Edição 714 | Ano IV


Da redação - Brasília / DF
Mercado reduz expansão do PIB a 2,30% e Selic a 7,50% em 2012


Diante da dificuldade que a economia brasileira vem mostrando em deslanchar e dos dados fracos de atividade, o mercado reduziu a projeção sobre a Selic neste ano e cortou pela sexta semana seguida a perspectiva para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB). De acordo com relatório Focus do Banco Central divulgado ontem a atrde, dia 18/6, analistas agora preveem que a taxa básica de juros do país terminará 2012 em 7,50%, depois de cinco semanas estimando 8%. Para o PIB, o mercado reduziu a previsão de crescimento de 2,53% para 2,30%. Com isso, os agentes econômicos continuam estimando que o crescimento em 2012 ficará abaixo do já fraco desempenho do ano passado, quando a expansão foi de apenas 2,7%.


Para 2013, as previsões agoram apontam para um PIB crescendo 4,25%, depois dos 4,30% da semana anterior. Já para a Selic no período, o mercado não mudou suas contas, prevendo a taxa encerrando o ano a 9%.
Diante do ritmo lento da atividade no Brasil, a equipe econômica já abandonou a previsão inicial de crescimento de 4,5% do PIB para este ano e fala em algo em torno de 3%. O PIB cresceu apenas 0,2% no primeiro trimestre do ano comparado com os últimos três meses de 2011, mostrando que a economia brasileira ainda patinava. O pior cenário é na indústria, cuja produção registrou a segunda queda seguida em abril, ao recuar 0,2% frente a março.


Com isso, o governo tem se esforçado para fazer a atividade econômica no país voltar a crescer com mais vigor, adotando novas medidas de incentivo. A última foi dada na semana passada, quando anunciou uma linha de crédito de R$ 20 bilhões para que os Estados possam realizar investimentos em infraestrutura. O BC, por sua vez, também tenta ajudar nessa recuperação, ao ter reduzido a Selic em 4 pontos percentuais desde agosto passado, para a mínima recorde de 8,50% ao ano atualmente. A ata da última reunião do Copom mostrou que a autoridade monetária continuou indicando que deve fazer novos cortes na taxa básica de juros do país com "parcimônia."


Inflação - Diante de sinais de arrefecimento da inflação nas últimas semanas, o mercado continuou reduzindo suas estimativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no final deste ano, que passou de 5,03% para 5%. Para 2013, a expectativa foi cortada de 5,60% a 5,54%.
Na sexta-feira, a Fundação Getulio Vargas (FGV) informou que o Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) desacelerou em junho para 0,73%, ante alta de 1,01% no mês passado. Outro sinal de perda de força dos preços foi o IPCA de maio, cuja alta desacelerou a 0,36% em maio, após subir 0,64% em abril.
Ainda segundo o Focus, a taxa de câmbio prevista pelo mercado para o fim de 2012 agora é de R$ 1,95 por dólar, frente a R$ 1,90 por dólar na semana passada.




ESPECIAL RIO+20  -  Rio de Janeiro / RJ
Braskem defende desoneração da economia verde
O presidente da Braskem, Carlos Fadigas, defendeu ontem, dia 18/6, que o governo faça sua parte e onere as fontes não renováveis de produção e, em contrapartida, desonere as fontes renováveis. "Uma ação mais efetiva do governo de desonerar o produto verde é fundamental, depende dessa desoneração para deslanchar (a economia verde)", disse Fadigas."O que cabe às empresas é assumir metas. A solução virá pelainovação e tecnologia", afirmou. A Braskem e mais 225 empresas brasileiras assinaram hoje uma carta com dez compromissos para o desenvolvimento sustentável das suas operações, documento que ficará aberto para mais adesões.
A carta foi elaborada no âmbito da rede brasileira do PactoGlobal, ligada à entidade mundial Global Compact Corporate, que reúne cerca 7.000 empresas no mundo e foi criada pela ONU para mobilizar o empresariado mundial em torno da sustentabilidade.


