E-Press.biz Economia & Mercado | Edição 067 | Ano I

Kátya Desessards

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NOTÍCIAS


Mantega nega uso do FGTS para capitalizar pré-sal

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, negou, ontem, por meio da assessoria de imprensa, que o governo vá permitir o uso do FGTS - Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - para capitalizar a Petrobras. No domingo, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, confirmou, em entrevista à rádio CBN, uma possível abertura do FGTS para compras de ações da Petrobras, para investimento direto no pré-sal. "O presidente me pediu para desmentir a notícia do jornal Folha de São Paulo, que o governo estuda permitir o uso do FGTS para capitalizar a Petrobras na exploração do pré-sal", disse Mantega por meio de sua assessoria à Agência Estado. Segundo o ministro, ainda por meio de sua assessoria de
imprensa, em nenhum momento se cogitou a utilização do FGTS para capitalizar a Petrobras. O presidente Lula chegou a afirmar que o anúncio dessa informação foi irresponsável e abominável. Mas segundo fontes do próprio governo, ligados ao projeto do Pré-sal, há sim um projeto para que isso aconteça e que deve ser o caminho natural para fortalecer os investimentos no pré-sal.


Balança tem superávit de US$ 839 milhões na 3º semana

O saldo da balança comercial da terceira semana de setembro, dias 15 a 19, registrou um superávit de US$ 839 milhões. No período, as exportações somaram US$ 4,355 bilhões (média diária de US$ 871 milhões), e as importações totalizaram US$ 3,516 bilhões (média diária de US$ 703,2 milhões). Com o resultado, até a sexta-feira da semana passada, dia 19, o superávit acumulado no mês atingiu US$ 2,391 bilhões e, no ano, US$ 19,298 bilhões. O superávit da terceira semana de setembro é 102,6% maior que o apurado no mesmo período de 2007, quando atingiu US$ 414 milhões. Mas na comparação com a semana anterior, de 8 a 12 de setembro, quando o saldo foi de US$ 1,257 bilhão, o
superávit da terceira semana é 33,25% menor. Na comparação com setembro do ano passado, a média das exportações cresceu 25%, enquanto a média das importações aumentou 37,3%. O superávit no acumulado do ano, até a última exta-feira, é 34,67% menor que o acumulado em igual período de 2007, quando foi de US$ 29,541 bilhões. (Agência Estado)


Arrecadação recorde faz governo liberar mais R$ 5,1 bilhões do Orçamento

O governo liberou mais R$ 5,131 bilhões do Orçamento de 2008 para gastos com despesas discricionárias, não-obrigatórias, do Poder Executivo. Segundo o Ministério do Planejamento, o dinheiro vem de uma reavaliação de receitas e despesas feita após o fechamento do mês de agosto (fim do quarto bimestre). O principal responsável pela mudança é o recorde na arrecadação da Receita Federal. O governo estima arrecadar R$ 7,1 bilhões a mais com imposto e contribuições (exceto arrecadação da Previdência). A maior parte desse dinheiro virá da projeção de arrecadação extra de R$ 5,1 bilhões, com o Imposto sobre a Renda pessoa física e jurídica, coincidentemente, valor igual ao liberado ontem pelo governo. Haverá também, R$ 846 milhões de Imposto de Importações, R$ 476 milhões de IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados - e R$ 446 milhões de IOF - Imposto sobre Operações Financeiras. Considerando a queda em outras fontes de arrecadação, o governo espera obter receitas de R$ 6,242 bilhões, dos quais R$ 371 milhões irão para Estados e municípios. Descontado ainda, o aumento de R$ 737 milhões projetado para as despesas obrigatórias, ainda sobrará R$ 5,131 bilhões para os gastos do Poder Executivo. Para a redução de outras fontes, pesou a queda de R$ 2,065 bilhões nas receitas da chamada Cota-Parte de Compensações Financeiras, onde entram também os royalties do petróleo. A redução na projeção dessa receita se deve à queda na previsão do preço médio do barril, de US$ 125,28 para US$ 114,17. Segundo o governo, em relação às despesas, houve acréscimo de apenas R$ 738 milhões na reavaliação. Houve também, um aumento de R$ 2,4 milhões na previsão para o déficit do INSS. A projeção da receita foi aumentada em mais R$ 1,6 bilhão, mas as despesas também sofreram acréscimo no mesmo valor. "A avaliação de receitas e despesas primárias do 4º bimestre, em cumprimento ao artigo 9º da Lei de Responsabilidade Fiscal, indica a possibilidade de ampliação de R$ 5,1 bilhões nas despesas discricionárias do Poder Executivo para o corrente ano", diz o Planejamento em nota. Em abril desse ano, o governo realizou um contingenciamento de R$ 19,4 bilhões no Orçamento. Dois meses depois, liberou gastos de R$ 4,6 bilhões. Na avaliação do terceiro bimestre, o governo informou redução de gastos e aumento de receitas de R$ 15,4 bilhões, sendo que R$ 14,2 bilhões seriam destinados ao Fundo Soberano do Ministério da Fazenda. Nessa nova avaliação, foram mantidas as previsões econômicas feitas no relatório anterior: crescimento real do PIB - Produto Interno Bruto - de 5%, inflação de 6,4% para o IPCA, e taxa de câmbio média de R$ 1,66.


Crise financeira já custou US$ 15 bi à Rússia

A crise financeira mundial já custou US$ 15 bilhões à Rússia devido à fuga de capitais e ainda pode elevar a inflação em um ou dois pontos, declarou nesse domingo, 21/9, o ministro russo das Finanças, Alexei Kudrin. "Ainda não temos os números precisos, mas, a fuga de capitais, representa algo entre US$ 10 bilhões e US$ 15 bilhões", declarou o ministro. Diante dessa situação, a inflação poderá passar de 1% a 2% acima das previsões. A situação só deve se normalizar em um ano, estimou Kudrin. Na quinta-feira, 18/9,, o banco central russo informou que as reservas internacionais da Rússia tinham caído em US$ 13,3 bilhões, passando de US$ 573,6 bilhões em 5 de setembro, para US$ 560,3 bilhões, em apenas sete dias. (France Presse)

Petróleo bate recorde de valorização em um dia, ao chegar a US$ 130 em NY

O preço do petróleo disparou ontem, dia 22/9, atingindo o patamar de US$ 130, depois de fechar em US$ 104, na sexta-feira, 19/9. Foi a maior valorização para um único dia já registrada na história das negociações da commodity na Nymex. Às 15h22min (horário em Brasília), o barril do petróleo cru, para entrega em outubro (cujos contratos expiraram ontem), negociado na Nymex, estava cotado a US$ 130, em alta de 24,34%. O preço mínimo atingido ontem foi US$ 103,35. O contrato para o barril para entrega em novembro (próxima referência na Nymex) estava cotado a US$ 109,96 no horário. No dia 11 de julho, o barril atingiu a marca recorde de US$ 147,27, ainda não superada.


