E-Press.biz Economia & Mercado | Edição 062 | Ano I

Kátya Desessards
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NOTÍCIAS

BC deve aumentar a previsão de crescimento do PIB
A divulgação do PIB - Produto Interno Bruto -, soma das riquezas produzidas na semana passada, levou os economistas ouvidos pelo Banco Central a aumentar a previsão de crescimento da economia para esse ano. De acordo com a pesquisa semanal Focus, realizada pelo próprio BC, a expectativa para o crescimento da economia subiu de 4,8% para 5,01% em
2008. Para 2009, foi mantida a taxa de 3,6%. Na semana passada, o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - divulgou que a economia brasileira cresceu 6,1% no segundo trimestre de 2008 e 6% no acumulado do semestre. Com o bom resultado, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, revisou para cima a previsão de crescimento de 5% para "até 5,5%". Ainda segundo a pesquisa Focus, foram mantidas as previsões para o dólar em R$ 1,65 no final
desse ano, e R$ 1,75 em dezembro de 2009. A estimativa para o saldo da balança comercial em 2008 caiu, de US$ 23,73 bilhões para US$ 23,60 bilhões. Para 2009, caiu de US$ 13,75 bilhões para US$ 13 bilhões. A expectativa para o déficit em conta corrente nesse ano, subiu de US$ 27,35 bilhões para US$ 28 bilhões. Para 2009, caiu de US$ 34,80 bilhões para US$ 34 bilhões. Subiram as expectativas de investimentos estrangeiros diretos de US$ 34,5 bilhões para
US$ 34,6 bilhões em 2008, e de US$ 30 bilhões para US$ 30,37 bilhões, em 2009. A previsão para a relação dívida/PIB nesse ano passou de 40,50% para 40,55%. Para 2009, foi de 39,50% para 39,10%.


Balança tem superávit de US$ 1,257 bi na 2ª semana de setembro
A balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 1,257 bilhão na segunda semana de setembro. O resultado é a diferença entre exportações de US$ 5,073 bilhões (média diária de US$ 1,014 bilhão), e importações de US$ 3,816 bilhões – com uma média diária de US$ 763,2 milhões. No mês de setembro, as exportações brasileiras tiveram alta de 29,1% em relação à média diária de setembro do ano passado. Em relação ao mês de agosto desse ano, houve expansão de 2,4%. Também pelo critério da média diária, nesse mês as importações subiram 43,5% na comparação anual e retraíram 3%, na comparação mensal. O saldo comercial recuou 15,2% sobre setembro de 2007, e caiu 43,6%, na comparação com agosto último. No ano, o saldo comercial registrado até a segunda semana de setembro, foi de US$ 18,459 bilhões (queda de 36,62% em relação ao mesmo período do ano passado), com média diária de US$ 104,3 milhões. Por esse critério, o superávit comercial somou US$ 18,459 bilhões, um decréscimo de 36,3% em relação ao saldo médio diário apresentado no mesmo período do ano passado. As exportações somaram US$ 140,469 bilhões, com média diária de US$ 793,6 milhões, um incremento de 29,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Na mesma comparação, observou-se um crescimento de 53,5% nas importações brasileiras que somaram US$ 122,010 bilhões.

Mantega diz que Brasil está preparado para a crise nos EUA
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou ontem, que o agravamento da crise financeira nos Estados Unidos não vai interromper o ciclo de crescimento do Brasil. Segundo Mantega, é normal que o mercado esteja nervoso nessa segunda-feira e nos próximos dias. Mesmo assim, a tensão não deve comprometer a economia brasileira. O sistema financeiro mundial foi abalado com: a quebra do banco de investimentos Lehman Brothers, o quarto maior do setor nos EUA, que pediu proteção sob o "Capítulo 11" (capítulo da legislação americana que regulamenta as falências e concordatas), além da venda do Merrill Lynch ao Bank of America e o pedido da seguradora AIG, ao Fed - Federal Reserve (Banco Central americano), de um empréstimo de US$ 40 bilhões. "O problema é lá, não aqui. Nós já estamos em uma crise financeira que dura mais de um ano." O ministro disse considerar a atual crise americana "bastante séria", e diz que não há como prever o quanto ainda vai durar. "Haverá uma retração da economia mundial", disse Mantega, que afirmou ainda não saber como se comportarão as economias emergentes. O ministro disse que o governo está monitorando o impacto da crise no Brasil, e se for necessário, medidas fiscais serão tomadas. Com relação à desvalorização da Bovespa - Bolsa de Valores de São Paulo -, que abriu em queda de mais de 5%, Mantega afirmou que do mesmo jeito que as ações caem, elas sobem depois. "Se tem um lugar que as empresas ainda podem ganhar dinheiro, é no Brasil." Mantega avaliou ainda, que as instituições bancárias brasileiras não devem ser contaminadas pela crise nos EUA, uma vez que ela está restrita aos bancos envolvidos com a crise dos "subprime", que financia hipotecas de alto risco para pessoas com histórico de inadimplência. A crise financeira dos EUA teve seu estopim nesse tipo de crédito.

Meirelles diz que BC monitora mercados e está sereno ante crise
O Banco Central está em contato com outras autoridades monetárias no exterior, monitorando a situação dos mercados internos e externos, agravada com o colapso do Lehman Brothers, disse nessa segunda-feira, o presidente da instituição, Henrique Meirelles. Ele ressaltou que o país está mais resistente aos choques externos, mas que, diante das turbulências, o BC decidiu transmitir aos mercados uma "mensagem de serenidade". "Não existe descolamento completo de nenhuma economia, o que existe é um aumento de resistência à crise", disse Meirelles a jornalistas, citando as reservas internacionais brasileiras, acima de 200 bilhões de dólares, e o fato de o país ser um credor internacional.

