Edição 604 | Ano IV

Da redação – Brasília / DF
Brasil está mais imune aos efeitos da crise
A diretora-gerente do FMI - Fundo Monetário Internacional -, Christine Lagarde, disse ontem, dia 1/12, que o Brasil tem condições para enfrentar a crise financeira internacional. Em entrevista após reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ela afirmou que o País está "bem imune e bem protegido" dos efeitos de contaminação da economia gerados pela crise. Uma das razões para a situação confortável, segundo ela, é que o Brasil tem um sistema financeiro "bastante capitalizado e sólido". Lagarde também elogiou a política macroeconômica brasileira e o tripé composto pelo câmbio flutuante, sistema de metas de inflação e a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). "Devido a esse coquetel, o Brasil está sólido e pode resistir bem à crise", disse. Segundo ela, os encontros com as autoridades brasileiras têm como objetivo discutir e analisar a situação global e, mais importante, avaliar os efeitos da crise financeira internacional. Sobre o tema, disse que "há expectativa de que a parceiros europeus vão montar um conjunto de ações fortes e resilientes para tratar da crise".
 

Brasília/DF e são Paulo/SP
Caixa libera R$ 5 bilhões em crédito após pacote de incentivo do governo
A Caixa Econômica Federal anunciou ontem, dia 1/12, que vai liberar R$ 5 bilhões de crédito para aquisição de eletrodomésticos, móveis, eletroeletrônicos e outros bens de consumo. A medida segue as ações de incentivo ao crédito, investimentos e consumo, divulgadas pelo Ministério da Fazenda. As linhas de crédito incluem o financiamento de eletrodomésticos como fogões, geladeiras e lavadoras de roupa, em até 24 meses.
O ministro da Fazenda Guido Mantega anunciou ontem, dia 1/12, medidas para estimular o crescimento da economia brasileira. Entre as ações está a redução de IPI (Imposto sobre Produtos Industralizados) sobre os chamados produtos de linha branca, como fogão e geladeira. Para fogões, a alíquota, que era de 4%, foi zerada. Para geladeira, o percentual passou de 15% para 5% e, para máquinas de lavar, de 20% para 10%. A alíquota sobre tanquinhos também foi zerada, era de 10%. Outra medida anunciada pelo ministro foi o aumento do teto de financiamentos de casas do "Minha Casa, Minha Vida" com pagamento de tributo menor. Atualmente, casas de até R$ 75 mil pagam apenas 1% relativo a Imposto de Renda e PIS/Cofins. Agora, o teto passará para R$ 85 mil. "Este ano tivemos alguma desaceleração e estamos dando uma aquecida na economia, agora que a inflação esta sob controle, de modo que possamos entrar 2012 com a economia acelerando, com crescimento alto, de 4,5% a 5%", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em entrevista coletiva. "Vamos continuar estimulando o investimento."

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INDICADORES ECONÔMICOS


Da redação – São Paulo / SP
Com IPI menor, geladeira fica R$ 92 mais barata
As grandes redes de varejo informam que a partir de hoje, dia 2/12 o consumidor já encontrará nas lojas eletrodomésticos mais baratos diante da redução de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) anunciada pelo governo. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou ontem, da 1/12, a redução de 4% para zero do IPI cobrado sobre os fogões. Os 10% que eram cobrados sobre os tanquinhos (máquinas de lavar semiautomáticas) também caíram para zero. Em geladeiras, o corte foi de 15% para 5%; em máquinas de lavar, de 20% para 10%. As medidas vão vigorar até 31 de março de 2012. A tabela abaixo traz uma estimativa de queda nos preços dos eletrodomésticos por conta das medidas. O cálculo foi feito com base no valor médio cobrado pelos eletrodomésticos em lojas de São Paulo, segundo pesquisa divulgada pelo Procon-SP. A tabela considera o desconto que as lojas poderiam dar nos preços apenas por conta da redução de IPI, segundo cálculos do IBPT - Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário.

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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)

Da redação – São Paulo / SP
IPC vai para 0,60% em novembro, de 0,39% em outubro
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), apurado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), apresentou variação de 0,60% em novembro, ante 0,39% em outubro. Houve estabilidade em relação ao terceiro levantamento de novembro, quando o índice também foi de 0,60%. O indicador, que mede a inflação da cidade de São Paulo, ficou dentro das estimativas dos analistas consultados pelo AE Projeções, que iam de 0,50% a 0,64%, e foi igual à mediana projetada de 0,60%.
Os preços do grupo Habitação mostraram queda no comparativo entre os dois meses: de 0,66% em outubro para 0,51% na terceira prévia de novembro e 0,41% no fechamento do mês passado. No grupo Alimentação, os preços tiveram elevação - na variação ponderada, foi o item que mais contribuiu para a inflação. Saíram de 0,53% em outubro para 0,74% no atual levantamento. Porém, houve ligeira baixa sobre a terceira quadrissemana de novembro, que foi de 0,80%.
- Já o grupo Transportes manteve a tendência de alta - de uma deflação de 0,12% em outubro, subiu para uma inflação de 0,13% na terceira semana de novembro e fechou o mês com 0,24%. No grupo Despesas Pessoais, os preços também continuaram em elevação. Passaram de 0,80% no fechamento de outubro para 1,27% na terceira leitura de novembro e 1,31% na leitura final do mês.
- O grupo Saúde apresentou ligeira alta: saiu de 0,30% em outubro para 0,36% no terceiro levantamento do mês passado, fechando novembro com 0,46%. Em Vestuário, a inflação seguiu em aceleração. De uma deflação de 0,72% no mês de outubro, avançou para 1,08% na terceira quadrissemana de novembro e fechou o ciclo com 1,36%. Finalmente, em Educação, os preços seguiram estáveis - foi o item que, na variação ponderada, menos contribuiu para o IPC. Em outubro, os preços apresentaram deflação de 0,02%. Teve ligeira subida para uma inflação de 0,04% na terceira leitura de novembro, mesmo porcentual de alta neste levantamento final.
Veja como ficaram os grupos que compõem o IPC em novembro:
Habitação: 0,41%
Alimentação: 0,74%
Transportes: 0,24%
Despesas Pessoais: 1,31%
Saúde: 0,46%
Vestuário: 1,36%
Educação: 0,04%
Índice Geral: 0,60%
(Fonte: Assessoria de Imprensa da Fipe)

Da redação – São Paulo / SP
Produtos agrícolas sofrem forte queda nas Bolsas internacionais
Em novembro, o cacau teve queda de 15,4%, o algodão de 9,8%. No milho, a desvalorização foi de 7,7%. O trigo caiu 7,5% e o açúcar 7,3%. O preço da soja recuou 6,2%. Já o suco de laranja teve alta de 1,8% e o café arábica fechou o mês com valorização de 2,8%. O analista de mercado Antônio Sartori explica que o motivo que está influenciando os preços nas Bolsas internacionais é reflexo da crise mundial. Isso já aconteceu em 2008, quando o mercado em outubro caiu 300 pontos. Este ano, o índice foi igual e a queda em novembro foi pequena em relação ao mês anterior, mas os fundamentos não mudaram. O mundo não parou de comer, mas os estoques mundiais estão baixos, o que indica movimento forte pela frente. De acordo com Sartori, enquanto o cenário na Europa não estiver resolvido, a situação não deve mudar e o clima é outro fator que preocupa porque estamos em ano de La Niña e a estiagem já acontece no sul da América do Sul.

