Edição 937 | Ano V

São Paulo / SP

Bancos acertam consórcio para financiar rodovias

Onze dos maiores bancos públicos e privados do país acertaram no final da tarde e ontem, dia 12/9, que participarão do financiamento das rodovias, cujos leilões começam na próxima semana. O consórcio será coordenado pelo Banco do Brasil e terá a participação de Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú, BTG Pactual, Santander, HSBC, Votorantim, JP Morgan, Bank of America e Safra. Eles concordaram em financiar até 70% dos projetos, sendo que os 30% restantes serão bancados pelos concessionários. Os juros serão de até 7% - 5% da TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo) mais 2 pontos de ganho dos bancos.
O ministro Guido Mantega (Fazenda) disse que o ganho do banco de fomento será, no máximo, de 0,5 ponto, ficando o restante com os bancos 
repassadores. Normalmente, o BNDES ficava com 0,75 ponto. A Folha apurou que os bancos privados querem reduzir esse ganho à casa de 0,15 ponto. "Estamos discutindo ainda esse ponto. Mas essa é uma notícia boa. Não é usual que os bancos privados participem desses projetos de tão longo prazo. E todos demonstraram interesse", disse o ministro, após se reunir com os 11 banqueiros. Cada instituição poderá definir qual a porcentagem e o prazo de financiamento que assumirá, segundo a análise de crédito e do elacionamento com o vencedor dos leilões.

Apesar de as concessões serem de 25 anos, os bancos agora poderão financiar os projetos por períodos inferiores, de, no mínimo, dez anos. Os principais pontos já tinham sido discutidos pela área técnica dos bancos, como mostrou reportagem da Folha. O desenho vale para financiar as rodovias, mas poderá ser replicado também nas ferrovias. "Estamos bastante otimistas e achamos que terá concorrência no leilão da próxima quarta", disse. O ministro disse ainda que estuda o pleito dos bancos privados de excluir o IOF dessas operações. A resposta deve sair na próxima semana. "Ultimamente, não estamos fazendo desonerações. Mas estamos estudando e não é uma receita que vamos abrir mão", disse.  (Agência Folha)


Brasília / DF

Santander destinará US$ 10 bilhões a infraestrutura no País

O presidente mundial do Grupo Santander, Emilio Botín, anunciou que a instituição destinará US$ 10 bilhões para financiar obras de infraestrutura no 
Brasil. "O dinheiro está disponível imediatamente para financiar empresas brasileiras e de todos os demais países que quiserem investir no Brasil", disse Botín. Ele esteve reunido nesta quinta-feira, 12, com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto. Segundo Botín, o banco dá "uma enorme importância" ao Brasil e vai colaborar com assessoramento às grandes empresas brasileiras e espanholas, e também com financiamentos para obras de ferrovias, portos, rodovias e aeroportos. As declarações foram dadas após a reunião com a presidente Dilma. Botín assegurou que o banco "aposta" e "tem confiança" no Brasil e lembrou que o País é o mercado mais importante para a empresa. Ele disse que a parcela de US$ 10 bilhões será oferecida para todas as empresas brasileiras e estrangeiras que quiserem investir no País "em uma primeira etapa". Não sinalizou, no entanto, se mais recursos poderiam ser utilizados para esse fim. Ele disse que saiu muito satisfeito da reunião com Dilma. Afirmou, ainda, que o Brasil se consolidou como uma grande potência regional e global, com instituições muito sólidas e um sistema financeiro muito consolidado. O executivo destacou que o Brasil conta com uma margem de manobra suficiente para fazer os ajustes necessários e com um governo plenamente consciente do que tem de fazer e fará, "como demonstrou em outras ocasiões". Segundo ele, os investimentos do Santander no Brasil foram um dos "maiores acertos estratégicos". "Vamos continuar investindo no Brasil", disse, ressaltando que tem "toda a confiança no Brasil". (Agência Estado)

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INDICADORES ECONÔMICOS

Da redação - São Paulo / SP

Crescimento está atrelado à produtividade

Ganhos de produtividade sempre foram apontados como chaves de um crescimento sustentável para qualquer país. As restrições da disponibilidade 
de mão de obra que o Brasil passa a registrar devido ao fim do bônus demográfico, entretanto, faz com que essa necessidade seja ainda mais 
premente. Isso é o que aponta um estudo apresentado dia 11/9, pelos economistas Regis Bonelli e Julia Fontes, da área de Economia Aplicada do 
Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/IBRE)."

De acordo com a pesquisa, que desenvolve diferentes projeções para o PIB até 2022, se o país mantiver o padrão que marcou seu crescimento de 2000 a 2012  — focado no aumento da atividade de setores que demandaram um alto nível de mão de obra  —, uma expansão acima de 2% seria inviabilizada por uma demanda de população ocupada maior do que a população economicamente ativa (PEA) disponível. “Algumas alternativas para reverter esse quadro seriam parar de crescer ou crescer não mais que 2% ao ano; mudar a estrutura de produção brasileira para setores de produtividade mais alta e até uma imigração em grande escala de profissionais. Nada, entretanto, é tão efetivo quanto um aumento forte e contínuo da produtividade em geral”, afirmou Bonelli.