No Brasil, o Pacto Global conta com 400 empresas.Entre os compromissos assumidos pelas companhias estão a busca pela resultado econômico sustentável; a definição de metas concretas, com posterior divulgação dessas metas; inclusão social; e a difusão do conhecimento, este último destacado como o mais importante pelo diretor de sustentabilidade da Braskem, Jorge Soto. "Vamos levar essa prática para nossos fornecedores e estender o alcance da busca pela sustentabilidade", afirmou Soto. Presente no evento, o representante da CPFL, Augusto Rodrigues, informou como exemplo que a empresa traçou como meta para este ano reduzir em 15% o uso de combustível fóssil nas suas operações e em 5% o uso de papel. (Agência Folha)




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INDICADORES ECONÔMICOS


Da redação - Sãoo Paulo / SP
IPC-S recua na segunda semana do mês
O IPC-S de 15 de junho de 2012 apresentou variação de 0,28%, 0,15 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa registrada na última divulgação. Este foi o menor resultado desde a quarta semana de fevereiro de 2012, quando o índice registrou taxa de 0,24%. 
Nesta apuração, sete das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. O principal destaque partiu do grupo Transportes (-0,39% para –0,65%). Nesta classe de despesa, vale citar o comportamento do item automóvel novo, cuja taxa passou de -2,08% para -3,46%. 
Também apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos: Despesas Diversas (3,63% para 2,38%), Habitação (0,44% para 0,29%), Vestuário (0,65% para 0,40%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,54% para 0,45%), Alimentação (0,76% para 0,74%) e Educação, Leitura e Recreação (0,14% para 0,08%). Para cada uma destas classes de despesa destacam-se os itens: cigarros (8,51% para 5,54%), tarifa de eletricidade residencial (0,60% para 0,00%), roupas (0,65% para 0,16%), salão de beleza (0,65% para 0,34%), arroz e feijão (3,43% para 2,56%) e excursão e tour (0,22% para -1,12%), respectivamente. 
Em contrapartida, apenas o grupo Comunicação (-0,18% para -0,06%) registrou acréscimo em sua taxa de variação. Nesta classe de despesa, vale citar o comportamento do item tarifa de telefone residencial, que registrou variação de -0,28%, ante -0,51%, na apuração anterior. A próxima apuração do IPC-S, com dados coletados até o dia 22.06.2012, será divulgada no dia 25.06.2012. (Fonte: Assessoria de Imprensa FGV)




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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)


HOJE – Fechamento das Bolsas Asiáticas e Abertura das Européias:


Tóquio / Japão
Bolsas da Ásia fecham em queda com fator Espanha
A maioria dos mercados asiáticos encerrou em baixa nos pregões de hoje, dia 19/6. O aumento da taxa de juros da dívida espanhola veio como um balde de água fria no otimismo dos investidores após o resultado positivo nas eleições da Grécia.
- A Bolsa de Hong Kong, contudo, encerrou estável. O Hang Seng Index terminou aos 19.416,67 pontos. Houve modesta realização de lucros, após o rali de 3,3% nos últimos dois pregões. Os investidores evitaram fazer grandes apostas, embora tenham esperanças de medidas de flexibilização monetária por parte do FOMC, dos Estados Unidos.
- As Bolsas da China ficaram no campo negativo, com as preocupações sobre excesso de liquidez com os planos de lançamento de novas IPOs por Citic Heavy Industries e China National Nuclear Power. O Xangai Composto caiu 0,7% e terminou aos 2.300,79 pontos. O Shenzhen Composto também perdeu 0,7%, aos 958,00 pontos.
- Em Taiwan, a Bolsa de Taipé fechou em baixa ressentindo-se do custo elevado de empréstimos à Espanha, o que reavivou as preocupações sobre a dívida soberana na zona do euro. Os investidores também aguardam o desdobramento da reunião do FOMC. O índice Taiwan Weighted caiu 0,11%, aos 7.273,13 pontos.
- A Bolsa de Seul, na Coreia do Sul, encerrou estável com as preocupações renovadas sobre a situação na Espanha pesando no mercado após a forte alta registrada na segunda-feira. O índice Kospi fechou aos 1.891,77 pontos. Os investidores estão focados na reunião de dois dias do FOMC, que começa hoje.
- Na Austrália, a Bolsa de Sydney fechou em ligeira queda, também influenciada pelo pessimismo sobre a situação espanhola. O índice S&P/ASX recuou 0,33%, aos 4.123,33 pontos. Já a Bolsa de Manila, nas Filipinas, apresentou alta, ajudada pelas compras em blue chips no final do pregão. O índice PSEi ganhou 0,6% e encerrou aos 5.081,61 pontos, com moderado volume de negociações. 