HOJE – Fechamento das Bolsas Asiáticas: e Abertura das Européias:

Europeias abrem pregões em alta
- Paris / França - O índice geral da Bolsa de Valores de Paris abriu nesta sexta-feira em alta de 1,38%, aos 3.178,93 pontos.
- Berlim / Alemanha - O índice DAX da Bolsa de Frankfurt abriu nesta sexta-feira em alta de 1,6%, aos 6.127 pontos.
- Londres / Inglaterra - O índice FTSE-100 da Bolsa de Valores de Londres abriu nesta sexta-feira em alta de 0,70%, aos 5.527,70 pontos.
- Roma / Itália - O índice FTSE-MIB da Bolsa de Milão abriu nesta sexta-feira em alta de 1,45%, aos 15.465,12 pontos. Já o índice geral FTSE Itália All Share abriu em alta de 1,31%, aos 16.199,77 pontos.
- Madri / Espanha - O índice Ibex 35 da Bolsa de Valores de Madri abriu nesta sexta-feira em alta de 0,99%, aos 8.504 pontos.

Tóquio / Japão
Bolsa japonesa fecha em alta
A Bolsa de Tóquio, no Japão, apresentou um modesto aumento no pregão de hoje, dia 2/12, após os acentuados ganhos da véspera. Ações que estavam subvalorizadas continuaram a receber as apostas dos investidores, enquanto Daiichi Sankyo e Eisai lideraram a alta no setor farmacêutico, com compras impulsionadas pela procura interna.
- O Nikkei adicionou 46,37 pontos, ou 0,5%, para 8.643,75 pontos, após alta de 1,9% na sessão anterior. Foi o quarto aumento do índice nas últimas cinco sessões.
Análise - "As nações asiáticas (Tailândia e China) estão mudando suas posições para aliviar a política monetária", disse Hideyuki Ishiguro, supervisor de estratégia de investimento da Okasan Securities. "Com isso, o Japão é a escolha mais fácil para comprar." Entre as farmacêuticas, Daiichi Sankyo adicionou 1,4%, Astellas Pharma subiu 1,7% e Eisai teve alta de 2,1%. Daiichi Sankyo se beneficiou da autorização da Food and Drug Administration, dos EUA, para a Ranbaxy Laboratories, subsidiária da indiana Daiichi, fazer uma versão genérica da droga Lipitor, da Pfizer, para baixar o colesterol. Houve realização de lucros, contudo, entre os principais exportadores. Kyocera perdeu 1,9% e Canon caiu 0,7%.


ONTEM – Fechamento da Bovespa, NY e Europeias:

São Paulo / SP
Bovespa sobe 2,23%, com medidas do governo e isenção de IOF
A Bolsa brasileira teve um forte início de mês, em meio à euforia de investidores com medidas de estímulos anunciadas pelo governo e a isenção do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) até então pago pelo estrangeiro.
- Com mínima de 56.876 pontos e máxima de 58.302 pontos, o Ibovespa teve valorização de 2,23%, aos 58.143 pontos.
- O giro financeiro atingiu R$ 6,943 bilhões.
Entre os ativos de maior peso, Petrobras PN subiu hoje 2,13%, a R$ 22,52; Vale PNA avançou 0,69%, a R$ 39,30; OGX Petróleo ON teve aumento de 0,85%, a R$ 14,08; Itaú Unibanco PN teve valorização de 3,98%, a R$ 33,15; e BM&FBovespa ON se apreciou em 6,68%, a R$ 10,54.
Análise 1 - O dólar fechou em baixa ante o real nesta quinta-feira, influenciado pela perspectiva de um fluxo maior de capitais para o país após as medidas anunciadas pelo Ministério da Fazenda. O mercado de câmbio, no entanto, continuou atento à crise da dívida na Europa, mantendo a moeda norte-americana ainda perto de R$ 1,80. O dólar fechou a R$ 1,8025 para venda nesta sessão, com baixa de 0,57%.
IPI - Entre as medidas anunciadas pelo governo para estimular o crescimento da economia brasileira está a redução de IPI (Imposto sobre Produtos Industralizados) sobre os chamados produtos de linha branca, como fogão e geladeira. Para fogões, a alíquota, que era de 4%, foi zerada. Para geladeira, o percentual passou de 15% para 5% e, para máquinas de lavar, de 20% para 10%. A alíquota sobre tanquinhos também foi zerada - era de 10%.
Análise 2 - Outra medida anunciada pelo ministro foi o aumento do teto de financiamentos de casas do "Minha Casa, Minha Vida" com pagamento de tributo menor. Atualmente, casas de até R$ 75 mil pagam apenas 1% relativo a Imposto de Renda e PIS/Cofins. Agora, o teto passará para R$ 85 mil. "Este ano tivemos alguma desaceleração e estamos dando uma aquecida na economia, agora que a inflação esta sob controle, de modo que possamos entrar 2012 com a economia acelerando, com crescimento alto, de 4,5% a 5%", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em entrevista coletiva. "Vamos continuar estimulando o investimento."
MASSAS - O governo zerou ainda a alíquota de PIS/Cofins sobre massas, que era de 9,25%. Já era zero o percentual incidente sobre farinha de trigo e pão até 31 de dezembro, prazo que foi agora prorrogado em um ano.
IOF - Foi reduzida ainda a alíquota de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) incidente sobre operações de crédito para pessoa física, como financiamentos de automóveis e cheque especial. A alíquota passou de 3% para 2,5% ao ano. Foram zeradas também alíquotas que incidiam sobre o investimento externo em ações. Era cobrado 2% sobre as compras de ações por estrangeiros, que agora não pagarão mais o IOF. Em títulos privados com mais de 4 anos os estrangeiros também pagavam 6%, e agora não haverá mais a cobrança.
Análise 3 - As medidas também têm como objetivo facilitar, por meio do mercado de capitais interno, o financiamento de empresas brasileiras que estão com dificuldade para captar no exterior. Mantega disse ainda o governo pode decidir por novos estímulos para evitar que a economia desaqueça. "À medida que forem necessárias, tomaremos novas medidas, esse não é um programa fechado", afirmou o ministro. A BM&FBovespa considera que "o governo brasileiro agiu com precisão e demonstrou visão de que o mercado de capitais brasileiro vive um momento de grande oportunidade" ao anunciar a isenção do IOF sobre os investimentos externos em ações e títulos privados de longo prazo. Com a medida, a Bolsa acredita em um cenário mais favorável para as cerca de 40 empresas que aguardam melhores condições para fazer suas ofertas de ações. Em comunicado, a Bolsa lembrou que dos R$ 370,7 bilhões captados pelas empresas por meio de oferta de ações entre 2004 e 2011, 70% veio de investidores estrangeiros.