Em sua apresentação, Bonelli ressaltou que nas décadas recentes o capital fixo por trabalhador cresceu a taxas pequenas, indicando queda do investimento, o que impulsiona a produtividade. Também focou a baixa produtividade do setor de serviços, grande demandante de mão de obra. “Se 
tomarmos como base o nível de produtividade relativa dos Estados Unidos entre 2000 e 2008, a produtividade brasileira do setor de serviços caiu 1,7%, enquanto a da Colômbia cresceu 2,8%, a do Chile, 1,8% e a da Coreia, 4,8%”, comparou.


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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)

São Paulo / SP

Investidor deve abandonar zona de conforto para igualar ganhos do passado

O brasileiro precisa ser mais ativo e sair da zona de conforto para igualar os ganhos de dez anos atrás no mercado financeiro, concordam especialistas que participam da Expo Money  na tarde de ontem, dia 12/9, em São Paulo. Negociar taxas de administração, aumentar a disposição ao risco e preferir investimentos isentos de impostos são alguns dos caminhos para melhorar a rentabilidade das aplicações. “Produtos que não cobram IR são o ‘Bolsa Família’ do investidor”, brinca sócio da GPS Investimentos, George Wachsmann, que aconselha aplicar parte do capital em ativos deste tipo se a rentabilidade for muito próxima a de outros produtos de renda fixa. Exemplos disso seriam as LCA (Letras de Crédito do Agronegócio) e LCIs (Letras de Crédito Imobiliário), os fundos imobiliários e debêntures de infraestrutura.
Diferentemente dos tempos em que qualquer aplicação conservadora garantia “viver de renda” sem trabalhar para quem acumulasse um bom patrimônio, hoje, conseguir taxas menores é crucial para obter ganhos melhores, segundo a consultora financeira Rosaline Nunes. “O brasileiro precisa aprender a negociar com os bancos e corretoras taxas de administração mais vantajosas”, afirma. Normalmente, o investidor que faz aportes maiores — acima de R$ 50 mil — consegue cobranças bem mais atrativas do que quem tem pouco dinheiro. Dados da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais) de junho de 2013 mostram que os fundos DI — que remuneram conforme o CDI, atrelado à taxa Selic — são bem mais atrativos para o investidor com mais de R$ 50 mil para desembolsar. Para eles, as taxas são de 0,88% ao ano — enquanto 48% do patrimônio líquido destes fundos é de aplicações abaixo deste valor. Ao mesmo tempo, o investidor de baixa renda — que aplica até R$ 1 mil — pagou no período uma taxa de 3,87% no investimento.  Se não houver possibilidade de conseguir taxas menores, Rosaline aconselha acumular uma quantia em outro investimento para depois migrar para a aplicação desejada, a um custo bem menor.

Rentabilidade mensal - Parece pouco, mas a diferença de 0,1% a mais na rentabilidade mensal pode representar mais de R$ 100 mil em uma 
aplicação com aporte de mesmo valor por 20 anos, exemplifica a consultora. Se o rendimento for de 0,6%, em duas décadas pode-se acumular em torno de R$ 420 mil. Mas se os ganhos mensais forem de 0,7%, o patrimônio será R$ 113 mil maior no período. Outros dois conselhos para aumentar a rentabilidade são abrir mão da liquidez (disponibilidade imediata ao capital) e apostar no longo prazo. “É possível obter ganhos de 10% ao ano, mas não se consegue mais isso sem risco. O investidor não pode mais se dar ao luxo de ficar preso somente a aplicações conservadoras e com liquidez imediata”, afirma Wachsmann. Para o sócio-diretor da Mauá Sekular, Fernando Figueiredo, há boas oportunidades para quem tiver estômago para encarar riscos maiores. “A habilidade de separar o joio do trigo, em um momento de incerteza, mesmo no mercado de ações, pode gerar resultados melhores”, diz. (Fonte: IG/SP)


HOJE na Ásia:

Bolsas asiáticas caem com realização de lucro

Os mercados de ações da Ásia fecharam em queda nos pregões de hoje, 13/9, com realização de lucros antes da reunião de política monetária do Federal Reserve dos EUA na próxima semana. As baixas em Wall Street na quinta-feira e a falta de novos catalisadores na região pesaram sobre a Ásia nesta sexta-feira. Os mercados já estão antecipando a reunião de política monetária do Fed na próxima semana, onde alguns esperam que o banco central indique o começo da redução de estímulo.
Na semana, por outro lado, as ações da Ásia apresentaram retornos saudáveis, com novos sinais de uma recuperação econômica na China e expectativas mais baixas sobre uma intervenção militar dos EUA na Síria.
O índice Xangai Composto fechou em queda de 0,9%, aos 2.236,22 pontos, nesta sexta-feira, mas ganhou 4,5% na semana. O índice Hang Seng, da Bolsa de Hong Kong, perdeu 38,44 pontos, ou 0,2%, para 22.915,28 pontos na sessão, mas ganhou 1,30% na semana.
Na Austrália, o índice S&P/ASX 200 fechou em queda de 0,4%, aos 5.219,60 pontos na sessão e ganhou 1,5% na semana. Já o índice Kospi, da Coreia do Sul, caiu 0,5%, para 1.994,32 nesta sexta-feira, mas subiu 2,00% na semana. Nas Filipinas, o índice PSEi fechou em baixa de 1,0%, aos 6.133,24 pontos e ganhou 2,7% ante a semana passada.
O índice Shenzhen Composto subiu 0,6%, para 1.041,49 nesta sexta-feira. O índice Taiwan Weighted perdeu 0,7%, para 8.168,20 pontos. 