ONTEM – Fechamento da Bovespa, NY e Europeias:


São Paulo / SP
Com cautela por Europa, Bovespa tem alta leve
A Bovespa teve um pregão morno no pregão de ontem, dia 19/6. Apesar da queda verificada no início dos negócios, seu principal índice terminou o dia com leve alta, com a apreensão com a crise da dívida na Espanha minimizando o otimismo inicial com a vitória dos partidos pró-resgate nas eleições gregas no domingo.
- O Ibovespa subiu 0,16%, a 56.195 pontos, no maior patamar de fechamento das últimas quatro semanas. 
- O giro financeiro foi de R$ 11,6 bilhões, inflado pelo exercício de opções sobre ações na sessão.
- Dólar sobe a R$ 2,05 após eleição na Grécia.


Análise 1 - "O mercado ficou sem assumir tendência clara hoje, foi um pregão morno. Com a questão grega praticamente dada, os investidores agora esperam o G20 e especialmente o Fed (banco central norte-americano), com grande expectativa de que venha alguma medida de estímulo econômico", disse o analista William Alves, na XP Investimentos.
Os partidos gregos que apoiam o resgate internacional ao país alcançaram acordo para formar um governo de coalização na terça-feira, disse à Reuters nesta segunda-feira uma autoridade sênior do partido conservador Nova Democracia, legenda que venceu por margem apertada a eleição no domingo.


Análise 2 - Já os líderes do G20 pressionaram a Europa a fazer o que for necessário para combater a crise da dívida da região e colocar fim ao círculo vicioso entre seus bancos e as finanças estatais. Pela manhã, a notícia de que os rendimentos dos títulos espanhóis de 10 anos atingiram nova máxima desde que o euro foi implantado, acima de 7%, reforçou a percepção de que a crise na região ainda está longe do fim e acentuou o clima de cautela entre investidores. Em Wall Street, o índice Dow Jones fechou em queda de 0,2%. Mais cedo, o principal índice de ações europeias terminou os negócios com variação positiva de 0,04%.


Análise 3 - Na Bolsa paulista, a preferencial da Vale subiu 0,81%, a R$ 38,71, e a da Petrobras teve alta de 1,89%, a R$ 18,90. OGX terminou a sessão estável, a R$ 9,98. A maior alta do pregão ficou com a ação da TAM, que subiu 6,82%, a R$ 47. O novo leilão para troca de ações da área brasileira com a chilena LAN deve ocorrer na próxima sexta-feira (22).
Redecard avançou 5,24%, a R$ 33,36, após o laudo de avaliação feito pelo Credit Suisse ter apurado valor econômico entre R$ 34,66 e R$ 38,12 para o papel, no âmbito da oferta pública de ações (OPA) da companhia, pelo Itaú Unibanco.


Análise 4 - Em relatório, o Deutsche Bank afirmou que a nova avaliação valida a oferta feita inicialmente pelo Itaú Unibanco, de R$ 35 por ação, e deixa os minoritários com pouca opção a não ser aceitar a proposta. A expectativa dos analistas é que o negócio seja concluído entre agosto e setembro.
Em sentido oposto, a BM&FBovespa fechou em queda de 3,07%, a R$ 10,41. Segundo estudo divulgado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta segunda-feira, há espaço para a entrada de concorrentes no mercado de Bolsa de valores no Brasil, mas isso depende de mudanças regulatórias e não é certo que haja benefícios claros. A preferencial da Usiminas recuou 5,5%, a R$ 7,04. Segundo operadores, investidores reagiam a notícia publicada no jornal Valor Econômico de que a companhia deve fazer oferta de ações para aumentar capital, diante de pesados investimentos em mineração em momento de fraca geração de caixa.




Nova Iorque / EUA
Influenciadas pela UE, Bolsas americanas fecham sem direção clara
A Bolsa de Nova Iorque fechou sem direção clara nos pregões de ontem, dia 18/6, dividida entre as fortes incertezas macroeconômicas dos dois lados do Atlântico e um setor tecnológico que recupera o vigor.
- O índice Dow Jones caiu 0,20%, o Nasdaq subiu 0,78%. O Dow Jones perdeu 23,35 pontos, para 12.741,82 pontos.
- A Nasdaq subiu 36,47 pontos, para 2.895,33 pontos.
- O índice S&P 500 (Standard & Poor's 500) subiu 0,14%, para 1.344,78 unidades.