Banco Lehman Brothers anuncia que vai pedir concordata
O Lehman Brothers anunciou ontem, que pretende pedir concordata na Corte de Falências do Distrito Sul de Nova York. O quarto maior banco de investimentos dos Estados Unidos, informou que seu conselho de administração autorizou o pedido de concordata a fim de proteger seus ativos e maximizar seu valor. O anúncio acontece após o Federal Reserve
anunciar diversas medidas para lidar com a pior crise de crédito em décadas, na noite de ontem. O Lehman declarou ainda, que nenhuma de suas subsidiárias de corretagem de valores ou outras subsidiárias da controladora, serão incluídas no pedido de proteção da Lei de Falências dos EUA, e que todas vão continuar operando. Segundo o banco, os clientes do Lehman Brothers, incluindo os da subsidiária integral Neuberger Berman Holdings, podem continuar a negociar ou realizar outras ações relacionadas às suas contas. Junto com o pedido
de concordata, a controladora pretende fazer vários requerimentos iniciais (first-day motions), que lhe permitirão continuar a administrar normalmente as operações. Tais requerimentos incluem os pedidos para fazer os pagamentos de salários e de benefícios para os empregados. O Lehman tinha se colocado à venda para potenciais compradores, enquanto lutava para cobrir suas volumosas perdas relacionadas às hipotecas de segunda linha (subprime), mas as
negociações fracassaram no final de semana, depois que as autoridades indicaram que o governo não prestaria socorro à instituição a fim de facilitar a compra. O banco declarou que estuda a venda de suas operações de corretagem de valores mobiliários e, como já havia anunciado, disse que se encontra em avançadas discussões com vários potenciais
compradores para vender sua Divisão de Administração de Investimentos. O Lehman informou que procurará desenvolver essas negociações além de várias alternativas estratégicas. A Neuberger Berman e a Lehman Brothers Asset Management vão continuar a conduzir seus negócios normalmente, e não estarão sujeitas ao pedido de concordata da empresa matriz. As funções de administração de portfólio, pesquisa e operação dessas unidades permanecem intactas. Além disso, os títulos já pagos dos clientes da Neuberger Berman serão separados dos ativos do Lehman Brothers, e não estão sujeitos às reivindicações dos credores da Lehman Brothers Holdings. O Lehman tem sede em Nova York e sedes regionais em Londres e Tóquio, além de operar uma rede de escritórios ao redor do mundo. (As informações são da Dow
Jones)


Merrill Lynch é vendido ao Bank of America por US$ 50 bilhões
Em uma rápida oferta para acalmar a crise financeira dos Estados Unidos, o banco de investimento Merrill Lynch aceitou, na noite de ontem, a oferta de compra do BofA - Bank of America - de US$ 50 bilhões. O acordo, após uma frenética negociação de 48 horas, pode transformar instantaneamente, a paisagem bancária americana, tornando ainda maior o gigante das finanças no país. No início da manhã de ontem, ambas disseram que seus diretores concordaram com a operação, que será sujeita à aprovação dos órgãos reguladores e dos acionistas. A fusão criará um banco de grande extensão, envolvendo quase cada canto do sistema financeiro, desde cartões de créditos e empréstimos para aquisição de automóveis até títulos e subscrição de ações, fusões e gerenciamento financeiro. O acordo também mostra como a crise do crédito criou oportunidades para sólidos compradores financeiros. Por US$ 29 por ação, o Merril será vendido por cerca de dois terços do valor que tinha há um ano e metade do seu maior valor no início de 2007. Já na última sexta-feira, dia 12, as ações do banco valiam US$ 17,05 cada, após forte queda em meio a rumores de uma potencial liquidação do banco de investimentos Lehman Brothers. O BofA planejava comprar o Lehman, mas como as negociações fracassaram, a instituição voltou os olhos para uma fusão com o Merrill, considerado uma melhor alternativa. (As informações são da Dow Jones)

Fed socorre bancos para conter crise global
O fracasso nas negociações para a venda do Lehman Brothers, o quarto maior banco de investimentos americano, após o principal candidato à compra, o Barclays, ter desistido do negócio, colocou a instituição à beira da liquidação. Mas o medo da crise que a quebra do banco provocaria nos mercados financeiros globais precipitou ontem, uma série de
medidas, que envolvem a ampliação da ajuda do Fed- Federal Reserve aos bancos, e uma linha de crédito de US$ 70 bilhões para instituições em dificuldades, criada por um grupo de dez bancos internacionais. Além disso, o Bank of America fechou acordo para a compra do Merrill Lynch, o terceiro maior banco de investimentos dos EUA, o que ajuda a restaurar a confiança nos mercados; e a American International Group, gigante dos seguros americano, que também vem sendo afetada com a crise das hipotecas de alto risco, deve anunciar hoje, uma grande reorganização. Uma das principais medidas anunciadas ontem, pelo Fed, é a ampliação dos tipos de garantias que os bancos podem apresentar para conseguir linhas especiais de crédito. Essas linhas foram aumentadas de US$ 175 bilhões para US$ 200 bilhões. A ampliação da ajuda do Fed às instituições financeiras é uma reviravolta em relação à decisão anterior do governo americano - depois de duras críticas - de não mais socorrer as vítimas da crise de crédito. (Reuters)

BCE injeta US$ 42 bilhões após quebra do Lehman Brothers
O BCE - Banco Central Europeu – injetou, nessa segunda-feira, 30 bilhões de euros (US$ 42,6 bilhões) no mercado a uma taxa de juros mínima, chamada de marginal, de 4,30% e com um vencimento de um dia, após a quebra do banco americano de investimentos Lehman Brothers, que pediu proteção sob o "Chapter 11", o capítulo da legislação americana que regulamenta as falências e concordatas. Segundo o BCE, o leilão teve a participação de 51 bancos
comerciais da zona do euro, que pediram 90,27 bilhões de euros (US$ 128,183 bilhões), e deverão devolver o efetivo amanhã. O BCE informou antes que "observa muito de perto as condições no mercado de divisas" e está preparado para contribuir para seu funcionamento ordenado. Na operação extraordinária de refinanciamento, os institutos de crédito da zona do euro, ofereceram obter o efetivo a uma taxa de juros mínima de 4,25% e uma máxima de 4,7%. A taxa de juros média pela qual o BCE entregou a liquidez aos bancos foi de 4,39%. Devido às turbulências nos mercados financeiros, desde agosto de 2007, o BCE injetou liquidez adicional em euros e em dólares, nesse caso, em operações conjuntas com o Fed - Federal Reserve (BC americano), para evitar uma escassez de liquidez (oferta de dinheiro). (Efe)