Nova Iorque / EUA
Bolsas americanas sobem pelo 3º dia seguido
Depois de três pregões de lucros gordos, os investidores realizaram ganhos no pregão de ontem, dia 1/12 em Wall Street. O mercado acompanhou os leilões de títulos de dívida na Europa e os indicadores econômicos dos dois lados do Atlântico.
- O índice Dow Jones iniciou dezembro com leve perda de 0,21%, aos 12.020 pontos.
- O Nasdaq conseguiu registrar alta de 0,22%, aos 2.626 pontos.
- E o S&P 500 caiu 0,19%, para 1.244 pontos.
Análise 1 - Nos EUA, os novos pedidos de seguro-desemprego subiram em 6 mil na semana terminada no dia 26 de novembro, somando 402 mil. Na média das quatro últimas semanas, houve acréscimo de 500, para 395,750 mil solicitações. O gasto com construção subiu 0,8% entre setembro e outubro, mas caiu 0,4% perante outubro de 2010. E a atividade manufatureira americana teve expansão pelo 28º mês consecutivo. O indicador que mede esse desempenho saiu de 50,8 em outubro para 52,7 um mês depois.
Análise 2 - Também mereceu destaque a declaração do presidente da França, Nicolas Sarkozy, que informou sobre uma série de amplas reformas que a UE (União Europeia) precisa executar para resolver a crise da dívida, incluindo sanções automáticas para países que não respeitem as regras orçamentárias e uma votação de maioria qualificada dentro da união monetária. Sarkozy disse que apresentará propostas detalhadas para mudar o tratado a UE junto com a primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, em Paris, na segunda-feira. "O Tratado de Maastrich revelou ser imperfeito", disse Sarkozy, referindo-se ao acordo que levou a criação do euro em 1999. "Não pode existir uma moeda comum sem convergência econômica, sem o qual euro será muito forte para alguns e muito fraco para outros", o que pode levar à desintegração da região, acrescentou.

Londres / Inglaterra
Índice europeu de ações fecha em queda após alta da véspera
O principal índice das ações europeias fechou em queda na volátil sessão de ontem, dia 1/12, com as vendas ganhando força por fatores técnicos, após o índice não ter conseguido romper um importante nível de resistência e investidores embolsarem lucros do rali da sessão anterior.
- O FTSEurofirst 300, que reúne as blue chips da região, caiu 0,6%, para 976 pontos, segundo dados preliminares.
- O índice STOXX Europe 600 para bancos caiu 1%.
- Em Londres, o índice Financial Times fechou em baixa de 0,29%, a 5.489 pontos.
- Em Frankfurt, o índice DAX caiu 0,87%, para 6.035 pontos.
- Em Paris, o índice CAC-40 perdeu 0,78%, a 3.129 pontos.
- Em Milão, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,16%, para 15.244 pontos.
- Em Madri, o índice Ibex-35 retrocedeu 0,34%, a 8.421 pontos.
- Em Lisboa, o índice PSI20 encerrou em queda de 0,71%, para 5.497 pontos.
Análise - Os volumes foram baixos, e alta inicial do mercado --provocada pela sólida demanda tanto em leilões de Espanha e França, bem como por esperanças de que o Banco Central Europeu (BCE) tome mais ações para amenizar a crise de dívida da região-- se esgotou. "Ainda mantemos uma perspectiva cautelosa, as ameaças são substantivas e o caminho para uma zona do euro mais sustentável é complicado", disse o presidente de estratégia em investimento da Kames Capital, Bill Dinning, em Edimburgo, que gerencia US$ 76,4 bilhões em ativos. As ações de bancos, foco da crise de dívida da zona do euro devido à sua exposição, figuraram entre as de pior performance.

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MERCADO FINANCEIRO


Berlim / Alemanha
Ninguém crê que ação de BCs vai resolver crise
O ministro alemão das Finanças, Wolfang Schäuble, declarou ontem, dia 1/12, que "ninguém" acredita que a ação coordenada dos bancos centrais será uma solução para a crise da dívida na zona do euro. "Ninguém, salvo representantes da imprensa, acredita que todos os problemas se resolvem com esta decisão dos bancos centrais", disse ele. Os grandes bancos centrais, entre eles o BCE - Banco Central Europeu - e o Federal Reserve dos EUA, anunciaram ontem que se uniriam para facilitar e ampliar até fevereiro de 2013 os intercâmbios de divisas ("swap") a um juro reduzido para injetar liquidez nos mercados. Os mercados financeiros acolheram a notícia com entusiasmo. Mas "o grande problema dos mercados é que reagem geralmente tarde, e quando o fazem é forma exagerada", comentou o ministro alemão. Para Alemanha, o único meio para recuperar a confiança dos mercados é restabelecer as finanças dos países europeus sobre base sólidas. Berlim defende incluir essa disciplina orçamentária nos tratados da União Europeia. (Agence France Presse / AFP)

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INDÚSTRIA


Londres/Inglaterra e São Paulo/SP
Atividade industrial global contrai pelo terceiro mês
A atividade manufatureira global voltou a contrair em novembro, afetada pelo desempenho de fábricas na Europa e na Ásia, em que pese o crescimento acima das expectativas do setor nos EUA, conforme revelou nesta quinta-feira uma pesquisa privada. O índice de atividade global do setor manufatureiro, elaborado pelo banco JP Morgan com base em relatórios de entidades empresariais, teve uma leitura de 49,6 pontos em novembro ante 49,9 em outubro. Trata-se do terceiro mês em que esse índice ficou abaixo do patamar dos 50 pontos, a fronteira que marca a expansão ou a contração de um setor econômico. O desempenho mais fraco do setor manufatureiro se refletiu no mercado de trabalho, que teve a geração mais fraca de empregos dos últimos dois anos. "A taxa de contração na produção teria sido mais substancial se não houve o crescimento nos EUA", comentou a equipe de analistas do JP Morgan no relatório, acrescentando que "fora dos EUA, o nível de produção caiu para o seu patamar mais baixo em mais de dois anos e meio". Uma influente sondagem privada mostrou que o nível de atividade no setor industrial americano aumentou acima das expectativas para o mês de novembro. Elaborado a partir de consultas a empresas de 18 segmentos econômicos, o notório índice ISM para o setor manufatureiro teve uma leitura de 52,7 pontos em novembro, ante 50,8 em outubro.

