009.

Plantio da safra 2008/2009 está praticamente garantido
A crise financeira, praticamente, não vai comprometer o plantio da safra de grãos 2008/2009, que segue até dezembro. A avaliação é do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes. Para ele, um dos atenuantes foi o fato de que grande parte dos estoques de adubos e sementes, necessários para o novo ciclo agrícola, já foi adquirida. Stephanes ressalta que, apesar da crise financeira mundial ter coincidido com o período de plantio, diferentemente das demais atividades, a agricultura não pode parar de produzir. “O setor agrícola não pode, por exemplo, conceder férias coletivas ou reduzir linha de produção, como uma montadora de automóveis”, explica. O ministro se ampara na história para analisar os riscos futuros para o setor. “Já se sabe, por situações anteriores, que, em casos de crises e até recessão, o último item afetado é a produção de alimentos. As pessoas continuam comendo e, no caso das exportações brasileiras do agronegócio, as perspectivas para 2008 são as mesmas”, completa.

Crédito - Para atenuar os efeitos da crise, porém, o ministro aposta na maior garantia do crédito para o produtor, principalmente, aqueles que renegociaram dívidas rurais e são considerados com alto grau de risco nas operações financeiras. “A escassez dos recursos faz com que os bancos fiquem muito mais seletivos na concessão de crédito, afetando, principalmente, os pequenos e médios agricultores”, explica Stephanes. Como solução, o Ministério da Agricultura aguarda a aprovação da reclassificação do grau de risco, prevista para acontecer em reunião extraordinária do CMN - Conselho Monetário Nacional -, ainda essa semana. O ministro aponta, ainda, como um fator de restrição ao crédito, a falta de liquidez das tradings, instituições que, tradicionalmente, financiam antecipadamente a safra
agrícola. Uma das soluções estudadas pelo governo é a liberação de recursos dos depósitos
compulsórios dos bancos para aplicação na agricultura.
Comercialização - O ministro diz, ainda, que para apoiar a comercialização da safra, o governo federal tem instrumentos eficientes de política agrícola, como a PGPM - Política de Garantia de Preços Mínimos - que engloba o Pepro - Prêmio Equalizador Pago ao Produtor -, a AGF - Aquisição do Governo Federal -, entre outros. “Vamos continuar acompanhando muito de perto o cenário econômico mundial nos próximos cinco, seis meses quando inicia a comercialização dessa safra. Até lá, é provável que o mercado mundial já esteja estabilizado. Certamente, o governo vai trabalhar para garantir a remuneração mínima do produtor”, reitera Stephanes.

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COMÉRCIO EXTERIOR

Fluxo cambial fica negativo em US$ 1 bilhão
O fluxo cambial nos primeiros dez dias de outubro ficou negativo em US$ 1,089 bilhão, segundo dados divulgados ontem, pelo Banco Central. No segmento comercial, o fluxo foi positivo em US$ 1,97 bilhão. As exportações contratadas somaram US$ 4,934 bilhões, e as importações ficaram em US$ 2,964 bilhões. O fluxo financeiro foi negativo em US$ 3,059 bilhões nos primeiros dez dias desse mês, resultado de entradas de US$ 10,128 bilhões, e de saídas de US$ 13,187 bilhões. Nesse período, o dia 8/10 foi o que teve maior saldo negativo, de US$ 1,141 bilhão. Foi nesse dia que bancos centrais de vários países, incluindo o banco central americano, europeu e do Reino Unido, anunciaram uma ação coordenada de corte de juros, reduzindo suas taxas em 0,5 ponto percentual. Apesar do saldo negativo verificado nos dez primeiros dias de outubro, o fluxo cambial acumulado no ano continua positivo, em US$ 16,099 bilhões. Em igual período do ano passado, o fluxo estava positivo em US$ 71,207 bilhões. A média diária de financiamentos a exportadores por meio de ACC - Adiantamentos de
Contratos de Câmbio - caiu 51,3% nas duas primeiras semanas de outubro, na comparação com o resultado de setembro. Segundo os dados do BC, o volume de ACC no mês até o dia 10/10, ficou em US$ 116,24 milhões, inferior à média de US$ 238,84 milhões registrada em setembro. Na comparação com igual período de outubro de 2007, a queda na concessão desse tipo de empréstimo é de 45,2%, já que a média diária daquele período ficou em US$ 212 milhões.

