E-Press.biz Economia & Mercado | Edição 056

Kátya Desessards
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NOTÍCIAS

Balança comercial do agronegócio de agosto é 15,7% maior a de 2007
O resultado da balança comercial do agronegócio registrou dois recordes para os meses de agosto: o valor das exportações totalizou US$ 6,8 bilhões, que corresponde a um crescimento de 15,7% em relação a agosto de 2007, e o superávit alcançou a cifra de US$ 5,7 bilhões. No que se refere aos países de destino das exportações brasileiras do agronegócio, a China vem se consolidando na primeira posição. De janeiro a agosto desse ano, houve um crescimento de 97,3% das vendas para o mercado chinês. Isoladamente, a China já concentra 13,1% das exportações brasileiras do agronegócio. Em segundo e terceiro lugares, aparecem os Países Baixos, com participação 9,4%, e os Estados Unidos, com 8,5%. Destaca-se, também, o forte crescimento registrado das exportações para a Venezuela (+136%) e Tailândia (+73%), em relação aos oito primeiros meses de 2007. Nesse período de 2008, a participação da Venezuela, como destino das exportações, subiu de 1,6% para 2,9%. Em relação às exportações para blocos econômicos e regiões geográficas, destaca-se o crescimento dos valores para os seguintes destinos: Aladi (66,5%, excluindo os países do Mercosul), Ásia (60,8%), Europa Oriental (44,9%), Mercosul (24,5%) e União Européia (22,7%). Em termos de participação, a União Européia continua como principal destino, comprando 33,2% das exportações brasileiras do agronegócio, a Ásia, 24,9%, o Nafta, 9,7%, e a Europa Oriental, 7,9%, considerando os oito primeiros meses do ano. Em agosto, as importações de produtos do agronegócio cresceram 29,7%, em relação ao mesmo período do ano passado, e atingiram o valor de US$ 1,07 bilhão. As quantidades importadas de trigo, arroz e milho apresentaram queda de 21,6%, 62% e 62,3%, respectivamente. De janeiro a agosto desse ano, houve elevação de 42,4% das importações em relação ao mesmo período de 2007.

Brasil pode ser beneficiado por licença da UE a soja transgênica
A União Européia pretende aprovar na próxima semana, a importação de soja geneticamente modificada produzida pela CropScience. A licença será concedida nessa segunda-feira, 8/9, pela Comissão Européia e irá vigorar por 10 anos, informou a agência de notícias Reuters nessa quarta-feira, dia 3/9, com base em informações de um representante da União Européia não identificado. Com o tipo A2704-12 de soja transgênica, podem ser produzidos alimentos para seres humanos e para animais. A licença permite somente a importação, mas não o plantio do produto.

Vendas de carros flexfuel sobem 30,2% em oito meses
As vendas de carros flexfuel estão firmes no mercado interno, estimuladas pelos baixos preços do álcool combustível. Em agosto, as vendas totalizaram 200.396 unidades, um aumento de 2,13% sobre o mesmo período de 2007, de acordo com levantamento da Anfavea - Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores - Anfavea. No acumulado dos oito meses do ano, a comercialização ficou em 1.611.277 veículos, um aumento de 30,2% sobre igual período do ano passado. As vendas de carros flexfuel representam 86,7% do total negociado no país. No mesmo período, as vendas de carros a álcool foram de 57 unidades. Só em agosto foram nove unidades, representando zero por cento nas estatísticas.