Da redação – São Paulo / SP
Italiana Luxottica compra fabricante brasileira de óculos Tecnol
O grupo italiano Luxottica, dono da marca Ray-Ban e maior fabricante mundial de óculos, comprou 60% da brasileira Tecnol, com sede em Campinas/SP. Sergio Carnielli, presidente e fundador da Tecnol, permanecerá na empresa, com 40% das ações, presidindo o conselho da companhia. A Tecnol é uma das maiores fabricantes nacionais de óculos, com aproximadamente 1,5 mil funcionários. A empresa, que deteve 50% da rede varejista Óticas Carol entre 2006 e 2008, produz armações com as marcas Forum, Kipling, Pierre Cardin, Turma da Mônica e United Colors of Benetton, entre outras. A Tecnol, porém, não divulga dados financeiros. Assim como outras empresas multinacionais de bens de consumo, a Luxottica vem investindo agressivamente na América Latina para compensar o crescimento mais lento em mercados mais desenvolvidos, como EUA e Europa. O Brasil e outros países emergentes se tornaram o foco da estratégia da companhia. No início do ano, a Luxottica abriu suas primeiras lojas Sunglass Hut no Brasil. A ideia é chegar a 90 lojas no longo prazo. Até dezembro, segundo a empresa, serão 12 em todo País. Ao fim de 2012, o total deve chegar a 25.

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AGROBUSINESS

Da redação – Belo Horizonte / MG
PIB agropecuário: Minas tem três municípios no grupo dos 20
O município de Unaí, localizado na Região Noroeste de Minas Gerais, ocupa o sexto lugar no grupo dos cem com melhor desempenho no quadro do Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária nacional, informa o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A avaliação tem por base dados de 2009, que correspondem à apuração mais recente do instituto. O levantamento mostra que os cem maiores PIBs do setor agropecuário brasileiro somam R$ 26,4 bilhões, sendo a cidade de Sorriso, no Mato Grosso, a detentora do maior PIB agropecuário, valor de R$ 791,1 milhões.
Em Minas Gerais, ao lado de Unaí, que tem um PIB do agronegócio no valor de R$ 512,3 milhões, estão os municípios de Uberaba e Uberlândia, na região do Triângulo, que ocupam o nono e o vigésimo lugar, respectivamente, com os valores de R$ 505,5 milhões e R$ 331,1 milhões. Dados da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa) mostram por que Unaí alcançou uma boa posição no levantamento. Segundo maior produtor de milho do Estado, o município registrou na safra 2010/2011 um volume de 249,0 mil toneladas em lavouras espalhadas por 30 mil hectares.
Na produção de soja, Unaí lidera a produção estadual com 330,0 mil toneladas em 110 mil hectares. Está em primeiro lugar também na produção mineira de sorgo, que alcançou 84 mil toneladas em 20 mil hectares. Neste caso, o município responde por 23% da safra estadual de sorgo. Outro produto das lavouras de Unaí com destaque no PIB da agropecuária é o feijão, cuja produção apurada pelo IBGE em 48 mil hectares, neste ano, foi  de 72,2 mil toneladas. E na pecuária, a criação de bovinos é expressiva, com 340 mil cabeças. 
Uberaba - Já Uberaba garante a sua boa posição no levantamento principalmente com as 4,4 mil toneladas de cana-de-açúcar em canaviais que se estendem por 46,0 mil hectares, segundo dados do IBGE.  O município lidera a produção estadual de cana, que no Triângulo alcança 39,7 mil toneladas ou 58,4% da safra estadual. Uberaba também lidera a produção de milho, com o registro da colheita de 329,2 mil toneladas do grão em 47,8 mil hectares, ainda de acordo com os dados do IBGE, que cita também a produção de 240,0 mil toneladas de soja em 80,0 mil hectares. De acordo com a Secretaria Municipal de Agricultura de Uberaba, também é crescente no município a produção de hortaliças, que ocupa atualmente cerca de 4 mil hectares. Polo de produção de gado zebu, Uberaba conta atualmente com 220 mil bovinos, informa a secretaria.  A produção de leite alcança 80 milhões de litros por ano. Além disso, o município tem 84 fazendas destinadas à produção de material genético para o setor (sémens e embriões).
Uberlândia - Em Uberlândia, um dos destaques da agricultura são os 48 mil hectares de soja, com a produtividade média de 3,1 mil quilos por hectare, segundo avaliação da Emater. O setor se beneficia da possibilidade de agregação do valor à soja no próprio  município, onde três indústrias têm capacidade de fazer o esmagamento de 7,1 mil toneladas de soja por dia, que resultam no farelo e óleo, entre outros produtos.
No caso do milho há 18 mil hectares plantados em Uberlândia, e a produtividade média é de 9 mil quilos do grão por hectare. A média estadual é um pouco abaixo de 5 mil hectares, segundo a Emater. Ainda na agricultura, Uberlândia tem o cultivo de hortaliças e frutas em cerca de 700 hectares. A silvicultura é representada por 7 a 8 mil hectares de eucalipto. Uberlândia conta com 278,9 mil cabeças de bovinos, e a produção de leite é da ordem de 90 milhões de litros/ano. Já a suinocultura é composta de um plantel de 13 mil cabeças de matrizes. As granjas avícolas do município alojam 17 milhões de aves que devem gerar neste ano um volume da ordem de 170  milhões de toneladas de carne. 
Reforço para a economia - Para o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Elmiro Nascimento, a participação de Unaí, Uberaba e Uberlândia no grupo dos vinte municípios com maior PIB agropecuário do país mostra o expressivo potencial de Minas Gerais nas múltiplas atividades ligadas à produção de alimentos. “O desempenho desses municípios e dos 14 demais que integram o grupo dos 100 representa um expressivo esforço para o fortalecimento da economia estadual, sobretudo com a expansão, a cada ano, dos índices de exportação dos produtos originados das propriedades mineiras”, finaliza.