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MATÉRIAL ESPECIAL

Turbulência adia fusões e aquisições de empresas
A restrição ao crédito continua fazendo com que as empresas revejam suas estratégias de negócios, principalmente no que diz respeito a fusões e aquisições. Ontem, a InBev anunciou que adiou os planos de captar US$ 9,8 bilhões, por meio de emissão de ações. O dinheiro seria usado na aquisição da cervejaria norte-americana Anheuser-Busch, avaliada em cerca de US$ 52 bilhões. O motivo foi a "volatilidade sem precedentes" dos mercados. Mesmo assim, a cervejaria pretende completar a compra. "Esperamos concluir a fusão das duas grandes companhias até o fim do ano, para criar a maior cervejaria do mundo", afirmou Carlos Brito, presidente da InBev, em comunicado. A Lojas Renner informou o adiamento da assembléia, na qual decidirá a compra da Leader Magazine. O negócio, de R$ 744 milhões, considerando-se ações e dívida, poderá não acontecer. Sem acordo Segundo a Renner, os gestores das duas companhias discutiram nos últimos dias, os termos e as condições da compra em função da "significativa deterioração e do agravamento do cenário econômico e financeiro mundial". A ata da reunião do conselho da Renner informa, no entanto, que "as negociações não chegaram a bom termo", e foi necessário mais tempo para análises atendendo a pedidos de acionistas. Duas semanas atrás, as fabricantes de papel e celulose VCP e Aracruz também postergaram a fusão que criaria a maior empresa do setor no mundo, em função de renegociações provocadas pelos prejuízos com operações cambiais. "Os negócios que dependem de grandes financiamentos, estão em compasso de espera", diz Alexandre Bertoldi, sócio-gestor do Pinheiro Neto, maior escritório de advocacia do país em número de fusões e aquisições. "Já os que são baseados em troca de ações, também foram suspensos por conta da volatilidade dos mercados." No caso das cervejarias, a InBev resolveu recorrer a um empréstimo-ponte que vence seis meses após a aquisição. Além disso, a empresa diz ter um consórcio de 19 bancos garantindo os US$ 45 bilhões restantes necessários à compra. Os maiores investidores institucionais também subscreverão US$ 1,6 bilhão em ações, quando a oferta for reaberta. Já um possível cancelamento da compra da Leader pela Renner foi bem-visto pelo mercado. "A aquisição, que antes já era cara, com o derretimento do mercado de ações é percebida como
excessiva", diz Renata Coutinho, analista do Santander. "Se houver desistência ou renegociação do preço, será positivo para a Renner." Dinheiro caro De acordo com Peter Ping Ho, analista da corretora Planner, na última divulgação dos termos do negócio, a Renner faria a compra com prestações que custavam 105% da taxa DI (taxa usada no mercado financeiro). "Mas certamente a taxa com que estão captando dinheiro, agora está muito maior do que essa", diz Ping Ho. Para ele, entretanto, a demora no fechamento da operação prejudica as expectativas de aproveitamento de sinergias. Num possível cenário de retração da economia no próximo ano, as margens das empresas poderão ser reduzidas. "Na verdade, com tamanha volatilidade, fica todo mundo com medo de fazer bobagem", diz Bertoldi. "Mas as empresas que tiverem com bom caixa, encontrarão muitas barganhas, inclusive na
Bolsa." Essa é uma das expectativas da consultoria KPMG, que divulgou ontem, seu ranking de fusões e aquisições no Brasil. Mesmo com a crise, o número de negócios no terceiro trimestre cresceu 16% em relação aos três meses anteriores. "As negociações que estavam para ser fechadas foram concluídas", afirma Luís Motta, sócio da KPMG responsável pela pesquisa. "Como o preço das aquisições é baseado nas expectativas futuras das empresas, o preço dos ativos tende a cair e continuar animando o mercado." (Folha Online)