Alemanha se recusa a participar de plano de ajuda financeira dos EUA

O governo da Alemanha rejeitou ontem a idéia de participar do plano de resgate financeiro que o governo dos EUA prepara para salvar as instituições financeiras americanas. "Para nós, existem diferenças em responsabilidades e efeitos", disse o porta-voz do governo alemão, Ulrich Wilhelm, após a reunião do conselho de ministros do país. Do ponto de vista do governo alemão, "não será necessária uma medida como a adotada nos EUA" para a Alemanha, disse Wilhelm. Fontes do Ministério de Finanças alemão destacaram que Washington, não pediu aos europeus que tomem
medidas. Desde o surgimento da crise financeira, a chanceler alemã, Angela Merkel, vem destacando suas advertências sobre a necessidade de submeter os mercados financeiros a um estreito controle, para evitar uma crise como a atual. Merkel insistiu em ressaltar que, já durante a presidência alemã do G8 (grupo dos sete países mais desenvolvidos e a Rússia) e a cúpula de chefes de Estado no balneário de Heiligendamm, em junho de 2007, advertiu sobre o perigo de uma grave crise se continuasse se permitindo as especulações financeiras nos mercados internacionais. No domingo, o secretário do Tesouro dos EUA, Henry Paulson, disse que pedirá a colegas de outros países que elaborem planos para comprar os ativos podres das instituições financeiras em problemas que estiverem em situação de crise. "Vou pedir a nossos colegas de todo o mundo, que concebam programas similares para seus bancos e entidades [financeiras] quando for oportuno", disse Paulson à rede de TV Fox. "Lembrem que vivemos em um sistema mundial." O governo norte-americano submeteu nesse fim de semana, à análise do Congresso um plano de resgate que inclui um pacote de até US$ 700 bilhões para comprar ativos podres dos bancos e reabilitar o sistema financeiro, que atravessa uma crise. Paulson não descartou a retomada de ativos em poder de uma filial norte-americana de uma firma financeira
estrangeira. "Para os americanos, se uma instituição que faz negócios aqui está asfixiada e não pode desempenhar seu papel necessário, trata-se de uma distinção sem preocupação de saber se é [uma empresa] norte-americana ou pertencente a estrangeiros", disse. O texto do projeto, no entanto, define que a compra de títulos lastreados em hipotecas, seria feita apenas de instituições financeiras com sede nos EUA. (Efe, de Washington e France Presse, de Frankurt)


Meirelles elogia ação dos EUA, mas diz que ela custará muito caro

As ações do governo americano, em especial do Fed - Federal Reserve, para amenizar a crise financeira dos EUA, atingirão o bolso dos americanos, mas é bem elaborada. A avaliação foi feita ontem pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, durante palestra realizada no fórum de debates político e empresarial realizado na capital paulista pela ADVB/SP - Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil. "A iniciativa é dispendiosa para o contribuinte, mas bem pensada, audaciosa. O caminho é adequado, esperamos que seja bem-sucedido", analisou. Para Meirelles, a compra de ativos para estabilizar os preços dos ativos e retirar do balanço dos bancos os dados
negativos, é uma ação positiva, segundo Meirelles. "Isso não vai evitar prejuízos, mas, pelo menos, estabiliza o sistema", disse. Segundo ele, ainda é prematuro fazer qualquer previsão definitiva a respeito do rumo da crise atual. O melhor a fazer após a turbulência, segundo o presidente do BC, é aperfeiçoar o sistema. "O que se deve fazer é tomar medidas prudenciais após a crise para evitar um novo problema como esse no futuro", avaliou. Meirelles destacou que o Brasil tem hoje melhores condições de passar por um estresse internacional, do que no passado. Contribuíram para a melhora do quadro, segundo ele, a eliminação da dívida externa e da crise cambial doméstica. Meirelles lembrou que crises de confiança como a de agora, seja em economias centrais ou mesmo do Brasil, geram
pressão sobre a taxa de câmbio. No passado, quando o dólar subia, a dívida aumentava, elevando a desconfiança. "Esse movimento circular levava à piora da situação" concluiu. Agora, a situação é diferente, de acordo com Meirelles. Há crise de confiança, o dólar está em alta e como o Brasil é credor líquido e não tem mais parcela da dívida dolarizada, ela cai. "Esse é um critério de defesa contra a crise externa. Em vez de o ciclo ser vicioso, ele é virtuoso", comentou. O presidente do BC ressaltou que, além disso, a dívida líquida do setor público tem caído em relação ao PIB - Produto Interno Bruto - e que, portanto, o endividamento do governo está mais baixo. "O País tomou partido do bom período dos últimos anos, disse, referindo-se ao acúmulo de reservas internacionais que hoje já ultrapassam a marca dos US$ 200 bilhões. Outro fator que torna o Brasil mais sólido, é o comprometimento do Banco Central com a meta da inflação. Essa estabilidade, explicou o presidente do BC, fez aumentar os investimentos no Brasil, principalmente os que não são de curto prazo. Meirelles admitiu que apesar dessa situação mais favorável hoje, a crise causa impacto. "Crise afeta a todos, não é boa para ninguém. O mais importante é que estejamos saudáveis para enfrentá-la", disse. Meirelles aproveitou o discurso para enfatizar os recentes números positivos da economia. Ele contou que o risco Brasil não tem subido tanto quanto o de outros países, em meio a um momento de
aversão a riscos. Disse que o crescimento do PIB, em quatro trimestres até junho, está em 6%, o que é "altíssimo" para padrões históricos brasileiros. Para ele, mesmo com a perspectiva de desaceleração da economia mundial nos próximos anos, a volatilidade dos números brasileiros é menor porque a economia está mais resistente.


Reino Unido anuncia projeto para reforma do sistema bancário

O ministro das Finanças do Reino Unido, Alistair Darling, anunciou nessa segunda-feira, que o governo apresentará um projeto de lei para reformar o sistema bancário daqui a 15 dias, em discurso no Congresso do Partido Trabalhista, em Manchester (noroeste). Darling indicou que o projeto de lei tentará "fortalecer a supervisão do sistema bancário, facilitando a intervenção caso algum banco enfrente dificuldades", e concedendo novos poderes aos reguladores. O ministro prometeu ainda, enfrentar as fragilidades do sistema financeiro. "Prometo que cada vez que descobrirmos fragilidades no sistema financeiro, sejam elas ligadas aos poderes do governo, ao Banco da Inglaterra ou à FSA
[autoridade do mercado financeiro britânico], adotarei medidas para remediá-las", destacou. No início desse mês, o governo britânico já havia anunciado um pacote de medidas, dessa vez para o mercado imobiliário, que inclui investimentos e cortes de impostos. O premiê britânico, Gordon Brown, anunciou o plano de oferecer 1 bilhão de libras para financiar as compras de imóveis, devido à escassez de crédito no mercado, causada pela crise das hipotecas "subprime" (de maior risco) nos EUA. (France Presse)

Petrobras encerrará exploração de campo no Equador
O governo equatoriano e a Petrobras concordaram em encerrar o contrato para o Bloco 31, que será transferido para o Estado, informou o presidente do Equador, Rafael Corrêa. "Outra boa notícia para os equatorianos... Após duras negociações com a Petrobras, e embora tenha US$ 200 milhões em investimentos, nós conseguimos que a empresa transferisse o Bloco 31 para o Equador. O Bloco 31 é agora dos equatorianos, novamente. Está nas mãos da Petroecuador", disse Corrêa, durante comentário semanal, sem dar mais detalhes. O Bloco 31 tem 200 mil hectares, uma parte dentro do Parque Nacional Yasuní, que a Unesco declarou como uma reserva da biosfera mundial. A Petrobras não havia iniciado a produção no bloco. Fontes do governo disseram que a Petrobras concordou em transferir o Bloco 31, porque as mudanças no imposto sobre lucros inesperados tornaram o negócio não lucrativo. O governo anterior, de Alfredo Palacio, determinou que, quando o preço do petróleo subisse além dos custos operacionais, a fatia do governo, nesse excedente, seria de 50%. O atual governo, de Rafael Corrêa, elevou esse percentual para 99%. O ministro de Minas e Petróleo do Equador, Galo Chiriboga, disse que a Petrobras continuará negociando mudanças para seu contrato do Bloco 18, embora no mês passado, o ministro tenha dito que a petrolífera brasileira havia concordado
em mudar imediatamente seu contrato de participação atual. "As negociações para o Bloco 18 estão avançando. Eu acho que conseguiremos chegar a um acordo em breve para introduzir algumas mudanças ao contrato de participação para melhorar os benefícios para o Estado e, em um ano, alterar o contrato para um dos serviços", disse Chiriboga. A Petrobras atualmente produz cerca de 32 mil barris de petróleo por dia no Bloco 18, mas tem de entregar 51% desse montante para o Equador.
(Informações da Dow Jones)


Globosat e Record negociam dividir eventos olímpicos

A Rede Record e canais Globosat realmente engataram um namoro. Mas casar, casar mesmo, só em abril. É fato que os canais de esporte da Globosat estão interessados em transmitir os Jogos de Inverno de Vancouver (2010), o Pan da Cidade do México (2011) e da Olimpíada de Londres (2012), cujos direitos pertencem atualmente à Record. No entanto, esse acerto só poderá ser finalizado, se for no fim do primeiro trimestre de 2009, obedecendo a prazos estabelecidos pelo COI - Comitê Olímpico Internacional - para o encaixe de patrocinadores e anunciantes internacionais dos eventos. Mesmo tendo de obedecer a tal agenda olímpica, as conversas prosseguem. O diretor-geral da Globosat, Alberto Pecegueiro, mantém negociação com o diretor de Esportes da Record, Eduardo Zebini. Em um desses papos, o futebol - canais como o SporTV têm direitos de transmissão de vários campeonatos da modalidade - já apareceu como moeda da troca da Globosat, além de uma boa quantia em dinheiro, é claro. Já com a TV aberta do grupo, no caso, a Globo, não existe conversa. A Record não abre mão da exclusividade dos eventos nessa seara.