São Paulo / SP
Commodities continuam sob pressão
Apesar das altas observadas ontem, quando foram anunciadas ações coordenadas de diversos bancos centrais contra a crise no mundo desenvolvido, sobretudo na Europa, quase todas as principais commodities agrícolas negociadas pelo Brasil no exterior fecharam novembro com preços médios menores que os de outubro. Conforme levantamento do Valor Data baseado nos contratos futuros de segunda posição de entrega (normalmente os de maior liquidez) dos produtos transacionados nas bolsas de Chicago (soja, milho e trigo) e Nova Iorque (açúcar, café, cacau, suco de laranja e algodão), o suco foi a exceção. Na comparação com as cotações médias de dezembro e de novembro de 2010, apenas café, suco e milho ainda têm variações positivas.
A maior parte das previsões convergiu nas últimas semanas para um cenário menos positivo para os preços das commodities agrícolas no que resta de 2011 e em 2012, mas as altas de ontem - de açúcar, café, soja e milho -, derivadas de uma maior otimismo em relação à saúde da economia global que derrubou o dólar e impulsionou ações de empresas, mais uma vez comprovaram que a única certeza é que a volatilidade vai continuar. "Diante das turbulências financeiras, vivemos [em novembro] um refluxo do capital financeiro especulativo [nos mercados de commodities agrícolas] e isso está afetando os preços. Mas a crise envolve 20% do mercado consumidor global, localizado em países onde o consumo de alimentos é relativamente inelástico. Os demais 80% estão em países que continuam crescendo. Nesse contexto, não acredito que haverá redução", diz Antonio Sartori, da corretora gaúcha Brasoja.
No caso dos principais grãos, básicos para a alimentação humana e animal e com maior influência sobre os índices inflacionários, Sartori lembra que qualquer problema provocado pelo fenômeno climático La Niña na América do Sul, que atualmente semeia a safra 2011/12, poderá atrair novamente os grandes fundos e provocar novas valorizações. Fabio Silveira, economista da RC Consultores, com sedes no Rio e em São Paulo, considera que processos de recuperação de recessões, como os países desenvolvidos terão de encarar, normalmente exigem preços decrescentes, e que a tendência é de queda das cotações internacionais das commodities, e, com isso, da inflação global.
Análise divulgada pelo Barclays Capital, em Londres, concorda que os fundamentos são positivos para os grãos, que ainda apresentam estoques mundiais baixos. Mas, consideradas as médias de novembro calculadas pelo Valor Data, as estimativas do banco para o quarto trimestre como um todo apontam melhora, também em média, só para café e algodão. Levando-se em conta apenas os fechamentos de ontem em Chicago e Nova York, o Barclay's, que não fez previsões para o suco, estima que as demais commodities que fazem parte do levantamento terão preços médios estáveis ou maiores no quarto trimestre, menos o trigo. Ou seja: é possível concluir que, para o Barclay's Capital, o mês terminou com viés de alta.
Entre as médias de novembro, a do açúcar liderou as baixas em relação às de outubro. Com a queda de 6,04%, aumentaram as desvalorizações na comparação com as médias de dezembro (14,49%) e de novembro de 2010 (9,09%). Afora o fluxo dos fundos de investimentos, uma maior definição em torno da próxima safra brasileira de cana guiará o mercado em dezembro.
Das commodities analisadas, a única que tem ganhos nas três comparações é o suco de laranja: 4,12%, 5,56% e 9,29%, respectivamente. É verdade que, apesar de suas gordas safras atuais de laranja, os estoques do produto estão em seus mais baixos níveis tanto no Brasil quanto nos EUA, os dois maiores produtores. Mas alguns analistas veem nessa sustentação a ação de especuladores no mercado, conhecido por depender de poucos investidores de peso.
Entre os três principais grãos, soja e trigo já aparecem com retrações generalizadas. No caso da oleaginosa, a baixa em relação à média de outubro foi de 3,81%, o que ampliou as perdas na comparação com dezembro para 11,3% e levou a queda sobre novembro de 2010 a 6,66%. No trigo, as retrações ficaram em 4,09%, 19,7% e 11,02%, respectivamente. O milho, por sua vez, fechou novembro com cotação média 1,23% inferior à de outubro, mas ainda acumula ganhos de 6,64% sobre dezembro e de 12,42% na comparação com novembro de 2010.

Da redação – Rio de Janeiro / RJ
Agricultor Familiar produz 15 toneladas de maracujá amarelo por ano
Em Marcionílio Souza, município localizado a 330 km de Salvador, a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola S. A. (EBDA), em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), analisam novas variedades do maracujá amarelo mais adaptadas à região. Ao todo são estudadas 15 variedades do maracujá amarelo, em uma área de ½ hectare, localizada em uma unidade de avaliação de novas variedades de híbridos do maracujazeiro, instalada desde 2010, na fazenda do agricultor Rozildo Vieira dos Santos, no Lote Jardim da Saudade, em Marcionílio Souza. “Saber qual a variedade que consegue produzir bem, em nossa região, é importante para a implantação de uma nova cultura, no município”, afirmou o técnico da EBDA, Jonas de Oliveira Cezar. Por este motivo a EBDA, órgão vinculado à Secretaria Estadual da Agricultura (Seagri), vem atuando nas diversas regiões produtoras de maracujá, não só prestando assistência técnica, como também orientando sobre a necessidade de produção de variedades mais produtivas e adaptadas às regiões.
Os frutos produzidos na propriedade de Rozildo dos Santos são de qualidade. Segundo o Técnico, em um ano, eles conseguiram produzir aproximadamente 15 toneladas de maracujá amarelo. A boa produção é resultado da assistência técnica prestada pela EBDA. Foi incentivada a utilização do sistema de irrigação por gotejamento (a água é vagarosamente fornecida a uma área específica, próxima às raízes da planta, por uma rede de gotejamento); e da adubação de fundação (adubação da cova) e de cobertura (adubação na superfície), que são feitas a cada 90 dias, com o espaçamento entre linhas de 2,5 metros e de uma planta para outra de 3,5 metros.
Depois do resultado que Rozildo dos Santos conseguiu em sua propriedade, outros agricultores familiares da vizinhança, já procuraram a EBDA para implantar a cultura em seus terrenos. “Antes o pessoal da região falava que era coisa de louco plantar maracujá aqui. Hoje, já temos outros agricultores produzindo e buscando utilizar as mesmas tecnologias”, declarou Jonas Cezar. Para diminuir seu trabalho no campo e ter uma polinização natural garantida o agricultor, ao invés de fazer a polinização com as próprias mãos, captura ninhos de mamangavas (inseto que são bastante úteis para se obter uma polinização natural) e os coloca no seu pomar. Para as próximas safras o agricultor espera um aumento na produção.
Comercialização - Além de comercializar os maracujás no mercado local, Rozildo dos Santos também vende os frutos para o Programa Nacional de Alimentação e Escolar (PNAE) e no Programa de Aquisição de alimentos (PAA). O agricultor espera que o esforço seja compensado com a manutenção de um bom preço do fruto. “A expectativa é boa, muito boa! Consegui um preço excelente na feira. Cheguei a vender o quilo do maracujá por R$ 2,00”, afirma. (Fonte: Assessoria de Imprensa EBDA)