Análise - Após abrir em queda, os indicadores se aproximaram do equilíbrio com a divulgação de um indicador positivo para a atividade do setor imobiliário nos Estados Unidos. O índice que mede o otimismo das construtoras de moradias individuais alcançou seu nível mais elevado desde a primavera de 2007.
Apesar da notícia, o principal índice de Wall Street voltou ao vermelho devido às crescentes incertezas na Europa. "Os olhares dirigiram-se à Europa, com a esperança de uma declaração construtiva do G20", diz Gregori Volokhine, da Meeschaert New York. "Há também o temor que o Fed [Federal Reserve, banco central americano] não faça anúncios [de estímulo à economia]" após a reunião desta terça e quarta-feira.
Segundo Volokhine, a atual situação macroeconômica é complexa para os investidores. "Torturado pela reunião do Fed, pela cúpula do G20 e por uma Grécia que continua sem primeiro-ministro, é difícil neste momento para um investidor tomar uma decisão, de comprar ou de vender."
Ele diz que a soma de fatores explica os baixos volumes de negociações na Bolsa de Nova Iorque. "As eleições gregas são passado", diz Dick Green, do site de análises financeiras Briefing.com. "Hoje se trata das taxas de endividamento espanholas." As taxas de juros para os títulos espanhóis de dez anos superaram o patamar de 7% nesta segunda-feira, o valor mais elevado desde a criação da zona do euro.




Londres / Inglaterra
Bolsas européias fecham desorientadas
As tensões geradas sobre a dívida soberana de Espanha e Itália derrubaram as Bolsas de Madri e Milão em quase 3% nos pregões de ontem, dia 18/6. As bolsas de Frankfurt e Londres resistiram à repercussão das notícias, fechando em leve alta.
- A Bolsa de Madri fechou em queda de 2,96%, derrubada pelos papeis de bancos. As instituições espanholas foram os mais castigadas no índice Ibex-35: o Santander caiu 4,57%, a 4,696 euros, o BBVA perdeu 4,21%, para 5,03 euros, e o CaixaBank retraiu 2,32%, a 2,358 euros.
- A Bolsa de Milão, por sua vez, perdeu 2,85%. Derrubada também pelos valores bancários, fechou a 13.010 pontos.
- Em Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,69%, a 3.066,19 pontos.
- Em Atenas, o índice Athex subiu 3,64%, a 580,67 pontos, celebrando a vitória do partido conservador Nova Democracia nas eleições legislativas de domingo.
- O Dax 30, de Frankfurt, fechou em alta de 0,3%, a 6.248,20 pontos.
- Fora da zona do euro, em Londres o índice Footsie-100 subiu 0,22%, a 5.491,09 pontos.


Análise - A vitória da direita grega pró-austeridade nas eleições de domingo gregas gerou otimismo no início da sessão, mas não foi suficiente para tranquilizar os investidores dos dois países do Mediterrâneo. As taxas dos bônus espanhóis e italianos a dez anos superavam os patamares de 7% e 6%, respectivamente.




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MERCADO FINANCEIRO


Da redação - São Paulo / SP
Bancos dão mimos para conquistar clientes super-ricos
O aumento do número de milionários no Brasil tem resultado na sofisticação dos serviços financeiros voltados a esses clientes. Para atraí-los, não basta administrar fortunas: as instituições precisam, hoje, atuar como "conselheiras" dos milionários e oferecer a eles experiências raras, como assistir a corridas de Fórmula 1 de locais exclusivos ou velejar ao lado de campeões olímpicos.
O Brasil tem, atualmente, cerca de 50 mil milionários que investem seu dinheiro por meio dos private banks, instituições que fazem a gestão e o planejamento financeiro dessas fortunas, segundo dados da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).


No total, R$ 434,4 bilhões estavam sob gestão dos private banks em 2011, o que representou um crescimento de 21,6% na comparação com 2010. O crescimento desse segmento no Brasil é bem maior do que a média mundial, de cerca de 7% ao ano, segundo a Anbima. Para fazer parte desse seleto grupo de clientes, é preciso ter alguns milhões em dinheiro para investir. Apesar de a Anbima considerar private um cliente que tem pelo menos R$ 1 milhão para destinar a investimentos, as instituições costumam restringir ainda mais o acesso a seus serviços especiais.