Com 68,8%, governo Lula tem avaliação histórica

A pesquisa CNT/Sensus, divulgada ontem, mostra que a avaliação positiva ao governo Lula subiu de 57,5% em abril, quando foi divulgada a última pesquisa, para 68,8% em setembro. Esse é o melhor resultado da série histórica da Sensus, iniciada em julho de 1998. A avaliação regular do governo caiu de 29,6% para 23,2%, enquanto a avaliação negativa teve uma redução de 11,3% para 6,8%. O levantamento mostra também, que a avaliação pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou ao patamar do primeiro ano de governo, em 2003. Entre os entrevistados, 77,7% aprovam o presidente, contra 69,3% em abril de 2008. A desaprovação do presidente Lula caiu de 26,1% em abril para 16,6% em setembro. A pesquisa revela ainda, que 61,5% dos entrevistados acham que a qualidade de vida melhorou nos últimos quatro anos, enquanto 11,6% consideram que houve uma piora, e 25,8% acham que está igual. Segundo o diretor da Sensus, Ricardo Guedes, a avaliação sobre a qualidade de vida é um bom referencial sobre a possibilidade de o presidente Lula fazer seu sucessor. Segundo ele, esse indicador é utilizado nas eleições dos EUA, e mostra que candidatos com índice acima de 50% tendem a fazer seu sucessor.


Mitsubishi pode comprar até 20% do Morgan Stanley

A instituição financeira japonesa Mitsubishi UFJ Financial Group concordou, ontem, em comprar uma fatia de 10% a 20% do Morgan Stanley, com o objetivo de firmar uma parceria estratégica com o banco de investimentos norte-americano. O preço por ação que o Mitsubishi irá pagar será decidido depois de uma análise e avaliação detalhada de informações e documentos da instituição americana (due diligence), e será baseada no valor contábil do Morgan. Em entrevista coletiva em Tóquio, representantes do Mitsubishi disseram que seu investimento máximo no Morgan será de 900 bilhões
de ienes (US$ 8,4 bilhões). O grupo japonês também vai estudar a possibilidade de ter ao menos um diretor no conselho do Morgan. (Informações da Dow Jones)


Renda média no Centro-Oeste é a maior do País

Os brasileiros que vivem no Centro-Oeste ganham mais, em média, do que os habitantes do Sudeste. Os dados são da mais recente edição da Pnad, do IBGE. Os ganhos, no entanto, não foram bem distribuídos pela população. A região Centro-Oeste foi a única onde a concentração de renda aumentou entre 2006 e 2007. A renda média da população do Centro-Oeste aumentou 7,96% no ano passado, alcançando R$ 1.139 por mês. Em 2006, a renda era de R$ 1.055. Os valores já descontam a inflação do período e foram todos corrigidos pelo INPC de setembro de 2007, quando o IBGE realizou a pesquisa. A explicação para o desempenho do Centro-Oeste está no crescimento do emprego no setor agrícola e na máquina pública. No Sudeste também houve aumento dos ganhos no período, mas em ritmo menor e com melhor distribuição de renda. A renda média nessa região passou de R$ 1.077 para R$ 1.098, um crescimento de apenas 1,95%. Ambas as regiões estão bem acima da média nacional, de R$ 955 no ano passado e R$ 926 em 2006 (alta de 3,13%). O Nordeste continua sendo a área mais pobre do país, com renda de R$ 606 (aumento de 2,36%). No Norte, a renda é de R$ 784 (expansão de 5,8%); e no Sul, é de R$ 1.064 (subiu 3,7%). Os dados se referem à média de ganhos de brasileiros que têm renda por meio do trabalho atual, excluindo aposentados e pensionistas.


Mapa aplicará R$ 100 milhões no setor florestal até o final do ano

Desse montante, o Mapa - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - contribuiu com R$ 52 milhões, por meio do Propflora - Programa de Plantio Comercial e Recuperação de Florestas. De janeiro a agosto de 2008, já foram desembolsados pelo Mapa R$ 43 milhões e a estimativa, até o fim do ano, é alcançar R$ 100 milhões. Além disso, está sendo elaborada proposta de financiamento privado ao setor e a criação de título emitido em favor de qualquer credor. De acordo com o coordenador-geral para Pecuária e Culturas Permanentes, da SPA/Mapa - Secretaria de Política Agrícola -, João Antônio Fagundes Salomão, o setor necessita de tratamento diferenciado, já que o ciclo da cultura florestal pode variar de cinco a 35 anos. “O ideal seria um título que atendesse a essas peculiaridades como, por exemplo, longo prazo para pagamento e liberação parcelada de crédito, fatores que facilitariam o cronograma de desembolso do produtor rural. Já debatemos o assunto na Câmara Setorial de Silvicultura e o próximo passo será a avaliação da proposta pela consultoria jurídica do Mapa e a elaboração de Projeto de Lei para apreciação do Congresso Nacional”, explicou. Em relação ao seguro rural, o número de adesões passou de 15, em 2007, para 100, em 2008. Desses, 70 são da região sudeste. Em 2008, os limites e percentuais de subvenção para o setor florestal será de 32 mil reais. Dados da Abraf - Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas - apontam que o Brasil
possui 5,5 milhões de hectares de florestas plantadas e gerou 4,3 milhões de áreas de preservação. Em 2007, o setor exportou US$ 6 bilhões e 4,5 milhões de empregos. Dia da árvore - Comemorado no domingo, 21/9. Sob o aspecto econômico, a árvore contribui com produtos como madeira, celulose, carvão, substâncias medicinais, óleos, essências, mel, frutos e flores. No que se refere aos benefícios ecológicos, estão: proteção do solo, rios e nascentes; preservação da vida silvestre e manutenção da qualidade de vida.


Vendas no Boticário crescem em ritmo forte

O agravamento da crise externa não tirou o sorriso do rosto de Artur Grynbaum, presidente da O Boticário. O faturamento cresceu 18% no primeiro semestre, com lucro, e o ritmo das vendas de produtos de beleza no país continua forte. O executivo, que assumiu o comando da empresa há sete meses, disse que a meta de faturar R$ 1 bilhão nesse ano, será cumprida. Em 2007, a receita foi de R$ 832 milhões. O encarecimento do crédito não o preocupa, mas isso não significa que os franqueados (são cerca de mil empresários operando 2,5 mil lojas no país) não recebam uma ajuda da direção da empresa. Grynbaum negociou, em 2007, um pacote de crédito no Banco do Nordeste para que um grupo de franqueados na região pudesse reformar suas lojas. Operações semelhantes também foram feitas com o Banco do Brasil e o Santander, o que ajudou a baratear o custo da remodelação de parte da rede no Sudeste e no Sul. Quando compram as mercadorias da matriz, os franqueados da O Boticário têm 45 dias para pagar o pedido e, dependendo do tipo de loja, pagam uma taxa que varia de 25% a 35% sobre o valor comprado.