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SETOR AUTOMOTIVO


Tóquio / Japão
Toyota e BMW fazem acordo para baterias e motores a diesel
A Toyota e a BMW anunciaram nesta quinta-feira uma parceria para pesquisas sobre baterias de lítio para a próxima geração de carros elétricos; além disso, a BMW vai passar a fornecer motores diesel para a montadora japonesa, informa o Wall Street Journal. "Acreditamos que essa colaboração vai permitir que o desenvolvimento da próxima geração de baterias seja feito mais rapidamente e num nível mais elevado", disse o vice-presidente executivo da Toyota, Takeshi Uchiyamada.Com esse acordo, a BMW poderá ter um papel de baixo risco no desenvolvimento de baterias em parceria com a líder mundial em motores híbridos; a Toyota, por sua vez, passará a equipar seus carros para venda na Europa com motores diesel de 1.6 litro e 2.0 litros produzidos pela BMW; cerca de metade dos carros vendidos na Europa são movidos a diesel. (Agência Dow Jones)

São Paulo / SP

Importadores de carros protocolam proposta para flexibilizar IPI
As importadoras de veículos querem a flexibilização do aumento do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para automóveis com nacionalização abaixo de 65% no país. A nova regra, que entra em vigor na segunda quinzena deste mês, determina a elevação do imposto em 30 pontos percentuais nesses casos. O presidente da Abeiva (Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores), José Luiz Gandini, vai protocolar na sexta-feira, no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, uma carta tratando do assunto. "Depois de tentar por mais de 15 dias audiência com o ministro Fernando Pimentel, o presidente da Abeiva decidiu protocolar documento em que elenca as propostas dos associados no sentido de flexibilizar o decreto 7567/11, que exige 65% de nacionalização e eleva em 30 pontos percentuais o IPI para carros importados", diz texto enviado pela entidade. Ontem, o ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio) afirmou que um novo decreto que mudará as regras para o setor automotivo será publicado até o dia 15.
As empresas que implantarem novas fábricas ou apresentarem projetos de avanços tecnológicos terão tratamento diferenciado no tributo, com prazos melhores para adequarem suas produções. A medida foi anunciada em 15 de setembro e começaria a valer já no dia seguinte, mas o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu por unanimidade que o aumento só poderá entrar em vigor a partir da segunda quinzena de dezembro.
O tribunal também entendeu que a decisão tem efeito retroativo, ou seja, aqueles contribuintes que compraram carro com o tributo já corrigido deverão receber a diferença de volta. Eles avaliaram que é inconstitucional a entrada imediata em vigor da regra ao entender que qualquer mudança do imposto deve respeitar os princípios da anterioridade nonagesimal e o da não surpresa. Em outras palavras, deve esperar noventa dias para não surpreender o contribuinte. A elevação do IPI durou pouco mais de um mês até ser derrubada pelo STF, mas foi o tempo suficiente para reduzir em 39% a importação de carros, excluindo da conta México e Mercosul, que têm acordos com o Brasil. Essa redução se refere à comparação entre os valores de outubro - dado mais recente divulgado por país - e agosto, último mês sem o efeito da elevação.

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SERVIÇOS e VAREJO


Nova Iorque / EUA
Barnes & Noble registra grandes vendas do leitor digital Nook
A Barnes & Noble registrou grandes vendas trimestrais do leitor Nook e se beneficiou com a liquidação final da concorrente Borders, mas a maior rede de livrarias dos EUA alertou que os esforços para promover o produto podem pesar nos ganhos. A companhia, que apostou seu futuro na capacidade do Nook de competir com o Kindle, do Amazon.com, disse que as vendas de aparelhos eletrônicos, incluindo e-books, cresceram 85%, para US$ 220 milhões, no segundo trimestre fiscal terminado em 29 de outubro.
Mas desenvolver e promover o dispositivo em uma campanha nacional pesou nos resultados. "A Barnes & Noble realmente tem que investir mais do que havia planejado para acompanhar o Kindle", disse o analista Peter Wahlstrom, da Morningstar.
A Barnes & Noble, que lançou o novo Nook no mês passado, disse que o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) do fechado do ano deve ficar no piso da previsão anterior - de US$ 210 milhões a 250 milhões, e que a rede "planeja investir mais pesado" na divulgação do Nook. A rede teve um prejuízo líquido de 6,6 milhões de dólares no segundo trimestre fiscal, ou US$ 0,17 por ação, comparado com uma perda de US$ 12,6 milhões, ou US$ 0,22 por ação, um ano antes.
Entre o lançamento do Nook, em 7 de novembro, e o fechamento dos mercados na última quarta-feira, as ações da empresa subiram 50% na crença de que a companhia conseguirá manter o ritmo da Amazon na batalha dos leitores digitais (os chamados e-readers) e tablets. Segundo a empresa de pesquisa Forrester Research, a Barnes & Noble está em segundo lugar no mercado de leitores digitais, perdendo apenas para a Amazon. (Agência Reteurs)

Da redação – São Paulo / SP
Sonae Sierra Brasil investe R$ 4 milhões em ações de Natal
A Sonae Sierra Brasil, gestora de dez shopping centers no país, terá três campanhas publicitárias para o Natal 2011. Com investimento total de mais de R$ 4 milhões, as campanhas destacam a emoção do Natal. Os shoppings Boavista, Campo Limpo, Penha e Plaza Sul, em São Paulo; Franca Shopping, em Franca/SP; Tivoli Shopping, em Santa Bárbara D’Oeste/SP; Pátio Brasil, em Brasília/DF; e Uberlândia Shopping, em Uberlândia/MG, realizam uma campanha institucional baseada no conceito de que todo presente carrega uma história. Já os shoppings Parque D. Pedro, em Campinas/SP, e Manauara, em Manaus/AM, investem em anúncios focados na promoção de Natal. Em São Bernardo do Campo/SP, o Shopping Metrópole apoia sua campanha na divulgação da expansão, inaugurada no final de novembro, e nas histórias que os visitantes viveram no shopping.