Profissional vira 'confidente' do cliente - Os clientes do segmento de private banking do Santander no Brasil, por exemplo, são aqueles que têm, pelo menos, R$ 3 milhões para investir no próprio banco. Os profissionais da instituição não apenas administram os recursos desses clientes, como cuidam também da gestão de seu patrimônio (imóveis, por exemplo), planejam a sucessão deles nos negócios e até a divisão de bens no caso de um divórcio, por exemplo.
O relacionamento com esse cliente, diz o superintendente de private banking do Santander, Marcos Shalders, é muito mais próximo do que o de um gerente de banco com um cliente tradicional. "Esse cliente valoriza muito o relacionamento. Ele quer que o profissional esteja sempre presente e não gosta de mudanças –quer ser atendido sempre pela mesma pessoa. Muitas vezes o private banker vira uma espécie de confidente para quem ele expõe dúvidas e preocupações."


Horário de agência não existe no segmento - A disponibilidade é outro fator fundamental para conservar esse cliente, diz Shalders, do Santander. "O horário da agência de banco não existe no private banking", afirma.
O gerente-executivo de private banking do BB, Yves Cardoso Fidalgo Júnior, confirma. "Se um cliente teve um sinistro com o carro e precisa acessar o seguro às 8h da manhã, por exemplo, o profissional precisa estar disponível", diz. O Banco do Brasil tem cerca de 170 profissionais qualificados para atender aos clientes de private banking no país. Pelo menos 20% têm CPF (Certified Financial Planner), certificação internacional dada a planejadores financeiros. "O segmento de private banking oferece um nível de consultoria financeira de excelência, os gerentes mais bem treinados e mais qualificados, que passam por treinamentos constantes", diz Fidalgo Júnior. Para ser cliente private do BB, é preciso ter pelo menos R$ 2 milhões disponíveis para investir no próprio banco.


Para agradar, mimos que não estão à venda - Além de oferecer o que chama de "trivial básico" (praticamente todos os produtos de investimento disponíveis no mercado, planejamento sucessório, venda de empresas), Shalders, do Santander, diz que a instituição também procura fazer alguns “mimos” aos clientes afortunados, oferecendo coisas que não estão à venda.
Como o banco é patrocinador da Fórmula 1, alguns clientes sempre são chamados, por exemplo, para assistir a corridas em espaços reservados, tanto no Brasil como em outros países.
"Recentemente trouxemos um chef francês ao Brasil e convidamos um grupo de clientes que gosta de gastronomia para um jantar", diz Shalders. Outros clientes foram convidados para uma conversa sobre o mercado de arte mundial com um especialista internacional. "São experiências que esses clientes, mesmo tendo dinheiro, não poderiam comprar."
Os clientes do segmento private do BB também são "mimados" com experiências do tipo. A instituição já chegou a fechar a Sala São Paulo para uma apresentação exclusiva da Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo) só para eles. Alguns clientes também já foram agraciados com a oportunidade de velejar com o bicampeão olímpico Robert Scheidt e de participar de uma aula com o tenista Gustavo Kuerten. "Esse cliente precisa ser encantado", diz Fidalgo Júnior, do BB. (Fontes: Febraban e UOL)




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INDÚSTRIA


São Paulo / SP
Siemens vai construir fábrica em Minas Gerais
A Siemens confirmou ao Valor que sua fábrica de motores no Brasil será construída em Minas Gerais. Segundo o presidente da multinacional alemã, Paulo Stark, a fábrica começará a ser levantada este ano e entrará em operação no fim de 2013. "Ou até um pouco antes", disse ele ontem, dia 18/6, durante evento na Rio+20. O executivo brasileiro, que assumiu a presidência da Siemens no país em outubro, afirmou que a nova unidade receberá investimentos de US$ 60 milhões e produzirá motores de alta eficiência para diversos segmentos da indústria, como óleo e gás. Stark não quis comentar, no entanto, em qual município a nova fábrica será instalada. "Anunciaremos em breve." Essa é a primeira fábrica de motores da Siemens na América Latina. Até lá, a empresa continuará a importar motores da matriz na Alemanha. (Agência Valor)