Samsung confirma interesse na compra da SanDisk
A Samsung Electronics, maior produtora mundial de chips de memória, anunciou que pode comprar a fabricante de memória flash SanDisk, avaliada em US$ 3,2 bilhões. Analistas consideram que uma aquisição possa alterar o balanço do poder no setor de memória flash. "Estamos considerando diversas oportunidades com relação à SanDisk, mas nada foi decidido até agora", disse James Chung, porta-voz da Samsung. Em documentos encaminhados a autoridades regulatórias, no mesmo dia, a Samsung confirmou que adquirir a SanDisk era uma opção. O anúncio foi feito em resposta a reportagens de que o grupo sul-coreano estaria interessado na fabricante norte-americana de memória flash, usada amplamente em dispositivos de armazenagem de dados e aparelhos digitais. "Uma aquisição da SanDisk pela Samsung causaria sérios problemas à Toshiba", diz Yoshihisa Toyosaki, diretor da J-Star, uma empresa de pesquisa sobre tecnologia da informação. As ações da Toshiba, que perde para a Samsung no mercado de memória flash, caíram em 4,6%, sua menor cotação desde novembro de 2005.

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BASTIDOR

- Dell com dificuldades financeiras. A Dell está tentando vender algumas de suas unidades de produção em vários países, para conseguir conter custos, segundo informou o jornal americano "The Wall Street Journal".

- Indústria aérea mundial perderá US$ 5,2 bilhões. A região que terá as piores perdas em 2008 é a América do Norte, com prejuízos de US$ 5 bilhões, o que é muito significativo depois do lucro de US$ 2,8 bilhões em 2007. A América Latina e a África aumentarão suas perdas para US$ 300 milhões e US$ 700, respectivamente. O Oriente Médio continuará obtendo lucros, que passarão de US$ 300 milhões para US$ 200 milhões. É uma situação extremamente delicada, devido aos altos preços do petróleo e à crescente queda da demanda, informou na sexta-feira, dia 5/9, em tele conferência, Giovanni Bisignani, diretor-geral da Iata - Associação Internacional de Transporte Aéreo.

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MERCADOS: Ações, Mercadorias & Futuro