ONTEM no Brasil:

Petrobras leva Ibovespa à terceira sessão seguida no vermelho

O principal índice acionário brasileiro teve a terceira queda seguida no pregão de ontem, dia 12/9, puxado pelos papéis da Petrobras, conforme investidores preferiram a cautela após uma alta acentuada da bolsa no início do mês.

- O Ibovespa recuou 0,49%, aos 53.307 pontos. 
- O giro financeiro do pregão foi de R$ 7,1 bilhões.

Análise 1 - Após um forte rali da Bovespa no início de setembro, os investidores optaram por embolsar ganhos acumulados até segunda-feira, dia 9/9 quando o Ibovespa superou os 54 mil pontos. Os papéis da Petrobras puxaram a queda. Na véspera, após o fechamento da bolsa, a presidente-executiva da estatal, Maria das Graças Foster, disse que não há sinal de que a empresa fará reajuste dos preços de combustíveis. Embraer caiu quase 5%, mas o papel ainda acumula valorização de mais de 30% em 2013, ante queda de 12,5% do Ibovespa. Papéis de bancos também caíram.

Análise 2 - No sentido contrário, ações de construtoras e da OGX (+2,63%) limitaram perdas maiores. Companhias de consumo, como Cia Hering (+1,91%), Lojas Renner (+1,91%), Pão de Açúcar (+0,95%), Lojas Americanas (+0,86%) e Natura (+0,95%) resistiram à onda de realização de lucros, com ajuda de dados robustos sobre as vendas no varejo brasileiro em julho. Pela manhã, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que as vendas no varejo brasileiro cresceram 1,9% em julho contra junho , ritmo mais rápido desde janeiro de 2012. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, as vendas varejistas subiram 6,0%. O mercado manteve-se ainda no compasso de espera pela reunião do Federal 

Reserve na semana que vem. Nos Estados Unidos, as bolsas fecharam em leve queda, com investidores analisando o resultado do relatório sobre pedidos de auxílio-desemprego, que poderia dar pistas sobre os próximos passos do programa de estímulos do banco central do país. O número de novos pedidos caiu de forma acentuada, mas grande parte da queda aparentemente aconteceu por problemas técnicos no processamento dos pedidos, ofuscando a interpretação dos dados antes da reunião do Fed. No plano doméstico, investidores digeriram ainda a notícia de que a bolsa paulista promoverá no ano que vem a primeira mudança na metodologia do Ibovespa em 45 anos , num esforço para torná-lo menos suscetível a oscilações bruscas e mais representativo do conjunto da economia do país. O novo critério passará a levar em conta, além da liquidez, o valor de mercado das companhias em circulação no mercado. Papéis com valor inferior a R$ 1 l cada, como os da petroleira OGX, de Eike Batista, devem ser excluídos do índice.


ONTEM nos EUA:

Dow Jones Industrial fecha em baixa de 0,17%

O índice Dow Jones Industrial, o principal de Wall Street, fechou o pregão de ontem, dia 12/9, em baixa de 0,17%, enquanto o seletivo S&P 500 fechou no vermelho acabando com uma sequência de alta de sete dias consecutivos.
Segundo dados provisórios no fechamento da sessão, esse índice caiu 25,96 pontos, para 15.300,64, enquanto o seletivo S&P 500 caiu 0,34% e o índice composto do mercado Nasdaq 0,24%.
Após vários dias de altas, os investidores optaram pela realização de lucros desde o começo das contratações, e com mais atenção na reunião que na próxima semana o Comitê de Mercado Aberto do Federal Reserve realizará.
No final do dia, mais da metade dos 30 componentes do Dow+ fecharam no vermelho, liderados pelo banco JPMorgan Chase (1,92%), HP (1,39%), Dupont (1,31%) e Pfizer (1,26%), entre outros.
Do outro lado da tabela, os títulos da Walt Disney (2,42%) foram os que mais buriam, após anunciar um programa de recompra de ações.
Também tiveram lucro Verizon (1,78%) e AT&T (1,19%), Boeing (0,52%), Home Depot (0,48 %), Merck (0,29%), American Express (0,15%) e IBM (0,02%).
A rentabilidade da dívida americana a dez anos caiu para 2,91%, enquanto o dólar subiu frente ao euro, negociado a US$ 1,3302. 