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LOGÍSTICA & Infraestrutura

Porto de Suape completa 30 anos e planeja expansão
O Complexo Industrial Portuário de Suape completa 30 anos e vai comemorar a data hoje, dia 16/10, às 19h, no Museu do Estado de Pernambuco. O maior porto do Nordeste conta com 70 empresas instaladas ou em fase de implantação no Complexo Industrial, representando investimentos da ordem de US$ 1,7 bilhão. O Porto de Suape se prepara para receber um terminal para exportação de açúcar branco. O projeto tem como principal acionista a trading inglesa ED&F Man e receberá aporte de US$ 50 milhões. O terminal está na fase de licenciamento e engenharia e deverá entrar em operação em julho de 2010.Pernambuco é o segundo maior produtor de açúcar refinado do País e conta com vantagens logísticas em relação a São Paulo, que lidera o ranking de produção. No estado nordestino
são produzidos aproximadamente, 1,7 milhão de toneladas de açúcar, sendo que 800 mil toneladas são exportadas (500 mil toneladas de refinado). Apesar dos custos agrícolas maiores, as usinas do Nordeste contam com um valor de frete menor porque a distância das indústrias até os portos da região variam de 30 a 60 quilômetros. Já em São Paulo, considerando as usinas de Sertãozinho, grande pólo produtor, a distância mínima até o Porto de Santos é de 350 quilômetros.O terminal de açúcar será construído em parceria com um pool de usinas pernambucanas e a belga Manuport. A ED&F Man terá de 51% do capital. A capacidade de armazenagem será de 120 mil toneladas. A movimentação de carga deve ficar entre 800 mil e 1 milhão de toneladas por ano. Com calado (profundidade para navegação) favorável, o porto recebe navios de grande porte. O porto está próximo do norte da África. Os principais clientes da trading estão na África, no Oriente Médio e no Leste Europeu. Com sede em Londres, a empresa também opera com café, cacau, açúcar, álcool e atua na área de logística. Para carregar açúcar, navios usarão tecnologia Bibo (Bulk-in, bags-out), que permite o ensacamento do produto a bordo.

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MERCADO DE TI & Telecomunicações

Intel eleva lucro no trimestre
Termômetro do setor tecnológico, a Intel divulgou crescimento de 12% no lucro do terceiro trimestre e alertou que a demanda do atual período é incerta. A maior fabricante de chip para computadores afirmou na terça-feira, 14/10, que espera que a receita do quarto trimestre cresça para algo entre US$ 10,1 bilhões e US$ 10,9 bilhões. Analistas esperavam por receitas entre US$ 10,4 bilhões e US$ 11,18 bilhões. O lucro líquido do terceiro trimestre subiu para US$ 2,01 bilhões, ou US$ 0,35 por ações, frente aos US$ 1,86 bilhões, ou 0,31 dólar por ação, do mesmo trimestre no ano anterior. As receitas subiram 1%, para US$ 10,2 bilhões. "À medida que nós olhamos para o quarto trimestre, é difícil saber qual o impacto da crise financeira sobre a demanda do consumidor final", afirmou o presidente executivo Paul Otellini, em comunicado. (Reuters, de San Francisco/EUA)

GVT tem prejuízo de R$ 9,6 milhões no 3° trimestre de 2008
A GVT obteve receita líquida de 347,44 milhões de reais no terceiro trimestre de 2008. O resultado é 34,1% melhor do que o registrado no mesmo trimestre do ano passado. Mesmo com o crescimento em faturamento, a operadora teve prejuízo líquido de 9,6 milhões de reais, contra um lucro de 41,2 milhões de reais registrados no ano passado. Segundo a companhia, o resultado negativo se deve, principalmente, a perdas relacionadas com a alta do dólar. O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou em 132 milhões de reais, com margem de 38%, alta de 42,1% em comparação ao mesmo período de 2007. As adições líquidas alcançaram mais de 200 mil linhas no período, alta de 166,4%, em comparação ao terceiro trimestre do ano passado, e 22,7% ante o segundo trimestre de 2008. Ao todo, a operadora possui, agora, 84,85 mil linhas de voz, 50,33 mil conexões de banda larga e 69,28 mil conexões de dados corporativas. Os serviços de telefonia local tiveram faturamento de 171,8 milhões de reais no trimestre, alta de 27% ante o ano passado. As ligações de longa distância totalizaram 47 milhões de reais de receita, alta de 33,7% em comparação ao mesmo período de 2007. A receita obtida com os serviços corporativos chegou a 31 milhões de reais, contra 12 milhões de reais no mesmo período do ano passado, crescimento de 159%. As linhas
de banda larga faturaram 57,3 milhões de reais, alta de 63,1%, e os serviços de VoIP cresceram 18,7% em receita, chegando a 8,6 milhões de reais.