RESUMO DE SEXTA-FEIRA, dia 5/9
- O Dow Jones Industrial Average, principal indicador da Nyse (Bolsa de Valores de Nova York, na sigla em inglês), recuou 2,99%, enquanto o ampliado S&P 500 perdeu 2,99%. Na Bolsa tecnológica Nasdaq, o indicador Nasdaq Composite teve baixa de 3,2%. O principal motivo para o mau humor foi a divulgação de uma queda de 15 mil pedidos iniciais de auxílio-desemprego nos EUA, totalizando 444 mil solicitações iniciais do benefício na semana encerrada no dia 30 de agosto. A expectativa dos analistas era de que os pedidos tivessem caído para 420 mil. Também desanimaram os investidores as quedas nas vendas das redes varejistas Abercrombie & Fitch (-11%), Pacific Sunwear (-6%), Saks (-5,9%) e Nordstrom (-7,9%), entre outras, que ofuscaram o crescimento de 3% nas vendas do Walmart. Os resultados sinalizam um terceiro trimestre de ritmo fraco da economia, uma vez que o consumo responde por cerca de 70% de toda a atividade econômica dos EUA. Bolsas da Europa fecham em baixa pelo 3º dia seguidoAs principais bolsas européias fecharam em baixa na sexta-feira, dia 5/9, pelo terceiro dia seguido, influenciadas negativamente por um alerta da fabricante de aparelhos celulares Nokia e pela contínua preocupação dos investidores com a desaceleração da economia global, depois da divulgação de dados piores do que o esperado sobre o mercado de trabalho americano.
- Na Bolsa de Estocolmo, na Suécia, a Nokia caiu 9,6%, depois de afirmar que sua participação de mercado no terceiro trimestre desse ano, será menor do que o nível de 40% previsto em julho, o mesmo patamar registrado no segundo trimestre de 2008. A companhia também estima que o mercado global de aparelhos celulares, será afetado esse ano, pela diminuição da confiança do consumidor. Prejudicada pela Nokia, Ericsson cedeu 5%.
- No Reino Unido, a Bolsa de Londres fechou em queda de 2,26%, para 5.240 pontos. Os bancos Royal Bank of Scotland e Barclays lideraram as quedas, perdendo 3,5% e 3,6%, respectivamente, em meio às preocupações com a saúde do setor bancário americano e da economia dos Estados Unidos. Outros bancos também terminaram o dia no vermelho, como Lloyds (-2,5%) e HBOS (-2,5%). A queda dos preços dos metais derrubou as ações do setor de mineração. A Antofagasta caiu 7% e a Eurasian Natural Resources cedeu 7,6%.
- A Bolsa de Frankfurt, na Alemanha, fechou em baixa de 2,42%, para 6.127,44 pontos. As ações da MAN recuaram 4,5%, as da ThyssenKrupp, 5,1%, e as da Daimler, 3,1%. A única ação do índice que fechou em alta, de 1,7%, foi a do Deutsche Postbank, sustentada por rumores de uma oferta de compra lançada pelo banco alemão Deutsche Bank. O setor de resseguros está no foco das atenções por causa de uma conferência na próxima semana, na qual executivos vão discutir o impacto do furacão Gustav e a crise financeira.
- Na França, o índice da Bolsa de Paris fechou em baixa de 2,49%, a 4.196,66 pontos. "Todo mundo está em pânico", disse um operador. As ações da franco-italiana STMicroelectronics, perderam 5,6% depois que o banco suíço UBS, rebaixou a recomendação para as ações da fabricante de chips de neutra para venda. No setor de energia, a GDF Suez afirmou que está negociando a compra de um pacote de ativos de gás na Holanda. As ações da companhia fecharam em baixa de 3%. No setor financeiro, o banco de investimento Lehman Brothers rebaixou a recomendação do francês Société Générale, que caiu 2,4%, e a do Natixis, com queda de 4,5%.
- Em Milão, na Itália, o índice S&P/MIB caiu 2,36%, para 27.567 pontos. Um operador disse que os investidores estão preocupados com uma possível rodada de alertas de lucro. Telecom Itália fechou em baixa de 3%.
- Na Bolsa de Madri, na Espanha, o índice Ibex-35 recuou 2,97% e fechou a 11.139,70 pontos. Iberdrola caiu 6% e Gás Natural, 5,1%, mas Endesa foi na contramão do mercado, e saltou 4,3%, em meio a especulações de que a Acciona possa vender sua fatia na companhia. Os papeis da Acciona subiram 2,3%.
- Em Portugal, a Bolsa de Lisboa recuou 2,7% e fechou a 8.354,13 pontos. Portugal Telecom caiu 2,95% e Galp Energia fechou em baixa de 5%.

As Bolsas asiáticas também fecharam em baixa
Afetadas pelas fortes quedas registradas sexta-feira, 5/9, nas Bolsas em Wall Street. Os dados sobre vendas de redes varejistas em agosto nos EUA reforçaram os sinais de que, o consumo dos americanos está em declínio, o que prejudica as exportações das empresas asiáticas.
- A Bolsa de Xangai fechou em queda de 3,3%, ficando com 2.202,45 pontos no índice Shanghai Composite, menor resultado desde dezembro de 2006; já a Bolsa de Shenzhen caiu 3,7%, para 608,18 pontos no índice Shenzhen Composite. As ações da PetroChina caíram 4,2%. Também tiveram perdas as ações da Sinopec (-1,59%); China Vanke (-6,4%); Poly Real Estate (-6,6%); Industrial & Commercial Bank of China (-2,8%); China Construction Bank (-2,95%); Zhongjin Gold (-5,8%); Jiangxi Copper (-6%); e Chinalco (-4,3%). - A Bolsa de Tóquio teve queda de 2,75%, fechando com 12.212,23 pontos no índice Nikkei 225.
- A Bolsa de Hong Kong caiu 3,1%, fechando com 19.752,65 pontos no índice Hang Seng --primeiro fechamento abaixo de 20 mil pontos em mais de um ano. No Japão, caíram as ações da Toyota Motor (-2,5%); Nissan Motor (-3,6%); e Sony (-4,2%), com o recall de 73 mil notebooks da linha Vaio, devido a relatos de aquecimento excessivo da máquina.- As Bolsas de Mumbai (Índia), Cingapura e Sydney (Austrália) caíram mais de 2%.