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MERCADO FINANCEIRO

São Paulo / SP

Executivo do Itaú descarta pagamento bilionário ao Fisco

O superintendente de relações com investidores do Itaú Unibanco, Geraldo Soares, descartou qualquer possibilidade de que o auto de infração da 
Receita Federal, de uma cobrança bilionária, possa ser pago pela companhia. "Nossa posição é remota desse auto prosseguir", disse ontem, dia 12/9, em palestra a investidores na ExpoMoney.
Segundo ele, a empresa sequer realizou a provisão dos valores do auto de infração. "Se é uma operação considerada remota, no atual estágio, não há motivo para provisionamento", acrescentou. Soares destacou que o Banco Central, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a 
Comissão de Valores Mobiliários (CVM) analisaram e sancionaram a operação na época. "Os órgãos aprovaram a operação em todos os sentidos, inclusive contábil."
Sobre o andamento do processo, suscitado por um auditor da Receita Federal, segue de forma confidencial, relatou Soares. O executivo afirmou ainda que a divulgação do fato relevante, no dia 16 de agosto, aconteceu após o vazamento da informação no mercado. O auto de infração da Receita Federal é pela cobrança de Imposto de Renda no valor de R$ 11,8 bilhões, acrescido de mais R$ 6,8 bilhões referentes à contribuição social sobre lucro líquido, ambos acrescidos de multas e juros. No entendimento da Receita Federal, o banco teria deixado de recolher os valores no ano de 2008 no âmbito da operação societária de associação com o Unibanco.  (Agência Estado)

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INDÚSTRIA

São Paulo / SP

David W. MacLennan será novo CEO da Cargill a partir de dezembro

O conselho de administração da Cargill elegeu David W. MacLennan, atualmente diretor de operações, como CEO da trading, a partir de 1º de 
dezembro. MacLennan substituirá Greg Page, que seguirá como diretor-executivo do grupo. MacLennan trabalha na Cargill desde 1991, onde ocupou vários cargos na área financeira, de gestão de risco, energia e segmento de proteína animal. Ele é diretor de operações desde 2011. (Agência Valor)

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AGROBUSINESS


Da redação - São Paulo / SP

Produção de carne de frango em 2013 ficará próxima do volume produzido no ano passado

Com a crise vivenciada pela avicultura de corte em 2012 motivada pelos altos custos das matérias-primas básicas que não permitiram uma normal reposição dos plantéis de matrizes de corte previa-se como conseqüência futura uma menor produção de carne de frango. O primeiro semestre deste ano confirmou essa expectativa pois a produção de carne de frango foi quase 5% menor que o volume produzido no mesmo semestre do ano anterior. Com as condições internas verificadas no inicio deste segundo semestre – baixa capacidade de matrizes em produção; quebra da produtividade matrizes em decorrência das fortes ondas de frio que atingiram o país e, também, alta mortalidade de pintinhos alojados; aumento ovos inférteis; e, por fim, baixa produtividade dos frangos criados – a produção anual pode até ficar abaixo da alcançada em 2012.
Levando em consideração a representatividade da produção de carne de frango no primeiro semestre dos últimos 10 anos (48,67%) a avicultura de corte poderia produzir no ano o equivalente a 12,736 milhões de toneladas, quase 1% acima do produzido no ano passado (12,645 milhões). Nos últimos três anos a média do primeiro semestre representou 49,89% da produção anual de carne de frango e, nesses parâmetros, o setor produziria um volume aproximado de 12,425 milhões de toneladas, ficando 1,7% abaixo de 2012. Mas para atingir esse volume o setor deverá produzir aproximadamente 1,037 milhão de toneladas por mês e, com certeza, a produção deverá ficar acima desse volume. O mais provável é uma produção superior a 12,425 e menor que 12,736 milhões de toneladas. Volume próximo ou pouca coisa maior que o alcançado em 2012.  (Fonte: AviSite)


Da redação - São Paulo / SP

Avicultura brasileira participa de feira internacional de olho em mercados como Indonésia e Malásia

Além de fidelizar os já clientes europeus do frango brasileiro, a União Brasileira de Avicultura (Ubabef), numa ação conjunta com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), participará da Anuga 2013, na cidade de Colônia, na Alemanha, com estratégias bem ousadas para promover e fortalecer a qualidade da carne de frango do Brasil. A Anuga é uma das maiores feiras internacionais de alimentos, food service e 
varejo e que será realizada entre os próximos dias 5 e 9 de outubro.

De acordo com Ricardo Santin, diretor de Mercados da Ubabef, neste ano a comitiva da avicultura brasileira contará com um estande de 397 metros 
quadrados e a participação de 16 empresas avícolas. “O estande da Ubabef/Apex, junto às 16 agroindústrias participantes, será o maior de todas as suas participações em eventos internacionais e terá estratégias bem elaboradas para promover o selo razilian Chicken e também e pela primeira 
vez o Brazilian Egg. Teremos ações para promover tanto a carne de frango como também a qualidade do ovo brasileiro”, destaca Santin. 