Anatel: total de celulares no País alcança 140,7 milhões
As vendas de celulares em setembro superaram 2,36 milhões de aparelhos, segundo dados preliminares divulgados ontem, pela Anatel - Agência Nacional de Telecomunicações. O número total de celulares no País chegou a 140,7 milhões em setembro, contra 138,3 milhões do mês anterior, o que representa um crescimento, no período, de 1,7% do mercado brasileiro de telefonia móvel. As vendas de setembro ficaram um pouco abaixo das registradas em agosto, que foram de 3 milhões de celulares. O mês anterior, no entanto, havia sido o melhor do ano em número de novos assinantes, principalmente por causa do Dia dos Pais. Desde o início do ano foram vendidos cerca de 20 milhões de celulares. Se as vendas continuarem no mesmo ritmo, o setor deverá fechar o ano de 2008 próximo a 150 milhões de celulares. Os números definitivos, com crescimento do mercado por operador e por Estado, deverão ser detalhados pela Anatel nos próximos dias.

Brasil Telecom tem lucro de R$ 164 milhões no 3º trimestre
A Brasil Telecom Participações registrou um lucro líquido de R$ 164,1 milhões no terceiro trimestre de 2008, valor 9,2% maior que no mesmo trimestre de 2007. Em balanço consolidado divulgado ontem, a empresa mostra que sua receita líquida atingiu R$ 2.841 bilhões no trimestre, representando 3,4% de acréscimo. A geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciações e amortizações), atingiu R$ 952,5 milhões, o que traduz 1,8% de baixa sobre a rubrica de julho a setembro de 2007. O resultado financeiro da Brasil Telecom ficou no vermelho em R$ 59,9 milhões, ante cifra também negativa de R$ 18,5 milhões no terceiro trimestre do ano passado. O desempenho deve-se, basicamente, à variação cambial sobre empréstimos e financiamentos líquidos das operações de proteção cambial no montante de, aproximadamente, R$ 57,8 milhões. De janeiro a setembro desse ano, a Brasil Telecom acumula um lucro líquido R$ 666,9 milhões, o que traduz um avanço de 43,2% sobre igual intervalo de 2007.

Porto Alegre é sede do maior evento do setor de TI
A Assespre-RS - Associação das Empresas Brasileira de Tecnologia, Software e Internet - promove hoje, às 8h30 a abertura do XXIII Encontro Nacional das Empresas de Software e Serviços de Informática, o ENESI, que ocorre até dia 17/10, e será sediado esse ano, em Porto Alegre/RS, no Centro de Eventos do Hotel Plaza São Rafael, localizado na avenida Alberto Bins, 514. Autoridades do setor das esferas federal, estadual e municipal estarão presentes no ato de início do Evento que deve reunir cerca de 400 participantes em seus dois dias de realização. Além de palestras e debates, tendências para negociações e abertura de novos rumos na TI - Tecnologia da Informação - no Brasil e Mercosul, o XXIII ENESI terá, ainda, na quinta-feira, às 20h, Jantar de Confraternização com premiação aos destaques do ano no setor de TI, também no Hotel.
Premiação - Durante o jantar que oficializa o início do Encontro às 20h, haverá a entrega do Prêmio Assespro, dividido em 11 categorias e são agraciados dessa: Destaque Político de TI, Personalidade de TI, Personalidade do Ano, Empresa de TI, Qualidade 2008, Jornalista destaque, Jornalismo Digital, PGQP, Entidades Parceiras, Cliente Destaque,Fornecedor Destaque e Destaque Acadêmico.
Palestras – O encontro conta com a presença de nomes importantes em TI que explanarão os rumos do setor. Entre os convidados estão o ex-governador do Estado, Germano Rigotto; o Pró-reitor de pesquisa e pós-graduação da PUC-RS, Jorge Luis Nicolas Audy; o diretor-presidente da Advance Marketing, Dagoberto Hajjar; o diretor regional do Corum Group International, Thomas Eggers; o executivo de tecnologias IBM, Maurício da Conceição; o arquiteto de sistemas da Fórum Acess Igor, Abade Leite; o vice-reitor da PUCRS, Irmão Evilázio Teixeira; o consultor-chefe da Mondo Strategies, Ernani Ferrari; o diretor do departamento de serviços de redes da Secretária de Logísitca e TI do Ministério do Plajenamento, Antonio Carlos Alff; o gestor da Apex, André Limp; o vice-presidente Executivo da TOTVS, José Rogério Luiz; a sócia-diretora da Gomes & Takeda, Beatriz Santos Gomes; além dos jornalistas Patrícia Knebel (Jornal do Comércio), Gláucia Civa (Baguete Diário) e Eugênio Esber (Revista Amanhã) que debaterão o tema “Mídia em TI”. Fórum - Está marcado para o dia 17/10, às 15h10min, discussão sobre o Fórum de Competitividade, com a presença do Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior em exercício, Ivan João Guimarães Ramalho. Na pauta de debates serão explanados os temas "Expansão da TI na América Latina", "Mão-de-obra qualificada: cenários e soluções", "As vantagens e desvantagens do Outsourcing e Local e global".
CIO'S - Também dia 17/10, a partir das 14h40min, a Assespro-RS em parceria com a SUCESU-RS -
Sociedade dos Usuários de Informática e Telecomunicações - Regional do Rio grande do Sul - , dará início o Fórum de CIO's (Chief Information Officer). O evento terá como tema "Aquisição de Software - Qualidade e Parceria" e será ministrado por Magda Targa (CIO Unimed), Ricardo de Rose (CIO Epcos) e Eduardo Henrique Pereira de Arruda (CIO TJ-RS).
Enesi 2008 - Organizado pela Assespro-RS, o XXIII ENESI, esse ano será na capital gaúcha, nos dias 16 e 17 de outubro, no Centro de Eventos do Plaza São Rafael. Com palestras e debates divididos em dois dias, o ENESI tem como objetivo pautar o tema Lucratividade & Mercados de forma ampla, discutindo as tendências para negociações e abertura de novos rumos na TI no Brasil e Mercosul. Informações e programação completa pelo site
www.enesi2008.com.br
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ANÁLISE SETORIAL