Petróleo cai com baixa do dólar e aumento do desemprego nos EUA
O preço do petróleo operou em baixa nessa sexta-feira, dia 5/9, com a desvalorização do dólar frente ao euro e divulgação do aumento da taxa de desemprego em agosto nos Estados Unidos, a maior desde setembro de 2003. Às 12h08min de sexta-feira, dia 5/9, (horário de Brasília), o barril do petróleo cru para entrega em outubro, negociado na Nymex (Bolsa Mercantil de Nova York, na sigla em inglês), estava cotado a US$ 106,19, em baixa de 1,57%. Até o horário, o preço mínimo atingido pelo barril era US$ 105,13 e o máximo, US$ 108,10.

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ÍNDICES ECONÔMICOS

Caderneta de poupança cresce em agosto pelo quarto mês seguido
A captação da caderneta de poupança cresceu pelo quarto mês consecutivo e fechou agosto com um resultado positivo de R$ 1,432 bilhão (diferença entre depósitos e saques realizados no mês). Segundo dados divulgados pelo Banco Central, no mês passado, os depósitos somaram R$ 90,860 bilhões e os saques, R$ 89,428 bilhões. Com esses resultados, o saldo acumulado de depósitos na caderneta de poupança chegou a R$ 254,7 bilhões. No mês de julho, o resultado acumulado já havia ultrapassado a marca histórica de R$ 250 bilhões. O aumento dos depósitos na poupança, nos últimos quatro meses, coincide com a saída de investidores de aplicações mais arriscadas, como Bolsa de Valores e fundos de renda variável. Em 2008, o único mês em que houve mais saques do que depósitos na poupança, foi abril. Queda de 50% - Apesar do bom resultado de agosto, a captação da poupança ficou abaixo do registrado nos dois meses anteriores: R$ 1,529 bilhão, em junho e R$ 1,985 bilhão, em julho. Além disso, a procura pela caderneta caiu cerca de 50% nos oito primeiros meses desse ano. Entre janeiro e agosto, os depósitos feitos pelos poupadores superaram os saques em R$ 7,852 bilhões, ante R$ 15,534 bilhões captados no mesmo período do ano passado. Em 2007, a poupança terminou o ano com uma captação recorde de R$ 33,38 bilhões. A expectativa é que, em 2008, a poupança registre o terceiro melhor resultado desde 1995, atrás apenas do ano passado e de 2002 (R$ 10,6 bilhões).

Deflação em alimentos no IPCA é a 1ª desde 2006
A inflação de agosto medida pelo IPCA - Índice de Preços ao Consumidor Amplo -, caiu para 0,28%, de acordo com dados anunciados na sexta-feira, dia 5/9, pelo IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Em julho, a inflação pelo IPCA havia sido de 0,53%. O grupo alimentos registrou deflação de 0,18% em agosto, ante alta de 1,05% em julho. Foi a primeira deflação mensal dos produtos alimentícios no IPCA, desde julho de 2006 (-0,61%), informou a coordenadora de índices de preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos. De acordo com ela, a maioria dos produtos mostrou redução nos preços dos alimentos na passagem do IPCA de julho para o de agosto, com destaque para o tomate (de 10,59% em julho para -36,91% em agosto), a batata inglesa (de -6,4% para -6,55%) e o feijão mulatinho (de -2,12% para -6,46%). Além disso, mesmo os produtos com alta nos preços desaceleram os reajustes, como a carne, cuja alta passou de 4,35% em julho para 0,56% em agosto. Eulina destaca, entretanto, que apesar das deflações em agosto, a maior parte dos produtos alimentícios continua apresentando variações positivas muito elevadas no acumulado do ano até agosto. Com isso, segundo Eulina, "não dá para garantir" que os alimentos não possam vir a ter os preços pressionados novamente. Ela lembra que mesmo com a deflação registrada em agosto, os produtos alimentícios acumulam alta de 9,58% no ano, e de 13,54% em 12 meses, até o mês passado.