Segundo Santin, o estande da avicultura brasileira abrigará um restaurante e galeteria, comandado pela barista e chef de cozinha paulista Eliana Relvas, que oferecerá pratos à base de carne de frango, o Brazilian Chicken, para os visitantes e clientes internacionais. “Disponibilizaremos, inicialmente, 200 kg de carne de frango brasileira para esta ação do restaurante. Com isso, nós pretendemos fortalecer a qualidade e o sabor do frango do Brasil entre os já clientes da União Europeia e apresentar a nossa carne a potenciais clientes. A mercados que estamos tentando acessar há algum tempo como a Malásia, a Indonésia, o Paquistão e o Camboja”, revela.

No estande da Ubabef/Apex na Anuga 2013 também será feita a apresentação oficial do novo filme de branding dos selos Brazilian Chicken e Brazilian Egg, cujo slogan é “Taking health and happiness to the world” (“Levando saúde e alegria para o mundo”). “Esta já é a quinta vez que participamos da Anuga e queremos levar ao mercado internacional a seguinte mensagem: de que o frango e o ovo brasileiros são de extrema qualidade e que o Brasil é hoje o país mais sustentável na avicultura e também o que tem a maior capacidade de fornecer esses alimentos ao mundo”, comenta Santin. Ainda de acordo com o diretor da Ubabef, as empresas avícolas brasileiras que participarão da feira na Alemanha são a Pif Paf, Superfrango, Globoaves, Copacol, Lar, Frinal, Coasul, GTFoods, C.Vale, Unifrango (com a Jaguá Frango, Avenorte e Avebom), Big Frango, Riveli e a JBS.  (Fonte: AviSite)


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SERVIÇOS, COMÉRCIO e VAREJO

Da redação - São Paulo / SP

Berkley apresenta novo sistema para assessorias

 Na ultima segunda-feira, a Berkley Brasil apresentou o novo conceito para utilização de Assessorias de Seguros como canal de distribuição de seus 
produtos. Com base no gerenciamento on-line, as assessorias parceiras podem usufruir desta nova ferramenta, que visa o gerenciamento da carteira 
nos diversos ramos de atuação e acompanhamento de desempenho.  Além do sistema de cotação on-line dos produtos, o investimento no segmento conta ainda com o treinamento técnico de funcionários das assessorias, bem como de possíveis corretores de suas bases. Segundo o diretor comercial da Berkley Carlos Gabriel Prezenszky, o investimento vem de encontro a uma carência do mercado segurador com 
relação a sistemas que possam oferecer suporte às assessorias. “Nos últimos três anos foram feitos vários testes para identificar quais são as necessidades para desenvolver uma operação eficiente”, diz.  De acordo com o executivo, a Berkley já conta com mais de 10 assessorias parceiras. “Estamos investindo forte, pois entendemos que a assessoria é um canal importante, uma vez que ela tem condições de atingir um grande número de corretores. Para isso, buscamos assessorias especializadas nos segmentos em que atuamos com foco em uma venda consultiva e não massificada”, explica o diretor comercial.

Sobre a Berkley -  A Berkley International Brasil é uma seguradora voltada a segmentos diferenciados como Riscos Financeiros (Garantia e Fiança Locatícia), Ramos Diversos (Riscos de Engenharia, Responsabilidade Civil Geral, RD - Equipamentos/Benfeitorias, Eventos, RC Profissional e D&O) 
e Transportes (Nacional e Internacional). Possui escritórios em São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Salvador (BA), Curitiba (PR) e Porto Alegre (RS). A companhia integra o Grupo W. R. Berkley, um dos maiores e mais respeitados grupos seguradores dos EUA, presente também no Reino Unido, Argentina, Uruguai, Espanha, Hong Kong, Alemanha, Austrália e Canadá.  (Fonte: Agência DPI - Assessoria de Imprensa da Berkley International do Brasil Seguros)

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TI, WEB e e-COMMERCE

São Francisco / EUA

Acionistas aprovam compra da Dell pelo fundador por US$ 25 bilhões

Os acionistas da Dell aprovaram a oferta de US$ 25 bilhões para compra da companhia pelo fundador Michael Dell, o que fará a empresa fechar seu capital e encerrará meses de conflitos com grandes investidores, além de remover incertezas sobre a terceira maior fabricante de computadores do mundo. Acionistas aprovaram a operação em uma reunião especial ocorrida ontem, dia 12/9, em Austin, Texas. Com base nos resultados preliminares, a oferta foi aprovada e a operação deve ser concluída antes do fim do terceiro trimestre fiscal da Dell. O ritmo de transformação interna da empresa deve ser acelerado agora. A aprovação da oferta também deve tranquilizar clientes da companhia, que estavam preocupados diante da batalha pública pelo controle da empresa e travada por Michael Dell contra os investidores Carl Icahn, Southeastern Asset Management e T. Rowe Price. "Assim que o negócio for consumado, eles poderão seguir adiante e concluir grandes negócios de infraestrutura em que estavam trabalhando", disse a analista Shannon Cross, da Cross Research.

Michael Dell, que fundou a companhia com seu nome em 1984 em um dormitório universitário, e sua sócia Silver Lake lutaram por meses para convencer investidores céticos de que sua oferta era a melhor opção para a companhia. Esta semana, o executivo e empresário ganhou vantagem depois que um de seus principais oponentes, Icahn, desistiu da disputa ao afirmar que seria "impossível vencer". A Dell divulgou no mês passado uma queda de 72% no lucro trimestral, refletindo cortes de preços.