Coca-Cola continua sendo marca mais valiosa do mundo

A Coca-Cola manteve o posto de marca mais valiosa do mundo, segundo o ranking anual elaborado pela consultoria Interbrand. Na relação de 2008, a IBM assumiu o segundo posto, ultrapassando a Microsoft. A GE ficou em quarto lugar, seguida pela Nokia. As marcas cujo valor mais cresceu nos últimos 12 meses foram Google (+43%), Apple (+24%), Amazon (+19%), Zara (+15%) e Nintendo (+13%). Das 20 marcas mais valiosas, somente uma, o Citi, teve queda no valor. Entre as empresas pela primeira vez no ranking das 100 maiores estão H&M (número 22), Thomson Reuters (44),
BlackBerry (73), Ferrari (93), Marriott (96), FedEx (99) e Visa (100). Grandes perdas de valor, como não poderia deixar de ser, aconteceram no setor financeiro: Merrill Lynch (-21%), Morgan Stanley (-16%) e Citi (-14%). Gap (-20%) e Ford (-12%), ambas com grandes problemas de posicionamento e gestão estratégica, também perderam muito valor no último ano.


Paranapanema vende negócios em mineração por R$ 850 milhões

A Paranapanema anunciou ontem, que assinou contrato de venda de 100% das ações detidas pela companhia na Mineração Taboca, e de uma cota do capital da empresa na Mamoré Mineração e Metalurgia (subsidiária da Taboca), para a Serra da Madeira Participações. A venda foi contratada por 850 milhões de reais, valor sujeito a ajustes, segundo comunicado enviado ao mercado. A Serra da Madeira Participações é indiretamente controlada pela Mineradora Minsur, principal produtora de estanho do Peru. "A conclusão e fechamento da venda está condicionada ao cumprimento
de determinadas condições precedentes, previstas no Contrato de Compra e Venda, dentre as quais uma reorganização envolvendo a transferência de determinados ativos de Taboca e Mamoré para a companhia...", afirmou a Paranapanema em um comunicado. A Taboca, cujas operações representam atualmente cerca de 5% da receita bruta consolidada da Paranapanema, possui e opera uma mina a céu aberto que produz minerais como estanho, nióbio, ferro e tântalo em Pitinga, localizada no Estado do Amazonas, a 250 quilômetros da cidade de Manaus. A Mamoré é proprietária de uma fundição em Pirapora do Bom Jesus, no Estado de São Paulo. Segundo a Paranapanema, "essa venda consiste em mais uma etapa do processo de reestruturação financeira e operacional da companhia, que previa a alienação de ativos para a redução do endividamento não-operacional." (Reuters)


P&G parte para novos mercados no Brasil

Para o egípcio Tarek Farahat, presidente da Procter & Gamble no Brasil, não há país melhor para trabalhar. “O brasileiro é o consumidor perfeito“, diz. “Adora tomar banho, adora novidade, adora ver anúncio e escova os dentes três vezes por dia.” De olho nessas características, Farahat traçou o plano de crescimento da maior empresa de bens de consumo do mundo no Brasil: explorar novos mercados. Um bom exemplo é o recém-lançado detergente líquido para roupas Ariel LíquidoMax. Em um mercado no qual o sabão em pó está presente em 99,5% dos lares, de todas as classes sociais, a P&G não viu outra saída para crescer a não ser lançar a versão líquida do produto, pelo mesmo preço e com rendimento igual ao do pó. Resta, agora, o desafio de criar um novo hábito de consumo. A P&G também pretende ampliar o mercado de produtos de cuidados pessoais para homens. Dos R$ 22,23 bilhões que o setor de higiene e beleza movimentou em 2007, só R$ 1,79 bilhão são produtos masculinos, ou 8,05% do total. Desde o ano passado, a P&G vem ampliando os itens para o público masculino: lançou os produtos de preparo para barbear da marca Gillette, desodorantes em formatos diferentes (um deles lembra desodorantes em bastão, mas na verdade é gel), e ampliou a linha de artigos pós-barba. Outro mercado que interessa à P&G, é o de pilhas recarregáveis, com a marca
Duracell, que pertencia à Gillette, adquirida globalmente pela P&G em 2005. Até metade do semestre passado, boa parte do que havia no mercado nacional vinha do Paraguai, ou eram marcas falsificadas. Com o lançamento de Duracell recarregável, em um pacote com quatro unidades e um carregador com preço sugerido de R$ 20, a P&G pretende tomar espaço das pilhas piratas.


Habitasul é destaque na 5ª Pesquisa de Responsabilidade Social Empresarial

As ações desenvolvidas em Jurerê Internacional renderam, ao Grupo Habitasul, destaque na 5ª Pesquisa de Responsabilidade Social Empresarial da Região Sul, promovida pela Editora Expressão e Civitas Responsabilidade Social. A empresa será homenageada no congresso “Uma Década de Desenvolvimento Sustentável no Brasil”, que acontece dia 26 de setembro, na Federação das Indústrias do Estado do Paraná, no município de Arapongas. Destaque na categoria “Consumidores e Clientes”, um dos sete indicadores Ethos que compõem a pesquisa, Jurerê Internacional possui entre as atividades voltadas à área o “Projeto de Recuperação Ambiental”, dirigido à organização da atividade pesqueira, segurança e fluxo de acesso público à praia. “O resultado é mais conforto e qualidade de vida para os moradores e freqüentadores de Jurerê Internacional, além de conservar a fauna e flora da região”, afirma a coordenadora de sustentabilidade, Daniela Lemos. Além dessa, são realizadas ações de comunicação e educação ambiental, organização dos espaços de lazer e esporte, colocação de placas informativas e fiscalização de ambulantes, ações correspondentes ao Programa Nova Onda, desenvolvido em parceria com a Associação de Moradores e Prefeitura Municipal de Florianópolis.


Magazine Luiza deve pressionar margem de redes

O varejo paulista deve passar a registrar margens mais apertadas com a entrada de 50 lojas da Magazine Luiza, inauguradas ontem. Em busca dos cinco milhões de consumidores potenciais da Grande São Paulo, a rede parte para ganhar participação de mercado sobre a Casas Bahia, Ponto Frio, Carrefour e Extra nas vendas de eletroeletrônicos, informática e móveis. O maior atrativo para a investida é a ascensão do poder de compra da classe média. A superintendente do Magazine Luiza, Luiza Helena Trajano, diz que o Projeto São Paulo prevê aporte de cerca de R$ 150 milhões, para que a rede chegue em 2010 com pelo menos 120 lojas na região.

Alemanha premia tops da Salton

Salton Talento, Salton Desejo e Salton Volpi Pinot Noir. Os três vinhos inscritos pela Salton no concurso Mundus Vini, realizado na Alemanha, trouxeram prêmios para a vinícola de Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha. Os dois primeiros conquistaram Medalha de Ouro no evento, que nasceu em 2001, e já é considerada a maior competição de vinhos reconhecida oficialmente no mundo. O Salton Volpi Pinot Noir, por sua vez, ganhou Medalha de Prata. Promovido pela OIV - Organização Internacional da Vinha e do Vinho -, o objetivo do concurso é fomentar a qualidade e promover a comercialização dos vinhos participantes. Foram analisadas mais 5 mil amostras de 41 países, e apenas 30% delas receberam distinção dos 180 degustadores.

Pesquisa mapeia todo o setor de fornecimento da cadeia varejista

O varejo está cada vez mais atento aos desejos do público da classe C, que soma 44% da população brasileira e tem tido uma participação de 46% no total gasto pelos consumidores e tíquete médio 6% maior. A informação é da pesquisa da Abiesv - Associação Brasileira da Indústria de Equipamentos e Serviços para o Varejo. De acordo com a entidade, para atrair o público, a forma encontrada pelos lojistas é equipar seus estabelecimentos com o que há de mais moderno e funcional, acompanhando as tendências internacionais. A Abiesv revelou que 25% dos pesquisados estão operando com sua capacidade instalada de 80% a 89%. Outro dado interessante é que houve mais contratações. No total houve um incremento no número de funcionários em 40% dos entrevistados. Porém, a maioria respondeu que há falta de mão-de-obra qualificada e isso preocupa ainda mais por conta das vendas de Natal. Para a entidade, há um forte aquecimento em toda a cadeia produtiva de equipamentos e serviços que atende o varejo. Com relação ao faturamento, 40% dos entrevistados afirmaram ter sentido um aumento nesse período com relação a 2007. A Abiesv realizou a pesquisa durante o mês de junho.