Da redação – São Paulo / SP
Faturamento dos shoppings deve crescer 12% neste ano
O faturamento dos shopping centers no Brasil deve fechar 2011 em R$ 97,4 bilhões, um crescimento de 12% em relação ao registrado no ano passado, segundo a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce). E as expectativas para 2012 são igualmente positivas. Impulsionado pelo aumento do poder de compra do consumidor, principalmente das classes C e D, o setor estima número recorde de inaugurações, com o lançamento de mais 43 empreendimentos no país, superando os 21 deste ano. Apesar da forte concentração na região Sudeste, com 55% do total de shoppings, o cenário aponta para crescimento também em outras regiões. Norte e Nordeste, por exemplo, terão mais nove empreendimentos para 2012, nas contas da Abrasce. Se confirmados todos os novos shoppings para o próximo ano, São Paulo mantém a posição de capital com maior número de empreendimentos, totalizando 55. A cidade do Rio de Janeiro vem em seguida, com 31 shoppings e previsão de outros três. (Brasil Econômico)

Da redação – São Paulo / SP
Polishop faz vendas pelo celular
Com lojas, programas de TV, televendas, comércio eletrônico e vendas por catálogo, João Appolinário, dono da Polishop, costuma dizer que sua empresa é uma das únicas verdadeiramente multicanais no Brasil. Mas apesar dos diversos meios que a varejista disponibiliza seus produtos ao consumidor, ainda faltava vender pelo celular. No entanto, a partir de fevereiro, o site da Polishop estará pronto para ser acessado por iPhones e aparelhos com o sistema Android. Além de comprar pelo celular, o consumidor poderá usufruir de mais uma novidade. Ao apontar a câmera de seu smartphone para a televisão, durante a exibição de um comercial da Polishop, o aparelho reconhecerá o produto, que poderá ser comprado naquele momento. Além do comércio pelo celular, a Polishop trabalha para cumprir as metas estabelecidas para seu sistema de venda direta, o Polishop ComVocê, lançado em abril deste ano. Até o final de 2011, a companhia espera que o novo canal seja responsável por 8% do faturamento, que gira em torno de R$ 1 bilhão. Neste sistema, os vendedores utilizam catálogos para mostrar os produtos a seus clientes, assim como ocorre no porta a porta de empresas como Natura e Avon. A diferença está no tipo de mercadoria comercializada. Enquanto as maiores empresas do segmento vendem cosméticos e lingeries, ou seja, itens de baixo investimento, a Polishop tem uma lista de produtos considerados “inovadores”, cujo tíquete médio é de R$ 250. O desafio é fazer o cliente desembolsar grandes quantias confiando apenas na imagem que ele vê no catálogo.

Da redação – São Paulo / SP
Le Biscuit estreia no mercado paulista
A rede de lojas de departamento Le Biscuit inaugurou no Mooca Plaza Shopping sua primeira unidade na cidade de São Paulo. Oferecendo mais de 60 mil itens de decoração, utilidades para o lar, papelaria, brinquedos, festa, armarinho, bazar e bomboniére, a loja é a 19ª da rede no país. A marca pretende abrir mais dez unidades em 2012, sendo cinco em São Paulo, subindo dos atuais R$ 200 milhões em faturamento para R$ 300 milhões. Neste ano, a Le Biscuit investiu R$ 30 milhões na abertura de novas lojas.

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TI, WEB e e-COMMERCE


Da redação – Brasília / DF
CNI e Google vão integrar pequenas empresas à internet
O portal de negócios gerido pela CNI - Confederação Nacional da Indústria -, Clude Indústria de Benefícios, firmou no dia 30/11, parceria com o programa Google Conecte Seu Negócio, para incentivar o pequeno e micro empresários usar a Internet para negociar produtos e serviços. Segundo a Agência Brasil, a parceira deve beneficiar diretamente os micro e pequenos empreendedores, que correspondem a 97% do total das 600 mil indústrias cadastradas. Ontem, dia 1/12 para celebrar a parceria, haverá a oferta de sites gratuitos para as primeiras mil empresas interessadas. Os associados do portal de negócios da CNI e as empresas cadastradas no site da Google terão acesso a ofertas exclusivas dos dois parceiros.
O portal Clube Indústria de Benefícios funciona de forma semelhante aos sites de compras coletivas, mas as vendas não são concluídas no próprio portal e não é necessário juntar um número mínimo de participantes. Cada vendedor tem suas próprias regras para as compras. Ao imprimir o cupom de oferta, o interessado negocia diretamente com o anunciante.
Segundo o coordenador do projeto na CNI, Uirá Menezes, ainda existe resistência por parte dos pequenos empresários em fazer parte da Web. Após o primeiro contato com os empresários, a ideia é fidelizá-los a manter os negócios na rede.“Nossa proposta é que o empresário passe a dar publicidade à sua empresa na internet. Com esse primeiro entendimento, vai ficar mais fácil se relacionar, comprar e vender por meio digital”, afirmou o coordenador.

São Paulo / SP

Comércio eletrônico tem deflação de 9,6% em 2011 até novembro
O índice de preços ao consumidor do comércio eletrônico registrou deflação de 9,6% de janeiro a novembro deste ano, segundo o indicador Fipe Buscapé lançado nesta quinta-feira, 1°. O resultado reflete uma percepção já consolidada: as compras pela web permitem uma maior comparação de preços e acirram a competição entre as empresas, o que contribui para a queda dos valores das mercadorias. O novo índice é uma parceria entre a Fundação Instituto de Pesquisa Econômicas (Fipe) e o site de comparação de preços Buscapé. Mensalmente, mais de 1,3 milhão de preços de produtos do e-commerce serão levantados.
O indicador também mostra que, ao contrário do esperado, as oscilações do dólar ao longo deste ano não se refletiram na alta de preços de produtos eletrônicos e de informática, ao menos entre aqueles que são comercializados pela internet. Nos primeiros onze meses de 2011, eletrônicos e itens de informática registraram deflação de 13,4% e 6,1%, respectivamente. Entre as 10 categorias pesquisadas pelo índice, que representam 80% de todo o comércio eletrônico, os destaque de queda foram Fotografia (-21,8%) e Telefonia (-19,6%). Na outra ponta, a maior elevação, de 6,6%, foi registrada entre Brinquedos e Games.
Comparando-se os pesos dos itens, eletrodomésticos, eletrônicos, informática e telefonia representam 90% de todo o comércio online, enquanto cosméticos, esporte e lazer, casa e decoração, brinquedos e games e moda respondem por 10% do volume de produtos vendido no e-commerce. "A composição das compras no comércio eletrônico é bastante diferente da estrutura de pesos dos IPCs", afirma a professor da Fipe, Sérgio Crispim. Segundo ele, dos 156 itens pesquisados diretamente pelo índice, apenas 24 estão na composição do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - que serve de parâmetro para o governo monitorar a meta de inflação - e representam 5,2% do consumo das famílias. Em valores, explica o professor, a cifra deve somar R$ 150 bilhões em 2011. O valor é ainda maior se forem consideradas as 10 categorias - R$ 270 bilhões.
E-commerce - Um desdobramento deste índice, explica Crispim, é a possibilidade de projetar um crescimento real mais exato do comércio eletrônico. Nominalmente, o e-commerce deve crescer 26,4% neste ano. Em termos reais, descontada a inflação pelo IPCA, o avanço é de 18,5%, número que salta para 39,1% se usado o Fipe Buscapé como deflator.