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EXPOINTER 2008

Expointer 2008 bate recorde de vendas
A Expointer 2008 entrará para a história como a maior de todos os tempos. A comercialização de animais, máquinas, implementos agrícolas, artesanato e produtos da agricultura familiar somou R$ 383,5 milhões. O valor é 191,2% superior à edição do ano passado, que teve R$ 131,7 milhões em negócios e foi considerada uma feira de recordes por superar as vendas históricas em animais, artesanato e na agricultura familiar. "Essa é uma feira feita por diversas mãos, em parceria com diversas entidades, o que resulta na grandiosidade desse evento de caráter e repercussão mundial", disse a governadora.
O resultado, referente aos negócios fechados até ao meio-dia desse domingo, 7/9, foi divulgado pela governadora Yeda Crusius e pelo secretário da Agricultura, Pecuária, Pesca e Agronegócio, João Carlos Machado, em entrevista coletiva concedida na Central de Imprensa do Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. "Estamos surpresos com os números, que fecharam muito além da nossa expectativa mais otimista", comentou Machado. "Isso demonstra a força e a retomada definitiva do agronegócio gaúcho", ressaltou.
O setor de máquinas e implementos agrícolas, foi o maior responsável pelo incremento nas vendas, com R$ 370,37 milhões, um acréscimo de 208,35% em relação a 2007, quando foi comercializado R$ 120,11 milhões. As grandes estrelas da feira, os animais, também foram destaque nessa 31ª Expointer, com a venda de R$ 10,65 milhões, valor 10,27% maior do que em 2007, que registrou R$ 9,65 milhões. Em artesanato, foram comercializados R$ 1,91 milhão, 43,16% mais do que em 2007 (R$ 1,33 milhão). Os produtos da agricultura familiar totalizaram R$ 800 mil, volume 35% maior que os R$ 591 mil da edição passada. Um dado novo, divulgado pela organização da Expointer esse ano, foi a comercialização de veículos na feira. A movimentação de negócios envolvendo automóveis expostos no Parque Assis Brasil rendeu R$ 30,4 milhões.
Visitantes - O público visitante da Expointer 2008, aberta no último sábado, 3/8, e que terminou nesse domingo, 7/9, totalizou 435 mil pessoas até as 14h desse domingo, segundo dados divulgados pela empresa Estacione Bem, que esse ano administrou a bilheteria e os estacionamentos do parque. No ano passado também, conforme a Estacione Bem, foi registrado um público de 695 mil pessoas.
Cobertura - A Expointer teve a cobertura de 1.782 profissionais de imprensa, um total 20% superior ao ano passado. A cobertura jornalística foi feita por jornalistas e radialistas de 41 municípios gaúchos, oito estados, mais o Distrito Federal (no ano passado foram cinco estados) e 7 países (em 2007, foram três países). (Assessoria de Imprensa do governo do RS)


Banrisul registra propostas de financiamento no valor de R$ 28,2 milhões
O Banrisul registrou, na 31ª Expointer, 581 propostas de financiamento num total de R$ 28,2 milhões. Esse valor representou um crescimento de 71,5% em relação ao do ano passado. Para máquinas e equipamentos agrícolas, foram financiados R$ 26 milhões, o que representou um crescimento de 73%. O destaque foi a linha Pronaf Mais Alimentos, com 152 propostas de financiamento protocoladas por agricultores familiares, totalizando R$ 7,6 milhões. A linha Moderfrota contou com 130 propostas, no valor de R$ 8,6 milhões. As solicitações para a aquisição de animais chegaram a R$ 2,2 milhões, uma elevação de 56 % em relação a 2007. Os animais mais procurados foram novilhas de qualidade, ovinos e bovinos de corte. Entre as máquinas e equipamentos agrícolas, a maior procura foi por tratores de até 75 CV (na linha Pronaf Mais Alimentos), semeadeiras, plantadeiras e pulverizadores. No estande de Agronegócios do Banco, localizado no setor de Máquinas, uma equipe técnica especializada em crédito rural orientou os produtores rurais no encaminhamento de suas propostas de financiamento. Foram assinados os primeiros contratos para liberação de recursos na própria Expointer.