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AGROBUSINESS


Da redação - São Paulo / SP
Volume de carne de frango do primeiro semestre pode apresentar redução
O fato é raro na atividade. Mas pela segunda vez em uma década, a produção brasileira de carne de frango pode ficar negativa em relação ao mesmo semestre do ano anterior. O último registro do gênero data de 2009 e foi ocasionado pela eclosão da crise econômica mundial na segunda metade do ano anterior.
Partindo da produção estimada para o primeiro trimestre de 2012 e com base no comportamento do setor (tendências de produção e variações observadas no mercado do frango), o AviSite projetou para o corrente trimestre produção pouco superior a 3 milhões de toneladas de carne - eventualmente, o menor volume trimestral desde 2010).  Aceito esse resultado, o volume acumulado em seis meses deve situar-se em torno dos 6,3 milhões de toneladas, recuando perto de 3% em relação ao semestre anterior. Neste caso, o recuo é normal, pois além de ter menos dias, o primeiro semestre se caracteriza por apresentar demanda menor que a da segunda metade do ano. 
Dessa forma, o anormal é a queda em relação a idêntico semestre do ano anterior, fato que nos últimos 10 anos só ocorreu uma única vez. Mas enquanto a produção de três anos atrás, do primeiro semestre de 2009, recuou mais de 3% em relação ao mesmo semestre do ano anterior, desta vez a redução não deve ir muito além de 1%. Com isso, o acumulado nos últimos 12 meses tende a ficar próximo dos 12,8 milhões de toneladas, aumentando pouco mais de meio por cento em relação a idêntico período anterior.




Da redação - São Paulo / SP
Europa registra forte demanda por café brasileiro
O mercado físico de café na Europa viu grande demanda por grãos brasileiros nesta semana com a maior multinacional do setor alimentício entrando na compra do produto, disseram traders. "A Nestlé abriu concorrência para comprar café brasileiro" e exigiu também certificados de sustentabilidade, disse um trader.
Outro operador disse que um crescente número de multinacionais incluem requerimentos de certificados de sustentabilidade em seus leilões. "No passado, Starbucks fez isso, mas agora nós estamos vendo Douwe Egberts e Kraft também procurando café sustentável," ele disse. "Isso torna nosso negócio mais interessante."
O preço dos diferenciais brasileiros se firmaram um pouco esta semana com o MTGB fino do Brasil a 15 centavos abaixo do contrato setembro do arábica na ICE de Nova Iorque, contra 12 centavos abaixo na semana passada.
Traders europeus disse que a qualidade do grão da nova safra do Brasil, onde a colheita está em andamento, estava abaixo do esperado.
Os futuros do arábica firmaram na sexta-feira com uma corrida ao mercado, com uma certa redução dos temores dos investidores de caos na zona do euro às vésperas da eleição na Grécia com notícias de que os principais bancos centrais estão coordenando uma resposta para estabilizar os mercados.
"O mercado está observando a Grécia e está preocupado com o efeito no câmbio", disse um terceiro trader.
Ele disse que operadores dos principais países produtores de café estavam ligando para seus parceiros europeus para perguntar sobre as implicações da possibilidade de a Grécia deixar a zona do euro. "Nós recebemos muitas ligações nestes dias, existe muita incerteza", disse ele. Os estoques de café mantidos em portos europeus caíram levemente durante abril, informou ontem, dia 18//6 a Federação Europeia 




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SETOR AUTOMOTIVO


São Paulo / SP
Montadora Chery vai trazer seu banco ao Brasil para financiar clientes
A montadora chinesa Chery planeja trazer ao país sua operação bancária para ajudar a financiar consumidores e concessionárias. Executivos da companhia têm se reunido nos últimos meses com representantes de bancos nacionais, com o objetivo de firmar parceria para atuação no mercado brasileiro.
Segundo Luis Curi, diretor comercial da Chery Brasil, o banco da montadora começaria a operar pouco antes do início da produção local, prevista para o último trimestre de 2013.
A Chery está construindo uma fábrica em Jacareí (a 84 km de São Paulo).
De acordo com o executivo, apesar do esfriamento do mercado, que fez a companhia reduzir de 60 mil para 30 mil unidades a previsão de vendas para 2012, os planos para a fábrica estão mantidos. A empresa vai investir US$ 400 milhões na unidade, que irá produzir inicialmente 50 mil veículos por ano.


Os fornecedores - O valor inclui investimentos em um polo industrial de autopeças na região de Jacareí (SP). A companhia tenta estimular a instalação de fornecedores para atender ao índice de nacionalização de 65% previsto pelo regime automotivo brasileiro. Ontem, dia 18/6, a montadora se reuniu com 160 empresas de autopeças em São Paulo. Após uma etapa de visitas técnicas e cotações de preço, a Chery pretende definir o grupo de indústrias que irá participar do polo.
A empresa pretende acelerar este processo no caso de fornecedores que já trabalham com a companhia na China. "Alguns itens, como motores, são mais difíceis de nacionalizar na primeira etapa da fabricação local", diz Kong Fan Long, presidente da Chery do Brasil. "Mas a ideia é chegar a 100% [de nacionalização]."