Michael Dell tem defendido que a reformulação de sua companhia em direção a uma fornecedora de serviços de computação para empresas nos moldes dos tomados pela IBM é uma transformação complexa que será melhor promovida longe dos holofotes do mercado acionário, por isso a necessidade de fechar seu capital. Mas ainda não está claro se a Dell poderá reforçar seu portfólio de armazenamento de dados, rede e software para rivalizar com a HP e outras empresas rivais. Alguns analistas acreditam que a estratégia pode ter vindo muito tarde, uma vez que grande parte do mercado corporativo já está sendo atendido por IBM e HP.

E com o mercado de computadores pessoais sinalizando nova contração em 2013, investidores têm afirmado que a empresa tem poucas opções. Asoka Kodali, um acionista que detém 3 mil ações da Dell, afirmou que apoiou a oferta de Michael Dell apesar de perder algum dinheiro na operação. "Eu não gostei da oferta, mas eu apoiei ela desta vez porque não vejo futuro para a Dell como companhia aberta", disse ele antes de a votação começar. "Em vez de ter meu dinheiro preso na empresa, eu prefiro assumir uma perda", afirmou.  (Agência Reuters)


Da redação - São Paulo / SP

Seis passos para traçar um plano de carreira bem-sucedido

De forma geral, o líder de TI tem um excelente conhecimento técnico, mas falha na hora de gerenciar pessoas e traçar um plano de carreira adequado. Um cenário que pode atrapalhar sua ascensão profissional. A maneira  mais rápida de reverter esse cenário, aponta o consultor em carreira Eric P. Bloom, é o CIO mudar sua postura. Bloom, presidente da empresa Manager Mecanics LLC, com sede em Massachusetts (EUA), afirma que o grande erro dos líderes de TI está no fato deles não conseguirem identificar talentos e ajudar no desenvolvimento de suas equipes. “O fato é que eles foram promovidos porque eram tecnicamente bons, mas não necessariamente porque tinham fortes habilidades interpessoais ou perfil de liderança”, avalia o especialista. Como forma de ajudar os executivos a melhorar sua imagem na organização e, por consequência, ampliar a oportunidade de melhorias na carreira, seguem seis dicas dos especialistas.

1. Seja claro sobre o que você pode oferecer - A maioria das pessoas não consegue mostrar o valor pode criar para a empresa. Sempre que possível ,deixe claro a competência que você possui e como ela pode ser aplicada para ajudar na obtenção de resultados. Ser visto como alguém que faz a diferença pode levá-lo a futuro candidato a promoções.

2. Peça o que deseja - Mesmo que seu superior não tenha demonstrado apoio até o momento, você deve sentar-se frente à frente com ele e expor suas ambições. Deixe que ele saiba que você precisa dele e esteja pronto para ouvir que seu chefe precisa de você. Fique preparado também para articular o que você pode fazer por ele e como suas habilidades podem ajudar a organização. Não esqueça que seu chefe é a pessoa mais próxima a se tornar o seu defensor.

3. “Comprometa-se” com o sucesso do seu chefe - Pode parecer estranho, se você está sobrecarregado e insatisfeito. Mas se quiser ter sucesso, fixe sua mente no comprometimento com o sucesso de seu chefe. Assim, você se torna parte do trabalho dele e tem a chance de apontar saídas para erros ou problemas. Assim você se destacará pelo potencial que possui.

4. Faça conexões - Quanto mais você construir relacionamentos em toda a organização, melhor posicionado estará na hora de ser considerado para futuras oportunidades. Não amplie muito seus interesses, mas aprenda a tentar conhecer um pouco mais sobre as outras pessoas que estão ao seu redor na empresa. Sempre que possível, almoce com alguém que você conheceu recentemente.

5. Faça o trabalho que você quer eventualmente - “Se você quiser se destacar, vá em frente, demonstre o que você é capaz de fazer”, diz o vice-presidente de marketing da AT&T, Von Wright. “Você precisa fazer o trabalho que quer e para isso tem de começar a fazê-lo hoje mesmo", aconselha. Claro que estar de olho em uma promoção não descarta a tarefa de continuar cumprindo com todas as suas obrigações. Mas você estará usando suas competências para esforços que no futuro podem ser reconhecidos na hora da empresa destacá-lo para a uma nova função, a qual você deseja ocupar um dia. "Você não pode perder a oportunidade de demonstrar suas habilidades na frente de outros líderes", aponta Wright.

6. Acredite e mantenha a esperança - Tanto Wright quanto os especialistas em carreira aconselham a agir como se já fosse o profissional pronto que você quer se tornar. A partir daí, as chances de que as pessoas o enxerguem como o profissional ideal para comandar a organização ou outra área da companhia aumentam.