CDL Caxias promove 2° Meeting de Relacionamento

Globalização, qualidade total, margens de comercialização e tecnologia da informação. Esses são alguns dos temas que farão parte do 2° Meeting de Relacionamento CDL & Associados, que será realizado pela CDL - Câmara de Dirigentes Lojistas - de Caxias do Sul – Gestora do Sistema SPC, e tem como principal objetivo levar conhecimento aos associados da entidade. Esse segundo encontro acontece a partir das 18h30min, do dia 24 de setembro, no Auditório do Sindilojas, no Palácio do Comércio. A palestra será ministrada pelo empresário, Especialista em Tecnologias da Informação e primeiro vice-presidente da CDL, Luiz Antonio Kuyava, que irá abordar o CRM - Customer Relationship
Management -, ou Gestão de Relacionamento com Clientes. A programação inclui ainda networking, sorteio de brindes e coquetel de confraternização. O Meeting será realizado a cada dois meses até o final desse ano, sempre com a abordagem de um tema relevante para o comércio. O presidente da CDL, José Quadros dos Santos, destaca que esses encontros fazem parte da missão da CDL, de apoiar o desenvolvimento do comércio caxiense. “Esses eventos são uma oportunidade de aperfeiçoamento para os nossos associados. Além disso, a entidade quer aproveitar para se aproximar, cada vez mais, do seu público, afinal hoje já são mais de 3,7 mil associados.” O Meeting de Relacionamento tem o
patrocínio da Unimed e apoio Joalheria e Óptica Pioner, Sicredi, Boscato Vinhos Finos, Yang Modeladores e Giatel Telecomunicações.


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BASTIDOR


- Bahia é primeiro estado nordestino a receber lojas da bandeira (gaúcha) Maxxi Atacado do Walmart. O Vice-presidente do formato Atacado do Walmart Brasil, Marcelo Vienna, anuncia o funcionamento das primeiras unidades do Maxxi Atacado no Estado, localizadas na cidade de Lauro de Freitas e em Salvador ( Largo dos Mares). Para falar sobre a implantação dessas unidades e os planos do Grupo, receberá a imprensa no dia 24 de setembro, às 14h30min, na nova loja Maxxi Lauro de Freitas.


- Vale quer mercado do México. A Vale está interessada em comprar a mexicana Autlan, que é a companhia mineradora com maior reserva de manganês da América do Norte. A Autlan tem um valor de mercado avaliado em US$ 2 bilhões.


- ALL quer expandir mercado. A ALL – América Latina Logística – quer ampliar – até 2010 - em 563% no volume transportado de açúcar, álcool, produtos frigoríficos e siderúrgicos, com o objetivo de expandir sua abrangência geográfica.


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ÍNDICES ECONÔMICOS

(Informações da FGV e IBGE)


Mais crescimento e menos inflação, segundo pesquisa do BC

Os economistas ouvidos pelo Banco Central aumentaram novamente, a expectativa para o crescimento da economia nesse ano, e reduziram a previsão de inflação para 2008 e 2009. De acordo com a pesquisa semanal Focus, realizada pelo próprio BC, a expectativa para o crescimento do PIB - Produto Interno Bruto -, soma das riquezas produzidas, subiu de 5,01% para 5,17% em 2008. Para 2009, foi mantida a taxa de 3,6%. O número está dentro da previsão feita pelo governo, de crescer entre 5% e 5,5%, nesse ano, depois do avanço de 6% registrado no primeiro semestre de 2008.

IPCA - Em relação à inflação, a expectativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo, que serve como meta para o BC, caiu pela 8ª semana seguida, de 6,26% para 6,23%. A meta de inflação é de 4,5%, podendo chegar a 6,5% no intervalo de tolerância (teto da meta). A estimativa para a inflação, para os próximos 12 meses, também caiu, de 5,19% para 5,18%. Para 2009, a taxa recuou de 4,99% para 4,97%. A queda da inflação em 2009 para o centro da meta de 4,5%, é um dos principais motivos que tem levado o BC a aumentar os juros nesse ano.

Juros - Em relação à taxa básica de juros, foram mantidas as previsões feitas na pesquisa da semana passada para 2008. Os economistas prevêem agora, uma alta dos juros para 14,25% na reunião do fim de outubro e, para 14,75%, em dezembro (o Copom se reúne a cada 45 dias aproximadamente). Os juros só voltariam a cair no segundo semestre de 2009, para terminar o ano em 13,79% ao ano, acima da previsão de 13,75% ao ano, feita na semana passada. No começo do mês, o Copom - Comitê de Política Monetária do BC - aumentou os juros de 13% para 13,75% ao ano.

IGPs - Em relação a outros índices de inflação, não houve uma tendência definida. A expectativa do mercado para o IGP-DI - Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna - caiu de 10% para 9,77%%; o IGP-M - Índice Geral de Preços – Mercado - teve a previsão aumentada de 10,20% para 10,23%. Para o IPC - Índice de Preços ao Consumidor - da Fipe - Fundação Instituto de Pesquisas Econômica -, passou de 6,41% para 6,43%. Para 2009, a previsão para o IGP-DI subiu de 5,20 % para 5,26%. A do IGP-M caiu de 5,40% para 5,35%. Para o IPC-Fipe, ficou em 4,70%.

Outros indicadores - Ainda segundo a pesquisa Focus, houve alta nas previsões para o dólar de R$ 1,65 para R$ 1,70 no final desse ano, e de R$ 1,75 para R$ 1,77 em dezembro de 2009. A estimativa para o saldo da balança comercial em 2008 subiu de US$ 23,60 bilhões para US$ 23,73 bilhões. Para 2009, ficou em US$ 13 bilhões. A expectativa para o déficit em conta corrente nesse ano caiu de US$ 28 bilhões para US$ 27,85 bilhões. Para 2009, subiu de US$ 34 bilhões para US$ 34,4 bilhões. Subiram as expectativas de investimentos estrangeiros diretos de US$ 34,6 bilhões para US$ 35 bilhões em 2008. Para 2009, ficou em US$ 30,37 bilhões. A previsão para a relação dívida/PIB nesse ano
passou de 40,55% para 40,51%. Para 2009, foi de 39,10% para 39,20%.


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MERCADOS: Ações, Commotidies & Futuros

(Informações da Dow Jones, Bovespa e Reuters)

Bovespa fecha dia em queda de 2,86%, aos 51.540 pontos

O Ibovespa acompanhou o desempenho negativo em Wall Street e fechou em forte queda de 2,86% aos 51 mil 540 pontos. Ontem, as ações da Petrobras chegaram a puxar o índice para o campo positivo, com a disparada do petróleo, mas a alta não se sustentou até o fim dos negócios. O giro financeiro ficou em R$ 5,260 bilhões. Os papéis das Lojas Renner despencaram 11,15%, na maior queda do dia. Na outra ponta, os ativos da Souza Cruz subiram 4,88%.


Índices Dow Jones e Nasdaq fecham em desvalorização

Os principais índices da Bolsa dos Estados Unidos encerraram o pregão em forte baixa. Os investidores estão cautelosos sobre a eficácia do plano econômico do governo americano, que destinará US$ 700 bilhões para socorrer o setor bancário.O Dow Jones fechou com forte desvalorização de 3,27% e o índice Nasdaq, das ações de tecnologia, teve recuo de 4,17%.