Petrobras anuncia contratação de dez plataformas para pré-sal
A Petrobras aprovou a contratação de dez novas plataformas flutuantes (do tipo FPSO, que produzem, estocam e escoam petróleo), para as áreas do pré-sal na Bacia de Santos. "As dez plataformas vão operar em águas ultra-profundas, entre 2.400 e 3.000 metros, e se destinam ao início da implantação do sistema de produção definitivo na área do Pré-Sal da Bacia de Santos", informou a estatal. As duas primeiras plataformas serão alugadas de terceiros, mas,
segundo a estatal, "terão alto índice de conteúdo nacional e serão destinadas aos projetos-piloto de desenvolvimento". A capacidade de produção diária de cada unidade será de 100 mil barris de petróleo e 5 milhões de metros cúbicos de gás natural, com instalação prevista para 2013 e 2014, em locais que ainda serão definidos na área do pré-sal. As demais oito unidades de produção serão de propriedade da Petrobras, e terão capacidade de produção diária de 120 mil barris de petróleo e 5 milhões de metros cúbicos de gás natural e serão instaladas em 2015 e 2016, conforme divulgou a empresa em nota. Ainda conforme a Petrobras, as unidades serão fabricadas em série, com o início da construção dos cascos no dique-seco do Estaleiro Rio Grande, no Rio Grande do Sul, já alugado pela Petrobras pelo período de dez anos. "Os módulos de produção, a serem instalados sobre os cascos, serão definidos futuramente, após
a implantação dos projetos-piloto e do teste de lon.

Petróleo cai abaixo de US$ 100 pela 1ª vez desde março
Os contratos futuros de petróleo fecharam abaixo de US$ 100 o barril pela primeira vez desde março, depois que a turbulência no mercado financeiro reforçou as preocupações sobre a demanda por petróleo. Na sessão viva-voz da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), os contratos de petróleo com vencimento em outubro, fecharam a US$ 95,71 por barril, queda de US$ 5,47 (-5,41%). Esse é o menor nível desde 15 de fevereiro desse ano. Incluindo as transações do sistema eletrônico Globex, a mínima foi de US$ 94,13 e a máxima de US$ 99,99. Em Londres, na ICE Futures, os contratos de petróleo Brent para outubro - que venceram ontem - caíam US$ 5,20 (-5,33%), para US$ 92,38 por barril no fim da tarde. A mínima foi de US$ 91,17 e a máxima de US$ 96,59. Já o contrato para novembro, que foi mais negociado, estava em US$ 94,24 o barril, em queda de US$ 5,14. O preço do barril já caiu quase US$ 50 desde julho, quando estabeleceu o recorde em fechamento de US$ 145,29 em 3 de julho. Os contratos recuaram mesmo depois que petrolíferas informaram sobre os danos causados pela passagem do furacão Ike nesse fim de semana pelo Texas. A Minerals Management Service disse que praticamente, toda a produção de petróleo no mar do Golfo do México continua paralisada e revelou danos em pelo menos 10 plataformas. Em terra, foram fechadas refinarias que representam um quinto da capacidade total de produção dos EUA, enquanto outras continuaram a operar a ritmo reduzido. "O Ike atingiu o sistema de refino nos EUA logo onde dói mais - a costa do Texas", disseram analistas do JPMorgan Chase em nota para clientes. (As informações são da Dow Jones)

Brascan e Sonae Sierra miram na construção
Um dos players do setor de shopping centers no Brasil, a Brascan Shopping Centers, atualmente com 17 shoppings, está otimista com o momento da indústria de centros de compras no País e, por conta disso, tem feito pesados investimentos: cerca de R$ 2,3 bilhões na compra de 12 shoppings, saltando de cinco para 17 empreendimentos, nos últimos quinze meses. Empresa do grupo canadense Brookfield Asset Management, responsável pela gestão de US$ 95 bilhões em ativos, sendo US$ 1,8 bilhão em shopping centers, a Brascan, por conta da concorrência acirrada, agora acelera os planos de construção de malls menores, de olho também nas classes média e média baixa, com a meta de explorar novos mercados em periferias. A Brascan deve investir R$ 500 milhões em 11 shoppings, seja com processos de expansão, reformas ou construção de centros de compras na periferia de grandes cidades. Como a presença do grupo é apenas no Sudeste, a idéia é chegar ao Nordeste por meio de parcerias com empresas do setor. Para expandir seus domínios, por enquanto, a Brascan Shopping Centers, diz não pensar em partir para IPO (oferta pública de ações), além do que, atualmente, três shoppings estão sendo construídos: o Shopping Vila Olímpia, em São Paulo, o Shopping Pátio Mogi, em Mogi Mirim/SP, ambos com inauguração prevista para 2009; e o Open Mall Green Valley, em Alphaville, na região metropolitana de São Paulo, que só deve ser aberto em 2011. Com foco, principalmente agora, na construção de shoppings, e com quatro projetos em andamento, o Grupo Sonae Sierra Brasil, parte da holding Sonae Sierra, de Portugal, tem programados empreendimentos em Manaus/AM, que deve ser inaugurado em março de 2009; Londrina/PR,
Uberlândia/MG e Goiânia/GO, com previsão de inauguração até 2011. Segundo o CEO da Sonae Sierra Brasil, João Pessoa Jorge, a empresa pretende abrir três shoppings ao ano a partir de 2010. A Sonae foi uma das primeiras empresas estrangeiras no mercado brasileiro de shoppings, e acredita que o Brasil pode se tornar, em cerca de dois anos, o segundo mercado mais importante para a empresa, ultrapassando a Espanha e ficando atrás somente de Portugal. A
empresa afirma ter dinheiro em caixa para volumosos investimentos em centros comerciais, o que faz quase sempre sozinha, sem associar-se a outras empresas ou financiar. No último projeto anunciado, em Goiânia, ela prevê aportar R$ 300 milhões.