Da redação – São Paulo / SP
Dell Brasil amplia linha de PCs e quer mercado corporativo
A Dell Brasil anunciou expansão da família de computadores para clientes finais e corporativos. Três produtos chegam para integrar o portfólio, entre eles, o notebook ultrafino Vostro V131, voltado para pequenas e médias empresas e profissionais liberais. As novidades estão em linha com a estratégia de ampliar presença no mercado de PMEs, no varejo e estreitar o relacionamento com o cliente, afirma Daniel Neiva, diretor de vendas para consumidor final e pequenas e médias empresas da Dell Brasil.
De acordo com a companhia, o notebook, que estará disponível na segunda quinzena de dezembro, será comercializado na rede varejista do País. Mais conhecida pelo modelo direto de vendas, a fabricante quer estar cada vez mais presente no varejo. “Foi uma demanda de nossos clientes que gostariam de ter mais velocidade de acesso aos produtos. O consumidor compra sem ter de esperar pelo processo de logística e entrega”, explica Neiva.
Além disso, diz Raymundo Peixoto, diretor-geral da Dell no Brasil, a tendência da consumerização vai levar, cada vez mais, PCs até então usados para fins domésticos para as empresas. “Entendemos que é uma tendência e a presença no varejo vai ampliar também nossa penetração no mundo corporativo”, assinala. A ideia de realizar vendas no varejo surgiu há cerca de dois anos, pontua Peixoto. “Mas nesse ano ganhou peso, direcionamos esforços e investimentos para criar um setor dedicado ao varejo, além de termos triplicado o número de funcionários para a prática”, diz, sem citar, no entanto, qual foi o valor destinado para estruturar a área.
egundo ele, alguns frutos já foram colhidos. “De 2010 para cá, o número de pontos de vendas no varejo dobrou. Hoje, são mais de mil lojas em todo o Brasil que contam com os produtos da Dell”, contabiliza. Neiva completa que a companhia estabeleceu forte presença no Nordeste, Sul e Sudeste. Outra área que está ganhando força nos negócios da Dell é a de serviços, afirma Peixoto. “É a que mais cresce. Estamos entrando nesse universo a partir da nuvem, já que o modelo está conquistando espaço no mercado”, pontua, sem revelar números. O executivo lembra que a Dell sempre será uma empresa de hardware, mas que a estratégia é disponibilizar soluções de ponta a ponta e serviços é parte integrante da oferta.
Peixoto afirma que 2011 foi um ano de crescimento para a companhia e que o ritmo deverá ser mantido em 2012. Para ele, o mercado de PCs ainda tem terreno para crescer e com a estratégia da Dell de fortalecer posição no varejo, a fabricante deverá conquistar importante fatia do mercado. “O Brasil está em pleno crescimento e é um dos dez países foco de investimento da empresa mundialmente”, assinala. Sobre o setor de tablets, que está registrando expansão, o executivo afirma que para este ano não há movimentação para ingressar no mercado. “Ainda assim estamos de olho”, diz.
Novos modelos - Além do Vostro V131, que conta com a segunda geração de processadores Intel Core i5 e custará a partir de 2.799 reais, a Dell apresentou o laptop XPS14, que tem tela HD de 14 polegadas e 23 mm de espessura, e o Inspiron One, desktop all-in-one com touch screen com 68 mm de espessura, que oferece entretenimento e interatividade, segundo a fabricante. “Em 2011, a Dell focou alta potência com um aspecto elegante e sofisticado”, diz Neiva. O Vostro V131 tem suporte corporativo 24x7, já os demais contam com serviço de garantir a domicílio, em que é possível solicitar reparos do equipamento sem sair de casa, afirma a Dell.

Da redação – São Paulo / SP
Thomson Reuters compra Tedesco Tecnologia
A Thomson Reuters anunciou ontem, dia 1/12, a aquisição da Tedesco Tecnologia, provedor de soluções em tecnologia para departamentos jurídicos corporativos e escritórios de advocacia no Brasil. Os termos do acordo não foram revelados. Com sede em São Paulo e escritório em Porto Alegre, a Tedesco Tecnologia atende escritórios de advocacia e empresas nacionais e internacionais em mais de 30 países. A companhia fornece licença, suporte e manutenção de software, desenvolvimento de projetos e outros para companhias do setor.  “A aquisição da Tedesco Tecnologia permite que a Thomson Reuters introduza soluções de workflow mais inteligentes para nossos clientes”, afirma Gonzalo Lissarrague, presidente da América Latina da Thomson Reuters. De acordo com a companhia, a equipe da Tedesco Tecnologia continuará a frente dos negócios. “Nosso objetivo é atender melhor as necessidades dosclientes e oferecer compromisso com serviço de excelência”, Marcelo Madalozzo, presidente da Tedesco Tecnologia.

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TELECOM


Da redação – São Paulo / SP

GVT investe R$ 100 milhões e chega a 13 novas cidades
A GVT está investindo 100 milhões de reais na ampliação da cobertura de sua rede para novas cidades. Nessa fase, estão sendo contemplados 13 municípios dos estados de SP, BA, GO, RS, CE e SC. Nessas regiões, a operadora controlada pelo grupo francês Vivendi, passará a oferecer suas ofertas de telefonia e banda larga com conexões que variam de 5Mpbs a 100Mbps. As novas cidades que passam a ser atendidas pela GVT são: Mauá e Votorantim/SP, Feira de Santa, Camaçari, Alagoinhas e Simões Filho/BA, Cidade Ocidental, Luziânia e Senador Canedo/GO e Estância Velha/RS, Caucaia e Maracanaú/CE, Biguaçu/SC.

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TURISMO e GASTRONOMIA


Da redação – São Paulo / SP
Le Bilboquet terá filial no Shopping Cidade Jardim
Um dos mais concorridos restaurantes da alta gastronomia francesa em Nova York, o Le Bilboquet abrirá em 2012 uma filial na cidade de São Paulo, comprovando o ótimo momento para investimentos no país. Com futuro ponto localizado no Shopping Cidade Jardim, o bistrô servirá por aqui suas consagradas opções, como o risoto de champignon, o salmão fumé com guacamole e o mais pedido filé béarnaise com fritas. Bastante freqüentado por brasileiros no Upper East Side, em Manhattan, o Bilboquet também se consagra como um lugar para ver e ser visto. A primeira-dama da França, Carla Bruni, por exemplo, sempre que está na cidade não perde a chance de fazer uma refeição por lá.

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MERCADO DE LUXO


Da redação - São Paulo / SP

The Macallan e Lalique lançam garrafa para colecionadores
Em tempo para as festas de fim de ano, a destilaria escocesa The Macallan lança uma edição raríssima de 60 anos de seu single malt em colaboração com a fabricante de cristais francesa Lalique. (LEIA na íntegra)



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