Bolsas da Europa terminam o dia em baixa

As principais bolsas européias iniciaram a semana em baixa, pressionadas por incertezas sobre o plano de auxílio ao mercado financeiro elaborado pelos EUA. Em uma sessão de volumes pequenos, o foco europeu foi amplamente dirigido aos papéis de bancos e de instituições financeiras, em meio à nova configuração do Morgan Stanley e do Goldman Sachs, em Wall Street. Os dois bancos de investimentos serão transformados em holdings bancárias, o que permitirá às empresas acessar permanentemente a janela de redesconto do FED - Federal Reserve -, e facilitar o acesso à fonte de recursos estáveis. No entanto, a mudança colocará ambas as instituições sob a supervisão dos reguladores bancários dos EUA, e não somente sob a fiscalização da SEC - Securities and Exchange Comission – ( a reguladora do mercado americano de capitais). Frances Ellison, estrategista de investimentos da Threadneedle, disse que "definitivamente ainda não estamos fora de perigo. A situação no longo prazo consiste na desalavancagem de bancos e instituições financeiras para reduzir o tamanho dos balanços, o que deve pressionar os retornos de capital e gerar mais baixas contábeis, sem dúvida".

- O índice FTSE 100, da Bolsa de Londres, encerrou em queda de 1,41%, a 5.236,2 pontos. Os papéis de companhias financeiras encerraram predominantemente em queda. O HBOS caiu 6,07% e o HSBC recuou 5,76%, enquanto o Royal Bank of Scotland avançou 1,17%.

- Em Paris, o índice CAC-40 fechou em baixa de 2,34%, para 4.223,51 pontos, com ações de indústrias pesadas e orientadas ao mercado lideraram as perdas. A ArcelorMittal, no entanto, subiu 2,85%, recuperando-se de vendas recentes. O Carrefour perdeu 5,59%.

- Em Frankfurt, o índice DAX terminou em baixa de 1,32%, cotado a 6.107,75 pontos. O declínio no DAX reflete, além do retrocesso no mercado de ações dos EUA, "uma normalização" em direção aos níveis que precederam o avanço da última sexta-feira, dia 19/9 - quando o índice subiu 5,56%. As ações ordinárias da Volkswagen avançaram 7,63%, enquanto as preferenciais recuaram 3,9%.

- O índice IBEX-35, em Madri, fechou em queda de 1,98%, para 11.328,5 pontos. O setor bancário, que respondeu pela maior parte dos ganhos na sexta-feira, perdeu o fôlego ontem, com baixa de 7,64% nos papéis do banco Sabadell e de 3,91% nas ações do Santander.

- Já a Bolsa de Lisboa fechou em leve alta, de 0,04%.


Bolsas da Ásia mantêm o rali; Xangai sobe 7,8%

O forte rali nos mercados financeiros dos EUA continuou a impulsionar as bolsas asiáticas. Além disso, pesou no ânimo dos investidores o plano de socorro aos bancos de US$ 700 bilhões, anunciado pelo Tesouro norte-americano. Em Hong Kong, a bolsa ainda foi influenciada pelos fortes ganhos em Xangai, com novas medidas governamentais de apoio ao mercado chinês. O índice Hang Seng ganhou 1,58% e terminou aos 19.632,20 pontos. As Bolsas da China também estenderam o rali, sob o impacto de novas medidas anunciadas ontem pela CSRC - Comissão Reguladora do Mercado -, que propôs reduzir as restrições para a recompra de ações.


- O índice Xangai Composto subiu 7,8% e encerrou aos 2.236,41 pontos. Já o Shenzhen Composto ganhou 3,8% e terminou aos 618,34 pontos. Yuan - Os esforços do governo dos EUA para levantar o sistema financeiro do país ajudaram na diminuição da demanda por dólares na China. Com isso, o yuan se valorizou em relação à moeda norte-americana. No mercado de balcão, o dólar fechou cotado em 6,8300 yuans, de 6,8350 yuans do fechamento de sexta-feira. - Após apresentar na sexta-feira o maior rali em mais de 17 anos, a Bolsa de Taipé, em Taiwan, continuou em forte elevação.

- O índice Taiwan Weighted ganhou 2,4% e encerrou aos 6.110,60 pontos.

- Na Coréia do Sul, o índice Kospi da Bolsa de Seul avançou 0,3% e fechou aos 1.460,34 pontos.

- A Bolsa de Manila, nas Filipinas, fechou em alta pelo segundo pregão seguido. Com volume moderado de negociações, o índice PSE Composto avançou 2,3% e encerrou aos 2.520,13 pontos.

- O índice S&P/ASX 200 da Bolsa de Sydney, registrou o quarto maior ganho de pontos da história, ao avançar 4,5% e fechar aos 5.020,5 pontos.

- A Bolsa de Cingapura teve baixa, uma vez que os investidores permaneceram cautelosos quanto ao futuro do sistema financeiro americano e o impacto da crise na ilha Estado. O índice Straits Times Index perdeu 0,6% e fechou aos 2.544,13 pontos. O mercado indonésio teve alta, ajudada pela estabilidade de moeda e pelo rali em Wall Street, na sexta-feira, dia 19/9.

- O índice composto da Bolsa de Jacarta subiu 0,3% e fechou aos 1.897,34 pontos.

- Na Tailândia, o mercado teve queda por conta de realizações de lucros após a alta de 4,1% sexta-feira. O sentimento do mercado também foi afetado pela incerteza política local.

- O índice SET da Bolsa de Bangcoc caiu 1,7% e fechou aos 614,49 pontos.- O índice composto de cem blue chips da Bolsa de Kuala Lumpur, na Malásia, valorizou 0,3% e fechou aos 1.028,62 pontos, ganhos atribuídos ao pacote de socorro dos EUA ao setor financeiro.


Petróleo supera US$ 108 em NY com pacote dos EUA e dólar fraco

O petróleo aponta tendência de alta em Nova York ontem, e avança mais de 3%, diante do enfraquecimento do dólar em relação a outras moedas, e das expectativas de que as iniciativas do governo dos EUA para estabilizar o sistema financeiro estimulem a economia.

- Às 12h15min (horário de Brasília), os contratos de petróleo cru para entrega em outubro (que expiraram nessa segunda-feira), subiram 3,49% em relação ao fechamento anterior, para US$ 108,20 o barril na Nymex. Durante a sessão, a cotação mais baixa foi de US$ 103,35 e a mais alta, de US$ 109. O preço para entrega em novembro atinge US$ 105,93.

O preço do barril de petróleo cru disparou na sexta-feira, dia 19/9 - 6,8% para US$ 104,55 e reverteu parte do intenso movimento de queda das sessões anteriores, quando esteve próximo de situar-se abaixo dos US$ 90. Os contratos de combustível para calefação para outubro, sobe para US$ 3,0006 o galão (3,78 litros). A gasolina para entrega também em outubro, avança para US$ 2,6605 o galão.

- O dólar perdeu ontem vigor ante ao euro e outras divisas, o que anima as compras do petróleo e de outras matérias-primas que se negociam em dólar nos mercados internacionais. O euro era negociado a US$ 1,4639, ante US$ 1,4474 no encerramento da semana anterior. Analistas esperam um dia de valorização do petróleo, impulsionado pelas expectativas de que o plano do governo norte-americano de comprar papéis problemáticos e outros ativos associados a hipotecas consiga estabilizar os mercados e favorecer o aquecimento da economia.

Estimativas de que a demanda mundial do petróleo crescerá esse ano e menos do que se esperava em 2009, têm pressionado a queda dos preços, que nos últimos meses têm se afastado do recorde de US$ 147, registrado em julho.