Para IBGE o varejo já mostrava cautela com crédito em agosto
O aumento dos juros no varejo afetou as vendas do setor em agosto, segundo o técnico da coordenação de comércio e serviços do IBGE, Nilo Lopes. De acordo com sua avaliação, ainda que tenha mantido o patamar de expansão das vendas em nível elevado em agosto, o varejo nacional mostrou desaceleração dos resultados na maior parte das atividades pesquisadas. O motivo, segundo ele, é uma cautela maior das empresas em conceder financiamento aos consumidores, já na iminência da crise financeira internacional que se agravou em setembro. "Acredito que os agentes econômicos já vinham se preparando para essa crise, houve uma antecipação de expectativas, era uma crise anunciada. Assim, houve uma certa precaução, que se refletiu no aumento dos juros para pessoa física e em maior seletividade para concessão de crédito", observou Lopes. Das 10 atividades pesquisadas pelo IBGE, sete desaceleraram o crescimento em agosto na comparação com o mês anterior e oito mostraram perda de ritmo em relação a igual mês do ano passado. "Com alguma restrição na concessão de crédito, as atividades mais vinculadas ao crédito, como material de construção, eletrodomésticos e automóveis sofrem impactos imediatos", disse Lopes. As vendas de móveis e eletrodomésticos aumentaram 1,0% em agosto, ante mês anterior e 13,1%, ante igual mês do ano passado. Em julho, os resultados para essa atividade haviam sido, respectivamente, de 1,3% e 19,7%. No caso de material de construção, a variação nas vendas passou, ante o mês anterior, de
1,1% em agosto para -1,6% em setembro e, ante igual mês do ano passado, de 19,3% para 2,4%.
As vendas de automóveis, por sua vez, passaram de uma variação, ante mês anterior, de 0,6% em julho para -3,7% em setembro e, ante igual mês do ano passado, de 24,8% para 2,9%. Segundo Lopes, além do aperto no crédito, esses segmentos foram afetados também, por uma "acomodação" em resultados muito fortes apurados em meses anteriores. Segundo dados do Banco Central relembrados por Lopes, para justificar a avaliação do impacto dos juros ao consumidor nas vendas no varejo, a taxa de juros anual para aquisição de bens, exceto veículos, passou de 56,69% em junho para 57,89% em julho e 59,15% em agosto. No caso de veículos, passou de 31,09% em junho para 33,34% ao ano em agosto. No que diz respeito ao empréstimo pessoal, os juros passaram de 51,39% em junho para 54,49% ao ano em agosto. As vendas de hiper e supermercados reagiram em agosto e garantiram bons resultados para o comércio varejista no mês, apesar da desaceleração na expansão de várias atividades, segundo o técnico do IBGE. Do crescimento total de 9,8% nas vendas do varejo em agosto ante igual mês do ano anterior, 3,8 ponto, ou 38,5% do total, vieram do grupo de hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que responde por cerca de 40% da pesquisa e cujas vendas aumentaram 7,8% em agosto ante igual mês de 2007. Lopes avalia que essa atividade vinha sendo bastante afetada pelos aumentos nos preços dos alimentos e voltou a reagir com a deflação dos produtos alimentícios em agosto. Além disso, segundo ele, esse segmento é menos sensível ao crédito do que as demais atividades do varejo. Alta do dólar A disparada do dólar que ocorreu nas últimas semanas e colocou o câmbio em novo patamar (acima de R$ 2,00), afetará, a partir de setembro, sobretudo os resultados das atividades varejistas, que vêm sendo beneficiadas pela enxurrada de importações ou redução nos preços de matérias-primas, como equipamentos de informática, segundo Lopes. Além disso, os segmentos vinculados ao crédito, como automóveis e os eletrodomésticos, também devem ser prejudicados. "Os segmentos mais atrelados à renda não devem ser atingidos pela crise se a massa salarial prosseguir em crescimento, mas não resta dúvida que a restrição ao crédito a partir de setembro, e a alta do dólar, vão afetar alguns segmentos", disse Lopes. Ele acrescentou que "não há dúvida que haverá efeito (da crise) sobre o comércio, não posso
falar sobre o tamanho desse efeito, mas não há dúvida que a partir dos dados de setembro, eles virão".