Votorantin e Safra controlam agora a Aracruz
Foram fechadas, durante o fim de semana - sem muito stress - as negociações entre os grupos Safra e Votorantim, que passam agora a dividir o controle da Aracruz Celulose. Segundo comunicado da VCP, Votorantim e Arainvest - holding controlada pela família Safra - concordaram em estabelecer uma controladora que terá o controle compartilhado de VCP
e Aracruz. A transferência para a holding das participações societárias da Votorantim Industrial e da Arainvest na VCP e na Aracruz está condicionada à aquisição, pela VCP, de cerca de 28% das ações ordinárias (ON) da Aracruz, nos termos da proposta aceita por Arapar, da família Lorentzen, no início de agosto. A Arainvest concordou com a transação firmada entre Votorantim e Arapar, e renunciará aos seus direitos de preferência e venda conjunta. A
holding, formada por Votorantim Industrial e Arainvest, será dona de 100% das ações ordinárias da VCP e de cerca de 8% das ações ordinárias e 14,8% das ações preferenciais (PN) da Aracruz, enquanto a VCP será titular de aproximadamente, 56% das ações ordinárias da Aracruz. Para que a Votorantim Industrial e a Arainvest, do grupo Safra, detenham cada uma 50% do capital votante da holding, a Arainvest pagará cerca de R$ 530 milhões para a otorantim nas condições pactuadas. A Votorantim e a Arainvest confirmaram ainda, a intenção de integrar as
atividades de Aracruz e VCP à frente. A Votorantim Celulose e Papel, que já tinha 28% da Aracruz, fez em agosto, uma oferta de R$ 2,7 bilhões pelos 28% da família norueguesa Lorentzen na empresa. A oferta foi aceita, mas dependia de um aval da família Safra, que também detinha 28% da Aracruz, e tinha um acordo de preferência na compra das ações
dos Lorentzen. Os valores do acordo entre Safra e Votorantim não foram revelados, mas os Safra devem ter recebido uma compensação financeira para dividir as ações dos noruegueses. A Aracruz era, até agora, regida por um acordo de acionistas entre as famílias Safra e Lorentzen, que fundaram a companhia no fim dos anos 60 no Espírito Santo. Se um eles quisesse vender as ações, precisaria primeiro, oferecer ao outro. A combinação foi feita justamente para impedir um avanço da Votorantim - em 2001, o grupo de Antonio Ermírio de Moraes entrou no negócio comprando a participação de 28% da Anglo American. O acordo põe fim também ao desejo da Suzano de entrar na Aracruz. A empresa entou um acordo durante cerca de um ano, oferecendo valores altíssimos. Mas acabou ficando fora do negócio.
(Agência Estado)

Indústria e varejo prevêem desaceleração
O desempenho da economia brasileira nesse semestre será mais fraco do que o registrado de janeiro e junho desse ano, quando o PIB - Produto Interno Bruto - brasileiro cresceu 6% ante igual período de 2007. Produção e vendas ainda crescem na comparação com 2007, mas não mais a taxas ao redor de 30%, como alguns setores chegaram a registrar. O enfraquecimento da economia mundial, principalmente a dos Estados Unidos, deve atingir empresas exportadoras. E a elevação dos juros deve ter impacto negativo nas vendas de carros, televisores e geladeiras, na avaliação de representantes da indústria e do comércio. Um dos principais termômetros da economia, a produção de carros caiu 1% em agosto em relação a julho. E as vendas totais no mercado interno diminuíram 15,1%, no período, segundo a Anfavea - Associação dos fabricantes de veículos. E a expectativa é que o consumidor fique ainda mais cauteloso até o final do ano, já que os juros tendem a subir e ter maior peso no valor das prestações. Os setores de máquinas e equipamentos e de eletrodoméstico, também já registram taxas de crescimento menores. A indústria de embalagens, outro indicador importante, tem desempenho abaixo do esperado, diz Paulo Peres, presidente da ABPO - associação dos fabricantes. Em agosto, a indústria do setor vendeu 1,09% mais do que em igual período do ano passado. De janeiro a agosto, a alta foi de 0,96% sobre igual período de 2007. Paulo Francini, diretor da Fiesp - Federação das Indústrias do Estado de São Paulo -, diz que julho e agosto foram meses bons para a indústria paulista e que, nesse semestre, deve haver acomodação do ritmo de atividade. Para a Fiesp, o PIB no terceiro trimestre deve crescer 4,9% e, no quarto trimestre, de 4,5%, na comparação com igual período ano passado.

AIG busca empréstimo de US$ 40 bilhões do Fed
A AIG - American International Group -, principal companhia de seguros dos Estados Unidos, busca um empréstimo-ponte de US$ 40 bilhões do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), revelou a edição de ontem do "New York Times", citando uma fonte próxima da negociação. Segundo o blog DealBook, do NYT, as agências de classificação de risco
ameaçaram rebaixar nessa segunda-feira, o rating de crédito da AIG, levando outras empresas a retirar seus contratos da seguradora. Se isso ocorresse, a AIG poderia sobreviver apenas 48 ou 72 horas, disse o jornal. Os fundos de private-equity J.C. Flowers & Co., Kohlberg Kravis Roberts & Co. e TPG, se apresentaram para comprar partes da AIG, mas se retiraram na última hora apontando a insegurança sobre a saúde financeira da companhia, segundo o NYT. Antes,
a AIG havia informado que estava interessada em vender sua empresa de aluguel de aviões, mas a transação pode não ocorrer porque a unidade tem vantagens tributárias especiais que se perderiam com a transferência para outros proprietários.