HYUNDAI - Em abril, a Hyundai firmou acordo com o banco Santander que prevê linhas de crédito e financiamentos para concessionárias. A montadora coreana também constrói uma unidade produtiva no Brasil, em Piracicaba (a 160 km de São Paulo).




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COMÉRCIO EXTERIOR


Da redação - Brasília / DF
Exportações superam importações na 3ª semana de junho
A exportações superaram as importações nas três primeiras semanas de junho e o resultado da balança comercial ficou positivo em US$ 389 milhões. As informações foram divulgadas ontem, dia 18/6, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O superavit comercial do período é resultante das exportações de US$ 5,04 bilhões e importações de US$ 4,66 bilhões. O período corresponde aos dias de 11 a 15 de junho.
No acumulado do ano, o saldo comercial é positivo em US$ 6,33 bilhões, resultado 43,2% menor do que no mesmo período de 2011 (US$ 11,14 bilhões). As exportações somam US$ 107,92 bilhões, as importações, U$S 101,59 bilhões. A balança comercial é o resultado do comércio entre os países, a relação entre as exportações e importações. Se o resultado é positivo, é registrado superavit e significa que o país vendeu mais produtos ou serviços do que comprou. No caso de resultado negativo (quando as importações são maiores do que as exportações) é registrado deficit.




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TI, WEB e e-COMMERCE


São Paulo / SP
Facebook compra empresa de reconhecimento facial
O Facebook fechou um acordo para adquirir o Face.com, cuja tecnologia de reconhecimento de facial tem sido usada pela rede social. A ferramenta já tem um aplicativo para Facebook, o PhotoTagger, que permite a marcação automática de amigos em fotos postadas. Nenhuma das companhias divulgou detalhes do negócio. As ações do Facebook subiam quase 6% nesta segunda-feira. No mês passado, o site israelita "Newsgeek" relatou que o valor da possível transação poderia ser algo entre US$ 80 milhões e US$ 100 milhões. O Face.com, que tem sede em Israel, foi fundado em 2007. (Agência Reuters)


Da redação - Sâo Paulo / SP
Modelos de BI focados em TI são insustentáveis
Modelos de Business Intelligence (BI) focados em TI são insustentáveis, alerta relatório da Forrester Research. Cada vez mais, empresas que querem desenvolver capacidades robustas de BI terão de adotar o autosserviço para conquistar o sucesso da estratégia, recomenda a consultoria.
Dois fatores principais estão impulsionando a necessidade de um BI self service. A primeira é que os requisitos de BI mudam rapidamente. Mesmo áreas de TI, com as mais recentes ferramentas e melhores práticas, muitas vezes têm de lutar para manter-se em dia com os requisitos de negócios sobre o BI, afirma pesquisador da Forrester Boris Evelson.
Ao contrário de aplicações empresariais, como Customer Relationship Management (CRM) e Enterprise Resource Planning (ERP), BI tem uma vida útil curta e pode tornar-se obsoleto muito rapidamente, aponta.
Outra questão importante é que as abordagens convencionais de desenvolvimento de software são pouco adequadas para as necessidades do BI de hoje, assinala. "A metodologia tradicional para o ciclo de vida de desenvolvimento de software identifica requisitos do usuário, transformando-os em especificações, e depois passa essas especificações para os desenvolvedores", ensina.
"Enquanto essa abordagem é muitas vezes bem-sucedida para implementações de aplicações tradicionais da empresa, não funciona para a maioria dos requisitos de BI", completa.
Companhias podem se beneficiar ao incluir ferramentas self service para as necessidades de BI, acredita. Embora a TI precise manter o controle de aplicações de BI complexas ou críticas, a grande maioria de outras iniciativas de BI deve ser tratada diretamente pelas unidades de negócio que irão utilizar as aplicações. "A TI mantém um ambiente adequado de BI, mas 80% de todos os requisitos da ferramenta são realizadas pelos usuários de negócios", observa.
Segundo ele, a chave para o sucesso do BI self service está na escolha das ferramentas adequadas, indica Evelson. Para ser realmente útil, ela deve permitir que os usuários casuais, usuários de tecnologia e executivos experientes possam fazer consultas, relatórios e dashboards sozinhos, diz. A Forrester, afirma, no entanto, que o BI self service não significa que a TI deve ser eliminada completamente dos projetos de BI.