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MERCADO FINANCEIRO


BC se prepara para exigir gerenciamento de crédito

O Banco Central do Brasil se prepara para começar a exigir que todas as instituições financeiras mantenham estrutura de gerenciamento de crédito. O principal objetivo é que, a partir de junho de 2009, sejam criadas áreas de análise para prever problemas nos empréstimos. Entre os motivos citados para a adoção da medida, a autoridade monetária lembra da "recente turbulência externa", e afirma que foram observadas "práticas inadequadas" que geraram perdas "em algumas das maiores e mais complexas instituições financeiras do mundo". A exigência dessa nova área, dentro dos bancos, já estava prevista no conjunto de normas de supervisão conhecido como "Basiléia II", que está sendo implementado no País. Tanto, que boa parte dos grandes bancos já mantêm essa área. Porém, um documento divulgado pelo BC mostra que os prejuízos bilionários nos EUA, reforçaram a necessidade de mais rigor na concessão e acompanhamento das operações de crédito, inclusive para instituições de menor porte e especializadas em segmentos específicos. "Ressalte-se que a recente turbulência econômica externa demonstra que práticas inadequadas na gestão da carteira de crédito, tiveram papel decisivo para o aprofundamento das perdas", destaca o BC. No texto, a autoridade monetária observa que a maior parte da regulamentação atual foca questões "quantitativas", quando são avaliadas questões como o limite de exposição do banco aos clientes, capital exigido para o funcionamento da instituição e regras para o provisionamento de eventuais perdas. "Busca-se uma maior ênfase ao aspecto qualitativo", completa. Isso quer dizer que o BC, quer que bancos e financeiras mantenham sistemas que permitam avaliar mais detalhadamente as operações, com vistas ao risco por cliente ou empréstimo. Hoje, esse detalhamento não é conseguido de forma fácil, já que a avaliação dos riscos é feita genericamente, observando-se grandes grupos de clientes e transações. A estrutura de análise deve, segundo o texto, ser "compatível com a natureza das suas operações, a complexidade dos serviços prestados e a dimensão da exposição ao risco de crédito". No documento, o BC destaca também, que as instituições financeiras devem ficar atentas à eventuais "desvalorizações de contrato decorrentes da deterioração na classificação de risco do tomador". Isso acontece, por exemplo, quando um cliente, no primeiro momento, é classificado como de "baixo risco", porque tem emprego e renda compatível com o empréstimo. Assim, ele toma dinheiro emprestado com o banco. Mas se esse mesmo cliente perde o trabalho em um segundo momento, o risco de inadimplência aumenta. Por enquanto, a proposta de resolução do BC está em período de audiência pública até 18 de novembro. Até lá, o mercado financeiro e a sociedade poderão sugerir mudanças no texto proposto. A íntegra do documento está disponível na página do BC na internet: www.bcb.gov.br.


Fed injeta US$ 95 bilhões no sistema bancário dos EUA

O Fed - Federal Reserve - anunciou ontem, a injeção de US$ 95 bilhões no sistema bancário por meio de operações de refinanciamento de rotina. Outros bancos centrais também voltaram a agir ontem para dar liquidez, ao já tenso sistema financeiro. A agência do banco em Nova York, intermediária tradicional do Fed com os mercados, informou a liberação de US$ 20 bilhões pela amanhã em suas operações habituais de refinanciamento por um dia. Porém, os bancos pediram no total US$ 45,6 bilhões. Sendo assim, o Fed indicou que vai liberar US$ 75 bilhões a mais, com vencimento em 28 dias, em um leilão. O Fed havia anunciado em 14 de setembro, que faria o possível para fornecer aos bancos o quanto precisassem para seu funcionamento e, desde então, já concedeu mais de US$ 170 bilhões em operações de financiamento por um dia, que não estavam previstas. O BCE - Banco Central Europeu - também anunciou ontem, um novo leilão extraordinário para injetar no mercado
interbancário até US$ 40 bilhões, com um dia de vencimento. Na semana passada, o BCE colocou no mercado US$ 80 bilhões perante uma demanda de mais do dobro. Além disso, o BCE injetou no sistema da zona do euro, 125 bilhões de euros em caráter extraordinário. Também, na segunda-feira, o BOJ - Banco do Japão (Banco Central japonês) injetou 1,5 trilhão de ienes (US$ 14,086 bilhões) adicionais no sistema financeiro, após fornecer na semana passada um total de US$ 103 bilhões para aliviar
os problemas. Trata-se do quinto dia de trabalho consecutivo na qual o banco central japonês fornece liquidez ao sistema. No total, o BOJ injetou desde terça-feira, 16/9, mais de US$ 117 bilhões como parte de uma operação com o Fed e outros bancos centrais, na tentativa de estabilizar o mercado perante as turbulências suscitadas pela quebra do Lehman Brothers. O Banco Central dos Emirados Árabes Unidos também anunciou ontem, que desembolsará cerca de US$ 13,6 bilhões para
ajudar os bancos locais.
(France Presse, de Washington e Efe, de Tóquio)


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LOGÍSTICA & Infraestrutura


Frete barato impulsiona mais exportações que redução de taxas

A redução dos custos de transporte podem elevar as exportações latino-americanas, superando qualquer possível ganho que a região possa ter com tarifas mais baixas no futuro, segundo estudo do BID - Banco Interamericano de Desenvolvimento -, divulgado ontem, segunda-feira.
Uma redução de 10% nos custos de frete em nove países latino-americanos - incluindo Brasil, Argentina, Chile, Colômbia e Bolívia - pode permitir expansão de 39%, em média, das exportações para os EUA, de acordo com o estudo. Por outro lado, a redução de 10% das tarifas sobre importações, tem o efeito de elevar em menos de 2% em média as exportações. "O transporte precisa estar no palco central do debate sobre políticas comerciais, depois do fracasso de Doha", disse Maurício Mesquita Moreira, economista do BID responsável pelo estudo. "Muito foi feito para reduzir barreiras tarifárias e não-tarifárias, mas agora é hora de expandir a agenda de políticas e abordar os custos do
transporte e seus efeitos perversos sobre o comércio".
Conforme o estudo, estradas mal conservadas, aeroportos e portos congestionados e serviços de alfândega ineficientes, aumentam o tempo e o custo da remessa de mercadorias e podem eliminar totalmente, a vantagem logística da região de estar mais próxima dos maiores mercados do mundo, em particular o mercado norte-americano. A ascensão da China e da Índia como exportadores importantes na economia mundial reforçam o cenário de risco. "Sem uma melhora significativa nos transportes, uma presença maior da América Latina e do Caribe nos mercados mundiais continuará sendo uma meta distante", informa o estudo.
O levantamento também aponta o impacto de pequenas melhorias nos transportes e nos negócios entre países da região: com uma redução de 10% nos custos de transporte, as exportações intra-regionais podem crescer mais de 30%, em contraposição ao efeito de reduções similares em tarifas.
A gama de produtos negociados também pode ser beneficiada com custos de frete mais baixos, segundo estudo, com a abertura de novos mercados para outros tipos de produtos, em particular, manufaturados. Segundo o estudo, um declínio de 10% no custo dos fretes aumentaria em mais de 20% o número de mercadorias diferentes que os países comercializam entre si. Os produtos manufaturados no Brasil, Chile, Equador, Peru e Uruguai seriam os mais beneficiados por uma redução nos custos de transporte, enquanto as exportações de minérios e metais teriam seu maior
aumento na Argentina, Colômbia e Paraguai.
Adicionalmente, os exportadores poderiam ficar com uma parte maior de seus lucros que estão hoje sendo transferidos para um setor de transportes ineficiente, o que lhes permitiria investir em expansão e em medidas para aumentar a produtividade. No Brasil, por exemplo, o custo do transporte de soja pode representar até 79% do preço dos produtores.


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AGRONEGÓCIOS


Agricultura brasileira tem condições de resistir à crise

A tempestade na oferta global de crédito vai atingir o setor agrícola do Brasil, um dos maiores exportadores mundiais de café, açúcar, suco de laranja, carne, soja e etanol, mas dessa vez, o setor parece mais preparado do que em crises anteriores. O Brasil realizou importantes reformas macroeconômicas desde a onda de escassez de crédito que atingiu a Ásia, a Rússia e a América Latina, no final da década de 90. "As empresas locais estão mais voltadas para o exterior. Muitas
delas realizaram oferta de ações e estão cotadas em Nova York. Estão mais bem capitalizadas", disse à Reuters Pedro Camargo, ex-dirigente do Ministério da Agricultura, hoje presidente da Abipecs, que representa produtores e exportadores de carne suína. Nas crises anteriores, os credores externos restringiram as linhas de crédito que mantinham para os bancos brasileiros, que por sua vez repassavam os empréstimos para o mercado doméstico. O setor agrícola responde por 20-25% do PIB brasileiro, e é um dos principais responsáveis pelos sucessivos superávits comerciais do país, o que
gera uma invejável reserva em moedas fortes no Banco Central. Com a escassez de crédito nos maiores bancos do mundo, e uma tendência de regras mais rígidas nos EUA e União Européia, sobre a forma como esses bancos arrecadam e alavancam capital, os economistas prevêem tempos mais difíceis para os mercados emergentes dependentes das linhas de crédito internacionais. "Ainda é cedo para saber como ficará a paisagem financeira quando isso tiver passado, mas, por enquanto, parece que haverá uma disputa por crédito em 2009", disse Fabio Silveira, da RC Consultores, de São Paulo. As usinas de álcool, após anos de bonança, já decidiram adiar projetos de novas unidades, devido às restrições do crédito, segundo Plínio Nastari, presidente da consultoria Datagro.