Mas, agências cortam rating e AIG fica perto do colapso
Na madrugada de hoje, as três principais agências de classificação de risco do mundo rebaixaram os ratings de crédito da American International Group (AIG), frustrando as esperanças de se salvar uma das maiores seguradoras do mundo em meio à escalada da crise financeira. Os rebaixamentos são provavelmente o toque fúnebre para a AIG, tornando mais difícil que a gigante norte-americana levante o dinheiro necessário para lidar com sua própria crise de liquidez. A Standard & Poor's (S&P) rebaixou seu rating de contraparte de longo prazo, de AA- para A-, e seu rating de crédito de contraparte de curto prazo sobre a AIG de A1+ para A2, segundo um comunicado da agência. "A principal razão para as ações de rating é a combinação de flexibilidade reduzida em reunir as necessidades de colaterais adicionais e as preocupações sobre o aumento das perdas relacionadas a hipotecas residenciais", afirmou o analista da S&P, Rodney Clark. A Moody´s rebaixou a AIG de AA3 para A2, e a Fitch reduziu sua nota de AA para A. A seguradora tinha conseguido um respiro ontem, quando as autoridades disseram que a companhia poderia tomar emprestado cerca de US$ 20 bilhões das suas subsidiárias. Mas a medida não conseguiu impressionar os investidores, já que as ações da AIG afundaram cerca de 61% e perderam cerca de US$ 20 bilhões em valor de mercado. Em apenas um ano, o grupo perdeu 93% de seu valor e agora vale cerca de US$ 12,8 bilhões. (As informações são da Dow Jones)

Protea Cobranças recupera R$ 12 milhões e cresce 160% no primeiro semestre
O resultado conquistado superou a expectativa de crescimento de 30% que a empresa havia estipulado para o ano de 2008, devido à captação de novos negócios com foco em outros segmentos de mercado como o varejo, que possibilita uma cobrança intensiva. O serviço de recuperação de créditos ocorre de forma ativa e utiliza diversos recursos de localização e comunicação com os devedores como SMS, correspondências, cobrança telefônica e equipe de cobradores externos com máquinas fotográficas digitais. Toda essa operação fez com que a Protea recuperasse mais de R$ 12 milhões para seus clientes nesse primeiro semestre, valor esse que retornou ao mercado de consumo brasileiro. A partir desse crescimento satisfatório de demanda, a empresa prevê a reestruturação de seu call center e a ampliação da sede da empresa. "Ao recorrer ao “outsourcing” para recuperação de ativos, as empresas passam a contar com um serviço sistemático e eficaz, dispondo de pessoal especializado que pode dedicar o tempo necessário para fazer a negociação com os devedores. Os clientes da Protea, que já puderam comprovar os resultados dessa terceirização, são os maiores responsáveis pelo seu crescimento", Depoimento do Jonathas Borges Fortes, diretor da Protea. Com mais de
1000 clientes em todo o Brasil e atuando desde 1999 na prevenção e na redução de inadimplências empresariais, a Protea é especializada em assessoria de cobranças, oferecendo o que há de mais moderno na recuperação de créditos e garantindo a agilidade no recebimento dos valores. Com clientes dos ramos financeiros, alimentícios e de varejo, a
Protea atende empresas como Mercur, Banrisul, Banco Matone, Converse All Star, Vonpar, Vinícola Perini, Sarandi, Lojas Colombo, Lojas Salfer, entre outras.

Venda de celulares superou 3 milhões em agosto
As vendas de celulares em agosto superaram 3 milhões de aparelhos, segundo os dados preliminares divulgados ontem, pela Anatel - Agência Nacional de Telecomunicações. Com os novos telefones vendidos no mês passado, o número total de celulares no País chegou a 138,3 milhões. As vendas foram impulsionadas principalmente, pelo Dia dos Pais e agosto foi o melhor mês do ano até o momento, superando inclusive o mês de maio, quando foram vendidos 2,8 milhões de celulares. O aumento do número total de telefones móveis foi de 2,25% em relação ao mês de julho, quando foram registrados 135,3 milhões de aparelhos em operação. Desde o início do ano foram vendidos 17,4 milhões de celulares. Os números definitivos, com crescimento do mercado por operador e por Estado, deverão ser detalhados pela Anatel nos próximos dias.

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BASTIDOR

- A empresa espanhola Afirma Grupo Imobiliário, vai investir US$ 10 bilhões para construir um megacomplexo turístico na praia da Baleia, na região da Itapioca no Ceará. Os números do megacomplexo, chamado de Cidade Turística Nova Atlântida, impressionam: serão erguidos 13 hotéis cinco-estrelas, 14 resorts e seis condomínios residenciais de luxo.

- O Banco Mundial apresentou o resultado de uma pesquisa sobre a capacidade de inovação dos países emergentes. O Brasil ficou na lanterna do ranking, por causa das deficiências do sistema de ensino que inibe o desenvolvimento de pesquisadores e de inventores. Conforme a pesquisa, os brasileiros são responsáveis por apenas 0,18% das patentes internacionais registradas por ano. Para o Banco Mundial, esse número não reflete o grau de desenvolvimento do País.

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ÍNDICES ECONÔMICOS

Previsão de inflação para 2009 tem pequena queda após alta dos juros
De acordo com a pesquisa semanal Focus, realizada pelo próprio BC, a expectativa para o IPCA - Índice de Preços ao Consumidor Amplo -, que serve como meta de inflação, caiu de 5% para 4,99%. Esse é o primeiro recuo da previsão após oito semanas de estabilidade e outras cinco semanas de alta. A queda da inflação em 2009 para dentro da meta é um dos principais motivos que tem levado o BC a aumentar os juros nesse ano. A meta de inflação para 2008 e 2009, é de 4,5%, podendo chegar a 6,5% no intervalo de tolerância (teto da meta). Em relação à inflação desse ano, a previsão recuou pela 7ª semana seguida, de 6,27% para 6,26%. Nesse caso, o objetivo do BC é manter a taxa abaixo dos 6,5%. A estimativa para a inflação para os próximos 12 meses também caiu, de 5,22% para 5,19%.