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MERCADO ONLINE

Vendas pela internet devem crescer 35% nesse ano, diz consultoria
O faturamento do comércio eletrônico no Brasil deve fechar o ano com crescimento de 35% sobre 2007, aponta relatório divulgado nessa quarta-feira, 15/10, pela consultoria e-bit. De acordo com o levantamento, as vendas on-line devem atingir faturamento de R$ 8,5 bilhões. A consultoria afirma que o resultado no comércio eletrônico está relacionado ao aumento no número de consumidores, que cresceu 42% de janeiro de 2007 a junho de 2008. "Isso significa que as lojas virtuais conquistaram cerca de 3,5 milhões de novos compradores. Só no primeiro semestre desse ano, o faturamento foi de R$ 3,8 bilhões", afirma a e-bit. Atualmente, mais de 11,5 milhões de pessoas, segundo a consultoria, já experimentaram comprar algum tipo de produto pela internet. "As principais vantagens que atraem os consumidores ao mundo digital são as práticas de preços mais baixos, financiamento facilitado, frete grátis, facilidade de compra, além da praticidade em comparar preços de produtos." Outro ponto abordado pela e-bit para justificar o aumento das vendas pela internet trata da expansão das vendas de computadores no país. "Além da vantagem da compra direta, o comércio eletrônico está investindo cada vez mais em segurança na navegação, o que gera a confiança do consumidor", explicou o diretor comercial da e-bit Informação, Maurício Salvador. Ele afirma que as vendas on-line possibilitam que a cadeia produtiva de distribuição perca intermediários, diminuindo o custo do produto.

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MERCADO DE LUXO
Fale de Armani...
Está cada vez mais freqüente a parceria entre empresas de segmentos distintos, mas que buscam consumidores de mesmo perfil. Dentre estas parcerias a que mais tem dado resultado é são a de griffes da alta costura com empresas de telefonia celular. E a badalada griffe italiana Giorgio Armani não ficaria de fora, chamou a empresa de tecnologia Samsung novamente. As duas já haviam feito tanto sucesso quando lançaram um aparelho celular que decidiram se juntar novamente para desenvolverem m novo modelo, o Samsung Armani 2 Night Effect. O novo aparelho emite luzes coloridas, possui câmera fotográfica de 3,2 megapixel, rádio FM e vem com Bluetooth. Mas por enquanto os brasileiros terão que esperar um bom tempo, pois o modelo será lançado apenas na Europa, sem data prevista para vir ao Brasil. Preço do fricote: 300 euros. Os interessados em conhecer o aparelhinho podem acessar o site da fabricante:
www.armanisamsung.com. Mas aviso... o aparelho é bonito, mas nada de espetacular...

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EXPEDIENTE

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Revisão: Professora Lúcia Iná Sá d’Oliveira / + 55 51 9299.1274
Colaborador: Nilton Santolin / www.niltonsanolin.com.br

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