BB acolhe 2.854 pedidos de financiamento no valor de R$ 148 milhões
Os negócios prospectados pelo Banco do Brasil, na Expointer 2008, superaram todas as expectativas. Até as 12h desse domingo, 7/9, a Agência Agronegócios do BB acolheu 2.854 pedidos de financiamento, no valor de R$ 148 milhões. Números que representam incremento de 169,5% em relação a 2007 - quando o balanço, do último dia de Feira, fechou em 1.554 propostas acolhidas no valor de R$ 54,9 milhões. Entre as máquinas, implementos e equipamentos agrícolas, os mais procurados foram os tratores (R$ 85 milhões), seguidos por semeadeiras/plantadeiras (R$ 15 milhões), colheitadeiras (R$ 12,7 milhões) e pulverizadores (R$ 9,5 milhões). O valor médio dos financiamentos protocolados foi de R$ 51 mil. Como no ano anterior, o Pronaf foi a linha de crédito mais procurada, responsável por 1.767 propostas acolhidas num total de R$ 75,3 milhões, com destaque para o Pronaf Mais Alimentos que representou 69,7% dos pedidos protocolados. Em seguida, o Moderfrota registrou 434 pedidos (R$ 37,1 milhões). Para o superintendente do BB no Rio Grande do Sul, Ary Joel de Abreu Lanzarin, "os números demonstram de forma inequívoca, o atual momento da agricultura e reafirmam o compromisso do Banco do Brasil com o desenvolvimento do Estado". AtendimentoDurante os nove dias da Feira, os visitantes e expositores puderam contar com a estrutura de atendimento disponibilizada pela Agência Expointer do BB. Nos terminais de auto-atendimento da agência foram realizadas mais de 16.000 transações - como saques, pagamentos, impressões de cheques, entre outras. Foram processados 1.250 envelopes de depósito, número 84% superior ao efetuado na Expointer 2007. O agendamento de seguros de automóveis (BB Seguro Auto) foi o grande destaque entre os negócios prospectados pela equipe da agência. Foram mais de dois mil seguros agendados.

BRDE recebe solicitações de financiamento de R$ 164,73 milhões
O total de solicitações de financiamento ao BRDE - Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul -, atingiu R$ 164,73 milhões durante a 31ª Expointer - valor 33,4% superior ao registrado em 2007. Ao todo, foram 64 pedidos apresentados na Casa do Banco, sendo que a maior parte se refere a propostas de negócio no segmento do leite (R$ 108, 2 milhões), seguido por projetos de armazenagem (R$ 10,5 milhões) e irrigação (R$ 3,57 milhões). O maior valor é o apresentado pela CCGL - Cooperativa Central Gaúcha LTDA -, que chega a R$ 104 milhões, para implantação da segunda fase do investimento em Cruz Alta/RS, com uma unidade de produção de queijos. "A cadeia do leite é uma das que mais agrega valor dentro do agronegócio e depende, principalmente, do pequeno produtor familiar", afirma o presidente do BRDE, Mario Bernd. Considerando as linhas de financiamento que integram o Plano Safra, R$ 104 milhões são pela modalidade Prodecoop, R$ 11,6 milhões pelo Moderinfra e R$ 5 milhões pelo Pronaf Agroindústria. Na Casa do BRDE, além das solicitações de crédito, também foi firmado contrato de financiamento de R$ 43 milhões, em um investimento total de R$ 53 milhões, para implantação de uma nova unidade de leite em pó da Cosuel - Cooperativa dos Suinocultores de Encantado, que comercializa os produtos da marca Dália. O BRDE também promoveu eventos técnicos. Neles foram discutidas as novas regras do Pronaf e licenciamento ambiental para a agricultura familiar; o cenário atual da avicultura e o potencial de crescimento nas exportações brasileiras de frango; e projetos de sucesso em irrigação e armazenagem.