Juros - Na semana passada, o Copom - Comitê de Política Monetária do BC - aumentou os juros de 13% para 13,75% ao ano. Nesse caso, foram mantidas as previsões feitas na pesquisa da semana passada. Os economistas prevêem agora, uma alta dos juros para 14,25% na reunião do fim de outubro e para 14,75% em dezembro (o Copom se reúne a cada 45 dias aproximadamente). Os juros só voltariam a cair no segundo semestre de 2009, para terminar o ano em 13,75% ao ano.

IGPs - Em relação a outros índices de inflação, também houve queda nas previsões para 2008. A expectativa do mercado para o IGP-DI - Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna - caiu de 10,27% para 10%; o IGP-M - Índice Geral de Preços – Mercado - teve a previsão reduzida de 10,35% para 10,20%. Para o IPC - Índice de Preços ao Consumidor - da Fipe - Fundação Instituto de Pesquisas Econômica -, ficou estável em 6,41%. Para 2009, a previsão para o IGP-M caiu de 5,50 % para 5,40%. A do IGP-DI ficou em 5,20%. Para o IPC-Fipe, passou de 4,67% para 4,70%.

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MERCADOS: Ações, Commotidies & Futuros

Bovespa tomba 7,59%, maior queda desde 11/09/2001
O temor de um risco sistêmico com o pedido de concordata do banco de investimentos Lehman Brothers nos Estados Unidos, e a venda do Merrill Lynch para o Bank of America, além dos problemas enfrentados pela seguradora americana AIG, promoveram uma fuga do risco nos mercados globais. As bolsas desabaram pelo mundo, significando para a Bovespa o maior tombo percentual em mais de sete anos. Apenas duas ações do índice Bovespa (Ibovespa) fecharam em alta ontem, e as vendas decorreram, além da fuga dos estrangeiros, do tombo do preço das matérias-primas (commodities), com os investidores à procura de títulos do Tesouro americano (Treasuries) e ativos menos arriscados.

- O Ibovespa despencou 7,59%, a maior queda desde 11 de setembro de 2001, quando havia recuado 9,17%. Em pontos, o Ibovespa retornou aos 48 mil pontos, para 48.416,33 pontos. Na máxima do dia, registrada na abertura, o índice operou praticamente estável, aos 52.386 pontos (-0,01%) e, na mínima, tocou os 48.409 pontos (-7,60%). No mês, a Bolsa acumula perdas de 13,05% e, no ano, de 24,21%. O giro financeiro somou R$ 6,57 bilhões, dos quais R$ 1,167 bilhão são do vencimento de opções sobre ações. Antes da abertura do pregão regular, ainda no pré-mercado, o índice futuro já antecipava o que seria o dia de ontem.

O Ibovespa registrou queda de 6% na primeira hora do pregão, mínima que foi renovada à tarde, com o aprofundamento das perdas em Wall Street, que terminaram na mínima pontuação no dia de ontem.

Para hoje, o dia deve ser de mais turbulência, segundo analistas, com a abertura do mercado japonês (ontem foi feriado naquele país). Segundo o Wall Street Journal, diversos bancos japoneses estão entre os principais credores bancários do Lehman Brothers. "O tombo foi muito grande para passar em um dia. Vai ter muito fundinho quebrando. Os efeitos ainda serão longos", resumiu o gestor-gerente da Infinity Asset, George Sanders. Apenas uma ação do Ibovespa fechou em alta ontem: Comgás PN (+0,51%).

HOJE - Ibovespa mantém nervosismo e abre em forte baixaO medo dos desdobramentos da crise do setor financeiro mantém as bolsas ao redor do mundo mergulhadas no vermelho e,
por tabela, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Por volta das 10h15 (de Brasília), o Índice Bovespa despencava 4,28%, a 46.345 pontos, na pontuação mínima do dia até este horário. O mercado doméstico continua sendo duplamente penalizado - pela fuga para qualidade e pela queda das matérias-primas (commodities). Em Londres, o barril chegou a ser cotado mais cedo, na mínima até agora, abaixo de US$ 90. Em Nova York, o barril era negociado na casa de US$ 90, sinalizando mais um pregão ruim para as ações de Petrobras. No
horário citado acima, as ações ordinárias (ON) e preferenciais (PN) da estatal petrolífera caíam 5,11% e 5,7%, respectivamente.

HOJE - O dólar comercial abriu em alta hoje, de 0,39%, cotado a R$ 1,821 no mercado interbancário de câmbio e, instantes após a abertura, ampliava os ganhos para 0,88%, a R$ 1,83, na taxa máxima do dia. Ontem, a moeda americana fechou em alta de 1,85%, a R$ 1,814. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar à vista era negociado em forte alta, de 1,55%, a R$ 1,835, na taxa máxima do dia até as 10h10 (de Brasília), após abertura em alta de 0,61%, a R$ 1,818. A onda de sistematização da aversão ao risco deve continuar a pressionar o real na manhã de hoje, mas o dia reserva vários eventos cruciais para direcionar o rumo do mercado cambial e dos demais ativos. Os principais são as negociações para tentar salvar a seguradora americana AIG e a decisão de política monetária do Fed - Federal Reserve (o banco central dos EUA), com anúncio previsto para as 15h15 (de Brasília).

Bolsas em NY têm maior queda desde o 11 de Setembro com quebra do Lehman
As Bolsas americanas fecharam ontem, dia 15/9, com as maiores quedas em pontos desde os ataques contra o World Trade Center em Nova York, em 11 de setembro de 2001. O motivo das quedas foi o abalo sofrido em Wall Street com a quebra do Lehman Brothers Holdings, o quarto maior banco de investimentos dos EUA. Os problemas enfrentados por outros dois
gigantes financeiros, o banco Merrill Lynch e a seguradora AIG, também afetou os mercados ontem.