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INFRAESTRUTURA e LOGÍSTICA


São Paulo / SP
Kakinoff é o novo presidente da GOL
O paulista Paulo Sérgio Kakinoff, 37 anos, atual presidente da Audi, será o novo presidente da Gol Linhas Aéreas. Ele assume a companhia aérea em 2 de julho. Constantino de Oliveira Júnior, controlador e presidente da Gol desde a fundação, em 2001, ficará no Conselho de Administração, como presidente.
O anúncio estava previsto para amanhã, mas foi antecipado com o vazamento da informação na tarde de ontem, dia 18/6.
Kakinoff era conselheiro da Gol desde janeiro de 2010. Ele estava havia quase 20 anos no grupo Volkswagen (controlador da Audi), onde iniciou a carreira como estagiário. O empresário teve uma ascensão rápida na montadora, tendo comandado a diretoria para a América Latina da Volkswagen na matriz alemã, até assumir o comando da Audi, há dois anos.
Kakinoff e Constantino Júnior, 43 anos, têm em comum o gosto pela automobilismo. Júnior é piloto de carro de corrida e foi campeão da Copa Porsche no ano passado.


Os cortes na estrutura - Júnior entrega a presidência-executiva para Kakinoff depois de ter reduzido custos. Desde o início do ano, Júnior demitiu cerca de mil funcionários, como parte de um drástico plano de reestruturação para recuperar a rentabilidade da companhia, além de ter cortado voos.
No ano passado, a Gol teve prejuízo de R$ 710 milhões, por conta, principalmente, de custos elevados de combustível e câmbio.
Mas os cortes, que atingiram também a cúpula da companhia, deixaram o empresário sobrecarregado e sem tempo para se dedicar a questões mais estratégicas. Hoje, a empresa tem apenas duas vice-presidências (técnica e financeira). A vice-presidência comercial e de pessoal foi eliminada na reestruturação.






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ENERGIA


Da redação - Brasília / DF
Mato Grosso do Sul vira exemplo em bioeletricidade
O que antes era jogado no lixo por indústrias e propriedades rurais agora vira energia em Mato Grosso do Sul. Projetos que utilizam bagaço da cana, restos de madeira e até mesmo resíduos da produção suína e bovina têm se transformado em fontes de alimentação energética, reduzindo até pela metade os custos industriais e se tornado exemplo no País. O gerente de recuperação química e utilidades da Fíbria Industrial no Estado, Fernando Raasch Pereira que o diga. “A implantação do reaproveitamento dos resíduos tanto sólido como líquidos para geração de energia foi o que tornou viável a instalação da indústria aqui. Sem a matriz energética, os custos seriam muito altos”, afirma. Segundo ele, toda a demanda térmica e elétrica da fábrica de papel e celulose em Três Lagoas é suprida pelas caldeiras de biomassa sólida e líquida, que geram energia a partir do que não é aproveitado das florestas comerciais usadas na fabricação dos produtos. Dos 120 megawatts/hora produzidos, cerca de 30 MWh sobram e são destinados ao Sistema Nacional – volume suficiente para abastecer uma cidade de 100 mil habitantes por um ano.




São Paulo / SP
Bacia do rio Aripuanã pode receber até 7 hidrelétricas
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que foram aprovados os estudos de inventário hidrelétrico da bacia hidrográfica do rio Aripuanã.
As análises apontam para a viabilidade de instalação de sete novas hidrelétricas com potência de total de 2.530 megawatts (MW).
Os estudos abrangem 99.357 quilômetros quadrados de áreas no Estado de Mato Grosso; 32.874 km² no Amazonas; e 14.026 km² em Rondônia. Os documentos foram elaborados pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
Entre os projetos avaliados, chamados de "aproveitamentos", quatro são no rio Aripuanã e outros três no rio Roosevelt. "Com a aprovação destes estudos os aproveitamentos hidrelétricos neles identificados passam a integrar a carteira de usinas disponíveis para elaboração dos estudos de viabilidade e projeto básico", informou a Aneel, em nota. Ainda segundo a agência, a bacia do Aripuanã possui área de drenagem de 146 mil km². A região já conta com uma hidrelétrica instalada, a UHE Dardanelos, com potência de 261 MW.




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MERCADO DE LUXO


Da redação - São Paulo / SP
O maior yacht do mundo
Roman Abramovich, dono do clube inglês de futebol Chelsea, está prestes a perder seu título de dono do maior yacht privado do mundo. (LEIA NA ÍNTEGRA)





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