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COMÉRCIO EXTERIOR

Brasil e Argentina abolirão oficialmente dólar em suas trocas comerciais
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve assinar, nessa segunda-feira, 8/9, um acordo com sua colega argentina, Cristina Kirchner, que irá lançar oficialmente o uso de pesos (moeda argentina) e reais no comércio entre os dois países, abolindo o uso do dólar, segundo entrevista publicada ontem, 7/9, no diário argentino "Clarín". "Vamos abolir o dólar como moeda em nosso comércio", disse o presidente. "É importante recordar que, mais de 70% do que a Argentina exporta para o Brasil, são produtos manufaturados. Isso significa mais valor agregado, mais produção, mais emprego. E isso representa um potencial extraordinário, porque a Argentina está em um processo de reindustrialização." Lula disse ser importante que o Brasil e a Argentina vejam um ao outro como sócios, e não como competidores, ao ser questionado sobre a imagem que o Brasil projeta de tomar decisões autônomas, em questões como as da Rodada Doha, por exemplo. "É muito importante que Brasil e Argentina se vejam não como competidores, mas sim como sócios (...) Acredito, trabalho e aposto na integração da América do Sul e com mais empenho no fortalecimento do Mercosul", disse Lula. "A Argentina tem de ver o Brasil como um mercado de 190 milhões de habitantes, com o qual faz fronteira. Não são necessários navios e vôos de 14 horas para exportar. Basta atravessar uma ponte." Sobre a Rodada Doha, Lula disse que o Brasil tem consciência do papel que desempenha, e de como combinar isso com a cooperação com a Argentina para sua recuperação industrial. "O Brasil tem claro que, quanto mais harmônica for sua relação com a Argentina, mas produtiva ela será, mais contribuiremos para fortalecer o Mercosul e a integração sul-americana."


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ANÁLISE SETORIAL

Alimentos e energia continuarão caros até 2015
Os preços dos alimentos e da energia continuarão subindo, até 2015, quando a tendência de alta deve ser contida, de acordo com estimativas da Cepal - Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe -, que iniciou um seminário regional sobre o tema, nessa quinta-feira, 4/9. Nos próximos sete anos, os preços dos combustíveis e de alimentos como arroz, trigo e milho, continuarão subindo, embora a taxas menores do que tem acontecido nos últimos meses, até se estabilizar em 2015, afirmam os especialistas reunidos pela Cepal. Os preços dos alimentos seguirão pressionados, basicamente, por seu uso na produção de biocombustíves, para fazer frente à alta do preço do petróleo, disse à agência de notícias France Presse , o coordenador do Instituto Internacional de Pesquisas sobre Políticas Alimentares, Máximo Torero. "O modelo que simula a tendência em longo prazo inclui o consumo de biocombustíveis, motivo pelo qual os preços [dos alimentos] se manterão altos, mas sem considerar o pico dos últimos meses", explicou. "Com o desenvolvimento dos biocombustíveis no mundo e, mais regionalmente, no Brasil, vai prosseguir a tendência de alta dos custos, que são transferidos, infelizmente, para todo o espectro social", acrescentou Torero. Em 2015, segundo ele, a pressão sobre os preços deverá diminuir, em conseqüência da aplicação de uma série de medidas para regular a oferta e controlar a especulação - outro fator que influenciou a alta dos preços dos alimentos. Nesse ano, o preço do trigo deverá se estabilizar perto dos US$ 180 por tonelada (contra os atuais US$ 160), enquanto que o arroz poderá atingir um teto de US$ 280 (hoje, são US$ 250). Em relação ao petróleo, a expectativa é de US$ 120 por barril. Nessa quinta, 4/9, o barril fechou a US$ 107, em Nova York. O preço dos alimentos subiu 16% na região, em média, nos últimos 12 meses, chegando a até 30% em alguns lugares, de acordo com os últimos números da Cepal. A alta dos preços prejudicará o desempenho das economias latino-americanas, sobretudo, a partir do final de 2008 e durante 2009, quando se espera que a região cresça abaixo de 4%, seu menor valor nos últimos seis anos, completou a comissão, que prevê crescimento de 4,7% para 2008. (France Presse)