- O índice Dow Jones Industrial Average (DJIA), da Nyse (Bolsa de Valores de Nova York), encerrou o dia com baixa de 4,42%, aos 10.917,51 pontos; já o S&P 500, também da Nyse, caiu 4,71%, para 1.192,69 pontos.

- A Bolsa Nasdaq fechou com baixa de 3,60%, ficando com 2,179.91 pontos.

Bolsas asiáticas fecham em queda com abalo em bancos de investimento nos EUA
Os mercados asiáticos de ações sentiram ontem, o impacto do anúncio da quebra do banco de investimentos Lehman Brothers e da venda do Merril Lynch ao Bank of America. Os principais mercados da região estiveram fechados ontem, mas os que operaram tiveram fortes perdas. A Bolsa de Mumbai (Índia) fechou em queda de 5,4% no índice Sensex; a Bolsa de Taipé (Taiwan) caiu 4,1%; e Bolsa de Sydney (Austrália) fechou em baixa de 2%; e a Bolsa de Cingapura caiu
2,9%. As Bolsas de Tóquio (Japão), Hong Kong, Seul (Coréia do Sul) e Xangai (China) estiveram fechadas devido a feriados.

Bolsa de Tóquio abriu o pregão com queda de quase 4%
(informação às 23h02min de ontem)
A Bolsa de Tóquio abriu o pregão desta teça-feira com queda de 3,99%. O indicador reflete os efeitos da crise na economia americana, já que segunda-feira foi feriado nacional no Japão. O dólar abriu cotado 104,20 ienes no mercado de divisas de Tóquio, frente aos 107,49 ienes da jornada anterior. A variação de quase 3% é o maior avanço do ien frente ao dólar, em nove anos. O governador do Banco do Japão prometeu trabalhar pela estabilidade dos mercados financeiros, após o choque provocado pela quebra do banco americano Lehman Brothers.A insituição também anunciou que injetará 10 bilhões de euros no mercado monetário japonês, para enfrentar as conseqüências da crise.

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MERCADO FINANCEIRO

Bresser afirma que bancos brasileiros não sofrem qualquer ameaça
A crise nos bancos americanos não irá contaminar as instituições bancárias brasileiras, afirmou o ex-ministro da Fazenda, Luiz Carlos Bresser Pereira. Nessa segunda-feira, o sistema financeiro mundial foi abalado com o pedido de concordata do banco de investimentos Lehman Brothers, a venda do Merrill Lynch ao Bank of America e o pedido de empréstimo de US$ 40 bilhões, feito pela seguradora AIG ao Fed - Federal Reserve (Banco Central americano). "O Sistema Financeiro Nacional está sólido e não entrou na especulação imobiliária americana. Nenhum banco brasileiro está sofrendo qualquer ameaça", afirmou Bresser, que descarta qualquer crise no país causada pelo sistema financeiro.
A opinião de Bresser é compartilhada pelo atual ministro da Fazenda, Guido Mantega, que também não acredita na migração da crise bancária americana para o Brasil. "É uma problema circunscrito daqueles que entraram no sistema de subprime. Até agora eu não vi nada que pudesse interferir nos bancos brasileiros", afirmou. Para Mantega, as ações dos bancos brasileiros podem sofrer algumas quedas por conta da repercussão do mercado, "mas nada mais do que isso". Até as 16h20mim de ontem, as ações dos três principais bancos do país listados na Bovespa - Bolsa de Valores de São Paulo - estavam em queda. Os papéis ordinários do Banco Brasil caiam 8,24%, as ações preferenciais do Bradesco estavam em queda de 8%, e os papéis preferenciais do Itaú depreciavam 7,7%.

Dez bancos comerciais criam fundo para garantir liquidez
Um consórcio de 10 bancos comerciais e de investimentos globais anunciou ontem à noite, planos de oferecer US$ 70 bilhões para ajudar a amenizar o aperto do crédito. Os americanos Bank of America, Citibank, Goldman Sachs, JPMorgan Chase, Merrill Lynch e Morgan Stanley; os suíços Credit Suisse e UBS, além do britânico Barclays e do alemão Deutsche Bank, disseram, em comunicado conjunto, que "iniciaram uma série de ações para ajudar a melhorar a liquidez
e mitigar a volatilidade sem precedentes e outros desafios que afetam os mercados de dívida e acionários globais". Os bancos concordaram em criar "uma facilidade de empréstimos com garantias" de US$ 70 bilhões, com cada banco contribuindo com US$ 7 bilhões.
Os 10 bancos poderão acessar a linha de crédito, com cada banco elegível a até um terço dos recursos. A quantia poderá ser expandida se mais bancos se juntarem ao programa. Eles também disseram que trabalharão juntos "para ajudar a facilitar uma resolução ordenada" das exposições a derivativos entre o banco de investimento Lehman Brothers e suas contrapartes. "Os bancos estão comprometidos em continuar trabalhando próximos um do outro, bem como: com o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos; o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA); o órgão regulador do mercado de valores mobiliários americanos (a SEC, na sigla em inglês); governos e reguladores ao redor do mundo e outros participantes do mercado, para assegurar que a indústria, está fazendo tudo para oferecer liquidez adicional e segurança para nossos mercados de capital e sistema bancário", informaram eles. O anúncio foi feito momentos após o Fed anunciar novas medidas para facilitar o acesso a crédito emergencial para instituições financeiras com dificuldades, ampliando a garantia a ser usada em empréstimos no banco central. As linhas especiais de crédito do Fed foram aumentadas de US$ 175 bilhões para US$ 200 bilhões. As informações são da Dow Jones.