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INFRAESTRUTURA e LOGISTICA

Da redação - Manaus / AM
Portos do Norte e Nordeste do País vão escoar um terço da safra de grãos
A logística de transporte de grãos no Brasil terá uma grande transformação nos próximos anos com a entrada em operação do Arco Norte de exportações, que ligará o Mato Grosso ao Pará. A expectativa é de que parte do corredor comece a operar em nove meses. No longo prazo, o Arco deverá concentrar ao menos um terço da produção de soja e milho do país, por meio dos portos de Itaqui (Maranhão), Santarém (Pará), Porto Velho (Rondônia) e Itacoatiara (Amazonas). "Esta capacidade de escoamento deve ser atingida num horizonte de tempo de dez anos ou mais. Se considerarmos outros portos do Nordeste, como Pecém (Ceará) e Suape (Pernambuco), esse potencial poderá ser maior", avalia Oswaldo Junqueira, responsável pelo departamento de Trade & Commodity Finance do Rabobank Brasil.

Junqueira considera que Itaqui deverá se tornar o terceiro maior porto de exportação de grãos do Brasil, graças às obras que estão sendo realizadas 
para construção do Tegram - o terminal de grãos do Maranhão. "Santos (em São Paulo) e Paranaguá (Paraná) continuarão sendo os principais portos de saída da carga de grãos do país, mas Itaqui contribuirá para que a região Nordeste aumente significativamente sua participação nas exportações. A BR-163 também permitirá a expansão dos portos de Santarém e do Porto de Vila do Conde, ambos no Pará, nos quais obras de expansão propiciarão aumento dos fluxos de exportação." Uma das estradas mais importantes da região central, a BR-163 é responsável pelo escoamento de mais de 30% da soja nacional.

As novas rotas de escoamento da produção vão reduzir pela metade os custos de frete e permitirão que os grãos cheguem mais rápido ao seu destino, segundo Marcelo Dourado, da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco). "Em função do gargalo de logística no país, a soja que sai do Mato Grosso leva hoje oito meses para chegar à China. Com a ativação dos portos de Itaqui e Santarém, o tempo cai pela metade", explica. "Vai ser uma reviravolta no escoamento de grãos. Isso para o Brasil agrega valor e competitividade ao agronegócio", acrescenta. O presidente da Associação Nacional dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), Glauber Silveira, prevê que o setor conseguirá economizar com o frete, em média, US$ 40 por tonelada quando a nova logística estiver a pleno vapor. "Será o nosso corredor de saída e melhorará a competitividade do país. Mas é preciso agilizar o processo", reclama Silveira.

Renato Rasmussen, analista do departamento de Pesquisa e Análise Setorial do Rabobank, concorda que haverá redução de custos, principalmente para os produtores que operam em áreas de fronteira, como o Mapitoba (Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia), mas isso ocorrerá no longo prazo. "Acreditamos que os impactos significativos nos fretes serão possíveis apenas quando houver um excedente de capacidade de movimentação de cargas. No curto prazo, como o aumento produtivo deverá continuar a ocorrer descompassado dos desenvolvimentos em infraestrutura, é difícil que ocorra uma redução significativa nos preços dos fretes." Jony Marcos Lopes, da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), destaca que o corredor de exportação Norte depende ainda da conclusão das concessões rodoviárias e ferroviárias. Licitações de trechos de estradas que fazem parte do arco e precisam de melhorias ainda estão em estudo, como as rotas que ligam Palmas (TO) a Belém (PA) e Imperatriz a São Luís - ambas no Maranhão. Quando falamos em ferrovias, ele diz que já há estrada de ferro de Palmas até o porto de Itaqui, em São Luís.

O problema é que o Brasil tem dimensões continentais e os investimentos necessários são de proporcional tamanho. "Assim, é difícil colocar um prazo para quando o problema de logística estará solucionado, mas parece claro que os primeiros passos para tal solução começaram a ser dados", afirma Junqueira, referindo-se também às futuras concessões que preveem integração entre rodovias, ferrovias e portos. Embora haja preocupação no mercado em relação aos leilões de ferrovias, devido ao modelo de concessões do setor, que dependerá de uma estatal para vender sua capacidade, Marcelo Dourado diz acreditar que haverá demanda para os leilões. "Porque as rodovias não são, definitivamente, solução para escoar produção de grãos. O mundo corporativo é mais que a Valec (estatal que que originará a nova empresa que venderá a capacidade das ferrovias)", afirma. O importante, segundo representantes do setor de grãos, é que haja empenho do governo e do setor privado para modernizar e tornar eficiente o sistema de escoamento da safra brasileira, que tem crescido a níveis recordes nos últimos anos e esbarrado nos gargalos de infraestrutura.   (Fonte: IG/SP)