Maturidade - Especificamente para o setor exportador, um efeito colateral adicional deve ser o câmbio, segundo economistas. "É muito mais difícil para o setor exportador agrícola lidar com grandes oscilações na taxa de câmbio do que com o aperto no crédito", disse Amaryllis Romano, economista da consultoria Tendências. Depois da reabertura das linhas de crédito para o Brasil, após o pânico pré-eleitoral de 2002, o real já se valorizou mais de 100% frente ao dólar, dificultando a vida de quem exporta em moeda estrangeira, mas tem dívidas a pagar em moeda nacional. Nas últimas semanas, a situação se inverteu e o real se desvalorizou fortemente, o que tende a perturbar as exportações
em curto prazo. Em médio e longo prazo, porém, um real mais fraco favorece a competitividade agrícola do Brasil no mercado internacional. Porém, a valorização do dólar nas últimas semanas, torna os bancos mais relutantes em emprestarem aos exportadores os dólares de que eles precisam no seu dia-a-dia. "Os bancos no Brasil têm sido muito cuidadosos em vender dólares", disse o corretor de café John Wolthers, segundo quem os bancos preferem manter dólares guardados a emprestá-los, quando há perspectiva de valorização da moeda norte-americana.
(Agência Folha e Agência Brasil)


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MERCADO DE TI


Microsoft vai recomprar US$ 40 bilhões em ações em 5 anos

O conselho da Microsoft autorizou a gigante de softwares a recomprar outros US$ 40 bilhões em ações, uma vez que a empresa aumentou seu dividendo trimestral em 18%, para US$ 0,13, afirmando estar confiante sobre o crescimento a longo prazo. O plano de recompra sinaliza que nenhum grande plano de aquisição está no horizonte e acontece depois de a Microsoft ter dito, em 2004, que recompraria até US$ 30 bilhões em ações nos quatro anos seguintes. Esse plano foi posteriormente ampliado para US$ 40 bilhões, e já foi concluído. O plano de US$ 40 bilhões anunciado ontem, deve
ser concluído nos próximos cinco anos. A capitalização de mercado da Microsoft é de cerca de US$ 230 bilhões. A empresa observou que, nos últimos cinco anos, devolveu cerca de US$ 115 bilhões aos acionistas por meio de recompras e dividendos. Esse valor é um consolo para os acionistas de longa data que possuem um papel que vem sendo negociado abaixo de US$ 30, durante quase todo o período dos últimos 6 anos e meio. O conselho também aprovou financiamentos de dívida de tempos em tempos, de até US$ 6 bilhões e estabeleceu um programa de títulos de curto prazo para
financiamento (commercial papers), de US$ 2 bilhões. A Microsoft irá usar a renda de qualquer financiamento de dívida para propósitos gerais, incluindo a recompra de ações. A empresa não tem dívida. Mais cedo, a Standard & Poor's estabeleceu rating AAA, o grau mais alto e o primeiro AAA novo da S&P em uma década. A Microsoft é uma das únicas seis empresas, não financeiras, a receberem rating AAA da S&P. (Informações da Dow Jones)


McAfee deve pagar US$ 465 milhões por Secure Computing

A McAfee, segunda maior companhia de software de segurança de computadores do mundo, anunciou ontem, dia 22/9, que planeja comprar a empresa de segurança na internet Secure Computing por US$ 465 milhões. A operação dará à McAfee um pacote de produtos de software, serviços e hardware destinado a evitar que piratas virtuais invadam redes de computadores. A McAfee é a segunda maior fornecedora de software antivírus do mundo, atrás da Symantec. O valor da operação representa um ágio de 27% sobre o preço da ação da Secure Computing na sexta-feira. As empresas esperam
que a transação seja concluída no final do ano. (Reuters)


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ANÁLISE SETORIAL


Mercado aposta em PIB forte e inflação dentro da meta

Inflação dentro da meta e crescimento acima de 5%. Esse é o cenário traçado pelo mercado financeiro brasileiro para a economia do país em 2008, de acordo com pesquisa divulgada ontem, segunda-feira. O quadro de 2009 também é positivo, apesar de uma taxa de expansão menos robusta para a economia no próximo ano. De acordo com levantamento feito pelo Banco Central, com empresas e analistas do país, o PIB - Produto Interno Bruto - brasileiro deve crescer em 2008 a uma taxa de 5,17%, acima dos 5,01% estimados na pesquisa passada. Ao mesmo tempo, a inflação "oficial" - medida pelo IPCA - Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - deve ficar em 6,23%, levemente abaixo dos 6,26% estimados na pesquisa anterior.

Essa foi a oitava semana que o mercado reduziu sua estimativa para o IPCA de 2008.- Para 2009, entretanto, a projeção de crescimento da economia manteve-se em 3,60%. Para a inflação, a projeção é de uma alta de 4,97% no próximo ano, levemente abaixo dos 4,99% estimados no levantamento passado. A meta de inflação definida pelo governo para os anos de 2008, 2009 e 2010 é de 4,5%, com margem de variação de 2 pontos percentuais, para cima ou para baixo.Em termos de crescimento, o governo não tem uma meta, mas o ministro da Fazenda, Guido Mantega, aposta que a economia do país possa crescer entre 5 e 5,5% nesse ano, e ter um desempenho mais moderado - crescendo a 4,5%, em 2009.

- O cenário de juros também continua praticamente o mesmo. Os cálculos do mercado apontam para uma taxa básica de juro de 14,75% ao final do ano, o que representaria uma elevação de 1 ponto percentual em relação ao atual patamar da Selic.

A projeção estabelecida, para 2009, pelo mercado na pesquisa ficou quebrada, apontando uma taxa de 13,79% em dezembro do próximo ano. Até semana passada, a estimativa era de uma Selic a 13,75% no fim de 2009, o que representava uma queda de 1 ponto percentual em relação ao patamar projetado para dezembro de 2008.

- Analistas acreditam que o Copom - Comitê de Política Monetária - do Banco Central deve reduzir, a partir de outubro, o ritmo de elevação da taxa básica de juro do país. A aposta foi reforçada na semana passada, com a divulgação da ata do último encontro do comitê, realizado em setembro. Na reunião, os diretores do BC decidiram por 5 votos a três elevar a Selic em 0,75 ponto percentual, para 13,75%. Os três diretores dissidentes defenderam um aumento mais moderado da taxa, de 0,50 ponto percentual.


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MERCADO DE LUXO


Caixas apenas para dez felizardos

A cidade de St. Tropez é a que concentra o maior número de bilionários por metro quadrado, durante o verão europeu. Cheia de charme e paraíso de todas as marcas do mercado de luxo, é onde fica o requintado hotel Byblos, que criou dez caixas, mais que especiais, para comemorar seus 41 anos. As preciosidades contêm taças de cristal, uma garrafa Perrier-Jouët Belle Époque de nove litros e, para escandalizar, há ainda um colar de diamantes da joalheria Van Cleef & Arpels. Preço do capricho: US$ 150 mil. Os interessados devem correr, pois só foram produzidas dez unidades. Mas quem quiser apenas dar uma olhadinha, pode acessar o site do hotel e conhecer a caixa preciosa: www.byblos.com.


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