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COMÉRCIO EXTERIOR

Exportações de couros somam US$ 1,38 bilhão, divulga CICB
As exportações brasileiras de couros movimentaram US$ 1,38 bilhão de janeiro a agosto desse ano, redução de 6%, em relação ao acumulado em igual período do ano passado. Os dados foram elaborados pelo CICB - Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil -, com base no balanço da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior. Segundo do CICB, mantendo-se a média mensal até agora contabilizada, as vendas externas de couros em 2008, poderão atingir receita ao redor de US$ 2 bilhões, próximo aos US$ 2,19 bilhões registrados no ano passado.
Luiz Bittencourt, presidente do CICB, diz que a redução nas exportações é fruto da apreciação do real que vem castigando o setor desde o início desse ano, comprometendo a competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional. No mês de agosto, os principais destinos do couro brasileiro foram a China e Hong Kong, ambos com US$ 442,8 milhões - participação de 20,46% e 11,57%, com redução de 19% e 5%, respectivamente; Itália, com US$ 359 milhões (26% de participação e decréscimo de 9% ante 2007); e Estados Unidos (9,28% e diminuição de 16%). Os demais países que adquiriram o produto nacional foram: o Vietnã, que aumentou suas compras em 119%, atingindo US$ 72 milhões, Indonésia (incremento de 15%, somando US$ 49,81 milhões), México, Alemanha, Japão e Países Baixos. No acumulado dos oito meses desse ano, também houve crescimento para novos mercados: Costa Rica (de US$ 9,1 mil para US$ 1,1 milhão); Paquistão (de US$ 52,26 mil para US$ 437 mil); Nova Zelândia (de US$ 52,86 mil para US$ 322,75 mil); Nigéria (de US$ 9 mil para US$ 158,69 mil) e Emirados Árabes Unidos (de US$ 70 para US$ 51,15 mil). (Agência Estado)

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LOGISTICA & Infraestrutura

Área de logística cresce em firma prestadora de serviço
A crescente demanda por serviços logísticos, como transporte e armazenagem, e a tendência de terceirização do setor, apontam um cenário em que profissionais de logística encontram vagas não apenas nas grandes empresas, mas também, e principalmente, nos chamados PSLs - prestadores de serviços logísticos.
Segundo levantamento do Ilos - Instituto de Logística e Supply Chain -, o número de PSLs passou de 35, em 1997, para 125, em 2007, um incremento de 257%. A receita total dessas empresas, por sua vez, subiu de R$ 1 bilhão para R$ 25,5 bilhões no mesmo período, de acordo com o instituto. O crescimento, nesse caso, foi de 2.450%. A boa perspectiva do setor foi uma das razões que atraíram Marcel Montipó Salgado, 27, para a carreira. "Desde o primeiro momento do meu treinamento, mostraram-me o crescimento do segmento e o universo de possibilidades para quem está começando a trajetória", afirma. Salgado faz parte da primeira turma de trainees da AGV Logística (a segunda está com inscrições abertas). Seu treinamento, com duração prevista de dez meses, envolve um período de integração e outro de desenvolvimento de projetos. Hoje, no seu primeiro projeto, trabalha com gerência de risco - acompanha, por satélite, o transporte de cargas.
Para Salgado, o contato direto com clientes é outra vantagem de atuar com logística. "É melhor do que trabalhar sempre com as mesmas pessoas e não conhecer ninguém fora da empresa", observa.

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MERCADO ONLINE

UE abre investigação sobre acordo entre Yahoo! e Google
A União Européia está investigando o acordo entre Yahoo! e Google para a área de publicidade on-line. O objetivo da investigação, revelada apenas nessa segunda-feira, 15/9, é verificar se o negócio prejudica a concorrência no setor. "Em meados de julho, nós decidimos abrir uma investigação sob nossa própria iniciativa, sobre o potencial efeito do acordo entre Google e Yahoo! no que diz respeito à competição", afirma Jonathan Todd, porta-voz de Neelie Kroes,
comissária da pasta de competição, principal autoridade antitruste da União Européia.
Na semana passada, o jornal "The Wall Street Journal" informou que o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, contratou um advogado para analisar o acordo, no prenúncio de uma batalha judicial em torno do assunto. Em junho desse ano, em meio à luta do Yahoo! contra a proposta da Microsoft, as empresas fecharam um acordo para a área de publicidade on-line, nos Estados Unidos e no Canadá.
Pelo acordo, o Yahoo! vai exibir anúncios comercializados pelo Google em seu sistema de buscas e outros sites, como a aliança não prevê exclusividade, o Yahoo! poderá escolher entre exibir seus próprios anúncios, os do Google ou de outros parceiros. A Associação Nacional dos Anunciantes dos Estados Unidos já havia protestado contra o negócio, em comunicado. A parceria "provavelmente reduzirá competição, aumentará concentração de poder de mercado, limitará escolhas atualmente disponíveis e elevará preços que os anunciantes pagam pela publicidade em links patrocinados", afirmou a entidade, representante de grandes anunciantes do país. O Yahoo! espera que a aliança seja responsável por um faturamento de US$ 800 milhões por ano, o valor estimado para os primeiros 12 meses é de US$ 250 milhões a US$ 450
milhões.


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MERCADO DE LUXO

Das profundezas do mar para o seu deleite...
Quanto você pagaria para ter uma das 200 garrafas da safra 1907, do Champanhe produzido pela Heidsieck Vineyard? Cuidado com o lance... Esse lote ficou, durante 80 anos, submerso no fundo do mar da Finlândia depois de um acidente quando a embarcação levava a encomenda para a família real da Rússia, em 1916, um ano antes dos bolcheviques derrubarem a monarquia e tomarem o poder. Segundo um levantamento do Hotel Ritz Carlton de Moscou, que comprou o lote, as 200 garrafas juntas valem US$ 54,6 milhões. É o lote de champanhe mais caro da história. O hotel já lançou no mercado o preço por garrafa: US$ 273 mil. Quem comprar não terá a garantia de que poderá beber o líquido mais caro no mundo, mas para os colecionadores esse é um detalhe que não tem a menor importância. Para os interessados em reservar sua garrafa, podem acessar o site do hotel: www.ritzcarlton.com.

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EXPEDIENTE

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