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TELECOM

Da redação - Brasília / DF

Anatel cria bolsa de valores virtual para Telecom

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) apresenta em Brasília, no próximo dia 17/09, o Sistema de Negociação de Ofertas de Atacado (SNOA), plataforma de intermediação da negociação de produtos de atacado ofertados pelos grupos detentores de Poder de Mercado Significativo (PMS). Por meio do SNOA, os novos agentes poderão adquirir, de forma isonômica e não discriminatória, via internet, produtos de atacado como torres, dutos, linhas dedicadas (EILD), interconexões, acesso local e roaming - infraestruturas essenciais para agentes que estão chegando ao mercado brasileiro. Previsto no Plano Geral de Metas de Competição (PGMC) da Anatel, o SNOA funcionará como uma bolsa de valores virtual, na qual serão negociados insumos de telecomunicações: os grupos econômicos com poder de mercado significativo ofertarão seus produtos de atacado no sistema e os interessados emitirão ordens de compra de forma livre e isonômica, remotamente pela internet. Todas as negociações de atacado serão centralizadas nessa plataforma, o que trará grande ganho de transparência nas relações comerciais de produtos de atacado do setor de telecomunicações. Com o SNOA, novos investidores, pequenas e médias empresas, terão acesso aos insumos de atacado de forma fácil, transparente e padronizada, podendo competir mais facilmente nos mercados de varejo.  (Fonte: Agência de Notícias do Ministério das Comunicações) 


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TURISMO  e GASTRONOMIA

São Paulo / SP

Produtores de cachaça investem no turismo temático para divulgar bebida

A cachaça, que tem seu dia comemorado hoje, dia 13/9, é a bebida com mais nomes e apelidos – carinhosos ou escrachados – dados pelos brasileiros. Famosa e em fase de ascenção social nos últimos anos – graças, em parte, ao paladar mais sofisticado e ao aumento do poder aquisitivo –, a cachaça tem desafiado a criatividade de pequenos produtores. Uma das tendências mais recentes é mesclar a degustação da bebida com entretenimento. Para isso, oferecem cada vez mais atividades em meio a alambiques e tonéis, em um momento que a bebida ganha evidência após grandes negócios realizados com distribuidores internacionais.

O mineiro Luiz Otávio Pôssas Gonçalves é presidente do Grupo Vale Verde, que faturou R$ 4,5 milhões em 2012, investe no que chama de "propaganda testemunhal". Ele é conhecido no meio empresarial como fundador da Kaiser. Seu parque temático de 50 mil metros quadrados, instalado em Betim (região metropolitana de Belo Horizonte), tem, além de visitas ao alambique, orquídeas, restaurante com cozinha internacional, que inclui pratos e sobremesas feitas com cachaça, como a banana flambada na bebida e sorvete de cana; e atrações para crianças, como passeio de bicicleta, pedalinho e interação com animais. Hoje, Pôssas já recebe por volta de 10 mil visitantes por mês. Na loja, que além de cachaças vende produtos regionais, o maior sucesso é a gelatina de cachaça, receita de sua avó. Agora, o empresário planeja ampliar as visitas. Pôssas construiu um condomínio de luxo em parte da área de 200 hectares para servir como âncora do parque em conjunto com um projeto de hotel resort, em fase de aprovação na prefeitura local e que deve incluir um SPA. "Depois de quase 30 anos, a cachaça está deixando de ser commodity". 

Na região dos vinhos - Moacir Menegotto, diretor da Casa Bucco, já recebe 800 visitantes por mês em seu alambique localizado em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul. "Eles [os turistas] são nossos agentes multiplicadores", conta o produtor. Na região do Vale do Rio das Antas, Menegotto conta que para se impor com relação aos vizinhos, as famosas vinícolas, precisou quebrar preconceitos. "Tinha de mostrar que existiam cachaças e cachaças". Hoje, o que chama de centro turístico já corresponde a 30% do faturamento. A conta inclui encomendas posteriores dos visitantes. O alambique inclui restaurante, onde todos os pratos levam cachaça no processo de cozimento, e hotel para eventos. "O destaque é nosso porco no rolete, que leva nove horas no fogo e é recheado com cachaça", conta o diretor. A visita guiada é gratuita e inclui um pequeno curso e degustação de cachaças e caipirinhas. Na loja, é possível comprar as bebidas e produtos locais, como doces e artesanatos.No local, também é possível realizar atividades de ecoturismo, como trilhas, e se hospedar na casa com hidromassagem, ar condicionado e lareira. Na diária para o casal, as caipirinhas são à vontade. "Vai da capacidade de cada um de digerir e metabolizar", brinca Menegotto.

Intimista - Algumas vezes não é necessário muito esforço para promover a fazenda ou região produtora. É o caso da cachaçaria Maria Izabel, em Paraty, no Rio de Janeiro. Premiada internacionalmente, é possível conhecer o Sítio Santo Antonio, à beira-mar, oito quilômetros ao norte da cidade. Basta agendar. Além de mostrar o processo produtivo, que pode ser acompanhado em dias de destilação, e degustar as cachaças na adega da produtora, é possível se hospedar em uma das quatro suítes da casa. Agora, a produtora planeja criar uma loja para os visitantes. "O sítio tem atraído estrangeiros. A bebida parece que deixou a senzala e veio para a sala de estar", resume Maria Izabel Costa, dona da cachaçaria. "É gratificante contar a nossa história", diz a empresária. Agências de viagens, de olho no aumento da demanda, também criam roteiros específicos sobre a bebida, como a HT Happy Travel, e a Cachaça Tur, que reúne bares, alambiques e associações de produtores de Minas Gerais.  (Fonte: IG/SP)


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