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MERCADO DE LUXO

Brasil já possui 220 mil milionários
O Brasil está entre os países em que o número de milionários mais cresce. Estimativas do BCG (The Boston Consulting) indicam que 220 mil brasileiros detêm, juntos, US$ 1,2 trilhão aplicado no mercado financeiro. Para fazer parte desse time, é preciso ter investido pelo menos US$ 1 milhão. Há dois anos, os brasileiros formavam grupo de 130 mil integrantes com US$ 1,1 trilhão. No ano passado, o Brasil chamou a atenção dos pesquisadores do BCG, que registraram um acréscimo de 60 mil novos participantes, aumentando a lista nacional de milionários para 190 mil. Por isso, uma equipe do BCG veio ao país especialmente, para fazer um levantamento local. O estudo ainda não foi publicado, mas estima-se que os números deverão acompanhar o crescimento registrado nos anos anteriores, em torno de 16%. Segundo o relatório, as fortunas mundiais, incluindo as dos brasileiros, cresceram 3% menos que o esperado devido à crise financeira nos EUA. Mas os números indicam que esses afortunados tornaram-se ainda mais ricos. A soma de suas riquezas atingiu a marca de US$ 109,5 trilhões, uma alta de 4,9% em relação ao ano passado. Os milionários da América do Norte (EUA e Canadá) lideram essa lista, com US$ 39,2 trilhões; seguidos pela Europa, com US$ 38,3 trilhões; Ásia (considerando o Japão), com US$ 25,6 trilhões; Oriente Médio e África, com US$ 3,4 trilhões; e América Latina, com US$ 3,1 trilhões. Isoladamente, os EUA são os líderes mundiais, com 4,9 milhões de pessoas com mais de US$ 1 milhão. Desse total, 674 mil têm mais de US$ 5 milhões. Na Ásia, 900 mil japoneses detêm metade da fortuna da região. Desses, 71 mil têm mais de US$ 5 milhões. Na América Latina, não é diferente. Os brasileiros mais ricos detêm 37% das fortunas da região. Os mexicanos vêm em seguida, com 23%, o equivalente a US$ 714 bilhões. O que explica o aumento acelerado das riquezas no Brasil foi o grande número de IPOs - Ofertas Iniciais de Ações -, nos últimos dois anos. Segundo o BCG, a maior parte das empresas que abriram o capital, pertencia a grupos familiares que, rapidamente, transformaram parte de suas empresas em dinheiro vivo para investir. Os negócios que mais fizeram milionários estão ligados a agropecuária, petróleo e minérios. No rastro desse crescimento, o mercado de luxo no país cresce 17% ao ano, descontando a inflação, o que significa ritmo três vezes superior ao da economia do país. A expansão vem se mantendo nos últimos quatro anos e, segundo estudos internacionais, seguirá até 2013. A fila de milionários aguardando artigos sofisticados, que vão de bolsas e sapatos, passando por jóias e aviões executivos, já chega a 18 meses em alguns casos. Bancos nacionais e estrangeiros que atendem essa classe, já lucram mais que as instituições similares que atuam com os milionários nos EUA, na Europa e no Japão.

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EXPEDIENTE

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